Izzy Nobre's Blog, page 64

May 17, 2013

[ Bobagem Internética do Dia ] Porra, pegaram ele :(

Sei que ele passou boa parte de todos os filmes em que aparece fazendo merda, mas porra! Suas ações durante a invasão dos Skrulls Ultimat… digo, dos “Chitauri” (vocês que não lêem quadrinhos: fodam-se pra entender) salvaram Nova Iorque!


pegaram


Aliás, é Nova Iorque ou Nova York…? Aquela revolução ultrajovem gramatical de uns anos atrás já decidiu isso, ou só encasquetou mesmo com o acento de “idéia” que eu irei para a cova usando, tal qual os velhos que insistiam em escrever “pharmácia”?


Faltou colocarem o N que falta em MUITO também. De repente um dia consertam isso.


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Published on May 17, 2013 19:22

[ Bobagem Internética do Dia ] Alguém não prestou atenção quando editou este vídeo de fitness…

Quando você faz um vídeo e tem a mínima preocupação possível com valores de produção, existe uma grande atenção a alguns detalhes técnicos — isso diferencia o seu vídeo daquele feito por uma criança que descobriu sem querer como apertar o botão “REC”.


Quando é um vídeo profissional e comercial, existem diversas pessoas que se ocupam diretamente com isso. Gente que presta atenção na iluminação, no enquadramento, na composição da cena, essas porras todas.


Pelo jeito anda faltando em Hollywood um sujeito responsável por garantir que não haja alguém cagando no background de uma filmagem.



http://www.youtube.com/watch?v=DPNYVOWudKg



Avance aos 19 segundos. Enquanto essa menina tenta se exercitar, perceba um sujeito cagando sem a menor cerimônia a meros metros de distância da mulher, presumivelmente sendo visto (e cheirado; não esqueçam do cheiro) por toda a equipe de filmagem, sem sequer ter a cortesia e a decência de fechar a porta enquanto esvazia os intestinos.


Aos 33 segundos o cagão reaparece, com a mesma quantidade de pudor e vergonha na cara (zero), cagando livremente e a bel prazer sem qualquer constrangimento.


Antes que você dê uma de Sherlock internético: não, o vídeo não é uma paródia ou algum tipo de gracinha youtubística; o canal é legitimamente de fitness e tem mais de 800 vídeos. Teriam os caras gerenciadores do canal jogado a cautela (e possivelmente sua credibilidade) ao vento e inserido esse Easter egg num vídeo, só “de zua”? Ou teria a galera do TheDailyHiit contratado o Mr. Magoo pra filmar e editar esse vídeo?


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Published on May 17, 2013 15:51

May 16, 2013

O dia em que comprei uma bicicleta e, poucas horas depois, me arrebentei no chão

Todo dia, invariavelmente, inexoravelmente, tão certo quanto o sol nasce no Leste e se põe no Oeste, tem uma merda.


Há algumas semanas eu vinha pensando em comprar uma nova bicicreta. A minha antiga, comprada lá pelos meios de 2007 (que foi a última vez que eu seriamente considerei uma bicicleta como um meio de transporte viável, por morar perto do trabalho), foi abandonada ao total descaso e desalento nos últimos anos. A coitada aguentou a fúria de múltiplos invernos, completamente exposta as intempéries, e estava tão enferrujada que só de olhar pra ela eu já achava necessário tomar uma antitetânica.


Num espírito misto de economizar dinheiro (planejo comprar uma casa nos próximos 2-3 anos), um ímpeto de perder peso, e por que não dizer até mesmo uma pitadinha de preocupação com o meio ambiente, meti na cabeça que deveria comprar uma nova bicicleta.


Fui à loja próxima de artigos esportivos, algo tão compatível quanto o demônio participando duma procissão do Padre Cícero, pra escolher a bicicreta — em compania da adorável Nathalia, uma leitora do HBD que está perdida aqui em Calgary. Como entendo tanto de bicicleta quanto entendo de bicicletas (nada), escolhi a mais bonitinha e pronto.


