C.N. Gil's Blog, page 69

July 14, 2015

Verdadeiro post apolítico

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Published on July 14, 2015 07:02

Post apolítico



Precisamente por ter feito, anteriormente um post político, resolvi também fazer um apolítico!
Para tal, comecei a considerar o que seria um post apolítico e, sendo contrário ao anterior, teria de ser acerca de tudo!
Ora isto é um problema! O que é tudo? Aliás, como é que se pode fazer um texto acerca da tudo? Poderia, eventualmente fazer um acerca de tudo o que sei e conheço, mas ia demorar umas horas a escrever… (sim, eu não sei assim tanta coisa… Com sorte encheria uma página)! Por outro lado isso não seria um post acerca de tudo, como me propus a fazer. E como posso eu aqui discorrer acerca de tudo, mesmo o que desconheço?

Foi então que, o Tico, o mais inteligente dos meus dois neurónios se lembrou de algo:

-Se um post politico é o que diz tudo acerca de nada, então o post apolítico será o que diz nada acerca de tudo!

E prontos, assim sendo nem sei porque fui além do título…

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Published on July 14, 2015 06:58

Post político



Hoje não me apetecia falar de nada. Foi então que tive a ideia de fazer este post. Este post é acerca de absolutamente nada. Não há aqui uma ideia ou um fio condutor a este texto, uma afirmação, uma opinião ou até algo que seja vagamente interessante.
Este post chama-se "Post político" exactamente porque, apesar de as frases estarem encadeadas, haver uma certa cadência introduzida nas palavras que, sob circunstâncias normais e até se for lido em voz alta com a acentuação certa parecerá ter alguma intenção, mas não tem.
Mais ainda, com a entoação certa, pareceria que, nesta parte do texto, poderia começar a esticar a corda, e só para entreter até podia começar a falar sobre o tempo, o que é a mesma coisa que não falar de nada, mas de uma maneira disfarçada.
Só para que se pense que isto tem algum conteúdo, e como não pode deixar de ser nos últimos tempos, vou enfiar aqui uma referência à Grécia. Ora cá vai: a Grécia está cheia, minada mesmo, de Gregos, tanto pessoas como iogurtes. E o que tem os iogurtes a ver com este texto, perguntais vós? Nada, respondo eu! Absoluta e inequivocamente nada!
Como podem comprovar nos quatro parágrafos anteriores, já cheguei até aqui sem uma única ideia coerente. Como tal, resolvi arranjar mais algumas coisas que, se metidas aqui de forma avulsa, mas cirúrgica, darão um ar de modernidade e até, quiçá, de desenvoltura intelectual. Por exemplo, posso deixar aqui uma referência ao aquecimento global, o que revelaria preocupações ambientais, ou referir que hoje, pela primeira vez na história conhecida da humanidade, um pedaço de lata manufacturado aqui vai ter um encontro imediato com aquilo que já foi um planeta do sistema solar antes de ser despromovido, Plutão. Agora faria aqui uma piadinha da treta e diria que nos esforçamos mesmo muito em presentear o que nos rodeia com o nosso lixo, clara referência às preocupações ambientais anteriores, mas que na realidade não é mais que uma graçola de mau gosto.
Entretanto, quem se dá ao trabalho de ir lendo isto formou já uma opinião acerca do texto, uns pensam que é divertido, outros uma parvoíce e até haverá alguns que acham este texto altamente inteligente, já para não falar nos Americanos todos que passam por aqui aos magotes e que não pensam…
…mas só porque nem sequer sabem em que língua é que isto está escrito, mas suspeitam que seja uma língua de um pais que fica nesse enorme buraco negro que está para além das fronteiras dos Estados Unidos.
Entretanto posso fazer uma referência à acidez dos limões, o que muda por completo o teor do texto até porque quando o fizer o texto ganha uma toada mais séria, menos jocosa…
Reparem:
-Os limões são ácidos!
Mais ainda, basta perguntar-vos se conseguem chupar um limão sem fazerem cara de anormais para vos pôr a fazer cara de anormais enquanto se lembram das caras que fazem ao chupar um limão, e depois vão-se dar conta disso e imaginar a quantidade de pessoas que vão ler isto e que vão fazer o raio da cara de anormal, o que vos vai fazer quase largar uma gargalhada enquanto eu continuo para aqui a discorrer palavras e frases sem um pingo de conteúdo e que não dizem nada a ninguém.
Por esta altura, por certo, alguns de vós achar-me-ão um completo idiota, o que não andará muito longe da realidade, e outros achar-me-ão genial…

E eu consegui trazer-vos até ao fim deste texto e fazer-vos perder o vosso tempo por motivo nenhum e estou a partir o carolo a rir…

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Published on July 14, 2015 04:12

July 13, 2015

Definitivamente… Ir ao cinema é uma experiência traumática para mim!



