C.N. Gil's Blog, page 68

July 22, 2015

Anuncio!

Levando em conta o retumbante sucesso que a história do Alfredo está a ter, prometo que vou cortá-la rapidamente e poderemos retomar a programação habitual!

Sim, que vai para aqui uma movimentação que eu já nem me aguento...

Vou arranjar maneira de desembrulhar isto no menor numero de capítulos possível e deixo a história completa para outros carnavais.

Obrigado pela atenção

:)
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Published on July 22, 2015 03:43

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - IX

IX – Eles foram tããããooo maaaauus…

Quando estava a voltar a mim aparece de repente a Cris, a vir na minha direcção e diz-me:
-Empresta-me o teu telemóvel, depressa.
Pensei rápido:
-Só se me deres o bronzeador.
-Feito! – Respondeu ela pondo-mo na mão e esticando-a à espera do telemóvel que lhe dei logo em seguida. Depois arrancou a correr em direcção ao sítio onde estava Lita, levando-me no seu encalço. Quando lá chegamos, ela à minha frente e já a preparar a câmara do telemóvel, deparo-me com o Abel e o Francisco a passar bronzeador por todo o corpo de Lita e apenas vestidos com umas tangas minúsculas.
-Tira a T-shirt e vai lá para o meio – ordenou a Cris.
-O quê?
-Tira a t-shirt, pá. Despacha-te.
-Por falar nisso,… - disse eu quando finalmente me apercebi - …o que é que aconteceu à tua?
A t-shirt dela, completamente rasgada estava enrolada à sua volta, praticamente apenas a esconder o peito!
-Isso não interessa pra nada! Agora tira a t-shirt.
-Não – disse eu já a corar.
-Porquê?
-Sou tímido…
Nisto, o Abel, mais próximo de nós, apercebeu-se de que estávamos ali.
-O que é que se passa aí? – Perguntou.
-Estamos a jogar um jogo. – Respondeu a Cris – Chama-se “Arranca a t-shirt”. O Freddy já me arrancou a minha e eu estou a tentar arrancar-lhe a dele… Ajudas-me?
-Mas claro! – E saltou para o pé de nós, mandando-se a mim querendo agarrar-me e eu a tentar esquivar-me e a protestar e ele finalmente consegue agarrar a t-shirt que ameaça rasgar, mas eu consigo evitar, mas não me consigo soltar e reparo no olhar maquiavélico da Cris, ao nosso lado (soube mais tarde que pensava que se conseguisse que eu curtisse com o Abel este seria o melhor dia no parque de sempre, o que lhe deu a ideia a seguir) e a t-shirt não aguentou e rasgou e a Cris esguichou a garrafa de creme bronzeador para cima de nós, cobrindo-nos daquilo e deixando-nos atónitos a olhar para ela, sendo que a reacção dela foi rir-se…
…e nos agarramo-la, pusemo-la entre os dois:
-Ai queres guerra? – perguntei eu – Atão vais ver! Abel, vamo-nos esfregar nela e enchê-la de creme?
-Bora!
-Não, rapazes,… - protestava ela - …não façam isso, NÃÃÃO, vão-me lambuzar toda, opá, não… vá lá… nãããããoooo… - e a sua voz tornava-se lânguida e arrastada e eu e o Abel riamo-nos e de repente parou tudo!
-O que é que focês estoum a fazer? – O tom autoritário naquela voz normalmente tão doce deixou-nos em sentido – Isso faz-se à piquinina?
Lita estava de pé, e pela voz devia-nos estar a olhar com uma expressão assustadora, mas estava de pé, em topless e todo o meu horizonte estava focado naquele maravilhoso e glorioso par de mamas, pelas quais naquele instante eu poderia compor odes e sinfonias, operas completas, se algum dos meus neurónios conseguissem fazer algo que se parecesse com uma sinapse!
-Não, Lita, não é… - tentava a Cris impedi-la.
-Anda cá já! Sai do pé desses grosseirões! – E a Cris, obedientemente, foi e a Lita, num gesto doce e protector, abraçou-a, deixando também a Cris embasbacada com os peitos que quase lhe batiam na cara – Os rapazes devem prrouteger as meninas, e não atacá-las, não é? Eles forram maus!
-Não eles… - balbuciava a Cris, sem saber o que fazer, sabendo que fosse qual a decisão que tomasse já tinha perdido qualquer coisa, no caso uma das partes - …eles,… Eles foram tããããooo maaaauus… - Choramingou, e a Lita puxou-a mais para si, encostando a cabeça dela ao seu peito e reconfortando-a enquanto ela aproveitava para pousar as mãos naquele rabo que devia ser eleito uma das sete maravilhas (tirava-se uma das que já lá estão, porque, afinal, perto daquilo qual é a importância da muralha na China ou das pirâmides), deixando-me a mim e ao Abel atónitos, ao Francisco, que assistira a tudo impávido e sereno a rebolar a rir, e, vá-se lá saber porquê, num raio à volta, bastantes acidentes pequenos, como quedas de bicicleta ou choques contra postes, vá-se lá saber porquê!
E nisto toca uma buzina a alguma distância e ouve-se alguém a chamar:
-Lita? És tu?
E ela vira-se, largando a Cris que tinha uma expressão no rosto que apenas tinha visto a algumas grandes actrizes porno, em especial à minha preferida, a Tisha Montes, nos mais intensos momentos de satisfação e grita:
-António? És tu?
-É João, mas tudo bem… Sim, sou eu – respondeu o estranho com um sorriso.
-Tens um carro novo?
-Tenho, fui busca-lo à pouco… Se quiseres podíamos ir dar uma volta…
-A serrio?
-Sim, bora.
-Ok! – E voltou-se para nós – Bem, pessoal, vou com o António estrear o carro, ok?
-É João! - Respondi eu com uma nota de desilusão na voz, desilusão essa partilhada por todos nós.
-E vais assim? – Perguntou a Cris.
-Eu sei, é repentino, mas já não vejo a Antó…
-João.
-…Coiso há tanto tempo…
-Não, assim! – E fez um gesto apontando-lhe para o corpo e fazendo evidenciar a sua falta de roupa, altura em que ela se apercebeu, corou, apanhou a roupa, vestiu-se rapidamente, e foi.
-Até logo pessoal.
Vimos o carro a arrancar e a nossa boa disposição foi com ela.
Acabei por passar o dia com a Cris, fomos às compras, acabamos por jantar fora, chegamos a casa tarde e, quando entravamos tentamos não fazer barulho, uma vez que não sabíamos se ela já tinha chegado ou não.E fechávamos a porta devagar quando ela entra com o Ant… João ao colo, colados um ao outro com uma febre desgraçada, completamente de rompante, mandando a porta contra a parede e ele pergunta:
-E os teus colegas de casa?
-É tarde, eles já devem estar a dormir -Responde ela – Não podemos fazer barulho – e entram aos baldões pelo quarto dela adentro e fecham a porta, sem sequer darem por nós.
Quer eu, quer a Cris, ficamos destroçados.
-Boa noite. – Disse eu à Cris, dirigindo-me para o meu quarto.
-Boa noite  - respondeu ela indo para o seu, e deitamo-nos, mas ela não nos saia da cabe-ça…
…nem dos ouvidos, gemia que nem a mais apurada estrela porno, a Tisha Montes, e os gemidos foram subindo, e subindo e subindo de intensidade até que se tornaram quase insuportáveis e eu levantei-me para descobrir que a Cris estava como eu, na sala.
-Xiça, ela é um bocado histérica, não? – Perguntei eu.
-O quê?
-Ela é um bocado histérica!
-O quê?
-Pá, tou a dizer que ela é um bocado histérica…
-Não ouço, que ela é bué histérica! Queres ir beber um café?
-Pá, adorava!
E saímos. Entramos num café, ela foi ao balcão, eu sentei-me, ela voltou do balcão e pôs-me um expresso à frente.
-O teu café.
-Pá, por acaso detesto café…
Ela ficou a olhar para mim meio estranha.
-Hum! – Disse enquanto parecia reflectir um pouco e depois pergunta, na descontra – Então virgem, né?

