C.N. Gil's Blog, page 66
July 31, 2015
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - XXX
XXX – Despertares!
A Cris acordou lentamente. Mas dor de cabeça da ressaca cai-lhe em cima, de repente, cmo uma parede! Abriu os olhos!
“Mas onde raio é que eu estou?”
Resolveu levantar-se uma vez que havia necessidades biológicas urgentes a tratar. Tinha um gajo ao lado dela na cama!
“Caneco!!!”
Virou-se para o outro lado e tinha outro gajo com ela na cama!
As necessidades passaram para segundo plano! A ressaca também!
“Mas,… mas,…!”
A memória foi avivando, devagar, não muito precisa, mas alguns pormenores a virem misturados à superfície, o bar, o brinde, a conversa, o ir para casa do João, o continuar a beber, falar acerca da Lita, das pernas da Lita, do rabo da Lita, das mamas da Lita, o ambiente a aquecer, os beijos, os apalpões, o seu desafio…
Abriu de repente muito os olhos!
“Não!”
Conseguiu erguer-se para cima dos cobertores e deslizar até sair da cama…
…as necessidades biológicas voltaram, a dor de cabeça também, o telemóvel estava à vista, agarrou-o e seguiu para a casa de banho, sentou-se na sanita e foi ver as fotos que tinha tirado…
…e uma a seguir à outra confirmavam aquilo que a sua memória tinha retido de forma fugaz! Tinha sido um ménage! Com os dois! Tinha-os convencido e tudo, de toda a gente tinha estado em tudo de toda a gente!
“Ai!” pensou ela comovida “A melhor noite da minha vida!”
Saiu da casa de banho com um sorriso luminoso nos lábios e descobre de imediato que o João também se levantara.
-Bom dia! – disse baixinho para não acordar o Eleutério que ainda dormia, e para não perturbar demasiado a sua dor de cabeça!
-Bom dia! – respondeu o João com um sorriso!
-Tens uma aspirina?
-Ya, também preciso de uma!
Enquanto ele foi buscar a aspirina ela vestiu-se rapidamente. Quando ele voltou com um copo de água e um comprimido ela já estava pronta para sair.
-Já vais? – perguntou ele com alguma tristeza no olhar.
-Já, já vou indo!
-Se quiseres esperar mais um bocado eu levo-te…
-Não é preciso, eu apanho um táxi!
Ele ficou tristonho.
-Ah! Ok…
-Não fiques assim! Liga-me mais logo, para jantarmos ou assim…
-Mesmo? – perguntou ele com um sorriso a voltar-lhe aos olhos.
-Mesmo! Definitivamente, mesmo!
Ele ficou a olhar para ela, durante uns segundos, o olhar pareceu esmorecer um bocadinho quando ele perguntou:
-E levo-o? – apontando para a cama onde o Eleutério dormia.
-Não! É um jantar a dois. A não ser que prefiras…
Ele sorriu.
-Não. Fico muito mais feliz com um jantar a dois.
Ela chegou-se ao pé dele, deu-lhe um xoxo nas beiças e arrancou.
O sol ainda não tinha nascido!
***
Acordei!
Não sei se dormi com um sorriso nos lábios, mas a verdade é que nunca me tinha sentido tão bem!
Levantei-me, cuidei de mim, fui para a cozinha onde estava a Lita com uma camisa de noite estupidamente sensual!
-Bom dia!
-Boom diia! - respondeu ela com um enorme sorriso, daqueles capazes de derreter um glaciar.
-A Cris?
-Aiinda deve estar deitada! Deei poor ela a eentrar à poouco…
E ela chega-se ao pé de mim, com um prato, serve-me e ao baixar-se quase enfiou as mamas na minha cara…
Olhei para o prato!
O prato consistia numa torre de panquecas ornamentadas com frutas frescas e frutos secos, com um top de chantilly e uma cereja por cima!
-Mas porque é que tenho o prato assim tão, cheio e ornamentado?
Enquanto comia relembrava a noite anterior!
“Bem, esse tornado centrifugador matou-me!” – Entretanto acabei de comer - “Acho que nem consigo andar! Agora sou eu que me sinto mal da tua primeira vez ter sido tão curta…”
-Queres repetir?
-Não, tudo bem, acho que também não te ia fazer passar por isso agora. – respondi eu, ainda imerso nos meus pensamentos, e só despertei deles quando a Lita insistiu:
-Vêe lá. Paara mim é um gosto fazer-te maais panquecas, se quiiseres…
Fiquei um pouco envergonhado, mas acho que ela nem se apercebeu que a minha primeira resposta não era bem a ela…
-Não, tudo bem, estou cheio! Estava maravilhoso, Lita! Obrigado!
-De nada. Bem aassim sendo vou toomar o meeu duche… Soziinha… Nua…
-Mas,… Mas não é assim que costumas tomar os teus duches?
***
O sol quente batia-lhe na pele! O despertar, foi lento, os olhos não queriam abrir, a dor de cabeça da ressaca era enorme…
Ao fundo o barulho das ondas do mar suavizava a dor. O cheiro a maresia…
Abriu os olhos devagar, foi-se habitanto à luz. Estranhou a cama. Esticou o braço, sentiu areia!
“Mas onde é que eu estou?” pensava a Sara de si para si.
Forçou-se a levantar-se abriu os olhos e estava de frente para o mar, numa praia paradisiaca cheia de palmeira e coqueiros onde a linha de praia acabava!
“Mas que raio…?”
O pânico instalou-se!
-Bueños dias, cariño!
-Carmen! Mas o que é que se passa? Onde é que estamos?
-Nas Bahamas.
-Nas Bahamas? Mas,… mas… Como é que…
- Ayer bebió un poco , tuve que verme sin embargo, usted insistió en venir y estamos aqui!
-Então e o meu emprego? E…
-Bem, ontem não pareces ter pensado nisso!
Entretanto um tipo bem parecido, todo estiloso, de cabelo comprido chega-se ao pé de Carmen.
-Carmen, darling, who is this precious gem? – perguntou apontando para mim!
-Just a friend that came along from my last shot!
-My God! Is she a model?
-No i don’t think so…
-But she is lovelly!
A Sara ficou parada a olhar para os dois.
-Carmen,… - perguntou timidamente - …quem é este tipo?
-És el muy famoso fotografo de moda, John Forsythe. Vine a trabajar com él…
-Do you speak english, my dear? – perguntou ele directamente à Sara!
-Yes, a little bit…
-Where are you from?
-Portugal!
-Portugal? Where is that?
-It´s a small country, next to Spain!
-Oh! Lovelly! You are simply precious!
-Carmen, o que se passa?
- No seas rudo! Él le gusta!
-Look at this beutifull red hair. Is it natural?
-Yes…
-And all those freckles… Honney, how would you like to be a fashion star?
A Cris acordou lentamente. Mas dor de cabeça da ressaca cai-lhe em cima, de repente, cmo uma parede! Abriu os olhos!
“Mas onde raio é que eu estou?”
Resolveu levantar-se uma vez que havia necessidades biológicas urgentes a tratar. Tinha um gajo ao lado dela na cama!
“Caneco!!!”
Virou-se para o outro lado e tinha outro gajo com ela na cama!
As necessidades passaram para segundo plano! A ressaca também!
“Mas,… mas,…!”
A memória foi avivando, devagar, não muito precisa, mas alguns pormenores a virem misturados à superfície, o bar, o brinde, a conversa, o ir para casa do João, o continuar a beber, falar acerca da Lita, das pernas da Lita, do rabo da Lita, das mamas da Lita, o ambiente a aquecer, os beijos, os apalpões, o seu desafio…
Abriu de repente muito os olhos!
“Não!”
Conseguiu erguer-se para cima dos cobertores e deslizar até sair da cama…
…as necessidades biológicas voltaram, a dor de cabeça também, o telemóvel estava à vista, agarrou-o e seguiu para a casa de banho, sentou-se na sanita e foi ver as fotos que tinha tirado…
…e uma a seguir à outra confirmavam aquilo que a sua memória tinha retido de forma fugaz! Tinha sido um ménage! Com os dois! Tinha-os convencido e tudo, de toda a gente tinha estado em tudo de toda a gente!
“Ai!” pensou ela comovida “A melhor noite da minha vida!”
Saiu da casa de banho com um sorriso luminoso nos lábios e descobre de imediato que o João também se levantara.
-Bom dia! – disse baixinho para não acordar o Eleutério que ainda dormia, e para não perturbar demasiado a sua dor de cabeça!
-Bom dia! – respondeu o João com um sorriso!
-Tens uma aspirina?
-Ya, também preciso de uma!
Enquanto ele foi buscar a aspirina ela vestiu-se rapidamente. Quando ele voltou com um copo de água e um comprimido ela já estava pronta para sair.
-Já vais? – perguntou ele com alguma tristeza no olhar.
-Já, já vou indo!
-Se quiseres esperar mais um bocado eu levo-te…
-Não é preciso, eu apanho um táxi!
Ele ficou tristonho.
-Ah! Ok…
-Não fiques assim! Liga-me mais logo, para jantarmos ou assim…
-Mesmo? – perguntou ele com um sorriso a voltar-lhe aos olhos.
-Mesmo! Definitivamente, mesmo!
Ele ficou a olhar para ela, durante uns segundos, o olhar pareceu esmorecer um bocadinho quando ele perguntou:
-E levo-o? – apontando para a cama onde o Eleutério dormia.
-Não! É um jantar a dois. A não ser que prefiras…
Ele sorriu.
-Não. Fico muito mais feliz com um jantar a dois.
Ela chegou-se ao pé dele, deu-lhe um xoxo nas beiças e arrancou.
O sol ainda não tinha nascido!
***
Acordei!
Não sei se dormi com um sorriso nos lábios, mas a verdade é que nunca me tinha sentido tão bem!
Levantei-me, cuidei de mim, fui para a cozinha onde estava a Lita com uma camisa de noite estupidamente sensual!
-Bom dia!
-Boom diia! - respondeu ela com um enorme sorriso, daqueles capazes de derreter um glaciar.
-A Cris?
-Aiinda deve estar deitada! Deei poor ela a eentrar à poouco…
E ela chega-se ao pé de mim, com um prato, serve-me e ao baixar-se quase enfiou as mamas na minha cara…
Olhei para o prato!
O prato consistia numa torre de panquecas ornamentadas com frutas frescas e frutos secos, com um top de chantilly e uma cereja por cima!
-Mas porque é que tenho o prato assim tão, cheio e ornamentado?
Enquanto comia relembrava a noite anterior!
“Bem, esse tornado centrifugador matou-me!” – Entretanto acabei de comer - “Acho que nem consigo andar! Agora sou eu que me sinto mal da tua primeira vez ter sido tão curta…”
-Queres repetir?
-Não, tudo bem, acho que também não te ia fazer passar por isso agora. – respondi eu, ainda imerso nos meus pensamentos, e só despertei deles quando a Lita insistiu:
-Vêe lá. Paara mim é um gosto fazer-te maais panquecas, se quiiseres…
Fiquei um pouco envergonhado, mas acho que ela nem se apercebeu que a minha primeira resposta não era bem a ela…
-Não, tudo bem, estou cheio! Estava maravilhoso, Lita! Obrigado!
-De nada. Bem aassim sendo vou toomar o meeu duche… Soziinha… Nua…
-Mas,… Mas não é assim que costumas tomar os teus duches?
***
O sol quente batia-lhe na pele! O despertar, foi lento, os olhos não queriam abrir, a dor de cabeça da ressaca era enorme…
Ao fundo o barulho das ondas do mar suavizava a dor. O cheiro a maresia…
Abriu os olhos devagar, foi-se habitanto à luz. Estranhou a cama. Esticou o braço, sentiu areia!
“Mas onde é que eu estou?” pensava a Sara de si para si.
Forçou-se a levantar-se abriu os olhos e estava de frente para o mar, numa praia paradisiaca cheia de palmeira e coqueiros onde a linha de praia acabava!
“Mas que raio…?”
O pânico instalou-se!
-Bueños dias, cariño!
-Carmen! Mas o que é que se passa? Onde é que estamos?
-Nas Bahamas.
-Nas Bahamas? Mas,… mas… Como é que…
- Ayer bebió un poco , tuve que verme sin embargo, usted insistió en venir y estamos aqui!
-Então e o meu emprego? E…
-Bem, ontem não pareces ter pensado nisso!
Entretanto um tipo bem parecido, todo estiloso, de cabelo comprido chega-se ao pé de Carmen.
-Carmen, darling, who is this precious gem? – perguntou apontando para mim!
-Just a friend that came along from my last shot!
-My God! Is she a model?
-No i don’t think so…
-But she is lovelly!
A Sara ficou parada a olhar para os dois.
-Carmen,… - perguntou timidamente - …quem é este tipo?
-És el muy famoso fotografo de moda, John Forsythe. Vine a trabajar com él…
-Do you speak english, my dear? – perguntou ele directamente à Sara!
-Yes, a little bit…
-Where are you from?
-Portugal!
-Portugal? Where is that?
-It´s a small country, next to Spain!
-Oh! Lovelly! You are simply precious!
-Carmen, o que se passa?
- No seas rudo! Él le gusta!
-Look at this beutifull red hair. Is it natural?
-Yes…
-And all those freckles… Honney, how would you like to be a fashion star?
