C.N. Gil's Blog, page 78

April 1, 2015

Noventa graus

Não tenho qualquer dúvida de que existe uma realidade!
A realidade, por si só é objectiva, é o que é e não precisa nem depende de interpretações.
Essa realidade é mais vasta do que podemos apreender. Há mais cores do que aquelas que os nossos olhos podem ver, há mais sons que aqueles que os nossos ouvidos conseguem ouvir. Funcionamos num espectro muito estreito da realidade.
Isto faz com que, para além da realidade objectiva, as realidades subjectivas existam, tantas quantos os seres vivos que existem, neste planeta ou em qualquer lado do universo.
Construímos máquinas que nos ajudam a obter “traduções” de realidade objectiva para o nosso estreito espectro, mas nunca a poderemos ver.
Uma vez que há tantas realidades subjectivas, há por vezes convergência de realidades, como pode haver divergências. Embora a verdade seja uma só, é impossível não a vermos através da lente que é a nossa realidade. Por isso, como dizia uma professora de filosofia na primeira aula, na filosofia não há verdade, há verdades!

Esta música é acerca de realidades divergentes e do quanto, por vezes, alguém se pode afastar tanto de nós que passa a estar numa realidade diferente da nossa…




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Published on April 01, 2015 03:36

March 31, 2015

Acabadinho de chegar...XXL Blues II - O ÁlbumDisponível e...

Acabadinho de chegar...

XXL Blues II - O Álbum

Disponível em:
http://www.amazon.com/

Na compra da versão física ou digital oferta da versão digital do livro "Treta de Cabos II - Os cabos contra-atacam"






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Published on March 31, 2015 11:07

Luxúria

Aqui há uns anos, quando me fartei de andar a tocar musicas de outros gajos por todo o lado, e ao fim de algum tempo de ter a minha "Blue" a ganhar pó dentro do estojo, resolvi desempoeirá-la e comecei a fazer um conjunto de músicas com o conceito dos sete pecados mortais.
Sei que é uma ideia um bocado parva, mas na altura pareceu-me fixe e não tinha mais nada que fazer, portanto...
Cheguei a fazer umas três músicas.
Esta, que está abaixo, foi a única que sobreviveu até hoje!
É acerca da Luxúria.

Carreguem em "play" por vossa conta e risco... (quem avisa...)



Lust from C. N. Gil on Vimeo.
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Published on March 31, 2015 01:59

March 27, 2015

O €uro (ou como estamos todos a ser encaminhados para o curral)



Ontem, ao passar pelo blog da Beijo Molhado dei de trombas com um pedaço do livro do JRS, “A Mão do Diabo”, que fala acerca da introdução do €uro como moeda única, e do facto de ter havido economistas a alertar a comissão Europeia de que a moeda, só por sí, sem outras medidas que fossem estudadas para a equilibrar dentro do espaço monetário, seria uma receita para uma catástrofe anunciada, uma vez que iria promover a transferência de fundos das economias periféricas mais fracas para as economias mais fortes. E também fala de como esses avisos foram, simplesmente, ignorados.
Ora isto pôs-me a fazer uma coisa de que não gosto: Pensar!
Há muitos anos atrás, ainda antes de entrar o Euro e depois do falhanço crasso do ECU, falava-se muito de como a Europa teria de avançar para uma federação.
Ora, uma federação Europeia levanta problemas graves. Aliás, nem é preciso ir muito longe para perceber isso.  Uma escala mais pequena a nossa vizinha Espanha vê-se a braços com as suas regiões que, se pudessem, declaravam a independência. A Galiza gostava de ser Portuguesa, a Catalunha afirma-se Catalã e não Espanhola, do Pais Basco acho que nem vale a pena falar…
Passando isto para uma escala maior, os Portugueses não gostam dos Espanhóis, Os espanhóis não gostam dos Franceses, nem dos Ingleses, nem dos Portugueses, os Franceses não gostam dos Ingleses, dos Espanhóis e dos Italianos e ninguém gosta dos Alemães (a não ser talvez os Austríacos).
Diferentes línguas, diferentes culturas, histórias cheias de conflitos entre países e nada disto é fácil de apagar da memória colectiva em uma ou duas gerações.
Voltando ao €uro, mesmo por cá houve bastantes intervenções na assembleia da republica a falar dos problemas que a nova moeda traria. No entanto, não só foram ignorados como foi vendida uma ideia de que esta moeda iria reduzir o fosso entre os países mais ricos e os mais pobres.
Infelizmente, tapar o sol com uma peneira nunca deu bom resultado e, passados estes anos, tudo o que foi previsto aconteceu. Se calhar mais depressa do que era esperado devido à estupidez politica do outro lado do Atlântico que desregulou por completo os mercados de capitais com os resultados que se viram.
Mas a minha questão é: e se tudo isto, mesmo as consequências previstas, foi feito de forma premeditada?
Quando se andou a falar em federação, ninguém estava de acordo. Não é fácil pormos para trás milhares de anos de história. Mas, de repente, deixou de se falar numa federação.
Entretanto as consequências da introdução do €uro fazem-se sentir, com as tais transferências de dinheiro para o centro, o que em ultima analise faz com que os países, para funcionar, precisem de se endividar, o que causou a crise das dividas soberanas.
Se a Europa fosse uma federação o problema seria resolvido com transferências de capital do centro para a periferia, reequilibrando o conjunto. Não sendo, é difícil a um governante Alemão justificar a transferência de verbas para Portugal ou para a Grécia.
Creio que, dentro e pouco tempo estaremos confrontados com a seguinte pergunta: Saímos do €uro ou damos aval à transferência da nossa soberania para um governo central europeu?
Sair do €uro seria mau a curto prazo. Muito mau. A desvalorização imediata de moeda e a inflação resultante da mesma faria com que ficássemos, na pratica, com menos de metade dos ordenados que temos neste momento, com todas as consequências que dai viria, como por exemplo um colapso da banca que se veria a braços com muitos mais milhares de casas do que têm agora, uma vez que um ordenado “normal” mal daria para comer. Durante uns cinco anos, numa perspectiva conservadora, passaríamos por algo que faria os últimos quatro anos parecerem um paraíso. E mesmo quando o país finalmente estabilizasse, ficaríamos bastante atrás do padrão de vida que temos hoje.
Por outro lado, não saindo, para a situação europeia ser resolvida sem uma implosão da união monetária, há que avançar para uma federação de estados Europeus, pelo menos para os que fazem parte da moeda única. A consequência disto seria Portugal passar a ser somente uma região. Seria, na pratica, mesmo que houvesse eleições directas para os altos cargos Europeus, que, pela simples força dos números, teríamos sempre um governo Alemão ou Francês.