Photo 2013-05-13 4 43 12 PM

E ainda comprei um sininho verde, já que não tinham cor de rosa.


Só que a loja exerce uma política de reter a bicicleta recém-comprada para que os técnicos dêem uma geral nela pra averiguar o funcionamento e tal, o comprador volta no dia seguinte para retira-la. Mesmo tendo que esperar outras 24 horas para andar no meu novo meio de transporte, voltei pra casa entusiasmado, imaginando minhas aventuras em duas rodas. Imaginei-me pedalando ferozmente, os quilos de banha derretendo-se sob o sol canadense, minha carteira se avolumando com os maços de notas que eu economizarei em gasolina.


Pensei em criar uma playlist pra musiquinhas bicicletísticas. E aí… eu fiquei em dúvida. É seguro andar de bicicleta ouvindo música? Como todas as outras dúvidas existenciais que me afligem, levei esta para o fórum apropriado: o twitter.


“Ô pessoal, tem perigo andar de bicicleta ouvindo música?” perguntei aos 43 mil malucos que perdem seus tempos me seguindo.


As respostas foram variadas. Alguns aventureiros disseram que não dá nada e garantiram que fazem o mesmo todo dia. Outros, mais cautelosos, comentaram que ouviram falar de primos de vizinhos de colegas de faculdade que morreram atropelados de forma semelhante.


E os mais sensatos lembraram que eu fui parar no hospital apenas por arrumar minha cama, e levando isso em consideração eu deveria é andar por aí enrolado em espuma de colchonete e plástico-bolha e não dando chance ao azar.


Comecei a negociar comigo mesmo — de repente, usar apenas um headphone no ouvido, com o outro livre para ouvir buzinas e/ou pedestres desesperados que eu estivesse prestes a atropelar num momento de desatenção, daria de boa. E pensei “o que é essa nossa vida sem riscos, não é mesmo? Eu nem sempre uso fio dental e nunca removo pendrives da forma correta, andar de bicicleta ouvindo música não é nada!”


Fiz uma playlist e, no dia seguinte após o trabalho, dirigi-me à SportChek pra pegar minha já querida bicicreta. Existe sinônimo pra bicicreta? Meu pai falava “magrela” mas creio que isso é coisa dos anos 70 e não sou hipster o bastante pra ficar usando termos arcaicos de forma fashion-irônica.


Então. Montei na nova bicicleta, e já coloquei-a à prova como veículo pedalamotor: fui ao shopping comprar sapatos novos, já que os meus atuais estavam em condições decrépitas similares à da bike antiga. Como você pode ver eu não tomo cuidado com nada e, agora que percebo, o teclado deste Macbook já tá ficando todo ensebado:


Photo 2013-05-16 6 47 46 PM


Pois bem. Fui ao shopping, comprei meus sapatos novos, e pedalei de volta pra casa. A essa altura, eu estava começando a ficar um pouco mais ousado — outrora, apenas um headphone na orelha, enquanto a outra ficava alerta (além da música estar sendo reproduzida num nível de volume tão baixo que eu acredito que jamais usei-o antes).


Depois de algum tempo, fui ficando mais corajos, assim como o cara que quando começa a dirigir não tira os olhos da estrada nem as mãos do volante pra nada, mas com o tempo se sente tão confiante que seria capaz até de ensaiar uma punheta automotiva ao passar por um outdoor particularmente ousado da Marisa.


Já totalmente sem medo, aumentei o volume, e falei “foda-se, não apenas vou por o outro headphone no ouvido, vou também puxar o celular do bolso ocasionalmente para escolher a canção que quero ouvir”.


Ou seja, tal qual um Ícaro cearense, voei muito próximo do Sol. Comecei até mesmo a tuitar, tirar foto e fazer curtos vídeos enquanto pilotava a bike, o que levou a muitos a profetizarem minha queda iminente.


