Denise Bottmann's Blog, page 74

May 23, 2012

athena editora

chama a atenção o catálogo humanista, quase iluminista, da athena editora, desde a data de sua fundação (agosto de 1935). são dos primeiros aportes de campanella, erasmo de roterdã, maquiavel, la bruyère, rousseau, voltaire, darwin, croce, kropotkin... chama a atenção também o perfil de seus colaboradores: lívio xavier, fúlvio abramo, aristides lobo, evaristo de morais, francisco frola.



laurence hallewell, em seu amplo levantamento da história d' o livro no brasil, faz apenas uma brevíssima menção à editora, desproporcional à sua importância e não efêmera existência. ao tratar dos efeitos da profunda crise mundial a partir de 1929, entre elas a brutal queda do volume de livros importados para menos de um terço, chegando ao pico de baixa em 1936, quando a importação da frança estava 94% abaixo dos patamares de 1928. é nesse contexto econômico que o livro brasileiro e a ficção traduzida no brasil têm um arranque inédito, iniciado pela livraria do globo - "outras logo a acompanharam, a athena editora, do rio, por exemplo, fundada em 1935". é esta a única menção de hallewell à athena.



sergio miceli, em intelectuais à brasileira, cita também rapidamente a athena, apesar de classificá-la entre as editoras de médio porte: apenas menciona a cifra de 70 mil exemplares atingida em 1937.



o diário oficial da união determina o registro da athena editora em sua edição de 26 de agosto de 1935, com o termo 36.330. seu proprietário: p. petraccone.



o mesmo miceli menciona petraccone muito por cima, precisamente no contexto econômico apontado por hallewell: "vários comerciantes especializados na importação de livros resolvem ampliar suas atividades no ramo com a abertura de um departamento editorial: pongetti, vecchi, petraccone, garavini, bertaso, zagari etc. foram sensíveis às mudanças que então se operavam e passaram a traduzir para o mercado interno as obras que antes eles mesmos importavam" (p.142).



trata-se de pasquale petraccone, editor do jornal italia libera, integrante destacado da liga antifascista das colônias italianas no brasil, de agitada biografia e intensa participação nos movimentos de esquerda no país, classificado nos arquivos do dops como trotskista. há fartíssimo material sobre suas atividades, mas muito pouco sobre seu trabalho à frente da athena editora.



está aí um tema fecundo para pesquisas sobre as contribuições da militância de esquerda não-stalinista para a história cultural brasileira.


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Published on May 23, 2012 13:56

May 21, 2012

"paulo m. oliveira"

paulo m. oliveira (ou também paulo m. de oliveira) traduziu algumas obras fundamentais nos anos 1930 - mais especificamente entre 1935 e 1939 -, em geral para a coleção "bibliotheca classica" da athena editora.



a cidade do sol, de campanella, 1935





pensamentos de pascal, 1936 - não encontrei imagem de capa



a confissão de um filho do século, de musset, 1936 (com adelaide pinheiro guimarães)







dos delitos e das penas, de beccaria, 1937 (aqui na edição de 1956)






vida nova, de dante, 1937 (com "blásio demétrio")






elogio da loucura, de erasmo, 1939






discurso sobre o método, de descartes, 1939






gargântua, de rabelais, sem data (athena ainda com "h")



máximas e reflexões, la rochefoucauld, 1939 (este pela brasil editora)



o que há de muito interessante é a identidade de "paulo m. oliveira". conheço esse nome faz décadas, mas nunca localizei nenhuma referência sobre a pessoa. até que um dia, comentando a garfada da martin claret sobre a vida nova de dante, em tradução de blásio demétrio e paulo m. oliveira, paula abramo me informou que, na verdade, "blásio demétrio" foi o pseudônimo que seu avô fúlvio abramo tinha usado para essa tradução que fizera quando estava na prisão. publiquei essa informação impressionante aqui , com a imagem da carta que fúlvio enviara à família comentando o fato, imagem esta gentilmente enviada por paula. na carta, fúlvio dizia que estava traduzindo vida nova "com outro preso". na época, até especulei se não poderia ser seu camarada de militância lívio xavier, que também traduziu várias coisas importantes.



