Izzy Nobre's Blog, page 18

March 23, 2016

VOLTO JÁ CAMBADA!

aMIGOS, PEÇO eita, o Caps Lock prendeu. Agora vai.


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Amigos, peço sinceros perdões — vários ao mesmo tempo — pela minha ausência aqui no HBD Media & Carpintaria LTDA. Eu estive ocupado feito a polícia federal em Brasília esses, mas logo menos estamos aqui de volta atualizando este dinossauro da era áurea dos blogs brasileiros. A única coisa que tenho tido tempo ultimamente é de atualizar meu canal, já que fui confrontado pelo Jovem Nerd em relação à definição da palavra “diário”, que eu aparentemente estive considerando que significava “de três em três dias mais ou menos”. O erro foi corrigido.


VOLTE AMANHÃ!


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Published on March 23, 2016 09:06

March 15, 2016

Trailer novo filme do Seth Rogen me deixou com pena de comida

Vai que esse é o segredo pra eu finalmente emagrecer?


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O eterno galhofeiro de Hollywood (e sósia de Izzy Nobre de acordo com vários de meus seguidores) Seth Rogen chegou hoje no Tuíter todo faceiro com o trailer do seu novo filme, Sausage Party.


Não sei como embedar videozim de tuíter nessa porra aqui então vai o do YouTube mermo.



No começo do filme, eu torci o nariz, pensando que estavam tentando fazer algo similar ao injustificável Foodfight!. Um bando de comida antropomorfizada vivendo loucas aventuras num supermercado — e mais estranhamente ainda, idealizando o ato da sua compra por humanos? Mas que negócio mais bosta.


Aí o trailer, como se estivesse ouvindo meus pensamentos, mostra que está perfeitamente ciente de como isso é absurdo. É justamente daí que vem o humor negro da parada.


Eu já gosto bastante do Seth Rogen e sua trupe, por mais que os filmes sejam previsíveis, os personagens formulaicos — aliás, eles mal atuam, né? Aqueles “personagens” são facsimiles dos próprios atores na real. E uma comédia animada absurdista de comidas desbocadas tentando fugir de sua sina desumana vale meus dinheiros.


Sausage Party, a propósito, é uma expressão idiomática que se usa pra se referir a festas onde só vão homens. Vamos chutar aqui nos comentários como é que a distribuidora traduzirá pro Brasil?


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Published on March 15, 2016 11:26

March 14, 2016

A subcultura “Juggalo”

Vocês sabem quem são os Juggalos? Hoje eu queria conversar sobre isso com meus seguidores do Twitter mas notei que esse é um daqueles fenômenos tão intrinsicamente norte americanos que não parece ter sido importado — e duvido que jamais seja. Então, cabe a a mim explicar o que essa parada significa.


juggalo


Juggalos são como se chamam os fãs do grupo de rap americano Insane Clown Posse. O grupo usa e abusa da iconografia circense, pintando-se de palhaços e tudo — um gesto emulado pelos fãs. O próprio termo “Juggalo” veio da horrível “The Juggla“, que é uma corruptela de “juggler”, ou “malabarista”. Um dos rappers começou a chamar o público de “jugglas” durante uma performance da música; o termo eventualmente virou “juggalos”, e pegou.


Particular ao subgrupo é sua devoção ao Faygo, um refrigerante vagabundo de Detroit, a mesma cidade do grupo. Imagine um refrigerante competidor do guaraná Dolly; é mais ou menos isso.


Uma das coisas mais difíceis de achar no fandom do Insane Clown Posse é um fã negro. Isso acontece porque o grupo é a parada mais quintessencialmente “white trash” que existe; eles fazem sucesso entre adolescentes brancos de classes mais baixas, geralmente com pouca educação/poder aquisitivo.


Por essas e outras, ser abertamente fã do grupo é visto como coisa de gente sem sofisticação. Tanto musicalmente quanto culturalmente, é muito parecido com o fenômeno do funk no Brasil.


Dá pra ter uma noção do nível da fanbase quando você vê vídeos que os caras gravam com o público. Como por exemplo, este aqui:



Não que hajam apenas aspectos negativos do fanclub dos rappers — existe um senso de coesão entre os entusiastas; a maioria se considera ostracizado pelo mainstream (sabe nos filmes americanos, os caras “losers”, pobres, e tal? Então), mas entre si eles se entendem. Tanto é que o grupo foca repetidamente, em suas letras, no aspecto de “família” que os fãs compartilham entre si.