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Published on July 22, 2015 00:38

July 21, 2015

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - VIII

VIII – Eu sei qual é a tua Kriptonite!

Acordei, no dia seguinte, todo partido!
Tive de dormir no chão! A fofinha apropriou-se da minha cama. Tentei tirá-la de lá, mas só consegui umas arranhadelas e mordidelas. Ainda fui chamar a Cris para tirar de lá aquele bicho demoníaco, mas ela já dormia, e eu não a quis acordar…
Como resultado disto não estava lá muito bem-disposto!
Apesar disso, embora o cansaço não tenha desaparecido, a verdade é que entrar na cozinha para comer qualquer coisa e dar com uma mesa posta e sentir o cheiro de panquecas acabadas de fazer foi algo que me deu alguma alegria. Mas além disto, entrar na cozinha e ver a Lita com um mini-vestido justíssimo todo subido enquanto se esticava para chegar à prateleira de cima do armário é algo capaz de por um sorriso na alma de qualquer homem…
…heterossexual…
…como eu!
Ok, admito, provavelmente de todas as lésbicas do mundo também, mas não entremos agora por aí que isto, por enquanto, ainda está mais ou menos normal!
Eu que sempre embirrei com aqueles armários por ter de me empoleirar num banco, ou qualquer coisa do género, começava agora a adorá-los!
Ainda assim, o meu cansaço provocado pela péssima noite de sono era notório.
Já a Cris entrou na cozinha toda fresca e fofa, como o panrico!
Sentei-me e tinha já um prato com panquecas com doce de amora à minha frente. Até estava com alguma fome, mas com uma preguiça enorme para me mexer.
-Então? – Perguntou a Lita – Não gostas de doce de amora? Semprre achei que todo o mundo gosta de doce de amora…
-Gosto. Eu gosto de doce de amora!
-Oh! Mas pareces abatiduo! Prova lá um bocadinho…
E pegou num garfo e faca, cortou um pedaço e ia para mo dar à boca quando a cara da Cris chega de repente ao pé da minha e rouba o conteúdo do garfo, para nossa surpresa…
-Tá delicioso, Lita! – Apressou-se a Cris a dizer!
Não sei porquê, mas começou-me a parecer que havia ali qualquer coisa da parte da Cris em relação à Lita mais do que um simples estreitar de laços femininos…
-Bem, meus queridos, têm planos para hoje?
-Olha, eu tirei dois dias do trabalho por causa das mudanças, mas tu fizeste tudo ontem… Bem podemos aproveitar o dia…
-Já sei, vamos até ao parque Eduardo VII! – Sugeriu a Lita.
-Ao parque? – Perguntamos em coro eu e a Cris. ~
-Ao parque não, pá, preciso de praticar na guitarra e lá não dá jeito… – disse a Cris – Nem sequer há electricidade…
-E eu queria desenhar algumas coisas…- respondi eu!
E nisto cai um garfo da bancada, onde a Lita ainda fazia mais panquecas, para o chão.
-Oh! Deixei cair um garfo…
Disse ela, dobrando-se para a frente para o apanhar do chão, o que fez o vestido subir mais e mais e mais até que…
…de repente estávamos no a meio do parque, numa zona com algumas árvores!
-Mas como é que vim aqui parar? – Perguntei eu à Cris.
-Sei lá! A última coisa de que me lembro tinha qualquer coisa a ver com um garfo…
-Adoro passear no parque. – Disse a lita com um sorriso de orelha a orelha e, depois de esticar uma mantinha na relva, tirou o vestido, o que provocou uma serie de incidentes engraçados em toda a volta, uma vez que raro foi o homem que não tropeçou, foi contra ou foi atropelado por qualquer coisa, revelando um reduzidíssimo biquíni e deitou-se de barriga para baixo.
-Adorro sentir o sol na minha pele! Sabe tão bem… - dizia ela, enquanto desapertava a parte de cima do biquíni  - Oooh!
-Que foi? - Perguntou a Cris.
-Esqueci-me do brronzeadorr no carrro! Algum de vocês me faz o favor de ir buscar e de me o espalhar nas costas?
-Eu vou! – Gritamos eu e a Cris ao mesmo tempo e levantámo-nos num ápice, encetando uma corrida até ao carro.
Eu corria o mais rápido que podia, mas a Cris, embora pequena, conseguia acompanhar, vá-se lá saber como.
-Pá, para alguém com as pernas tão curtas corres cumó caraças! – disse eu com um ar meio trocista e eis que bato com a cabeça num ramo de uma árvore e me esbardalho todo no chão.
-Haha, já fostes! – Riu-se a Cris, abandonando-me ali, sabe Deus se com alguma contusão grave ou qualquer coisa do género.
Mas foi ali, naquele momento de sofrimento pela pancada e angustia por ver algo que parecia uma vitória certa a escapar-se-me que o verdadeiro homem em mim se deu a conhe-cer, pus a dor e a tontura de lado, levantei-me e segui no seu encalço a toda a velocidade.
Saltei-lhe para cima (salvo seja) de surpresa quando ela saia do carro com um sorriso vito-rioso e o bronzeador na mão! Algo se apoderou de mim, lutamos, ela quase fugiu mas eu agarrei-a pela t-shirt, ela deu um puxão para se libertar, a t-shirt rasgou-se deixando-a completamente exposta da cintura para cima, mas eu só via o bronzeador à frente e ela deixou-o cair conforme se tentava cobrir e eu agarrei-o, vitorioso, levantei-me para fazer a corrida de volta e ouço a Cris a gritar o meu nome – Freddy!!! – (ou quase) e voltei-me para a corrigir – Não é Freddy é Alf… - e ela enfiou a minha cara no meio das suas mamas, pequenas mas apetitosas e eu comecei de imediato a apagar, sendo que a ultima coisa que ouvi foi um:
-Esqueces-te que eu sei qual é a tua Kriptonite!

