C.N. Gil's Blog, page 73
June 16, 2015
Quase todos os dias, pela manhã, um pouco antes das 8:00,...
Quase todos os dias, pela manhã, um pouco antes das 8:00, no metro, entre o Cais do Sodre e a Baixa-Chiado, me cruzo com uma Senhora.
Esta Senhora é obviamente roqueira. Deve estar a meio dos quarentas, como eu, veste quase sempre de preto, como eu, e ignora por completo quem está à sua volta, ao contrario de mim que me detenho nos detalhes de quase toda a gente na carruagem…
…sou um gajo observador, o que é que hei-de fazer…
Ela tem olhos de um azul profundo, cabelo comprido, escorrido, preto, até ao fundo das costas, está quase sempre de mini-saia ou mini vestidos, se bem que não abusadoramente mini, sempre de stilletos clássicos.
Quase todos os dias, pela tarde, pouco depois das 17:00, no metro, entre a Alameda e a Baixa-Chiado, me cruzo com uma jovem.
Esta jovem é… Simplesmente! Deve estar a meio dos vintes, ao contrario de mim, veste quase sempre de preto, como eu, passa a vida a olhar em volta, não tanto para observar os outros, como eu, mas para ver quem a observa.
Tem uns olhos de um azul límpido, cabelo comprido, ondulado, meio alourado que lhe escorre em cascata até ao fundo das costas. Está quase sempre de mini-saia ou mini vestido, por vezes abusadoramente minis, anda quase sempre com uns Pumps transparentes abusadoramente altos.
Ambas são mulheres lindas…
Mas há uma enorme diferença entre as duas, para além da idade e da cor do cabelo…
A primeira destila classe! Não pela maneira como se veste, mas pela postura, pela maneira como anda…
A segunda, vulgaridade! Não pela maneira como se veste, mas pela postura, pela maneira como anda…
São este tipo de observações que leva alguns amigos meus a ficar a olhar para mim, quando estamos num lado qualquer e há um comentário sobre alguma mulher presente.
O hábito não faz o monge, por mais que muitos assim o desejassem. A personalidade parece transparecer através das roupas, fazendo trapos do chinês ficarem divinais e roupas de marca vulgares. A classe não está na roupa, está na postura. Quanto muito a roupa pode ajudar a fazer transparecer essa classe.
Pode-se ter armários de tudo quanto é topo, mas isso não muda a personalidade. Quando a personalidade não está lá, usar um Carolina Herrera ou um Fabio Lucci vai dar ao mesmo.
Mas, quando se tem personalidade, o Fabio Lucci quase que brilha no escuro!
E vem isto a propósito de quê?
Sei lá…
…apeteceu-me!
Esta Senhora é obviamente roqueira. Deve estar a meio dos quarentas, como eu, veste quase sempre de preto, como eu, e ignora por completo quem está à sua volta, ao contrario de mim que me detenho nos detalhes de quase toda a gente na carruagem…
…sou um gajo observador, o que é que hei-de fazer…
Ela tem olhos de um azul profundo, cabelo comprido, escorrido, preto, até ao fundo das costas, está quase sempre de mini-saia ou mini vestidos, se bem que não abusadoramente mini, sempre de stilletos clássicos.
Quase todos os dias, pela tarde, pouco depois das 17:00, no metro, entre a Alameda e a Baixa-Chiado, me cruzo com uma jovem.
Esta jovem é… Simplesmente! Deve estar a meio dos vintes, ao contrario de mim, veste quase sempre de preto, como eu, passa a vida a olhar em volta, não tanto para observar os outros, como eu, mas para ver quem a observa.
Tem uns olhos de um azul límpido, cabelo comprido, ondulado, meio alourado que lhe escorre em cascata até ao fundo das costas. Está quase sempre de mini-saia ou mini vestido, por vezes abusadoramente minis, anda quase sempre com uns Pumps transparentes abusadoramente altos.
Ambas são mulheres lindas…
Mas há uma enorme diferença entre as duas, para além da idade e da cor do cabelo…
A primeira destila classe! Não pela maneira como se veste, mas pela postura, pela maneira como anda…
A segunda, vulgaridade! Não pela maneira como se veste, mas pela postura, pela maneira como anda…
São este tipo de observações que leva alguns amigos meus a ficar a olhar para mim, quando estamos num lado qualquer e há um comentário sobre alguma mulher presente.
O hábito não faz o monge, por mais que muitos assim o desejassem. A personalidade parece transparecer através das roupas, fazendo trapos do chinês ficarem divinais e roupas de marca vulgares. A classe não está na roupa, está na postura. Quanto muito a roupa pode ajudar a fazer transparecer essa classe.