Published on July 31, 2015 08:53
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - XXIX
XXIX – Um brinde à Elita Svenson!
Enquanto tudo isto se passava, o João estava sentado no mesmo bar do dia anterior, completamente deprimido. Volta e meia levantava a cabeça e via o Eleutério que se arrastava penosamente de um lado para o outro.
Findo o seu turno, Eleutério despiu a farda e juntou-se a ele, no balcão! E beberam em silêncio. E depois beberam mais. E depois continuaram a beber. Ambos os dois deprimidos, com as lágrimas a escorrer timidamente pelo canto dos olhos, as do João mais disfarçadas do que do Eleutério por uns óculos escuros.
De repente, o João saca do telemóvel e manda um SMS à Lita.
-Não pode ser verdade! – disse ele para o Eleutério enquanto escrevia uma simples pergunta “É verdade?”…
…e recebe, quase logo a seguir um “Desculpa!” como resposta e desatam os dois a chorar profusamente:
-Porquê? Porquê? – perguntava o Eleutério desconsolado.
-Será que ela não percebe que nós temos sentimentos?
E abraçaram-se reconfortando-se um ao outro na dor comum!
Quando se recompõem minimamente, o João agarra no seu copo, ergue-o, volta-se para o Eleutério e diz:
-Seja como for, um brinde à Elita Svenson!
-À Elita Svenson! – responde o Eleutério.
-Eu bebo a isso… - diz uma outra voz, feminina, juntando o copo aos deles! Era a Cris!
-Mas tu tabém…
-Não! Quer dizer… Bem, é complicado!
E lá ficaram os três a falar acerca do assunto comum, e assim ficaram até o bar fechar e eles terem de sair, altura em que o João perguntou se não queriam ir até casa dele, e foram os três…
***
Já era bem tarde quando a… a… a rapariga que estava comigo acordou, depois de desfalecer exausta!
Abriu os olhos de repente, como que assustada por alguma coisa, olhou para mim, ficou com uma expressão triste e disse:
-Não devíamos ter feito isto…
-Como assim?
-Pá, tu estavas como uma espécie de paciente meu… E devia estar a tentar ajudar-te e… estraguei tudo!
-Não, não estragaste! Aliás, acho que nunca esteve tudo tão bem comigo…
-Mas… Não devíamos! Eu…
Levantou-se de repente!
-Desculpa, eu não posso ficar!
-Mas passou-se alguma coisa? Fiz algo errado?
-Não, o problema não és tu… - “é a minha tese”!
E saiu de repente, sem quase me dar a oportunidade de lhe tentar dizer mais alguma coisa!
“Será que há alguma mulher no mundo que seja uma pessoa normal?” perguntei-me!
Mas entretanto estava cansado, a minha mandibula doía, e eu deixei-me arrastar para um delicioso sonho retemperador! Apesar de tudo, neste momento, tudo estava bem!
Enquanto tudo isto se passava, o João estava sentado no mesmo bar do dia anterior, completamente deprimido. Volta e meia levantava a cabeça e via o Eleutério que se arrastava penosamente de um lado para o outro.
Findo o seu turno, Eleutério despiu a farda e juntou-se a ele, no balcão! E beberam em silêncio. E depois beberam mais. E depois continuaram a beber. Ambos os dois deprimidos, com as lágrimas a escorrer timidamente pelo canto dos olhos, as do João mais disfarçadas do que do Eleutério por uns óculos escuros.
De repente, o João saca do telemóvel e manda um SMS à Lita.
-Não pode ser verdade! – disse ele para o Eleutério enquanto escrevia uma simples pergunta “É verdade?”…
…e recebe, quase logo a seguir um “Desculpa!” como resposta e desatam os dois a chorar profusamente:
-Porquê? Porquê? – perguntava o Eleutério desconsolado.
-Será que ela não percebe que nós temos sentimentos?
E abraçaram-se reconfortando-se um ao outro na dor comum!
Quando se recompõem minimamente, o João agarra no seu copo, ergue-o, volta-se para o Eleutério e diz:
-Seja como for, um brinde à Elita Svenson!
-À Elita Svenson! – responde o Eleutério.
-Eu bebo a isso… - diz uma outra voz, feminina, juntando o copo aos deles! Era a Cris!
-Mas tu tabém…
-Não! Quer dizer… Bem, é complicado!
E lá ficaram os três a falar acerca do assunto comum, e assim ficaram até o bar fechar e eles terem de sair, altura em que o João perguntou se não queriam ir até casa dele, e foram os três…
***
Já era bem tarde quando a… a… a rapariga que estava comigo acordou, depois de desfalecer exausta!
Abriu os olhos de repente, como que assustada por alguma coisa, olhou para mim, ficou com uma expressão triste e disse:
-Não devíamos ter feito isto…
-Como assim?
-Pá, tu estavas como uma espécie de paciente meu… E devia estar a tentar ajudar-te e… estraguei tudo!
-Não, não estragaste! Aliás, acho que nunca esteve tudo tão bem comigo…
-Mas… Não devíamos! Eu…
Levantou-se de repente!
-Desculpa, eu não posso ficar!
-Mas passou-se alguma coisa? Fiz algo errado?
-Não, o problema não és tu… - “é a minha tese”!
E saiu de repente, sem quase me dar a oportunidade de lhe tentar dizer mais alguma coisa!
“Será que há alguma mulher no mundo que seja uma pessoa normal?” perguntei-me!
Mas entretanto estava cansado, a minha mandibula doía, e eu deixei-me arrastar para um delicioso sonho retemperador! Apesar de tudo, neste momento, tudo estava bem!
Published on July 31, 2015 05:44
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - 100!
...e, para comemorar o facto de o ficheiro do word onde isto está a ser escrito ter chegado às 100 páginas, informo-vos que o ficheiro do word onde isto está a ser escrito chegou às 100 páginas!
Como curiosidade, ficáide a saber que foi precisamente na página 100...
(quem não perceber esta frase, leio o post anterior)
Mais ainda, na antecipação da completude deste texto, faço-vos uma proposta: Que fazermos um jantar a seguir a isto acabar?
O plano é simples: eu faço um jantar em minha casa, cada um de vós faz na vossa e, depois de pronto, comemos!
Entretanto tiramos uma foto ao prato comemorativo e trocamos as fotos dos respectivos jantares comemorativos! Que é que dizem? Hã?
(sim, eu costumo ter ideias quase tão parvas como esta, mas esta também me parece interessante...
...é que poupa o stress do trânsito...
...do estacionamento...
...de arranjar local para os comensais...
...basicamente, é só vantagens!)
...Bem, ou então não...
Cris
Como curiosidade, ficáide a saber que foi precisamente na página 100...
(quem não perceber esta frase, leio o post anterior)
Mais ainda, na antecipação da completude deste texto, faço-vos uma proposta: Que fazermos um jantar a seguir a isto acabar?
O plano é simples: eu faço um jantar em minha casa, cada um de vós faz na vossa e, depois de pronto, comemos!
Entretanto tiramos uma foto ao prato comemorativo e trocamos as fotos dos respectivos jantares comemorativos! Que é que dizem? Hã?
(sim, eu costumo ter ideias quase tão parvas como esta, mas esta também me parece interessante...
...é que poupa o stress do trânsito...
...do estacionamento...
...de arranjar local para os comensais...
...basicamente, é só vantagens!)
...Bem, ou então não...

Cris
Published on July 31, 2015 04:35
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - XXVIII
XXVIII – “O melhor amante do mundo?!”
Claro que, assim que os meus pensamentos ficaram mais claros, fiquei pior que estragado! E ainda mais confuso!
Entrei no metro, que àquela hora já só passava quando Deus queria, se quisesse, sentei-me num banco, na estação deserta e a única coisa que me ocorria era um “Mas Porquê?” gritado em silêncio dentro da minha cabeça!
Não estava a ser nada fácil lidar com esta bagunça! Era confusão a mais! Tanta que eu já nem sabia ao certo quem era nem o que devia fazer! Sentia-me completamente perdido, desesperado!
Como se não bastasse, parecia que andava mergulhado num filme porno com um enredo intrincadíssimo em que toda a gente andava a fazer tudo com toda a gente, menos eu!
E depois aconteciam-me as coisas mais parvas, como esta ultima! Isto não podia ser real! De repente pôs-se-me a hipótese de ser um sonho! Belisquei-me com força no braço e…
…fiquei com uma beliscadura!
Deitei-me no banco e acho que, sem sequer dar por isso me encolhi todo. Queria desaparecer!
-Está bem? – perguntou-me uma voz.
Abri os olhos e era uma rapariga. Mais uma rapariga! Não respondi!
-Não me parece bem… Posso fazer alguma coisa por si? – Insistiu ela!
Abri os olhos e ia responder “Só quero ficar em paz” quando reparei que ela segurava nas mãos uma famosa revista masculina e na capa estava…
…a Tisha Montes!
Passei-me! Para surpresa dela, arranquei-lhe a revista das mãos e, meio ensandecido, desfi-la completamente em pedaços! E depois caí em mim!
-Desculpe! A sério desculpe, não sei o que me deu…
Ela olhava para mim incrédula!
-…essa revista era para entregar ao meu patrão amanhã…
-Eu pago a revista! Ou, se quiser, vamos à procura de uma papelaria que eu compro-lhe outra… A sério, desculpe, eu não tinha intensão…
Ela só ficou a olhar para mim com um ar de… pena!
-Você deve odiar muito a Tisha Montes, não?
-Não, não é nada disso! – e desatei a chorar – Acho que preciso de ajuda!
Ela sorriu!
-Eu sou psicóloga… - “ou quase” pensou “pelo menos serei quando acabar a tese” - …e se precisar de ajuda…
Fiquei a olhar para ela, sem saber o que dizer.
-Preciso,… - acabei por responder - …acho que preciso mesmo!
Ela sentou-se ao meu lado e eu comecei a contar-lhe tudo!
E como sabem, a história não é pequena…
***
A Sara não perdeu tempo! Assim que saiu da casa do Chico ligou à Lita.
-Estavas a falar a sério quando sugeriste o jantar?
-Siim, claaro! Porquê?
-Estava a pensar… Se me quisesses ajudar a fazer o jantar, podias ir ter a minha casa…
Lita sorriu e corou ligeiramente.
-Qualqueer coisa aassim tipo, um jantar… iintimo?
-Sim, qualquer coisa do género…
-Está combinaado! Eu levo o vinho…
-Fico à tua espera…
-Aaté já…
Correu ao supermercado para ir buscar ingredientes e deu consigo quase a saltitar ao longo da rua, como se fosse uma garota, embora bem lá no fundo houvesse uma ansiedade estranha.
Eram sete e meia quando a campainha da porta tocou…
***
Jantava com ela num pequeno restaurante que estava aberto perto do quiosque onde lhe comprei uma revista para substituir a que lhe tinha rasgado.
Ela ouvia-me com um ar fascinado. Mal eu sabia que na cabeça dela tentava absorver todos os pormenores do que lhe contava e só pensava “Meu Deus, obrigada por me mandares a minha tese embrulhada com um lacinho”.
Ela ia-me incitando em contar-lhe o que me stressava, as minhas dúvidas, as inseguranças que sentia e eu fui-me abrindo, abstraindo-me completamente do facto de ela ser uma rapariga.
Depois do jantar ainda ficamos um bom bocado no restaurante até que começou a ficar tarde. Chamamos um táxi para irmos para casa. A minha ficava mais perto, portanto não fazia sentido pagar mais para a deixar em casa primeiro. Pelo caminho fomos falando, o que provocou alguns olhares estranhos por parte do motorista, e sem quase dar por isso, cheguei!
Foi ela quem falou primeiro.
-Dás-me o teu número?
-Mas claro. Olha, diz-me o teu que eu dou-te um toque e assim ficamos já com os dois números… - e assim fizemos!
-Temos de fazer isto mais vezes – “e vais ver que te vou pôr essa cabeça direita!” acrescentou em pensamento!
-Mesmo?
-Sim, claro!
-Estava a saber bem falar contigo!
-E a mim também…
E então fiz algo inusitado!
-Queres entrar por um bocado? Podemos chamar outro táxi mais tarde…
E depois veio a resposta improvável, dada por interesse próprio dela, coisa que há altura eu desconhecia!
-Sim!
E saímos do táxi!
***
Sara abriu a porta e ficou estática, sem palavras, sem sequer pensamentos. À sua frente, aquela mulher que normalmente, a cada segundo do dia, transpirava sensualidade, estava impossivelmente deslumbrante, tanto que qualquer mulher se sentiria diminuída à sua frente!
Lita olhou para ela e sorriu. “Ficoou tão giira ao veer-me… Tal e qual coomo os rapazes” pensou contente.
-Troouxe o viinho!
Sara despertou finalmente.
-Entra! - e ela entrou e assim que Sara fechou a porta roubou-lhe um beijo, o que pôs um sorriso nos lábios de Sara!
-Aainda estás a cozinhaar?
-Sim, anda comigo para a cozinha!
Entraram na cozinha, Lita pousou o vinho na bancada e Sara foi directa ao tacho para o mexer.
-Queeres ajuda a coozinhar?
-Se quiseres ajudar… - respondeu a Sara – Mas está quase… - assustou-se ao sentir o corpo de Lita encostado ao seu.