A banda promove um evento anual chamado “Gathering of the Juggalos”. É um misto de Spring Break com Woodstock, se você substituísse a música por um ruído insuportável e os hippies sujos por fãs de rap (porém igualmente sujos).


Só de ver os vídeos do negócio eu já sinto como se tivesse pego tétano e/ou clamídia. Observe:



Tem este documentário sobre o Gathering, especificamente sobre a competição de Miss Juggalette (e a tentativa de “consertar” o rumo que a competição ia levando nos últimos anos, de acordo com alguns):



Além do aspecto circense, com essas pinturas de palhaço na cara e letras que fazem referências a picadeiro, mágicos e o caralho, há uma veia meio… agressiva nas músicas também. São constantes as referências a assassinatos (particularmente com machadinhos — é uma especie de signature move deles). Isso fez com que a revelação de que o ICP era na verdade um grupo cristão ainda mais surpreendente.


Yep. Em 2002, o grupo gravou “Thy Unveiling”, onde finalmente explicaram que a parada toda era uma metáfora cristã. Olhaí:



A propósito, acredito que a maior exposição do grupo pros internautas brasileiros foi graças à (horrível) Miracles. Parte apreciação dos fenômenos naturais ao nosso redor, parte retorno à alegoria cristã que ninguém sabe ao certo se é sincera ou trollagem, o vídeo foi amplamente detonado pela cultura popular gringa e até zoado no Saturday Night Live.



Uma parada que eu esqueci de mencionar é que o Gathering of the Juggalos tem como “tradição” zonear apresentações da galera mais “mainstream” que aparece no evento. O mais icônico foi o caso do Andrew WK. Rever esse vídeo hoje foi o que me inspirou a escrever esse post, aliás:



Curiosamente, o Andrew WK é tão carismático e bonachão que parece ter convencido a platéia a dar o braço a torcer.


Três anos mais tarde, quando o Charlie Sheen tentou transformar aquele seu meltdown público numa turnê de stand up ou seja lá o que era aquele “My Violent Torpedo of Truth/Defeat is Not An Option”, a galera não teve a mesma boa vontade:



Outra vítima notória dos Juggalos (ué, cadê o tal clima de camaradagem, família, paz e amor e tal?) foi a proto-cantora e clinicamente desesperada por atenção Tila Tequila. Nem os peitinhos da asiática foram suficientes pra satisfazer a turba, que protestou contra a performance jogando várias garrafas de Faygo cheias de mijo.



A última vez que vi alguém se apresentando rodeado de tanto segurança, era um líder de estado — e isso nem foi o bastante, porque alguns Juggalos tinham mira melhor que os outros e acertam pedras na fuça dela.


E… é basicamente isso. A lição de moral aqui, acredito, é que antes de torcer o nariz pra nossa “cultura do povão”, achando que países de primeiro mundo não tem equivalentes… pense novamente.


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Published on March 14, 2016 13:00

March 11, 2016

A mais importante dica que nunca te deram sobre seus dentes

Eu vou fazer uma confissão aqui da qual vocês certamente compactuam.


Eu passei muito tempo negligenciando minha higiene bucal.


dentes


Escovar os dentes era basicamente o mínimo que eu fazia, e ainda assim pulava algumas ocasiões por pura preguiça. Enxaguante bucal eu acho que nem tinha aqui em casa por anos. Passar fio dental? Literalmente nunca, e chegou a um ponto em que eu nem mentia mais pro dentista quando ele perguntava. Certamente eu não sou o único, pensava, e além disso o cara tá olhando meus dentes com uma LUPA aí. Deve ter pedaços de coxinha ainda visíveis, como eu vou mentir pro sujeito assim na cara dura?


A gente sabe, na teoria, que cuidar dos dentes é inimaginavelmente importante. Um dos bugs desse nosso corpo humano vagabundo é que só temos duas dentições — a de leite, que é literalmente descartável, e a final que você tem aí hoje. Ao contrário de quase tudo no nosso corpo, os dentes não tem aquela capacidade wolverinística de se regenerar, e assim sendo você passa a vida inteira emporcalhando essa parada desde o dia em que ela brota dolorosamente das suas gengivas.


Dente é um negócio todo errado. Você sabia que o seu dente de leite inútil pode, tal qual no Dragon Ball Z, fundir-se com os dentes do lado e desgraçar a sua vida? Olha que desgraça:



Tem também o fenômeno inverso disso aí, a geminação dentária — quando um dente se divide em dois, porque afinal de contas, foda-se você e a sua boca.