Eu estava carregando (precariamente) uma sacola do lado esquerdo do meu guidon, era a sacola do meu sapato novo. Faltando menos de 500 metros pra chegar em casa, resolvi que estava de saco cheio deste álbum do Marilyn Manson e saquei o telefone do bolso para escolher outra canção, talvez esta. Seguia meu caminho ao lado dessa cerca aí:


Photo 2013-05-13 8 20 49 PM


Neste PRECISO MOMENTO, uma leve brisa jogou o saco pro lado. Esse movimento eólico (combinado com a falta de controle total por estar com o celular na mão) fez com que o guidon da bicicleta acompanhasse o saco em sua brusca guinada pra direita. No desespero, tentei compensar o movimento — só que, tendo apenas uma mão no guidon o controle era impreciso, tal qual um homem cego tentando mijar sem levantar a tábua nem segurar a piroca.


E por isso enfiei a bicicleta COM TUDO pro lado esquerdo — na direção da cerca.


Minha vida inteira passou diante meus olhos. O corpo inteiro estava encharcado de adrenalina, causando aquela sensação familiar de choque/surpresa/desespero que significava que minhas glândulas suprarrenais haviam espremido todo seu conteúdo em minha corrente sanguínea, pensando “caralho esse desgraçado vai cair em cima da gente, vamo ajudar galera!”.


Aquela sensação de FODEU MALUCO, sabe coé? Se você já foi assaltado ou esteve num acidente de carro você sabe do que estou falando.


Com o celular na mão, eu não tinho como retomar controle da bicicleta a menos que fizesse o impensável e largasse-o no chão, e vocês sabem que eu não faria isso. Levantei o braço com o celular, numa tentativa e mante-lo o mais longe possível do chão.


Abaixei a cabeça e retesei os músculos, antecipando a cacetada. Nessa posição, lembrei daqueles panfletos aeronáuticos que recomendam, futilmente, que você abrace as pernas “em caso de pouso de emergência”. Como se essa posição te transformasse no Wolverine.


“Puta que pariu”, foi a última coisa que pensei, com a cabeça encolhia nos ombros, guiando uma bicicleta bamba em seus últimos instantes de precário equilíbrio, com o braço erguido acima da cabeça pra salvar o celular. Ah, e com um saco amarrado no guidon, né. E uma porra dum sininho verde.


Enfiei a bicicleta com força na cerca de metal à minha esquerda. A cabeça bateu na cerca logo depois do pneu; o guidon travou formando um T com o resto da estrutura da bike e viemos abaixo, ela em cima da minha perna. Me esparramei todo, o saco voou longe, mas o celular nem chegou a cair no chão.


Photo 2013-05-13 8 18 37 PM


Me fodi.


Imediatamente um carro deu ré nessa rua aí, a passageira abaixou o vidro e perguntou se eu estava de boa. Falei rindo que não sabia, e ela ofereceu uma ida para o hospital. Muitos de meus amigos trabalham no setor de emergência e eu não sofreria novamente o papelão de ser levado pro hospital graças a um acidente ridículo, ainda mais agora que TRABALHO lá.


Com aquela pose clássica de quem se fodeu em público mas simula despreocupação total com a coisa, agradeci o bom-samaritanismo da mulher. Ela foi embora, o que me deu uma chance de avaliar a situação.


Primeiro, prestei socorro àquele que não dispõe de um sistema de auto-reparo cuidadosamente afinado ao longo de milênios de evolução: meu celular. Inspecionei o iPhone por todos os ângulos, levantando ao sol pra avaliar a superfície dele em condições diferente de reflexo da luz, e decidi que ele ainda estava em condições imaculadas.


Só então fui examinar meu próprio corpo. Os dedinhos estavam assim:


Photo 2013-05-13 8 22 57 PM


Nada de tão grave… até o momento que eu lembrei que no trabalho eu tenho que colocar e tirar luvas de latex duas mil vezes por dia, além de lavar as mãos com álcool em gel intensamente e na mesma frequência. Eu não sabia ainda, mas o dia seguinte no trabalho foi o pior de toda a minha breve carreira naquele hospital.