hoje, por mero acaso, vejo dois gargântuas, um pela athena com "h" e outro pela atena após a reforma ortográfica, sem o "h", em 1957. o primeiro trazia créditos de tradução para paulo m. oliveira; o segundo... até me arrepia! vou guardar o suspense mais um pouco.



fico surpresa e vejo aquela cidade do sol de paulo m. oliveira, de 1935, ressurgir pela mesma editora (já na grafia sem "h") em 1956. caramba, não me aguentei: era ARISTIDES LOBO!!!



aí claro que tudo faz mais sentido: a concentração das traduções durante o período de suas prisões, o trabalho em conjunto com seu colega trotskista fúlvio abramo, o reaparecimento de duas delas pela mesma atena duas décadas mais tarde etc.



achei a descoberta realmente sensacional - se não ainda efetivamente uma descoberta comprovada, pelo menos uma fecundíssima hipótese altamente provável, que mereceria um estudo para valer pelos interessados na história da tradução brasileira e, sobretudo, no enorme papel desempenhado pela esquerda na seara tradutória (tema sobre o qual nunca canso de insistir). neste contexto, seria interessante conhecer melhor também a história da athena (cujo catálogo, após sua extinção, migrou em larga medida para a ediouro, que até hoje publica as traduções de aristides lobo e de "paulo m. oliveira"), abrigando o trabalho de lívio xavier, fúlvio abramo, aristides lobo - e lembrar também que a athena publicava coisas de evaristo de moraes, que recorrera da sentença contra aristides e conseguiu seu indulto em 1938. aliás, isso me faz lembrar o apoio que ênio silveira dava a militantes na clandestinidade, encomendando-lhes traduções para a civilização brasileira.



quanta história!


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Published on May 21, 2012 19:19

May 20, 2012

que interessante!

tão cedo não vou fazer um levantamento de thomas mann no brasil, mas algumas coisas vale a pena comentar, mesmo avulsas:



a primeira obra de mann entre nós parece ter sido o impressionante mário e o mágico, em 1934, por uma editora da qual eu nunca tinha ouvido falar, machado & ninitch, do rio de janeiro, de efemeríssima duração. a tradução é do iugoslavo radicado no brasil, zoran ninitch (que foi também o introdutor de darwin e um dos introdutores de stefan zweig no brasil) . não encontrei nenhuma capinha nem registro em nosso acervo nacional (embora haja um exemplar na biblioteca nacional da alemanha). aqui na capa da primeira edição alemã, em 1930, com ilustrações de hans meid:








agradeço a nilton resende a preciosa indicação dos créditos da tradução de zoran ninitch - aliás, vale a pena conferir o blog o mágico, aqui, do grupo teatral cia. ganymedes, com textos de nilton resende sobre a adaptação dessa novela de thomas mann. 



também em 1934, sai tonio kröger, em tradução de charlotte von orloff, pela guanabara:










e em 1944 millôr fernandes, então mal e mal com vinte anos de idade, traduzia "não terás outros deuses em minha presença", no volume de textos antinazistas chamado os dez mandamentos e um certo sr. hitler, que saiu pel' o cruzeiro:







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Published on May 20, 2012 17:14

May 19, 2012

herman melville no brasil

vamos a herman melville, a quinta estrela que faltava para completarmos a constelação da chamada american renaissance traduzida no brasil.



quanto ao magnum opus de melville, moby dick, a vasta relação das traduções integrais, condensações, adaptações e quadrinizações já foi apresentada no post "aniversário de moby dick", aqui. neste post apresentarei seus outros escritos lançados no país.