Há uns anos adorava ir ao cinema. Nessa altura não se ia para um sitio com 15 salas do tamanho da minha cozinha a passarem filmes diferentes para meia dúzia de gatos-pingados. Escolhia-se a sala onde se queria ir pelo filme que lá estava. As salas eram enormes, os ecrãs gigantescos e entravam-nos pelos olhos adentro.
Sentávamo-nos na sala, víamos uns slides a fazer publicidade ao talho do Zé Manel, à hora marcada víamos os trailers para os filmes das semanas a seguir, que por norma aquele cinema tinha aquele filme naquela semana e mudava na semana seguinte, e depois começava o filme.
Era rara a semana em que não ia ver um ou dois filmes!
Lembro-me da estreia do Indiana Jones e o templo da perdição no Centro Comercial de Almada, da estreia da Academia de Polícia na Academia Almadense, do Estranhos Prazeres no Cinema Nina, na Cruz de Pau…
Ir ao cinema era sinónimo de uma tarde ou noite agradáveis, quer fosse sozinho ou com companhia!

Ontem, após grande insistência da Mini Me, e após ter passado por uma experiência traumática aquando da ida ao cinema no fórum de Almada para ir ver “San Andreas”, lá me dei à pachorra de a levar ao cinema (a segunda vez na vida dela) para ir ver “Divertida-mente”.
O filme é só mais um da Disney, com tudo aquilo que os filmes da Disney são! Está engraçado, sem ser deslumbrante! E acerca do filme, é só! Ela gostou e isso é que importa, mas…
O filme estava marcado para as 16:00. Começou às 16:22. Às 16:00 as luzes da sala apagaram-se e começou a publicidade, coisa que me deixa logo mal disposto. Eu não vou ao cinema para ver publicidade. Para ver publicidade vejo a TVI ou a SIC e adivinhem? Não vejo uma nem a outra! Agora ter de levar com reclames a sumos de fruta (repetidamente) e a outras tretas enquanto uma piquinita, curiosa, pergunta cada vez que um anuncio acaba “ É agora pai?” é mau! É muito mau!

Admiram-se que a malta não vá ao cinema. Cobram mais por um bilhete que uma refeição mediana, enchem o pessoal de publicidade e esquecem-se que quase toda a gente tem um acesso à internet , uma televisão e um sistema 5.1 na sala!

Não voltarei a ir ao cinema tão cedo, muito menos aos cinemas da NOS.

Mais uma vez não me oponho a que passem publicidade…
…antes da hora marcada para o começo do filme! Querem garantir que as pessoas levam com a publicidade? Não marquem os lugares na sala! Quem quer um bom lugar aguenta a publicidade, quem chegar atrasado leva com o que houver. Mas se o filme está marcado para as 16:00 não é para começar às 16:22…
…e a verdade é que os filmes que quero ver, por norma, até vejo antes de estrearem cá…

Antigamente ir ao cinema era um momento de magia…
…agora é uma inconveniência stressante como (para mim) ir à praia, por exemplo!

Sinais dos tempos…

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Published on July 13, 2015 02:13

July 10, 2015

T.I.A.

(antes de lerem, ficai sabendo que o Necrofagismomacrobioticoexistencialismo foi uma corrente de pensamento deveras importante com 3 fundadores/seguidores que preconizava um estilo de vida assente em:
Necrofagismo - tudo o que se come deve estar comprovadamente morto!
Macrobiótico - Além de morto, deve ser cereal integral, fruta ou legume
Existencial - A parte fundamental que afirma que se não comeres, morres!

