Denise Bottmann's Blog, page 81

March 11, 2012

os irmãos karamázov(i)

quanto aos irmãos karamázov, as traduções no brasil são as seguintes:



# em 1944, sai a primeira tradução entre nós, pela editora vecchi, em nome de boris solomonov, direto do russo. tratava-se, em verdade, de boris schnaiderman, sob um semipseudônimo, usando parte do patronímico (seu nome completo é boris solomonóvitch schnaiderman):



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# também em 1944, pela livraria martins, sai a tradução de paulo mendes de almeida (não sei a língua de partida):








# em 1952, sai a tradução de rachel de queiroz, a partir do francês, em três volumes, pela josé olympio.



Os Irmãos Karamazov - DOSTOIEVSKI - 2 volumes




# em 1963, na obra completa da aguilar, sai a tradução de natália nunes (e oscar mendes), por interposição do inglês.



Dostoiévski Obra Completa 4 Volumes Fiodor Dostoiévski




a tradução de natália nunes aparece em várias edições e licenciamentos (abril cultural, nova cultural, ediouro). aqui na capa da ediouro (infelizmente numa edição com graves erros de revisão, 2001):








# essa mesma tradução será a primeira fraude escandalosa da editora nova cultural: em 1995, em sua coleção "imortais da literatura universal", associada ao círculo do livro, a nova cultural a publica com uma ou outra pequenina alteração, porém atribuindo sua autoria a um fantasmagórico tradutor de nome "enrico corvisieri":






veja aqui.



# em mais uma escandalosa fraude de tradução, em 2003 a editora martin claret se apropria da tradução de boris solomonov (schnaiderman) e a publica em nome de um espectral "alexandre boris popov", com revisão de "irina wisnick ribeiro" (a mesma que assina a tradução de crime e castigo com "ivan petrovitch", veja aqui), que continua tranquilamente em circulação até a data de hoje:








# depois de mais de uma década com calamidades editoriais, em 2008 voltam os bons ventos: paulo bezerra publica sua tradução diretamente do russo, em dois volumes, pela editora 34:










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Published on March 11, 2012 19:40

a rose for emily






o conto de faulkner mais traduzido entre nós é "a rose for emily" (1930):




"uma rosa para emily", lia corrêa dutra (1945)
"o segredo da emilia", oton m. garcia (1945)
"pavana para emily", newton goldman (1972)
"uma rosa para emily", octávio marcondes (2002)


perguntaram a faulkner sobre o título. ele respondeu que era alegórico; tratava-se de uma mulher que tinha sofrido uma tremenda desgraça, irremediável, e que sentiu pena por ela. então, foi uma saudação, um gesto para cumprimentar alguém: a uma mulher, oferece-se uma rosa.

oh, that was an allegorical title; the meaning was, here was a woman who has had a tragedy, an irrevocable tragedy and nothing could be done about it, and I pitied her and this was a salute, just as if you were to make a gesture, a salute to anyone: to a woman you would hand a rose.

moral da história: seria legal se as traduções respeitassem também os títulos escolhidos pelos autores, penso eu.


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Published on March 11, 2012 15:29

that evening sun

File:St. Louis Blues cover.jpg




o conto "that evening sun" (variante: "that evening sun go down"), de faulkner, recebeu três traduções no brasil:


"desceu o sol", de j. da cunha borges (vecchi, 1945)
"cai o sol da tarde", de adriano scandolara (arte e letra, 2009)
"aquele sol noturno", de sueli cavendish (eutomia, 2011)


o título era inspirado num blues de william christopher handy, de c. 1914, cuja letra é a seguinte:





I hate to see that evening sun go down.

I hate to see the evening sun go down.

'Cause, my baby, he done left this town.




Feelin' tomorrow like I feel today.

Feelin' tomorrow like I feel today.

I'll pack my truck and make ma get away.




St. Louis woman with her diamond ring, pulls that man roun' by her apron strings.

