Denise Bottmann's Blog, page 109
April 15, 2011
tradução em revista
o último número de tradução em revista, da puc-rio, traz como tema geral "tradução e literatura em correspondência" (vol. 2, n.9, 2010). está disponível
aqui
, e os artigos são:
APRESENTAÇÃO: TRADUÇÃO E LITERATURA EM CORRESPONDÊNCIA, MAURICIO MENDONCA CARDOZO, HELENA FRANCO MARTINS
VIVER DO LONGE: TRADUÇÃO COMO CORRESPONDÊNCIA, MARCIA SA CAVALCANTE SCHUBACK
VILÉM FLUSSER: FILOSOFIA DO EXÍLIO E LEITURA DE UM PAÍS CHAMADO BRASIL, MARCIO ORLANDO SELIGMANN SILVA
VARIAÇÕES SOBRE UM ENCONTRO: JACQUES DERRIDA E ABDELKEBIR KHATIBI (SE) COR-RESPONDEM, MARIA ANGELICA DEANGELI
CORRESPONDÊNCIA DE CHARLES BAUDELAIRE: PISTAS PARA SUA POÉTICA DO TRADUZIR, ALVARO FALEIROS
EDGAR ALAN POE NA FRANÇA E NAS CARTAS DE STEPHANE MALLARME, SANDRA M. STROPARO
STÉPHANE MALLARMÉ: CARTAS SOBRE LITERATURA, SANDRA M. STROPARO
AS CORES DO BRANCO, CRISTINA MONTEIRO DE CASTRO PEREIRA
AUSÊNCIAS E PRESENÇAS PARA UMA CARTA DE STEPHEN MACKENNA, CAETANO WALDRIGUES GALINDO
CORREIO TEATRAL: FRAGMENTOS DE UM DISCURSO CRIATIVO, WALTER LIMA TORRES NETO
O LUGAR DO EPISTOLÁRIO NA LOBATIANA: EXERCÍCIO CONTINUADO DE TEORIZAÇÃO E CONCEPÇÃO DE PROJETOS, ELIZAMARI RODRIGUES BECKER
SOBRE UMA CARTA DE HENRY MILLER, HELENA FRANCO MARTINS, MARCIA SA CAVALCANTE SCHUBACK
DE AMOR E TRADUÇÃO: GUIMARÃES ROSA NAS RELAÇÕES COM SEUS TRADUTORES, MAURICIO MENDONCA CARDOZO, MARIA PAULA FROTA
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imagem: aqui
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APRESENTAÇÃO: TRADUÇÃO E LITERATURA EM CORRESPONDÊNCIA, MAURICIO MENDONCA CARDOZO, HELENA FRANCO MARTINS
VIVER DO LONGE: TRADUÇÃO COMO CORRESPONDÊNCIA, MARCIA SA CAVALCANTE SCHUBACK
VILÉM FLUSSER: FILOSOFIA DO EXÍLIO E LEITURA DE UM PAÍS CHAMADO BRASIL, MARCIO ORLANDO SELIGMANN SILVA
VARIAÇÕES SOBRE UM ENCONTRO: JACQUES DERRIDA E ABDELKEBIR KHATIBI (SE) COR-RESPONDEM, MARIA ANGELICA DEANGELI
CORRESPONDÊNCIA DE CHARLES BAUDELAIRE: PISTAS PARA SUA POÉTICA DO TRADUZIR, ALVARO FALEIROS
EDGAR ALAN POE NA FRANÇA E NAS CARTAS DE STEPHANE MALLARME, SANDRA M. STROPARO
STÉPHANE MALLARMÉ: CARTAS SOBRE LITERATURA, SANDRA M. STROPARO
AS CORES DO BRANCO, CRISTINA MONTEIRO DE CASTRO PEREIRA
AUSÊNCIAS E PRESENÇAS PARA UMA CARTA DE STEPHEN MACKENNA, CAETANO WALDRIGUES GALINDO
CORREIO TEATRAL: FRAGMENTOS DE UM DISCURSO CRIATIVO, WALTER LIMA TORRES NETO
O LUGAR DO EPISTOLÁRIO NA LOBATIANA: EXERCÍCIO CONTINUADO DE TEORIZAÇÃO E CONCEPÇÃO DE PROJETOS, ELIZAMARI RODRIGUES BECKER
SOBRE UMA CARTA DE HENRY MILLER, HELENA FRANCO MARTINS, MARCIA SA CAVALCANTE SCHUBACK
DE AMOR E TRADUÇÃO: GUIMARÃES ROSA NAS RELAÇÕES COM SEUS TRADUTORES, MAURICIO MENDONCA CARDOZO, MARIA PAULA FROTA
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imagem: aqui
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Published on April 15, 2011 18:26
poe XXXV, em portugal
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encontro nos cadernos de tradução da ufsc, vol. 2, no. 24 (2009), um artigo muito interessante de vivina carreira figueiredo: "fortuna literária de edgar allan poe traduzido em portugal". o texto está aqui .
imagem: google images
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encontro nos cadernos de tradução da ufsc, vol. 2, no. 24 (2009), um artigo muito interessante de vivina carreira figueiredo: "fortuna literária de edgar allan poe traduzido em portugal". o texto está aqui .
imagem: google images
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Published on April 15, 2011 17:58
April 14, 2011
cursos, palestras
às vezes fico comovida quando estudantes de cursos de tradução comentam suas perplexidades sobre o ofício. mas não é por falta de oportunidade, pelo menos em são paulo e curitiba.
Desafios da tradução literária - com Maurício Santana Dias
Um panorama das principais questões sobre a tradução literária, passando por suas diferentes concepções ao longo da história e pelos problemas teóricos e práticos que envolvem o trabalho do tradutor, como as pesquisas paralelas à tarefa tradutória, as ambiguidades que permeiam a interpretação do texto e as demandas do mercado editorial, com exemplos de versão para o português da obra de Italo Calvino, Luigi Pirandello e outros autores.