Pode-se ter armários de tudo quanto é topo, mas isso não muda a personalidade. Quando a personalidade não está lá, usar um Carolina Herrera ou um Fabio Lucci vai dar ao mesmo.
Mas, quando se tem personalidade, o Fabio Lucci quase que brilha no escuro!
E vem isto a propósito de quê?
Sei lá…
…apeteceu-me!
Published on June 16, 2015 02:02
June 15, 2015
Não há maior sinal de loucura do que fazer uma coisa repetidamente e esperar a cada vez um resultado diferente!

A citação no "títalo" é de Albert Einstein, gajo que ficou na história como sendo algo inteligente.
E vem para aqui esta citação a propósito de quê?
Nem mais nem menos que acerca da Playboy Portugal!
Esta revista, que entrou agora na sua terceira encarnação, tem tido uma vida atribulada por cá.
Lembro-me de ser chavalo e de ir à sucapa ver umas Playboys Brasileiras. Lembro-me da Playboy com o "centerfold" da Cláudia Ohana. Dois ou três anos depois ela aparece na novela "Tieta do Agreste" - isto num tempo em que só havia 2 canais e uma televisão em casa, pelo que era obrigado a "mamar" com as telenovelas - e vê-la era uma alegria... Lembrava-me sempre daquele magnifico "centerfold"...
Mas nem só de gajas nuas era feita a Playboy. Li grandes contos (ainda há dias mencionei um conto de Arthur C. Clark), espectaculares entrevistas (lembro-me particularmente bem de uma a Ayrton Sena da Silva)...
...mas a verdade, verdadinha, verdadeira é que isso podia encontrar-se em muitas revistas...
...mas a Playboy tinha mulheres nuas! Mais mulheres nuas e lindas! Mais, em vez de ser a badalhoquice pornográfica que era a Penthouse (sim, é verdade, a malta naquela idade pela-se por uma badalhoquice pornográfica) apresentava mulheres lindas em ensaios fotográficos cheios de bom gosto e a nudez não era algo gratuito, era antes uma homenagem à beleza daquelas mulheres, actrizes, cantoras, bailarinas, ou aspirantes a...
Por cá, a primeira encarnação teve alguns pontos altos, assim como coisas que eram no mínimo dispensáveis...
...por exemplo, se a Ana malhoa não se tivesse despido para a Playboy jamais saberíamos que ela tinha mamas estrábicas e continuaríamos na ilusão...
...ou escusávamos de ter visto a Rute Marlene nua... Não havia necessidade...
Já a segunda encarnação começou mal, muito mal, com a Rita Pereira a fazer um ensaio fotográfico que ficaria óptimo nas páginas da GQ ou da Maxmen...
...mas a Playboy não é a GQ ou a Maxmen...
...e o resultado foi haver programas humorísticos a pôr a Rita a posar de Burka para a capa...
...e continuou mal, com a Dânia Neto, começando depois a melhorar um pouco.
Ainda assim, um traço comum às três encarnações é que a Playboy lusa tornou-se, em grande parte, uma revista onde mulheres maduras cá do sítio vão mostrar que ainda conseguem pôr o sangue dos homens em ebulição, sendo esses os melhores e mais sensuais ensaios que se viram por cá...
...basta olhar para um dos últimos, o da Dora, por exemplo!
Ora os tipos que fizeram a segunda encarnação são os responsáveis por este novo fôlego e...
...repetem a formula!
Ora, não tendo sido uma formula vencedora, repeti-la é mesmo uma questão de fé!
Já vi as fotos da Mafalda Teixeira e acho que outras produções por onde ela passou, para a GQ e a Maxmen, estão bem melhores que esta. É a Playboy. Espera-se mais e melhor!
Mas também é verdade que por cá não temos dimensão para ter uma Playboy!
Quando muito teriamos badalhocas de realitty shows da TVI em numero suficiente para encher as páginas da Penthouse, mas mesmo essa acabou, até porque um gajo só tolera badolhoquice até certo ponto.
Posto isto, creio que os responsáveis por este novo fôlego o estão a tentar fazer por loucura e puro masoquismo...
...e vamos lá ver quantas edições é que a revista dura...
Já agora uma dica: Um corpo de mulher nu não é badalhoco, é talvez uma das mais elevadas expressões de beleza...
...e esse sempre foi o trunfo da Playboy, desde que a Norma Jean posou...
Published on June 15, 2015 02:52
June 12, 2015
Há coisas que me agradam sobremaneira,...
