Denise Bottmann's Blog, page 84
January 27, 2012
o caso de robinson crusoe

imagem: aqui
a extinta editora w. m. jackson resolveu lançar em 1947 uma coleção chamada "grandes romances universais", cujo primeiro volume foi robinson crusoé, de daniel defoe, em tradução integral feita por flávio poppe de figueiredo e costa neves, "canônica", segundo o crítico literário alfredo monte.
a jackson lançou várias reedições: em 1950, 1952, 1959, 1963... em c.1966, a ediouro (que se chamava então edições de ouro) obteve licença da jackson para publicar essa obra em sua coleção "clássicos de bolso":
depois ela andou meio sumidinha. reapareceu em 1999 na editora martin claret, quando ainda não havia adotado aquelas capas espantosas que tanto vieram a celebrizá-la:
e lá continua até hoje, n reedições depois, algumas integrais, outras não (2000, 2001, 2002, 2003, 2005, 2007, 2008, 2010, 2011), com isbn 8572323570.

o problema é o seguinte: "copyright desta tradução: martin claret, 2000"? entrei em contato com a filha de poppe de figueiredo (falecido em 1974), a qual afirma que jamais ela ou seus irmãos licenciaram a tradução paterna para a martin claret, e muitíssimo menos lhe transferiram o copyright da obra:

e aparentemente é esta obra que não só constitui uma contrafação, mas apropriação indevida de um copyright que não lhe pertence, que está inscrita no cadastro nacional do livro de baixo preço, no programa da fundação biblioteca nacional:
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pois ou bem os direitos dessa tradução pertencem aos herdeiros de poppe e costa neves, ou bem integram nosso patrimônio de domínio público. não dá é para deixar que terceiros não legitimados se apropriem dela por seus interesses comerciais privados.
Published on January 27, 2012 17:17
exclusão de títulos ou de editores?
1. se, por um lado, fico satisfeita em ver que a fundação biblioteca nacional começa a tomar alguma providência em relação às muitas dezenas de obras francamente irregulares que a editora martin claret inscreveu no cadastro nacional do livro de baixo preço,
2. por outro lado fico perplexa que ela tenha determinado que "todas as obras que, por qualquer motivo, infrinjam a legislação em vigor serão excluídas do Cadastro", e só.
veja a notícia aqui: https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/26/fbn-investigara-denuncias-de-irregularidades
pois, se lermos o edital de chamada pública da fbn, publicado no d.o.u. em 01/12/2011, temos lá que a habilitação dos editores no programa do livro popular depende obrigatoriamente da legalidade e autenticidade dos dados dos livros que inscrevem no programa; temos que a habilitação dos editores para o portal do livro também depende obrigatoriamente da legalidade e autenticidade dos dados dos livros. por três vezes, em três itens, é especificado que os editores declaram que os livros inscritos não violam qualquer princípio legal vigente: tanto para a habilitação geral dos editores (4.1.6), quanto para a inscrição dos títulos (4.3.3), quanto para a habilitação específica no portal do livro (6.1.6).
para que os livros de um editor sequer possam ser aceitos para figurar no portal do livro, ele deve garantir "a autenticidade e atualização dos dados" e declarar que os livros não violam nenhum princípio legal vigente: ou seja, nos termos do edital da fbn, se o editor não é capaz de dar tal garantia, ele não está habilitado a participar seja do programa do livro, seja do portal do livro.
não é possível que, perante provas e indícios incontestáveis e a declaração da própria editora admitindo a existência de fraudes entre as obras que inscreveu no programa e no portal, a fbn se contente em excluir os títulos irregulares - é a editora que está violando os termos do edital, e é ela que deve ser excluída do programa, ficando ainda sujeita a "responder civil e criminalmente pelas informações prestadas no portal" perante a fbn (4.2.1, edital de 14/10/2011).
pode ser que no caso da editora escala e da editora pillares, cada qual com uma ocorrência de irregularidade constatada entre os livros inscritos, talvez até coubesse apenas a exclusão da obra e uma carta de advertência às editoras. mas no caso de uma editora com pelo menos 70 obras irregulares, com admissão pública da violação dos termos do edital, demonstrando conduta sistemática e consciente má fé, chega a ser um escárnio que a fbn anuncie a mera exclusão dos títulos irregulares.
