Denise Bottmann's Blog, page 108

May 6, 2011

paulo bezerra na globonews



ontem, dia 5 de maio, o tradutor paulo bezerra foi o convidado da globonews.



achei sensacional, primeiro porque paulo bezerra é um grandíssimo tradutor, responsável pela grande onda de renovação de dostoiévski no brasil; segundo porque sua presença num programa de alcance nacional como a globonews sinaliza e incentiva o reconhecimento da importância da tradução junto ao grande público.



paulo bezerra comentou vários pontos:

sua trajetória até se tornar um dos maiores tradutores do brasil
confluências entre o duplo e dom casmurro; entre irmãos karamázov e grande sertão: veredas; entre a criatura dócil e são bernardo e infância. com muita elegância, não deixou de elogiar o trabalho de fátima bianchi na tradução de a criatura dócil.
o problema das traduções indiretas e as perdas literárias decorrentes disso - lembrando, no caso de dostoiévski e outros nomes da literatura russa oitocentista, o terrível peso da tradição beletrista francesa
a ética na tradução, o respeito à palavra inviolável do outro, o compromisso com a qualidade na tradução
a transformação da mentalidade editorial, passando a valorizar os aspectos autorais de uma tradução: exemplificada na forma de remuneração do trabalho em 10% sobre o preço de capa
a redução crescente da tradução entendida como "bico"
fiquei muito feliz e surpresa: ao comentar sobre a ética na tradução, paulo bezerra falou sobre o movimento contra fraudes editoriais, honrando-me muito ao citar minha pessoa.



foto de paulo bezerra, aqui. aliás, este mesmo link da foto no blog ácido plural traz a íntegra de uma ótima entrevista de paulo bezerra, de maio de 2010.

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Published on May 06, 2011 16:26

April 30, 2011

arendt e amis

com a devida vênia, reproduzo aqui o texto publicado na folha de s.paulo, ilustrada, em 30/04/11, disponível aqui para assinantes uol e fsp.



Amis ignora natureza humana, que Arendt tenta mudar





MARTIM VASQUES DA CUNHA

ESPECIAL PARA A FOLHA



"Você não pode mudar a natureza humana", afirmam ao russo Boris Lermontov, personagem de "Os Sapatinhos Vermelhos" (1948), filme da dupla Powell e Pressburger. "É verdade", ele diz. "Mas posso fazer algo melhor: ignorá-la." Alterar ou ignorar o ser humano? Essa é a questão secreta que une "Sobre a Revolução", de Hannah Arendt (1906-1975), e "A Viúva Grávida", de Martin Amis, 61.



O primeiro é um clássico da filosofia política que, após 30 anos da publicação original, se mostra mais interessante pelas imprecisões do que pelos raciocínios que deveria demonstrar. O segundo, lançado em 2010, mostra um escritor no domínio da forma romanesca e sem medo de tocar o dedo na ferida de quem acha que a revolução é um bom negócio.



Arendt medita sobre as revoluções políticas, com ênfase na Americana (1776) e na Francesa (1789), comparando uma com a outra, analisando as diferenças e, muitas vezes, querendo encontrar semelhanças que, no fim, não existiam. Já Amis dramatiza, no verão de 1970 em um castelo italiano, o ápice da "revolução sexual", por meio da história de Keith Nearing, erudito de 20 anos, sua namorada Lily e a amiga de ambos, Scheherazade, por quem Keith nutre uma profunda atração.



O que a não ficção complica, a ficção elucida com uma clareza peculiar; Amis vai além em relação aos teoremas de Arendt justamente porque não ignora a natureza humana. Ela não distingue ao leitor o que deveria ser a liberdade exterior de uma revolução que funda um novo governo e a liberdade interior de quem conquistou certas virtudes em relação aos assuntos obscuros do coração. Nas primeiras 30 páginas, elimina logo qualquer possibilidade de uma revolução ser analisada como um "fenômeno pseudo-religioso". Contudo, usa e abusa de metáforas como "à procura de um absoluto", "o lado sombrio da alma" e "paradigma transcendente".