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Published on July 21, 2015 08:52

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - VII

VII – Não estás preparado para lidar com coisas destas

Uns dez minutos depois o Abel telefonava ao Francisco a dizer-lhe que não precisava de vir, só precisava de esperar por ele, uma vez que a Lita já tinha carregado a carrinha, e foi-se embora logo depois enquanto a Lita continuava a andar para a frente e para trás a trazer as suas coisas e a arrumá-las de imediato no quarto.
Apesar de eu e a Cris nos oferecemos para ajudar, ela recusou, dizendo que não era muita coisa e que estava despachada num instante.
As últimas coisas que trouxe foram uma consola de jogos e alguns acessórios.
-Isso é uma Wii? – Perguntei eu, intrigado. -Mas tu és “gamer”?
-Não, não! Só a uso parra fazer exercício. É uma das maneirras de manter a forrma! – e tira um acessório de uma caixa – Só a uso com isto!
-Um tapete de dança? – Perguntou a Cris.
-Sim. Adoro dançar. Querem ver?
Ajudei-a a ligar a consola à televisão, ligámos o tapete, ela carregou um jogo de dança na consola.
-Vejam lá se não é um bom exercício…
E arrancou o jogo!
No ecrã aparecia alguém a mostrar os movimentos que ela copiava. Saltava, pulava, mexia-se…
…Veio-me de repente à ideia um velho reclame que fez história na televisão Portuguesa a uma revista, em que uma matulona (salvo seja, que ao lado da Lita não parecia assim tão matulona) saltava à corda…
…E ela continuava a mexer-se de uma maneira impressionante. A consola só anunciava, praticamente a cada passo:
-Perfeito! Perfeito! Perfeito!
Quer eu quer a Cris olhávamos completamente babados para os movimentos daquele corpo. Quando a música chegou ao fim ela voltou-se para nós e perguntou:
-Então? Que tal?
E respondemos ambos os dois, em conjunto um com o outro e numa sincronia que parecia treinada:
-Perfeito!
-Obrigada, queridos. Não se importam que eu agora vá tomar um duche? É que isto das mudanças e da dança deixou-me toda suada…
-Claro que não. Afinal estás em casa não é?
-Pois é, claro! E vocês são minhas duas melhores amigos! Vou só buscar as minhas coisas para a casa de banho e vou tomar o meu duche!
Ela foi ao quarto para ir buscar as suas coisas e nós não conseguimos despregar os olhos dela. Não era possível que a hipótese posta pelo Abel fosse verdade. Não era! Ponto! O mundo não podia estar assim tão distorcido! E pensando nisso, olhando para ela, a ser verdade quase tinha vontade de ser gay…
…Eu disse quase!
Mas a dúvida roía-me por dentro!
-Temos de descobrir se ela é trans ou não!
-Se for, havemos de descobrir mais tarde ou mais cedo… - respondeu a Cris.
-Não estás a perceber. Esta dúvida está-me a corroer por dentro. Eu já nem sei o que pensar…
-Tás é embasbacado, mas isso passa-te!
-A sério, quando ela estiver a tomar banho tu vais à casa de banho e tentas descobrir…
-Porquê eu? Porque é que não vais tu?
-Não achas que seria um bocado estranho eu ir à casa de banho com ela a tomar banho lá?
-Hum! Bem visto! – e ficou a matutar um bocadinho na ideia.
-Vá lá… - insisti eu.
-Eh páh, não! É melhor não!
-Dou-te a minha colecção dos fantásticos X-Men!
-Pff! Como se eu quisesse isso para alguma coisa…
-Entra a Cristal…
-…e?
-É uma mutante que está numa banda, toca guitarra e é toda Punk Rocker…
Estávamos nisto, meio aos cochichos, quando ela passa enrolada numa toalha e nos diz com o ar mais alegre e simpático do mundo:
-Assim que eu sairr do banho vou preparar o melhorr jantar do mundo aos meus novos melhorres amigos!
E entrou para a casa de banho!
-Uma mutante Punk Rocker e que toca guitarra, disseste tu? – Perguntou-me a Cris, trazendo-me de volta à terra.
-Ya! Aposto que a ias curtir um molho!
-Ok, eu faço isso!
-Mesmo?
-Páh, ya! Também tenho de admitir que estou um bocadinho curiosa…
Tirei o meu telemóvel do bolso, liguei a câmara e passei-lho para a mão.
-Toma. Se conseguires tira uma foto.
-Mas tu tás parvo?
-Não, mas não percebes… Se eu não vir vou continuar sempre na dúvida…
-…se aquilo que andas a imaginar à noite faz de ti gay, não é? Óh homem de pouca fé…
-Vá lá, vá lá, vá lá…
-Pronto, tá bem, dá cá essa porcaria… - disse ela, arrancando-me o telemóvel da mão de forma decidida.
Abriu só uma fresta da porta da casa-de-banho e disse:
-Lita, não te importas que eu entre? É que tou mesmo à rasca para dar uma mija…
-Não, clarro, podes entrar.
E ela entrou. Ficou ali a pensar como é que faria a coisa sem ser notada. Considerou pôr o telemóvel para lá da cortina, de lado, mas acabou por achar que a melhor opção era tentar tirar uma foto de cima quando notasse que ela estava de costas. Tentou posicionar o telemóvel o melhor possível e, conforme tirou a fotografia, a cortina abriu-se de repente, o que a fez quase largar o aparelho e apanhar o susto da sua vida enquanto aqueles braços se esticavam para a frente direitos a ela e ela tentava recuar para não ser apanhada e pensava “Ó fosga-se! Má ideia, má ideia”.
-Desculpa Crrrris, podes passar-me a toalha? Esqueci-me de a trazer para aqui e não vejo nada, tenho sabão nos olhos…
Por momentos ficou muda, com o coração a bater em passo acelerado enquanto tentava raciocinar, registando depois as palavras dela e ganhando alguma presença de espírito:
-Sim, claro, pera…
Escondeu o telemóvel no bolso de trás das calças, agarrou a toalha e deu-lha, começando ela a limpar-se.
-Desculpa ter-te assustado! Não era minha intenção… Mas pareces abalada… Não estás confortável comigo assim nua? Eu compreendo… Eu já estou habituada, porque faço muita natação e nos ginásios, sabes como é, não é? Todos tomam duche ao molho…– disse com uma piscadela de olho – Devíamos fazer isto um dia destes não achas?
-Desculpa?
-A natação… Podias irr um dia comigo. De certeza que ia serr divertido…
Mas a Cris, embora mais calma, continuava a não conseguir parar de olhar para a Lita com um olhar esgazeado. Por fim, levantou a mão e tocou-lhe nos seios, ainda com um ar um bocado aparvalhado!
-Mas, mas… Não é silicone?
-Não, clarro que não! Eu não acredito na cirrurgia plaásticá!
-Não que precises de acreditar, de qualquer maneira, não é? Fogo, eu não sabia que podiam ser tão grandes e ainda assim ficar empinadas…
-Mas podem! – e a Lita agarra-lhe não mão, põe-lhe a mão em cima do peito e diz – Vá, podes sentir à vontade…
-Deixa estar. – respondeu a Cris algo envergonhada.
-Oh! Mas eu insisto! – disse a Lita enquanto lhe espalmava a mão contra o peito – Afinal, agora suomos melhorres amigas e parra que é que as amigas servem, não é?
-Mas, mas… - tentou a Cris refutar, mas, sentindo um estranho calor subir por si acima, rendeu-se, pôs uma mão em cada mama e descansou a cabeça no meio das duas, soltou um enorme suspiro de deleite, que até eu ouvi cá fora, enquanto esperava por uma resposta conclusiva, e disse: -Lita, és a melhor amiga do mundo!
Ao fim de mais uns minutos a Cris sai finalmente da casa de banho.
-Então? - perguntei eu nervoso.
-Parabéns, páh! É uma rapariga!
-Fixe! Tiraste fotos? – Mas depois caí em mim. Aquilo não se fazia – Esquece! Não, é melhor não. Isso faria de mim muito má pessoa…
Ela mexe no telemóvel à procura de algo, enquanto me diz:
-Não páh, não faz de ti má pessoa! Aquilo que faz de ti é o que és, um adulto completamente rebarbado – e vira o telemóvel para mim, onde está uma foto meio tremida…
…mas ainda assim, só me lembro de ter acordado no sofá da sala, sem saber durante quanto tempo apaguei. Ao meu lado estava o telefone. Fui rapidamente à galeria de fotos, e andava à procura quando ouvi a voz da Cris, da cozinha:
-Escusas de procurar que apaguei por razões de segurança! Ainda não estás preparado para lidar com coisas destas…
Fiquei com pena… Mas ainda assim sorri, porque a imagem estava gravada na minha mente…