'Twant for powder an' for store bought hair.

That man I love would have gone nowhere, nowhere.




Chorus:

I got the St. Louis Blues, yes, as blue as I can be.

That man's got a heart like a rock cast in the sea

Or else he wouldn't have gone so far from me.

I love my baby like a schoolboy loves his pie

Like a Kentucky colonel loves his mint'n rye

I love my man till the day I die.




Been to the Gypsy to get ma fortune tole

To de Gypsy done got ma fortune tole.

Cause I'm mostwile 'bout ma Jelly Roll.




Gypsy done tole me, 'don't aou wear no black'

Yes she done tole me don't you wear no black. 

Go to St. Louis you can win him back. 




Help me to Cairo make St. Louis by maself git to Cairo find ma ole friend Jeff,

Gwine to pin ma self close to his side.

If ah flag his train I sho' can ride. 




Chorus:

A black headed gal make a freight train jump the track

Said a black headed gal make a freight train jump the track.

But a long tall gal makes a preacher ball the Jack.

Lawd, a blonde headed woman makes a good man leave the town

I said blonde headed woman makes a good man leave the town.

But a red headed woman makes a boy slap his papa down. 




You ought to see dat stovepipe brown of mine

Lak he owns de Dimon Joseph line.

He'd make a crosseyed o' man go stone blind.




Blacker than midnight, teeth lak flags of truce

Blackest man in de whole St. Louis.

Blacker de berry sweeter is the juice.




About a crap game he knows a pow'ful lot but when worktime comes he's on de dot gwine to ask him for a cold ten spot.

What it takes to git it he's certhly got.




Chorus:

Oh ashes to ashes and dust to dust

I said ashes to ashes and dust to dust.

If my blues don't get you my jazzing must.







letra e imagem: aqui.



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Published on March 11, 2012 14:51

faulkner no brasil





seguindo a sugestão de enzo potel, fiz um levantamento das traduções brasileiras da obra de william faulkner. segue abaixo a relação por ordem cronológica da primeira edição.



# pelo que consegui localizar, é no ano de 1945 que se iniciam as primeiras traduções de faulkner no brasil. saem dois contos:



1. "uma rosa para emily", com tradução de lia corrêa dutra, em os norte-americanos antigos e modernos, uma bela antologia organizada por vinícius de moraes e publicada pela editora leitura. essa obra trafegou para o catálogo da ediouro algumas décadas atrás, onde se encontra até hoje, com o título contos norte-americanos: os clássicos (não consegui capa da edição de 1945).



Contos Norte-americanos - 2ª Ed. - Col. Os Clássicos



essa tradução de lia corrêa dutra foi reeditada em outras antologias: em 1958, obras-primas do conto norte-americano, organizada por sérgio milliet (pela martins), e em 1963, contos norte-americanos, na biblioteca universal popular (bup):




CONTOS NORTE-AMERICANOS









2. "desceu o sol", em tradução de j. da cunha borges, na antologia os mais belos contos norte-americanos dos mais famosos autores, pela editora vecchi. muito infelizmente, não consegui nenhuma imagem de capa.



a título de curiosidade, também em 1945 a revista ribeu, III, 8, inaugura uma nova seção chamada "antologia de contos norteamericanos" justamente com faulkner: publica "o segredo da emilia", em tradução de oton garcia do conto "a rose for emily".



# em 1948 começam a sair os romances. são publicados dois:



1. luz de agosto, em tradução de berenice xavier, na coleção nobel da ed. globo:








reeditada a partir dos anos 1980 pela nova fronteira e também pelo círculo do livro (1991), com o título alterado para luz em agosto.