Programa
12 de abril
Delimitando o campo: teorias da tradução na história e situação atual dos estudos de tradução
19 de abril
Demandas do texto literário e competências do tradutor
26 de abril
Da cultura de partida à cultura de chegada: um difícil equilíbrio
3 de maio
Duvidar o tempo todo: o trabalho interminável da tradução
Maurício Santana Dias é professor de Literatura Italiana na USP, crítico e tradutor de 71 contos de Primo Levi (Cia. das Letras, 2005), Trabalhar cansa, de Cesare Pavese (Cosac Naify, 2009) e O príncipe, de Maquiavel (Penguin / Cia. das Letras, 2010).
Abralic Simpósio "Tradução e Adaptação: Entrecruzamentos e Limites"
Inscrição até 15 de abril
Prezados,
Nós o convidamos a participar e a divulgar o simpósio "Tradução e Adaptação: Entrecruzamentos e Limites" (com resumo abaixo), que coordenaremos no XII Congresso Abralic (18 a 22/07/11, UFPR, Curitiba). A inscrição deve ser feita SOMENTE no site da Abralic - http://www.abralic.org.br/ - entre os dias 14/03 e 15/04/11.
NA CASA GUILHERME DE ALMEIDA: http://www.casaguilhermedealmeida.org.br/
GRUPO DE ESTUDOS DE TRADUÇÃO POÉTICA
Por Alípio Correia de Franca Neto
Quintas-feiras, das 19h30 às 21h30, Dias 7 e 14 de abril; 5, 12, 19 e 26 de maio.
Essa atividade permanente da Casa Guilherme de Almeida destina-se à discussão de aspectos teóricos e práticos da tradução de poemas, com base no próprio exercício orientado de tradução de obras escolhidas.
Alípio Correia de Franca Neto é tradutor e escritor. Traduziu, entre outros, os livros Música de câmara, de James Joyce, e A balada do velho marinheiro, de S. T. Coleridge.
OFICINA DE TRADUÇÃO DE PROSA
Por Alzira Allegro
Sábados, das 10h30 às 12h30.
Dias 12, 19 e 26 de março; 2 e 30 de abril; 7 e 14 de maio; 4 e 18 de junho.
O curso terá por objetivo a realização, pelos alunos, de tradução de uma obra de prosa; para tanto, tratará de aspectos teóricos e práticos de tradução literária. O resultado do trabalho em grupo será publicado pela Casa Guilherme de Almeida.
Alzira Allegro é professora de Literatura de Povos de Língua Inglesa e de Práticas de Tradução no Centro Universitário Ibero-Americano (Unibero). Tem diversos trabalhos publicados na área de tradução, entre eles, A Evolução – Cartas Seletas de Charles Darwin (1860-1870) e O Espelho e a Lâmpada.
JAMES JOYCE ENTRE NÓS: TRADUÇÃO BRASILEIRA
Por Maria Teresa Quirino
Terças-feiras, das 19h30 às 21h30. A partir do dia 5 de abril.
A oficina propõe a leitura, em voz alta, pelos participantes, de diferentes traduções da obra de Joyce, seguida de observações e comentários sobre os textos. A série de encontros, que deverá se prolongar por todo o ano, inicia-se, no dia 5 de abril, com a leitura dos contos do livro Dublinenses, que será seguido, em outro módulo do programa, pelo romance Ulisses. Do grupo de leitura emergirá um grupo de pesquisa, que terá a missão de observar e analisar as diferenças entre as traduções lidas, sob vários aspectos, com o objetivo de elaborar trabalhos a serem publicados pelo Centro de Estudos de Tradução Literária do museu.
Maria Teresa Quirino é professora, tradutora, especialista em estudos de tradução, mestre e doutoranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela USP e bolsista da James Joyce Summer School 2010, na University College Dublin.
CARLOS RENNÓ: LETRAS E VERSÕES
Por Carlos Rennó - Quartas-feiras, das 19h30 às 21h30. - Dias 6, 13 e 27 de abril.
O letrista e tradutor Carlos Rennó discutirá os processos de criação e de tradução de letras de música popular, apontando diferenças em relação à criação de poemas
Carlos Rennó é letrista, parceiro de Lenine, João Bosco, Gilberto Gil, Arrigo Barnabé, Pedro Luiz, Rita Lee e outros. Canções com letras suas já foram gravadas por nomes que vão de Tetê Espíndola e Gal Costa a Maria Rita, Roberta Sá e Seu Jorge. É autor de Cole Porter - Canções, Versões (Paulicéia) e organizador de Gilberto Gil - Todas as Letras (Companhia das Letras).
A POESIA DE JOYCE - Por Alípio Correia de Franca Neto
Dia 9 de junho, quinta-feira, das 19h30 às 21h30.
O tradutor dos livros de poemas de Joyce para o português aborda características da poesia joyciana e aspectos de sua experiência de tradução.
Alípio Correia de Franca Neto é tradutor e escritor. Traduziu, entre outros, os livros Música de câmara, de James Joyce, e A balada do velho marinheiro, de S. T. Coleridge.
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Desafios da tradução literária - com Maurício Santana Dias
Um panorama das principais questões sobre a tradução literária, passando por suas diferentes concepções ao longo da história e pelos problemas teóricos e práticos que envolvem o trabalho do tradutor, como as pesquisas paralelas à tarefa tradutória, as ambiguidades que permeiam a interpretação do texto e as demandas do mercado editorial, com exemplos de versão para o português da obra de Italo Calvino, Luigi Pirandello e outros autores.
Programa
12 de abril
Delimitando o campo: teorias da tradução na história e situação atual dos estudos de tradução
19 de abril
Demandas do texto literário e competências do tradutor
26 de abril
Da cultura de partida à cultura de chegada: um difícil equilíbrio
3 de maio
Duvidar o tempo todo: o trabalho interminável da tradução
Maurício Santana Dias é professor de Literatura Italiana na USP, crítico e tradutor de 71 contos de Primo Levi (Cia. das Letras, 2005), Trabalhar cansa, de Cesare Pavese (Cosac Naify, 2009) e O príncipe, de Maquiavel (Penguin / Cia. das Letras, 2010).