os editais se encontram disponíveis no portal da biblioteca nacional, aqui: http://www.bn.br/portal/
acompanhe o imbróglio aqui: http://naogostodeplagio.blogspot.com/search/label/FBN

2. por outro lado fico perplexa que ela tenha determinado que "todas as obras que, por qualquer motivo, infrinjam a legislação em vigor serão excluídas do Cadastro", e só.
veja a notícia aqui: https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/26/fbn-investigara-denuncias-de-irregularidades
pois, se lermos o edital de chamada pública da fbn, publicado no d.o.u. em 01/12/2011, temos lá que a habilitação dos editores no programa do livro popular depende obrigatoriamente da legalidade e autenticidade dos dados dos livros que inscrevem no programa; temos que a habilitação dos editores para o portal do livro também depende obrigatoriamente da legalidade e autenticidade dos dados dos livros. por três vezes, em três itens, é especificado que os editores declaram que os livros inscritos não violam qualquer princípio legal vigente: tanto para a habilitação geral dos editores (4.1.6), quanto para a inscrição dos títulos (4.3.3), quanto para a habilitação específica no portal do livro (6.1.6).
para que os livros de um editor sequer possam ser aceitos para figurar no portal do livro, ele deve garantir "a autenticidade e atualização dos dados" e declarar que os livros não violam nenhum princípio legal vigente: ou seja, nos termos do edital da fbn, se o editor não é capaz de dar tal garantia, ele não está habilitado a participar seja do programa do livro, seja do portal do livro.
não é possível que, perante provas e indícios incontestáveis e a declaração da própria editora admitindo a existência de fraudes entre as obras que inscreveu no programa e no portal, a fbn se contente em excluir os títulos irregulares - é a editora que está violando os termos do edital, e é ela que deve ser excluída do programa, ficando ainda sujeita a "responder civil e criminalmente pelas informações prestadas no portal" perante a fbn (4.2.1, edital de 14/10/2011).
pode ser que no caso da editora escala e da editora pillares, cada qual com uma ocorrência de irregularidade constatada entre os livros inscritos, talvez até coubesse apenas a exclusão da obra e uma carta de advertência às editoras. mas no caso de uma editora com pelo menos 70 obras irregulares, com admissão pública da violação dos termos do edital, demonstrando conduta sistemática e consciente má fé, chega a ser um escárnio que a fbn anuncie a mera exclusão dos títulos irregulares.
os editais se encontram disponíveis no portal da biblioteca nacional, aqui: http://www.bn.br/portal/
acompanhe o imbróglio aqui: http://naogostodeplagio.blogspot.com/search/label/FBN
Published on January 27, 2012 06:04
January 26, 2012
fbn começa a tomar providências
acabo de ler a seguinte notícia:
FBN investigará denúncias de irregularidades
Autor(es): agência o globo:Guilherme Freitas
O Globo - 26/01/2012
Fundação Biblioteca Nacional (FBN) vai instituir uma comissão para avaliar acusações de irregularidades no Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço, criado para ampliar e renovar o acervo das bibliotecas públicas do país. Como noticiou O GLOBO no sábado, a tradutora Denise Bottmann denunciou à Procuradoria Geral da República que obras incluídas no programa, a maior parte delas inscrita pela editora Martin Claret, seriam traduções suspeitas de plágio.
A comissão, composta por servidores da FBN e membros de seu Conselho Interdisciplinar de Pesquisa e Editoração, terá 15 dias para analisar as denúncias. Segundo a FBN, "todas as obras que, por qualquer motivo, infrinjam a legislação em vigor serão excluídas do Cadastro".
Responsável pelo Departamento Editorial da Martin Claret, Taís Gasparetti afirmou, em entrevista por e-mail em 19/01, que, devido a denúncias feitas nos últimos anos, a editora decidira substituir as traduções "que tiveram plágio confirmado". Após a publicação da reportagem, Taís procurou o jornal para afirmar que "nunca houve uma comprovação de existência de plágio e, em virtude das denúncias, a editora optou por iniciar a troca das traduções antes de minha entrada no segundo semestre de 2011".
