C.N. Gil's Blog, page 75

May 29, 2015

-Sabe, Andreia, no fundo não somos assim tão diferentes d...

-Sabe, Andreia, no fundo não somos assim tão diferentes dos Chimpanzés,… ou dos lobos! Temos uma estrutura social que se rege pela detenção do poder. Todos estes homens que aqui estão sabem o seu lugar na hierarquia e sabem que só poderão ascender quando os que estão acima desaparecerem. No entanto, uma vez que todos ganham com este tipo de estrutura, tudo acaba por ser um jogo de interesses, e aquilo que se vê aqui, espalhado pelas mesas, são macacos a catar macacos: “Eu cato-te e tu catas-me”.-Parece conhecer muito bem o jogo…-Passei a vida a jogá-lo. Fui aprendendo e percebendo, fui ganhando vantagens, fazendo acordos, procurando informações, passando-as, e ganhei uma rede de favores de tal maneira que acabei por ascender ao topo da minha hierarquia.-E posso saber o que fazia?César olhou-a, para medir a sua reacção e depois afirmou:-Especulava.Ela olhou para ele, não entendendo muito bem o que ele queria dizer. Ele percebeu e continuou.-Nadei no meio do mais profundo capitalismo… E já deve ter percebido que num meio onde o sucesso é quantificado pelo dinheiro que conseguimos amealhar, pelo que valemos, tive mesmo muito sucesso…Ela fez, por apenas um breve instante, um ar reprovativo, mas que ele captou.-Sabe,… - continuou ele - …há apenas três tipos de pessoas no mundo: As falsas, as verdadeiras e as que equilibram as características anteriores consoante as situações em que se encontram, ou seja, o resto do mundo. Destas, apenas pertencentes aos dois primeiros conseguem amealhar dinheiro e escalar socialmente, mas apenas o segundo tipo consegue um sucesso duradouro. Eu sempre me pautei por me incluir nos segundos.-Mas se era um especulador deve ter a noção de que para subir teve de passar acima de muita gente…-Tenho! E sou honesto em relação a isso. Não se chega ao topo sem derrubar pessoas pelo caminho… Mas normalmente, as que caem são do primeiro tipo.-As falsas?! Não me parece… Pelo que vejo todos os dias nas notícias…-Isso é a impressão que dá. Repare, as pessoas falsas são as que se apresentam diante de determinada pessoa da maneira que querem que essa pessoa as veja. São uma ilusão, são actores a representar papéis. No entanto, acabam por cair frequentemente em contradições. E as pessoas que as rodeiam e suportam percebem isso. Para se chegar ao topo tem de haver muita gente a suportar-nos, e essas pessoas podem até nem gostar de nós mas, se nos respeitam, continuarão a suportar-nos. As falsas chegam ao topo, mas, por via das suas acções, a sua base de suporte vai sendo erodida. E mais tarde ou mais cedo caem perante a competição, porque não tem base suficiente para se manterem. Isto é o que acontece no capitalismo entre empresas e organizações, portanto o capitalismo é perfeito…-Perfeito?! – Perguntou Andreia com uma nota de indignação na voz – E a exploração a que alguns povos estão sujeitos por causa do consumismo desenfreado?César riu. -Não serão explorados porque se deixam explorar?-Tem outra hipótese?-Claro que tem. Podem revoltar-se, elevar-se e forçar a uma mudança de paradigma na sua sociedade.-Isso é fácil de dizer…-…E embora seja difícil de acreditar, já foi feito inúmeras vezes ao longo da história. Portanto não é impossível. Tome o exemplo de qualquer país com governos totalitários, por exemplo. Acha que há algum em que, se toda a sua população se levantasse, conseguiria manter o regime politico? Sempre que há suficiente pressão popular, os regimes caem. -Ainda assim, em muitos locais as pessoas não conseguem levantar a voz, e os que tentam são silenciados.-Claro. São poucos. Nada se faz sem uma massa critica, e afrontar o poder exige coragem, coisa que a mais comum das pessoas não tem. Como resultado, podem estar a ver o mundo a ruir em volta delas, mas não se mexem. E se não se mexem, porque é que deveriam ter o direito de reivindicar alguma melhoria nas suas vidas? Contam com a providência divina? Se escolhem submeter-se, sem voz, às situações, então pactuam com quem os oprime. Perdem o direito a reivindicar seja o que for. Permitem que quem está acima tire partido da sua fraqueza, o que nos remete de volta ao facto de não estarmos assim tão distantes dos chimpanzés…Andreia não conseguia encontrar argumentos para rebater César. Acabou por dizer apenas:-Mas isso é injusto…
-É. – Concordou César – Tal como o próprio mundo. Mas se pensar bem, a injustiça é uma óptima ferramenta de evolução. Se o mundo não fosse injusto, não evoluía.
in "Conscientização" - Lua de Marfim Editora 2013
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Published on May 29, 2015 08:30