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Published on July 21, 2015 03:37

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - VI

VI – “Mas não te cheira a manteiga?”

-Ok! Ainda não chegaste ao fim, mas de certeza que já viste alguma acção, não? Assim tipo, uma mão na coisa, uma coisa na mão…?
-Não.
-Hum! Então e assim umas caricias só no tronco, passares a mão assim num peito despido… - e olhou para mim, que estava, por esta altura com os olhos no chão - …ou por cima da roupa…?
-Nem por isso…
-E uns beijos com língua pelo menos?
Nem respondi.
-Sem língua?
Continuei mudo.
-Pá, pelo menos já deste a mão a uma rapariga?
Ficou um silêncio estranho e, como eu esperava, ela olhava para mim como se eu fosse um animal raro, ou até mesmo um extraterrestre.
-Mas…? – E eis que fomos interrompidos pela entrada jovial e de rompante do Abel.
-Olá meus queridos. Cheguei, e trago uma prenda que é óptima para ambos, como prenda de despedida…
-O Francisco não veio contigo? – Perguntei eu constatando o óbvio e fazendo assim uma retirada estratégica.
-Não, vem mais tarde. Teve de passar pela casa nova e eu vim à frente. Vejam lá o que eu trouxe para vocês… - e colocou um livro de banda desenhada entre os dois.
-Um Manga Yaoi. O Alfredo adora Manga e o tema tem muito a ver com os gostos nocturnos da Cris, não é verdade?
A Cris corou e eu aproveitei a deixa.
-Explica lá isso?
-Ah, pois, tu não deves saber… - respondeu o Abel – …mas na segunda noite que ela cá passou, eu e o Chico chegamos mais tarde. Bem, vínhamos com uma vontade… Entramos no quarto e nem ligamos a luz, as roupas voaram…
-Ai sim? – Perguntei eu.
-Foi! Ele tava um animal… - e suspirou com um ar sonhador - Mas adiante, a roupa voou, e nem houve preliminares, empurrei-o para a cama, subi para cima dele…
-Pá, calma… Pormenores a mais, ok?
A Cris continuava calada e corada que nem um tomate maduro.
-Mas são necessários e já vais perceber porquê, senão não contava! Não sou um desbocado, ok?
-Pronto, desculpa lá!
-Ok. Mas onde é que eu ia? Ah! Subi para cima dele e aquilo deslizou… e eu voltei-me para ele e disse “Detesto quando trazes a manteiga! Sabes bem que tirar essas nódoas é quase impossível” e ele parou e disse “Mas eu não trouxe manteiga!” e eu “Mas não te cheira a manteiga?” e ele “Bem, agora que falas nisso…” e nisto ouvimos uma espécie de restolhar e acendemos a luz da mesa-de-cabeceira. Ela estava num cantinho do quarto a ver-nos e a comer pipocas…
Fiquei estático a olhar para ela como que a perguntar…
…sei lá o quê, sinceramente!
Ela olhou para mim e disse baixinho:
-Queres o quê, sempre tive panca por ver dois gajos juntos…
E eis que ela é salva pelo gongo, ou no caso pela chegada da Lita.
-Olá meus queridos…
…e o Abel olha para ela, de repente, e podia jurar que, por muito gay que fosse passou-lhe muita coisa pela cabeça ao vê-la, sendo que uma delas, talvez a menos importante mas provavelmente mais estranha foi a que ele verbalizou baixinho, quando disse entre dentes:
-Deus meu! Será que dão leite?
-Lita, querida,… - desta vez foi a Cris a aproveitar a saída - …já chegaste. Estamos agora a começar a carregar as coisas dos ex-moradores. Olha, este é o Abel.
Entretanto eu, que parecia ser o único interessado em fazer alguma coisa, agarrei uma das caixas do Abel e levantei-a, constatando de repente que era demasiado pesada para eu levar sozinho.
-Olá Abel, sou a Lita.
-Não és de cá, pois não
-Pessoal,… - tentei eu interromper - …precisava aqui de uma mãozinha! – Mas não tive sucesso.
-Não, sou da Svecia!
-Bem, lá que fazes lembrar uma Viking…
-Pessoal,… - voltei eu a insistir - …acho que as minhas vértebras se estão a fundir…
-Oh, desculpa,… - disse a Lita dando-me de repente atenção - …eu ajudo! – E tirou-me a caixa das mãos com a maior das facilidades, levando-a para fora! Eu e o Abel ficamos sem fala!
-Fosga-se! Ou ela é muito forte ou eu sou muito fraco!
O Abel fez um pequeno sorriso e disse:
-Ou então ela tem ali mais alguma coisa a abanar do que aquelas ancas sexy!
-Hã?!
-Pá, é um trans…
A Cris limitava-se a observar a conversa, olhando muito séria para a Lita à medida que ela, sozinha, ia entrando e saindo, levando as caixas todas sem grande esforço e isto em cima de uns saltos agulha nada modestos e que a faziam ter quase dois metros de altura.
-A Lita? Com aquele corpo? Não pode!
-Ai pode, pode! Nem fazes ideia do que as plásticas conseguem fazer hoje em dia… Nunca foste ali para as bandas da praça do Chile? Vêem-se bastantes por ali e algumas ficam… - e suspirou – Já que falamos nisso, se calhar também era um bom look para ti…
A simples ideia aterrorizou-me e senti um calafrio, mas pus a imagem mental de lado.
-Não! Não pode! – Dizia eu vendo o mais fabuloso corpo feminino do mundo ali à minha frente de um lado para o outro – Ainda ontem eu…
-Ainda ontem tu o quê? – Perguntou de repente a Cris, aproveitando-se do meu embaraço.
-Nada, nada…
-Podes dizer à vontade! Não é propriamente um segredo. – Atalhou o Abel – Aliás, eu e o Chico costumamos a usar os teus suspiros como banda sonora… Abre-nos o apetite!
A Cris ria à gargalhada…