O pior é que, na pratica, quando confrontados com duas hipóteses: Pobreza extrema ou o fim de Portugal enquanto país, a maioria preferiria a segunda hipótese…

Acho que nos fizeram a cama. Ao entrar no €uro fizemos um pacto com o Diabo. E nunca ninguém se deu bem com tais pactos…

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Published on March 27, 2015 04:21

March 24, 2015

Uma coisa curiosa...!

"(...)-Mas Deus existe.
-Claro que sim.
-E foi ele que te criou…
-De certa forma, sim.
-De certa forma? Disseste-me que acordaste e viste Yahvé, e disseste que era um pai para
ti…
-Era, não. É. Mas não te disse que ele era Deus. Nem sequer ele alguma vez me disse que
era Deus. Ele disse-me que era o criador.
-Então quem é Deus?
-Isso é uma pergunta para a qual ninguém tem uma resposta. Nem mesmo Yahvé. Que é
para ti Deus?
-Para mim? Bem, Deus é uma força eterna, omnipresente, omnipotente…
-Pois, mas isso não diz grande coisa acerca d’Ele, pois não? Não revela propriamente
traços de personalidade.
-É verdade.
-Então digo-te isto. Deus é tudo. E nessa capacidade também tu e eu e o ar que nos rodeia
e o mais e os micróbios e os átomos e as estrelas e o universo inteiro são Deus. Quer isto dizer
que à partida és divino por natureza e por inerência. Não precisas de fazer nada para o ser.
Simplesmente és, tal como Deus simplesmente É.
-Então quem é Yahvé?
-É o criador.
-E o criador não é Deus?
-Não. Ser chamado de Deus não implica que O seja.(...)"

In "Lilith" - Lua de Marfim Editora

Esta insignificante conversa que está aqui acima não foi minimamente planeada!
Aliás, o livro em si começou como um conto que estaria num blog, com quatro ou cinco partes, mas que foi crescendo, crescendo, crescendo...
Apesar de toda a pesquisa que fiz para procurar informação acerca de Lilith ou Lilitu, a verdade é que a fui fazendo à medida que escrevia por simples necessidade.
Não sendo planeado, foi por isso escrito "ao sabor da pena". E o que é curioso é que os diálogos entre as personagens principais acabavam sempre por sair do meu controlo e muita coisa foi sendo dita que eu nem sequer pensava...
...e que, estes anos depois ainda me fazem pensar seriamente!
O exemplo que está acima é só mais um, um dialogo que, já depois de escrito, me deixou perplexo e ainda hoje deixa! E ainda hoje ando às voltas com este diálogo...
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Published on March 24, 2015 03:13

March 20, 2015

(...)-Qualquer homem com dois dedos de testa tem noção de...


(...)
-Qualquer homem com dois dedos de testa tem noção de que em cada mulher há uma santa, uma lady e uma…
-…Puta?
-…Devassa! Há uma enorme diferença nos termos. O que define cada mulher é onde o equilíbrio se estabelece entre estes três ingredientes, mas eles estão lá sempre.
Andreia pensou nas suas anteriores relações.
-Há muitos homens com dois dedos de testa?
-Não muitos… - respondeu César, quase com uma gargalhada.
(...)

In "Conscientização"
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Published on March 20, 2015 07:31

E, uma vez que vos falei um pouco de "Crónicas do Paraíso"...

Deixo-vos um cheirinho.
Isto foi escrito há uns seis ou sete anos, não como parte de algo, mas apenas porque sim!
E no entanto, foi depois o ponto de partida para uma história que não é fácil de gerir.

Aqui fica.


Prologo

Olhou em frente.
Defronte de si aquilo por que sempre tinha ansiado.
Um enorme vazio indefinível. A mais completa ausência de luz.
Estava no seu limiar e tinha uma decisão para tomar. Avançar implicava enfrentar o desconhecido. Ficar ali implicava contemplar o resto da sua existência. A dúvida assaltava-o. No entanto a curiosidade suplantava o medo.
Uma decisão rápida.
Avançou.
Ao fazê-lo sentiu-se, de repente, puxado. Tinha passado o ponto de não retorno. Era no entanto, por enquanto, apenas uma leve sensação, como um formigueiro subtil que se lhe espalhava pelo corpo. Subtil e no entanto inexoravelmente forte, inescapável. Sentia a sua própria aceleração de uma forma constante. Sentia o peso dessa mesma aceleração que aos poucos se foi transformando em algo que parecia começar a querer esmaga-lo.
Sentiu medo. A dor apareceu. A mente começou a ficar pouco clara. Sentia-se quase a perder os sentidos.
A aceleração era agora absolutamente brutal. Começou a ver os pontos de luz na orla a ficarem alongados. A pressão era esmagadora.
À medida que acelerava ainda mais os seus movimentos tornaram-se mais lentos. Como que em resposta à brutal velocidade começou a sentir-se expandir. As recordações começaram a aparecer mais vividas na sua mente. Momentos cada vez mais distantes e ao mesmo tempo cada vez mais presentes, recordava-se daquilo que nunca tivera consciência de ter vivido e à medida que as recordações chegavam vivia-as e incorporava-as naquilo que era.
Chegou a um ponto em que se tornara tão grande que já não via, apenas ganhava consciência.
Recordava agora quase todo o passado, começava a recordar o presente fundindo-o com o passado de uma maneira que o tempo começava a não fazer qualquer sentido.
Atingiu o seu exponencial máximo e, nesse mesmo instante, fundiu-se com o que tinha à sua frente, recordou todo o passado, o presente e o futuro e tomou plena consciência da sua não existência.
Havia vazio. Havia escuridão. Havia intenção.
-Faça-se luz. - Disse finalmente.
E uma explosão de luz brotou do nada e invadiu todos os âmagos do seu ser.
Ele contemplou-a e viu que era boa…

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Published on March 20, 2015 03:04