May 28, 2015

…e atã purguntem-me vameçêzes,...

...pru cauza dos does últimos prarag… parag… final da cena escrevida no poste que veio antes detes:
-Pá, mas taje mal esposto ou quê?

Deixando o Jorge Jesuzês de lado, que não é fácil escrever à gajo de Alfama, sobretudo quando não se tem um palito (para meter ao canto da boca, claro), respondo com uma demonstração efectiva prática.
Há uns anos formou-se no Seixal, por iniciativa do Gadelhas, estimadíssimo Baixista de XXL Blues, um movimento chamado “Movimento Seixal Musical”.
Apesar de eu e ele nos termos desligado do movimento porque não temos idade nem paciência para algumas coisas que vieram de pessoas com idade para terem discernimento, a verdade é que no começo o movimento prometia.

A apresentação do Movimento, pouco depois de se ter formado, contou com o apoio de uma empresa de som (não me lembro o nome da dita, mas mereciam esse reconhecimento) que disponibilizou gratuitamente o P.A.(para quem não sabe são aquelas colunas buéda grandes que se costumam ver ao lado do palco, por onde sai o barulho todo), as luzes e o trabalho de montar isto tudo e da Sociedade Filarmónica União Seixalense, que disponibilizou o espaço, para se fazer um concerto cuja entrada seria €1 ou um bem alimentar, tendo os proveitos sido dados a uma organização de apoio social às famílias mais desfavorecidas da paróquia da Arrentela.

Em palco estariam varias bandas e artistas a solo, unidas no mesmo propósito.
Assim de cabeça (e desculpem aqueles de que me esqueci, mas já faz uns dias…) estivemos nós (os XXL Blues), o João da Ilha, o Quarteto Vitaminas, Charles Sangnoir, Ossos do Ofício, Dixit…

O concerto foi amplamente divulgado em jornais locais, um jornal nacional, flyers, posters…
…foi num sábado à tarde, em Junho…
…estiveram cerca de 100 pessoas a assistir (e quase todos amigos chegados dos membros das bandas)! Na praia do Alfeite e na do Seixal - ambas a cerca de trezentos metros de distância) não cabia um alfinete!

Mais tarde, com o apoio da Sociedade Filarmónica Operária Amorense foram feitos, em Março do ano a seguir, uma série de concertos com três bandas por noite. A Sociedade Filarmónica impôs um preço de bilhete de €4 e toda a gente achou caro (embora pagassem o preço de um maço de tabaco para ver 3 bandas ao vivo). A audiência média rondou as 25 pessoas por noite para essa série de concertos.

A verdade é que as mesmas pessoas que se queixam do estado da cultura não dão um passo para que a cultura seja evidenciada. Quando há iniciativas locais, não querem saber, não se dão ao trabalho, mesmo quando é uma questão de solidariedade.
Se é verdade que não ando a tocar pelo dinheiro (senão já tinha deixado de tocar há muito… Acho que o que ganhei até agora não chega para pagar os investimentos em material ao longo dos anos, isto fora as incontáveis horas de treino e prática) não deixa de causar desânimo. E não deixo (deixamos) de estar disponíveis para ajudar causas que achemos meritórias, mas claro que, quando ouço certas pessoas a falar, só me apetece dizer “Pá, guarda para ti!”. Palavras há muitas, mas os actos falam muito mais alto que as palavras!

