Izzy Nobre's Blog, page 15
June 6, 2016
O dia em que bolaram um plano maquiavélico contra mim
Então né. Fui avisado há alguns meses que um maluco (que já nutre uma paixão/ódio por mim há anos) planejava criar um site cheio de textos ofensivos e atribuir a mim. “Colocar um BO neles”, acredito que é a expressão que a turminha usa.
A idéia começou aqui. Clique nas imagens pra expandir, e reze pra que seja lá que maluquice aflija estas pessoas não se transmita por arquivos .JPG:
A propósito, eles configuraram o fórum lá deles com a data de 2009 numa tentativa pífia de… não entendi ao certo. Invalidar os screenshots…? Enfim.
Uma vez que eu fui eleito o alvo mais proveitoso pra essa estripulia — diga o que quiser dos malucos, mas ao menos são democráticos…? –, começaram a elaborar melhor a idéia. Alguns especialistas em photoshop ajudaram com algumas montagens como a que você vê abaixo:

Os administradores do site configuraram o negócio com datas de 2009, vá entender por que.
Essa imagem do Mein Kempf na minha mão, diga-se de passagem, vem do thumbnail desse vídeo:
Porra, que thumbnail mais escroto! O youtube naquela época era outro mundo. Ninguém se preocupava com thumbnails. Ou vai que se preocupavam, eu que era muito preguiçoso mesmo?
Então. Nesse protótipo malacabdo de 4chan aí deles, estes cebolinhas virtuais passaram vários dias masturbando-se mutualmente com com idéia deste plano infalível contra mim, mas a ideia acabou como a vida desse tipo de indivíduo: não foi a lugar nenhum. Ontem, no entanto, a molecada se reenvigorou com a ideia e puseram o site no ar.
O plano é lotar esse site com textos ofensivos, e então criar perfis fakes no Facebook pra me “denunciar” pra comunidades feministas. O que eles começaram a fazer hoje:
É um plano semelhante ao que puseram em ação contra Lola Aronovich, uma blogueira bem conhecida no meio feminista a quem eles odeiam tanto ou mais do que eu. A Lola documentou muito detalhadamente a palhaçada lá no blog dela, aliás.
INCRIVELMENTE, este plano retardado de incriminar alguém conhecido com um site obviamente exagerado (e ainda por cima sendo tudo planejado num site público) fracassou novamente, o que não exatamente surpreende seus criadores porque eles estão bem familiarizados com fracasso:
Na imagem acima, eles pareciam inicialmente desesperançosos que o negócio colaria. Em seguida, passaram a abertamente hostilizar o pai da ideia, que virou apenas mais uma linha em seu longo currículo de fracassos.
Coitado, mano. Quando os próprios desajustados com os quais você confraterniza te zoam por ser um perdedor completo, a tristeza deve bater lá no âmago da alma.
Aliás, quem seria o idealizador da parada? Conheça Marcelo Valle Silveira Mello, um fracasso humano:
O sujeito é infame na internet há alguns anos, forçando loucamente essa batalha-de-um-retardado-só contra negros, nordestinos, mulheres, e qualquer outro ser que ele julgue inferior a ele mesmo (e sendo preso e/ou avacalhado pelos próprios amiguinhos). É como um Don Quixote de la Mancha (se tivesse sido acidentalmente derrubado de cabeça pelo médico durante seu nascimento), constantemente cercado de moinhos que ele autisticamente tenta combater com esses sites falsos.
Voltando ao seu plano mirabolante de vilão de filme silencioso que amarra mocinha no trilho do trem e afina o bigode entre os dedos soltando uma risada teatral (no caso do Marcello, ele afinaria a monocelha, sei lá — sequer tem testosterona o suficiente pra pelos faciais), lá no chan de seus não-tão amigos, ele está sendo continuamente zoado por sua tentativa falha de me atacar:
“Gado”, no caso, seriam as feministas a quem eles tentam enganar com o plano. O “idoso pai de família” que perdeu emprego seria nosso velho conhecido Albertinho Gázio, que meras HORAS após fazer um vídeo direcionado a mim se gabando de ter um excelente emprego, foi hilariamente demitido do mesmo:
(A propósito, me consta aqui via informantes lá da cidade dele que não é só o emprego que ele vai perder essa semana, mas não quero estragar a surpresa. Deixarei que ele mesmo nos informe a próxima novidade em mais um desses vídeos ridículos dele. Mesmo perdendo um emprego algumas horas após falar sobre ele na internet, o Albertinho tem a mentalidade de uma criança inconsequente e jamais aprenderá a ficar calado)
Pra ser totalmente sincero: quando vi esse vídeo pela primeira vez, eu tive uma pena do cara. No fundo é apenas um coitado sem instrução alguma que encontra alguma realização sendo marginalmente “famoso” no YouTube. Aí eu lembrei que o sujeito falou da minha mãe, pai e até mesmo da minha esposa e passou uns 50% ou 60% da pena que eu estava sentindo.