É uma merda. Precisamos cuidar direito desse negócio. E passar fio dental, como acredito que todos sabem, é essencial. Aliás, é curiosa a desconfiança que algumas pessoas  tem da indústria médica — se os teóricos de conspiração estivessem realmente certos, dentistas se oporiam completamente ao fio dental, inventando mil motivos pra você não usar a parada (em vez de te dar aquela guilt trip quando você admite que a última vez que passou foi em 1998).


Apenas recentemente é que eu passei a aderir ao mandamento do dentista de passar fio dental. Curiosamente, não foi o MEU dentista que finalmente me fez enxergar a luz — foi um dentista anônimo no Reddit. Se é que o cara sequer era dentista mesmo.


O conselho do cara foi o seguinte. Se você é desses que não costuma passar fio dental com frequência, faz o seguinte: vai ao banheiro, pega um fio dental, e passa em uns 4 ou 5 dentes. Coisa rápida, deve demorar uns 20 segundos só


Depois, dá uma cheirada no negócio. E tente não vomitar.


É fácil esquecer que após cada refeiçao, nossos dentes ficam decorados com pedacinhos de comida que vão sendo lentamente digeridos por bactérias ao longo do seu dia. Essa mistura asquerosa vai acumulando, acumulando, se misturando com outras comidas de outras refeições, e emporcalhando completamente a sua boca — que já é por natureza algo asqueroso: lembre-se que há mais bactérias na sua boca do que no seu cu.


Imagina dar uma cagada daquelas de domingo a tarde sozinho em casa e não se limpar. Não passar fio dental após uma refeição é basicamente isso, com o agravante que você está projetando aquele ar pútrido na direção dos outros quando fala com alguém.


Aliás, é pior que isso. Apenas escovar os dentes o almoço seria equivalente a cagar, e como ritual de limpeza, apenas deixar a bunda na frente do ventilador por alguns segundos, crendo estar perfeitamente asseado.


Eu não pude crer no choque que essa experiência me causou. Desde então passo fio dental após CADA refeição, cuidadosamente (a idéia não é estourar as gengivas no frenesi de se limpar, vai com calma aí), meticulosamente. Como resultado disso, eu notei que o cheiro do fio dental foi completamente anulado. É o descaso do acúmulo que torna a parada totalmente nojenta.


Esse conselho tão simples mudou minha higiene bucal de forma que inúmeros dentistas não conseguiram antes. Hoje, se como fora de casa e não tenho acesso a escova de dente e fio dental, me dá até ansiedade.


Se você é dentista e lê meu site, taí um truque pra você recomendar aos seus pacientes. Certamente não irei no consultório com bacon entre os molares novamente.


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Published on March 11, 2016 08:52

March 10, 2016

Quer ouvir uns podcasts gringos com seu amigo Izzy Nobre? Aqui estão!

Olá amigos. Como os senhores provavelmente sabem, eu tenho uma certa presença nas redes sociais gringas. Em vez de encher o saco apenas de brasileiros, estou agora projetando meus pensamentos através do meu canal em inglês e meu Tuíter, igualmente em inglês.


Uma boa parcela do meu público nesses veículos anglofonos é formada de brasileiros, mas estive tendo um sucesso razoável em atingir a websfera norte americana. E por causa disso, fui convidado pra participar de alguns podcasts!


Primeiro, participei do Burning Barrel, um podcast gamer/nerd aqui de Calgary. Há essa versão no YouTube, mas eles estão no iTunes e demais agregadores de podcasts também:



O Burning Barrel foi bastante divertido porque tive a oportunidade de explicar pros gringos como era ser nerd no Brasil nos anos 90. A galera que curte o 99Vidas vai curtir essa pegada.


Em seguida, fui convidado pra participar do Class vs Crass, um podcast americano sobre notícias da Nintendo. O Shawn Long, um dos co-apresentadores, é uma figuraça. E os caras fizeram até uma caricatura minha pro thumbnail do programa!



E recentemente, gravei um episódio do excelente The Nerd Room, um podcast sobre nerdagens em geral. No episódio que gravei, falamos sobre o trailer de Ghostbusters, o que tá rolando no universo Marvel no momento, e sobre o hábito de colecionar action figures (e na real, qualquer tipo de quinquilharia) de Star Wars. O Tim, que é o criador do podcast — e um cara gente finíssima — tem no porão de sua casa um verdadeiro santuário Star Wars.


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E essa foto não mostra nem 10% da coleção dele. O local inteiro é LOTADO de coisinhas de Star Wars!