-Tás nua?
-See te viinha aajudar nãão ia aarriscar a suujar o vestido, nãão achas…
-Claro… - sorriu a Sara.
O jantar ficou pronto num ápice e Sara acabou por imitar Lita, tando jantado nuas.
Brincaram, riram-se, divertiram-se, comeram, beberam e parecia que de alguma maneira iam adiando o inadiável, até ao momento em que se tornou inevitável e beijaram-se sentiram-se, tocaram-se…
…mas algo não estava bem!
E ambas foram percebendo isso até ser demasiado óbvio!
-Iisto não eesta beem, poois nãão?
Sara sorriu com pena.
-Pois não! Não queria dizer nada, para não pensares que era algum problema teu… Não é. És linda, és deslumbrante e eu adoro-te… Mas…
-Maas estaamos nisto e estaamos a peensar em gaajos…
Sara riu-se.
-Pois, é isso!
-Saabes, aacho que nãão somos Lesbik!
Acabaram por se rir, ficaram a falar e a desfrutar da companhia uma da outra. A lita recebeu um SMS do João a perguntar “É verdade” e só respondeu “desculpa” e continuou a conversa até que era tarde e teve de ir embora. Despediram-se com um abraço e Lita partiu!
Apesar de ser tarde, Sara sentia-se em brasa e resolveu sair. Não ia à procura de nada, mas precisava de um escape… Acabou por ir a uma discoteca, para dançar e encontrou a Carmen…
***
Já não sei do que falávamos, até porque falamos de tanta coisa nessa noite… Já não era só ela a encorajar-me a falar, era mais que isso… mas, dizia, já não sei do que falávamos e falamos de mamas.
-Os gajos são obcecados por mamas grandes, não é?
-Um bocado…
-Pois… eis algo que eu nunca tive…
-Mas não és menos sexy por isso…
-Não? Achas mesmo?
-Acho! É verdade que umas mamas grandes fazem um decote espectacular, mas por exemplo, as tuas são jeitosas… cabem na mão…
Dizia isto com à vontade. Sem preocupações. Estava a ser verdadeiro.
Ela corou.
-Achas mesmo?
Acho que nem me apercebi do quanto isso era um problema para ela.
-Acho, acho mesmo!
Pelos vistos era mesmo, mesmo importante para ela, que de repente se manda para cima de mim e me dá um beijo, para minha enorme surpresa e depois para, olha para mim envergonhada – Desculpa! – diz-me com o ar mais tímido do mundo enquanto tenta esconder o seu olhar do meu que é apenas de incredulidade, mas olha para mim novamente, e repetimos o beijo, com mais intensão, mais vontade e as mãos não conseguem ficar quietas e as caricias acontecem, mõas que se tocam e cruzam e deslizam – Queresparar? Eunãoqueropararmasse tuquiseresparamos – diz ela com a voz tremula – Eunãoqueroparar – respondo e os beijos tornam-se mais sedentos, mais ávidos, as mão, mais afoitas, aventuram-se por baixo das roupas que teimam em atrapalhar e começam a ser descartadas, peça a peça, e o toque da pele torna-se electrizante e ela toca-me, agarra-me, guia-me, entrega-se a mim, faz-me deslizar para dentro de si, suspira, fecha os olhos, abandona-se – Ai, Faz-me esquecer o meu nome… -diz ela…
…e ocorreu-me, de repente, a pergunta “mas afinal como é que te chamas?”…
…e quando me sente por inteiro dentro dela começa num com um ondular de ancas que me faz perder a razão…
-Eu…
…e ela faz-se penetrar mais fundo…
-…já…
…ele respira cada vez mais profundamente…
-…não…
…ela olha-me e dá um pequeno grito de prazer…
-…sou…
…ela acelera o ritmo…
-…VIIIIRGEEEEEEM!
E pronto! Foram os melhores 32 segundos da minha vida!
Ela, assim que ouviu isto saiu de cima de mim, ficou a olhar para mim com os olhos arregalados!
-Tu és virgem?
-Bem, agora já não!
-Meu Deus! Mas… Porque é que não me disseste?
-Devo ter dito, algures ao longo da noite…
-Não! Não disseste! Acho que um pedaço de informação desses não passava despercebido…
-Bem, não sei, mas…
-Isso explica tanto do que me disseste…
Ficamos em silêncio por um bocado. Por fim fui eu quem falou.
-Desculpa!
-Por não me dizeres que eras virgem?
-Por isso, por não ter sido melhor…
-Mas foi bom, eu também…
-Não, não chegaste lá…
-Pois não!
Mais um silêncio constrangedor, até que, de repente me lembrei daquilo que a Cris me tinha dito que a Tisha lhe tinha dito!
-Bem, talvez ainda eu possa,… reciprocar…
-Reciprocar?
-Sim! Eu conheço uma técnica oral que, aparentemente, tem a capacidade de deixar as mulheres loucas! Chama-se “Tornado Centrifugador”!
-Ah! Sabes, não te devias iludir dessa forma…
-Que forma?
-O haver uma técnica milagrosa.
-Perdes alguma coisa em experimentar?
-Bem, não… Se queres mesmo…
-Quero! Mas não esperes que.. OOOOOOOOOOOOOOOOOOAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!
***
A Lita entrava em casa, nesse momento, ainda a pensar na sua noite.
Muita coisa estava misturada na sua cabeça. Por um lado, estava contente por tudo se ter tornado claro, por outro extremamente triste ao perceber que, afinal a solução do seu problema não passava por experimentar algo diferente…
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! MEEEEEEEEEEEEEEEEEUUUUUUUUUUUUU DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUUUUUUUUUUUUUUSSSSSSSSSSSSSS! VAIS-ME… FAZER… AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Ficou surpreendida! O barulho vinha do meu quarto!
-Vou ter outro orgasmo… eu não acred… AH, AH, AH, AAAAAIIIIIIIIIIIIIIIII!
Será que a Cris estava com alguém, no meu quarto? Enfim, sortuda da Cris…
-Ai, ALFREDO, ÉS O MELHOR… AH, AH,… AMANTE… AIIIIIIIIIIIII, DO MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!
“O Freddy! O Freddy é o melhor amante do mundo?!” pensou! “Não, não é po…”
-Ai, Ai,Ai, Ai,Ai, AHHHHHHHHHHHHHHHH! Nãããããããão é possível AHHHHHHHHHHHH!”
A Lita estava em transe, quase! Fosse quem fosse tinha tido quatro orgasmos em pouco mais do que um minuto, e, aparentemente, a coisa não iria ficar por aí…
…Que inveja!
Entristeceu!
Foi-se deitar, ainda ao som de uma sinfonia que parecia estar para durar. Os orgasmos sucediam-se em catadupa, com o meu nome a ser gritado, por vezes a plenos pulmões!
Na cabeça da Lita, de repente, começa-se a formar a pergunta:
-E se…?
Claro que, assim que os meus pensamentos ficaram mais claros, fiquei pior que estragado! E ainda mais confuso!
Entrei no metro, que àquela hora já só passava quando Deus queria, se quisesse, sentei-me num banco, na estação deserta e a única coisa que me ocorria era um “Mas Porquê?” gritado em silêncio dentro da minha cabeça!
Não estava a ser nada fácil lidar com esta bagunça! Era confusão a mais! Tanta que eu já nem sabia ao certo quem era nem o que devia fazer! Sentia-me completamente perdido, desesperado!
Como se não bastasse, parecia que andava mergulhado num filme porno com um enredo intrincadíssimo em que toda a gente andava a fazer tudo com toda a gente, menos eu!
E depois aconteciam-me as coisas mais parvas, como esta ultima! Isto não podia ser real! De repente pôs-se-me a hipótese de ser um sonho! Belisquei-me com força no braço e…
…fiquei com uma beliscadura!
Deitei-me no banco e acho que, sem sequer dar por isso me encolhi todo. Queria desaparecer!
-Está bem? – perguntou-me uma voz.
Abri os olhos e era uma rapariga. Mais uma rapariga! Não respondi!
-Não me parece bem… Posso fazer alguma coisa por si? – Insistiu ela!
Abri os olhos e ia responder “Só quero ficar em paz” quando reparei que ela segurava nas mãos uma famosa revista masculina e na capa estava…
…a Tisha Montes!
Passei-me! Para surpresa dela, arranquei-lhe a revista das mãos e, meio ensandecido, desfi-la completamente em pedaços! E depois caí em mim!
-Desculpe! A sério desculpe, não sei o que me deu…
Ela olhava para mim incrédula!
-…essa revista era para entregar ao meu patrão amanhã…
-Eu pago a revista! Ou, se quiser, vamos à procura de uma papelaria que eu compro-lhe outra… A sério, desculpe, eu não tinha intensão…
Ela só ficou a olhar para mim com um ar de… pena!
-Você deve odiar muito a Tisha Montes, não?
-Não, não é nada disso! – e desatei a chorar – Acho que preciso de ajuda!
Ela sorriu!
-Eu sou psicóloga… - “ou quase” pensou “pelo menos serei quando acabar a tese” - …e se precisar de ajuda…
Fiquei a olhar para ela, sem saber o que dizer.
-Preciso,… - acabei por responder - …acho que preciso mesmo!
Ela sentou-se ao meu lado e eu comecei a contar-lhe tudo!
E como sabem, a história não é pequena…
***
A Sara não perdeu tempo! Assim que saiu da casa do Chico ligou à Lita.
-Estavas a falar a sério quando sugeriste o jantar?
-Siim, claaro! Porquê?
-Estava a pensar… Se me quisesses ajudar a fazer o jantar, podias ir ter a minha casa…
Lita sorriu e corou ligeiramente.
-Qualqueer coisa aassim tipo, um jantar… iintimo?
-Sim, qualquer coisa do género…
-Está combinaado! Eu levo o vinho…
-Fico à tua espera…
-Aaté já…
Correu ao supermercado para ir buscar ingredientes e deu consigo quase a saltitar ao longo da rua, como se fosse uma garota, embora bem lá no fundo houvesse uma ansiedade estranha.
Eram sete e meia quando a campainha da porta tocou…
***
Jantava com ela num pequeno restaurante que estava aberto perto do quiosque onde lhe comprei uma revista para substituir a que lhe tinha rasgado.
Ela ouvia-me com um ar fascinado. Mal eu sabia que na cabeça dela tentava absorver todos os pormenores do que lhe contava e só pensava “Meu Deus, obrigada por me mandares a minha tese embrulhada com um lacinho”.
Ela ia-me incitando em contar-lhe o que me stressava, as minhas dúvidas, as inseguranças que sentia e eu fui-me abrindo, abstraindo-me completamente do facto de ela ser uma rapariga.
Depois do jantar ainda ficamos um bom bocado no restaurante até que começou a ficar tarde. Chamamos um táxi para irmos para casa. A minha ficava mais perto, portanto não fazia sentido pagar mais para a deixar em casa primeiro. Pelo caminho fomos falando, o que provocou alguns olhares estranhos por parte do motorista, e sem quase dar por isso, cheguei!
Foi ela quem falou primeiro.
-Dás-me o teu número?
-Mas claro. Olha, diz-me o teu que eu dou-te um toque e assim ficamos já com os dois números… - e assim fizemos!
-Temos de fazer isto mais vezes – “e vais ver que te vou pôr essa cabeça direita!” acrescentou em pensamento!
-Mesmo?
-Sim, claro!
-Estava a saber bem falar contigo!
-E a mim também…
E então fiz algo inusitado!
-Queres entrar por um bocado? Podemos chamar outro táxi mais tarde…
E depois veio a resposta improvável, dada por interesse próprio dela, coisa que há altura eu desconhecia!
-Sim!
E saímos do táxi!
***
Sara abriu a porta e ficou estática, sem palavras, sem sequer pensamentos. À sua frente, aquela mulher que normalmente, a cada segundo do dia, transpirava sensualidade, estava impossivelmente deslumbrante, tanto que qualquer mulher se sentiria diminuída à sua frente!
Lita olhou para ela e sorriu. “Ficoou tão giira ao veer-me… Tal e qual coomo os rapazes” pensou contente.
-Troouxe o viinho!
Sara despertou finalmente.
-Entra! - e ela entrou e assim que Sara fechou a porta roubou-lhe um beijo, o que pôs um sorriso nos lábios de Sara!
-Aainda estás a cozinhaar?
-Sim, anda comigo para a cozinha!
Entraram na cozinha, Lita pousou o vinho na bancada e Sara foi directa ao tacho para o mexer.
-Queeres ajuda a coozinhar?
-Se quiseres ajudar… - respondeu a Sara – Mas está quase… - assustou-se ao sentir o corpo de Lita encostado ao seu.
-Tás nua?
-See te viinha aajudar nãão ia aarriscar a suujar o vestido, nãão achas…
-Claro… - sorriu a Sara.
O jantar ficou pronto num ápice e Sara acabou por imitar Lita, tando jantado nuas.
Brincaram, riram-se, divertiram-se, comeram, beberam e parecia que de alguma maneira iam adiando o inadiável, até ao momento em que se tornou inevitável e beijaram-se sentiram-se, tocaram-se…
…mas algo não estava bem!
E ambas foram percebendo isso até ser demasiado óbvio!
-Iisto não eesta beem, poois nãão?
Sara sorriu com pena.