E não, eu não fui o responsável pela demissão dele. Nem em casa eu estava quando a parada rolou, e eu sequer sabia desse outro emprego dele; mas eu fui informado por email de quem fez o negócio. Existe toda uma pequena multidão de brasileiros lá de Maryland que estão fazendo de TUDO pra foder o cara porque ele deixou alguns “clientes” dos seus tempos de coiote na merda; o próprio já falou nas entrelinhas de seus vídeos que tem muito “brasileiro safado” lá que o odeia. Por que será, Albertinho?
Parece-me que fazer um vídeo me chamando de “cearense cabeça chata” foi a gota pra que a maré virasse contra o sujeito; nos comentários do vídeo (que ele então desativou), vários antigos fãs se mostravam decepcionados com o cara, dizendo que são também nordestinos e que não esperava que ele apelasse pra termos xenofóbicos.
Como em toda treta em que me meto, desafetos vem sempre correndo dar munição, e frequentemente aproveitam o embalo pra se vingar de algum antigo vacilo do sujeito.
Enquanto isso, o que estão falando lá na máquina de destruir reputações zoar o Marcello?
Não foi dessa vez. Os coleguinhas que não alopraram o Marcello por este fracasso retumbante o consolam dizendo que talvez um site em inglês rendesse mais, e mal posso esperar pra ler essas baboseiras de channer desajustado escritas em inglês macarrônico. Eles pensam que eu me amedrontarei com isso “por que não sou conhecido entre Norte Americanos”, então dessa vez vai dar certo!!!!
“Meu inglês é bom”
“Confunde ROLE (papel) com ROLL (rolar)”
Escolha um, colega channer poliglota.
A ideia, no caso, é fazer o site em inglês pra que viralize, e alguma feminista canadense descubra onde eu trabalho, pra que eu então perca meu emprego. Quando apresentei a parada pra minha representante do sindicato hoje, ela literalmente riu — regras seríssimas de confidencialidade impedem legalmente a empresa pra qual eu trabalho de confirmar a terceiros se eu trabalho lá, não importa o que. Nem com ordem judicial eles podem confirmar se alguém trabalha lá ou não. É um nível de sigilo incrível, me sinto trabalhando na Batcaverna.
Pra você ter uma noção, eu tenho que fazer um pedido formal, por carta escrita (não pode ser por email), pedindo que a empresa confirme pra terceiros que eu trabalho lá; se eu tiver que aplicar pra uma vaga em um outro local por exemplo, e esquecer de fazer isso, a empresa não vai me dar uma referência quando ligarem pra perguntar sobre mim. AINDA que o plano fracassado do Marcello rendesse alguma viralização entre Norte Americanos, ao contatar meu empregador eles diriam apenas “me desculpe, não temos a liberdade pra discutir se esta pessoa trabalha aqui ou não” e pronto.
Essa turma não entende como empregos de verdade (leia-se: com real segurança trabalhística) porque nas ocasiões em que essas turbas de internet conseguiram demitir alguém, em todos os casos era algum tipo de trabalhador semi-autônomo com conexões tênues ao empregador, alguém que eles possam se livrar facilmente. Eles pensam que todo mundo tem ESSE nível de relacionamento com seu empregador — alguém reclama por algo que a pessoa (supostamente) falou na internet, e o cara é demitido no ato. Se soubesse o quão realmente difícil é demitir alguém protegido por um sindicato…
Mas vai fundíssimo com o blog em inglês, Marcello. O que seria mais um fracasso humilhante pra um profissional em vexames internéticos?