Abralic Simpósio "Tradução e Adaptação: Entrecruzamentos e Limites"
Inscrição até 15 de abril
Prezados,
Nós o convidamos a participar e a divulgar o simpósio "Tradução e Adaptação: Entrecruzamentos e Limites" (com resumo abaixo), que coordenaremos no XII Congresso Abralic (18 a 22/07/11, UFPR, Curitiba). A inscrição deve ser feita SOMENTE no site da Abralic - http://www.abralic.org.br/ - entre os dias 14/03 e 15/04/11.
NA CASA GUILHERME DE ALMEIDA: http://www.casaguilhermedealmeida.org.br/
GRUPO DE ESTUDOS DE TRADUÇÃO POÉTICA
Por Alípio Correia de Franca Neto
Quintas-feiras, das 19h30 às 21h30, Dias 7 e 14 de abril; 5, 12, 19 e 26 de maio.
Essa atividade permanente da Casa Guilherme de Almeida destina-se à discussão de aspectos teóricos e práticos da tradução de poemas, com base no próprio exercício orientado de tradução de obras escolhidas.
Alípio Correia de Franca Neto é tradutor e escritor. Traduziu, entre outros, os livros Música de câmara, de James Joyce, e A balada do velho marinheiro, de S. T. Coleridge.
OFICINA DE TRADUÇÃO DE PROSA
Por Alzira Allegro
Sábados, das 10h30 às 12h30.
Dias 12, 19 e 26 de março; 2 e 30 de abril; 7 e 14 de maio; 4 e 18 de junho.
O curso terá por objetivo a realização, pelos alunos, de tradução de uma obra de prosa; para tanto, tratará de aspectos teóricos e práticos de tradução literária. O resultado do trabalho em grupo será publicado pela Casa Guilherme de Almeida.
Alzira Allegro é professora de Literatura de Povos de Língua Inglesa e de Práticas de Tradução no Centro Universitário Ibero-Americano (Unibero). Tem diversos trabalhos publicados na área de tradução, entre eles, A Evolução – Cartas Seletas de Charles Darwin (1860-1870) e O Espelho e a Lâmpada.
JAMES JOYCE ENTRE NÓS: TRADUÇÃO BRASILEIRA
Por Maria Teresa Quirino
Terças-feiras, das 19h30 às 21h30. A partir do dia 5 de abril.
A oficina propõe a leitura, em voz alta, pelos participantes, de diferentes traduções da obra de Joyce, seguida de observações e comentários sobre os textos. A série de encontros, que deverá se prolongar por todo o ano, inicia-se, no dia 5 de abril, com a leitura dos contos do livro Dublinenses, que será seguido, em outro módulo do programa, pelo romance Ulisses. Do grupo de leitura emergirá um grupo de pesquisa, que terá a missão de observar e analisar as diferenças entre as traduções lidas, sob vários aspectos, com o objetivo de elaborar trabalhos a serem publicados pelo Centro de Estudos de Tradução Literária do museu.
Maria Teresa Quirino é professora, tradutora, especialista em estudos de tradução, mestre e doutoranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela USP e bolsista da James Joyce Summer School 2010, na University College Dublin.
CARLOS RENNÓ: LETRAS E VERSÕES
Por Carlos Rennó - Quartas-feiras, das 19h30 às 21h30. - Dias 6, 13 e 27 de abril.
O letrista e tradutor Carlos Rennó discutirá os processos de criação e de tradução de letras de música popular, apontando diferenças em relação à criação de poemas
Carlos Rennó é letrista, parceiro de Lenine, João Bosco, Gilberto Gil, Arrigo Barnabé, Pedro Luiz, Rita Lee e outros. Canções com letras suas já foram gravadas por nomes que vão de Tetê Espíndola e Gal Costa a Maria Rita, Roberta Sá e Seu Jorge. É autor de Cole Porter - Canções, Versões (Paulicéia) e organizador de Gilberto Gil - Todas as Letras (Companhia das Letras).
A POESIA DE JOYCE - Por Alípio Correia de Franca Neto
Dia 9 de junho, quinta-feira, das 19h30 às 21h30.
O tradutor dos livros de poemas de Joyce para o português aborda características da poesia joyciana e aspectos de sua experiência de tradução.
Alípio Correia de Franca Neto é tradutor e escritor. Traduziu, entre outros, os livros Música de câmara, de James Joyce, e A balada do velho marinheiro, de S. T. Coleridge.
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Published on April 14, 2011 12:19
espinhos do ofício
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a superficialidade e ligeireza no trato editorial de uma tradução e a simplificação pasteurizadora impingida ao texto na fase de revisão são monstrinhos que não de hoje assolam as obras de tradução.
o caríssimo oséias ferraz, da editora e livraria crisálida de belo horizonte, traz à minha atenção uma carta que paulo césar souza - tradutor de nitezsche e freud - escreveu 25 anos atrás a seu editor da época, moisés limonad. o editor, felizmente, demonstrou sensatez e o tempo se confirmou como senhor da razão.
a carta foi publicada em sem cerimônia, esgotadíssima coletânea de textos variados de paulo césar souza, com o título de "traduzindo nietzsche: carta a um editor" (oiti, 1999). com a devida vênia, reproduzo-a aqui:
clique nas imagens para ampliar.
a superficialidade e ligeireza no trato editorial de uma tradução e a simplificação pasteurizadora impingida ao texto na fase de revisão são monstrinhos que não de hoje assolam as obras de tradução.
o caríssimo oséias ferraz, da editora e livraria crisálida de belo horizonte, traz à minha atenção uma carta que paulo césar souza - tradutor de nitezsche e freud - escreveu 25 anos atrás a seu editor da época, moisés limonad. o editor, felizmente, demonstrou sensatez e o tempo se confirmou como senhor da razão.
a carta foi publicada em sem cerimônia, esgotadíssima coletânea de textos variados de paulo césar souza, com o título de "traduzindo nietzsche: carta a um editor" (oiti, 1999). com a devida vênia, reproduzo-a aqui:
clique nas imagens para ampliar.