Gravar o The Nerd Room foi uma experiência fantástica. Foi o primeiro podcast gringo que gravei presencialmente, isso é, eu fui lá de fato conhecer os caras, sentei na mesa com eles, revi a pauta junto, etc — enquanto os outros dois foram gravados via Skype.


O Tim e o Troy, os apresentadores, são gente finíssima que realmente entendem e amam nerdice. Gostei muito de conhecer os caras, a química e a energia foram muito boas, e acho que o programa ficou BEM legal.


Prestigiem lá!


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Published on March 10, 2016 07:25

March 8, 2016

Feliz 10 anos de youtube pra mim!

Hoje um inscrito me chamou atenção ao fato de que eu completo 10 anos no YouTube. Embora não duvidasse da palavra do Marcos Junior, queria confirmar por mim mesmo antes de anunciar/celebrar a data. Já pensou eu faço o maior texto aqui refletindo sobre uma década no site de compartilhamento de vídeos, e na real estou completando apenas uns 8 anos ou algo assim? Seria uma vergonha.


Mas aí está.


10 anos


É curioso como o YouTube era diferente naquela época. Meu irmão, que morava nos EUA em 2006, me ligou pra perguntar se eu já tinha ouvido falar do site. Era, primordialmente, um site pra ver clipes de música — e praticamente nada mais. Lembro como foi uma mudança de paradigma estranha poder assistir um clipe em qualquer momento que eu quisesse; até então estávamos todos acostumados a assistir clipes de acordo com o horário que a MTV decidia pra gente.


Quer dizer, teve a época em que baixávamos clipes via IRC, com marca dágua do LBVidz por cima (aliás, curiosamente, eles ainda existem), mas dava um certo trabalho. Digitar o nome do clipe numa página e assisti-lo imediatamente era completamente novo.


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Eu rapidamente percebi que poderia usar o site pra mostrar a vida canadense pros meus familiares no Brasil — que, ironicamente, acho que nem assistem mais meu canal, se é que algum dia atenderam meu pedido de “olha esse vídeo aqui!”.


Pra celebrar esse aniversário de uma década do meu canal, vamos assistir meu primeiro vídeo!



Queria agradecer os broders que participaram dessa longa caminhada comigo. Vamos ver se o YouTube dura outros 10 anos.


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Published on March 08, 2016 03:53

March 3, 2016

A incrível máquina de música do Martin Molin

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Eu brincava com bolas de gude quando era criança. Não manjava bem da parada, porque sempre perdia todas as bolinhas pros malandros do bairro e era obrigado a caminhar, derrotado, à vendinha da esquina pra comprar mais. Eu sempre achava que ninguém dominava mais o esporte do que aqueles moleques lá do bairro.


Obviamente eu estava erradíssimo porque descobri um sujeito que elevou o “brincar com bolinhas de gude” ao patamar “nossa mano, nem no The Incredible Machines seguindo tutorial em vídeo eu conseguiria montar essa porra”.



O sujeito montou uma imensa máquina de música que funciona mais ou menos com a mecânica daquelas caixinhas de música que tu dá corda e tal, mas usando bolinhas de gude. E a melodia é mó bacaninha, dat bassline doe.


A engenharia por trás da máquina é algo estonteante; eu não consigo imaginar como foi projetar/montar esse negócio. Eu volto pra casa com uma mísera cadeira da Ikea e isso já é o suficiente pra destruir minha sanidade e quase arruinar meu casamento.


E eu já quero é um cover metal dessa musiquinha aí.


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Published on March 03, 2016 08:04

March 2, 2016

Como a minha cidade inteira passou a odiar o Leonardo DiCaprio

Nominee for Best Actor in


Não só a minha cidade, aliás — toda a região aqui.


É o seguinte. Como sabemos, o ator recentemente assassinou um meme lendário, finalmente  ganhando um Oscar por sua atuação em The Revenenant (“O Regresso” aí no Brasil, ou “Dirilis” na Turquia). Enquanto filmava aqui em Calgary, o ator notou que o clima estava muito ameno pra época do ano: quando se esperava temperaturas mais ou menos na região de 20 graus negativos, o termometro na realidade registrava 10 ou 15 graus positivos — uma diferença de mais de 30 graus.


E o Leonardo falou sobre isso com a mídia. A Variety publicou uma matéria em que o ator dizia que a galera da região estava assustada com o inédito fenômeno, o que confirma a teoria do aquecimento global.


