Denise Bottmann's Blog, page 111

February 22, 2011

questão prática

vejamos, por exemplo, o caso do grupo geração, cujo comentário sobre antigas edições problemáticas da jardim dos livros acabei de publicar aqui .



o sr. willian novaes reitera que "A Arte da Guerra, de Sun Tzu, supostamente traduzida do chinês, era na verdade texto adaptado de várias traduções para o português. Tao logo percebemos isto - e a senhora divulgou amplamente o fato - solicitamos tradução, diretamente do chinês, ao sinólogo André Bueno, mestre em Filosofia e doutor em História pela USP, e reeditamos a obra."



todavia, apesar das providências tomadas pelo grupo geração, a livraria cultura se obstina em vender a edição espúria: veja aqui , em sua 1a. edição (2006), e  aqui , em sua 2a. edição, pocket, 2007.



já as "Outras péssimas traduções da Jardim dos Livros não foram reimpressas", mas a livraria cultura continua a oferecê-las aos clientes desavisados: por exemplo, o essencial de jesus, aqui , e a vida secreta de laszlo, conde drácula, aqui .



e como fica? leitor chia, editora toma providências, livraria continua a vender? aí é complicado. será que o próprio sr. willian novaes, que com tanta gentileza e boa vontade enviou seus esclarecimentos ao nãogostodeplágio, é que vai ter de tomar providências mais enérgicas junto às livrarias que continuam a sujar o nome do grupo geração?



obs.: não sei se as outras traduções mencionadas pelo sr. willian novaes eram péssimas. o que o nãogostodeplágio apontou foi a falsa atribuição dos créditos de autoria da tradução em o essencial de jesus, o essencial do alcorão a vida secreta de laszlo, conde drácula.

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Published on February 22, 2011 10:20

um bom exemplo

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bem que nossas livrarias podiam seguir o exemplo.

Fraud, November 10, 2010

By Alexandre M. C. Silva "Alex Castro"Amazon Verified Purchase(What's this?)

This review is from: Ethics (Kindle Edition)

They have used the Penguin cover as an intentional means to dupe customers into buying this ebook, when it is actually your standard free public domain edition with no introduction or notes. Not only do I want my money back, but I think those sellers should be banned from Amazon.
para situar a questão, reproduzo aqui o comentário de alex castro, que consta no post a responsabilidade das livrarias :

Oi Denise



Aconteceu comigo recentemente. Achei que estava comprando a Ética de Espinosa (of all books, né?) em edição kindle da Penguin, mas acabou que era só uma editora cambalacheira que pegou a capa da Penguin e colou no texto em domínio público que se encontra no Projeto Gutenberg.

Mandei um email para a Amazon e deixei uma resenha na página do produto contando o caso. Isso tudo me tomou menos de 10 minutos. Aqui vai a resenha: (o produto não está mais disponível)

http://www.amazon.com/review/R3ESU4VJ2U1OL4/ref=cm_cr_rdp_perm

No dia seguinte, a Amazon respondeu, devolveu meu dinheiro, pediu desculpas, e retirou o produto (e talvez a "editora") do catálogo.

A Amazon tem um dos melhores atendimentos ao consumidor do mundo. Compro lá quase todo mês desde 1995, já tive inúmeros problemas e foram todos resolvidos com presteza e educação.
aparentemente, a amazon não exigiu de alex castro um transitado em julgado sobre a fraude e uma ordem judicial determinando a retirada da edição espúria. por que a livraria cultura, por exemplo, não segue essa demonstração de bom senso e civilidade?

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Published on February 22, 2011 09:40

grupo geração

reproduzo aqui a mensagem  do sr. willian novaes, do grupo geração editorial, pois entendo que o direito de resposta deve ser respeitado garantindo-lhe espaço de destaque:

Prezada Senhora,





A Geração Editorial não tem nenhuma tradução plagiada.



Nosso grupo editorial adquiriu uma pequena editora, a Jardim dos Livros, cuja edição de A Arte da Guerra, de Sun Tzu, supostamente traduzida do chinês, era na verdade texto adaptado de várias traduções para o português.



Tao logo percebemos isto - e a senhora divulgou amplamente o fato - solicitamos tradução, diretamente do chinês, ao sinólogo André Bueno, mestre em Filosofia e doutor em História pela USP, e reeditamos a obra.



Outras péssimas traduções da Jardim dos Livros não foram reimpressas.



Solicitamos a gentileza de que, ao se referir no futuro a traduções plagiadas, não cite mais a Geração Editorial.



Caso queira referir-se ao fato de que existiu essa malfadada edição da Jardim dos Livros, faça-nos o favor de dizer a verdade, ou seja, que o novo publisher mandou providenciar nova tradução.