Ah, a propósito? Eu me mudaria URGENTEMENTE se fosse você. Quem avisa amigo é.
Pra finalizar, esta bela canção com imagens da última vez que o Marcello desceu pro chilindró.
Não será a última vez.
[ Update ] Lá vem a próxima empreitada…

O dia em que bolaram um plano retardo-maquiavélico contra mim
Então né. Fui avisado há alguns meses que um maluco (que já nutre uma paixão/ódio por mim há anos) planejava criar um site cheio de textos ofensivos e atribuir a mim. “Colocar um BO neles”, acredito que é a expressão que a turminha usa.
A idéia começou aqui. Clique nas imagens pra expandir, e reze pra que seja lá que maluquice aflija estas pessoas não se transmita por arquivos .JPG:
A propósito, eles configuraram o fórum lá deles com a data de 2009 numa tentativa pífia de… não entendi ao certo. Invalidar os screenshots…? Enfim.
Uma vez que eu fui eleito o alvo mais proveitoso pra essa estripulia — diga o que quiser dos malucos, mas ao menos são democráticos…? –, começaram a elaborar melhor a idéia. Alguns especialistas em photoshop ajudaram com algumas montagens como a que você vê abaixo:

Os administradores do site configuraram o negócio com datas de 2009, vá entender por que.
Essa imagem do Mein Kempf na minha mão, diga-se de passagem, vem do thumbnail desse vídeo:
Porra, que thumbnail mais escroto! O youtube naquela época era outro mundo. Ninguém se preocupava com thumbnails. Ou vai que se preocupavam, eu que era muito preguiçoso mesmo?
Então. Nesse protótipo malacabdo de 4chan aí deles, estes cebolinhas virtuais passaram vários dias masturbando-se mutualmente com com idéia deste plano infalível contra mim, mas a ideia acabou como a vida desse tipo de indivíduo: não foi a lugar nenhum. Ontem, no entanto, a molecada se reenvigorou com a ideia e puseram o site no ar.
O plano é lotar esse site com textos ofensivos, e então criar perfis fakes no Facebook pra me “denunciar” pra comunidades feministas. O que eles começaram a fazer hoje:
É um plano semelhante ao que puseram em ação contra Lola Aronovich, uma blogueira bem conhecida no meio feminista a quem eles odeiam tanto ou mais do que eu. A Lola documentou muito detalhadamente a palhaçada lá no blog dela, aliás.
INCRIVELMENTE, este plano retardado de incriminar alguém conhecido com um site obviamente exagerado (e ainda por cima sendo tudo planejado num site público) fracassou novamente, o que não exatamente surpreende seus criadores porque eles estão bem familiarizados com fracasso:
Na imagem acima, eles pareciam inicialmente desesperançosos que o negócio colaria. Em seguida, passaram a abertamente hostilizar o pai da ideia, que virou apenas mais uma linha em seu longo currículo de fracassos.
Coitado, mano. Quando os próprios desajustados com os quais você confraterniza te zoam por ser um perdedor completo, a tristeza deve bater lá no âmago da alma.
Aliás, quem seria o idealizador da parada? Conheça Marcelo Valle Silveira Mello, um fracasso humano:
O sujeito é infame na internet há alguns anos, forçando loucamente essa batalha-de-um-retardado-só contra negros, nordestinos, mulheres, e qualquer outro ser que ele julgue inferior a ele mesmo (e sendo preso e/ou avacalhado pelos próprios amiguinhos). É como um Don Quixote de la Mancha (se tivesse sido acidentalmente derrubado de cabeça pelo médico durante seu nascimento), constantemente cercado de moinhos que ele autisticamente tenta combater com esses sites falsos.