Published on April 14, 2011 07:27
April 13, 2011
coração das trevas
Blackwood's Magazine, 1902
joseph conrad é muito traduzido no brasil. só heart of darkness contava, até data recente, com nove traduções diferentes. engraçado que, embora seja de 1902, o coração das trevas parece ter chegado ao brasil apenas na esteira do apocalypse now! do coppola. pelo menos não localizei nenhuma tradução anterior a 1984, ano que conheceu um minissurto de edições da obra. depois um intervalo razoável, de 14 anos, e depois mais dois surtinhos.
O coração das trevas
Global, 1984, Hamilton Trevisan
Brasiliense, 1984, Marcos Santarrita (Ediouro, 1996)
Itatiaia, 1984, Regina Régis Junqueira
L&PM, 1998, Albino Poli Jr.
Nova Alexandria, 2001, Juliana L. Freitas
Iluminuras, 2002, Celso M. Paciornik
Martin Claret, 2003 [2007?], Luciano Alves Meira (até 2009 "Pietro Nassetti" no ISBN/FBN)
Hedra, 2008, José Roberto O'Shea
Companhia das Letras, 2008, Sergio Flaksman
e agora vejo que a landmark publicou mais uma tradução - a décima! - com autoria de fábio cyrino. o texto original d'o coração das trevas, embora não seja propriamente difícil, é de grande beleza e densidade, e fiquei curiosa em conhecer a qualidade dessa edição da landmark.
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Published on April 13, 2011 17:40
April 11, 2011
musa rara
sexta-feira próxima, dia 15 de abril, tem início o portal musa rara - literatura e adjacências, de edson cruz. o projeto fantástico de edson, ex-capitu e ex-cronópios, está
aqui
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MUSA RARA – Literatura e Adjacências(http://www.musarara.com.br/ )
MUSA NA MESA (Café literário do site, na home e em todas as páginas)
POESIA
PROSA
ARTIGOS
CRÔNICAS
ENTREVISTAS
ENSAIOS
ACADÊMICOS (textos mais acadêmicos; teses completas, monografias, debate acadêmico etc)
CRÍTICA LITERÁRIA
RESENHAS
LANÇAMENTOS (Agenda, sinopses e capas)
INFANTOJUVENIL
CIBERCULTURA (textos e agitos da cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais)
COLUNISTAS
TRADUÇÕES
BLOG DE NOTÍCIAS (informes quentinhos sobre o Mercado literário – autores de várias regiões com acesso direto para atualização. Por eqto: Zema Ribeiro [Maranhão]; Geo Cardoso [BH]; Fernando Ramos (editor do VAIA).)
LINKS (indicações de sites e blogues selecionados)
BLABLABLOGUES (toda semana alguém apresenta e comenta um blogue ou site)
TVMUSA (espaço para vídeos e outras produções visuais/player na home com o vídeo mais recente)
BANNERS (2 espaços na home, e em todas as páginas, para publicidade)
O QUE VOCÊ ESTÁ LENDO? (enquete constante, na home, sempre mostrando as 3 últimas respostas)
MUSA RARA EDIÇÕES (embrião de editora voltada para edições on-demand, pubicações de alta-ajuda e e-books)
NEWSLETTER SEMANAL
COLUNISTAS CONFIRMADOS:
Fernanda D'Umbra [HD'UMBRA - O disco frágil de Fernanda D'Umbra]
Marcelo Moutinho
Marcelo Ariel [SENZALA GERAL]
Flavia Rocha [POETRYLANDIA - Explorando em a campo a poesia contemporânea americana]
Gonzalo Aguilar
Affonso Romano de Sant'Anna [MODO DE VER]
Paulo Franchetti
Pedro Maciel [MANUSCRITOS]
Antonio Carlos Secchin [POESIA EM QUESTÃO]
Ricardo Silvestrin
Júlia Hansen (Portugal) [MAIS QUE UM ARBUSTO]
Wilmar Silva
Steban Moore (Argentina)
Ricardo Aleixo [POESIA &]
Maurício Vasconcellos [CELULAR/CASSETE/ROMANCE]
João Antonio [ARQUIVIVO]
Luis Serguilha (Portugal)
Claudio Soares
Douglas Diegues [LITERATURAS SELBAGENS]
Antonio Cicero
Antonio Vicente Pietroforte [PALAVRA QUASE MURO]
Sylvio Back
Valério Oliveira
Andrea Del Fuego [MÍNIMA LUZ]
Juliano Garcia Pessanha
Lucia Santaella [MINIATURAS]
Reynaldo Damázio
Aquiles Alencar [IMPRESSÕES DIGITAIS]
Paulo César Carvalho
Sergio Medeiros
CONSELHO EDITORIAL
Antonio Miranda [Brasília]
Affonso Romano de Sant'Anna [Rio de Janeiro]
Ricardo Aleixo [Minas Gerais]
Lúcia Santaella [São Paulo]
Carlos Emílio C. Lima [Ceará]
Nelson de Oliveira [São Paulo]
Sylvio Back [Rio de Janeiro]
Reynaldo Damazio [São Paulo]
Nilson Oliveira [Belém do Pará]
Gonzalo Aguilar [Argentina]
Sergio Medeiros [Santa Catarina]
Floriano Martins [Ceará]
Claudio Willer [São Paulo]
Aquiles Alencar Brayner [Londres]
COLABORADORES CONFIRMADOS:
Michel Melamed
Augusto de Campos
Ivone Benedetti
Adriana Versiani
Claudio Daniel
Márcio-André
Ronald Augusto
Sergio Sant'Anna
Claudio Willer
Paulo de Toledo
Mayrant Gallo
Lau Siqueira
Linaldo Guedes
André Ricardo Aguiar
Micheliny Verunschk
Antonio Miranda
Mardônio França
Eduardo Jorge
Virna Teixeira
Marcelo Tápia
Ana Peluso
Adrienne Myrtes
Reynaldo Bessa
Luis Turiba
Fabio Oliveira Nunes
André Dick
Nilto Maciel
Horácio Costa
Marne Lúcio
Luiz Roberto Guedes
Denise Bottmann
Carlos Alberto Fonseca
Gustavo Felicíssimo
Antonio Naud Júnior
Amador Ribeiro Neto
Felipe Fortuna
Nicolau Saião (Portugal)
Ivan Antunes
Tavinho Paes
José Inácio Vieira de Melo
Dirce Waltrick do Amarante
Joana Ruas (Portugal)
Fabio Vieira
Floriano Martins
José Ángel Leyva (México)
Xico Sá
Fernando Ramos (editor do VAIA)
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Antonio Cicero
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Aquiles Alencar [IMPRESSÕES DIGITAIS]
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CONSELHO EDITORIAL
Antonio Miranda [Brasília]
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COLABORADORES CONFIRMADOS:
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Micheliny Verunschk
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Eduardo Jorge
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André Dick
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Marne Lúcio
Luiz Roberto Guedes
Denise Bottmann
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Nicolau Saião (Portugal)
Ivan Antunes
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Dirce Waltrick do Amarante
Joana Ruas (Portugal)
Fabio Vieira
Floriano Martins
José Ángel Leyva (México)
Xico Sá
Fernando Ramos (editor do VAIA)
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Published on April 11, 2011 19:53
April 9, 2011
coisas boas
saiu o número 2 da (n.t.), revista literária em tradução, maravilhosa. leia e baixe aqui.