Não que o aquecimento global não seja real — é que o Leonardo escolheu o pior fenômeno pra “provar” que ele existe. As montanhas rochosas ao oeste da nossa região servem como uma barreira para frentes quentes que vem do Oceano Pacífico. Essas frentes geralmente se dissipam ao longo da distância que percorrem, mas por causa dessa nossa geografia, elas vão acumulando atrás das montanhas, até finalmente “escorrer” pro outro lado. Esse fenômeno tem nome, inclusive — “chinook”, um termo indígena (justamente porque os primeiros povos canadenses já estavam ciente dessa parada).


Quando isso finalmente acontece, a temperatura sobe subitamente aqui em Calgary. Já presenciei variações de quase 30 graus em questão de menos de 10 horas.


Aliás, o fenômeno não é aquela parada meio fantástica/esotérica que você só consegue ver nas simulações do metereologista no jornal. Dá pra literalmente ver o chinook chegando como uma PAREDE de nuvem:


Procura “chinook arch” no Google que você verá um monte.


Aí o que acontece é o seguinte. A galera aqui da região já é meio avessa à ciência da mudança climática global; Alberta é uma região produtora de petróleo, e bem conservadora (alguns chegam a chamar a nossa região de “Texas do Norte” por causa disso). Papos ambientalistas são, por ia de regra, encarados aqui com muita má vontade — especialmente papos ambientalistas vindos de celebridades.


Aí vem o Leonardo DiCaprio com essa história de que os calgarienses teriam ficado “assustados” com chinooks (quando na realidade a galera aqui antecipa chinooks com animação, porque é uma folga do frio desgraçado que temos que aturar durante 4 meses).


Isso fez a maioria da galera aqui da cidade, que já é de forma geral cética em relação a aquecimento global, achar que esse papo era uma grande balela do ator. E a mídia local vem zoando o cara desde então.


dicaprio


Tão aloprando o cara sem dó:



Este é o Ezra Levant, uma espécie de Bill O’Reilly canadense, zoando o ator de forma mais escrachada:



Em seu discurso no Oscar, DiCaprio bateu novamente na tecla do aquecimento global. Ainda putos, a mídia daqui então bateu de novo NELE.


Pobre DiCaprio.


 


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Published on March 02, 2016 07:41

February 23, 2016

Aprenda a tocar um sapo (peraí, isso soou errado)

Frequentemente me pergunto como as pessoas descobrem certas coisas. Por exemplo, quem descobriu o boquete? O primeiro cara que sugeriu a prática devia confiar MUITÍSSIMO em sua mulher.


Mas nada me deixou mais em dúvida em relação à ingenuidade humana pra descobrir as coisas que esse vídeo aqui. O vídeo existe na web desde 2009, mas só esse ano descobriram algo mágico sobre ele.



Alguém pegou um sapo (rã? Sei lá) e apertou o bicho, produzindo o que parece ser uma perfeita escala pentatônica. Eu não sei exatamente o que é uma escala pentatônica mas soa correto.


O que alguém descobriu ao ver o vídeo é que se você apertar a sequência 6, 6, 6, 8, 5, 6, 8, 5, 6, 3, 3, 3, 2, 5, 6, 8, 5, 6 enquanto o vídeo toca, o sapo/rã reproduz o icônico tema do Darth Vader.


E não é só isso. Outros sapistas (que outro nome darei pra essa galera que aparentemente é expert em tocar sapo?) descobriram inúmeras outras tablaturas pro instrumento. Por exemplo:


Pra tocar Sandstorm: 6,6,6,6,6,6 4,4,4,5,5,5,7 6,6,6,6,6,6 4,6,6,6,6,6


Pra tocar o tema do Mario: 33-3-53-2–7–


Pra tocar Iron Man do Black Sabbath: 6-5 5-4-4 2-3-2-3-2-3 5-5 4-4


Como eu sou um desocupado do caralho que deveria estar estudando, descobri que dá pra tocar o tema de Jurassic Park apertando 676 89 – 676 89 – 67766 897.


Agora comecemos aí embaixo o previsível debate chato de que rir da acidental musicalidade do vídeo te torna um filho da puta odiador de animais. Eu conheço vocês.


A única coisa que eu abusei através desse vídeo foi meu teclado, estou convencido que o 6 está funcionando agora só 30% das vezes em que aperto.


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Published on February 23, 2016 07:24

February 18, 2016

A mulher que tentou ensinar golfinhos a falar (com punhetas e LSD)

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Olhe ao seu redor. Seu computador, seu celular, seu videogame, a própria energia elétrica que permite que você use todos esses equipamentos para ignorar suas responsabilidades e família… a ciência é realmente uma maravilha.