Atenciosamente,

Willian Novaes

Grupo Geração Editorial
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Published on February 22, 2011 08:35

February 18, 2011

caso fundamento

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minha última notícia sobre a editora fundamento , de curitiba, tinha sido a divulgação do despacho do promotor, acatando as justificativas da editora e determinando o arquivamento do caso.



há várias alegações da fundamento que me parecem um tanto surpreendentes, mas que não me cabe comentar. quero apenas recapitular o argumento que a promotoria julgou decisivo para promover o arquivamento de minha denúncia: os tradutores de obras estrangeiras têm o direito de não indicar nem anunciar o seu nome na obra; o citado artigo concede expressamente ... o direito de proibir que se indique ou anuncie seu nome.



tenho comigo alguns depoimentos de tradutores que trabalham para a editora fundamento: posso afirmar com toda a segurança que pelo menos estes jamais a proibiram de lhes dar os devidos créditos de tradução. pelo contrário, sentiam-se revoltados com a flagrante lesão a seus direitos.



de qualquer forma, em se tratando de uma relação privada entre as partes, considerei que caberia aos tradutores diretamente interessados se manifestarem, por vias extrajudiciais ou judiciais, junto às esferas competentes e dei minha parte por encerrada.



fico satisfeita em saber que, embora o ministério público do paraná não tenha determinado a instauração de um inquérito para apurar melhor as responsabilidades da editora fundamento, esta parece ter se conscientizado de que estava realmente lesando os direitos morais dos autores das traduções de seu catálogo.



digo isso porque o nãogostodeplágio recebeu a seguinte mensagem de um profissional que faz traduções para a referida editora:

Recebi um exemplar de algumas traduções minhas publicadas pela Fundamento e, voilà! Na parte superior aparece:

Tradução: (empresa que emitiu a NF) (Meu nome)

Na ficha catalográfica ainda aparece "versão braseileira da editora", mas acho que já é um avanço!
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Published on February 18, 2011 14:39

millorando

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seguindo na linha de the cow went to the swamp, de millôr, sergio pachá envia uma colaboração:

Recebi de um amigo atento à importância da comunicação entre os povos algumas frases nossas traduzidas para o inglês. Achei a idéia esplêndida e me pareceu que poderia ampliar as possibilidades comunicativas dos nossos compatriotas que freqüentam sessões espíritas vertendo-as também para o latim.

En nos in vitta. = É nóis na fita.
Mecum relinque quia faciem tuam liberabo. = Chá comigo que eu livro sua cara
Ego sum magis ego. = Eu sou mais eu.
Bonum-bonum vis? = Você quer um bom-bom?
Ne quidem venias quia non habet! = Nem vem que não tem!
Plena est novem horis = Ela é cheia de nove horas.
Ob scientiam omnino calvus sum = To careca de saber.
Eheu! Pelliculam meam combussi! = Oh! Queimei meu filme!
Equam lavabo. = Vou lavar a égua.
I nuciclas quaeritatum! = Vai catar coquinho!
Si curras, te bestia apprehendet; si maneas, te bestia devorabit ! = Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come!
Potius sero quam nunquam. = Antes tarde do que nunca.
Tolle mannulum e pluvia. = Tire o cavalinho da chuva.
Vacca in paludem incessit. = A vaca foi pro brejo!
Unam de Johanne-sine-Bracchio dare = Dar uma de João-sem-Braço.
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Published on February 18, 2011 05:30

February 17, 2011

a responsabilidade das livrarias

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em legatus X , reproduzi uma pergunta muito pertinente da jornalista raquel cozer  sobre o caso da editora legatus, que vende ebooks com irregularidades editoriais no site da amazon. a questão é: "a Amazon lava as mãos em relação aos produtos que oferece?"



hoje, dra. maria adélia deixou um comentário esclarecedor sob o post citado, que reproduzo aqui:

Cara Denise



Reproduzo meu primeiro comentário n´a Biblioteca de Raquel:



"Prezada Senhora Raquel



Parabéns pelo seu blog e pelo excelente trabalho.



Temos uma futura grande editora. Estamos surpresos com a balbúrdia da Legatus na Amazon, (acompanhamos o nãogostodeplágio e as inúmeras picaretices do mundo editorial). Entendemos que a responsabilidade por quaisquer eventuais, digamos, malfeitos, é eminentemente da Legatus.



A Amazon é, nesse tipo de evento, intermediária – diferentemente da análise, por exemplo, do comércio do Kindle, em que sua responsabilidade seria indubitavelmente direta. Não pode ser obrigada, smj, a assegurar os conteúdos em responsabilidade solidária com as editoras. Deve haver um "disclaimer" em algum lugar.



Apesar disso, como lucra na venda de cada exemplar baixado – "subido" para os computadores pessoais dos pagantes – terá, sim, responsabilidade subsidiária caso a Legatus não honre o ressarcimento (ou até indenização) do consumidor que se sentir prejudicado.



A Cultura, mesmo se tratarmos de formato papel, está na mesma posição da Amazon, caso chegue a vender livros com cadernos faltosos, trocados, ou com conteúdo forjado etc.



Deixo-lhe meu abraço e reitero as congratulações iniciais, desejando muito sucesso, prosperidade e ótimas leituras.



MAVB"



Manifestei-me como advogada, em crua leitura da pergunta feita. Os adjetivos desairosos que tais editoras, data venia, merecem ficam dentre quatro paredes.