A ideia desta corrente era comprovar a morte clínica de qualquer alimento de três maneiras. Dou aqui o exemplo de uma ervilha:

fase 1 - Teste do espelho: pôr um espelho sobre a ervilha para verificar se respira. Se não passar à fase 2
Fase 2 - Electrocardiograma: fazer um electrocardiograma à ervilha. Se não se detectar batimentos cardíacos passar à fase 3
Fase 3 - Electroencefalograma: comprovando-se que a ervilha está cerebralmente morta, poderia então ser consumida

Além disto e Necrofagismomacrobioticoexistencialismo preconiza uma proibição de pensar. Poderia-se meditar, elucubrar, cogitar, conjecturar, matutar, ponderar e até mesmo filosofar, mas pensar estava fora de questão)


T.I.A. – Teoria da Imbecilidade Associativa

O Necrofagismomacrobioticoexistencialismo deparou-se desde há longo tempo com problemas cuja resolução levou, de forma algo lenta, é certo (pelo facto de não podermos pensar), mas inexorável, à criação da Teoria da Imbecilidade Associativa, doravante aqui referida por TIA.
Esta teoria resulta da observação directa e pura. Afinal não é de todo difícil encontrar imbecis, pelo que através de um simples processo de elucubração se pode chegar a conclusões que, embora absolutamente claras e lógicas, podem até ser chocantes para alguns leitores.
Qualquer organização que seja, num dado momento da sua existência, infiltrada por um imbecil, passa a tender imediatamente para a imbecilidade.
E pruquê?
Deve-se isto ao facto de os imbecis conseguirem de tal forma imbecilizar todos os processos que, embora por vezes contra a vontade da maioria, estes ficam de tão completamente distorcidos que não há volta a dar. Por norma tem de se refazer todo o processo de forma a desimbeciliza-lo. Claro que isto, poderá o prezado leitor calcular, dá trabalho, que é uma coisa que ninguém gosta de ter. Assim sendo, a única maneira segura de desimbecilizar um processo é, por norma, retirar  o imbecil da equação.
Ora isto nem sempre é fácil. Existem apenas duas opções para tal:

Opção 1 – o imbecil é despedido e prontos, repõe-se assim o equilíbrio dentro da organização.

Opção 2 – é impossível despedir o imbecil, pelo que, a maneira mais simples de conter os danos é promover o imbecil a um cargo de chefia de um departamento onde não haja imbecis. Há assim a esperança de os subalternos conterem a imbecilidade do chefe.