2. santuário, em tradução de ligia junqueira schmidt, pelo instituto progresso editorial (ipe), várias vezes reeditada a partir de 1976 na coleção "clássicos modernos" da abril cultural - não localizei imagem de capa da edição do ipe:








# em 1956 sai uma fábula, com tradução de olívia krähenbühl, pela editora mérito:



Clique para ampliar a capa



a partir de 1961, a tradução de olívia passa a ser publicada pela nova fronteira (acima à direita, capa de 1983)



# em 1957, sai mais "uma rosa para emily", sem indicação de tradutor, em maravilhas do conto norte-americano, cultrix (não duvido que seja reprodução da tradução de lia corrêa dutra, 1945):








# em 1958, a agir lança oração para uma negra, peça em sete quadros, adaptação teatral de camus, com tradução de guilherme de figueiredo:










# em 1959, na biblioteca das seleções reader's digest, ed. ypiranga, sai o conto "dois soldados", em tradução de cecilia thompson guarnieri:






imagem aqui



# em 1963, os desgarrados, em tradução de brenno silveira, sai na coleção "biblioteca do leitor moderno", pela civilização brasileira:



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também em 1963, a imago/lidador lança uma antologia de vários autores, 7 novelas clássicas, trazendo de faulkner o conto "folhas vermelhas" [não consegui descobrir o tradutor]:



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# em 1964, paga de soldado sai em tradução de luiz drummond navarro, pela delta, reeditada em 1970 pela opera mundi:



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# em c. 1964, o conto "terra dourada" aparece numa antologia chamada a respeito de uma pecadora e outras histórias de hollywood, em tradução de rudy margherito e guarany gallo, pela livraria exposição do livro (futura hemus; note-se o nome de faulkner em destaque, como se fosse o autor de todos os contos da coletânea):



Clique para ampliar a capa




# em 1965, na biblioteca das seleções reader's digest, ed.ypiranga, sai "a travessia de hell creek" [não consegui descobrir o autor da tradução]:



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# em 1966, palmeiras selvagens, em tradução de newton goldman, sai pela nova fronteira, com várias reedições, aqui na capa do círculo do livro, de 1993:



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# em 1969, em as melhores histórias americanas, sai o conto "escaramuça contra sartoris", em tradução de francisco rocha filho, pela editora saga:








# em 1970, o urso, em tradução de hamilton trevisan, sai pela editora vertente:







# em 1972, sai "pavana para emily", em tradução de newton goldman, numa coletânea chamada antologia macabra, pela nova fronteira:



Antologia Macabra - Steinbeck, Faulkner, Capote E Outros




# em 1973, pela expressão e cultura, sai enquanto agonizo, em tradução de hélio pólvora:



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# em 1975, o intruso sai em tradução de leonardo fróes, pelo círculo do livro (à esquerda, capa de 1996):




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pela siciliano, 1995



# em 1976, a árvore dos desejos sai pelo círculo do livro, em tradução de hamilton trevisan:



A Arvore dos Desejos - WILLIAM FAULKNER




absalão, absalão! sai em 1981 pela nova fronteira, em tradução de sônia régis:



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ainda em 1981 sai desça, moisés, em tradução de hélio pólvora, pela expressão e cultura:



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os invencidos, em tradução de waltensir dutra, sai também em 1981, pela mesma expressão e cultura:



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# finalmente em 1983 sai o som e a fúria, pela nova fronteira, em tradução de fernando nuno rodrigues:










depois parece haver um intervalo de dez anos até surgirem novas traduções.



# em 1994, sai três novelas, com "cavalos malhados", "o velho" e o urso", em tradução de ângela perez de sá, pela nova fronteira:









o povoado sai em tradução de wladir dupont em 1997, pela mandarim:










também em 1997, pela mandarim, sai a cidade, em tradução de wladir dupont: 




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# em 1998, sai "setembro seco", em tradução de carlos daghlian, na coletânea os herdeiros de poe: uma antologia do conto norte-americano no século XX, organizada por munira mutran, pela olavobrás:









em 1999, também em tradução de wladir dupont, sai a mansão pela mandarim:




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luz em agosto sai em nova tradução, agora de celso mauro paciornik, pela cosac naify, em 2000:










enquanto agonizo, em tradução de wladir dupont, sai pela mandarim em 2001:




reeditado em 2010 pela l&pm

# esquetes de nova orleans sai na tradução de leonardo fróes em 2002, pela josé olympio:




ESQUETES DE NOVA ORLEANS





ainda em 2002, sai mais uma tradução de "uma rosa para emily", agora de octávio marcondes, na antologia organizada por flávio moreira da costa, os 100 melhores contos de crime e mistério da literatura universal, pela ediouro:




Capa





também em 2002, sai "carcassone" em tradução de sueli cavendish, na revista continente, disponível aqui:




Revista Continente





# em 2003, sai the reivers com o título de os invictos, em tradução de wladir dupont, pela arx:










palmeiras selvagens, em tradução de newton goldman (que saíra pela nova fronteira em 1966) e agora com a colaboração de rodrigo lacerda, sai pela cosac naify em 2003:










também em 2003, uma nova tradução de o som e a fúria, agora por paulo henriques britto, pela cosac naify:




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# em 2004, sai "a tarde de uma vaca" em tradução de sueli cavendish, na revista investigações, vol. 17, 1, disponível aqui:




Vol. 17, Nº 1





# em 2008, sai "havia uma rainha", em tradução de sueli cavendish, na revista investigações, vol. 21, 1, disponível aqui:




Vol. 21, Nº 1





# em 2008, sai "ad astra" em tradução de sueli cavendish, na revista eutomia, I, 2, disponível aqui




Eutomia - www.ufpe.br/eutomia





# mais uma nova tradução, agora de a árvore dos desejos, feita por leonardo fróes para a cosac naify, em 2009:










no mesmo ano de 2009, "cai o sol da tarde" (não localizei o nome do tradutor) sai pela arte e letra estórias: edição F:




Arte e letra: Estórias F





ainda em 2009, paulo moreira disponibiliza no portal literalaqui, sua tradução de "wash" e "celeiro queimando" (pequena retificação: ao contrário do que afirma o tradutor em sua introdução, "o urso" não é inédito no brasil).




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sartoris, na nova tradução de claudio alves marcondes, sai pela cosac naify em 2010:




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# em 2011, sai "aquele sol noturno" em tradução de sueli cavendish, em eutomia, revista de literatura e linguística, IV, 8, disponível aqui.




Eutomia





lance mortal, antologia de contos policiais de faulkner em tradução de wladir dupont, sai pela benvirá em 2012:




LANCE MORTAL








quanto aos livros apenas de faulkner, creio que o levantamento das traduções no brasil está razoavelmente completo. citei algumas antologias de autores variados, mas deve haver uma quantidade bem razoável de contos dele em várias outras miscelâneas. por ora, fico devendo esse esmiuçamento mais detalhado. conforme for encontrando mais coisas, atualizarei aqui.




imagens: salvo outra indicação, todas as imagens foram extraídas do google images





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Published on March 11, 2012 07:00

March 9, 2012

obras completas






sem dúvida, dostoiévski é um sucesso no brasil. deve ser dos poucos, se não o único autor com nada menos de três conjuntos (semi)completos de sua obra em nossa língua: pela josé olympio (1944), pela aguilar (1963) e pela 34, em andamento desde 2001.



aqui o conteúdo da nova aguilar, com tradução de natália nunes (e oscar mendes) por interposição do inglês:




VOLUME 1: INTRODUÇÃO GERAL - NOVELAS DE JUVENTUDE: Pobre gente - O duplo - O senhor Prokhártchin - A dona da casa - Um romance em nove cartas - Polzunkov - Coração frágil - O ladrão honrado - A mulher alheia - A árvore de Natal - Noites brancas - Niétotchka Niezvânova - O pequeno herói - O sonho do tio - A granja de Stiepântchikovo