Seria uma inadequação habitual para alguém que sempre acreditou no liberalismo imanentista e não percebeu que este também era uma pseudo-religião?



Além disso, ao comparar as revoluções Americana e Francesa, Arendt se preocupa em diagnosticar se a primeira perdurou porque criou uma Constituição que mantinha a liberdade política, enquanto a segunda não conseguiu nada disso. Na verdade, os americanos triunfaram na sua revolução porque respeitaram a natureza humana, com sua suspeita do poder e da moral antirreligiosa; já os franceses desejavam alterá-la a qualquer custo - mesmo em nome da liberdade. Martin Amis não cai nessa armadilha em seu romance. Narra um trauma sexual ocorrido no sonho de uma noite de verão que tornou-se um pesadelo niilista.



ESCRAVOS DAS EMOÇÕES



Os jovens do escritor inglês são escravos de suas emoções e sentimentos, vivendo uma mentira romântica disfarçada de sexo, literatura inglesa e conversas sem rumo. Quando a velhice surpreende a todos, o que resta é o passado que cresce igual a um tumor e o "memento mori" como a lição adiada há tempos. Afinal, não é o que todos ignoram quando se fala da natureza humana? O fato de que todos morrerão - e o mundo sempre preferirá o aumento do poder em vez do surgimento da liberdade?



Hannah Arendt e Martin Amis querem ver o que sobrou do ser humano com tantas revoluções sonhadas e vividas. Foi pouca coisa - e não há como ignorar isso.



MARTIM VASQUES DA CUNHA é editor da revista "Dicta&Contradicta" e doutorando pela USP.



SOBRE A REVOLUÇÃO

AUTOR Hanna Arendt

EDITORA Companhia das Letras

TRADUÇÃO Denise Bottmann

QUANTO R$ 65 (416 págs.)

AVALIAÇÃO bom



A VIÚVA GRÁVIDA

AUTOR Martin Amis

EDITORA Companhia das Letras

TRADUÇÃO Rubens Figueiredo

QUANTO R$ 45 (528 págs.)

AVALIAÇÃO ótimo
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Published on April 30, 2011 15:02

April 28, 2011

carta aberta à presidência

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sobre os desconcertantes rumos que vem tomando o ministério da cultura sob o comando de ana de hollanda, em ataque frontal às iniciativas de modernização da lei dos direitos autorais e outras questões voltadas para a ampliação do acesso social à cultura, foi encaminhada ao planalto a Carta à Excelentíssima Presidenta Dilma Roussef, disponível aqui .



é fundamental o apoio de todos neste momento crítico: peço que leiam, divulguem, assinem.

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Published on April 28, 2011 07:39

April 23, 2011

"a guerra das traduções"



john milton escreveu alguns anos atrás uma súmula circunstanciada do célebre bate-boca (difícil chamar de debate ou discussão) entre bruno tolentino e augusto de campos, "a guerra das traduções". embora o episódio tenha sido um tanto grotesco, vale o artigo de john milton para os arquivos da história lítero-tradutória no país: disponível aqui .



imagem: aqui

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Published on April 23, 2011 19:00

April 22, 2011

de kipling a conrad



não sei se alguém já comentou isso (muito provavelmente sim): retomando heart of darkness nesses dias, não consigo deixar de ver um antecedente das palavras finais de kurtz, "o horror, o horror", nos olhos vítreos de pavor em outro coração das trevas, desta feita na índia colonial britânica, que kipling descreve em at the end of the passage.



a explicação que o criado indiano dá para a morte de seu sahib é:

Heaven-born, in my poor opinion, this that was my master has descended into the Dark Places, and there has been caught because he was not able to escape with sufficient speed.
acho esse conto belíssimo, sufocantemente sensível e apavorante, uma das melhores coisas de kipling. hummil não aguenta olhar o abismo, tortura-se para não dormir, mas o espectro da dissolução o toma mesmo assim. em heart of darkness, é como se conrad tivesse permitido a kurtz ir aonde hummil não pôde chegar. a despeito dos itinerários muito diversos de hummil e kurtz, a angústia do horror vivido pelos dois personagens me parece muito semelhante.