Voltando ao seu plano mirabolante de vilão de filme silencioso que amarra mocinha no trilho do trem e afina o bigode entre os dedos soltando uma risada teatral (no caso do Marcello, ele afinaria a monocelha, sei lá — sequer tem testosterona o suficiente pra pelos faciais), lá no chan de seus não-tão amigos, ele está sendo continuamente zoado por sua tentativa falha de me atacar:
“Gado”, no caso, seriam as feministas a quem eles tentam enganar com o plano. O “idoso pai de família” que perdeu emprego seria nosso velho conhecido Albertinho Gázio, que meras HORAS após fazer um vídeo direcionado a mim se gabando de ter um excelente emprego, foi hilariamente demitido do mesmo:
(A propósito, me consta aqui via informantes lá da cidade dele que não é só o emprego que ele vai perder essa semana, mas não quero estragar a surpresa. Deixarei que ele mesmo nos informe a próxima novidade em mais um desses vídeos ridículos dele. Mesmo perdendo um emprego algumas horas após falar sobre ele na internet, o Albertinho tem a mentalidade de uma criança inconsequente e jamais aprenderá a ficar calado)
Pra ser totalmente sincero: quando vi esse vídeo pela primeira vez, eu tive uma pena do cara. No fundo é apenas um coitado sem instrução alguma que encontra alguma realização sendo marginalmente “famoso” no YouTube. Aí eu lembrei que o sujeito falou da minha mãe, pai e até mesmo da minha esposa e passou uns 50% ou 60% da pena que eu estava sentindo.
E não, eu não fui o responsável pela demissão dele. Nem em casa eu estava quando a parada rolou, e eu sequer sabia desse outro emprego dele; mas eu fui informado por email de quem fez o negócio. Existe toda uma pequena multidão de brasileiros lá de Maryland que estão fazendo de TUDO pra foder o cara porque ele deixou alguns “clientes” dos seus tempos de coiote na merda; o próprio já falou nas entrelinhas de seus vídeos que tem muito “brasileiro safado” lá que o odeia. Por que será, Albertinho?
Parece-me que fazer um vídeo me chamando de “cearense cabeça chata” foi a gota pra que a maré virasse contra o sujeito; nos comentários do vídeo (que ele então desativou), vários antigos fãs se mostravam decepcionados com o cara, dizendo que são também nordestinos e que não esperava que ele apelasse pra termos xenofóbicos.
Como em toda treta em que me meto, desafetos vem sempre correndo dar munição, e frequentemente aproveitam o embalo pra se vingar de algum antigo vacilo do sujeito.
Enquanto isso, o que estão falando lá na máquina de destruir reputações zoar o Marcello?
Não foi dessa vez. Os coleguinhas que não alopraram o Marcello por este fracasso retumbante o consolam dizendo que talvez um site em inglês rendesse mais, e mal posso esperar pra ler essas baboseiras de channer desajustado escritas em inglês macarrônico. Eles pensam que eu me amedrontarei com isso “por que não sou conhecido entre Norte Americanos”, então dessa vez vai dar certo!!!!
“Meu inglês é bom”
“Confunde ROLE (papel) com ROLL (rolar)”
Escolha um, colega channer poliglota.
A ideia, no caso, é fazer o site em inglês pra que viralize, e alguma feminista canadense descubra onde eu trabalho, pra que eu então perca meu emprego. Quando apresentei a parada pra minha representante do sindicato hoje, ela literalmente riu — regras seríssimas de confidencialidade impedem legalmente a empresa pra qual eu trabalho de confirmar a terceiros se eu trabalho lá, não importa o que. Nem com ordem judicial eles podem confirmar se alguém trabalha lá ou não. É um nível de sigilo incrível, me sinto trabalhando na Batcaverna.
Pra você ter uma noção, eu tenho que fazer um pedido formal, por carta escrita (não pode ser por email), pedindo que a empresa confirme pra terceiros que eu trabalho lá; se eu tiver que aplicar pra uma vaga em um outro local por exemplo, e esquecer de fazer isso, a empresa não vai me dar uma referência quando ligarem pra perguntar sobre mim. AINDA que o plano fracassado do Marcello rendesse alguma viralização entre Norte Americanos, ao contatar meu empregador eles diriam apenas “me desculpe, não temos a liberdade pra discutir se esta pessoa trabalha aqui ou não” e pronto.
Essa turma não entende como empregos de verdade (leia-se: com real segurança trabalhística) porque nas ocasiões em que essas turbas de internet conseguiram demitir alguém, em todos os casos era algum tipo de trabalhador semi-autônomo com conexões tênues ao empregador, alguém que eles possam se livrar facilmente. Eles pensam que todo mundo tem ESSE nível de relacionamento com seu empregador — alguém reclama por algo que a pessoa (supostamente) falou na internet, e o cara é demitido no ato. Se soubesse o quão realmente difícil é demitir alguém protegido por um sindicato…
Mas vai fundíssimo com o blog em inglês, Marcello. O que seria mais um fracasso humilhante pra um profissional em vexames internéticos?