POESIA SELETA
Александрийские песни
Canções alexandrinas, de Mikhail Kuzmin
[Trad. Oleg Almeida]
Επιγραμματα
Epigramas Bélicos, de Simônides de Ceos
[Trad. Robert de Brose]
Güneş
Sol, de Orhan Veli
[Trad. Leonardo da Fonseca]
Sprüche
Seleta de Lemas, de J. W. Goethe
[Trad. Gabriela Wondracek Linck]
Gerarchia
Hierarquia, de Pier Paolo Pasolini
[Trad. Stella Rivello]
Poèmes de la Renaissance Française
Poemas da França renascentista, seleção
[Trad. Andityas Soares de Moura]
Ατελη Ποιηματα
Poemas Inacabados, de Konstantinos Kaváfis
[Trad. Miguel Sulis]
Motivos de ciudad
Poemas citadinos, de Alfonsina Storni
[Trad. Gleiton Lentz]
PROSA POÉTICA
Selected fragments
Fragmentos selecionados, de Ossian (James Macpherson)
[Trad. Thiago Rhys Bezerra Cass]
CONTOS & EXCERTOS
Frammenti sul genere letterario
Fragmentos sobre gênero literário, de Leopardi
[Trad. Andréia Guerini]
Dxiibi
Miedo
O medo, de Víctor Cata
[Trad. Scott Ritter Hadley]
Otto Ruff, de Hal Porter
[Trad. Monica Stefani]
The Machine stops
A Máquina para, de E. M. Forster
[Trad. Celso Braida]
MEMÓRIA DA TRADUÇÃO
A história do dilúvio, d'A Epopeia de Gilgamesh
[original em cuneiforme e tradução em prosa a partir da versão inglesa]
[Trad. Carlos Daudt de Oliveira]
ILUSTRAÇÕES
Reflexión
Reflexão, de Federico García Lorca
[Ilustrações de Aline Daka]
SUPLEMENTO DE ARTE (n.t.) 2°
Artista convidada: Diane Victor (África do Sul)
Mostra Virtual: Modus operandi: retratando transcendências
Texto: Além da zona de conforto
Artista homenageada: Julia Margaret Cameron (Inglaterra)
Mostra Fotográfica: De onde estamos para Cameron: possibilidades
Texto: Da atemporalidade das fotografias sépias d'outrora
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Published on April 09, 2011 14:06
April 6, 2011
entrevista
reproduzo abaixo uma entrevista com a jornalista luciana romagnolli, publicada no jornal o tempo. a edição se encontra aqui.
A patrulheira das traduções
Tradutora do inglês, francês e italiano, a curitibana se tornou a principal vigilante da qualidade das traduções em circulação no mercado brasileiro, à frente do blog www.naogostodeplagio.blogspot.com. Mantém atualizada uma lista negra das versões "não recomendadas" e já comprou brigas com as editoras Landmark e Martin Claret.
LUCIANA ROMAGNOLLI - Publicado no Jornal O TEMPO em 03/04/2011
Há quanto tempo você mantém o blog Não Gosto de Plágio e o que a motivou a criá-lo?
Criei o Não Gosto de Plágio em outubro de 2008, trazendo materiais que eu tinha publicado num blog coletivo chamado Assinado Tradutores. Desde 2002, críticos literários como Alfredo Monte e Ivo Barroso já denunciavam a ocorrência de plágios e cópias indevidas de traduções antigas. Em 2007, o jornal "Opção", de Goiânia, e a "Folha de S.Paulo" trouxeram a público plágios praticados pela editora Martin Claret. Na mesma época, o tradutor Saulo von Randow Jr. apurou que o mesmo procedimento tinha sido adotado pela editora Nova Cultural. A partir daí, comecei a pesquisar essas e outras ocorrências.
Você diria que nem editoras nem leitores dão suficiente atenção à qualidade e à proveniência das traduções disponíveis no mercado brasileiro?
Quanto à qualidade das traduções que circulam, eu diria que é variável. Num balanço rápido, tendo a crer que houve nos últimos 20 ou 30 anos um salto qualitativo na tradução de livros no Brasil. A atividade está mais madura e, principalmente, tem se generalizado entre as editoras a percepção de que a qualidade da tradução faz uma grande diferença. Leitores, em sua maioria, sabem distinguir claramente entre traduções boas e não tão boas. Em inúmeros sites, blogs e fóruns, surpreende a preocupação com a qualidade das traduções no Brasil.