kipling tentou racionalizar o colonialismo como "o fardo do homem branco"; conrad foi um anti-imperialista convicto. mas

às vezes tenho a impressão de que falavam da mesma coisa.



esse conto se encontra em português: "no fim do caminho", in rudyard kipling, o homem que queria ser rei e outras histórias, tradução de cristina carvalho boselli, pela record, sem data (pp. 158-78).



imagem: aqui

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Published on April 22, 2011 10:32

April 20, 2011

coração das trevas II

comentei em coração das trevas a profusão de traduções dessa obra de conrad no brasil, e o recente lançamento da décima delas pela editora landmark. dei uma olhada nessa edição: infelizmente, vem coalhada de erros de tradução, frases truncadas, falhas de entendimento, problemas de revisão, não restando muitos vestígios da elegância do original. para poupar aos leitores o desconforto e à editora o constrangimento, arrolo apenas alguns breves exemplos:

"Mind," he began again, lifting one arm from the elbow, ... so that ... he had the pose of a Buddha preaching in European clothes and without a lotus-flower"Imaginem", ele começou novamente, libertando um dos braços a partir do cotovelo. ... assemelhando-se a um Buda que pregava, vestindo roupas europeias e a uma flor-de-lotus (p. 13)

I wouldn't have believed it of myself; but, then—you see—I felt somehow I must get there by hook or by crook. So I worried them. The men said 'My dear fellow,' and did nothing. Then—would you believe it?—I tried the women. Eu mesmo não acreditava em mim; mas, vejam, que eu tinha que chegar lá a qualquer custo. Mas vocês acreditariam que eu tentei tudo isso através das mulheres? (p. 15)



I hastened to assure him I was not in the least typical. 'If I were,' said I, 'I wouldn't be talking like this with you.'

Apressei-me em assegurar-lhe que eu era uma pessoa muito comum. 'Se eu fosse especial', disse eu, 'não estaria conversando com você nesses termos.' (p.19)



I came upon a boiler wallowing in the grass

Deparei-me com uma caldeira deleitando-se sobre a relva (p. 23)



resumindo, minha opinião: não vale a pena.



edições brasileiras:

 

lpm: albino poli jr. 

cia. letras: sérgio flaksman

      itatiaia: regina r.junqueira hedra: josé roberto o'shea

global: hamilton trevisan nova alexandria: solange junqueira

iluminuras: celso paciornik                                                               ediouro: marcos santarrita

brasiliense: marcos santarrita

abril: celso paciornik                                                                biblioteca folha: celso paciornik

martin claret: luciano a. meira                                        landmark: fábio cyrino

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Published on April 20, 2011 18:18

April 19, 2011

tradução densa

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reproduzo aqui um trecho de wa"erdenghu , de lendo walden, pois acho que talvez possa ter interesse mais geral do que a "leitura cerrada" que faço lá:

... Thick translation ("tradução densa") achei uma expressão ótima, que parece um bom acompanhamento às propostas do close reading ou "leitura cerrada". Vim a descobrir que a noção de "tradução densa" foi proposta por Kwame Appiah - de quem, aliás, traduzi uns meses atrás um livro chamado The Honor Code -, desenvolvida a partir da thick description ou "descrição densa" de Ryle, adotada por Clifford Geertz (1973), o qual também parece apreciar a linha do "meaning of the meaning" dos pais do close reading moderno. O artigo de Appiah se chama Thick Translation, originalmente publicado em 1993 na revista Callaloo, vol. 16, n. 4, e reeditado na coletânea de Venuti (2000), The Translation Studies Reader, às pp. 389-401 (visualização parcial no Google Books, aqui).
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Published on April 19, 2011 11:18