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/26/fbn-investigara-denuncias-de-irregularidades

FBN investigará denúncias de irregularidades
Autor(es): agência o globo:Guilherme Freitas
O Globo - 26/01/2012
Fundação Biblioteca Nacional (FBN) vai instituir uma comissão para avaliar acusações de irregularidades no Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço, criado para ampliar e renovar o acervo das bibliotecas públicas do país. Como noticiou O GLOBO no sábado, a tradutora Denise Bottmann denunciou à Procuradoria Geral da República que obras incluídas no programa, a maior parte delas inscrita pela editora Martin Claret, seriam traduções suspeitas de plágio.
A comissão, composta por servidores da FBN e membros de seu Conselho Interdisciplinar de Pesquisa e Editoração, terá 15 dias para analisar as denúncias. Segundo a FBN, "todas as obras que, por qualquer motivo, infrinjam a legislação em vigor serão excluídas do Cadastro".
Responsável pelo Departamento Editorial da Martin Claret, Taís Gasparetti afirmou, em entrevista por e-mail em 19/01, que, devido a denúncias feitas nos últimos anos, a editora decidira substituir as traduções "que tiveram plágio confirmado". Após a publicação da reportagem, Taís procurou o jornal para afirmar que "nunca houve uma comprovação de existência de plágio e, em virtude das denúncias, a editora optou por iniciar a troca das traduções antes de minha entrada no segundo semestre de 2011".
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/26/fbn-investigara-denuncias-de-irregularidades
Published on January 26, 2012 12:47
January 25, 2012
abusos contra o domínio público
Para além dos plágios de tradução - isto é, apropriação de tradução alheia e substituição dos créditos legítimos de sua autoria por créditos espúrios;
Para além das contrafações - isto é, apropriação de tradução alheia, mantendo os créditos legítimos, mas sem autorização dos detentores dos direitos sobre aquela obra de tradução;
Para além da apropriação indevida dos direitos autorais de obras legítimas de tradução - isto é, dando os créditos legítimos, mas arrogando ilegitimamente a si o copyright da tradução;
Há um outro procedimento utilizado frequentemente pela Editora Martin Claret: são os casos em que as obras de tradução já estão em domínio público (seja por decurso do prazo normal de proteção dos direitos patrimoniais privados, seja por se tratar de obras órfãs e abandonadas), mas a editora as publica tomando a si um suposto copyright sobre algo que, de direito, já pertenceria a toda a sociedade.
Exemplos:
a tradução de poppe de figueiredo e costa neves, classicíssima, saiu pela jackson em 1947. depois do fechamento da jackson, a ediouro passou a publicá-la. que o copyright da tradução pertença à martin claret parece-me de uma improbabilidade única.
aliás, desde 2001 o crítico literário alfredo monte tem divulgado os problemas que infirmam essa edição da martin claret: veja-se seu artigo "clássicos têm traduções dúbias", aqui.
a tradução d'a autobiografia de benjamin franklin, feita pelo português sarmento de beires, com josé duarte, saiu em 1950 pela coleção de clássicos da extinta editora jackson. não consigo imaginar como o copyright dela teria ido parar nas mãos da editora martin claret.
já a tradução de c. m. fonseca d'a conduta da vida, de ralph waldo emerson, cujo título, aliás, nem consta na página de créditos da editora, saiu em 1940 pela extinta brasil editora. também ela me parece mais um típico caso de obra abandonada - portanto, em domínio público, e não consigo imaginar como a editora martin claret pode legitimamente arrogar a si o copyright sobre ela.
já em março de 2009 apontei vários casos do mesmo gênero, em raposices e chacalices, aqui, e em mais chacalices, aqui.
robinson crusoe, autobiografia de benjamin franklin e a conduta para a vida, com essas inexplicáveis autoatribuições de copyright à editora martin claret, estão inscritos no cadastro nacional do livro de baixo preço, mantido pela fundação biblioteca nacional, dentro de seu programa do livro popular.