Quais são as principais estratégias de plágio? Pode dar exemplos?
A mais banal é a cópia pura e simples de traduções antigas, esgotadas há muito tempo. Um exemplo é "O Homem que Foi Quinta-feira", de G. K. Chesterton, pela editora Germinal, com tradução atribuída a Vera Lúcia Rodrigues, mas que não passa da cópia fiel da tradução de José Laurênio de Mello, pela Agir. A editora Centauro também costuma reproduzir literalmente traduções das quais se apropriou: "A Questão Judaica de Marx", "Minha Irmã e Eu", de Nietzsche (apócrifa), "O Desenvolvimento do Psiquismo", de Leontiev, e outros. A seguir, vêm as tentativas de disfarçar inabilmente a cópia, com maior ou menor número de adulterações da tradução inicial: é o procedimento mais utilizado. Existe também a montagem de duas traduções diferentes, geralmente com tentativas de disfarçar a apropriação. Veja-se, por exemplo, "Arte Poética de Aristóteles", pela editora Martin Claret, com tradução em nome de Pietro Nassetti: é uma montagem do texto e das notas de Antônio Pinto de Carvalho com as eruditas notas de Eudoro de Souza. Há ainda os casos de cópias de traduções portuguesas - e, aí, tenta-se adaptar o texto ao português do Brasil, nunca com pleno sucesso. Na maioria dos casos, essas fraudes utilizam edições esgotadas de editoras que já encerraram suas atividades, como a Vecchi, a Minerva e a Atena. Obras esgotadas há muitas décadas, abandonadas, formam uma espécie de limbo editorial. Um ponto muito positivo na proposta de revisão da lei dos direitos autorais, que esteve em curso durante a gestão anterior do MinC, era a possibilidade de se conceder uma licença não exclusiva a editoras interessadas em recuperar esse patrimônio tradutório jogado às traças.
Você declinou da responsabilidade pela tradução do livro "Como Funciona a Ficção", do crítico James Wood, publicada pela Cosac Naify, porque a editora usou, em vez das suas, traduções pré-existentes dos trechos citados pelo autor, mas que não corresponderiam ao estilo original que o crítico pretendia destacar. Como ficam suas relações com a editora?
O problema de "Como Funciona a Ficção" foi muito localizado. Embora eu tenha ficado numa situação que me fez vir a público, continuo a colaborar com a Cosac com outras traduções.
Você já entrou com 15 petições contra traduções de autoria forjada. Pode comentar os casos mais acintosos de plágio que já encontrou, fazendo uma "lista negra" básica para o leitor?
No Não Gosto de Plágio, criei uma seção listando os livros que não recomendo e uma seção com cotejos entre a edição legítima e a edição espúria. São todos eles realmente acintosos! A cópia fiel é ridícula ao supor que os leitores são ignorantes; a cópia disfarçada é patética pela má-fé ainda mais evidente.
Denúncias suas causaram reações negativas de editoras, que até entraram com processo contra você - como a Landmark. Houve, ao contrário, casos em que as editoras mudaram o rumo de suas atividades?
Felizmente! Na verdade, várias delas acataram o que apontei, sem represálias nem ameaças, e não precisei recorrer ao Ministério Público. É o caso da Nova Cultural, da Rideel, da Madras, da Cedic, que prontamente retiraram as obras espúrias de circulação e catálogo. Recebi apoio de diversas editoras íntegras.
Quais são as suas "brigas" atuais?
Ufa, felizmente não tenho visto novas ocorrências de fraudes em tradução. Quem acompanha o blog pode observar que, até onde consigo acompanhar, a prática não só estacionou, mas também se reduziu muito. Mas - infelizmente! - muitas dezenas, talvez mais de uma centena, de obras espúrias continuam em circulação. As ações demoram para transitar nos tribunais, as livrarias em sua maioria continuam a vender obras que, em alguns casos, até mesmo o próprio editor admite publicamente serem espúrias. Em suma, os leitores precisam continuar atentos para não serem enganados. A briga continua, mas em marcha lenta: as investigações sobre a editora Martin Claret - o caso mais escandaloso, pela quantidade de obras irregulares ainda à venda -, instauradas por determinação do Ministério Público, estão em andamento em pelo menos dois processos independentes. Há ainda uma ou duas editoras com obras bastante duvidosas em seus catálogos, sobre as quais estou reunindo dados e pretendo, futuramente, trazer esses casos a público.
Como o leitor pode se precaver ou se defender de uma má aquisição?
Para se precaver, tem que se informar. Para se defender, sei de pelo menos um caso de leitor insatisfeito que, após contatos infrutíferos com a editora do livro, recorreu ao Tribunal de Pequenas Causas de sua cidade, e o juiz acatou a reclamação. Mas imagino que o leitor lesado pode, em primeiro lugar, pedir a devolução do dinheiro junto à livraria ou à própria editora. Caso enfrente alguma dificuldade, talvez possa registrar a ocorrência na delegacia. Caminhos existem vários. De qualquer forma, é sempre um desgaste e me parece um absurdo que tenhamos de chegar a tal ponto.
Outro aspecto a ser levado em conta - e é assustador - é a presença dessas obras espúrias em dezenas de milhares de artigos, dissertações, teses, bibliografias de cursos universitários, concursos vestibulares, licitações públicas, de Norte a Sul do país. Além dessa inacreditável difusão, tem-se a perpetuação da fraude sob a forma de referência bibliográfica. Mesmo quando todas essas imposturas estiverem fora da circulação, continuarão presentes em todo o sistema de ensino. E não me refiro só a estudantes, talvez mais desavisados, mas também a professores que as recomendam em seus cursos.
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A patrulheira das traduções
Tradutora do inglês, francês e italiano, a curitibana se tornou a principal vigilante da qualidade das traduções em circulação no mercado brasileiro, à frente do blog www.naogostodeplagio.blogspot.com. Mantém atualizada uma lista negra das versões "não recomendadas" e já comprou brigas com as editoras Landmark e Martin Claret.