March 18, 2015

Há uns anos atrás…



…comecei a escrever uma coisa chamada “Crónicas do Paraíso”.Para pôr isto em contexto, vou andar mais alguns anos para trás. Aprendi a ler aos 4 anos porque, na altura, não havia dobragem de desenhos animados e eu queria saber o que os bonecos diziam, sobretudo “Os Marretas”.Depois, aos 6, fui viver para uma quintinha em Fernão Ferro, que na altura não passava de um imenso pinhal com meia dúzia de casas, e não havia ninguém por perto.Tendo eu em casa uma vasta biblioteca, comecei a ler. E li tudo o que havia em casa. Todos os anos vinha à feira do livro e levava mais algumas coisas para casa, como várias obras de Alexandre Dumas, Ben-Hur, Moby Dick……entretanto, por volta dos meus 7 ou 8 anos, não tendo já eu coisas em casa para ler, comecei a trazer livros de casa do meu irmão. E foi assim que li “Os mistérios do triangulo das Bermudas”, “Às portas de Atlântida”, “Eram os Deuses astronautas?”, isto além de dezenas de livros de contos de ficção cientifica escritos pelos maiores nomes mundiais do género como Poul Anderson, Philip K. Dick, Isaak Asimov, entre outros.Clauro que estes livros foram combustível para a minha imaginação, sobretudo os três primeiros porque apresentam uma série de perguntas que ainda estão sem respostas concretas.Entretanto cresci, e embora nunca tenha perdido o fascínio pelas antigas civilizações, não havia grande acesso a informação.E depois tropecei na lenda da Lilith!Eu, que tinha lido a bíblia de fio a pavio com dez anos de idade, nunca tinha ouvido falar em tal criatura. Achei a história judaica mal contada e, graças à internet, comecei a compilar informação acerca dela que me levou, em ultima instancia, a escrever o livro com o  seu nome.Mas toda esta investigação foi-me levando mais longe. Estranhei em absoluto o facto de nós, Homo Sapiens Sapiens existirmos à face do planeta há cerca de 200.000 anos e, de repente, nos últimos 5.000 termos feito tudo. Se pensarmos em termos de percentagem isso quer dizer que não utilizamos as nossas capacidades por aproximadamente 97,5% do tempo em que existimos. Isto é, no mínimo, estranho.Depois começamos a olhar para as Anomalias que se espalham pelo mundo, locais como o planato de Gizé, Nasca, Puma Punko, Ilha da Pascoa, Stonehenge, só para citar alguns dos mais famosos e há, realmente, algo que não se consegue encaixar na visão oficial da história. Só para termos uma ideia, na versão oficial, a pirâmide de Gizé foi construída em 22 anos. Isto significa que a cada 9 segundos um bloco de pedra com toneladas de peso foi cortado com perfeição e encaixado em alinhamento perfeito dentro da estrutura da pirâmide.Se falarmos de Puma Punko o caso ainda é mais estranho. Blocos de diorite, a segunda coisa mais dura existente no planeta, alguns com 440 toneladas (pensem numa pilha com 600 carros e é mais ou menos isso) com entalhes feitos com precisão de laser foram arrastados mais de 90 km por uma montanha acima onde fizeram parte de uma construção que, entretanto, parece ter sido destruída como se aqueles matacos não passassem de peças de dominó, estando as pedras espalhadas pela paisagem. Para completar a questão, as pedras estão cobertas com iridium, coisa que é normal após uma explosão atómica!Para completar o ramalhete de estranheza, a história oficial diz que Puma Punk foi construída por volta do ano 500. Não se sabe por quem, porem sabe-se que as civilizações existentes naquela época na América do sul não tinham sequer ferramentas de ferro, muito menos as de diamante que seriam necessárias para fazer os cortes na diorite, não conheciam a roda e, arrastar mesmo os blocos mais pequenos desde a pedreira até ao local teria requerido um esforço enorme. Mais, a 3500 metros de altitude, nos Andes, não há árvores para facilitar o andamento das pedras.Depois há coisas, como o mapa de Piri Reis, assim chamado porque foi desenhado pelo almirante turco, segundo o próprio, com base em cartas mais antigas a que teve acesso, e que se transformou de um dia para o outro num mistério quase insolúvel. Num dia era simplesmente um mapa fantasioso que, por acaso, mostrava terras no sítio onde está a Antárctida muito antes de esta ter sido descoberta. Depois foi usado um satélite para cartografar com precisão a linha de costa daquele continente por baixo do gelo que o cobre e fica-se a saber que, afinal, aquilo que conseguimos descobrir graças aos nossos satélites já alguém o sabia antes, uma vez que a cartografia do mapa de Piri Reis é exacta, isto apesar de, à época, ninguém ter chegado ainda lá e, mesmo que tivessem chegado e cartografado, os mapas reflectiriam a linha de costa criada pelo gelo e não a linha de terra por baixo do mesmo, que são bastante diferentes.Ora, a conclusão lógica será a de que alguém cartografou a linha de costa da Antárctida antes desta estar coberta pelo gelo……o que é impossível visto que nem sequer havia humanos na altura em que aquele continente esteve livre de gelo, nem haveria em tempos mais próximos.Descobertas como Yonaguni, ao largo do Japão, Dwarka, na India e, provavelmente a mais importante e a que está a encontrar mais resistência, até porque é aquela que mais facilmente pode levar a algumas conclusões, o complexo de pirâmides em Visoko, na Bósnia, onde a pirâmide do Sol tem cerca de mais um terço de altura que a de Gizé, onde foi encontrado um complexo de tuneis com cerca de 35.000 anos que ninguém sabe quem construiu e que foram enchidos há cerca de 4500 anos também ninguém sabe por quem, deitam cada vez mais por terra a visão oficial de que a civilização floresceu pela primeira vez na Suméria.Há cada vez mais provas que houve uma civilização global pré-histórica que atingiu um elevado grau de tecnologia. Cada vez mais as lendas se materializam à nossa frente, cada vez mais percebo que a nossa história não é bem aquela que nos é papagueada nas escolas.A busca por quem somos na realidade é a busca da nossa identidade, enquanto espécie e enquanto indivíduos. Esta civilização, a ter existido, poderá dar-nos pistas para o nosso futuro. Poderá até dar-nos a chave que nos leve a não nos aniquilarmos.A história de “Crónicas do Paraíso” é uma tentativa minha pessoal de reflexão e de encaixe das lendas com os factos que vão aparecendo e que são, cada vez mais, desconcertantes.
Mas aquilo que é verdadeiramente desconcertante para mim é o facto de a corrente oficial fazer tanto para manter uma visão falsa da nossa história sem sequer se dar ao trabalho de investigar seriamente as descobertas que vão sendo feitas.Visoko é um exemplo claro disso. Provavelmente o sitio arqueológico mais importante do mundo, cada vez mais uma fonte de receitas para o governo Bósnio, e no entanto o próprio governo recusa-se, apesar de todas as descobertas, a deixar levantar uma boa parcela de terreno na montanha para se tirar de vez as dúvidas se há uma pirâmide ali ou não e calar de vez um lado ou o outro.Felizmente já é inegável que alguém fez o complexo de tuneis há 35000 anos atrás, muito pelo mérito de Semir Osmanagić, descobridor do complexo e pessoa que está à frente das investigações, e da sua politica de publicar de imediato todas as descobertas que são feitas na internet, dando acesso às mesmas ao mundo inteiro, sem filtros.