VOLUME 2: OBRAS DE TRANSIÇÃO: Humilhados e ofendidos - Memórias da casa dos mortos - Uma história aborrecida - Notas de inverno sobre impressões de verão - Memórias do subterrâneo - ROMANCES DA MATURIDADE: Crime e Castigo

VOLUME 3: O jogador - O idiota - O eterno marido - Os demônios

VOLUME 4: O adolescente - Os irmãos Karamázovi - OUTROS ESCRITOS: Esquema para o grande pecador - O crocodilo - O Mujique Márei - Uma doce criatura - O sonho de um homem ridículo - Excertos do diário de um escritor.

o conjunto da josé olympio, com vários tradutores, por interposição do inglês, do francês e do espanhol, pode ser consultado aqui. terá algumas modificações em 1961, com substituição de duas traduções de costa neves (o jogador e niétotchka) pelas correspondentes de boris schnaiderman, direto do russo.



o andamento da obra completa na 34 pode ser visto aqui, com vários tradutores, direto do russo.



acompanhe a pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil aqui



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Published on March 09, 2012 17:23

humilhados e ofendidos

I.

a primeira edição de humilhados e ofendidos no brasil sai em tradução de bandeira duarte (segundo bruno gomide, bandeira duarte apenas reviu a tradução, cujo autor não é nomeado):




Autor: Dostoievski, Fiodor, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Humilhados e offendidos.
Imprenta:Rio de Janeiro, Liv. Ed. Marisa, 1931. 
Descrição física:396 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Duarte, Oto Carlos Bandeira, 1904-, trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-247,2,27 



II.

pela civilização brasileira, em 1935:




Autor: Dostoievskii, Fedor Mikhailovich, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Humilhados e ofendidos.
Imprenta:Rio de Janeiro, Civilização brasileira, 1935. 
Descrição física:399 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-249,1,29 



III.

em 1944, sai a tradução de rachel de queiroz, pela josé olympio, com introdução de otto maria carpeaux e xilogravuras de oswaldo goeldi:








aqui, no centro virtual goeldi, estão as vinte ilustrações da obra.








IV.

em 1963, sai a tradução de natália nunes (e oscar mendes) pela aguilar, aqui na capa de 2008, da nova aguilar, vol. 3:



OBRA COMPLETA VOL. 3: FIODOR DOSTOIEVSKI




V.

em 2003 sai pela Nova Alexandria a tradução de Klara Gourianova:








acompanhe a pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil aqui.



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Published on March 09, 2012 16:54

dostoiévski, o adolescente

já vi que não vai ser uma ordem alfabética rigorosa. mas vamos lá:



I.

o adolescente, trad. e prefácio lêdo ivo, josé olympio (1960):



O Adolescente - Dostoievski - Tradução Do Poeta Lêdo Ivo



II.

o adolescente em tradução de natália nunes (e oscar mendes) sai pela aguilar em 1963. aqui capa da nova aguilar, 2004 (no vol. 4):



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III..

"eu não peço desculpa", um episódio d'o adolescente, trad. andré telles, 7 letras (2000):



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IV.

o adolescente, trad. e adapt. diego rodrigues, companhia das letras (2010), edição condensada:



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V.

o lançamento da tradução de paulo bezerra está previsto para agosto de 2012, pela 34.



acompanhe a pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil aqui.


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Published on March 09, 2012 13:11

dostoiévski no brasil, niétotchka

adotando a ideia de bruno gomide de listar as obras por ordem alfabética, é como vou apresentar minha pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil. para as edições até 1936, vou me basear nos dados apresentados por bruno em sua tese. a partir de 1937, farei minhas pesquisas nos locais habituais: acervos da fbn, de bibliotecas públicas, da estante virtual e onde mais calhar encontrar.



começo então por alma de criança. o título em português indica que se trata de tradução pelo francês, âme d'enfant, nome que o tradutor franco-russo ilia (ely) halpérine-kaminsky deu à sua versão do original russo niétotchka niezvânova (primeiro romance de dostoiévski, inacabado).