Entretanto, pra cada acerto da ciência, houve um imenso histórico de erros. E ao contrário da nossa vida e do Tetris, onde os acertos se apagam e os erros se acumulam, com a ciência é mais fácil lembrar das vitórias do que das pisadas na jaca. Todos conhecemos e aplaudimos o programa espacial, o GPS e o radinho a pilha, mas você lembra, ou sequer sabia, que a CIA montou puteiros nos EUA nos anos 50 pra meter LSD na galera sem que eles soubessem disso? Poisé.


Então, a história de hoje é mais uma dessas presepadas científicas que se você parar pra pensar eu já devia ter contado aqui no HBD. Esse tipo de história é simplesmente perfeita pro meu site.


Em 1958 um neurocientista chamado John C Lilly montou um mega laboratório pra estudar as capacidades cognitivas dos golfinhos. A teoria é que bebês aprendem a falar por causa do convívio com humanos, logo, e se um golfinho convivesse com um ser humano? Vai aprender a falar, lógico.


O cara montou uma casa parcialmente cheia de água, e botou uma de suas colegas de trabalho pra morar com o golfinho. A garota passava os dias brincando com o golfinho, encorajando-o a fazer sons mais próximos da fonética humana.


O que em golfinhês aparentemente significa que a mina tava afim. Ah, esqueci de mencionar que o nome do bicho era PETER. Eu devia ter dito isso antes, porque o texto fica melhor estruturado, e eu poderia até editar o começo pra incluir o nome do filho da puta lá em cima, mas foda-se.


Então, o Peter começou a fazer avanços sexuais pra cima da Margaret, cujo nome eu também só lembrei de mencionar agora. Minha professora de redação da sexta série me daria um zero redondíssimo por esse texto. As “cantadas” do golfinho, que começaram com mordiscadas nos pés e coisas do tipo, começaram a ficar um pouco mais agressivas, obrigando a mulher a andar dentro da casa com botas de borracha e um cabo de vassoura pra disciplinar o golfinho tarado. Em algumas ocasiões o Peter bateu na mina com tanta agressividade que deixou hematomas.


Se só assistir Tubarão já deixa alguém traumatizado de ir à praia de novo, imagina então essa pobre mulher. Pelo menos o tubarão tá tentando te comer só com a boca.


O jeito foi mandar o Peter pra ter encontro românticos com as golfinhas, pra ver se aliviava o tesão do animal. O problema é que os pesquisadores começaram a temer que esse contato com outros cetáceos iria fazer o Peter “esquecer” o pouco que já tinha aprendido. Não tem jeito, trouxeram o bicho de volta pra casa e a Margaret que tome cuidado.


Mas o golfinho resolveu partir pra outra estratégia. Em vez de descer a porrada na pesquisadora, ele começou a fazer avanços mais tenros — que consistiam em fazer uns carinhos na mulher e depois virar e mostrar a piroca. Conheço caras que fazem isso no Twitter também.


Movida por sei lá que tipo de lógica, a pesquisadora decidiu que fazer uns “agrados” no golfinho talvez o tornasse mais cooperativo. E de fato isso aconteceu — o bicho parou definitivamente de fazer avanços tão agressivos e se tornou mais atencioso durante as lições.


Falando nelas, existem gravações de algumas sessões da Margaret com o Peter. Se parece simplesmente que alguém está peidando dentro de uma banheira, bem, é isso mesmo.



Os pesquisadores decidiram que se o preço da cooperação do golfinho era que a Margaret teria que bater ali umas punhetinhas nele de vez em quando, bem, é o custo do progresso.


Teve uma época em que o governo americano gostava de meter LSD em experiências, de acordo com o princípio da metodologia científica entitulado “Vai Que Dá Em Alguma Coisa”. Seguindo essa cartilha, os pesquisadores começaram a dar LSD pro golfinho. Enquanto a menina lá batia aquela punhetinha no bicho.


Eventualmente alguém decidiu que essa putaria toda aí não valia o dinheiro do contribuinte, e cancelaram os fundos da pesquisa — que também não rendeu nenhum resultado esperado. Jamais conseguiram ensinar o animal a falar nada.


Por outro lado um golfinho conseguiu treinar humanos a lhe dar drogas e punhetas.


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Published on February 18, 2016 08:34

Izzy Nobre's Blog

Izzy Nobre
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