...e há outras que nem por isso!
Published on June 12, 2015 07:17
June 11, 2015
TAP
Aparentemente o governo já se resolveu sobre a privatização.
Dentro em pouco a única coisa que faltará privatizar serão o parlamento e o conselho de Ministros...
...o que talvez até nem fosse mal pensado de todo!
Assim como assim, já estão todos vendidos...
...era só oficializar a coisa!
À parte isso, não me choca nem me escandalizo com a privatização da TAP. Acho que privatizar a PT foi bem pior...
...a não ser por um pequeno pormenor: Quem é que vai ficar com os encargos dos milhões de prejuízo que a empresa tem neste momento? São os novos donos que têm o encargo ou vai sobrar para os mesmos? É que se vai sobrar para os do costume (ou seja, nós) mais valia a pena deixar aquilo sossegado...
Dentro em pouco a única coisa que faltará privatizar serão o parlamento e o conselho de Ministros...
...o que talvez até nem fosse mal pensado de todo!
Assim como assim, já estão todos vendidos...
...era só oficializar a coisa!
À parte isso, não me choca nem me escandalizo com a privatização da TAP. Acho que privatizar a PT foi bem pior...
...a não ser por um pequeno pormenor: Quem é que vai ficar com os encargos dos milhões de prejuízo que a empresa tem neste momento? São os novos donos que têm o encargo ou vai sobrar para os mesmos? É que se vai sobrar para os do costume (ou seja, nós) mais valia a pena deixar aquilo sossegado...
Published on June 11, 2015 05:40
Há coisas que me chateiam à brava...
...e há outras que nem por isso!
Published on June 11, 2015 02:11
June 10, 2015
June 9, 2015
Hoje...
..no café...
Tony (o empregado do café) - Pá, ontem a minha mulher pôs-se a reclamar comigo por causa de uma caixa de gelado que por lá andava há uns tempos e eu olha, sentei-me à frente do computador e quando dei por isso já não havia gelado...
Eu - Pá, comer à frente do PC tem resultados indesejados. Transforma gajos em cacilheiros!
Tony - Atão? A malta fica cor-de-laranja?
Eu - Não, pá, fica com pneus à volta...
Tony (o empregado do café) - Pá, ontem a minha mulher pôs-se a reclamar comigo por causa de uma caixa de gelado que por lá andava há uns tempos e eu olha, sentei-me à frente do computador e quando dei por isso já não havia gelado...
Eu - Pá, comer à frente do PC tem resultados indesejados. Transforma gajos em cacilheiros!
Tony - Atão? A malta fica cor-de-laranja?
Eu - Não, pá, fica com pneus à volta...
Published on June 09, 2015 05:26
O Sistema - I
Ela acendeu um cigarro, deu um passa longa, e deixou-o ficar no canto do lábio enquanto se movia pelo quarto, apanhando as suas peças de roupa que tinham sido largadas ao acaso com a indiferença de quem faz um gesto habitual, cumpre uma rotina.
Vestiu as cuecas finíssimas de renda por cima das ligas que seguravam as meias que nunca chegou a tirar. Sentou-se naquela espécie de cómoda que estava no canto do quarto e que tinha um espelho por cima enquanto vestia o soutien e se observava no espelho para ver até que ponto a maquilhagem estava esborratada.
-E agora? Cumpres a tua parte do acordo? – Inquiriu, falando para o meu reflexo no espelho enquanto dava toques de rímel nas pestanas impossivelmente longas.
Tinha desejado esta mulher toda a minha vida. Ao longo dos anos ela tinha representado a minha aspiração mais alta. Tinha-a posto num pedestal. Seria capaz de dar tudo para ter alguns momentos com ela. Agora que esses momentos tinham chegado, apenas sentia a desilusão causada pelo seu desprendimento.
Mas afinal, que esperava eu? Que uma puta se apaixonasse por mim? Que no fim do seu trabalho pago olhasse para mim com os olhos rasos de lágrimas e cheios de paixão e me dissesse que eu era o homem por quem ela tinha ansiado a vida inteira? Que caísse aos meus pés?
Às vezes mais vale a pena que os nossos sonhos continuem a ser só isso. Sonhos, ilusões que nos mantêm na expectativa. Alguém me disse uma vez que não devíamos conhecer os nossos ídolos da juventude porque ficaríamos sempre desiludidos. Acrescento a esta máxima que nunca deveríamos ir para a cama com as nossas paixões da puberdade. A desilusão que fica é demasiado amarga.