Na maior parte das vezes é usada a poção 2, visto que a opção 1 acarreta, por norma, problemas com sindicatos e com outros imbecis também. Ora sendo esta opção tão largamente utilizada, o problema sobe de tom, uma vez que entre as próprias chefias se cria um mau estar geral. Assim como quando os imbecis são subalternos começa a haver algum desconforto por causa dos colegas uma vez que entram às horas que querem, saem às horas que querem, fazem o que querem e quando querem, ninguém lhes dá trabalhos de responsabilidade pela sua reconhecida imbecilidade e quando tem alguma tarefa menor e falham ninguém lhes chama a atenção pelo simples facto de que já se esperava que falhassem, quando eles são promovidos para os cargos de chefia, continuam exactamente no mesmo registo sendo que os quadros superiores acabam por agir da mesma forma, nunca os responsabilizando por nada e desculpando os erros com a frase “coitado, também não se esperava mais dele…”.
 Mas o problema mais grave advêm do facto de que os próprios subalternos, não sendo de todo imbecis, se começam a aperceber das vantagens de ser imbecil, pelo que têm tendências para a auto-imbecilização. Assim sendo, o facto de um único imbecil ser autorizado a existir dentro de uma organização pode levar à imbecilização de toda a estrutura produtiva.
Se a organização não tiver uma estrutura suficientemente forte a nível dos seus altos quadros que lhe permita debelar numa altura precoce o alastramento da imbecilidade, verá sem qualquer sombra de dúvida a produtividade descer a pique, sendo que chegará a uma altura em que a sua mera existência é uma imbecilidade.
Mas mais grave ainda é se tudo isto se passar num departamento estatal. De facto, no estado, os imbecis vão subindo nas hierarquias pela própria força dos números e, quando chegam ao ponto de serem directores gerais e administradores, por norma o passo a seguir é passarem para a política activa, tornando-se membros do governo ou deputados na assembleia da república.
Podemos ver pela história política dos últimos 10 anos que Portugal é um pais altamente imbecilizado, mas que esta imbecilidade foi, de certa forma, fomentada por imbecis que nem sequer eram de cá. Por exemplo, houve a dada altura uma cambada de imbecis na então CEE que achou que nós melhoraríamos as nossas condições de vida, de produtividade, desde que nos dessem dinheiro…
…na verdade tinham mesmo de ser imbecis porque é um dado histórico que quanto mais dinheiro temos menos fazemos.
Mas depois tivemos um governo que achava que com artifícios contabilísticos podia tapar o facto de gastarmos mais do que conseguimos ganhar.
Depois veio um outro governo em que o chefe era esperto, e quando lhe deram a hipótese de ser presidente da EU largou o país aos lobos e pirou-se. E quem é que deixam a gerir o país?
Ora, o presidente da república chega à conclusão de que tudo deve ter um limite e manda estes bacanos embora. E vamos para eleições.
Ganha um gajo que fazia parte do governo dos artifícios contabilísticos e está lá uns quantos anos a fazê-los. Por fim, demite-se, e quem é que vai para o governo?
Mas também, assim como assim, devemos levar em conta que a escolha possível era entre este, o que se demitiu, o que abandonou o partido depois de o ter enterrado até ao chão para voltar triunfante uns anos depois acusando o seu sucessor de não ter conseguido resolver os problemas que ele próprio criou, o que ainda acredita que uma ditadura de esquerda é algo de formidável e que cuba é um paraíso, e que o pai natal aparece todos os anos no dia 25 de Dezembro, e os outros que falam, falam, falam, falam, falam, mas no fundo, para alem de defenderem que fumar charros faz bem à saúde, não se lhes viu fazer mais nada.
Todo este historial recente prova sem sombra de dúvidas a razão da existência da TIA, e a suspeita de que tudo começou quando o filho resolveu bater na mãe…

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Published on July 10, 2015 07:41

Como ninguém vai ligar patavina ao post anterior...

...algo com que se entreterem durante um minuto e picos:

Peles (em primeiro plano), Gadelhas e mais Ninguém a assassinar uma música de XXL Blues ontem!

É o video perfeito, visto que assim ninguém percebe o quanto somos feios!


Goofin' around from C. N. Gil on Vimeo.

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Published on July 10, 2015 03:07

Como é que eu perdi o meu respeito pela política partidária!