Para além das contrafações - isto é, apropriação de tradução alheia, mantendo os créditos legítimos, mas sem autorização dos detentores dos direitos sobre aquela obra de tradução;
Para além da apropriação indevida dos direitos autorais de obras legítimas de tradução - isto é, dando os créditos legítimos, mas arrogando ilegitimamente a si o copyright da tradução;
Há um outro procedimento utilizado frequentemente pela Editora Martin Claret: são os casos em que as obras de tradução já estão em domínio público (seja por decurso do prazo normal de proteção dos direitos patrimoniais privados, seja por se tratar de obras órfãs e abandonadas), mas a editora as publica tomando a si um suposto copyright sobre algo que, de direito, já pertenceria a toda a sociedade.
Exemplos:
a tradução de poppe de figueiredo e costa neves, classicíssima, saiu pela jackson em 1947. depois do fechamento da jackson, a ediouro passou a publicá-la. que o copyright da tradução pertença à martin claret parece-me de uma improbabilidade única.
aliás, desde 2001 o crítico literário alfredo monte tem divulgado os problemas que infirmam essa edição da martin claret: veja-se seu artigo "clássicos têm traduções dúbias", aqui.
a tradução d'a autobiografia de benjamin franklin, feita pelo português sarmento de beires, com josé duarte, saiu em 1950 pela coleção de clássicos da extinta editora jackson. não consigo imaginar como o copyright dela teria ido parar nas mãos da editora martin claret.
já a tradução de c. m. fonseca d'a conduta da vida, de ralph waldo emerson, cujo título, aliás, nem consta na página de créditos da editora, saiu em 1940 pela extinta brasil editora. também ela me parece mais um típico caso de obra abandonada - portanto, em domínio público, e não consigo imaginar como a editora martin claret pode legitimamente arrogar a si o copyright sobre ela.
já em março de 2009 apontei vários casos do mesmo gênero, em raposices e chacalices, aqui, e em mais chacalices, aqui.
robinson crusoe, autobiografia de benjamin franklin e a conduta para a vida, com essas inexplicáveis autoatribuições de copyright à editora martin claret, estão inscritos no cadastro nacional do livro de baixo preço, mantido pela fundação biblioteca nacional, dentro de seu programa do livro popular.
Published on January 25, 2012 12:08
como pode?
Em 15 de dezembro de 2010, com publicação no D.O.U. em 05 de janeiro de 2011, a Procuradora da República Dra. Adriana Zawada Melo determinou a instauração de inquérito para apurar irregularidades de publicações da Editora Martin Claret. Transcrevo a portaria:
PORTARIA No- 694, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010
Representação nº 1.34.001.002410/2009-98.
Assunto: PATRIMÔNIO PÚBLICO.
Notícia de publicação de traduções de obras feitas por Monteiro Lobato atribuídas a outros autores, pela Editora Martin Claret.
O Ministério Público Federal, pela Procuradora da República subscritora da presente,
CONSIDERANDO os elementos constantes do Procedimento Preparatório nº 1.34.001.002410/2009-98, em que se apura se traduções de obras feitas por Monteiro Lobato foram atribuídas a outros autores, em publicações da Editora Martin Claret;
Resolve, com fundamento no artigo 129, III da Constituição Federal, bem como artigos 6º, inciso VII, alínea "b" e 7º, inciso I, ambos da Lei Complementar nº 75/93, instaurar INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, determinando:
a) o registro e a autuação da presente Portaria, procedendose às anotações de praxe;
b) a comunicação à 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal - 4ª CCR, nos termos do artigo 6º, da Resolução nº 87, de 03 de agosto de 2006, do Conselho Superior do Ministério Público Federal;
c) determino que os autos sejam encaminhados para o núcleo pericial para elaboração de Parecer Técnico pelo perito em Antropologia..