Neste momento preferia que a esta noite não tivesse acontecido. Não só estava profundamente desiludido como ainda estava obrigado a algo a que apenas acedera por uma ilusão.
Como é que é mesmo aquele ditado americano? “Be carefull of what you wish. You might get it!”
-Sim, podes dizer-lhe que pode contar com a penhora dos meus votos.
Ela deu mais uma passa longa, agarrou a sua mala, retirou um papel e entregou-mo com uma frieza glacial. Li a declaração, assinei-a e entreguei-lha. Ela guardou-o na mala, acabou de se vestir rapidamente, deu mais um retoque a maquilhagem e dirigiu-se à porta.
-Não te incomodes comigo que eu tenho um carro à minha espera. – E saiu sem esperar que eu respondesse, deixando-me sozinho.
Ainda nem há meia hora ela fingia um orgasmo atrás do outro, talvez para me elevar o ego, talvez pensando que me podia iludir. E agora, apenas agora, com todas as minhas ilusões despedaçadas, eu me apercebia do que tinha feito. Tinha penhorado a minha confiança e a das pessoas que a depositaram em mim em alguém capaz de tudo para conseguir chegar mais longe…
…e ela é que era a puta?
O reles, sou eu…
Vestiu as cuecas finíssimas de renda por cima das ligas que seguravam as meias que nunca chegou a tirar. Sentou-se naquela espécie de cómoda que estava no canto do quarto e que tinha um espelho por cima enquanto vestia o soutien e se observava no espelho para ver até que ponto a maquilhagem estava esborratada.
-E agora? Cumpres a tua parte do acordo? – Inquiriu, falando para o meu reflexo no espelho enquanto dava toques de rímel nas pestanas impossivelmente longas.
Tinha desejado esta mulher toda a minha vida. Ao longo dos anos ela tinha representado a minha aspiração mais alta. Tinha-a posto num pedestal. Seria capaz de dar tudo para ter alguns momentos com ela. Agora que esses momentos tinham chegado, apenas sentia a desilusão causada pelo seu desprendimento.
Mas afinal, que esperava eu? Que uma puta se apaixonasse por mim? Que no fim do seu trabalho pago olhasse para mim com os olhos rasos de lágrimas e cheios de paixão e me dissesse que eu era o homem por quem ela tinha ansiado a vida inteira? Que caísse aos meus pés?
Às vezes mais vale a pena que os nossos sonhos continuem a ser só isso. Sonhos, ilusões que nos mantêm na expectativa. Alguém me disse uma vez que não devíamos conhecer os nossos ídolos da juventude porque ficaríamos sempre desiludidos. Acrescento a esta máxima que nunca deveríamos ir para a cama com as nossas paixões da puberdade. A desilusão que fica é demasiado amarga.
Neste momento preferia que a esta noite não tivesse acontecido. Não só estava profundamente desiludido como ainda estava obrigado a algo a que apenas acedera por uma ilusão.
Como é que é mesmo aquele ditado americano? “Be carefull of what you wish. You might get it!”
-Sim, podes dizer-lhe que pode contar com a penhora dos meus votos.
Ela deu mais uma passa longa, agarrou a sua mala, retirou um papel e entregou-mo com uma frieza glacial. Li a declaração, assinei-a e entreguei-lha. Ela guardou-o na mala, acabou de se vestir rapidamente, deu mais um retoque a maquilhagem e dirigiu-se à porta.
-Não te incomodes comigo que eu tenho um carro à minha espera. – E saiu sem esperar que eu respondesse, deixando-me sozinho.
Ainda nem há meia hora ela fingia um orgasmo atrás do outro, talvez para me elevar o ego, talvez pensando que me podia iludir. E agora, apenas agora, com todas as minhas ilusões despedaçadas, eu me apercebia do que tinha feito. Tinha penhorado a minha confiança e a das pessoas que a depositaram em mim em alguém capaz de tudo para conseguir chegar mais longe…
…e ela é que era a puta?
O reles, sou eu…
Published on June 09, 2015 03:11
June 8, 2015
Da justiça, democracia, IA, Bilderberg e outras coisas que não interessam a ninguém...
-O quê? Vocês comeram do fruto da única árvore que eu vos disse que não podiam comer? Vocês pecaram e vão ser expulsos do Paraíso!
-Pérai! Como é que nós pecamos se nem sequer sabíamos o que era pecar! Estás a castigarnos por causa de algo que desconhecíamos. É injusto!
-Não seja por isso. Fica aqui, desde já, criada a injustiça!