Talvez conseguindo reescrever a nossa história possamos reescrever o nosso futuro enquanto espécie…


Para os mais curiosos:
Algumas informações sobre Puma Punko aqui
Uma carrada de videos sobre o complexo de pirâmides de Visoko aqui
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Published on March 18, 2015 07:51

Conto: Mergulho

Suguei o fumo quente do cigarro e senti-o a arranhar-me levemente a garganta enquanto se encaminhava para os meus pulmões.
Olhei-a nos olhos. Estava linda, como sempre estava quando a via.
Desviei o olhar dela, e olhei pela janela. Parecia que esta, neste momento, me separava do mundo lá fora e fazia com que não houvesse qualquer contacto. Havia duas realidades distintas. A que existia somente dentro destas paredes e a que existia lá fora. Ambas estavam alheias uma da outra.
Abri a janela e deixei que os sons do outro mundo invadissem o meu enquanto proporcionava um escape ao fumo que saia dos meus pulmões. Quase podia sentir a nicotina a invadir o meu sistema nervoso e a deixa-lo ligeiramente mais descontraído.
Ela continuava a olhar para mim, com o seu olhar doce, apaixonado. Era linda. Puramente linda, e apesar dos poucos metros que nos separavam, podia sentir a sua pele contra a minha, o seu corpo, as suas emoções, a sua alma. Nunca estávamos separados, e ambos sabíamos disso.
-Conta-me. – Acabei por lhe dizer.
-Queres que te conte?
-Sim. – Respondi-lhe – Com pormenores de requinte.
-Sabes que não é fácil.
-Sei.
-Espera, entende, não é que não queira, mas porque foi tão diferente e teve uma envolvência tão grande que me é difícil por tudo em palavras, percebes?
-Sabes que percebo. Mas ainda assim gostava que tentasses.
Dei mais uma passa longa olhando-a sempre. Ela não desviou o olhar de mim. Vi que procurava as palavras para o mais difícil: começar. Eu olhava-a. Sabia o efeito que teria nela reviver a recordação. Ela sabia o efeito que teria em mim.
-Não sei como começar…
-O principio costuma ser um bom local. – Disse eu com um sorriso. – Conta-me o que se passou quando chegaste lá.
Ela hesitou um pouco, ainda em busca de palavras. Por fim, decidiu-se.
-Já te disse que a casa dela é a beira da praia?
-Sim…
-Bem, cheguei lá já perto da hora do almoço. Entrei e cumprimentá-mo-nos normalmente, como sempre. Mas sabes, parece que já havia uma electricidade no ar, algo de diferente.
Acenei que sim com a cabeça. Era-me absolutamente familiar essa sensação.
-Ela é assim toda daquele tipo de comidas leves, saladinhas e assim. Eu ainda a ajudei a pôr a mesa. Senta-mo-nos para comer e fomos falando, mas se queres que te diga até me esqueci do comer. Havia mesmo algo de diferente na maneira como olhávamos uma para a outra, muita troca de olhares, muita sedução mesmo. A maneira como ela me olhava deixava-me completamente sem saliva. Mas não nos tocávamos. Acho que houve frases na nossa conversa que foram ficando a meio. Ainda assim fomos tentando parecer o mais descontraídas possível. Não havia nada de explícito, sabes.
-Calculo. Havia de certeza uma certa insegurança de ambas as partes, não?
-Mais da minha, acho. Fomos falando e inevitavelmente acabamos por falar de sexo . No meio da conversa ela confessou já ter estado com outra mulher o que acho lhe dava a tal segurança…
-Mas não duvides que, por mais que parecesse, a insegurança estava lá.
-Pois, se calhar.
-Sabes que há sempre insegurança num jogo de sedução. É isso que o torna mais delicioso.
Ela sorriu.
-Pois, acho que tens razão.Puxei mais uma passa do cigarro e sorri-lhe.-Eu tenho sempre razão. Excepto quando não tenho, claro.Ela soltou uma gargalhada. Adoro o som das suas gargalhadas, a maneira franca e sincera como se ri, como é. A sua mera existência prova que, afinal, o universo é justo.-Queres que eu continue? – Perguntou-me.-Sem qualquer sombra de duvida.Ela esperou um bocadinho enquanto organizava as suas recordações. Depois continuou.-Bem, no meio disto tudo chegámos à sobremesa. Contei-te que levei uma mousse de chocolate, não contei?Assenti com a cabeça para não a interromper.-Pois, … - continuou – fomos comendo e brincando com a mousse. Parecíamos duas gaiatas, a sério. Acabamos todas lambuzadas, como é óbvio. Sabes que nessa altura só me lembrava de ti, do que tínhamos falado.Apaguei o cigarro e sentei-me à sua frente. Apenas a queria ouvir. Ouvia-a e sentia o que ela tinha sentido, como se os seus sentimentos se pudessem transmitir por palavras. Essa era uma das coisas que nos unia, esta forma de nos entendermos, de sabermos como está do outro apesar de tudo, de sentirmos as tristezas, as alegrias, as excitações, por mais separados que estejamos no espaço. Cada vez mais olhava para ela e intuía, ou mesmo, sabia que para nós não havia espaço nem tempo. Nem sequer havia nós. Éramos apenas as duas faces distintas da mesma moeda numa procura constante. Cada experiência, vivência, fosse o que fosse apenas contribuía para que ambos crescêssemos em conjunto. Mesmo as coisas absolutamente banais ganhavam uma dimensão transcendente. Ela continuou.-Ela levantou-se e foi buscar qualquer coisa para nos limparmos. Eu estava mesmo uma desgraça, completamente lambuzada de chocolate.-Devias estar deliciosa…-Quando voltou, trazia um guardanapo na mão e limpou-me a boca devagar, sabes? Mas sempre assim a olhar-me, com os olhos nos meus. Foi ai que me deu um beijo, de repente, mas com um carinho, uma suavidade, assim com muita língua, sabes?-Foi diferente?-Completamente, amor, foi tão suave, tão doce, com tanto tempo…-E diz-me, como é que foi ter um primeiro beijo outra vez?-Amor, este foi muito melhor que o primeiro, sabes?Adoro quando ela me chama “amor”.-Foi um primeiro mas com experiência prévia, não?-É, acho que é isso.-Calculo que te tenha feito alguma confusão, na altura.-Só nos primeiros 2 segundos, porque depois esqueci-me completamente de tudo. Sabes, ela estava em casa, estava mais à vontade, já tinha estado com outra mulher. Foi muito meiga, e começou a beijar-me por todo o lado, por cima da roupa. Ela é assim, muito doce.-Se bem te conheço, logo após esse primeiro beijo ficaste nas nuvens, não?