April 17, 2011


o mascote do tradutor:
firme, forte, fiel
imagem aqui



o mascote do tradutor:

firme, forte, fiel

imagem aqui

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Published on April 17, 2011 08:24

bom programa

para quem está em curitiba, hoje às 14,30, no solar do barão, vai ter uma mesa-redonda muito legal: a autoridade do original e a autoria da tradução, com sabrina lopes, virna teixeira e claudio daniel (mediador).



o programa completo está aqui .
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Published on April 17, 2011 05:08

April 16, 2011

os artigos de gabriel perissé sobre tradução

. .gosto  muito do trabalho de gabriel perissé na revista língua portuguesa. ele publica regularmente um artigo sobre tradução, escrito com simplicidade, leveza e precisão. costuma comparar soluções de duas ou mais traduções de uma mesma obra, apontando acertos e insuficiências, mostrando aos leitores a importância e a delicadeza do ofício.



eis um exemplo, sobre a tradução de dr. jekyll and mr. hyde, de robert l. stevenson:

Há várias traduções desse clássico no Brasil. A versão de José Maria Machado (Clube do Livro, 1951), republicada em 1989, pela Estação Liberdade, tem revisão do catarinense Vicente Cechelero. Em 1960, a editora Saraiva publicou o trabalho assinado por Nair Lacerda. A FTD lançou a tradução de Lígia Cademartori, em 1989, voltada para o público infanto-juvenil. Na década de 1990, foram publicadas a de Rodrigo Lacerda (Nova Fronteira, 1992), a de Heloisa Jahn (Ática, 1994) e a de Flávia Villas Boas (Paz e Terra, 1995). De lá para cá, foram editadas mais três versões - a de Adriana Lisboa (Ediouro, 2001), a de Fabio Cyrino (Landmark, 2008) e a de José Paulo Golob, Maria Angela Aguiar e Roberta Sartori, sob a orientação da tradutora e professora Beatriz Viégas-Faria (L&PM, 2008).



Faço nestas páginas, a seguir, alguns breves comentários às três versões mais recentes, a partir de um trecho das declarações dramáticas que Jekyll faz sobre si mesmo no último capítulo do livro.



O ORIGINAL



Robert Louis Stevenson



Between these two, I now felt I had to choose.1 My two natures had memory in common, but all other faculties were most unequally shared between them. Jekyll (who was composite)2 now with the most sensitive apprehensions, now with a greedy gusto,3 projected and shared in the pleasures and adventures of Hyde; but Hyde was indifferent to Jekyll, or but remembered him as the mountain bandit remembers the cavern in which he conceals himself from pursuit. Jekyll had more than a father's interest; Hyde had more than a son's indifference. To cast in my lot with Jekyll,4 was to die to those appetites which I had long secretly indulged and had of late begun to pamper.5 To cast it in with Hyde was to die to a thousand interests and aspirations, and to become, at a blow and for ever, despised and friendless.



AS VERSÕES



Adriana Lisboa 



Senti, então, que precisava escolher entre os dois.1 Minhas duas naturezas tinham a memória em comum, mas todas as outras faculdades dividiam-se entre elas de modo bastante desigual. Jekyll, que era complexo,2 projetava, ora com as maiores apreensões, ora com um entusiasmo voraz,3 os prazeres e as aventuras de Hyde, compartilhando-os; mas Hyde era indiferente a Jekyll, ou apenas se recordava dele como o bandido das montanhas se lembra da caverna em que se esconde, quando perseguido. Jekyll tinha um interesse maior do que o típico dos pais; Hyde, uma indiferença maior do que a típica dos filhos. Unir-me a Jekyll 4 significava abrir mão daqueles apetites com os quais eu há muito era indulgente em segredo e que ultimamente começara a mimar.5 Unir-me a Hyde significava abrir mão de mil interesses e aspirações, e me tornar, num único instante e para sempre, desprezado e sem amigos.