Portanto aqueles dois últimos parágrafos são, tão somente, realistas! Gostava de ter algum optimismo – e nem é porque sou eu a tocar; simplesmente porque acho a causa meritória e diria o mesmo ainda que não fosse eu a subir para o palco, visto que o farei com o mesmo gozo que o faria para uma casa atestada de gente – mas a realidade tem demonstrado que qualquer optimismo da nossa parte é infundado!

Aquilo que irá acontecer é uma reunião de amigos que há muito não estão juntos, com uma enorme churrascada para o almoço e depois, à tarde, vamos fazer algo que apreciamos profundamente, que é tocarmos uns com os outros.

Quem aparecer é bem-vindo, para se juntar à nossa festa, se vier muita gente, melhor, mais conseguimos ajudar…
…mas se não aparecer ninguém não será por ai que a festa será estragada! E apenas ficarei com pena de não conseguirmos ajudar mais…



Amodos que é isto!

"Eu sei que ainda vives na esperança
Que tudo um dia destes vá mudar
Que o mundo se torne uma utopia
Sem teres sequer de te levantar"

in "Guarda p'ra ti" © XXL Blues 2015
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Published on May 28, 2015 07:50

Chop Suey

Pois é...
...os Chop Suey não tocam desde 2008 (houve uma brevíssima aparição num concerto de um clube motard onde nos reunimos mas com um baixista diferente...)
Desde 2008 que não estamos todos juntos na mesma sala!

Um dos vocalistas está nos Shakra (sobejamente conhecida banda de covers da capital e arredores), entretanto já deu a volta ao mundo a cantar em barcos de cruzeiro, teve uma estadia na Austrália, onde fez concertos com bandas locais, voltou...
O outro vocalista esteve em programas de televisão (um da RTP e outro da TVI), tem uma excelente banda de covers, os Shift, e uma banda de originais que está prestes a lançar o seu primeiro álbum, os Ossos do Ofício...
O baixista está em alguns projectos, um deles, os Muns Lunae, lança também um álbum de originais em breve e já tem concertos marcados pela Europa fora e pelos Estados Unidos,...
Um dos Guitarristas está numa banda de covers, também sobejamente conhecida, os Nuggyland, além de militar nos Fokker e nos XXL Blues...
...O baterista está nos XXL Blues e anda a ensaiar com afinco um retorno ao seu passado com uma banda de tributo à sua antiga banda de originais, os Alcoolemia, em que os membros originais (e que entretanto saíram da banda - Vocalista, Baterista e Guitarra solo - falta apenas o baixista que está em Inglaterra) se estão a juntar para fazer concertos de tributo aos primeiros dois álbuns...
...e eu, que assumi a voz dos XXL Blues!

Ou seja, a diferença entre XXL Blues e Chop Suey é a substituição do baixista e juntar um vocalista!

Acontece que, de uma maneira ou de outra, estamos todos cheios de saudades de subir para cima de um palco e tocarmos juntos.
10 anos volvidos do concerto na Igreja de Fernão Ferro, cujos proveitos foram para as vitimas do tsunami na Ásia, pensamos em fazer uma reunião comemorativa, no mesmo local, desta vez em favor de outra situação...
...para já pensamos nas vítimas do terramoto do Nepal!

Não está descartada a hipótese de fazermos algo para as instituições de cá (aliás, pode haver algo com a delegação do Seixal da Cruz Vermelha Portuguesa em breve), mas, ao contrario da calamidade que aconteceu cá - basicamente, a classe política Portuguesa, à qual devia acontecer a mesma coisa que aconteceu aos dirigentes da FIFA, uma vez que o principio é exactamente o mesmo - o que aconteceu lá não poderia ter sido evitado! Além disso, as casas e infra-estruturas não desapareceram porque algum banco se apoderou legalmente delas, desapareceram porque a terra abanou e já não existem!