I.

alma de creança, trad. henrique marques junior (coleção chic, 1915):




Autor: Dostoevskii, Fedor Mikhailovich, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Alma de creança.
Imprenta:Rio de Janeiro, 1915. 
Descrição física:135 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-247,1,7 



que, a nos basearmos na identificação do tradutor dada por bruno gomide para a edição de 1915, teria sido reeditada em 1938 pela ed. brasileira. quanto à diferença na quantidade de páginas, talvez se deva ao formato do livro. por outro lado, âme d'enfant já era um extrato adaptado do original por kaminsky. para qualquer conclusão mais segura, seria preciso comparar essas duas edições.




Autor: Dostoevskii, Fedor Mikhailovich, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Alma de criança.
Imprenta:São Paulo, Ed. brasileira, 1938. 
Descrição física:254 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Marques Junior, Henrique, 1881- trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-248,1,28 



II.

alma de criança, trad. ??, universal (1932):




Autor: Dostoevskii, Fedor Mikhailovich, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Alma de criança, romance.
Imprenta:Rio, Ed. Universal, 1932. 
Descrição física:193 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-247,1,9 



III.

nietótchka, trad. costa neves. vol. V das obras completas, josé olympio (1949, aqui 3a. ed., 1952).



Nietótchka - Fiodor Dostoiévski - Ilustrado




IV.

niétotchka niezvánova, trad. boris schnaiderman. vol. X das obras completas, josé olympio (1961).



V.

niétotchka niezvânova. boris schnaiderman refaz sua antiga tradução, ed. 34 (2002):










acompanhe a pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil aqui.



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Published on March 09, 2012 12:18

dostoiévski no brasil, por obra

adotando a ideia de bruno gomide de listar as obras por ordem alfabética, é como vou apresentar minha pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil. para as edições até 1936, vou me basear nos dados apresentados por bruno em sua tese. a partir de 1937, farei minhas pesquisas nos locais habituais: acervos da fbn, de bibliotecas públicas, da estante virtual e onde mais calhar encontrar.



começo então por alma de criança. o título em português indica que se trata de tradução pelo francês, âme d'enfant, nome que o tradutor franco-russo ilia (ely) halpérine-kaminsky deu à sua versão do original russo niétotchka niezvânova (primeiro romance de dostoiévski, inacabado).




I.

alma de creança, trad. henrique marques junior (coleção chic, 1915):




Autor: Dostoevskii, Fedor Mikhailovich, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Alma de creança.
Imprenta:Rio de Janeiro, 1915. 
Descrição física:135 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-247,1,7 



que, a nos basearmos na identificação do tradutor dada por bruno gomide para a edição de 1915, teria sido reeditada em 1938 pela ed. brasileira. quanto à diferença na quantidade de páginas, talvez se deva ao formato do livro. por outro lado, âme d'enfant já era um extrato adaptado do original por kaminsky. para qualquer conclusão mais segura, seria preciso comparar essas duas edições.




Autor: Dostoevskii, Fedor Mikhailovich, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Alma de criança.
Imprenta:São Paulo, Ed. brasileira, 1938. 
Descrição física:254 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Marques Junior, Henrique, 1881- trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-248,1,28 



II.

alma de criança, trad. ??, universal (1932):




Autor: Dostoevskii, Fedor Mikhailovich, 1821-1881. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Alma de criança, romance.
Imprenta:Rio, Ed. Universal, 1932. 
Descrição física:193 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:I-247,1,9 



III.

nietótchka, trad. costa neves. vol. V das obras completas, josé olympio (1949).



IV.

niétotchka niezvánova, trad. boris schnaiderman. vol. X das obras completas, josé olympio (1961).