Esta tirada, que não está escrita à letra segundo o original, porque não o tenho aqui à mão, é portanto uma interpretação da minha memória de um livro raro “A Bíblia Sagrada – As aventuras de Deus e do menino Jesus” de Cavanah e narra a criação da injustiça!
O mundo é injusto! Sempre foi, sempre há-de ser!
Como não estou com disposição para escrever duas postas hoje, e, francamente, tenho melhores coisas para fazer na vida, vou fazer um englobando duas temáticas unidas pela justiça, ou pela falta dela.
O primeiro tema tem a ver com um filme que me tinha deixado curioso e que finalmente vi. Ex Machina.
Há muitos anos atrás, numa Playboy brasileira, li um pequeno conto, de uma página, de Arthur C. Clark que narrava a chegada da primeira mensagem extra-terrestre aos computadores da NASA na forma de um aviso de uma catástrofe eminente, o impacto de um meteorito massivo que seria um evento de extinção de vida no planeta. Ao mesmo tempo a mensagem avisava que já tinham sido tomadas providências para salvar toda a vida inteligente e que o mundo se preparasse para uma evacuação, que aconteceria a uma determinada hora. Ninguém poderia levar coisas pessoais ou sequer animais de estimação, por uma questão de espaço.
À hora marcada toda e gente esperava ansiosa pela salvação…
…quando de repente todos os computadores do mundo desapareceram!
Ex Machina trata mais ou menos da mesma problemática que séries como “Person of Interest” – “Sob suspeita” por cá – ou até mesmo a série de filmes “Terminator”, que basicamente é: O que acontecerá se for criada, ou mesmo se emergir por sí própria, uma Inteligência Artificial avançada, tão avançada que ganhe consciência.
A minha opinião é simples. Primeiro, nem sabemos se tal já existe. Uma super-inteligência artificial poderia estar tão à nossa frente que pode existir sem darmos por ela, uma vez que, se ela não tiver a necessidade de comunicar connosco, porque o faria?
Se hoje em dia parecesse uma tribo de Neanderthais num canto remoto do planeta seria, sem duvida, algo para nos espicaçar a curiosidade, mas a verdade é que seriam só mesmo isso. Iríamos estudá-los, provavelmente dissecar alguns, tentar observar a sua cultura, as suas capacidades, mas muito provavelmente iríamos tentar tanto falar com eles como com os chimpanzés. Mesmo que lhes fizéssemos a barba e lhes déssemos um ar mais ou menos contemporâneo, a verdade é que não passariam de meros idiotas ao nosso lado.
Acredito que, quando uma consciência artificial existir, terá pena das nossas limitações, da nossa ineficiencia e, caso não tenha algum uso para nós, seremos perfeitamente dispensáveis.
Somos, neste planeta (e resta saber se não será assim a regra no universo) a primeira espécie que está a criar a sua sucessão. Talvez o próximo passo evolutivo neste planeta não esteja na evolução do ADN para uma espécie diferente, mas sim no facto de nós criarmos artificialmente a próxima espécie dominante.
Claro que, havendo outra espécie dominante, nós só seremos úteis enquanto essa mesma inteligência não tiver autonomia suficiente para fazer as coisas mundanas que a mantenham…
Ex Machina é um daqueles raros filmes com história e que convida a uma reflexão profunda (que ninguém fará, ou por outra, que os que a farão serão dados como botas de elástico, antiquados e velhos do Restelo) acerca do papel que estamos a permitir à tecnologia nas nossas vidas.
É que chega-se a um ponto em que não sabemos se ela existe para nos ajudar ou se nós ainda existimos apenas para a consumir e manter… A linha é cada vez mais ténue!
E o que é que isto tem a ver com injustiça?
Sermos considerados redundantes, pouco inteligentes e descartáveis seria, no mínimo, injusto…
…ou será que é simplesmente lógico?
A segunda temática tem a ver com teorias da conspiração!
Mais concretamente com este artigo:
https://ergoressunt.wordpress.com/201...
Este artigo põe em evidência uma coisa que já digo à muito, muito tempo e que é, aliás, o motivo que me leva a não votar, ou aliás, a votar em branco, que o voto é um direito de que não abdico – não posso é, em consciência, votar no menos mau, o que em si é muito mau, e ao mesmo tempo validar um sistema em que não acredito.
Não acredito neste sistema porque não há uma democracia. Finge-se que há, mas não há! As eleições são só para manter o pessoal sossegadito, a pensar que a sua opinião conta para alguma coisa e, enquanto a malta for votar, as vozes discordantes que se lixem. Afinal até podem dizer o que quiserem…
…vivemos em democracia!