LUCIANA ROMAGNOLLI - Publicado no Jornal O TEMPO em 03/04/2011
Há quanto tempo você mantém o blog Não Gosto de Plágio e o que a motivou a criá-lo?
Criei o Não Gosto de Plágio em outubro de 2008, trazendo materiais que eu tinha publicado num blog coletivo chamado Assinado Tradutores. Desde 2002, críticos literários como Alfredo Monte e Ivo Barroso já denunciavam a ocorrência de plágios e cópias indevidas de traduções antigas. Em 2007, o jornal "Opção", de Goiânia, e a "Folha de S.Paulo" trouxeram a público plágios praticados pela editora Martin Claret. Na mesma época, o tradutor Saulo von Randow Jr. apurou que o mesmo procedimento tinha sido adotado pela editora Nova Cultural. A partir daí, comecei a pesquisar essas e outras ocorrências.
Você diria que nem editoras nem leitores dão suficiente atenção à qualidade e à proveniência das traduções disponíveis no mercado brasileiro?
Quanto à qualidade das traduções que circulam, eu diria que é variável. Num balanço rápido, tendo a crer que houve nos últimos 20 ou 30 anos um salto qualitativo na tradução de livros no Brasil. A atividade está mais madura e, principalmente, tem se generalizado entre as editoras a percepção de que a qualidade da tradução faz uma grande diferença. Leitores, em sua maioria, sabem distinguir claramente entre traduções boas e não tão boas. Em inúmeros sites, blogs e fóruns, surpreende a preocupação com a qualidade das traduções no Brasil.
Quais são as principais estratégias de plágio? Pode dar exemplos?
A mais banal é a cópia pura e simples de traduções antigas, esgotadas há muito tempo. Um exemplo é "O Homem que Foi Quinta-feira", de G. K. Chesterton, pela editora Germinal, com tradução atribuída a Vera Lúcia Rodrigues, mas que não passa da cópia fiel da tradução de José Laurênio de Mello, pela Agir. A editora Centauro também costuma reproduzir literalmente traduções das quais se apropriou: "A Questão Judaica de Marx", "Minha Irmã e Eu", de Nietzsche (apócrifa), "O Desenvolvimento do Psiquismo", de Leontiev, e outros. A seguir, vêm as tentativas de disfarçar inabilmente a cópia, com maior ou menor número de adulterações da tradução inicial: é o procedimento mais utilizado. Existe também a montagem de duas traduções diferentes, geralmente com tentativas de disfarçar a apropriação. Veja-se, por exemplo, "Arte Poética de Aristóteles", pela editora Martin Claret, com tradução em nome de Pietro Nassetti: é uma montagem do texto e das notas de Antônio Pinto de Carvalho com as eruditas notas de Eudoro de Souza. Há ainda os casos de cópias de traduções portuguesas - e, aí, tenta-se adaptar o texto ao português do Brasil, nunca com pleno sucesso. Na maioria dos casos, essas fraudes utilizam edições esgotadas de editoras que já encerraram suas atividades, como a Vecchi, a Minerva e a Atena. Obras esgotadas há muitas décadas, abandonadas, formam uma espécie de limbo editorial. Um ponto muito positivo na proposta de revisão da lei dos direitos autorais, que esteve em curso durante a gestão anterior do MinC, era a possibilidade de se conceder uma licença não exclusiva a editoras interessadas em recuperar esse patrimônio tradutório jogado às traças.
Você declinou da responsabilidade pela tradução do livro "Como Funciona a Ficção", do crítico James Wood, publicada pela Cosac Naify, porque a editora usou, em vez das suas, traduções pré-existentes dos trechos citados pelo autor, mas que não corresponderiam ao estilo original que o crítico pretendia destacar. Como ficam suas relações com a editora?
O problema de "Como Funciona a Ficção" foi muito localizado. Embora eu tenha ficado numa situação que me fez vir a público, continuo a colaborar com a Cosac com outras traduções.
Você já entrou com 15 petições contra traduções de autoria forjada. Pode comentar os casos mais acintosos de plágio que já encontrou, fazendo uma "lista negra" básica para o leitor?
No Não Gosto de Plágio, criei uma seção listando os livros que não recomendo e uma seção com cotejos entre a edição legítima e a edição espúria. São todos eles realmente acintosos! A cópia fiel é ridícula ao supor que os leitores são ignorantes; a cópia disfarçada é patética pela má-fé ainda mais evidente.
Denúncias suas causaram reações negativas de editoras, que até entraram com processo contra você - como a Landmark. Houve, ao contrário, casos em que as editoras mudaram o rumo de suas atividades?
Felizmente! Na verdade, várias delas acataram o que apontei, sem represálias nem ameaças, e não precisei recorrer ao Ministério Público. É o caso da Nova Cultural, da Rideel, da Madras, da Cedic, que prontamente retiraram as obras espúrias de circulação e catálogo. Recebi apoio de diversas editoras íntegras.
Quais são as suas "brigas" atuais?
Ufa, felizmente não tenho visto novas ocorrências de fraudes em tradução. Quem acompanha o blog pode observar que, até onde consigo acompanhar, a prática não só estacionou, mas também se reduziu muito. Mas - infelizmente! - muitas dezenas, talvez mais de uma centena, de obras espúrias continuam em circulação. As ações demoram para transitar nos tribunais, as livrarias em sua maioria continuam a vender obras que, em alguns casos, até mesmo o próprio editor admite publicamente serem espúrias. Em suma, os leitores precisam continuar atentos para não serem enganados. A briga continua, mas em marcha lenta: as investigações sobre a editora Martin Claret - o caso mais escandaloso, pela quantidade de obras irregulares ainda à venda -, instauradas por determinação do Ministério Público, estão em andamento em pelo menos dois processos independentes. Há ainda uma ou duas editoras com obras bastante duvidosas em seus catálogos, sobre as quais estou reunindo dados e pretendo, futuramente, trazer esses casos a público.