ADRIANA ZAWADA MELO
Procuradora da República
Não saiu ainda nenhuma "decisão judicial com trânsito em julgado", porém o MPF considerou que os elementos apresentados na denúncia eram suficientes para determinar a apuração das irregularidades apontadas. Todavia, essas mesmas obras sob inquérito foram inscritas pela Editora Martin Claret no Cadastro Nacional do Livro de Baixo Preço, na FBN:
8857232263LOBO DO MAR,OJACK LONDON
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COTEJO AQUI: http://naogostodeplagio.blogspot.com/2009/03/mais-um-lobato-clareteado.html
8857232364LIVRO DA JANGAL, ORUDYARD KIPLING
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COTEJO AQUI: http://naogostodeplagio.blogspot.com/2008/09/monteiro-lobato.html

PORTARIA No- 694, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010
Representação nº 1.34.001.002410/2009-98.
Assunto: PATRIMÔNIO PÚBLICO.
Notícia de publicação de traduções de obras feitas por Monteiro Lobato atribuídas a outros autores, pela Editora Martin Claret.
O Ministério Público Federal, pela Procuradora da República subscritora da presente,
CONSIDERANDO os elementos constantes do Procedimento Preparatório nº 1.34.001.002410/2009-98, em que se apura se traduções de obras feitas por Monteiro Lobato foram atribuídas a outros autores, em publicações da Editora Martin Claret;
Resolve, com fundamento no artigo 129, III da Constituição Federal, bem como artigos 6º, inciso VII, alínea "b" e 7º, inciso I, ambos da Lei Complementar nº 75/93, instaurar INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, determinando:
a) o registro e a autuação da presente Portaria, procedendose às anotações de praxe;
b) a comunicação à 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal - 4ª CCR, nos termos do artigo 6º, da Resolução nº 87, de 03 de agosto de 2006, do Conselho Superior do Ministério Público Federal;
c) determino que os autos sejam encaminhados para o núcleo pericial para elaboração de Parecer Técnico pelo perito em Antropologia..
ADRIANA ZAWADA MELO
Procuradora da República
Não saiu ainda nenhuma "decisão judicial com trânsito em julgado", porém o MPF considerou que os elementos apresentados na denúncia eram suficientes para determinar a apuração das irregularidades apontadas. Todavia, essas mesmas obras sob inquérito foram inscritas pela Editora Martin Claret no Cadastro Nacional do Livro de Baixo Preço, na FBN:
8857232263LOBO DO MAR,OJACK LONDON
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COTEJO AQUI: http://naogostodeplagio.blogspot.com/2009/03/mais-um-lobato-clareteado.html
8857232364LIVRO DA JANGAL, ORUDYARD KIPLING
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COTEJO AQUI: http://naogostodeplagio.blogspot.com/2008/09/monteiro-lobato.html
Published on January 25, 2012 04:34
January 24, 2012
frase do mês
Palavras do crítico literário Alfredo Monte: "Martin Claret é como o comandante do Costa Concordia, levando o leitor incauto para as águas perigosas e desastrosas da fraude e do logro." Aqui.
.
.
Published on January 24, 2012 17:39
comunicado de alerta da PUC-Rio
O Portal da Cátedra Unesco de Leitura da PUC-Rio alerta em comunicado de primeira página de seu site:
Comunicação
notícias | cadastro nacional de livros de baixo preço tem obras suspeitas de plágio
O recém-lançado Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço, que visa ampliar e renovar o acervo das bibliotecas públicas do país, inclui obras suspeitas de serem traduções plagiadas. A denúncia foi encaminhada à Procuradoria Geral da República nesta semana pela tradutora Denise Bottmann, que enumerou vários casos. A maior parte deles envolve livros da Editora Martin Claret. Denise publicou em seu blog uma lista de obras suspeitas, comparando-as com as versões originais. Entre os livros citados estão O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson, O lobo do mar, de Jack London, e A mulher de trinta anos, de Balzac,todos com traduções atribuídas a Pietro Nassetti e denunciadas há anos como plágio. A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), criadora do cadastro, alega que, para que um livro seja excluído, "é preciso que tenha sido objeto de ação judicial, com trânsito em julgado, que tenha determinado o impedimento de circulação das obras". A Responsável pelo departamento editorial da Martin Claret, Taís Gasparetti afirma que, devido às denúncias dos últimos anos, a editora está substituindo, desde o segundo semestre de 2011, as traduções confirmadas como plágio.