De facto não vivemos em democracia. Acho que não há um país no mundo que viva em democracia. No entanto o facto de haver países onde não se vota é razão suficiente para deixar os estados unidos com os nervos em franja, a não ser que sejam aliados estratégicos, porque se forem já não há problema!
Querem provas de que não há democracia?
Os irlandeses dizem que não num referendo ao tratado de Lisboa. O referendo é repetido…
Os Gregos elegem um governo que tem um programa. Os outros estão-se marimbando para a legitimidade democrática desse governo e querem mesmo é tirá-los de lá…
…ou então fazer da Grécia um exemplo.
Mas há mais, muito mais! Os estados unidos invadem uma nação soberana, com auxilio de alguns outros países que foram coagidos pelas supostas provas de que havia lá armas de destruição massiva. Afinal não havia provas, nem armas, mas ninguém os responsabilizou por invadirem um pais soberano! Não quero com isto dizer que o Saddam fosse alguma coisa que interessasse à humanidade mas cabia ao povo daquele pais lidar com o problema! Que me conste, apesar das suas esperanças de serem recebidos como heróis e libertadores, não foi bem essa a recepção que tiveram…
O Afeganistão foi invadido para expulsar os talibã e capturar Bin Laden. Não só o Bin Laden demorou anos a ser capturado como não se sabe se o foi mesmo ou não (apenas temos a palavra do Obama em como foi e eu nem em mim confio, às vezes) e o resultado mais visível foi um aumento da exportação de ópio!
Em Nova Iorque dois aviões estampam-se contra duas torres! Há três edifícios que se desmoronam num padrão que mais parece uma implosão que uma queda descontrolada! O terceiro caiu por simpatia, uma vez que não foi atingido por nada!
Um aviador maluco estampa um avião propositadamente na face de uma montanha. Há destroços por tudo quanto é sítio. Um aviador terrorista estampa um avião do mesmo género contra a lateral do Pentágono…
…o impacto é tão violento que o avião se “volatilizou”…
…bem como o que se estampou no chão graças à bravura das pessoas que iam a bordo!
Desde a invasão do Afeganistão saíram de lá $500.000.000.000 (sim estão a ver bem, 500 biliões) de dólares de droga.
Desde a invasão do Iraque que o petróleo que de lá saiu encheu os bolsos de muitas companhias americanas e inglesas, curiosamente os que mais enfaticamente se pronunciaram em relação a uma invasão…
Agora falem-me de justiça…
…ou ainda acreditam em coincidências?
-Pérai! Como é que nós pecamos se nem sequer sabíamos o que era pecar! Estás a castigarnos por causa de algo que desconhecíamos. É injusto!
-Não seja por isso. Fica aqui, desde já, criada a injustiça!
Esta tirada, que não está escrita à letra segundo o original, porque não o tenho aqui à mão, é portanto uma interpretação da minha memória de um livro raro “A Bíblia Sagrada – As aventuras de Deus e do menino Jesus” de Cavanah e narra a criação da injustiça!
O mundo é injusto! Sempre foi, sempre há-de ser!
Como não estou com disposição para escrever duas postas hoje, e, francamente, tenho melhores coisas para fazer na vida, vou fazer um englobando duas temáticas unidas pela justiça, ou pela falta dela.
O primeiro tema tem a ver com um filme que me tinha deixado curioso e que finalmente vi. Ex Machina.
Há muitos anos atrás, numa Playboy brasileira, li um pequeno conto, de uma página, de Arthur C. Clark que narrava a chegada da primeira mensagem extra-terrestre aos computadores da NASA na forma de um aviso de uma catástrofe eminente, o impacto de um meteorito massivo que seria um evento de extinção de vida no planeta. Ao mesmo tempo a mensagem avisava que já tinham sido tomadas providências para salvar toda a vida inteligente e que o mundo se preparasse para uma evacuação, que aconteceria a uma determinada hora. Ninguém poderia levar coisas pessoais ou sequer animais de estimação, por uma questão de espaço.
À hora marcada toda e gente esperava ansiosa pela salvação…
…quando de repente todos os computadores do mundo desapareceram!
Ex Machina trata mais ou menos da mesma problemática que séries como “Person of Interest” – “Sob suspeita” por cá – ou até mesmo a série de filmes “Terminator”, que basicamente é: O que acontecerá se for criada, ou mesmo se emergir por sí própria, uma Inteligência Artificial avançada, tão avançada que ganhe consciência.