Na perna, a evidência do contato com alguma peça não-identificada da bicicleta:


Photo 2013-05-13 8 23 52 PM


Eu achava que era só isso, até que senti uma pontada na testa, protestando meu uso dela como para-choques orgânico:


Photo 2013-05-13 8 42 34 PM


Nada mais grave que um rasgo superficial, mas que provocou uma dor de cabeça aguda pelos próximos dois dias.


Sobrava-me apenas verificar o funcionamento do sininho. Ainda funcionava, ainda bem.


Montei na bicicleta pra voltar pra casa, aí pensei duas vezes, desci e caminhei ao lado dela, completamente derrotado.


Não fazia nem três horas que eu tinha comprado aquela porra. Todo dia tem uma merda mesmo.


A propósito: fui criticado por tirar fotos de mim mesmo caído antes mesmo de me levantar. Ora, vocês sabem que considero-me atado a um inexplicável senso de obrigação jornalística; era estritamente necessário fazer um registro do momento. Eu SABIA, momentos após a queda, que teria que escrever um post sobre essa porra e um texto desse sem imagens seria lamentável.


Até porque, eu passei a tarde inteira desafiando a morte tuitando e tirando fotos enquanto andava de bicicleta; meus seguidores — que adoram ver eu me fodendo — estavam SALIVANDO só de imaginar a possibilidade deu tomar uma linda queda. Eu não poderia negar este prazer a eles.


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Published on May 16, 2013 19:09

May 15, 2013

[ Tutorialzim ] Como acessar o catálogo do Netflix americano!

Não suas putas chatas, isso aqui não é post patrocinado nem nada do tipo. Até porque, se fosse, estou dando uma dica valiosas para os senhores, então não entendo o chilique. ENFIM!



Já falei isso sem o menor constrangimento ou exagero: os oito dólares mensais que o Netflix me custa são provavelmente o melhor custo/benefício da minha VIDA. Por míseros oito dólares tenho acesso — em todas as minhas máquinas — a um generoso catálogo de filmes e séries, tudo com legendas, divididos direitinho em suas devidas temporadas, com descrições do episódio e o caralho. Começo a assistir um vídeo em casa, continuo na rua no celular, termino no quarto antes de dormir com a esposa. Verdadeiramente do caralho, eu não abriria mão do serviço NUNCA.


Acontece que aqui no Canadá sofremos de um mal similar ao que vocês passam aí no Brasil: o catálogo do Netflix canadense fica nos pés do catálogo do Netflix americano, que tem praticamente de tudo. Felizmente, há uma forma absurdamente fácil pra você nunca mais reclamar dessa porra no tuíter.


Simples: a solução chama-se MediaHint.


Screen Shot 2013-05-15 at 8.05.21 PM


O MediaHint é uma extensão do Chrome/Firefox que engana o serviço e faz-lo (tá certo isso, FAZ-LO?) pensar que você está na República dos Estados Unidos Americanos — e assim acessar uma livraria de conteúdo bem mais farta.


Pra instalar a parada, basta clicar nesse START USING e seguir as simples instruções. Pra desativar a extensão e assim voltar ao catálogo brasileiro, vai na aba de extensões do seu navegador e desative. Mais fácil que isso, só mastigar pudim.


Antigamente (as in, ontem mesmo) a extensão estava disponível na Chrome Web Store; ela foi removida há muito pouco tempo, talvez meras HORAS atrás. Na fanpage da extensão, eles disseram apenas isso para explicar a remoção:


Screen Shot 2013-05-15 at 8.20.33 PM


Como o serviço se presta basicamente a quebrar as (arbitrárias e desnecessárias) barreiras de licenças de distribuição de conteúdo audiovisual, imagino que o Google tirou a parada da Store pra não parecer que favorece esse tipo de empreitada meio ilegítima.