-Fiquei surpresa, mas com tanta vontade…-Surpresa? Mas não estavas à espera do beijo?-Estava à espera e queria, mas sabes como é a primeira vez, nem sabia muito bem o que fazer. Mas ela foi fantástica e começou-me a mimar de uma maneira, sempre a olhar-me no fundo dos olhos. Deixou-me solta, e comecei a fazer-lhe o mesmo. Ela apetecia-me cada vez mais.Eu ouvia-a e cada palavra dela fazia com que ela me apetecesse mais. Naquele momento desejava-a. Sentia o quanto tinha sido intensa a experiência que ela tinha vivido e deliciava-me com essa intensidade que passava para mim. As suas palavras excitavam-me.-Ela, enquanto me beijava começou a acariciar o meu peito, os biquinhos das minhas mamas, o meu corpo, a pôr a mão em cima do meu sexo, sempre assim por cima da roupa. Eu ia-lhe fazendo o mesmo e a tesão estava demais, amor. Só me apetecia tê-la. Queria-a. Ela encostou-se à parede da sala e deu-me o seu sexo para eu acariciar., e volta e meia dava-me a língua para eu chupar. Sabes, no inicio foi mais ela a ter a iniciativa, mas depressa ela me começou a apetecer tanto que eu não me contive. Despi-a da cintura para cima e comecei a lamber e chupar os bicos das mamas. Ela agarrou-me a cabeça por detrás e só me dizia que a minha boca era mágica.-Ela tem razão, sabes? A tua boca é mesmo mágica.Ela limitou-se a sorrir com o meu comentário e continuou.-Ela dizia que me amava e que não parasse de a chupar. As mamas dela estavam tão boas…-Diz lá que sentir um mamilo de mulher na boca e chupá-lo devagar não sabe bem?-Mesmo muito, bem, e estive ali montes de tempo a dar-lhe aquele mimo todo, sempre bem devagar. Estivemos assim montes de tempo, e ela só me pedia que não parasse. E, acredita, eu não queria mesmo parar. Só parava para lhe beijar a boca, de vez em quando. As tantas foi ela que se agarrou ao meu peito e começou a chupar-me…Olhei para o peito dela com um olhar carregado de desejo. Apetecia-me levantar-me ajoelhar-me no chão, em frente a ela, e beijá-la, agarrá-la, sentir o toque dela. Contive-me.-…e lambia-me as mamas por todo o lado. Agarrava-mas e juntava o mais possível os bicos para passar de um para o outro com a língua. Amor, quase que me vinha nessa altura, a sério. Estive tão perto do orgasmo. Sabes, senti-me tão mais mulher naquele momento…Partilha. Sem sombra de dúvidas era uma palavra que nos definia. Partilhávamos tudo, até estes momentos por demais íntimos, aqueles momentos que são quase sagrados e que guardamos só para nós. Como poderíamos evitar de o fazer, sendo um só como éramos?-Sabes, … - continuou ela - …houve uma altura em que ficamos as duas completamente nuas deitadas no sofá dela. Ela agarrou a minhas mamas como quem não quer largar. Depois começou a roçar as dela nas minhas, assim biquinho a biquinho, ao mesmo tempo os nossos sexos se colavam e roçavam um no outro o as nossas bocas se colavam de uma maneira inexplicável, se fundiam uma na outra e as nossas línguas se massajavam e se davam e as nossas salivas se misturavam…Neste momento eu já não dizia nada, nem sequer reagia. Simplesmente olhava-a. Tinha a noção de que o meu olhar devia estar completamente carregado com o desejo que sentia por ela, tal como entre as minhas pernas e meu membro crescia e tinha a perfeita noção das hormonas a fluírem na minha corrente sanguínea. A vontade que tinha de me tocar era imensa. Nos olhos dela, como um espelho via que a vontade dela era igual à minha, mas ambos nos contínhamos, para que ela continuasse sem distracções, o que só conseguia aumentar ainda mais a nossa excitação. Levantei-me deixando a minha óbvia erecção transparecer e fazendo-a ficar em silencio por um momento, com os olhos fixos. Acendi outro cigarro e o fumo desviou a minha atenção apenas por uns meros instantes. O estado em que me encontrava precisava de ser acalmado. Queria, sobretudo, continuar a ouvi-la.Ela acabou por continuar ao aperceber-se que apenas me tinha levantado para fumar.-Sabes, às tantas acabamos por ficar assim de lado, encaixadas uma na outra, com os nossos sexos colados um ao outro, os nossos clítoris a roçarem-se, os nossos leites a misturarem-se e as nossas bocas incasáveis à procura uma da outra. Foi mesmo bom, sabes, …A linguagem dela ia mudando, pouco a pouco, à medida que a sua excitação crescia e fazia crescer a minha. Era óbvia a tesão que ela sentia apenas por recordar.-…encaixámos tão bem. Mas às tantas ela desceu e começou a lamber-me as pernas e os pés de uma forma absolutamente deliciosa. Começou só por aflorar os lábios um pouco acima do meu clítoris, mas sem lhe tocar e foi descendo para virilhas. Esteve aí muito tempo, mas nunca sequer me tocou no sexo, o que me estava a deixar louca. Só me disse para me deixar estar quieta porque me queria dar prazer. Eu fiquei e ela fez-me de tudo, sabes? Massajou-me tão bem o sexo com os pés, que nem sei que te diga. Só me apetecia fazer-lhe o mesmo, mas ela dizia-me, “A seguir és tu”. Deixei-me ir. Deixei-me completamente assoberbar pelo prazer que sentia, sabes? Ela beijou e lambeu cada pedacinho de mim, não deixou um milímetro por beijar, nada, mesmo nada…-Deu-te um banho de língua?-Completamente. Muito devagar, de uma forma completamente extemporânea fez de mim o que queria até que eu não aguentei mais e tive um orgasmo maravilhoso e ela só sorria. Amor, é bom. Tão bom que não consigo descrever…-Eu sei. Não precisas.-Eu sei que sabes. Amor, quando me vim estávamos novamente com os nossos Sexos completamente colados, a roçar-mo-nos, e as nossas línguas uma na outra. Ela sorriu de uma forma… Amor, é mesmo muito bom, sabes? Eu quero estar com ela outra vez…Ela olhava-me neste momento com um misto de incerteza. Era claro a forma como de alguma maneira procurava a minha aprovação. Mas não precisava dela. Já a tinha, sempre a tivera.Sempre lhe tinha dito que o facto de estar com outra mulher a ia mudar, e lhe ia mudar a visão que tinha do mundo. Não porque fosse algo de transcendente, mas porque ela o ia encarar como se fosse. Sabia que quando ela o fizesse, teria de ser com alguém a quem amasse. Era óbvio que a amava, não da mesma forma como nos amávamos, mas nunca há duas formas iguais. Desde aquele dia que a mudança nela era evidente, coma sua feminilidade completamente assumida, mais mulher agora que antes, mais segura, mais sensual, mais tudo. E este tudo era meu, mas eu não o queria de uma forma exclusiva ou possessiva. Sempre tinha sido livre e sempre quisera que ela o fosse também. Neste momento éramos um do outro com a plena liberdade de o havermos escolhido.