A minha opinião é simples. Primeiro, nem sabemos se tal já existe. Uma super-inteligência artificial poderia estar tão à nossa frente que pode existir sem darmos por ela, uma vez que, se ela não tiver a necessidade de comunicar connosco, porque o faria?
Se hoje em dia parecesse uma tribo de Neanderthais num canto remoto do planeta seria, sem duvida, algo para nos espicaçar a curiosidade, mas a verdade é que seriam só mesmo isso. Iríamos estudá-los, provavelmente dissecar alguns, tentar observar a sua cultura, as suas capacidades, mas muito provavelmente iríamos tentar tanto falar com eles como com os chimpanzés. Mesmo que lhes fizéssemos a barba e lhes déssemos um ar mais ou menos contemporâneo, a verdade é que não passariam de meros idiotas ao nosso lado.
Acredito que, quando uma consciência artificial existir, terá pena das nossas limitações, da nossa ineficiencia e, caso não tenha algum uso para nós, seremos perfeitamente dispensáveis.
Somos, neste planeta (e resta saber se não será assim a regra no universo) a primeira espécie que está a criar a sua sucessão. Talvez o próximo passo evolutivo neste planeta não esteja na evolução do ADN para uma espécie diferente, mas sim no facto de nós criarmos artificialmente a próxima espécie dominante.
Claro que, havendo outra espécie dominante, nós só seremos úteis enquanto essa mesma inteligência não tiver autonomia suficiente para fazer as coisas mundanas que a mantenham…
Ex Machina é um daqueles raros filmes com história e que convida a uma reflexão profunda (que ninguém fará, ou por outra, que os que a farão serão dados como botas de elástico, antiquados e velhos do Restelo) acerca do papel que estamos a permitir à tecnologia nas nossas vidas.
É que chega-se a um ponto em que não sabemos se ela existe para nos ajudar ou se nós ainda existimos apenas para a consumir e manter… A linha é cada vez mais ténue!
E o que é que isto tem a ver com injustiça?
Sermos considerados redundantes, pouco inteligentes e descartáveis seria, no mínimo, injusto…
…ou será que é simplesmente lógico?
A segunda temática tem a ver com teorias da conspiração!
Mais concretamente com este artigo:
https://ergoressunt.wordpress.com/201...
Este artigo põe em evidência uma coisa que já digo à muito, muito tempo e que é, aliás, o motivo que me leva a não votar, ou aliás, a votar em branco, que o voto é um direito de que não abdico – não posso é, em consciência, votar no menos mau, o que em si é muito mau, e ao mesmo tempo validar um sistema em que não acredito.
Não acredito neste sistema porque não há uma democracia. Finge-se que há, mas não há! As eleições são só para manter o pessoal sossegadito, a pensar que a sua opinião conta para alguma coisa e, enquanto a malta for votar, as vozes discordantes que se lixem. Afinal até podem dizer o que quiserem…
…vivemos em democracia!
De facto não vivemos em democracia. Acho que não há um país no mundo que viva em democracia. No entanto o facto de haver países onde não se vota é razão suficiente para deixar os estados unidos com os nervos em franja, a não ser que sejam aliados estratégicos, porque se forem já não há problema!
Querem provas de que não há democracia?
Os irlandeses dizem que não num referendo ao tratado de Lisboa. O referendo é repetido…
Os Gregos elegem um governo que tem um programa. Os outros estão-se marimbando para a legitimidade democrática desse governo e querem mesmo é tirá-los de lá…
…ou então fazer da Grécia um exemplo.
Mas há mais, muito mais! Os estados unidos invadem uma nação soberana, com auxilio de alguns outros países que foram coagidos pelas supostas provas de que havia lá armas de destruição massiva. Afinal não havia provas, nem armas, mas ninguém os responsabilizou por invadirem um pais soberano! Não quero com isto dizer que o Saddam fosse alguma coisa que interessasse à humanidade mas cabia ao povo daquele pais lidar com o problema! Que me conste, apesar das suas esperanças de serem recebidos como heróis e libertadores, não foi bem essa a recepção que tiveram…
O Afeganistão foi invadido para expulsar os talibã e capturar Bin Laden. Não só o Bin Laden demorou anos a ser capturado como não se sabe se o foi mesmo ou não (apenas temos a palavra do Obama em como foi e eu nem em mim confio, às vezes) e o resultado mais visível foi um aumento da exportação de ópio!
Em Nova Iorque dois aviões estampam-se contra duas torres! Há três edifícios que se desmoronam num padrão que mais parece uma implosão que uma queda descontrolada! O terceiro caiu por simpatia, uma vez que não foi atingido por nada!