Como o leitor pode se precaver ou se defender de uma má aquisição?
Para se precaver, tem que se informar. Para se defender, sei de pelo menos um caso de leitor insatisfeito que, após contatos infrutíferos com a editora do livro, recorreu ao Tribunal de Pequenas Causas de sua cidade, e o juiz acatou a reclamação. Mas imagino que o leitor lesado pode, em primeiro lugar, pedir a devolução do dinheiro junto à livraria ou à própria editora. Caso enfrente alguma dificuldade, talvez possa registrar a ocorrência na delegacia. Caminhos existem vários. De qualquer forma, é sempre um desgaste e me parece um absurdo que tenhamos de chegar a tal ponto.
Outro aspecto a ser levado em conta - e é assustador - é a presença dessas obras espúrias em dezenas de milhares de artigos, dissertações, teses, bibliografias de cursos universitários, concursos vestibulares, licitações públicas, de Norte a Sul do país. Além dessa inacreditável difusão, tem-se a perpetuação da fraude sob a forma de referência bibliográfica. Mesmo quando todas essas imposturas estiverem fora da circulação, continuarão presentes em todo o sistema de ensino. E não me refiro só a estudantes, talvez mais desavisados, mas também a professores que as recomendam em seus cursos.
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Published on April 06, 2011 20:18
April 4, 2011
fatos, realidades etc.
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em janeiro de 2009, a partir de indicações dadas por uma leitora de jane austen, apontei uma flagrante irregularidade na edição de persuasão, da editora landmark. resumidamente, a autoria da tradução publicada pela landmark vinha atribuída a fábio cyrino, diretor editorial da empresa. no entanto, ela se afigurava quase idêntica, inclusive nos erros e gralhas de impressão, à tradução de isabel sequeira, publicada pela editora europa-américa de portugal. expus a questão aqui .
em fevereiro de 2010, recebi a citação de uma ação judicial movida pela editora landmark e o sr. fábio cyrino, pleiteando remoção imediata do blog e uma indenização de quatrocentos salários mínimos por danos materiais e morais. a editora reiterou na imprensa, por meio de seu advogado, que tinha ingressado com a ação porque minhas denúncias estariam "totalmente desgarradas da realidade fática, razão pela qual não existe qualquer cabimento quanto a acusação de plágio" ( aqui ). o processo se encontra em andamento.
logo a seguir, em generosa mostra de solidariedade, foi criado um manifesto em defesa da luta contra os plágios de tradução, que se encontra aqui .
agora em 2011, pelo que vejo, a editora landmark parece ter admitido a real realidade dos fatos, passando a reconhecer a verdadeira autoria da tradução de persuasão.
em recente cadastramento da obra persuasão em formato ebook junto à agência brasileira do isbn, na fundação biblioteca nacional, a editora landmark incluiu o devido crédito da tradução a isabel sequeira. cabe notar que o nome de fábio cyrino agora consta como coautor da tradução: como aparentemente o ebook é uma réplica digital da edição impressa de 2007, a responsabilidade de fábio cyrino nessa coautoria talvez diga respeito às leves alterações na tradução portuguesa de isabel sequeira, quando foi publicada em livro em seu nome.
a ficha do cadastro oficial da obra se encontra aqui.
captura de tela: jane austen em português .
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em janeiro de 2009, a partir de indicações dadas por uma leitora de jane austen, apontei uma flagrante irregularidade na edição de persuasão, da editora landmark. resumidamente, a autoria da tradução publicada pela landmark vinha atribuída a fábio cyrino, diretor editorial da empresa. no entanto, ela se afigurava quase idêntica, inclusive nos erros e gralhas de impressão, à tradução de isabel sequeira, publicada pela editora europa-américa de portugal. expus a questão aqui .
em fevereiro de 2010, recebi a citação de uma ação judicial movida pela editora landmark e o sr. fábio cyrino, pleiteando remoção imediata do blog e uma indenização de quatrocentos salários mínimos por danos materiais e morais. a editora reiterou na imprensa, por meio de seu advogado, que tinha ingressado com a ação porque minhas denúncias estariam "totalmente desgarradas da realidade fática, razão pela qual não existe qualquer cabimento quanto a acusação de plágio" ( aqui ). o processo se encontra em andamento.
logo a seguir, em generosa mostra de solidariedade, foi criado um manifesto em defesa da luta contra os plágios de tradução, que se encontra aqui .
agora em 2011, pelo que vejo, a editora landmark parece ter admitido a real realidade dos fatos, passando a reconhecer a verdadeira autoria da tradução de persuasão.
em recente cadastramento da obra persuasão em formato ebook junto à agência brasileira do isbn, na fundação biblioteca nacional, a editora landmark incluiu o devido crédito da tradução a isabel sequeira. cabe notar que o nome de fábio cyrino agora consta como coautor da tradução: como aparentemente o ebook é uma réplica digital da edição impressa de 2007, a responsabilidade de fábio cyrino nessa coautoria talvez diga respeito às leves alterações na tradução portuguesa de isabel sequeira, quando foi publicada em livro em seu nome.
a ficha do cadastro oficial da obra se encontra aqui.
captura de tela: jane austen em português .
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Published on April 04, 2011 06:16
April 3, 2011
getting wilde
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não bastava o massacre a que o retrato de dorian gray foi submetido na edição da landmark, conforme a resenha do professor e crítico literário alfredo monte, " o retrato desfigurado ", a revista época não deixou por menos:
fonte: http://twitpic.com/46lyp9/full, via @cloacanews no twitter.
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não bastava o massacre a que o retrato de dorian gray foi submetido na edição da landmark, conforme a resenha do professor e crítico literário alfredo monte, " o retrato desfigurado ", a revista época não deixou por menos:
fonte: http://twitpic.com/46lyp9/full, via @cloacanews no twitter.
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Published on April 03, 2011 15:45
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