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Published on July 21, 2015 00:19

July 17, 2015

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - II

II - Cavalgada invertida

-Alfredo?! Não esperávamos por ti tão cedo! – Exclamou o Francisco enquanto retirava a sua virilidade de dentro do Abel.
-Nota-se! – Respondi eu – Mas o que é que vocês estão a fazer?
-Bem, estávamos a fazer sexo… - Respondeu o Abel com um ar de quem acabou de ficar sem o seu chupa-chupa (nada de trocadilhos!)
-Mas vocês são gays?!?
-Bem,… Depende… - respondeu o Francisco.
-Depende?
-Da tua definição de Gay…
-Gajo que faz sexo com outro gajo?!
-Bem, se é essa a tua definição, então ya, acho que se pode dizer que somos gay…
-Mas… Há quanto tempo é que isto dura?
-Bem de há uns sete meses para cá. Nós íamos contar-te…
-Ai sim? Quando?
-Bem, por acaso hoje. Arranjamos um apartamento óptimo e vamos mudar-nos para a semana.
-Para a semana? Fosga-se! Mas como é que vou pagar a renda? Não é à toa que vos tinha a morar comigo… Eu, sozinho, não consigo e se vocês se mudam para a semana, e faltam quinze dias para o fim do mês, como é que vou fazer?
-Já tratámos de tudo por ti. – Respondeu o Abel – Pusemos um anúncio num jornal local e a tua primeira entrevista é às 18:30. – E passou-lhe um jornal para as mãos com um grande círculo em volta de um anúncio “Precisa-se de colegas de casa para dividir renda. Devem ter trabalho e um rabo bonito”.
-…e um rabo bonito?
-Escusas de agradecer. Agora nós vamos para o quarto acabar de fazer o que estávamos a fazer e tu vai-te preparando para as entrevistas, que nós assim que acabarmos vamos dar uma vista de olhos à casa nova.
Fiquei ali, sem saber o que dizer ou fazer enquanto eles se dirigiam para o quarto do Abel, todos nus. O Abel entrou e o Francisco ia a entrar quando parou e se voltou para mim:
-Ah, já agora, o teu estirador está partido!
-O meu estirador? Mas como é que isso aconteceu?
-Bem, foi um acidente! Parecia robusto, mas afinal não aguenta com dois homens adultos na posição da cavalgada invertida…

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Published on July 17, 2015 04:19

Como ser um garanhão (edição especial para Marrões)

I - Surpresa!!!!

-Alfredo?
Levantei os olhos do ecrã e lá estava ela, a minha chefe, com o seu ar de sempre.
-Sim? – Respondi meio receoso. Nem sequer sabia porque é que estava receoso, mas estava. Aliás, acho que é notório. Não lido bem com pessoas…
…Muito menos mulheres, diga-se! Sempre me intimidaram!
-Excelente trabalho! – disse ela apontando para o cartaz publicitário que lhe tinha mandado de manhã – Aliás, está tão bom e estou tão satisfeita que lhe dou o resto da tarde. Vá aproveitar o fim-de-semana. – Disse ela sorrindo. Depois virou-se e foi-se embora.
-Sortudo! – Disse o Asdrúbal, o gajo que está na mesa de desenho ao lado da minha – Já te vais pirar…
-Ya! Sortudo! – Respondi eu sem grande convicção!
Deixem-me apresentar-me. Chamo-me Alfredo, tenho vinte e nove anos, sempre fui um marrão, viciado em Manga (a banda-desenhada Japonesa, não o fruto) e tirei o curso de belas artes porque queria ser um desenhador de banda desenhada…
…Mas em vez disso sou um desenhador de painéis de publicidade!
O fim-de-semana para mim é uma seca! Bem, é e não é…
…É uma seca porque vejo os meus amigos todos a sair e a divertirem-se, mas eu não vejo grande sentido nisso. Passo os fins-de-semana a desenhar as minhas histórias. Pode ser que um dia tenha sorte de ter uma publicada, quem sabe…
Os meus colegas de casa, o Abel e o Francisco, com quem já divido a casa desde os tempos da faculdade, passam a vida a chatear-me para eu ir com eles dar uma volta à noite, para sair, conhecer pessoas…
…e eu até gostava, mas não vejo grande sentido em conhecer mais gajos e as mulheres intimidam-me. Não sou capaz de ter dois pensamentos coerentes ao pé de uma! Portanto mais vale dedicar-me ao que gosto, e deixar isso para trás. No fundo, se saísse, ainda acabava a ser gozado, ou assim…
E lá ia eu para casa, completamente desanimado com a minha falta de vida social para mais um fim-de-semana! Bem podia ter ficado no emprego! Ao menos sempre estava ocupado com qualquer coisa e não pensava na minha vidita patética!
E foi pedido nestes pensamentos que cheguei a casa, sem quase dar por isso.
Suspirei, meti a chave à porta, abri-a e…
…Fiquei sem reacção com o que vi!
No sofá da sala estavam o Abel e o Francisco todos nus, estando o Abel e quatro e o Francisco por trás dele, a fazerem sexo tão furiosamente que nem deram por eu abrir a porta!
Quando finalmente consegui dizer qualquer coisa, só me saiu um sonoro:
-Uat da faq?
E foi aí que eles deram por mim…