-Pois não! Não queria dizer nada, para não pensares que era algum problema teu… Não é. És linda, és deslumbrante e eu adoro-te… Mas…
-Maas estaamos nisto e estaamos a peensar em gaajos…
Sara riu-se.
-Pois, é isso!
-Saabes, aacho que nãão somos Lesbik!
Acabaram por se rir, ficaram a falar e a desfrutar da companhia uma da outra. A lita recebeu um SMS do João a perguntar “É verdade” e só respondeu “desculpa” e continuou a conversa até que era tarde e teve de ir embora. Despediram-se com um abraço e Lita partiu!
Apesar de ser tarde, Sara sentia-se em brasa e resolveu sair. Não ia à procura de nada, mas precisava de um escape… Acabou por ir a uma discoteca, para dançar e encontrou a Carmen…
***
Já não sei do que falávamos, até porque falamos de tanta coisa nessa noite… Já não era só ela a encorajar-me a falar, era mais que isso… mas, dizia, já não sei do que falávamos e falamos de mamas.
-Os gajos são obcecados por mamas grandes, não é?
-Um bocado…
-Pois… eis algo que eu nunca tive…
-Mas não és menos sexy por isso…
-Não? Achas mesmo?
-Acho! É verdade que umas mamas grandes fazem um decote espectacular, mas por exemplo, as tuas são jeitosas… cabem na mão…
Dizia isto com à vontade. Sem preocupações. Estava a ser verdadeiro.
Ela corou.
-Achas mesmo?
Acho que nem me apercebi do quanto isso era um problema para ela.
-Acho, acho mesmo!
Pelos vistos era mesmo, mesmo importante para ela, que de repente se manda para cima de mim e me dá um beijo, para minha enorme surpresa e depois para, olha para mim envergonhada – Desculpa! – diz-me com o ar mais tímido do mundo enquanto tenta esconder o seu olhar do meu que é apenas de incredulidade, mas olha para mim novamente, e repetimos o beijo, com mais intensão, mais vontade e as mãos não conseguem ficar quietas e as caricias acontecem, mõas que se tocam e cruzam e deslizam – Queresparar? Eunãoqueropararmasse tuquiseresparamos – diz ela com a voz tremula – Eunãoqueroparar – respondo e os beijos tornam-se mais sedentos, mais ávidos, as mão, mais afoitas, aventuram-se por baixo das roupas que teimam em atrapalhar e começam a ser descartadas, peça a peça, e o toque da pele torna-se electrizante e ela toca-me, agarra-me, guia-me, entrega-se a mim, faz-me deslizar para dentro de si, suspira, fecha os olhos, abandona-se – Ai, Faz-me esquecer o meu nome… -diz ela…
…e ocorreu-me, de repente, a pergunta “mas afinal como é que te chamas?”…
…e quando me sente por inteiro dentro dela começa num com um ondular de ancas que me faz perder a razão…
-Eu…
…e ela faz-se penetrar mais fundo…
-…já…
…ele respira cada vez mais profundamente…
-…não…
…ela olha-me e dá um pequeno grito de prazer…
-…sou…
…ela acelera o ritmo…
-…VIIIIRGEEEEEEM!
E pronto! Foram os melhores 32 segundos da minha vida!
Ela, assim que ouviu isto saiu de cima de mim, ficou a olhar para mim com os olhos arregalados!
-Tu és virgem?
-Bem, agora já não!
-Meu Deus! Mas… Porque é que não me disseste?
-Devo ter dito, algures ao longo da noite…
-Não! Não disseste! Acho que um pedaço de informação desses não passava despercebido…
-Bem, não sei, mas…
-Isso explica tanto do que me disseste…
Ficamos em silêncio por um bocado. Por fim fui eu quem falou.
-Desculpa!
-Por não me dizeres que eras virgem?
-Por isso, por não ter sido melhor…
-Mas foi bom, eu também…
-Não, não chegaste lá…
-Pois não!
Mais um silêncio constrangedor, até que, de repente me lembrei daquilo que a Cris me tinha dito que a Tisha lhe tinha dito!
-Bem, talvez ainda eu possa,… reciprocar…
-Reciprocar?
-Sim! Eu conheço uma técnica oral que, aparentemente, tem a capacidade de deixar as mulheres loucas! Chama-se “Tornado Centrifugador”!
-Ah! Sabes, não te devias iludir dessa forma…
-Que forma?
-O haver uma técnica milagrosa.
-Perdes alguma coisa em experimentar?
-Bem, não… Se queres mesmo…
-Quero! Mas não esperes que.. OOOOOOOOOOOOOOOOOOAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!
***
A Lita entrava em casa, nesse momento, ainda a pensar na sua noite.
Muita coisa estava misturada na sua cabeça. Por um lado, estava contente por tudo se ter tornado claro, por outro extremamente triste ao perceber que, afinal a solução do seu problema não passava por experimentar algo diferente…
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! MEEEEEEEEEEEEEEEEEUUUUUUUUUUUUU DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUUUUUUUUUUUUUUSSSSSSSSSSSSSS! VAIS-ME… FAZER… AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Ficou surpreendida! O barulho vinha do meu quarto!
-Vou ter outro orgasmo… eu não acred… AH, AH, AH, AAAAAIIIIIIIIIIIIIIIII!
Será que a Cris estava com alguém, no meu quarto? Enfim, sortuda da Cris…
-Ai, ALFREDO, ÉS O MELHOR… AH, AH,… AMANTE… AIIIIIIIIIIIII, DO MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!
“O Freddy! O Freddy é o melhor amante do mundo?!” pensou! “Não, não é po…”
-Ai, Ai,Ai, Ai,Ai, AHHHHHHHHHHHHHHHH! Nãããããããão é possível AHHHHHHHHHHHH!”
A Lita estava em transe, quase! Fosse quem fosse tinha tido quatro orgasmos em pouco mais do que um minuto, e, aparentemente, a coisa não iria ficar por aí…
…Que inveja!
Entristeceu!
Foi-se deitar, ainda ao som de uma sinfonia que parecia estar para durar. Os orgasmos sucediam-se em catadupa, com o meu nome a ser gritado, por vezes a plenos pulmões!
Na cabeça da Lita, de repente, começa-se a formar a pergunta:
-E se…?
Published on July 31, 2015 01:44
July 30, 2015
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - XXVII
XXVII – Onde é que ela esconde “aquilo”?
Sara tinha de falar com alguém acerca do que tinha acontecido! Tinha as ideias demasiado baralhadas na sua cabeça! E resolveu ir ter com a pessoas indicada para isso!
Como ainda tinha a chave de casa do Francisco, nem se incomodou a bater à porta, sim-plesmente abriu-a…
-Chico, preciso de falar contigo!
…e lá estava o Francisco ajoelhado no sofá completamente nu e envolvido em actividades lúdicas com uma rapariga lindíssima, morena de olhos claros e com um corpo pelo qual a maior parte das mulheres eram capazes de matar alguém.
“Tenho que deixar de fazer isto na sala!” pensou o Chico.
Lá pararam de fazer o que estavam a fazer, levantaram-se do sofá, perante uma Sara muito corada e surpreendida!
-Bem, o desgosto de acabarmos não foi assim tão grande, pelos vistos!
-E não sendo eu, de certeza a tua pessoa favorita no mundo, neste momento, para quereres falar assim tanto comigo, o que é que se passa?
-Eh, Paquito, quien és esa?
-É uma ex-namorada! Carmen, esta é a Sara! Sara esta é a Carmen Solis. É uma colega de profissão, é modelo de lingerie.
A Sara olhou bem para a Carmen, reparando num pormenor da anatomia dela que não batia certo com o resto da mulher linda que ela era! Chegou-se ao ouvido do Chico e segre-dou-lhe a pergunta:
-Mas ela tem um “coiso”! É uma ela ou um ele?
-É uma Transgender!
-E é modelo de lingerie feminina?
-É!
-Mas… Onde é que ela esconde “aquilo”?
-Essa é, definitivamente uma pergunta para a qual não queres saber a resposta!
Montes de coisas passaram pela cabeça de Sara, mas acabou por achar que o mais inteli-gente seria ficar calada!
-Mas afinal, o que é que te levou a vir cá?
-Chico, desculpa, mas achei que eras a pessoa ideal com quem falar acerca disto, visto que gostas de mulheres e de… de… de…
-Homens?
-Sim, isso!
-Mas o que é que se passa afinal!
-É assim, há uma rapariga que se anda a fazer a mim…
-Compreendo! E então?
-E então, não sei o que fazer. Ela é linda e é um doce de pessoa… E eu não sei…
-Diz-me uma coisa, alguma vez na tua vida pensaste em estar com uma mulher? Mesmo lá muito para trás, naqueles anos mais exploratórios…
-Nunca estive com uma!
-Não estou a perguntar se estiveste, estou a perguntar se o pensamento te ocorreu, se alguma vez pensaste nisso…
-Não, para te ser franca não! Só de há uns dias para cá é que tenho pensado nisso por causa dela, mas…
A Carmen voltou da cozinha com um pacote de pipocas, sentou-se e ficou a olhar para os dois! E os dois ficaram a olhar para ela.
-Lo siento, pero esto es mejor que una telenovela! – disse ela ao reparar na estranheza dos outros dois!
-Bem,… - continuou o Francisco - … acho que tens aí a tua resposta! Se nunca pensaste nisso, se isso nunca te atraiu, eu diria que não deve ser por aí que vais. Se acontecer alguma coisa és capaz de não ficar bem contigo própria…
-Pois! – suspirou a Sara – és capaz de ter razão! Mas a Lita…
-Para tudo! A Lita?
-Sim, conheces?
-Estamos a falar da Elita Svenson?
-Sim! Não me digas que és um dos que já andou com ela…
-Não! Quando a conheci estava com o Abel… Esquece o que eu te disse! Mergulha de cabeça!
-Mas…
-Sara, não estamos a falar de hambúrguer, estamos a falar do melhor filé mignon!
-Mas tenho medo de arruinar a nossa amizade…
-Pá, isso da amizade são coisas que resolves depois! Só tens duas hipóteses, ou funciona ou não! Se funcionar vais ser a namorada da gaja mais podre de boa que eu já vi…
-Pero, quien es esta Lita? – perguntou a Carmen, ao ver a maneira como o Francisco se referia a ela, sobretudo depois de admitir que nunca tinha estado com ela e de se ler perfei-tamente nas entrelinhas que era algo de que não se importaria muito!
-É melhor tu nem saberes. Acho que se a visses já não apanhavas o teu voo de depois de amanhã e ficavas cá… - e virou-se para a Sara, continuando – Por outro lado, se não funcionar, tu vais ser a ex-namorada da mulher mais podre de boa… e isso é tipo a luz brilhante que atrai as traças, vais ter tudo quanto é gajo da alta, os que se babam por ela, a babar por ti! O que é que tens a perder?
-Mas achas mesmo?
-Pá, se fosse outra gaja qualquer, dizia-te o contrário, mas teres a Lita a fazer-se a ti? Tás parva? Mergulha de cabeça!
A Sara ficou pensativa por uns momentos, depois sorriu.
-Tens razão! O que é que eu tenho a perder? Eu sabia que eras a pessoa indicada. Obrigada!
Levantou-se com um sorriso radiante, deu um beijo na face do Francisco, cumprimentou a Carmen e saiu, de rompante, como tinha entrado!
-Sus amigos son todos así?
-Não! A Sara é uma das mais normais…
***
O meu fantástico e maravilhoso encontro com a Sofia foi tão bom, mas tão bom, que a perspectiva do ménage com a Tisha e o Abel ganhava cada vez mais consistência na minha cabeça. Claro que o problema nesta equação era o Abel!
Mas se a vontade de estar com o Abel não era nenhuma, por outro lado tinha implantada, nos meus neurónios, a imagem daqueles fabulosos seis que só eram ultrapassados pelos da Lita…
E, quando pensava nisso, o Abel, vestido de mulher e com aquela cabeleira loira nem era nada de se deitar fora…
Mas não! Ou sim?
A dúvida mortificava-me!
Precisava de falar com alguém acerca disto! Não queria falar com a Cris, senão esta ainda me encorajava, quanto mais não fosse para poder assistir e aproveitar para tirar umas fotos! E não queria falar com a Lita porque… Bem, porque não! O Abel, como é óbvio, não era uma opção. Só me sobrava uma alternativa e por isso resolvi ir até casa do Chico. Ao entrar no prédio acabei por ser cavalheiro e abrir a porta a uma ruiva muito bonita que saía com o ar mais feliz do mundo e ainda fiquei a vê-la afastar-se. Subi as escadas e cheguei à porta. Ia a bater quando reparei que a porta estava aberta, apenas encostada.
Fiz-me convidado, entrei para o hall, fechei a porta atrás de mim, e falei bem alto para o Chico me ouvir enquanto me dirigia à sala…
-Chico, preciso da tua ajuda! Acho que estou com dúvidas acerca da minha sexualidade!
…e entro na sala encontrando o Chico de quatro com uma morena lindíssima ajoelhada atrás dele, estando ambos entretidos em actividades lúdicas!
- Oh mierda, pero tus amigos no saben llamar a la puerta antes de entrar? – Disse a Carmen, de repente.
-Será que mais ninguém me quer entrar pela casa adentro com dúvidas de sexualidade sem ser convidado? – disse um frustrado Francisco! – Mas como é que tu entraste?