Fazer o que, né. Pelo menos ainda dá pra instalar!


(E pra você ver como os anos consumindo material legítimo me deixaram: no começo eu sentia peso na consciência por usar o Media Hint. Sério.)


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Published on May 15, 2013 19:14

[ Bobagem Internética do Dia ] Um site que grava os movimentos do seu cursor!

stay


É o seguinte. O site DoNotTouch grava todos os movimentos do cursor do indivíduo que entra no site. Em seguida, o site faz várias perguntas (“Onde você mora? Você é homem ou mulher?”) e exibe na tela opções de resposta — e aí você vê milhares de cursores se  movendo na direção das respostas gravadas anteriormente. É uma demonstração visual do tal hivemind internético do qual tanto se fala. E literalmente, já que o movimento frenético dos milhares de cursores (tentando manter-se no caminho verde, conforme uma das instruções do vídeo) de fato lembra uma nuvem de insetos.


É bastante interessante; o resultado é como se você estivesse assistindo (e participando!) de uma tábua de Ouija multiplayer. E depois dessa porção psicotécnica do vídeo (“siga essa bolinha verde, fique dentro da área verde”) aparece um clipe da banda Light Light, que te convida a criar elementos interativos dentro do vídeo usando os movimentos posteriormente gravados do seu cursor. Bem bacana mesmo.


Ah, e não abra no trabalho. Vai por mim.


A parte mais impressionante pra mim foi quando o vídeo ordenou os internautas a desenharem um smiley num círculo amarelo e os trocentos internautas anônimos e sem nenhuma forma de se comunicar desenharam a porra do smiley com os cursores. Muito interessante.


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Published on May 15, 2013 13:24

May 12, 2013

Feliz dia das mães!

mae


Alguma mãe lê a merda deste site? Penso que nem a minha lê.


Sempre que vejo essa foto, lembro com um certo senso de estupefação que minha mãe era mais nova do que eu sou atualmente quando estava grávida de mim. Isso me faz pensar, porque acho que me considerarei permanentemente incapaz (financeiramente, psicologicamente, responsavelmente) de ter um filho, e no entanto meus pais decidiram — mais jovens do que eu sou hoje, e ouso dizer “com menos conquistas” também — que não eram.


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Published on May 12, 2013 11:12

May 9, 2013

[ Pergunta do dia ] Você já teve alguma memória falsa?

Sim, eu sei que o HBD tava meio abandonado. Tenho meus motivos. Não encham o saco!


Então, no longíquo ano de 1999, não haviam inventado ainda essa superexposição de filmes que estão pra sair. Ainda era possível ir ao cinema sem saber NADA de um filme, absolutamente nada. Foi o motivo pelo qual Matrix (que revendo hoje em dia é um filme relativamente simples) foi considerado na época “difícil de entender” — porque nego foi pro cinema sem saber porra nenhuma. Lembra quanta gente reclamou que não entendeu nada do filme na época?


Não tínhamos 3 ou 4 trailers, não tínhamos 200 posters, não tinha anúncio de trailer, não tinha sequer os tais trailers de trailer (este excesso totalmente desnecessário conhecido como “teaser”, onde pegam o trailer e fazem um TRAILER dele).


Não tínhamos sites cinéfilos reportando desde qualquer alteração no elenco, passsando por qualquer discussãozinha que os envolvidos tenham no set, chegando até  a reportar peidos que os atores dão no estúdio, rankeando-os em relação a odor, consistência e perturbação sonora.


A experiência era basicamente o seguinte: você ia no cinema e chegava atrasado pra ver o filme que realmente queria ver. Mas aí tu via um cartaz interessante, e dizia “ok, vamo ver isso aí então”.


Mas, obviamente, nós nerds roots (que hoje reclamamos da superexposição) íamos atrás de tudo quanto era informação escassa que podíamos encontrar. E nessa época, eu descobri que pouco tempo após estrear no cinema — às vezes antes –, scripts dos filmes vazavam na internet. Lembrando que estamos falando duma época em que a conexão com a internet se arrastava a dolorosos 56kbps, então texto sobre os filmes era o máximo que tínhamos acesso.