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Published on July 17, 2015 02:44

July 16, 2015

MÉNAGE



-Mas estamos aqui para nos olharmos ou para foder?
Fiquei sem qualquer reacção ao ouvir esta pergunta. Limitei-me olhar para a minha companheira e esperar por uma reacção dela.
Deixem-me falar-vos dessa minha companheira, que o foi ainda durante alguns anos. Um metro e setenta de mulher voluptuosa, loura, com o cabelo escorrido até ao fundo das costas, pele alva e que parecia cetim ao toque, rosto esculpido e lindo nos quais uns olhos castanhos luminosos residiam. Metaleira, tal como eu o era, usava sempre botas de “gaja” até ao joelho e, ou calças de ganga elásticas ou mini saias justas, um pouco acima do joelho e que deixavam pouco a descoberto daquelas pernas lindas, mas abriam o apetite de tentar descobrir o resto.
Já estava com ela há um ano e nunca tinha estado tanto tempo com alguém.
À nossa frente estava quem nos fez a pergunta.
Um metro e setenta e cinco do mais puro pedaço de mau caminho que já tinha visto. Cabelo preto e luzidio como as penas de um corvo, completamente liso e pelos ombros, com uma franja absolutamente direita pela altura das sobrancelhas perfeitamente desenhadas. Tez morena e um ar de miúda travessa e ao mesmo tempo de mulher absolutamente vivida, ou seja, a mulher mais perigosa que eu já conheci. Falava sempre com um tom de voz e uma pronúncia perfeita e com uma compostura que nunca se alterava. Tinha classe, muita classe. Era dona de um corpo esguio e curvilíneo que não deixava ninguém indiferente e era, nas suas próprias palavras “perfeita, absoluta e assumidamente puta”. Gostava de foder, e pronto. Mas sempre nos seus próprios termos. Não era engatada, engatava. Não era comida, comia.
Mas volto um pouco atrás, umas quantas horas.
Era o aniversário da minha companheira e combinamos estar com alguns amigos em casa. O objectivo era esperarmos por ela, visto que fazia um biscate como “barmaid” de um bar nas noites de fim-de-semana e só chegaria por volta das quatro da manhã.
O pessoal que era para aparecer cortou-se à última da hora, mas ela veio e ficou. Tinha-a conhecido duas semanas antes. Era amiga de uma amiga com quem eu tinha dado umas fodas valentes algum tempo antes. Ficamos amigos com uma velocidade espantosa e gostávamos realmente da companhia um do outro, de falarmos e trocarmos ideias.
Claro que não sou santo, e desde que a conheci que não me saia da cabeça a ideia de a levar para a cama, ou para o banco de trás do carro, ou para um banco de jardim, ou fosse para onde fosse, desde que a pudesse desfrutar. E fui-me apercebendo que a ideia não lhe desagradava de todo. No entanto havia a minha companheira que também se tinha tornado amiga dela e, por respeito, contínhamo-nos.
Nessa noite de Sábado, enquanto esperávamos pela minha companheira, vimos filmes, bebemos bem, muito bem mesmo, e, a partir das duas da manhã resolvemos jogar à copa. Regras simples: cada dez pontos acumulados faziam com que se tivesse de tirar uma peça de roupa. Uma vez que a dama de espadas por si só valia dez pontos, a cada ronda alguém tinha de tirar uma peça de roupa. O jogo acabava quando alguém já não tivesse mais roupa para tirar.
Parti em desvantagem, visto que tinha muito menos peças e adornos que ela, mas ainda assim ganhei o jogo. Consegui manter os meus boxers quando ela teve de tirar o seu fio dental preto de renda entre muitos protestos e choradinhos de “não me vais mesmo obrigar a ficar aqui nua à tua frente pois não?” e “não é justo, pá…”.
Escusado será dizer que não me levantei da cadeira. Se o fizesse o tesão que sentia e o estado em que estava enquanto a via fazer descer a peça de roupa ao longo das suas longas pernas seria notório e evidente.
-Pronto, estás satisfeito? – Disse ela, nua à minha frente com um olhar desafiador.
-Quase… - disse eu.
Pediu-me um robe para se tapar. Disse-lhe que havia um pendurado atrás da porta do quarto. Ela sorriu ao ver que não me levantava e olhou directamente para a minha zona genital.
-Gostava de te ter ganho o jogo…
-Porquê?
-Porque o resultado da vitória parecia ser interessante…
Rimo-nos. Ela pegou no robe e cobriu-se, muito contra a minha vontade.
Com isto passava já das quatro, estávamos alcoolicamente alegres, já tínhamos fumado uns charros e a minha companheira não havia meio de chegar.
-Olha, vou-me encostar um bocadinho na cama enquanto ela não chega. Estou cansada… Não te importas, pois não?
-Não, fica à vontade.
Ela foi e eu fiquei a ver televisão enquanto esperava.
Dez minutos depois resolvi levantar-me e fui espreitá-la ao quarto. Ela estava estendida por cima da colcha, com o robe aberto. Sentiu-me a abrir a porta do quarto, olhou para mim e fez um sorriso matreiro e doce. Eu entrei no quarto e sentei-me ao lado dela. Ela virou-se para mim. A minha mão foi direita ao seu peito enquanto os meus lábios se colaram aos dela. A sua mão foi direita ao volume que havia nos meus boxers.
A minha mão desceu do seu peito e passou pelo rabo firma antes de se depositar no seu imaculadamente depilado e soberbamente molhado sexo, afirmativamente esfomeado de atenção. A sua encontrou a abertura dos meus boxers e agarrava-me agora o sexo rubro de tesão, masturbando-o.
-Eu sabia que valia a pena ganhar o jogo… - disse quando separamos os lábios.
-Gostas?
-Bastante…
-Queres?
-Na coninha, que eu já estou tão quente que só me apetece foder.
Levantei-lhe a perna e aproximei-me. Ela, sem me largar guiou-me. Assim que sentiu a minha glande, puxou-me com a perna e encaixou-se toda em mim.
Só posso dizer uma coisa: que fêmea sublime.
E foi neste momento que ouvi a porta da rua a abrir…
“Oh puta de sorte…” pensei. “Não se podia ter atrasado mais meia hora …”
Sentei-me rapidamente ao fundo da cama e arrumei-me da melhor forma possível enquanto ela se limitou a cobrir-se com o robe.
O ar, sereno como sempre, não dava o mínimo indício de que segundos antes estava ser fodida por mim, o melhor que eu sabia e podia. Tirou um cigarro do maço que tinha deixado em cima da mesa-de-cabeceira e acendeu-o quando a minha companheira entrava no quarto.
-Só estão vocês os dois? – Perguntou ela com um olhar estranho, meio desconfiado.
-Só. – Respondi eu. – O resto do pessoal cortou-se…
-Yá, também só consegui chegar a esta hora. Caraças, pá, que noite estúpida.
-Então?
-Houve para lá porrada e meteu polícia e tudo…
-Mas está tudo bem contigo?
-Está. Só estou chateada por ter saído de lá tão tarde. E vocês?
-Olha, bebemos, fumamos, vimos filmes, jogamos à copa…
-Versão “strip” pelos vistos…
-Ya…
Nem era preciso camuflar ou negar. Já não era a primeira vez que jogávamos juntos, éramos adultos e sabia que ela não levava a mal. Se ela tivesse estado tínhamos jogado na mesma.
-E pelos vistos ganhaste tu…
-Foi.
A nossa convidada limitava-se a assistir à nossa conversa enquanto fumava calma e descontraidamente o seu cigarro.
-Bem, - disse a minha companheira – isto hoje foi complicado e estou mesmo a precisar de descansar umas horinhas. – Olhou directamente para mim – Vamos fechar os olhos por um bocadinho?
-Claro, se estas cansada…
E levantei-me da cama para a seguir. Ela saiu e quando eu ia a sair do quarto olhei para o monumento que apagava o cigarro e se espreguiçava na cama. Ela olhou-me com um sorriso, encolheu os ombros e piscou-me o olho.