-Pá desculpa, a porta estava só encostada e eu pensei… - estava mais corado que um pimento encarnado, bem maduro!
O Francisco suspirou!
- Bem,… - lá acabou por dizer – Agora que já está…
-Quien és este?
-Carmen, este é o Alfredo! Alfredo, esta é a Carmen…
-Holla, guapo! – cumprimentou-me a Carmen toda dengosa! Eu olhei para ela e notei um estranho pormenor na anatomia…
Cheguei-me ao pé do Francisco e segredei-lhe a pergunta:
-Olha lá, ela quando anda abana mais do que as ancas… É uma ela ou um ele?
-É transgender! É uma modelo de lingerie feminina!
-Modelo? Mas… onde é que ela esconde aquilo?
-Se eu te disser ficas traumatizado!
Calei-me! Há coisas que, definitivamente, é melhor não saber!
-Mas então, já que aqui estás, o que é que te trouxe por cá?
A Carmen, entretanto, sentou-se e agarrou novamente no balde das pipocas!
Contei-lhe o que se tinha passado em casa da Tisha! A sua primeira reacção foi de espanto!
-Pérai! Tás a falar da Tisha Montes?
-Tisha Montes? – perguntou a Carmen, de repente mais interessada do que nunca – La actriz porno?
-Yá!
-Tu comeste, literalmente, a Tisha Montes?
-Yá! Mas não passou daí!
-Então ela não…?
-Não! Disse que sabia que o Abel tem um fraco por mim, e que era muito amiga dele e não sei o quê, que umas lambidelas era como o outro mas o prato completo…
-Atão e deu-te, pelo menos, as lambidelas?
-Não, a Cris arrastou-me de lá para fora! Mas ela estava arrependida de me ter usado e disse que se eu quisesse faríamos tudo…
-E tás à espera do quê?
-…se eu alinhasse num menáge junto com o Abel e se tratasse do Abel primeiro!
-Tou a ver! Volto a perguntar: Tás à espera do quê?
-Chico, eu gosto de mamas…
-Ai hombre, no hace daño como los pechos y el pene!
O Chico ficou a olhar para mim um pouco em silêncio.
-Pá, lembras-te quando me pedias para eu posar para ti?
-Claro!
-Eu, modéstia à parte, tenho o corpo perfeito! Alguma vez te sentiste incomodado?
-Contigo? Não! Porque é que havia de sentir?
-Não é isso… - levantou-se, nu como estava e virou o rabo para mim – Quando olhas para isto apetece-te dar uma palmada?
-Não!
A Carmen levantou-se, fez a mesma coisa que ele e perguntou:
-Entonces e aqui?
Ela, ou ele, ou lá o que fosse tinha um rabo…
-Bem… Aí até dava…
-Mira, se quieres… - convidou ela com um sorriso!
-Não o confundas! O rapaz não está mesmo preparado para isso!
-E se quieres más… - continuou ela, com um sorriso sacana, a tentar-me!
-Mas… - eu já procurava uma saída daquele aperto – Mas nós nem nos conhecemos, nem sabemos nada um do outro… Não achas que para isso nos devíamos conhecer melhor?
- Sólo estoy aquí para trabajar y tengo que salir pasado mañana, pero la próxima vez que vuelva podríamos salir juntos ... Qué te parece?
-Hã, bem…
-Carmen, não ves que estas a deixar o rapaz envergonhado? É assim, claro que a decisão é tua, mas não me parece que que fiques muito bem contigo se fizeres algo com o Abel só para teres a Tisha…
Reflecti um pouco… com a cabeça de cima, para variar!
-Tens razão! Acho que não é mesmo por aí… Obrigado, páh!
-De nada. É para isso que são os amigos! E que tal desamparares a loja e, de caminho, fechares bem a porta que nós estávamos ocupados?
-Hã, pois… Desculpa! Eu vou andando então…
Levantei-me, a Carmen também, chegou-se ao pé de mim, pregou-me com um beijo que até me deixou azul e disse:
-No te olvides. La próxima vez que me venga por aquí…
-Ya, ya… - respondi eu, nas nuvens!
-Oh Freddy, não te esqueceste que ela é uma transgender, pois não? – perguntou o Francisco quando eu já saia pela porta.
-Não,… - respondi eu, ainda completamente fora da realidade - …os Transformers já não dão na televisão…
Sara tinha de falar com alguém acerca do que tinha acontecido! Tinha as ideias demasiado baralhadas na sua cabeça! E resolveu ir ter com a pessoas indicada para isso!
Como ainda tinha a chave de casa do Francisco, nem se incomodou a bater à porta, sim-plesmente abriu-a…
-Chico, preciso de falar contigo!
…e lá estava o Francisco ajoelhado no sofá completamente nu e envolvido em actividades lúdicas com uma rapariga lindíssima, morena de olhos claros e com um corpo pelo qual a maior parte das mulheres eram capazes de matar alguém.
“Tenho que deixar de fazer isto na sala!” pensou o Chico.
Lá pararam de fazer o que estavam a fazer, levantaram-se do sofá, perante uma Sara muito corada e surpreendida!
-Bem, o desgosto de acabarmos não foi assim tão grande, pelos vistos!
-E não sendo eu, de certeza a tua pessoa favorita no mundo, neste momento, para quereres falar assim tanto comigo, o que é que se passa?
-Eh, Paquito, quien és esa?
-É uma ex-namorada! Carmen, esta é a Sara! Sara esta é a Carmen Solis. É uma colega de profissão, é modelo de lingerie.
A Sara olhou bem para a Carmen, reparando num pormenor da anatomia dela que não batia certo com o resto da mulher linda que ela era! Chegou-se ao ouvido do Chico e segre-dou-lhe a pergunta:
-Mas ela tem um “coiso”! É uma ela ou um ele?
-É uma Transgender!
-E é modelo de lingerie feminina?
-É!
-Mas… Onde é que ela esconde “aquilo”?
-Essa é, definitivamente uma pergunta para a qual não queres saber a resposta!
Montes de coisas passaram pela cabeça de Sara, mas acabou por achar que o mais inteli-gente seria ficar calada!
-Mas afinal, o que é que te levou a vir cá?
-Chico, desculpa, mas achei que eras a pessoa ideal com quem falar acerca disto, visto que gostas de mulheres e de… de… de…
-Homens?
-Sim, isso!
-Mas o que é que se passa afinal!
-É assim, há uma rapariga que se anda a fazer a mim…
-Compreendo! E então?
-E então, não sei o que fazer. Ela é linda e é um doce de pessoa… E eu não sei…
-Diz-me uma coisa, alguma vez na tua vida pensaste em estar com uma mulher? Mesmo lá muito para trás, naqueles anos mais exploratórios…
-Nunca estive com uma!
-Não estou a perguntar se estiveste, estou a perguntar se o pensamento te ocorreu, se alguma vez pensaste nisso…
-Não, para te ser franca não! Só de há uns dias para cá é que tenho pensado nisso por causa dela, mas…
A Carmen voltou da cozinha com um pacote de pipocas, sentou-se e ficou a olhar para os dois! E os dois ficaram a olhar para ela.
-Lo siento, pero esto es mejor que una telenovela! – disse ela ao reparar na estranheza dos outros dois!
-Bem,… - continuou o Francisco - … acho que tens aí a tua resposta! Se nunca pensaste nisso, se isso nunca te atraiu, eu diria que não deve ser por aí que vais. Se acontecer alguma coisa és capaz de não ficar bem contigo própria…
-Pois! – suspirou a Sara – és capaz de ter razão! Mas a Lita…
-Para tudo! A Lita?
-Sim, conheces?
-Estamos a falar da Elita Svenson?
-Sim! Não me digas que és um dos que já andou com ela…
-Não! Quando a conheci estava com o Abel… Esquece o que eu te disse! Mergulha de cabeça!
-Mas…
-Sara, não estamos a falar de hambúrguer, estamos a falar do melhor filé mignon!
-Mas tenho medo de arruinar a nossa amizade…
-Pá, isso da amizade são coisas que resolves depois! Só tens duas hipóteses, ou funciona ou não! Se funcionar vais ser a namorada da gaja mais podre de boa que eu já vi…
-Pero, quien es esta Lita? – perguntou a Carmen, ao ver a maneira como o Francisco se referia a ela, sobretudo depois de admitir que nunca tinha estado com ela e de se ler perfei-tamente nas entrelinhas que era algo de que não se importaria muito!
-É melhor tu nem saberes. Acho que se a visses já não apanhavas o teu voo de depois de amanhã e ficavas cá… - e virou-se para a Sara, continuando – Por outro lado, se não funcionar, tu vais ser a ex-namorada da mulher mais podre de boa… e isso é tipo a luz brilhante que atrai as traças, vais ter tudo quanto é gajo da alta, os que se babam por ela, a babar por ti! O que é que tens a perder?
-Mas achas mesmo?
-Pá, se fosse outra gaja qualquer, dizia-te o contrário, mas teres a Lita a fazer-se a ti? Tás parva? Mergulha de cabeça!
A Sara ficou pensativa por uns momentos, depois sorriu.
-Tens razão! O que é que eu tenho a perder? Eu sabia que eras a pessoa indicada. Obrigada!
Levantou-se com um sorriso radiante, deu um beijo na face do Francisco, cumprimentou a Carmen e saiu, de rompante, como tinha entrado!
-Sus amigos son todos así?
-Não! A Sara é uma das mais normais…
***
O meu fantástico e maravilhoso encontro com a Sofia foi tão bom, mas tão bom, que a perspectiva do ménage com a Tisha e o Abel ganhava cada vez mais consistência na minha cabeça. Claro que o problema nesta equação era o Abel!
Mas se a vontade de estar com o Abel não era nenhuma, por outro lado tinha implantada, nos meus neurónios, a imagem daqueles fabulosos seis que só eram ultrapassados pelos da Lita…
E, quando pensava nisso, o Abel, vestido de mulher e com aquela cabeleira loira nem era nada de se deitar fora…
Mas não! Ou sim?
A dúvida mortificava-me!
Precisava de falar com alguém acerca disto! Não queria falar com a Cris, senão esta ainda me encorajava, quanto mais não fosse para poder assistir e aproveitar para tirar umas fotos! E não queria falar com a Lita porque… Bem, porque não! O Abel, como é óbvio, não era uma opção. Só me sobrava uma alternativa e por isso resolvi ir até casa do Chico. Ao entrar no prédio acabei por ser cavalheiro e abrir a porta a uma ruiva muito bonita que saía com o ar mais feliz do mundo e ainda fiquei a vê-la afastar-se. Subi as escadas e cheguei à porta. Ia a bater quando reparei que a porta estava aberta, apenas encostada.
Fiz-me convidado, entrei para o hall, fechei a porta atrás de mim, e falei bem alto para o Chico me ouvir enquanto me dirigia à sala…
-Chico, preciso da tua ajuda! Acho que estou com dúvidas acerca da minha sexualidade!
…e entro na sala encontrando o Chico de quatro com uma morena lindíssima ajoelhada atrás dele, estando ambos entretidos em actividades lúdicas!
- Oh mierda, pero tus amigos no saben llamar a la puerta antes de entrar? – Disse a Carmen, de repente.
-Será que mais ninguém me quer entrar pela casa adentro com dúvidas de sexualidade sem ser convidado? – disse um frustrado Francisco! – Mas como é que tu entraste?
-Pá desculpa, a porta estava só encostada e eu pensei… - estava mais corado que um pimento encarnado, bem maduro!
O Francisco suspirou!
- Bem,… - lá acabou por dizer – Agora que já está…
-Quien és este?
-Carmen, este é o Alfredo! Alfredo, esta é a Carmen…
-Holla, guapo! – cumprimentou-me a Carmen toda dengosa! Eu olhei para ela e notei um estranho pormenor na anatomia…
Cheguei-me ao pé do Francisco e segredei-lhe a pergunta:
-Olha lá, ela quando anda abana mais do que as ancas… É uma ela ou um ele?
-É transgender! É uma modelo de lingerie feminina!
-Modelo? Mas… onde é que ela esconde aquilo?
-Se eu te disser ficas traumatizado!
Calei-me! Há coisas que, definitivamente, é melhor não saber!
-Mas então, já que aqui estás, o que é que te trouxe por cá?
A Carmen, entretanto, sentou-se e agarrou novamente no balde das pipocas!
Contei-lhe o que se tinha passado em casa da Tisha! A sua primeira reacção foi de espanto!
-Pérai! Tás a falar da Tisha Montes?
-Tisha Montes? – perguntou a Carmen, de repente mais interessada do que nunca – La actriz porno?
-Yá!
-Tu comeste, literalmente, a Tisha Montes?
-Yá! Mas não passou daí!
-Então ela não…?
-Não! Disse que sabia que o Abel tem um fraco por mim, e que era muito amiga dele e não sei o quê, que umas lambidelas era como o outro mas o prato completo…
-Atão e deu-te, pelo menos, as lambidelas?
-Não, a Cris arrastou-me de lá para fora! Mas ela estava arrependida de me ter usado e disse que se eu quisesse faríamos tudo…
-E tás à espera do quê?
-…se eu alinhasse num menáge junto com o Abel e se tratasse do Abel primeiro!