Esta é uma história triste, tão triste que aviso desde já, não vá alguém ter problemas com os sacos lacrimais e causar alguma inundação!
Há muito, muito tempo atrás, tanto que os Trovante ainda existiam e o Cavaco era Primeiro-ministro, tive uma professora de Direito.
Era estranho ter uma professora de Direito. Afinal, pau que nasce torto… Talvez esta fosse uma tentativa desesperada dos deuses de me endireitar. Como podem constatar, não funcionou!
Podia ter sido um aluno brilhante a Direito! Sacava notas sempre acima do 13 e nunca sequer li algo do livro e passava as aulas entretido a escrever letras em inglês para hinos de Heavy Metal que, se alguma vez tivessem sido compostos, por certo me teriam posto ao nível dos Metallica no panorama da música internacional! Infelizmente na altura apenas tinha uma guitarra de caixa tão ou mais velha que eu, pelo que distorção era coisa que não me assistia…
…mas adiante! Dizia eu que podia ter sido um aluno brilhante. Bastava para isso que aquilo me interessasse minimamente, mas como não interessava, fiquei-me pela mediania, sítio onde me sentia confortável. Basicamente, esforçava-me o suficiente para não me lixarem a pinha!
Já a “Stora” parecia ter como missão no mundo tornar-nos cidadãos responsáveis e envolvidos na coisa comum. Mas ela estava na margem sul, em terra de metaleiros.
Era uma pessoa muito politicamente correcta. Lembro-me de alguns episódios interessantes, provocados pela minha desatenção à aula, como por exemplo quando ela um dia, no meio da aula e interrompendo o meu raciocínio sobre o que quer que fosse que eu estava a fazer e que nada tinha a ver com a mesma, me perguntou se eu sabia o que é que o PM tinha ido fazer, no âmbito da sua visita oficial, a Marrocos, tendo eu disparado de imediato e sem pensar que devia ter ido fazer o que qualquer gajo ia fazer a Marrocos na altura: Comprar tapetes e coisas de cabedal ao preço da chuva…
…ou quando me perguntou o que se deveria fazer quando o presidente da república morria em funções e eu respondi que convinha enterra-lo…
…o que deixou a sala às lágrimas e o ar mais irado que alguma vez vi numa professora, o que me levou a recear pela minha integridade física, desbobinando logo a seguir todos os procedimentos segundo a constituição, rosnando-me ela em seguida “A parte do enterro é que era escusada!” e tendo eu respondido “Pois, mas se não se tratar disso o homem ainda começa a cheirar mal…” o que me valeu um encurtamento do tempo de aula…
Como a história já vai longa e já ninguém sequer vai chegar aqui, passo então ao prato principal. A dita Senhora resolveu que a melhor maneira de nos inculcar alguma consciência cívica nos nossos cérebros adolescentes carregados de hormonas era levar-nos numa visita ao palácio de São Bento.
E adorei a visita, pelo menos a primeira parte! Andamos a percorrer o palácio durante a manhã e é lindíssimo!
Depois, como bons moços da margem sul que raramente atravessavam a ponte, junta-mo-nos num bando e fomos galar gajas para as Amoreiras, onde almoçamos. Voltámos depois ao palácio para assistir ao plenário…
Já na camionete de volta a “Stora” chega-se ao pé de mim e perguntou:
-Então? Gostou? – Ela tratava-nos por você.
-Achei o palácio lindíssimo!
-Mas e o plenário? Ver a democracia a funcionar?
-Não gostei!
-Não? Porquê? – Perguntou ela muito admirada, olhando para mim de cima para baixo com os óculos na ponta do nariz.
-Porque metade dos deputados estava em parte incerta. Dos que estavam alguns tinham claramente melhores coisas para fazer, uma vez que passavam a vida a entrar e sair do plenário. Achei ridícula a cena da Natália Correia… - Esta merece interrupção: estava uma gajo qualquer a falar acerca da acidez dos limões nesse ano quando, de rompante, a Natália Correia entra pelo hemiciclo e se senta no seu lugar de forma bastante, digamos, afirmativa e assim que o tipo se calou ela pediu a palavra e perguntou “Gostaria de saber porque é que a assembleia da república não vai comemorar o 25 de Abril este ano”, o que tinha tanto a ver com aquilo que estava a ser discutido como eu começar aqui agora de repente a dissertar sobre os quadros de Salvador Dali, ao que o presidente da assembleia, depois de um sonoro suspiro, respondeu que era assim por causa da deliberação da assembleia num dia em que ela não esteve presente e ela respondeu “Então quero aqui expressar o meu voto de protesto” ao que o outro respondeu “está anotado” e ainda ele não tinha acabado já ela saía como entrou fazendo com que todos se esquecessem da importância da acidez dos limões - …e levar com uma hora de discurso Dr.ª Edite Estrela, no mais correcto português que alguma vez ouvi, mas em que ela não disse absolutamente nada e ainda foi aplaudida pela meia dúzia de gatos-pingados que não tinham adormecido, foi dose!

A “Stora” talvez apercebendo-se do seu erro, nada mais me disse. E eu, desse dia em diante, perdi qualquer esperança que de São Bento alguma vez saísse algo de jeito…

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Published on July 10, 2015 02:47

July 9, 2015

Ninguém sabe!

Ninguém entra para o seu duche e na sua cabeça correm pensamentos livres e soltos, sem qualquer nexo, como a maior parte dos seus pensamentos. Por vezes só lhe apetecia que o seu cérebro tivesse um botão para ligar e desligar, que isto de ter a cabeça constantemente atravessada por farrapos desconectados de informação é uma chatice.
Ninguém gosta de pensar, mas nem sempre. A maior parte do tempo tem a noção de que pensar é uma coisa perigosa. Começa-se a pensar numa porcaria qualquer insignificante e quando se dá por isso já nos caiu um braço. E voltar a pôr o braço no sítio nem sempre é uma tarefa fácil!
Estava ele entretido a tentar não pensar nisto quando as suas sinapses são iluminadas por uma frase que ouviu de um pateta qualquer que acha que percebe de política (como se isso fosse possível, uma vez que é das actividades mais sem lógica que existe) e que vai alardear isso para a televisão. Mas pior, esta frase fica-lhe a bailar nos neurónios, até porque é dita de forma bastante frequente:

-Ninguém tem a culpa!