-Se bem te conheço ficaste passada quando tiveste o orgasmo, não?-Fiquei para morrer. Só me apetecia estar ali, sempre a fazer amor, sabes? Só me apetecias ali…Aquela pequena frase disse tudo.-Ela levantou-se para ir à casa de banho e eu fui atrás. Ela acendeu um cigarro e soprou o fumo para o meu clítoris. Amor, o meu sexo estava tão molhado… Eu nem sabia o que fazer de tão bem que estava, sabes? Sentei-a na banheira enquanto ela fumava, pus-me no meio das pernas dela e comecei a lambê-la. Eu até espalmava a língua para a lamber melhor…-Amor, sabe bem lamber assim, não sabe?-Ai, lindo, tão bem…-Adorava lambê-la junto contigo…-Eu quero que a lambas junto comigo!A minha excitação ultrapassava os limites do tolerável. O simples facto da pele do meu membro roçar nos boxers quase me fazia explodir num orgasmo que eu não queria sentir agora. Fazia todos os possíveis por me descontrair e relaxar, mas os meus sentidos trabalhavam cada vez mais de uma forma autónoma. Sabia que ela neste momento padecia do mesmo mal. Um simples toque podia fazê-la vir de uma forma intensa, e nem precisava ser um toque de cariz sexual. Neste momento qualquer movimento teria um cariz sexual. Eu evitava até olhá-la e olhava para a paisagem do mundo que estava lá fora, como se se tratasse de uma moldura com uma fotografia em movimento. Sabia que o seu simples olhar me poderia lançar para o prazer que eu tanto queria, mas não ainda.-Sabes, ficamos ali na casa de banho a fazer tanto… Ela é mesmo muito meiga, sabes, e debruçou-se sobre o lavatório e empinou o rabinho para mim. Comecei a lambê-la assim, por detrás, dava pequenos beijos e ouvia os gemidos dela. Dizia-me às vezes “quero-te”. Eu deliciei-me com as pernas e o cuzinho. Tive imenso tempo a lambê-la assim, amor, e fiquei outra vez com uma tesão… Ela estava completamente doida de prazer, dizia-me coisas lindas, amor, e dizia que me queria fazer mais. Mas eu não deixava. Não era isso que tínhamos combinado.Sorri-lhe.-Ela estava doida de tesão e eu fiquei outra vez por isso mesmo, sabes? Ela só me pedia a língua na boca dela. Eu agarrei-a pela mão e levei-a para o sofá. Sentei-a e comecei a lamber-lhe os pés, a saboreá-la, a chupar os dedos, deixá-los molhados com a minha saliva. Depois passei o pé dela no meu peito, e finalmente no meu sexo. Ela gemia tanto, amor. Dizia que nunca a tinham mimado tanto, sabes?Eu sorri, não para ela, mas desta vez para com os meus pensamentos. Havia tanta gente que passava por uma vida inteira sem ter um único momento em que se sentisse verdadeiramente amada, verdadeiramente desejada. E o mais interessante é que na verdade ninguém dava por isso, porque o que tinham, julgam eles, é muito. O problema é que quando temos um único momento como este todos os outros se reduzem a uma insignificância extrema, perdem por completo o significado. A vida é, na verdade, para quem ama, para quem vive. Os outros limitam-se a sobreviver dia após dia sem sequer terem a consciência disso! -Disse-lhe que se deixasse estar, que não pensasse sequer em mim, que eu lhe queria dar tudo. Encostamo-nos e foi a minha vez de a lamber e beijar toda. Lambi-lhe a cara, devagar, e fui descendo, parei nas mamas dela e deliciei-me. Ela só gemia. Fui descendo e sentei-me no chão para, com os pés, começar a masturbá-la devagar. Masturbava-a e lambia os meus dedos. Tocava-me para ela ver. Comecei a meter um dedo no sexo dela e ela só pedia para não parar. Ela tem assim um monte de Vénus como o meu, todo rapadinho, tão macio. O leite dela molhava-me por completo o pé. Foi então que ela me pediu para provar. E eu dei-lhe… só isso. Então fomos uma para cada ponta do sofá e ficamos assim, a masturbar-mo-nos uma à outra com os pés e a darmos assim a provar à outra. Acreditas que assim, com os pés foi bom?-Acredito.A mera imagem mental do facto provocava-me uma excitação quase incontrolável.-Tínhamos todo o tempo do mundo e só queríamos dar. Depois levantei-lhe as pernas e fiquei com ela ali, completamente exposta para eu lamber. Ela segurava nas pernas bem para trás e eu lambi-a toda. Queria o cuzinho dela na minha língua. Lambi-o todo, sempre bem devagar. Ela dizia”Não pares! Quero muito!” .-Foi a primeira vez que a fizeste vir com a tua boca?-Sim. Ela ali toda exposta, virada para mim era tão boa. Quando lhe meti a língua no cuzinho ela abanou as ancas e deu um berro “EU NÃO AGUENTO! QUERO DAR-TO!”. Eu muito devagar lambia-a tanto que ela se veio ali e chupei o leite todo… Tens de chupar o leite dela, amor. É bom…-Quero… - limitei-me a dizer.-Provei-a toda e subi com a minha cara inundada com o leite dela, para a beijar. Então, depois do orgasmo dela, delicioso, estivemos ali no chão, coladinhas e deliciadas com as nossas línguas. Ali pensei tanto em ti que não resisti a dizer-lhe que me apetecia tanto que ali estivesses. Ela olhou-me e perguntou se tu quererias também com ela ao que eu respondi “claro”... Não falamos mais, a não ser com os olhos. A partir daí já só queríamos fazer amor, muito, e ela começa a massajar o meu clítoris devagarinho. Desceu para mo lamber. Achei que queria fazer-lhe o mesmo e vira-mo-nos de lado. Fizemos um 69 de lado com os sexos na nossa cara e com uma das pernas levantada. Não queria que acabasse. Não sei se me sabia melhor lambê-la ou ser lambida por ela. Depois quis chupar-lhe os dedos outra vez e chega-mo-nos para cima. Sem dizermos nada ficamos ali a chupar os dedos uma da outra, como se fossem glandes nas nossas bocas. Eu chupava um de cada vez, deixando-me estar mais tempo no dedo grande, que me enchia mais a boca e que me lembrava que só me apetecia estar ali a provar-te e a chupar-te. Quando já não aguentávamos, levantá-mo-nos e, de pé, beijá-mo-nos e metemos os dedos nos sexos uma da outra…Aproximei-me dela e pus-lhe a mão na face. Ela parou e olhou-me. Suavemente pousei os meus lábios nos dela, e deixei que a minha língua deslizasse para a sua boca e senti o sabor dela.Quebramos o beijo finalmente. A minha vontade dela era enorme, a minha excitação, a esta altura, algo que me estava a deixar louco. Mas ela ainda não tinha dito tudo, havia ainda muito por dizer e eu queria entende-la, sabê-la, conhecê-la cada vez mais.Afastei-me novamente para a janela e acendi outro cigarro. Tinha que dar uma pausa aos meus pensamentos, ao meu corpo.Ela percebeu isso e ficou em silêncio, quieta durante algum tempo. Olhei para ela ao fim de algum tempo e ela percebeu que podia continuar.