Esticamo-nos em cima da cama do quarto ao lado. A minha companheira adormeceu quase de imediato. Já eu não conseguia. Parecia sentir humidade daquela sexo divinal a envolver-me. Limitei-me a ficar ali acordado.
Eram uma onze da manhã quando a porta do quarto abriu, ela espreitou e me viu acordado.
-Posso pedir-te um favor? – Perguntou num sussurro.
-Claro.
-Levas-me? Combinei um almoço com o meu pai e odiava faltar…
-Na boa, dá-me só um minuto para me vestir.
Entramos no carro e arrancamos. É mau hábito conduzir com a mão na alavanca da caixa de velocidades. É um mau hábito, eu sei, mas há piores. A mão dela veio depositar-se em cima da minha.
-És um gajo mesmo fixe, sabias?
-Deixa-te de tretas…
-Não, a sério… Porque é que quando conheço gajos como tu já estão apanhados?
Ri-me.
-Não te rias. Adoro mesmo falar contigo, pá.
-E eu contigo. Não és só uma gaja boa. Também és uma gaja boa, o que é muito diferente.
E era verdade. Disse-o com toda a sinceridade.
-És um querido. Eu não digo?
Chegamos a um semáforo vermelho. Parei e conforme o fiz virei-me para ela, as nossas bocas colaram-se e este beijo foi diferente dos outros de há pouco. Não era tanto a tesão que ainda estávamos a sentir um pelo outro, mas também a amizade e o carinho.
Quebramos o beijo forçadamente quando os carros atrás de nós começaram a buzinar.
-Onde é que queres que te deixe?
-Por mim, qualquer sítio nestas vizinhanças está bem…
-Tenho de ir ali ao supermercado. Ficas por ali?
-Pode ser…
Ainda não tinha puxado o travão de mão e já estávamos envolvidos na continuação do que fora interrompido lá atrás.
-Tens noção de que quero mesmo foder-te, independentemente do resto, não tens? – Perguntei-lhe.
-Se tenho. Aliás, senti bem essa noção há pouco.
-Pena que tenhas de almoçar com o teu pai. Podias ter almoçado connosco…
-Mas posso aparecer por lá a meio da tarde. Que é que achas?
-Acho bem.
Saímos do carro. Abraçamo-nos, eu envolvi-a, demos um beijo tórrido no meio da rua, ela passa a mão no meu rabo, apalpando-me descaradamente e diz:
-Então até logo. – Afastando-se em seguida.
O polícia que estava de serviço à porta do supermercado olhou para mim com um sorriso que tinha a legenda “Se soubesses a puta de inveja que tenho de ti…”
Eu devolvi o sorriso com outra legenda: “Quem pode, pode. Quem não pode, sai de cima…”
Eram umas quatro e meia da tarde quando ela apareceu. Ficamos sentados na sala a conversar os três, acerca de trivialidades e banalidades. A dada altura a minha companheira retirou-se para ir ao WC, e nós ficamos sozinhos. Não resisti, aproximei-me dela e beijei-a. Um beijo leve e solto, furtivo. Depois ficamos em silêncio a aguardar que a minha companheira voltasse.
Passaram uns dez minutos e não havia meio de ela voltar.
-Xiça, - disse eu – cá para mim caiu pela sanita…
Ela levantou-se.
-Eu vou lá ver…
E foi.
Aproveitei para fechar um pouco os olhos e descansar a vista, cansado como estava da directa que tinha feito. Devo ter perdido a noção do tempo, porque não sei mesmo quanto tempo passou.
Abri os olhos quando elas entraram na sala de mãos dadas. Passaram por mim, foram direitas ao quarto. A minha companheira olhou para mim e perguntou:
-Vens?
Pergunta estúpida, que nem mereceu resposta. Claro que fui.
Sentamo-nos os três na cama a olhar uns para os outros, eu completamente a leste. E eis que aparece a pergunta, pronunciada por ela com toda a naturalidade:
-Mas estamos aqui para nos olharmos ou para foder?
Fiquei estupefacto, a olhar para a minha companheira. Devo ter ficado lívido. Sem pinga de sangue na face, porque este desviou-se por completo para outra parte da minha anatomia que ficou “firme e hirta como uma barra de ferro” de repente.
A minha companheira olhou para mim e respondeu:
-Para foder, claro.
Dito isto agarrou-a e deu-lhe um beijo nos lábios e depois outro e depois um linguado e outro beijo e as bocas uniram-se e colaram-se e as peças de roupa começaram a voar para o chão do quarto e quando dei por isso tinha a minha companheira deitada de costas à minha frente a ser lambida e fodida, muito bem fodida por aquela mulher cheia de classe que tanto me apetecia.
Tirei a roupa, deitei-me de lado, ao lado da minha companheira e beijei-a, lambi-lhe e suguei-lhe o peito, lambi-lhe o pescoço, os lóbulos das orelhas. Ela só gemia enquanto me abraçava com um braço e com o outro segurava a cabeça dela enquanto ela lhe chupava o clítoris.
Ela, enquanto chupava a minha companheira, agarrou-me e começou a masturbar-me lentamente, com suavidade. Depois tirou a boca daquela sexo delicioso que eu tão bem conhecia e continuou a fodê-la com dois dedos enquanto me começou a chupar.
Que sensação fenomenal, estarmos os dois a ser fodidos por ela.
Depois largou-me por completo e dedicou-se à minha companheira por inteiro, lambeu, chupou, até que, por fim, a minha companheira não aguentando mais lhe inundou a boca com um orgasmo maravilhoso.
-És tão boa… - foram as primeiras palavras que a minha companheira disse quando conseguiu articular algo de inteligível.
Ainda não tinham terminado os espasmos quando ela saiu do meio das pernas e me puxou para o lugar onde tinha estado.
Enterrei o meu caralho naquela cona alagada sem quaisquer cerimónias, cego de tesão como estava. A minha companheira fervia.
-Queres comer a minha cona? – Perguntou ela à minha companheira? – Queres?
-Sim… - foi a resposta suspirada.
Ela pôs-se de pernas abertas por cima da boca da minha companheira que primeiro apenas timidamente mas depois com muita vontade começou a chupá-la enquanto me sentia a deslizar em si.
Ter aquelas mamas perfeitas à frente era mais do que uma tentação e eu ia-a beijando, chupando, lambendo, à medida que as minhas estocadas ficavam cada vez mais fortes.
As duas chegaram a um orgasmo quase simultâneo e eu não aguentei a tesão, vindo-me logo em. Sai de dentro dela ainda bem duro e a nossa convidada não se fez rogada, atirando-se a mim e fodendo-me com a boca, limpando-me na perfeição. Depois beijou a minha companheira, dando-lhe os nossos sabores.
De seguida deitaram-me na da cama.
-É a minha vez. – Disse enquanto se sentava fazendo-me entrar nela por inteiro. A minha companheira sorriu ao vê-la a começar a foder-me.
-Ele tem um caralho tão bom não tem?
-Divinal. – disse ela – Estava-me a saber tão bem hoje de manhã quando entraste…
-Desculpa ter interrompido.
-Não faz mal. Assim até foi bem melhor.
Eu estava nas nuvens e ao mesmo tempo estupefacto. Limitei-me a deixar-me ir na corrente. Também não conseguia pensar o suficiente para articular qualquer palavra, por isso…
A minha companheira levantou-se e pôs-se por cima da minha cara. Comecei de imediato a lambê-la e, elas beijavam-se e apalpavam-se e abraçavam-se e lambiam-se e desfrutavam-se…
Não há sensação igual a estar com duas mulheres assim. A sobrecarga sensorial era demais e não demoramos a ter outro orgasmo quase simultâneo.
Arrastei-me para fora da cama e acendi um cigarro enquanto elas se dedicaram a um sessenta e nove delicioso. O quarto tresandava a sexo e os orgasmos que elas iam tendo sem parar uns atrás dos outros. Finalmente recomposto, voltei a juntar-me a elas e continuamos.
Nesse dia jantámos à meia-noite fazendo um intervalo nas nossas actividades e voltamos para a cama.
Aquelas duas secaram-me por completo.
Já não estou com a minha companheira e nos últimos anos apenas a vi a ela duas ou três vezes, mas quando relembro isto tudo ainda sinto uma pena de não poder voltar atrás no tempo…