20130320-081657.jpg

Pra você ver o quão pouco se tinha pra fazer na internet na época, sentar e ler um script inteiro.


Eu já tinha até assistindo o filme, mas foi num dia que eu tava particularmente cansado e de fato cochilei/perdi algumas cenas.  Quando fui ler o script alguns dias mais tarde, cheguei nessa cena aí do screenshot — que descreve um quase-beijo entre o Neo e a Trinity, que ela interrompe porque quer que o beijo “seja real”, dando a deixa pra que eles saiam da Matrix e se beijem de fato.


Aí que está. Por causa desse roteiro, e por ter assistido o filme meio com sono, na minha cabeça eu tinha visto essa cena do beijo. Minha mente confusa bolou a cena inteira, o ângulo da câmera, os cortes, a posição dos atores. Eu JURAVA que essa cena realmente tinha acontecido.


Quando saiu o DVD e a cena obviamente não estava lá, pensei que o trecho tinha sido removido da versão “home video” do filme, como às vezes acontece — sempre rolam algumas pequenas diferenças entre a versão theatrical, a que sai no cinema, e a versão pro DVD, que comumente é a “director’s cut” — a versão que o diretor queria de fato fazer, mas os estúdios encheram o saco porque tradicionalmente, o maior retorno de um filme é no box office do cinema. O que vier do DVD é lucro, então deixa o filho da puta do diretor mudar o corte da forma que quiser e foda-se.


(Sim seus chatos, eu sei que há alguns filmes que se foderam na bilheteria e renderam no home video)


Então. Algumas semanas atrás, após mais de DEZ ANOS crendo que essa cena tinha realmente acontecido e que eu nunca mais revi porque aquela era a versão theatrical… reli o script do filme (sou muito desocupado mesmo ein) e finalmente entendi que era uma memória falsa. Meu cérebro inventou a cena inteira após eu ler o script em 1999 e eu me convenci de que a cena tinha de fato ido pro filme.


Bizarro, né? Você já teve alguma falsa memória?


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Published on May 09, 2013 07:16

May 1, 2013

[ Joguinho Viciante da Semana ] Random Heroes 2

A grosso modo, a grande maioria jogos de plataforma em aparelhos com touchscreen são uma bosta. Sem o feedback tátil dos controles físicos, certas atividades (pular com precisão, por exemplo) é deprimentemente complicado. E se o ritmo do gameplay for muito acelerado, esquece. Você vai só ter raiva.


Random Heroes 2 é uma exceção disso.


Photo 2013-05-01 9 23 42 PM


Produzido pela Ravenous Games, um pessoal que tem um histórico de joguinhos bacana de plataforma pro iOS, vem Random Heroes 2. É um mata-corre-pula com gráficos pixelizados com aparência 16bits, inúmeras armas pra comprar e upgradear, e um sisteminha Angry Birds de pegar 3 estrelas em cada fase, o que ajuda ainda mais a estender a longevidade do jogo. Mate inimigos = colete moedinhas = economize pra comprar a próxima arma. Repete infinitamente ao longo de 90 fases bem variadas.


Os controles são simples: direita e esquerda, atira no A, pula no B. Aliás, esse é o layout padrão de joguinhos da Ravenous Games, o que me fez perceber que em jogos de plataforma a gente quase nunca usa o pra cima e o pra baixo mesmo.


Eu me amarro em joguinhos nesse estilo, e o gameplay é bem acertado pra uma touchscreen. Olha o trailer:


httpv://www.youtube.com/watch?&v=SenuGcHrLZI


O jogo custa US$0,99 e roda em qualquer aparelho iOS. Compra lá!