-Sabes, o que se passou entre nós duas foi tão intenso que não encontro palavras. O final daquela noite foi muito lindo. Fiquei a olhar para ela e senti-me tão bem, amor, sem culpas. E sei que ela sentiu o mesmo, sabes? Demo-nos tanto, mas tanto…Na maneira como não descolava o olhar dela deu-lhe a entender que eu queria, aliás, precisava que ela continuasse.-Depois de ter feito amor daquela maneira só me apetecia ficar assim sempre abraçada a ela. Acho que soubemos as duas, ali, que teríamos que estar juntas assim outra vez.-Nesse momento acredito que estivesses mesmo apaixonada por ela, não?Houve alguma hesitação na sua reacção, como se tentasse responder com a verdade mas não me quisesse melindrar. Olhou-me nos olhos e percebeu que nada do que me dissesse faria com que isso acontecesse. Sentiu finalmente que a minha aceitação dela era total, que nada do que me dissesse poderia magoar-me ou melindrar-me. Sentiu que eu apenas queria que ela fosse feliz, que amasse, que se sentisse amada. E eu, indubitavelmente, incondicionalmente, amava-a naquele momento, como sempre. Continuou.-Sim estava muito e só lhe queria bem. Deitá-mo-nos as duas no sofá, encaixadas uma na outra, o meu peito nas costas dela e ficamos assim montes de tempo. Ela agarrou a minha mão e levou-a ao seu peito. Ficamos assim imenso tempo. Nem tenho noção de quanto. Amor, foi tão lindo e bom…Eu simplesmente assentia com a cabeça. Percebia-a perfeitamente. Cada vez mais.-Eu dava assim beijos e trinquinhas na parte de trás do pescoço dela, ambas de olhos fechados… Só nos apetecia fazer amor daquela maneira simples e quase infantil. Os nossos beijos eram muito mais lentos e doces com o sabor dos nossos sexos. Eram beijos de amor mesmo e apesar de muito excitantes, eram de mimo, sabes? As nossas bocas eram uma só. Às vezes até parávamos para nos provarmos melhor, sabes?Os meus olhos diziam apenas “apeteces-me tanto…”, mas a resposta que lhe dei foi diferente.-Já tive essa sensação contigo...-Sim já a tivemos…O ar com que ela me respondeu deixava que eu visse que neste momento talvez fosse uma boa ideia chegar-me ao pé dela, tocar-lhe. Sabia que ela o queria muito, mas eu queria espicaça-la ainda mais, tocar-lhe, não o corpo, mas a alma, torturá-la. O rubor das faces dela denotava o que sentia, bem como a maneira como os seios se empinavam e os bicos das suas mamas se faziam notar cada vez mais através do tecido fino que os cobria. O desejo que estava nos meus olhos aumentava ainda mais o dela, mas a minha recusa em ceder excitava-a. Eu gostava de a ver excitada, adorava amaneira como os seus olhos me estavam a seduzir, a implorar para que me chegasse ela. Mas não o fiz, porque sabia que se o fizesse aquilo que ela me contava perderia a intensidade. Ela resignou-se e acabou por continuar.-Estávamos mesmo felizes e exaustas também. Parecia que o tempo tinha parado para nós e não existia mais nada… Acho que conseguíamos estar neste estado para sempre, com linguados bons e calmos… - ela sorriu com a recordação, e o seu rosto iluminou-se com uma certa nostalgia - Depois de termos feito amor daquela maneira sublime, ela parecia uma menina. Fechava os olhos e sentia prazer só num simples toque meu. Pedia-me para não ir embora ao que eu respondia que fossemos estando até nos apetecer. Amor, as nossas bocas não descolavam e ela beija tão bem, mas tão bem e a língua dela é tão boa de chupar…Olhei-a enquanto ela me afirmava aquilo com uma clareza de pensamento quase assustadora. O óbvio tornava-se ainda mais óbvio e o improvável à não muito tempo atrás transformava-se em certeza.-Amor os nossos beijos, depois de nos termos lambido e chupado tanto, eram deliciosos pois as nossas bocas só sabiam aos nossos sexos…Depois de ter conseguido que a minha excitação acalmasse um pouco, ela voltava com uma certa dose de vingança. Sentia a minha pulsação nos meus ouvidos, e uma extrema necessidade de me tocar ou ser tocado. Queria, precisava mesmo de sentir um orgasmo. Creio que foi notório o meu estado. Ela observou-me e sorriu. Houve um leve gesto da parte dela que indiciou a vontade que tinha de me tocar também. Mas depois ela resolveu fazer exactamente o que eu lhe estivera a fazer todo este tempo e retraiu-se. Ao invés deixou a sua mão começar a passar pelo seu corpo ao de leve, detendo-se no seu peito. A visão era absolutamente perturbadora. O seu sorriso tornou o seu olhar ainda mais sedutor. Convidava-me. Jogávamos os dois. Alguém teria de ceder primeiro. Ela soltou um pequeníssimo gemido, seguido de um suspiro profundo enquanto passava a mão por dentro do soutien e acariciava o seio. Eu sentia gula por ela. Pura luxúria. Ela continuou.-Amor, depois de tantos orgasmos, de tanto amor e tanta tesão, só queríamos estar sossegadinhas a tocar o corpo uma da outra. Antes de ficarmos de vez sossegadas e eu quase adormecer, ela pediu-me só mais uma coisa ao que eu acedi. Pediu-me para me por de pé e não fazer nada. Fiquei de pé e ela começou a beijar-me pelo corpo todo, muito devagar, e só parou no meu peito e depois no meu sexo. Assim, só por cima, com beijinhos pequeninos. Depois abraçou-se á minha cintura, encostou a cabeça ao meu ventre e disse que me adorava...Compreendi tudo finalmente. Mesmo tudo. Através de toda a excitação que sentia como algo de carnal e que ameaçava cegar-me os sentidos, tudo fez sentido.