Fabio Cyrino



Entre esses dois, percebia agora que não tinha escolha alguma.1 Minhas duas naturezas tinham lembranças em comum, mas todas as minhas outras faculdades eram divididas, de forma desigual, entre elas. Jekyll, que se compunha2 com as mais sensíveis apreensões, com uma excitação mesquinha,3 agora, projetava e compartilhava dos prazeres e aventuras de Hyde; mas, Hyde era indiferente a Jekyll, ou apenas se lembrava dele como o bandido que se recorda da caverna em que se oculta da perseguição. Jekyll tinha mais do que um interesse paternal; Hyde tinha mais que a indiferença filial. Unir-me, definitivamente, a Jekyll 4 era morrer para aqueles apetites a que me havia entregado, longa e secretamente; e que, por fim, começara a descartar.5 Unir-me a Hyde, era morrer para milhares de interesses, aspirações e tornar-me de um golpe só, para sempre, desprezado e sem amigos.



José Paulo Golob / Maria Angela Aguiar / Roberta Sartori



Eu sentia que agora deveria escolher entre os dois.1 Minhas duas naturezas tinham uma memória em comum, entretanto todas as outras faculdades eram compartilhadas entre si de forma desigual. Jekyll (que era um composto),2 às vezes com forte apreensão, outras vezes com um prazer ávido,3 projetava-se e envolvia-se nos prazeres e nas aventuras de Hyde; mas Hyde era indiferente a Jekyll, ou apenas recordava-se dele como o bandido da montanha lembra da caverna na qual se esconde de perseguições. Jekyll tinha mais do que um interesse de um pai; Hyde tinha mais do que a indiferença de um filho. Apostar minha sorte em Jekyll 4 era morrer para aqueles apetites que eu, por muito tempo e em segredo, me permiti e que posteriormente passara a mimar.5 Apostar em Hyde seria morrer para centenas de interesses e aspirações e tornar-me, de uma vez e para sempre, um ser desprezado e sem amigos.



O COMENTÁRIO



1. Fabio Cyrino faz Jekyll dizer o contrário do que escreveu. O protagonista teria de escolher, sim: ou ser médico respeitado, mas frustrado, ou o monstro que satisfaz seus desejos, à margem da sociedade.

2. Jekyll "was composite", composto por muitas "partes", inclusive a parte Hyde (brincadeira com o inglês hidden, escondido). Os tradutores da L&PM escolhem "composto", que em português também pode significar que Jekyll tinha compostura, era contido, disciplinado. Para Cyrino, Jekyll "se compunha com", deturpando o original. Lisboa opta acertadamente por "complexo".

3. A expressão greedy gusto recebe três soluções: "entusiasmo voraz" (Lisboa), adequada; "excitação mesquinha" (Cyrino), em que o adjetivo destoa; e "prazer ávido" (L&PM), que deixa a desejar, inclusive por repetir o termo "prazer", usado a seguir.

4. Traduzir to pamper por "mimar" seria correto se o texto se referisse a mimar criança. Melhor "satisfazer" ou "estimular", em se tratando de apetites e desejos. Equivocada a frase "começara a descartar", de Cyrino, o oposto do que Jekyll afirma.

5. "Unir-me a" não atinge em cheio o sentido da expressão "to cast in one's lot with". A frase "to cast in my lot with Jekyll" foi bem compreendida pelos tradutores da L&PM com "apostar minha sorte em Jekyll". Se o texto fosse coloquial, outra solução seria "fechar com Jekyll".
in: O médico, o monstro ... e o tradutor . como bem diz gabriel  aqui :

Uma tradução ou é cuidadosa ou não é tradução. Isto conduz a certa obsessão (salutar) em cuidar de detalhes que poderiam ser desprezados sem que ninguém os percebesse, caso não se fizessem comparações.
os artigos estão acessíveis na íntegra aqui, para assinantes da revista ou para assinantes da uol.

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Published on April 16, 2011 19:29

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Denise Bottmann
Denise Bottmann isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
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