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Published on May 01, 2013 20:48

April 29, 2013

[ Pergunta do Dia ] E se todo mundo acima de 10 anos morresse do dia pra noite?

mundo destruído


Outro dia no Reddit alguém postou a seguinte pergunta: e se todo mundo com mais de 5 anos morresse subitamente, o que aconteceria com o planeta Terra?


Achei a pergunta um pouco inviável no aspecto de discussão porque velho, na boa, você já viu uma criança de 5 anos? Se só sobrassem elas no planeta, eles seriam comidos por ratos em pouco tempo.


Então resolvi reformular a idéia pra tornar a hipótese de sobrevivência mais viável — e se todo mundo com mais de 10 anos morresse? Aí sim.


O que imaginei:


- A grande maioria iria morrer. Essa é a maior certeza. Com a morte súbita de todos os mais velhos, todas as crianças em aviões/carros/trens e qualquer método de transporte morreriam junto.


- E os que sobrevivessem estariam bem fodidos. Sem adultos pra gerenciar a infraestrutura mundial, energia, água e essas coisas iriam parar de funcionar bem rapidinho. Em pouco tempo todas as pilhas e baterias morreriam, e seria o fim da tecnologia eletrônica moderna. A internet deixaria de existir também. Aliás, foda-se a internet, como essa molecada ia beber água…?


- Sem poder dirigir ou pegar qualquer tipo de transporte público, as pequenas comunidades de criança que invariavelmente surgiriam após isso seriam bem localizadas (ou seja, a turma dificilmente iria pra muito longe do seu bairro).


- Inicialmente, quem se daria melhor são as crianças que moram perto de algum hipermercado, um Walmart da vida ou algo assim. Se duvidar, muitas inclusive se mudariam pra lá. Exceto que eles teriam que usar lanternas lá dentro, porque como já mencionei, energia elétrica não duraria muito tempo sem ninguém gerenciando a parada.


- A dieta da criançada estaria totalmente fodida. Primeiro, não haveriam adultos nem limitações monetárias impedindo que a molecada comesse exclusivamente porcaria. Além disso, frutas e verduras iam apodrecer em pouco tempo, sobrando de fato apenas comidas porcaria — Ruffles, chocolate, essas porras. O mundo 20 anos depois, supondo que a criançada conseguisse sobreviver esse tempo todo, seria um mundo habitado por gordos com problemas do coração.


- Como as crianças de 10 anos cuidariam das menores? Seria dureza. Com 10 anos a criança não tem muita noção de nada, e as mais novas seriam bem negligenciadas e só se alimentariam de porcaria, como as mais novas.


- As crianças com 10 anos seriam vistas como anciãs pelas mais novas, de 4 ou 5 anos. Supondo que essa nova civilização de criança sobrevivesse até os 40, praticamente toda a sua psiquê seria diferente de um adulto de 40 anos que viva hoje em dia. Além disso, como eles contariam para os mais novos sobre como o mundo antes da morte dos mais velhos…? Seria uma narrativa bem peculiar, imagino.


- Que tipo de religião ou mitologia essa criançada nutriria…? Sem pais pra explicar que não há monstro embaixo da cama nem fantasmas, imagino que a sociedade resultante fosse bastante supersticiosa. Talvez existissem religiões baseadas em personagens infantis como Ben10 ou coisa parecida — e os mais novos só teriam conhecimento dessas coisas ao ver desenhos e fotos.


- Dinheiro evidentemente não teria mais valor. Que moeda seria usada para troca de bens e serviços…? Considerando que são um bando de crianças abandonadas, sem nenhum skill rentável que possam vender e num mundo em que não realmente precisam mais comprar nada, é bem provavel que o mundo financeiro como conhecemos simplesmente deixassem de existir pra sempre.


O que mais você acha que aconteceria?


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Published on April 29, 2013 15:23

April 28, 2013

Hoje não tem mais post novo. Volte amanhã!

Aquele abraço!


mario


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Published on April 28, 2013 14:20

Izzy Nobre's Blog

Izzy Nobre
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