A primeira situação tem remédio, assim o queiram as populações...

...a segunda é inevitável!

Mas entretanto, por problemas logisticos, é complicado arranjarmos o tempo e o "tempo" para os ensaios que seriam necessários para refazermos um reportório de duas horas de uma banda que não toca há sete anos.

No entanto, porque a vontade é muita, o concerto será de XXL Blues...

...com a participação especial dos Chop Suey!

A data ainda não está certa (estamos a tentar o primeiro fim-de-semana de Julho), mas será num domingo à tarde - o que é óptimo porque já sabemos que toda a gente refila que não se liga à cultura, enche o facebook com solidariedade e frases fofinhas e bonitas, são todos Charlie e cenas afins, mas depois não tem tempo para este tipo de coisas, uma vez que lhes rouba o tempo para estarem na praia (algo que, claro, é muito mais elevado do que qualquer evento cultural que seja feito com o objectivo de ajudar outro ser humano a sobreviver) - o que é bom porque à partida só teremos por lá alguns amigos e podemos fazer um concerto descontraído e para a bacorada (ou seja, vamos tocar para nós)!

Ainda assim, como há algumas pessoas que, tal como eu, acham a praia uma seca - prefiro passar o mesmo tempo em casa a olhar para a máquina de lavar a centrifugar, que acho muito mais interessante - ou até mesmo alguns, poucos, que acham que passar uma tarde a ouvir música ao vivo e ao mesmo tempo dar uma pequena ajuda a  pessoas que perderam o pouco que tinham, as suas casas, as suas famílias, pode ser mais interessante que mais uma tarde de praia, fica aqui o aviso/convite feito ainda sem data confirmada (e assim que estiver eu ponho aqui)!

E se alguém se quiser dar ao trabalho de divulgar a iniciativa, esteja à vontade...

:)
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Published on May 28, 2015 02:04

May 27, 2015

Não sou dado a...

...poesia.

Podia até ser...
...mas não sou!

Não quer dizer que não tenha lido boa poesia nos últimos tempos. Aliás, até fiz a apresentação de um livro do colega, poeta e, mais que tudo isso, amigo Paulo Nogueira. Além disso tenho o privilégio de ser amigo da Olívia Santos, do Joel Lira, do Emanuel Lomelino...
...e até faço parte da família de Mário Máximo, marido de uma prima, embora tenhamos privado muito pouco ao longo dos anos (tão pouco que nem sei se ele me reconheceria de repente, se nos cruzássemos sem ser em algum evento de família).

Nem quer dizer que não a escreva, mas faço-o somente porque a prosa não fica tão bem musicada e mesmo assim não posso deixar de olhar para o que escrevo e pensar que...
...está muito longe do ideal!

Na verdade acho que a culpa é do Fernando Pessoa. Lê-lo estragou-me. Sempre que leio poesia fico com a mesma sensação que se tem ao sair de um Mercedes topo de gama e entrar num Morris Marina: ambos servem para o mesmo, ambos são o mesmo na sua essência, mas a comparação tem que acabar aí, porque não têm nada, mas absolutamente nada a ver um com o outro!

Mas ainda assim, nas minhas deambulações, por vezes encontro algo com que me relaciono.

Por isso, aqui fica, do amigo e companheiro de armas Emanuel Lomelino, um pequeno soneto.


GANHAR E PERDER

Se na vida atingimos a glória
através das batalhas travadas
algumas metas conquistadas
jamais nos ficam na memória.

Se a vida, por si só, é vitória
p'lo sucesso das empreitadas
não serão as vitórias alcançadas
um sinal de conquista ilusória?

E que mérito há numa guerra
se guerrear é de gente canalha
e ganhar não significa vencer?

Que louros o triunfo encerra
se na vida tudo é uma batalha
e ganhando pode-se perder?