mas cabe retomar uma adaptação de moby dick, pois foi ela, até onde consegui apurar, a primeira publicação de melville no brasil. chegou a nós em 1935 por iniciativa de monteiro lobato (mais uma vez, tal como ocorrera com jack london), agora com a colaboração de adalberto rochsteiner. a tradução e adaptação a quatro mãos foi publicada pela companhia editora nacional, trazendo o subtítulo de a fera do mar, com várias reedições ao longo das décadas:








depois, em 1945, teremos "a história do 'town-ho'" com tradução de guilherme figueiredo, in os norte-americanos: antigos e modernos, pela editora leitura, atualmente no catálogo da ediouro com o título de contos norte-americanos: os clássicos. incluído na coletânea os melhores contos de aventuras, pela agir, 2008:



OS MELHORES CONTOS DE AVENTURAS Contos norte-americanos






em 1952, saem "benito cereno" e "billy budd" apanhados num volume de título dramas do mar, em  tradução de octavio mendes cajado, pela saraiva. será reeditado várias vezes pela tecnoprint/ ediouro a partir de 1966:



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em 1961, sai o primeiro "bartleby" brasileiro in os mais belos contos norte-americanos, em tradução de therson santos, pela caravela:



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em 1963, sai "billy budd, gajeiro do mastro real" em tradução de eurico dowens,* in novelas norte-americanas, com seleção de cassiano nunes, pela cultrix, com reedição em 1965:








* para este dado, estou me baseando em irene hirsch, aqui (no volume constam mais três tradutores - teria de conferir ao vivo).







em 1967 é lançada uma "tradução especial" de typee, com o título de mares do sul, atribuída a jacob penteado e a josé maria machado, pelo clube do livro. quanto às "traduções especiais" do clube do livro, veja aqui.








em 1967, bartleby sai com o título de "prefiro não fazer - uma história de wall street", in sete novelas clássicas, com tradução de márcio cotrim e outros, pela imago/ lidador:








em 1969, temos a coletânea selecionada e traduzida por olívia krähenbühl, com o título de contos de herman melville: "bartleby", "o homem do pára-raios", "o terraço" e "benito cereno". tem algumas reedições e em 1987 sai pelo círculo do livro com o título de os melhores contos de herman melville:




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em c.1971, billy budd sai em sua terceira tradução, agora de pedro ramires, pela bruguera:




Autor:Melville, Herman,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1819-1891.
Título original:[Billy Budd, sailor. Portugues]
Título / Barra de autoria:Billy Budd / Herman Melville ; traducao de Pedro Porto Carreiro Ramires. -
Imprenta:Rio [de Janeiro] : Bruguera, c1971. 
Descrição física:160p. ; 18cm. -



também em c. 1971, sai um terceiro benito cereno, agora em tradução de sandro pivatto, também pela bruguera:




Autor:Melville, Herman,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1819-1891.
Título original:[Benito Cereno. Portugues]
Título / Barra de autoria:Benito Cereno / Herman Melville ; traducao de Sandro Pivatto. -
Imprenta:Rio [de Janeiro] : Bruguera, c1971. 



em 1982, sai bartleby, o escrivão, em tradução de a. b. pinheiro de lemos (o mesmo que fazia as traduções de harold robbins que depois nelson rodrigues apenas assinava), pela record, e agora na josé olympio, que hoje em dia pertence ao grupo record:



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em 1984, temos taipi, paraíso de canibais, em tradução de henrique araújo mesquita, pela l&pm:







em 1986, aparece outro bartleby, agora o escriturário, em tradução de luís de lima, pela rocco, relançado em 2010:



Com projeto gráfico reformulado, edição apresenta Melville ao público jovem




em 1992, vem mais um benito cereno, agora em tradução de daniel piza, pela imago:








ainda em 1992, mais um pouco de novidade - o vigarista, em tradução de eliana sabino, pela 34:







em 2003, retorna o incansável bartleby, o escriturário, em tradução de cássia zanon, pela l&pm:








em 2003, sai a quarta tradução de billy budd, agora em tradução de alexandre hubner, pela cosac naify:








em 2005, temos mais um billy budd, marinheiro, agora em tradução de cássia zanon, pela l&pm:








em 2006, sai o sétimo bartleby, o escrivão - uma história de wall street, em tradução de irene hirsch, pela cosac naify:



Título do Livro




em 2009, mais um pouco de novidade, com o ensaio sobre hawthorne e seus musgos, em tradução de luiz roberto takayama, pela hedra:








em 2011, continuam algumas novidades com o violonista e outras histórias, em tradução de lúcia helena de seixas brito, pela arte e letra, com o conto que dá título ao volume, mais "o homem dos pára-raios", "eu e minha chaminé", "a varanda", "o paraíso dos solteirões", "o inferno das donzelas":



























resumindo: o campeão de traduções é bartleby, com nada menos de sete entre 1961 e 2006; segue-se billy budd com cinco, entre 1952 e 2005; depois, benito cereno com quatro traduções entre 1952 e 1992. "o terraço"/ "a varanda" e "o homem do pára-raios", que também fazem parte das piazza tales (1856) com "bartleby" e "benito", ganharam duas traduções. o engraçado é que os outros dois contos que completam a coletânea original, "the encantadas or enchanted isles" e "the bell-tower", pelo visto continuam inéditos entre nós, depois de um século e meio. por outro lado, que bom que algumas editoras tragam alguma variedade, inclusive pelo lado ensaístico de melville. já pretender que lancem algum poema talvez seja querer demais.



em relação a billy budd, vale a pena ler o artigo de alfredo monte comentando a análise de hannah arendt, aqui.


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Published on May 19, 2012 20:52

May 15, 2012

walt whitman no brasil




tentando rematar a constelação nuclear da chamada american renaissance e seguindo uma sugestão de david ericeira, passo a reconstituir a trajetória bibliográfica de walt whitman no brasil. o que pude apurar até o momento foi o seguinte:



em 1942, sai uma coletânea chamada poetas norte-americanos, em organização de gaston figueira, com o poema "vejo uma imensa esfera rolando no espaço" ("a song of the rolling earth") em tradução de bezerra de freitas e octavio azevedo, pela bipa/ editorial novo continente.








data de 1944 ou 1945 aquela que parece ser a primeira coletânea de poemas de whitman no brasil: saudação ao mundo e outros poemas, em tradução de mário d. ferreira santos, pela editora flama.








em 1945, luís da câmara cascudo publica sua tradução de três poemas (i hear america singing, the base of all metaphysics e for you, o democracy) no jornal a república de natal, que posteriormente foram apanhados num fino volume de 15 páginas, com o título de três poemas de walt whitman, lançado pela imprensa oficial de recife em 1957:



Câmara Cascudo - Três Poemas De Walt Whitman - Autografado




em 1946, a josé olympio lança a tradução de oswaldino marques de cantos de whitman. não localizei imagem de capa, apenas a dedicatória do tradutor:










em 1955, oswaldino marques organiza uma coletânea de videntes e sonâmbulos, a qual, informa ivo barroso, foi reeditada com o título de o livro de ouro da poesia dos estados unidos, com seis poemas de whitman em tradução de mário ferreira santos ("transbordante de vida"), câmara cascudo ("o fundamento de toda metafísica"), emilio carrera guerra, pompeu de souza e o próprio oswaldino. os outros quatro poemas são "a christmas greeting", "when lilacs last in the dooryard bloom'd", "o star of france" e "so long", mas não sei quem traduziu o quê.



Capa








em 1956, sai sinfonia da vida (poemas), em tradução de messias donato, sem indicação de editora:




Autor: Whitman, Walt, 1819-1892. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Sinfonia da vida (poemas)
Imprenta:[1956] 
Descrição física:118 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Donato, Messias P. trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  
Classificação Dewey:
Edição:
811
Indicação do Catálogo:II-319,7,17 



em 1964, geir campos seleciona e traduz excertos da primeira edição de leaves of grass (1855), porém com o título de folhas de relva (o que pode induzir algum leitor a pensar que seria a íntegra), em edição pela civilização brasileira. a tradução de geir campos é reeditada pela brasiliense em 1983, em sua coleção de "cantadas literárias", com o título de folhas das folhas de relva (retomando as flores das flores do mal, a seleta de guilherme de almeida para a obra de baudelaire) - a partir de 1986, sai também pela ediouro:











em 1976, aparece "a preciosa instituição do amor entre camaradas", in poetas norte-americanos, antologia organizada por paulo vizioli, pela lidador, em edição bilíngue.