V.

niétotchka niezvânova. boris schnaiderman modifica e refaz sua antiga tradução, ed. 34 (2002):










acompanhe a pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil aqui.



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Published on March 09, 2012 12:18

dostoiévski no brasil, até 1936

abaixo transcrevo o maravilhoso levantamento das obras de dostoiévski no brasil até 1936, feito por bruno gomide e constante em sua tese de doutorado, disponível aqui.*


Alma de creança. Trad. Henrique Marques Junior (coleção chic). Rio de Janeiro,1915.
Alma de Criança. Rio de Janeiro, Universal, 1932.
"A árvore de Natal". Diário Popular, n. 4420. São Paulo, 24 dez. 1897.
"Um club da má língua" (folhetim). A vanguarda, n. 1. Rio de Janeiro, 11 maio 1911.
Crime e Castigo. Publicado em folhetim em A manhã. Rio de Janeiro, 1926.
Crime e Castigo. Trad. Ivan Petrovich. Rio de Janeiro, Americana, 1930.
Crime e Castigo. Trad. revista por Elias Davidovitch. Rio de Janeiro, Guanabara, 1936.
Crime e Castigo. Trad. J. Jobinsky, revista por Aurélio Pinheiro. Rio de Janeiro, Pongetti, 1936.
Ensaio sobre o burguês. Trad. Elias Davidovitch. Rio de Janeiro, Pongetti, s/d.
O eterno marido. Trad. Violeta Alcântara Carreira. São Paulo, Cultura Brasileira, 1935.
Humilhados e ofendidos. Ed. revista por Bandeira Duarte. Rio de Janeiro, Marisa, 1931.
Humilhados e ofendidos. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1935.
"Idéias russas". Os anais, n. 41. Rio de Janeiro, 27 jul. 1905.
Os irmãos Karamazoff. Trad. Raul Rizinsky. Rio de Janeiro, Americana, 1931.
Um jogador (das notas de um rapaz). Igrok. São Paulo, Cultura, 1931.
Os pobres diabos. Trad. Elias Davidovich. Rio de Janeiro, Flores e Mano, 1932.
O príncipe idiota. Trad. Demerval Café e Oswaldo Castro. Rio de Janeiro, Waissman, Reis & Cia., 1931.
Recordações da casa dos mortos. Trad. Fernão Neves. Rio de Janeiro, Castilho, s/d.

eu acrescentaria o tyrano, em tradução de elias davidovich, pela ed. americana (calvino filho), 1933.



encontrei duas capas para um jogador, uma em edição artesanal de georges selzoff e outra pela cultura, ambas de 1931:




Clique para ampliar a capa


aliás, numa ótima matéria chamada "nossos três russos", que saiu na revista piauí, aqui, paula scarpin relata algumas lembranças de boris schnaiderman sobre selzoff:


Um comerciante russo, amigo dos pais de Schnaiderman no Brasil, tinha um projeto de tradução direta do russo. Iuri Zéltzov – que preferia assinar Georges Selzoff, que considerava mais chique, afrancesado – fundou uma editora chamada Bibliotheca de Auctores Russos. Como não dominava o português, Zéltzov aliou-se a dois escritores brasileiros principiantes: Brito Broca e Orígenes Lessa. "Ele ia lendo o texto russo com o português precário que tinha, e eles punham em português decente", conta o professor. 


Difíceis de serem encontradas em sebos, as edições de Zéltzov eram artesanais, com o título colado sobre a capa e o miolo refilado irregularmente.



por fim, diga-se de passagem que aquele "raul rizinsky" d'os irmãos karamazoff, pela americana, edição de bolso em papel jornal que saiu em 1931, parece irmão gêmeo do "ivan petrovitch" da mesma americana, em 1930!



acompanhe a pesquisa sobre as traduções de dostoiévski no brasil aqui.




* agradeço a eduardo sterzi pela indicação.


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Published on March 09, 2012 11:01

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Denise Bottmann
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