EMANUEL LOMELINO

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Published on May 27, 2015 08:40

Chá para um

Quem me conhece sabe que sou fã confesso de Led Zeppelin.
Tudo foi diferente depois deles! Abriram caminho para quase tudo o que veio a seguir.
Foram os primeiros a conseguir arrastar multidões para dentro de estádio, visto que a maior parte das salas de concertos se demonstravam manifestamente insuficientes para a quantidade que público que os queria ver. Foram os primeiros a virar o jogo ao contrario ditando as regras aos promotores de concertos em vez do contrário.

Fizeram músicas que são verdadeiramente intemporais, verdadeiras obras de arte.

Depois há gajos que os admiram, como eu.
Só que há gajos que os admiram e tocam mesmo nas horas!

Há uma música, a última faixa do álbum "Presence" que se chama "Tea for one". Raramente foi tocada ao vivo, se é que o chegou a ser pela banda. Quando Page/Plant se reuniram, tocaram-na no Japão. Mais tarde Robert Plant junto com Jason Bonham, filho do falecido John Bonham, numa gala de beneficência e junto com músicos de outras bandas tocaram uma versão mesmo muito proxima do original.

Este sacana aqui em baixo fez uma "cover" que chega a meter nojo!
(aproveitem e vejam o que uma guitarra de $1.000.000 com 56 anos de idade consegue fazer nas mãos certas...)

Curtam lá a ver se gostam...



Joe Bonamassa - Live In London - Hammersmith... por mikhail63
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Published on May 27, 2015 02:44

May 26, 2015

Further on up the road, someone's gonna hurt you like you hurt me...


Further on up the rod, you just wait and see...
(ver estes dois ao despique é... BRUTAL!Mr. Joe Bonamassa com o convidado especial Mr. Eric Clapton)
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Published on May 26, 2015 02:23

I got da blues...

Hell yeah!

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Published on May 26, 2015 02:06

May 25, 2015

Lembram-se disto?

(e refiro-me concretamente a este post)

Pois...

No Sábado passava por Corroios quando, inadvertidamente, tropecei numa feira da juventude. Como até tinha carroceis e afins lá parei por ali para a Mini Me ir dar uma voltinha.
Enquanto deambulava ao longo das barraquinhas sou, de repente, abordado por uma jovem:
-Olá, boa tarde.
-Boa tarde - respondi eu amavelmente.
-Olhe, nós somos um grupo de dança Hip-Hop e fomos escolhidos para representar Portugal num concurso em... (não registei onde) ...e estamos a vender umas rifas para ajudar. Não nos quer ajudar?
Olhei para ela durante alguns segundos, enquanto pensava de mim para mim nas estranhas ironias que o Universo teima em atravessar-me à frente. Só depois respondi.
-Adorava ajudar mas não posso! O Hip-Hop é contra a minha religião e nem sequer combina com a minha personalidade!
A expressão da rapariga foi impagável...

Sei que o Karma é tramado e um dia vou levar com isto na tromba, mas Sábado não foi esse dia!

(Se um dia alguém me vir num lado qualquer a ouvir Hip-Hop, Kizomba, Kuduro, Bossa Nova ou Rap sem ter um ar de sofrimento atroz estampado no rosto, por favor, abatam-me, porque isso será sinal de que já fiquei senil e já não sei distinguir as coisas...)
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Published on May 25, 2015 03:29