em 1988, sai walt whitman. a formação do poeta, biografia de paul zweig traduzida por ângela melim, trazendo poemas e excertos em tradução de eduardo francisco alves, pela jorge zahar:










em 1996, é lançado o poema "eu canto o corpo elétrico", em tradução de ivo barroso para os cadernos de espetáculos 2, setembro de 1996. disponível aqui.


em 2000, temos song of myself / canção de mim mesmo em tradução de andré cardoso, pela imago/ alumni, em edição bilíngue:








em 2001, aparece uma seleção e tradução de ramsés ramos para folhas da relva (mas são apenas excertos), pela plano/ oficina editorial da unb.



em 2005, sai folhas de relva em tradução de luciano alves meira, pela martin claret:








em 2006, a iluminuras publica folhas de relva em tradução de rodrigo garcia lopes, em edição bilíngue, a partir da primeira versão do autor (1855):



Folhas de Relva = Leaves of




em 2011, sai a edição de folhas de relva em sua versão definitiva (1889, dita "do leito de morte", única autorizada por whitman em testamento), com tradução de bruno gambarotto, pela hedra:










encontra-se uma excelente súmula da fortuna crítica e tradutória de whitman no brasil no artigo "a voz oceânica de walt whitman", de ivo barroso, disponível aqui.



acredito que devem existir vários poemas e excertos traduzidos e publicados em antologias e coletâneas impressas ou virtuais. conforme for localizando, acrescentarei aqui.





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Published on May 15, 2012 08:55

May 13, 2012

a semente que germinou

suélen bortolo, pesquisando algumas traduções, encontrou uma edição de a semente sob a neve, de ignazio silone, pela editora germinal (2001), com tradução em nome de wilson hilário borges, que lhe despertou perplexidade. suélen informa que a edição da germinal traz passagens absolutamente idênticas à edição que saiu pela brasiliense em 1947, em tradução de eglantina santi:



Livro - A Semente Sob A Neve - Ignazio Silone




aliás, sobre várias ishpertezas do gênero perpetradas pela fagueira germinal, usando o nome do dono, da filha do dono, da companheira do dono e do sobrinho do dono para assinar pretensas traduções que não passam de cópias descaradas de antigas traduções, veja aqui.



sempre na germinal:


para o caso de oblomov, de goncharov, veja-se aqui;
para o caso de d. h. lawrence, com mulheres apaixonadas, aqui;
para hermann broch, com os sonâmbulos, aqui;
para o homem que foi quinta-feira, de chesterton, aqui;
para isaac b. singer e o escravo, aqui.

não cheguei a comparar as duas edições de a semente sob a neve, mas fica registrado o alerta de suélen bortolo. em vista do histórico da editora, todo cuidado é pouco.


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Published on May 13, 2012 17:40

a biografia do van gogh

From the Hardcover edition




criei um novo blog, reunindo comentários que tenho posto no facebook sobre a  biografia de van gogh que estou traduzindo. o blog se chama a biografia do van gogh e o link é este aqui.