-Tou a ver! Volto a perguntar: Tás à espera do quê?
-Chico, eu gosto de mamas…
-Ai hombre, no hace daño como los pechos y el pene!
O Chico ficou a olhar para mim um pouco em silêncio.
-Pá, lembras-te quando me pedias para eu posar para ti?
-Claro!
-Eu, modéstia à parte, tenho o corpo perfeito! Alguma vez te sentiste incomodado?
-Contigo? Não! Porque é que havia de sentir?
-Não é isso… - levantou-se, nu como estava e virou o rabo para mim – Quando olhas para isto apetece-te dar uma palmada?
-Não!
A Carmen levantou-se, fez a mesma coisa que ele e perguntou:
-Entonces e aqui?
Ela, ou ele, ou lá o que fosse tinha um rabo…
-Bem… Aí até dava…
-Mira, se quieres… - convidou ela com um sorriso!
-Não o confundas! O rapaz não está mesmo preparado para isso!
-E se quieres más… - continuou ela, com um sorriso sacana, a tentar-me!
-Mas… - eu já procurava uma saída daquele aperto – Mas nós nem nos conhecemos, nem sabemos nada um do outro… Não achas que para isso nos devíamos conhecer melhor?
- Sólo estoy aquí para trabajar y tengo que salir pasado mañana, pero la próxima vez que vuelva podríamos salir juntos ... Qué te parece?
-Hã, bem…
-Carmen, não ves que estas a deixar o rapaz envergonhado? É assim, claro que a decisão é tua, mas não me parece que que fiques muito bem contigo se fizeres algo com o Abel só para teres a Tisha…
Reflecti um pouco… com a cabeça de cima, para variar!
-Tens razão! Acho que não é mesmo por aí… Obrigado, páh!
-De nada. É para isso que são os amigos! E que tal desamparares a loja e, de caminho, fechares bem a porta que nós estávamos ocupados?
-Hã, pois… Desculpa! Eu vou andando então…
Levantei-me, a Carmen também, chegou-se ao pé de mim, pregou-me com um beijo que até me deixou azul e disse:
-No te olvides. La próxima vez que me venga por aquí…
-Ya, ya… - respondi eu, nas nuvens!
-Oh Freddy, não te esqueceste que ela é uma transgender, pois não? – perguntou o Francisco quando eu já saia pela porta.
-Não,… - respondi eu, ainda completamente fora da realidade - …os Transformers já não dão na televisão…
Published on July 30, 2015 06:15
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - Anuncio
Amanhã não há actualização logo pela manhã!
(já vou tou a ver todos em coro, com as faces desconsoladas, em coro:
-OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHH!)
Pois é! Não há!
O motivo?
Simples. O autor disto tem mais o que fazer na vida e vai-se dedicar esta noite a estourar com os seus próprios timpanos enquanto ensaia umas músicas para um concerto que haverá no primeiro fim-de-semana de Setembro (mais pormenores assim que houver mais pormenores)
Mas, se o autor (ou seja eu) estiver para aí virado (ou seja, se lhe passar a preguiça e for almoçar à pressa), ainda aparecerá mais alguma coisa hoje!
Sara
(já vou tou a ver todos em coro, com as faces desconsoladas, em coro:
-OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHH!)
Pois é! Não há!
O motivo?
Simples. O autor disto tem mais o que fazer na vida e vai-se dedicar esta noite a estourar com os seus próprios timpanos enquanto ensaia umas músicas para um concerto que haverá no primeiro fim-de-semana de Setembro (mais pormenores assim que houver mais pormenores)
Mas, se o autor (ou seja eu) estiver para aí virado (ou seja, se lhe passar a preguiça e for almoçar à pressa), ainda aparecerá mais alguma coisa hoje!

Sara
Published on July 30, 2015 03:18
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - XXVI
XXVI – Eu sou uma má queca…!
-Saara, paareces triiste! Estáa tudo beem? – Perguntou a Lita, a meio do turno, vendo a amiga abatida. Ela suspirou.
-Nem por isso!
-Entãão?
-É o Chico! As coisas não andam bem entre nós… Mas agora não dá para falar…
-Ées minha amiiga! Quaando eeu precisei de ti, laargaste tudo e eu eestou aaqui para ti! Preecisas de companhia e dee um colinho! Vaamos beber um coopo depois do traabalho?
A Sara sorriu e assentiu, e voltaram ao trabalho…
***
Já num bar, à noite, as duas sentadas a uma mesa eram, sem dúvida, uma espécie de buraco negro da atenção de todos os homens presentes.
-Entãão diiz ma lá, que se teem passado? – Perguntou a Lita.
-Não o satisfaço minimamente na cama! Parece que só consigo ser fantástica quando estou tão bêbeda que nem me lembro do que fiz, e no resto do tempo sou só aborrecida! Acabamos tudo…
-Nãão te siintas maal! Tens de peerceber que eele tem muita expeeriencia, é bisseexual, proocura cooisas difereentes…
-Eu percebo! Mas não quero passar a vida bêbada para me conseguir desinibir o suficien-te… - parou um pouco, olhou para a Lita com os olhos turvos de lagrimas e desabafou – Eu sou uma má queca…!
-Nãão, não peenses aassim! Eu teenho a certeeza que tu és uuma boa queeca…
Aquele bar estava de tal maneira que, aparte aquela conversa, se caísse um alfinete ouvia-se. Estava em suspenso!
-Maas tens de peerceber – continuou a Lita – que eele, por exeemplo também goosta de hoomens, que goosta de cooisas difereentes… Teens de eestar com alguém que te vaalorize… Coomo eu, poor exemplo!
-Tu gostas mesmo de mim?
-Maas claro! O que é que há paara nãão goostar? Tu és um dooce de peessoa, és uuma ruuiva lindíissima…
O interesse subia visivelmente no bar!
-Ao pé de ti deixo muito a desejar…
-Nãão… Eu teenho a certeeza de que já tiiveste muuito mais no seexo, do que eu, por exeemplo…
-Lita… Eu bem te via, tiveste imensos namorados…
-E nuunca tive um orgaasmo!
O mundo parou! A Sara ficou a olhar para ela como se estivesse em frente a um extrater-restre! Todos os homens do bar pensaram ao mesmo tempo “Mas quem foram os incompe-tentes que estiveram com este monumento?”, excepto dois! Desses dois, um era o empregado que estava completamente absorvido pela conversa, disfarçadamente, na mesa ao lado! O outro era o João, que estava duas mesas ao lado na diagonal! O empregado virou-se com uma expressão de agonia no rosto!
-Lita… - disse ele de repente!
-Oh, Eleuutério, oolá. Não tiinha reparaado que eeras tu…
Ele ajoelhou-se à frente dela!
-Diz-me que não é verdade!
Todos os homens naquele bar tiveram a vontade de se levantar e espancá-lo! Menos o João!
-Maas é! Desculpa…
As lagrimas jorravam-lhe dos olhos! E dos do João também!
-Perdoa-me! – Gritou – Tu és simplesmente, tão… tão… tão perfeita!
-Não faaz maal, Eleuutério. A séerio!
A Sara como que despertou nessa altura e apercebeu-se do ambiente em volta. O empre-gado prostrou-se. Os olhares para ele estavam ainda mais carregados! Excepto o do João!
-Lita, é melhor irmos andando! – Disse a Sara.
-Siim, vaamos!
E saíram. As conversas voltaram ao bar, embora fossem todas à volta do que acabara de acontecer. O João levantou-se, dirigiu-se à mesa onde elas estavam sentadas, levantou o Eleutério e sentou-se, sentou-se com ele, enxugou as suas próprias lagrimas, assoou-se, pediu duas bebidas, respirou fundo, perante a surpresa do outro, e, com a voz embargada disse-lhe:
-Eu também fui namorado da Lita!
E irromperam os dois num pranto!
***
Chegaram à porta da casa da Sara.
-Lita, obrigada. A sério.
-Soomos amiigas!
Sara olhou para Lita com um olhar carinhoso.
-Parece que não sou a única com problemas…
-Saabes, graças a eesses prooblemas tenho peensado em expeerimentar cooisas alternatiivas.
-Coisas alternativas?
-Siim. Se caalhar nuunca tive um oorgasmo poor algum motivo!
-Compreendo! – E chegou-se a Lita, uma gigante ao lado do seu metro e setenta e deu-lhe um abraço, que a apanhou de surpresa, mas foi correspondido. – E obrigada por me fazeres bem! – Disse-lhe quando se soltaram. E cruzaram o olhar. E tiveram um momento!
-Saabes que nãão estaava a flirtaar coontigo, nãão sabes?
A Sara assentiu. A Lita baixou-se, levou-lhe a mão ao queixo, levantando-o e colou os seus lábios aos dela num beijo tão doce que a Sara ficou feliz por não ser diabética!
-Maas agoora estava! – Disse com um sorriso quando os lábios se afastaram! A Sara estava estupefacta, apanhada pelo inesperado do momento!
-Deeviamos jantar um diia destes! Que é que aachas?
Sara, com um ar absolutamente sério e de olhos arregalados assentiu com um leve aceno de cabeça! E a Lita deu uma pequena gargalhada marota, voltou-se e foi-se embora deixando a Sara estática à porta de casa com o cérebro de tal maneira acelerado e turbo-comprimido que nem conseguia dar ordens ao corpo para se mexer!
-Saara, paareces triiste! Estáa tudo beem? – Perguntou a Lita, a meio do turno, vendo a amiga abatida. Ela suspirou.
-Nem por isso!
-Entãão?
-É o Chico! As coisas não andam bem entre nós… Mas agora não dá para falar…
-Ées minha amiiga! Quaando eeu precisei de ti, laargaste tudo e eu eestou aaqui para ti! Preecisas de companhia e dee um colinho! Vaamos beber um coopo depois do traabalho?
A Sara sorriu e assentiu, e voltaram ao trabalho…
***
Já num bar, à noite, as duas sentadas a uma mesa eram, sem dúvida, uma espécie de buraco negro da atenção de todos os homens presentes.
-Entãão diiz ma lá, que se teem passado? – Perguntou a Lita.
-Não o satisfaço minimamente na cama! Parece que só consigo ser fantástica quando estou tão bêbeda que nem me lembro do que fiz, e no resto do tempo sou só aborrecida! Acabamos tudo…
-Nãão te siintas maal! Tens de peerceber que eele tem muita expeeriencia, é bisseexual, proocura cooisas difereentes…
-Eu percebo! Mas não quero passar a vida bêbada para me conseguir desinibir o suficien-te… - parou um pouco, olhou para a Lita com os olhos turvos de lagrimas e desabafou – Eu sou uma má queca…!
-Nãão, não peenses aassim! Eu teenho a certeeza que tu és uuma boa queeca…
Aquele bar estava de tal maneira que, aparte aquela conversa, se caísse um alfinete ouvia-se. Estava em suspenso!
-Maas tens de peerceber – continuou a Lita – que eele, por exeemplo também goosta de hoomens, que goosta de cooisas difereentes… Teens de eestar com alguém que te vaalorize… Coomo eu, poor exemplo!
-Tu gostas mesmo de mim?
-Maas claro! O que é que há paara nãão goostar? Tu és um dooce de peessoa, és uuma ruuiva lindíissima…
O interesse subia visivelmente no bar!
-Ao pé de ti deixo muito a desejar…
-Nãão… Eu teenho a certeeza de que já tiiveste muuito mais no seexo, do que eu, por exeemplo…
-Lita… Eu bem te via, tiveste imensos namorados…
-E nuunca tive um orgaasmo!
O mundo parou! A Sara ficou a olhar para ela como se estivesse em frente a um extrater-restre! Todos os homens do bar pensaram ao mesmo tempo “Mas quem foram os incompe-tentes que estiveram com este monumento?”, excepto dois! Desses dois, um era o empregado que estava completamente absorvido pela conversa, disfarçadamente, na mesa ao lado! O outro era o João, que estava duas mesas ao lado na diagonal! O empregado virou-se com uma expressão de agonia no rosto!
-Lita… - disse ele de repente!
-Oh, Eleuutério, oolá. Não tiinha reparaado que eeras tu…
Ele ajoelhou-se à frente dela!
-Diz-me que não é verdade!
Todos os homens naquele bar tiveram a vontade de se levantar e espancá-lo! Menos o João!
-Maas é! Desculpa…
As lagrimas jorravam-lhe dos olhos! E dos do João também!
-Perdoa-me! – Gritou – Tu és simplesmente, tão… tão… tão perfeita!
-Não faaz maal, Eleuutério. A séerio!
A Sara como que despertou nessa altura e apercebeu-se do ambiente em volta. O empre-gado prostrou-se. Os olhares para ele estavam ainda mais carregados! Excepto o do João!
-Lita, é melhor irmos andando! – Disse a Sara.
-Siim, vaamos!
E saíram. As conversas voltaram ao bar, embora fossem todas à volta do que acabara de acontecer. O João levantou-se, dirigiu-se à mesa onde elas estavam sentadas, levantou o Eleutério e sentou-se, sentou-se com ele, enxugou as suas próprias lagrimas, assoou-se, pediu duas bebidas, respirou fundo, perante a surpresa do outro, e, com a voz embargada disse-lhe:
-Eu também fui namorado da Lita!
E irromperam os dois num pranto!
***
Chegaram à porta da casa da Sara.