May 22, 2015

Acerca do festival da canção da Eurovisão e da música em geral

A grande maioria das músicas que se ouve na rádio seguem uma de duas formulas, ou em alguns casos seguem mesmo as duas:
- Mais baseadas no Blues, com uma progressão de acordes 1-1-4-1-5-4-1-5- baseadas na progressão vencedora 1-5-6-4
Para os que se estão a perguntar o que é isto, faço uma breve explicação; o 1 representa a tónica base da música e os restantes números os acordes relativos em relação à tónica, ou seja, se tomarmos o segundo exemplo e considerarmos o Dó como nota base teríamos a sequência Dó-Sol-Lá-Fá.Esta segunda sequência é sobejamente conhecida como “as músicas de quatro acordes” e, sem dúvida, a maior parte dos êxitos que se têm ouvido estão nesta progressão ou em alguma variante da mesma (não é invulgar começar a progressão no 3º acorde, ficando assim 6-4-1-5). Duvidam?Então vejamos (mencionando apenas algumas famosas, para isto não ser entediante):
Africa – TotoAi se eu te pego – Michel TelóAll of me – John LegendApologise – One republicBailando – Henrique IglésiasBarbie Girl – AquaBullet with Butterfly wings – Smashing PumpkinsCalifornia King Bed – RihannaCan you feel the love tonight – Elton JohnCon te partiró – Andrea BocceliDon’t stop believing – JourneyDown under – Men at workElectrical Storm – U2Forever young – AlphavilleGlycerine – BushGrenade – Bruno MarsHead over feet – Alanis MorrissetteHigher love – Steve WinwoodI was here – BeyoncéIf i were a boy – BeyoncéI’m yours – Jason MrazIt’s my life – Bon JoviLet it be – BeatlesLike a prayer – MadonnaNão me toca – Ansemo RalphNo one – Alicia KeysNo woman no cry – Bob MarleyNumb – Linkin ParkOne of us – Joan OsbournePaparazzi – Lady GagaParadise – ColdplayPoker face – Lady GagaPrice tag – Jessie JTake on me – A-haTears of the dragon – Bruce DickinsonTonight she comes – The CarsTorn – Natalie ImbrugliaUmbrella – RihannaWhenever, Whereever – ShakiraWith or without you – U2
...e poderia continuar com a lista, mas acho que já deu para perceber.O que é que varia entre estas músicas todas? A harmonia vocal e a letra. Ah, e já me esquecia, a tonalidade da música.Quer isto dizer que não há dificuldade nenhuma em  cantar a letra do “with or without you” por cima da “Paradise”, ou de “Umbrella”. Cabe quase tudo nesta simples progressão.
Outra coisa que varia, mais, faz com que estas músicas sejam bem distintas entre si são os arranjos e a produção das mesmas. Se levarmos em conta que na lista acima tanto se encontram musicas de cariz clássico como de Heavy metal, algo tinha de as distinguir…
A música que foi para a Eurovisão a representar Portugal foi mais uma, padronizada, mas sem grande sal, e é precisamente o sal que distingue as músicas. Já se percebeu que quem produz o festival não tem grande interesse em fazer um brilharete. Ir lá representar Portugal não é mais do que picar o ponto. Se assim não fosse, no momento em que o festival encerra em Portugal, com a escolha da música vencedora, a música deveria ir directamente para as mãos de um produtor de nível internacional (cá há pelo menos um, que já colaborou em álbuns das maiores divas da canção a nível mundial) para que a música fosse completamente reproduzida e repensada para fazer impacto no sítio onde se vai apresentar.Em vez disso, como é um costume tipicamente Tuga, pauta-mo-nos pela mediocridade……e quanto muito queixa-mo-nos depois que a mediocridade dos outros foi melhor que a nossa.Não vi a eliminatória de ontem do Eurofestival, vi apenas as primeiras duas ou três actuações, mas aquilo que vi, embora fosse mais do mesmo, estava mesmo bastante bem produzido……e a avaliar pelo que sempre aconteceu (as músicas permanecem imutáveis entre o festival RTP e a Eurovisão – ao contrario do que fazem outros países) a nossa nem por isso……e francamente, é pena…
…mas é o que temos!
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Published on May 22, 2015 04:46

May 21, 2015

Hoje,...

...não me apetece escrever nada, portanto podem seguir para outro lado!

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.O quê? Ainda aqui estão? Não há aqui nada, já disse!
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Já percebi, estão à espera que apareça alguma coisa neste post, uma frase bombástica ou assim, não é? Pois então...
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...não há! é mesmo só isto. Inté amanhã!

:)
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Published on May 21, 2015 08:56