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Published on May 13, 2012 08:11

May 10, 2012

a coleção ibero-americana da folha

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um gentil leitor sugeriu aqui que eu comentasse a coleção de autores ibero-americanos que a folha está lançando. respondi que esta eu ia ficar devendo, por várias razões: não estou acompanhando a coleção, não tenho conhecimento suficiente da literatura ibero-americana para avaliar a seleção, do pouco que li, de modo geral, conheço apenas uma tradução.



em todo caso, fui ver a tal coleção. afinal, depois do papelão ridículo que a folha fez com aquela coleção pavorosa dos vinte "livros que mudaram o mundo", da qual acho que se salvavam só uns três volumes (veja aqui), a gente fica meio assim...



mas que gratíssima surpresa! nomes indispensáveis e obras fundamentais - de língua espanhola, lá estão meu querido onetti, meu amadíssimo bioy casares, meu prezado cabrera-infante, além das figurinhas carimbadíssimas do borges, do llosa e do lorca; coisas mais modernas como vila-matas, piglia, pauls e bolaño.



e os tradutores, ah, os tradutores! ninguém menos que josely vianna baptista, rosa freire d'aguiar, heloísa jahn, sérgio molina, davi arrigucci jr., bernardo ajzenberg e outros mais, a fina flor da tradução literária brasileira.



só posso agradecer ao leitor que deu o toque, despertou minha curiosidade e me deixou entusiasmada. e à folha, meus parabéns, mesmo!



a coleção da folha está aqui.


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Published on May 10, 2012 19:44

ralph w. emerson no brasil

ralph waldo emerson, o mestre do transcendentalismo americano e "mentor" de henry d. thoreau, chegou ao brasil em 1940 com a conduta da vida, em tradução de c. m. fonseca, pelas edições e publicações brasil. em 2003 essa tradução foi retomada pela martin claret, com o título de a conduta para a vida.





sem data, mas suponho nos anos 40, a edigraf lança homens representativos, em "tradução revista" por alfredo gomes. essa tradução anônima trafega para a tecnoprint/ ediouro em 1967, mas agora atribuída a alfredo gomes. à esq., página de rosto da 2a. edição (1960); à dir., ediouro:






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em 1948, é publicado um volume chamado inglaterra e sua gente (english traits) em tradução de acácio frança, pelo editorial progresso.   




em 1952, saem excertos seus em o pensamento vivo de emerson, de edgar lee masters, em tradução de ida goldstein, pela livraria martins:




O PENSAMENTO VIVO DE EMERSON





em 1953, sai "caráter" in ensaístas americanos, em tradução de sarmento de beires e josé duarte, pela jackson:










em 1955, os super-homens, pela livraria progresso, sem créditos de tradução:









numa edição sem data, que suponho ser do final dos anos 50/ início dos anos 60, sai pela cultura moderna os super-homens em "tradução revista" por a. roitman:




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em 1966, sai um volume de ensaios, com seleção e tradução de josé paulo paes, pela cultrix:




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em 1994, sai outro volume de ensaios, correspondendo à coletânea original de essays (first series), em tradução de carlos graieb e josé marcos mariani de macedo, pela imago:




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em 1996, também pela imago sai uma nova tradução de homens representativos, agora de sônia régis:




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em 2004, sai uma inacreditável mixórdia de excertos de vários autores, chamada inspirações positivas: a chave do sucesso, pela editora v&r (vergara e riba):




Inspirações Positivas: a Chave do Sucesso





em 2010, sai "thoreau", in walden, apêndice, em tradução minha, pela l&pm:










em 2011, sai natureza, em tradução de davi araújo, pela dracaena:










ainda para 2012, está previsto o lançamento de dois ensaios, "independência" e "amizade", pela l&pm, em tradução minha.







observação: em 2003, a martin claret lançou mais uma de suas traduções espúrias, esta em nome de "jean melville" assinando ensaios numa cópia mal disfarçada das traduções de beires/duarte e graieb/mariani (veja aqui):












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Published on May 10, 2012 18:47

pendências






nesses levantamentos sobre traduções no brasil que ando fazendo, há três autores cuja bibliografia ainda preciso completar: são eles dostoiévski, dickens e jack london. a compilação de dados está praticamente completa, mas falta montar a apresentação. como ultimamente tenho passado para outros autores, fica o aviso:  os três estão em andamento, e logo mais devo concluí-los.



imagem: drowning in paperwork


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Published on May 10, 2012 16:31

Denise Bottmann's Blog

Denise Bottmann
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