http://www.catedra.puc-rio.br/portal/comunicacao/noticias/cadastro_nacional_de_livros_de_baixo_preco_tem_obras_suspeitas_de_plagio/
acompanhe o imbróglio das fraudes inscritas no programa do livro popular e o imobilismo da FBN em relação às irregularidades, mesmo depois que a editora faltosa admitiu publicamente as irregularidades: http://naogostodeplagio.blogspot.com/search/label/FBN

Comunicação
notícias | cadastro nacional de livros de baixo preço tem obras suspeitas de plágio
O recém-lançado Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço, que visa ampliar e renovar o acervo das bibliotecas públicas do país, inclui obras suspeitas de serem traduções plagiadas. A denúncia foi encaminhada à Procuradoria Geral da República nesta semana pela tradutora Denise Bottmann, que enumerou vários casos. A maior parte deles envolve livros da Editora Martin Claret. Denise publicou em seu blog uma lista de obras suspeitas, comparando-as com as versões originais. Entre os livros citados estão O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson, O lobo do mar, de Jack London, e A mulher de trinta anos, de Balzac,todos com traduções atribuídas a Pietro Nassetti e denunciadas há anos como plágio. A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), criadora do cadastro, alega que, para que um livro seja excluído, "é preciso que tenha sido objeto de ação judicial, com trânsito em julgado, que tenha determinado o impedimento de circulação das obras". A Responsável pelo departamento editorial da Martin Claret, Taís Gasparetti afirma que, devido às denúncias dos últimos anos, a editora está substituindo, desde o segundo semestre de 2011, as traduções confirmadas como plágio.
http://www.catedra.puc-rio.br/portal/comunicacao/noticias/cadastro_nacional_de_livros_de_baixo_preco_tem_obras_suspeitas_de_plagio/
acompanhe o imbróglio das fraudes inscritas no programa do livro popular e o imobilismo da FBN em relação às irregularidades, mesmo depois que a editora faltosa admitiu publicamente as irregularidades: http://naogostodeplagio.blogspot.com/search/label/FBN
Published on January 24, 2012 09:56
consulta à fbn
acabo de enviar um e-mail à presidência da fundação biblioteca nacional e à sua coordenação de comunicação, que transcrevo abaixo:

prezado sr. clóvis horta:
chegou ao meu conhecimento - como naturalmente deve ter chegado também ao dos srs. - que a editora Martin Claret admitiu publicamente que havia inscrito obras fraudadas no programa do livro popular e declarou que "pedirá à FBN que remova temporariamente do cadastro os títulos cujas novas traduções ainda não estão prontas.", em http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/21/programa-da-fbn-inclui-obras-suspeitas-de-plagio
gostaria de saber se essa solicitação da editora já chegou às mãos dos senhores e se, mediante tal solicitação da própria editora, a FBN se sentirá legitimada para efetuar a remoção temporária dos títulos com plágios e contrafações de tradução inscritos no referido programa.
como apontei no blog http://naogostodeplagio.blogspot.com, numa avaliação inicial cerca de 70 obras apresentam problemas quanto à sua idoneidade legal.
agradeço
atenciosamente,
denise bottmann
Published on January 24, 2012 07:35
imagem: aqui
Published on January 24, 2012 06:49
January 23, 2012
homenagem
em homenagem à nossa gloriosa fundação biblioteca nacional, incluí no alto da coluna à direita uma imagem que é um brandíssimo eufemismo de seu comportamento em relação às fraudes publicamente reconhecidas pela editora martin claret, e que nossa excelsa instituição tanto se orgulha em oferecer às pobres das 2.700 bibliotecas públicas que acreditam na lisura do programa do livro popular.
e lá permanecerá enquanto a digníssima fbn não se dignar a respeitar a dignidade verdadeira das bibliotecas públicas e seus leitores, que merecem bem mais.
imagem: aqui
Published on January 23, 2012 15:01
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