-Lita, obrigada. A sério.
-Soomos amiigas!
Sara olhou para Lita com um olhar carinhoso.
-Parece que não sou a única com problemas…
-Saabes, graças a eesses prooblemas tenho peensado em expeerimentar cooisas alternatiivas.
-Coisas alternativas?
-Siim. Se caalhar nuunca tive um oorgasmo poor algum motivo!
-Compreendo! – E chegou-se a Lita, uma gigante ao lado do seu metro e setenta e deu-lhe um abraço, que a apanhou de surpresa, mas foi correspondido. – E obrigada por me fazeres bem! – Disse-lhe quando se soltaram. E cruzaram o olhar. E tiveram um momento!
-Saabes que nãão estaava a flirtaar coontigo, nãão sabes?
A Sara assentiu. A Lita baixou-se, levou-lhe a mão ao queixo, levantando-o e colou os seus lábios aos dela num beijo tão doce que a Sara ficou feliz por não ser diabética!
-Maas agoora estava! – Disse com um sorriso quando os lábios se afastaram! A Sara estava estupefacta, apanhada pelo inesperado do momento!
-Deeviamos jantar um diia destes! Que é que aachas?
Sara, com um ar absolutamente sério e de olhos arregalados assentiu com um leve aceno de cabeça! E a Lita deu uma pequena gargalhada marota, voltou-se e foi-se embora deixando a Sara estática à porta de casa com o cérebro de tal maneira acelerado e turbo-comprimido que nem conseguia dar ordens ao corpo para se mexer!
Published on July 30, 2015 00:00
July 29, 2015
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - Intervalo
Published on July 29, 2015 06:38
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - XXV
XXV – “Bem, este gajo é o máximo!”
E chegou o fatídico Sábado!
O dia foi stressante! Se é verdade que a questão com a Tisha me tinha insuflado alguma confiança, por outro lado a maneira como as coisas aconteceram, aliás, a cadeia de aconteci-mentos na minha vida desde que entrei em casa naquela tarde, estava a começar a ser mais do que eu conseguia lidar.
É verdade que antes não tinha sexo! E também é verdade que desejava ardentemente ter…
Mas também é verdade que tinha uma vida pacata, sem grandes problemas…
Agora estava a ter uma vida em que o sexo abundava à minha volta, e era gozado, enganado, usado…
…e continuava a não ter sexo!
-Então? Tás pronto para mais logo? – perguntou a Cris ao fim da tarde.
-Não sei! Aliás, para te ser franco duvido que valha a pena…
-Duvidas que valha a pena? Não duvides… Aliás, quando olhares para ela as tuas dúvidas vão-se dissipar!
-Para te ser franco, não sei se vou!
-Tás parvo?
-Já te disse, cada vez mais!
-Mas o que é que se passa?
-Pá, vou-me encontrar com uma tipa que não conheço de lado nenhum, que nunca vi mais gorda nem mais magra, da qual não sei absolutamente nada. Por outro lado sou um marrão, não deixei de ser um marrão…
-Podes ser um marrão, mas deixa que te diga, deves ser o único marrão no mundo que conseguiu fazer uma estrela porno passar-se da cabeça… Sabes o que é que ela me disse?
-O quê?
-Tu deste-lhe o melhor orgasmo de sempre!
-Ora, tás a inventar, não disse nada…
-Não, não estou! Se quiseres eu ligo-lhe e ela confirma. Fazes ideia de com quantas gajos e gajas ela esteve?
Revi mentalmente as cenas dos filmes dela. Contando com repetições de actores…
-Só nos filmes conto umas cento e trinta…
-E depois há todas as outras que não estão nos filmes! Sabes o que é uma mulher destas ficar passada contigo? Isso deve querer dizer qualquer coisa, não?
-Pá, talvez, mas olha para mim! Tenho uma estrela porno a afirmar que lhe dei o melhor orgasmo da vida dela e continuo um marrão virgem! E estou farto…
-De ser um marrão virgem?
-Não! Destas confusões.
Ela olhou para mim muito séria.
-Freddy, podes passar pela vida sem confusões, é verdade! Podes levar uma vida calma, sem sobressaltos, basicamente voltar à vidinha que tinhas mas… Eras feliz?
Fiquei sem resposta.
-Cá para mim só existias, nem sequer estavas vivo! Tens sido importunado, chateado, gozado, tens feito disparates atrás de disparates mas,… Já reparaste que aprendeste alguma coisa com cada disparate que fizeste?
Continuei sem resposta!
-O teu problema, como eu te disse, é que estás a deixar a cabeça de baixo mandar na cabeça de cima! É bom que isso aconteça, mas só numa altura… Quando estás no acto! Fora isso é a cabeça de cima que tem de mandar.
Assenti com a cabeça!
-Baixa as espectativas! És um gajo giro que vai jantar com uma gaja gira! É algo que acontece desde que o mundo é mundo!
-É algo que nunca fiz…
-Já jantaste comigo! Não sou gira?
-Claro que és, mas é diferente!
-Não, não é! Pode vir a ser, se ela gostar de ti, se tu gostares dela, mas, por enquanto não é nada diferente!
Respirei fundo!
-E agora vamos escolher umas roupas com alguma pinta, váis tomar um granda banho de imersão para ficares mais relaxado, e vais ver que vai correr tudo bem…
***
-Lita, temos de fazer qualquer coisa, senão isto vai correr muito mal!
-Oo quê?
-O encontro do Freddy!
-Maas poorque é que aachas iisso?
-Porque ele é um marrão! Já ela não tem nada a ver…
Pois é! Apesar da conversa, de me tentar incutir alguma confiança, a verdade é que a Cris sabia, tanto quanto eu, que as hipóteses da coisa correr mal eram elevadíssimas!
-Maas o que podemos faazer?
-Temos de ir também!
-Maas nãão vaai ser estraanho ele apaarecer num encontro com duuas mulheres?
-Pá, se calhar até surtia algum efeito… - Pensou a Cris imaginando a cena: eu todo estiloso a aparecer no restaurante abraçado a ela e à Lita, chegar à mesa, olhar para ela e perguntar, na lata “Olá, és a Sofia não és?” e voltar-se para nós “Later, baibes!” e a cara da Sofia a derreter-se enquanto pensaria “Bem, este gajo é o máximo!”…
-Não pegava!
-O quee é quee nãão pegaava?
-Nada, nada, estava só aqui a fazer um exercício mental! Temos de ir incógnitas, ficar por perto e preparadas para intervir caso o pior aconteça…
***
-Então são dois crepes com gelado de framboesa, certo? – perguntou a empregada.
-Sim, e com cobertura de chantilly. – respondeu a Sofia.
-Não vai demorar muito. Até já.
-Obrigada! – e assim que a empregada se afastou da mesa ela voltou-se para mim – Não devia pedir o Chantilly, mas é tão difícil resistir… Adoro! Podia mergulhar o corpo todo naqui-lo…
Lógicamente que a imagem mental que fiz dela, mergulhada numa banheira de chantilly, me transtornou um pouco! “Concentra-te Alfredo!”
Tendo eu ficado em silêncio a olhar fixamente para ela, caiu um estranho silêncio entre nós, que foi ela quem quebrou com um sorriso:
-Posso sabem o em que é que estás a pensar?
“É melhor não!”
-Que não me importava de ser pasteleiro…
Ela corou de uma maneira adorável.
Na mesa ao lado a Lita e a Cris, disfarçadas com óculos escuros, bonés e camisas de homem aos quadrados, tipo lenhador, ouviam tudo.
-Bem, parece que se safou do embate inicial… - sussurrou a Cris.
-Ee até que nem esteve mal…
De volta à nossa mesa:
-Bem, eles não foram forretas com o Chantilly… - disse eu, admirado com o prato!
-Pois não! Acho que vamos ficar com as caras cheias de… - e não acabou a frase, agarrou-me nos cabelos, enfiou-me a cara no prato enquanto dizia baixinho – Baixa-te!
Eu bem queria levantar a cabeça do prato, mas ela ainda me estava a agarrar.
-Tudo bem! – disse ela – Acho que ele não…
-Sofia!
-Ah! Olá Asdrúbal!
-Pá, esse tipo está bem? – perguntou ele apontando para mim. Ela largou-me finalmente.
-Claro que sim. É o meu primo, o Freddy e está a fazer aquela cena do Chantilly… Lembras-te do meu primo…?
-Ah! Ya, claro,… - respondeu ele sem convicção nenhuma - …aquele teu primo daquela cena onde fomos daquela vez… Como é que vai isso, mano?
-Vai bem! – respondi eu sem perceber bem o que se estava a passar – Mas podia ficar melhor se tivesse uma toalha!
-Ele é sempre tão brincalhão, não é?
-Sofia, tenho andado preocupado contigo. Não apareces há uns dias… - disse o Asdrúbal.
-Pois…
-Mas olha, devíamos ir andando, que hoje vou ter mais umas visitas especiais lá em casa, se me percebes… - disse ele piscando-lhe o olho.
-Hã… Pois, mas é que…
-Aqui o primo… hã… coiso…
-Freddy! – disse eu!
-…não se importa, poi não? Bora! – e agarrou a mão da Sofia, arrastando-a atrás de si para fora do restaurante, deixando-me com o ar mais estupido deste mundo sentado à mesa!
“Mas que raio se passou aqui?” pensava eu, tentando fazer algum sentido daquilo!
Entretanto, já na rua, a Sofia volta-se para o Asdrúbal:
-Espera, acho que deixei o meu telemóvel lá dentro…
-Ok! Eu tenho o carro estacionado mesmo ali à esquina!
Ela lá voltou para trás, chegou ao pé de mim e segredou:
-Desculpa! Mesmo! Mas isto é um assunto que eu tenho adiado e que tenho de resolver. Mas eu prometo que te vou compensar. – e deu-me um xoxo!
E foi assim a primeira vez que saí com uma rapariga…
E chegou o fatídico Sábado!
O dia foi stressante! Se é verdade que a questão com a Tisha me tinha insuflado alguma confiança, por outro lado a maneira como as coisas aconteceram, aliás, a cadeia de aconteci-mentos na minha vida desde que entrei em casa naquela tarde, estava a começar a ser mais do que eu conseguia lidar.
É verdade que antes não tinha sexo! E também é verdade que desejava ardentemente ter…
Mas também é verdade que tinha uma vida pacata, sem grandes problemas…
Agora estava a ter uma vida em que o sexo abundava à minha volta, e era gozado, enganado, usado…
…e continuava a não ter sexo!
-Então? Tás pronto para mais logo? – perguntou a Cris ao fim da tarde.
-Não sei! Aliás, para te ser franco duvido que valha a pena…
-Duvidas que valha a pena? Não duvides… Aliás, quando olhares para ela as tuas dúvidas vão-se dissipar!
-Para te ser franco, não sei se vou!
-Tás parvo?
-Já te disse, cada vez mais!
-Mas o que é que se passa?
-Pá, vou-me encontrar com uma tipa que não conheço de lado nenhum, que nunca vi mais gorda nem mais magra, da qual não sei absolutamente nada. Por outro lado sou um marrão, não deixei de ser um marrão…
-Podes ser um marrão, mas deixa que te diga, deves ser o único marrão no mundo que conseguiu fazer uma estrela porno passar-se da cabeça… Sabes o que é que ela me disse?
-O quê?
-Tu deste-lhe o melhor orgasmo de sempre!
-Ora, tás a inventar, não disse nada…
-Não, não estou! Se quiseres eu ligo-lhe e ela confirma. Fazes ideia de com quantas gajos e gajas ela esteve?
Revi mentalmente as cenas dos filmes dela. Contando com repetições de actores…
-Só nos filmes conto umas cento e trinta…
-E depois há todas as outras que não estão nos filmes! Sabes o que é uma mulher destas ficar passada contigo? Isso deve querer dizer qualquer coisa, não?
-Pá, talvez, mas olha para mim! Tenho uma estrela porno a afirmar que lhe dei o melhor orgasmo da vida dela e continuo um marrão virgem! E estou farto…
-De ser um marrão virgem?
-Não! Destas confusões.
Ela olhou para mim muito séria.
-Freddy, podes passar pela vida sem confusões, é verdade! Podes levar uma vida calma, sem sobressaltos, basicamente voltar à vidinha que tinhas mas… Eras feliz?
Fiquei sem resposta.
-Cá para mim só existias, nem sequer estavas vivo! Tens sido importunado, chateado, gozado, tens feito disparates atrás de disparates mas,… Já reparaste que aprendeste alguma coisa com cada disparate que fizeste?
Continuei sem resposta!
-O teu problema, como eu te disse, é que estás a deixar a cabeça de baixo mandar na cabeça de cima! É bom que isso aconteça, mas só numa altura… Quando estás no acto! Fora isso é a cabeça de cima que tem de mandar.
Assenti com a cabeça!
-Baixa as espectativas! És um gajo giro que vai jantar com uma gaja gira! É algo que acontece desde que o mundo é mundo!
-É algo que nunca fiz…
-Já jantaste comigo! Não sou gira?
-Claro que és, mas é diferente!
-Não, não é! Pode vir a ser, se ela gostar de ti, se tu gostares dela, mas, por enquanto não é nada diferente!
Respirei fundo!