Abraço cordial,



Maria Adélia
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Published on February 17, 2011 03:11

a responsabilidade da amazon

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em legatus X , reproduzi uma pergunta muito pertinente da jornalista raquel cozer  sobre o caso da editora legatus, que vende ebooks com irregularidades editoriais no site da amazon. a questão é: "a Amazon lava as mãos em relação aos produtos que oferece?"



hoje, dra. maria adelia deixou um comentário esclarecedor sob o post citado, que reproduzo aqui:

Cara Denise



Reproduzo meu primeiro comentário n´a Biblioteca de Raquel:



"Prezada Senhora Raquel



Parabéns pelo seu blog e pelo excelente trabalho.



Temos uma futura grande editora. Estamos surpresos com a balbúrdia da Legatus na Amazon, (acompanhamos o nãogostodeplágio e as inúmeras picaretices do mundo editorial). Entendemos que a responsabilidade por quaisquer eventuais, digamos, malfeitos, é eminentemente da Legatus.



A Amazon é, nesse tipo de evento, intermediária – diferentemente da análise, por exemplo, do comércio do Kindle, em que sua responsabilidade seria indubitavelmente direta. Não pode ser obrigada, smj, a assegurar os conteúdos em responsabilidade solidária com as editoras. Deve haver um "disclaimer" em algum lugar.



Apesar disso, como lucra na venda de cada exemplar baixado – "subido" para os computadores pessoais dos pagantes – terá, sim, responsabilidade subsidiária caso a Legatus não honre o ressarcimento (ou até indenização) do consumidor que se sentir prejudicado.



A Cultura, mesmo se tratarmos de formato papel, está na mesma posição da Amazon, caso chegue a vender livros com cadernos faltosos, trocados, ou com conteúdo forjado etc.



Deixo-lhe meu abraço e reitero as congratulações iniciais, desejando muito sucesso, prosperidade e ótimas leituras.



MAVB"



Manifestei-me como advogada, em crua leitura da pergunta feita. Os adjetivos desairosos que tais editoras, data venia, merecem ficam dentre quatro paredes.



Abraço cordial,



Maria Adélia
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Published on February 17, 2011 03:11

February 15, 2011

poe XXXIV, uma surpresa

em minha pesquisa sobre a presença de edgar allan poe no brasil, eu tinha concluído que a primeira tradução de the black cat publicada entre nós era a do caboverdiano januário leite, que saiu pela annuario do brasil em 1926.



hoje foi uma agradabilíssima surpresa saber que já em 1920 oswaldo goeldi ilustrara uma tradução d'o gato preto, que foi publicada na revista leitura para todos.



em coedição com a fapesp, a cosac naify lançou um estudo de priscila rossinetti rufinoni, chamado oswaldo goeldi: iluminação, ilustração. aqui o link para o googlebooks , onde se pode ler o capítulo da autora sobre "o gato preto: ilustrações de leitura para todos".





essas ilustrações de goeldi, aliás, foram retomadas e reproduzidas em o gato preto, na tradução de bernardo carvalho publicada em 2004 também pela cosac naify.





fiquei curiosíssima em saber de quem é a tradução que saiu em 1920 na leitura para todos. seria, ela sim, a primeira em língua portuguesa a aparecer no brasil.



veja também:

a pesquisa sobre edgar a. poe aqui no blog
a pesquisa em tradução em revista
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Published on February 15, 2011 14:33

February 13, 2011

tradução que se dê ao respeito

o prezado lucio pimentel, do ratantia , me passou uma matéria do interney sobre o caso - até bastante rumoroso no twitter - do tradutor do batman 98 (panini) que achou que "petralha" era uma boa solução para nasty. depois veio o editor, falou que não foi o tradutor, e coisa e tal, mas "petralha" estava e "petralha" ficou, como se fosse algo muito natural.



tem também o caso de um tex, em que um trivialíssimo toglieti dai piedi foi curiosamente vertido para "não se meta, macaco!", fato que gerou uma onda de protestos. (até onde entendi, os direitos mundiais do tex são da panini italiana, que no brasil tem parceria com a mythos, e os quadrinhos são traduzidos do italiano.)







não me meto no universo dos quadrinhos porque sou ignorante a respeito; e não costumo me deter nas variadas soluções tradutórias, afora nos casos que induzem a suspeitas de plágio ou que realmente ultrapassam o absurdo (altabooks, por exemplo).



sou contrária a expurgos, censuras e adulterações do patrimônio cultural, a reescrever livros do passado, sejam eles de shakespeare, monteiro lobato ou mark twain, filtrando-os por critérios do presente. mas aqui é muito diferente: que tradutor e/ou editor force a barra numa obra (contemporânea ou não, quadrinhos ou ensaio filosófico), cuja fonte usada para a tradução não tem nada que sugira preconceito racial ou político, e impinja ao leitor deturpações grosseiras parece-me vergonhoso e, do ponto de vista do ofício, simplesmente inaceitável.



namaria apresenta dados interessantes sobre os contratos entre a panini e o governo paulista. veja aqui.



imagem: fórum tex br

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Published on February 13, 2011 11:26

via ffffound.

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Published on February 13, 2011 08:23

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Denise Bottmann
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