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Published on July 16, 2015 03:51

July 15, 2015

Ruivas

Quem me conhece sabe que eu tenho uma panca por ruivas!

É só mesmo uma panca, mas há, nessa panca, uma "santíssima" (salvo seja e muito pouco) trindade de ruivas no meu panteão!

Estas três ruivas eu amo de paixão

Deixo-voa, abaixo, dois exemplos do trabalho de cada uma delas. Não estão por nenhuma ordem especial.

Loreena McKennitt

Dizer que amo de paixão esta Canadiana que canta musica irlandesa misturada com quase tudo o que se possa imaginarm e amante de Portugal (tem uma música chamada "tango to Évora" e as fotos do seu Álbum "The Visit" foram feitas na Quinta das Torres em Palmela) é pouco. Conheci-a em 1995 enquanto ficava fascinado com o começo do filme "Jade" com Linda Fiorentino e David Caruso

A primeira música aqui é precisamente a do genérico desse filme.


Loreena McKennitt - Nights From The Alhambra from giorgoskappa on Vimeo. Loreena McKennitt - All Souls Night (Live) from Nesim Karanal on Vimeo.

Outra ruiva que amo de Paixão é esta: Tori Amos
A primeira vez que ouvi esta música, do seu primeiro album a solo, foi paixão imediata!Ainda não passou!


Tori Amos-Winter (Konser) from karye on Vimeo.


Tori Amos - Spark from Nadia on Vimeo.

E por último, a provável origem da panca: Kate Bush


The Sensual World of Kate Bush por osuperman



Kate Bush - Running Up That Hill - Official... por houstan-orgCuriosamente, acho-as mais sensuais todas vestidas que a maior parte das novas cantoras autotunadas que andam por aí quase despidas...Gostos...
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Published on July 15, 2015 05:43

July 14, 2015

Fotos enviadas por leitores que leram o post político

Imagem de um limão como (quase) qualquer outro!

os resultados do post:







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Published on July 14, 2015 07:15