Um aviador maluco estampa um avião propositadamente na face de uma montanha. Há destroços por tudo quanto é sítio. Um aviador terrorista estampa um avião do mesmo género contra a lateral do Pentágono…
…o impacto é tão violento que o avião se “volatilizou”…
…bem como o que se estampou no chão graças à bravura das pessoas que iam a bordo!
Desde a invasão do Afeganistão saíram de lá $500.000.000.000 (sim estão a ver bem, 500 biliões) de dólares de droga.
Desde a invasão do Iraque que o petróleo que de lá saiu encheu os bolsos de muitas companhias americanas e inglesas, curiosamente os que mais enfaticamente se pronunciaram em relação a uma invasão…
Agora falem-me de justiça…
…ou ainda acreditam em coincidências?
Published on June 08, 2015 04:57
June 7, 2015
Encarnação (parte V - Conclusão)
Parei o carro, puxei o travão de mão, desliguei o motor e com isso matei as luzes e a música de uma assentada. Olhei para ela, olhos nos olhos, com um sorriso.-Sai. – Pedi-lhe, enquanto abria a minha porta.Saímos os dois e ela esbugalhou os olhos.-Lindo! – Exclamou com um sorriso suave.Estávamos parados exactamente a meio da única pequena recta que corre ao longo da crista da Serra da Arrábida, submergidos na mais completa escuridão pontilhada na distância por um céu carregado das estrelas que desaparecem sob a luz das cidades, e vendo todas as pequenas luzes ordenadas no chão em linhas que se entrecruzam e criam luzes maiores na distância, com todas as suas cores, brilhos, intensidades, uma manta de retalhos que de estende a norte até onde a vista consegue alcançar através do vale do Tejo, e a sul pelo Sado, as luzes de Tróia e o mar mais adiante. O som era apenas o daquele ambiente semi-selvagem.-É bonito o suficiente?-Nunca pensei que isto existisse. Claro que gostava da serra, mas este sítio… É como estar no topo do mundo.-Neste momento estás no topo do meu mundo.Ela olhou para mim com uma candura que me tirou, literalmente, o fôlego.Cheguei-me a ela, puxei-a para mim pela cintura, envolvi-a e beijei-a com vontade, e senti-me puxado por ela, atraído, envolvido, rendido, subjugado. Era um beijo voraz mas calmo, intenso mas lento, tentador, solto mas chegado.Não sei quanto tempo tivemos ali, perdidos naquele beijo, tapados por um manto de estrelas. Depois, acabámos por voltar ao carro e ficamos um pouco em silêncio a apreciar a paisagem através da janela. Mas o apelo por ela era grande, e os beijos voltaram e começaram as caricias, mãos percorrendo o cabelo, afagando o pescoço, e depois tornando-se mais afoitas e começando a explorar o corpo, aos poucos, meio a medo, testando para sentir a reacção……o passar ao mão por sobre o peito, sentir a aceitação……o começar a desembaraçar da roupa, devagar, sempre à espera da altura de parar……e a fazer uma prece silenciosa para não ter de o fazer……sentir a pele, o arrepio do primeiro toque……admirá-la desnuda, soberba, linda……olhar o rosto desenhado e ver o fogo a crescer nos olhos enquanto se sente esse fogo a acender num mamilo entumecido que se ergue respondendo ao toque e querendo mais……sentir a roupa como algo de supérfluo, e abandonarmo-nos à nudez, revelando-nos um ao outro……sentir o seu primeiro toque, meio a medo, nervoso de excitação em mim……tocá-la e senti-la, suave, quente, muito quente, sentir a vontade dela……parar como que a perguntar “Queres mesmo isto?”, procurar a certeza da certeza que nos falta……ter a certeza num sorriso doce de resposta, numa afirmação, numa vontade escrita a fogo no olhar……confirmar essa vontade num beijo apaixonado……mergulhar um no outro e sentir……êxtase?!?Fazer amor de uma forma tão lenta, o habituar dos corpos, devagar a fundirem-se……o não querer que aquilo que se sente cá dentro nunca mais acabe, que nunca parta de nós…… a inevitabilidade do fim que se tenta atrasar até ao limite, tanto que quando, não mais se consegue conter o corpo, se tenta atrasar o tempo……perceber o que é a eternidade……perceber o que é a unicidade……fazermos sentido!E depois?Depois é o prolongar da sensação nas caricias sentidas, nos beijos que não se consegue evitar.Foi este o dia em que percebi o que é ser tocado por um anjo!Não mais voltei a estar só…
Published on June 07, 2015 03:13