Caramba! Mas teria ele a culpa de quê? É que por mais que tentasse não se conseguia lembrar do que teria feito que o tornasse automaticamente culpado de alguma coisa! Bem, isso não era verdade, até se lembrava de algumas, sendo sincero consigo próprio, mas nada que justificasse um tipo vir alardear assim uma coisa destas para a televisão!
Continuou a lembrar-se de coisas que o relacionavam com a culpa…

-A justiça em Portugal está como está e Ninguém tem a culpa!

Caramba! Ninguém até conhece um juiz, mas é uma coisa de circunstância, uma vez que é marido de uma ex-colega de trabalho. Conhece um monte de advogados, mas trabalham todos numa cadeia de fast food! Esteve duas ou três vezes em tribunal, como queixoso ou testemunha, mas nem por lá ficou muito tempo… Como poderia então ter alguma culpa de a justiça estar como está?

-Os serviços de saúde degradam-se, por falta de meios e Ninguém tem a culpa!

Que ele se lembrasse nunca deixou de pagar as taxas moderadoras, e os exames e afins… Como poderia a culpa ser dele?

-Há grandes negociatas de bastidores, coisas que estão à vista de toda a gente, obras que custam o triplo do que foi orçamentado, mas vai-se a ver e Ninguém tem a culpa!

Arre! O mais perto disto que ele alguma vez teve foi quando o Peles lhe foi pintar as paredes de casa!

Depois há o outro extremo, aqueles que aparecem a afirmar:

-Este país é uma república das bananas, aqui nunca Ninguém tem culpa de nada!

A estes ele até agradecia, mas ainda assim achava a frase demasiado extremista, visto que, embora não se achasse culpado de tudo, alguma culpa de alguma coisa havia de ter…

…não sejamos radicais…

O duche acabou, ele limpou-se da água em excesso que tinha em cima e, ainda a tentar descobrir porque era considerado por tantos culpado de tanta coisa foi até à cozinha, abriu uma “mine” e pensou, de si para si:

-Se há para aí tantos gajos culpados sem um pingo de vergonha na cara, porque é que eu me havia de preocupar? Afinal, só eu sei daquilo que sou realmente culpado…

E pensou bem! Ninguém sabe!

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Published on July 09, 2015 02:13

July 8, 2015

-Ó gaijo, - perguntais vós com subtileza - mas afinal candas tu a fazere nos últimos tempos?

Bem, eu gostava imenso de responder:
-Nada! Compro tudo já feito...

Claro que não posso! Sendo um tuga típico sem afiliação política, não me posso dar ao trabalho de comprar tudo já feito, uma vez que não tenho pilim!Isso que dizer que, ao contrário de alguns, sou daqueles imbecis que não só tem de se levantar todos os dias para ir produzir alguma coisa, como tenho de fazer coisas se as quero feitas!

A minha última obra, motivada pelo facto de eu já não ser um chavalo, ter cada vez menos paciência para merdices e já não pensar que sou um Super-Homem vai ser descrita visualmente em seguida.














Conversão de um Amplificador de Guitarra combo (do qual se vê a caixa já vazia na última foto) numa cabeça + coluna, tendo as caixas da cabeça e coluna sido feitas por mim!Concluido, finalmente, ontem, depois de ter sido posto a tocar pela primeira vez anteontem. A coluna precisou de algumas "afinações" ao som, mas está pronto para "Rockar" à bruta!
(ainda faltam os cantos na Cabeça e na Coluna, mas estamos em Portugal e cada vez que precisamos de alguma coisa por cá, ou fazemos ou temos de mandar vir de fora, que cá não há)
Não coloquei os logotipos da marca porque, uma vez que eles nunca me deram nada, tb não lhes devo nenhuma publicidade (se bem que quem tem alguma noção do que são guitarras e amplificadores, olha para isto e diz logo o que é...)
E amodos que é isto!
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Published on July 08, 2015 01:28