-Eu, como ela me tinha pedido, não fazia nada, mas nessa parte puxei-a para cima e dei-lhe um abraço apertado, tão bom… Beijá-mo-nos nos lábios e deitá-mo-nos sem dizer nada. Estivemos algum tempo assim, sem dizer nada, até que a meio da noite eu lhe disse que devia ir embora. Ela só disse que entendia, mas pediu-me que eu não fugisse para sempre. Eu sorri. Sabes, apetecia-me ficar, mas também tinha a certeza de que, inevitavelmente, voltaríamos a estar.Aquilo que ela tinha para me contar tinha acabado ali. Sabia-o. Sabia haver mais, mas também havia tempo e não se pode descobrir o mundo ou viver a vida num único dia. Para além da excitação que sentia e da vontade de lhe tocar precisava de arrumar as ideias, de me arrumar a mim, de perceber o que tinha havido entre estas duas mulheres. Mas tinha já compreendido que aquilo que se passara entre elas não era entre duas mulheres mas sim entre dois seres. Ela estava agora mais mulher, mais sedutora, mais forte, mais segura do que alguma vez estivera. Seduzia em cada palavra, não escondia o olhar nem a sua vontade. Ela sentira-se verdadeiramente amada e desejada. Ela amara e desejara. Era para sempre um ser diferente do que fora antes.Acendi outro cigarro e inspirei profundamente. Já não me lembrava de fumar tanto há muito tempo. Refugiava-me do seu olhar na paisagem de lá de fora. Amava-a. Profundamente. Ela interrompeu o meu silêncio e os meus pensamentos.-Sabes o que me passou agora pela cabeça?-O quê? – Perguntei eu saindo do turbilhão dos meus pensamentos.-Claro que adorava fazer amor contigo e com ela, mas imaginei-me sentada num canto a ver outra mulher dar-lhe prazer. Sentir que mais alguém a quer, entendes? Ver outra mulher dar-lhe tanto quanto ela merece, aprender com as duas, excitar-me com isso. Vê-la ter o seu peito mimado e o seu sexo chupado com tesão e eu estar a masturbar-me, a passar os meus dedos por cima das cuequinhas e estar só a vê-las, a ouvi-las gemer. Sentir que ela sabe que estou ali para ela. Senti-la molhar-se noutra boca. Senti-la com vontade de mim e dar a outra mulher… Gemer eu, baixinho, só para ela ouvir…Apaguei o cigarro e sentei-me.-Sabes, eu já vi em duas ocasiões distintas duas mulheres a foder, mas a foder mesmo, porque fazer amor é outra coisa completamente distinta. Mas contigo e com ela foi completamente diferente. Sei que foi, e cada vez mais me apercebo disso. Ela não quis estar contigo por seres uma mulher, por ser diferente por ser uma experiência nova, o tabu, o fruto proibido. Ela quis estar contigo por seres tu.Ela olhou-me algo surpreendida, como quem não esperava mais nada que não fosse o eu levantar-me e toma-la nos braços. Eu continuei.-Sei que, pelo menos a principio, quiseste estar com ela por tudo aquilo, mas depois acabaste por te aperceber que havia mais do que isso e a questão de ser uma experiência proibida acabou por se desvanecer e apareceu algo de que não estavas à espera. Acredito que seria excitante vê-la com outra mulher, mas sabes se ela o quereria? Ou será que ela quis estar contigo por tu seres quem és, e porque ela já sentia algo por ti que não era só uma atracção?Ela parou para pensar. Apercebi-me de que a confrontei com sentimentos que ela ainda não tinha ainda aprofundado dentro de si, algo que sentia à superfície mas que tinha algum receio de encarar.-Amor, não sei o que ela quereria. Só queria que ela tivesse muito mimo que não só o meu. Acho que ela me escolheu porque represento algo para ela, mas eu queria tanto que ela se sentisse desejada, que ela visse o quanto é maravilhosa. – Ela parou por um momento e vi a melancolia que lhe veio aos olhos, a saudade, a tristeza e uma lágrima escorreu pelo seu rosto – Sabes, fizemos amor de uma forma tão simples e linda e eu queria dar-lhe tudo mas tenho medo de ter sido tão pouco…-E tu sabes porque é que tens medo que tenha sido pouco? Bem tu sabes, mas já interiorizaste o porquê?Ela encarou-me. Eu olhei-a bem no fundo dos seus olhos. As lágrimas começaram a soltar-se livremente e a deixar pequenas linhas húmidas no seu rosto. Respirou fundo, como se todo o ar do mundo não chegasse, e respondeu:-Sei que tenho medo de ter sido pouco porque a amo e só quero que ela esteja bem.-E já lhe disseste isso? Já lhe disseste “Eu amo-te!”?-Não, não disse. Assim não disse.-Porquê? Tens medo de ouvir um”Eu também te amo…”?-Tenho!-Tens medo porque achas que isso mudaria algo em ti? Ou nela?-Tenho medo ter estas saudades dela e vontade de me apetecer estar sempre a fazer amor com ela. Tenho medo que ela me queira da forma como eu acho que me quer…-Acho que devias pegar no telefone, ligar-lhe, e quando ela atendesse dizeres-lhe"Olha, sabes que mais? Eu amo-te e sou feliz por isso…". Em relação à forma, acho que isso não é o mais importante. Eu amo-te e somos o que somos, estamos como estamos.Aproximei-me dela e limpei as lágrimas do seu rosto com os meus dedos, com suavidade. Ela olhou para mim e mais do que desejo, nos seus olhos eu via o amor que esta mulher, que este ser sentia por mim.-Sabes, não existe nenhuma lei no universo que diga que só podes amar uma pessoa de cada vez. Nós não funcionamos assim, por muito que nos queiramos convencer do contrário. Ama-a. Eu sei que, mesmo sem a conhecer, a amo, só por ela ser o que é para ti…Ela abraçou-me e ficamos assim um longo tempo, com os nossos corpos colados, fundidos num só que éramos na realidade. Ela, por fim, quebrou o silêncio.-Sabes, … - disse - …acho que bom mesmo não era com outra mulher, mas contigo. Podemos dar-lhe tudo, amor…-Sim, podemos…Cedi, puxei-a para mim, beijei-a com a intensidade, a paixão, e a tesão que estavam em mim, acumulados durante todo este tempo. Amei-a. Dei-me a ela. E fizemos amor de uma forma doce, tão doce……e fomos um só…
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Published on March 18, 2015 02:39

March 17, 2015

Queres um mundo melhor, mais fraterno, mais justo?Bem, co...

Queres um mundo melhor, mais fraterno, mais justo?
Bem, começa a construí-lo: quem é que te impede? Fá-lo em ti e à tua volta, fá-lo com aqueles que o querem fazer. Fá-lo pequeno e ele crescerá.

Carl Gustav Jung
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Published on March 17, 2015 09:30