-E agora vamos escolher umas roupas com alguma pinta, váis tomar um granda banho de imersão para ficares mais relaxado, e vais ver que vai correr tudo bem…
***
-Lita, temos de fazer qualquer coisa, senão isto vai correr muito mal!
-Oo quê?
-O encontro do Freddy!
-Maas poorque é que aachas iisso?
-Porque ele é um marrão! Já ela não tem nada a ver…
Pois é! Apesar da conversa, de me tentar incutir alguma confiança, a verdade é que a Cris sabia, tanto quanto eu, que as hipóteses da coisa correr mal eram elevadíssimas!
-Maas o que podemos faazer?
-Temos de ir também!
-Maas nãão vaai ser estraanho ele apaarecer num encontro com duuas mulheres?
-Pá, se calhar até surtia algum efeito… - Pensou a Cris imaginando a cena: eu todo estiloso a aparecer no restaurante abraçado a ela e à Lita, chegar à mesa, olhar para ela e perguntar, na lata “Olá, és a Sofia não és?” e voltar-se para nós “Later, baibes!” e a cara da Sofia a derreter-se enquanto pensaria “Bem, este gajo é o máximo!”…
-Não pegava!
-O quee é quee nãão pegaava?
-Nada, nada, estava só aqui a fazer um exercício mental! Temos de ir incógnitas, ficar por perto e preparadas para intervir caso o pior aconteça…
***
-Então são dois crepes com gelado de framboesa, certo? – perguntou a empregada.
-Sim, e com cobertura de chantilly. – respondeu a Sofia.
-Não vai demorar muito. Até já.
-Obrigada! – e assim que a empregada se afastou da mesa ela voltou-se para mim – Não devia pedir o Chantilly, mas é tão difícil resistir… Adoro! Podia mergulhar o corpo todo naqui-lo…
Lógicamente que a imagem mental que fiz dela, mergulhada numa banheira de chantilly, me transtornou um pouco! “Concentra-te Alfredo!”
Tendo eu ficado em silêncio a olhar fixamente para ela, caiu um estranho silêncio entre nós, que foi ela quem quebrou com um sorriso:
-Posso sabem o em que é que estás a pensar?
“É melhor não!”
-Que não me importava de ser pasteleiro…
Ela corou de uma maneira adorável.
Na mesa ao lado a Lita e a Cris, disfarçadas com óculos escuros, bonés e camisas de homem aos quadrados, tipo lenhador, ouviam tudo.
-Bem, parece que se safou do embate inicial… - sussurrou a Cris.
-Ee até que nem esteve mal…
De volta à nossa mesa:
-Bem, eles não foram forretas com o Chantilly… - disse eu, admirado com o prato!
-Pois não! Acho que vamos ficar com as caras cheias de… - e não acabou a frase, agarrou-me nos cabelos, enfiou-me a cara no prato enquanto dizia baixinho – Baixa-te!
Eu bem queria levantar a cabeça do prato, mas ela ainda me estava a agarrar.
-Tudo bem! – disse ela – Acho que ele não…
-Sofia!
-Ah! Olá Asdrúbal!
-Pá, esse tipo está bem? – perguntou ele apontando para mim. Ela largou-me finalmente.
-Claro que sim. É o meu primo, o Freddy e está a fazer aquela cena do Chantilly… Lembras-te do meu primo…?
-Ah! Ya, claro,… - respondeu ele sem convicção nenhuma - …aquele teu primo daquela cena onde fomos daquela vez… Como é que vai isso, mano?
-Vai bem! – respondi eu sem perceber bem o que se estava a passar – Mas podia ficar melhor se tivesse uma toalha!
-Ele é sempre tão brincalhão, não é?
-Sofia, tenho andado preocupado contigo. Não apareces há uns dias… - disse o Asdrúbal.
-Pois…
-Mas olha, devíamos ir andando, que hoje vou ter mais umas visitas especiais lá em casa, se me percebes… - disse ele piscando-lhe o olho.
-Hã… Pois, mas é que…
-Aqui o primo… hã… coiso…
-Freddy! – disse eu!
-…não se importa, poi não? Bora! – e agarrou a mão da Sofia, arrastando-a atrás de si para fora do restaurante, deixando-me com o ar mais estupido deste mundo sentado à mesa!
“Mas que raio se passou aqui?” pensava eu, tentando fazer algum sentido daquilo!
Entretanto, já na rua, a Sofia volta-se para o Asdrúbal:
-Espera, acho que deixei o meu telemóvel lá dentro…
-Ok! Eu tenho o carro estacionado mesmo ali à esquina!
Ela lá voltou para trás, chegou ao pé de mim e segredou:
-Desculpa! Mesmo! Mas isto é um assunto que eu tenho adiado e que tenho de resolver. Mas eu prometo que te vou compensar. – e deu-me um xoxo!
E foi assim a primeira vez que saí com uma rapariga…
Published on July 29, 2015 05:37
Como ser um garanhão (edição especial para Marrões) - XXIV
XXIV – Até ias para a cama comigo?
-Olha lá, mas tu és parvo?
-Cada vez acho mais que sim!
Íamos no carro em direcção a casa!
-Eu também! Que é que te passou pela cabeça para me ofereceres assim?
-Hã?
-“Não pode ser com a Cris? Tu gostas da Cris, não gostas?”
-Ah!
-Ah pois é!
-Até pensei que não te importasses… Já o fizeste com ela…
-Eu já fiz muita coisa, mesmo muito e algumas bastante estúpidas… muitas até… se calhar demasiadas! Mas sempre as fiz por minha escolha! Nunca fui usada por ninguém!
Caí em mim! Comportei-me como um miúdo em frente a uma loja de doces! Fiquei envergonhado!
-Tens razão! Fui estúpido! Desculpa…
-Não há nada a desculpar. Somos amigos e eu já passei por tanta coisa… e sei que não fizeste por mal, só não pensaste com a cabeça certa! Mas imagina que não era eu, imagina que era a Lita, por exemplo… Já pensaste naquilo que ela sentiria?
-Desculpa, mesmo! Eu acho que aprendi a lição… E olha, para me desculpares mesmo, que tal irmos jantar a um lado qualquer? Pago eu…
A Cris olhou para mim algo surpreendida!
-Olha, tás a aprender, hã? Tá bem, bora lá jantar…
Aquela observação fez-me sentir bem.
-Tás a ver, é isto que tens de aprender a fazer.
-O quê?
-Seduzir! E para seduzir não podes usar a cabeça de baixo! Eu sei que a de cima costuma desligar… deve ser do afluxo de sangue, mas ainda assim, tens que aprender a controlar-te e a deixar que a cabeça de cima seduza! Se aprenderes a fazer isso, consegues qualquer mulher.
-Qualquer mulher?
-Ya! Até a Lita, por exemplo…
A imagem pareceu formar-se no meu cérebro e pareceu-me mais maravilhosa do que a recordação do “mexilhão” da Ticha… Até a Lita… Olhei para a Cris! Eu, que nunca tinha tido uma amiga, tinha aqui uma à prova de bala! Sim, ela passa a vida a sacanear-me, mas…
Pois é! Ela passa a vida a sacanear-me!
-Até tu?
-Yá! Até eu!
-Isso quer dizer que até ias para a cama comigo?
-Sim…
-E queres ir?
Ela olhou para mim, levantou o sobrolho, fez um sorriso sacana e respondeu:
-Mas tu ainda não sabes gatinhar e já queres correr?
***
A Cris contava à Lita estes desenvolvimentos e a maneira como conheci a minha estrela porno preferida, a Tisha Montes, de uma maneira muito mais íntima do que alguma vez imaginara. Riam as duas à gargalhada!
-Ooh páah! Cooitado!
-Mas é que não tás bem a ver a cara dele quando acordou e me estava a falar do “sonho” e a Tisha falou…
-Caalculo! – e Lita ficou pensativa – Pois! Reealmente, ele ainda é mesmo Viirgem!
-Ya! – respondeu a Cris ainda a rir.
-Ee que raio de aamigas somos nos? – Perguntou a Lita, e levantou-se de repente.
-Mas onde é que tu vais?
-Faazer o que uma booa amiga deve fazer! Voou trataar do assunto…
-Pera, não podes fazer isso!
-Porque nãão?
-Porque… Ele é virgem, vai ser muito mau…
-Nãão faaz mal! Eeu já estoou habituada…
-Sim, mas depois vai criar um clima esquisito aqui em casa…
-Aachas?
-Tu achas que ele não vai ficar caidinho pela primeira mulher que estiver com ele? E depois? Tu vais só resolver um problema, mas para ele vai ser muito mais do que isso? Já pensaste nisso?
-Mas ele precisa de aajuda! Nãão pode seer saudável ter a idade dele e ainda nãão teer sentido a íintimidade de uma mulher…
-Sim, mas também não pode ser assim! Ele tem de chegar lá por ele… senão… não vai ser tão marcante, percebes?
A Lita parou pensativa, reflectindo nas palavras de Cris. Depois condescendeu!
-Teens razão!
-Lita…
-Siim?
-Nunca lhe contes esta conversa senão ele vai odiar-me…
Claro que um dia, muito depois disto, a Lita contou! E eu não a odiei…
-Olha lá, mas tu és parvo?
-Cada vez acho mais que sim!
Íamos no carro em direcção a casa!
-Eu também! Que é que te passou pela cabeça para me ofereceres assim?
-Hã?
-“Não pode ser com a Cris? Tu gostas da Cris, não gostas?”
-Ah!
-Ah pois é!
-Até pensei que não te importasses… Já o fizeste com ela…
-Eu já fiz muita coisa, mesmo muito e algumas bastante estúpidas… muitas até… se calhar demasiadas! Mas sempre as fiz por minha escolha! Nunca fui usada por ninguém!
Caí em mim! Comportei-me como um miúdo em frente a uma loja de doces! Fiquei envergonhado!
-Tens razão! Fui estúpido! Desculpa…
-Não há nada a desculpar. Somos amigos e eu já passei por tanta coisa… e sei que não fizeste por mal, só não pensaste com a cabeça certa! Mas imagina que não era eu, imagina que era a Lita, por exemplo… Já pensaste naquilo que ela sentiria?
-Desculpa, mesmo! Eu acho que aprendi a lição… E olha, para me desculpares mesmo, que tal irmos jantar a um lado qualquer? Pago eu…
A Cris olhou para mim algo surpreendida!
-Olha, tás a aprender, hã? Tá bem, bora lá jantar…
Aquela observação fez-me sentir bem.
-Tás a ver, é isto que tens de aprender a fazer.
-O quê?
-Seduzir! E para seduzir não podes usar a cabeça de baixo! Eu sei que a de cima costuma desligar… deve ser do afluxo de sangue, mas ainda assim, tens que aprender a controlar-te e a deixar que a cabeça de cima seduza! Se aprenderes a fazer isso, consegues qualquer mulher.
-Qualquer mulher?
-Ya! Até a Lita, por exemplo…
A imagem pareceu formar-se no meu cérebro e pareceu-me mais maravilhosa do que a recordação do “mexilhão” da Ticha… Até a Lita… Olhei para a Cris! Eu, que nunca tinha tido uma amiga, tinha aqui uma à prova de bala! Sim, ela passa a vida a sacanear-me, mas…
Pois é! Ela passa a vida a sacanear-me!
-Até tu?
-Yá! Até eu!
-Isso quer dizer que até ias para a cama comigo?
-Sim…
-E queres ir?
Ela olhou para mim, levantou o sobrolho, fez um sorriso sacana e respondeu:
-Mas tu ainda não sabes gatinhar e já queres correr?
***
A Cris contava à Lita estes desenvolvimentos e a maneira como conheci a minha estrela porno preferida, a Tisha Montes, de uma maneira muito mais íntima do que alguma vez imaginara. Riam as duas à gargalhada!
-Ooh páah! Cooitado!
-Mas é que não tás bem a ver a cara dele quando acordou e me estava a falar do “sonho” e a Tisha falou…
-Caalculo! – e Lita ficou pensativa – Pois! Reealmente, ele ainda é mesmo Viirgem!
-Ya! – respondeu a Cris ainda a rir.
-Ee que raio de aamigas somos nos? – Perguntou a Lita, e levantou-se de repente.
-Mas onde é que tu vais?
-Faazer o que uma booa amiga deve fazer! Voou trataar do assunto…
-Pera, não podes fazer isso!
-Porque nãão?
-Porque… Ele é virgem, vai ser muito mau…
-Nãão faaz mal! Eeu já estoou habituada…
-Sim, mas depois vai criar um clima esquisito aqui em casa…
-Aachas?
-Tu achas que ele não vai ficar caidinho pela primeira mulher que estiver com ele? E depois? Tu vais só resolver um problema, mas para ele vai ser muito mais do que isso? Já pensaste nisso?
-Mas ele precisa de aajuda! Nãão pode seer saudável ter a idade dele e ainda nãão teer sentido a íintimidade de uma mulher…
-Sim, mas também não pode ser assim! Ele tem de chegar lá por ele… senão… não vai ser tão marcante, percebes?
A Lita parou pensativa, reflectindo nas palavras de Cris. Depois condescendeu!
-Teens razão!
-Lita…
-Siim?
-Nunca lhe contes esta conversa senão ele vai odiar-me…
Claro que um dia, muito depois disto, a Lita contou! E eu não a odiei…
Published on July 29, 2015 00:00