Ah, a propósito? Eu me mudaria URGENTEMENTE se fosse você. Quem avisa amigo é.
Pra finalizar, esta bela canção com imagens da última vez que o Marcello desceu pro chilindró.
Não será a última vez.
[ Update ] Lá vem a próxima empreitada…

June 3, 2016
Como é que passei a vida inteira sem jogar Castlevania?!
O período em que eu pude ser considerado um gamer hardcore, do tipo que zera múltiplos jogos por semana e tal, que senta pra jogar por horas sem se deixar desviar por distrações adversas, foi extremamente limitado. Amaldiçoado desde criança por uma hiperatividade crônica e uma incorrigível falta de disciplina, pra mim é quase impossível sentar quieto e me concentrar numa tarefa específica. O fato de que eu consegui ser alfabetizado chega a ser um pequeno milagre.
Durante a gravação do recente 99Vidas 208, onde refletimos sobre a série Castlevania como um todo, eu resolvi jogar um pouco de pelo menos um dos jogos pra não ficar boiando o programa inteiro. Na outra ocasião em que gravamos um programa sobre Castlevania (dessa vez, o celebrado Symphony of the Night), apesar de achar que fiz uma boa participação no episódio, não ter meus próprios insights sobre a experiência com o jogo fez falta. Então carreguei o Aria of Sorrow nesse PSPGo que você vê acima e acabei passando o mês inteiro debulhando a parada.
É curioso, porque eu peguei o jogo só pra ter ALGUMA exposição ao lore do ‘Vania, por mais mínima que fosse. Não esperava passar o programa INTEIRO jogando AoS no background da gravação, ou de levar o PSPGo no bolso do jaleco a semana inteira pra continuar a aventura nas pausas do trabalho.
Quando finalmente zerei (!!!!!!), me bateu uma melancolia imediata — porra, acabou? Mas já?! Acho que não explorei o castelo todo, e na pressa pulei alguns diálogos… foi um misto de nostalgia e sentimento de ter desperdiçado algo precioso. E é muito estranho sentir nostalgia de algo que você acabou de experimentar.
Felizmente, me informaram que o Aria of Sorrow tem uma igualmente excelente continuação pro DS, Dawn of Sorrow — seguindo aquela sintaxe clássica de enfiar subtítulos com D e S nas iniciais nos jogos do console de duas telas da Nintendo, um fato que precisa ser comentado em qualquer menção de um jogo de DS que siga esse formato.
Eu não consigo lembrar que outro jogo me prendeu dessa forma, de sentar pra jogar e ficar lá jogando até morrer tanto que preciso parar por um tempo pra não saturar completamente do jogo/arremessar o console na parede. Por muitos anos minha experiência com jogos era algo que quem me acompanha já tinha deduzido através das minhas redes sociais — pego o jogo X, jogo por uns 10 minutinhos no máximo, enjôo, pego outro, jogo outros 5 minutos, enjôo também, e nisso vou passando por minha coleção inteira, frequentemente jogando tão pouco que se torna impossível absorver qualquer coisa da história.
É peculiar que Castlevania, uma série que eu negligenciei a VIDA INTEIRA, tenha revertido esse hábito.

June 2, 2016
Mais cedo ou mais tarde, vai dar merda na Europa
Como é o seu ritual matinal após despertar? Provavelmente é similar ao meu. Viro pro lado do criado mudo, cato o celular — ao mesmo tempo derrubando todos os outros itens que estão lá — e verifico as redes sociais, email, comentários no site, e os números do canal. Como tudo está uma beleza, pra me deprimir um pouco eu vou na CNN ver que coisa horrível aconteceu no mundo hoje. Sabe como é, é bom já matar o otimismo cedinho.
Felizmente, hoje não aconteceu nada terrível no mundo — mas parece que pode ter sido por pouco. As autoridades alemãs prenderam 3 sírios que planejavam ataques na Alemanha, baseando-se em informações dadas por um quarto que está preso na França.
É exatamente o medo que muitos tinham quando essa migração em massa começou. Muitos tentaram combater esse receio com acusações vagas sobre “xenofo/islamofobia”, como se um grupo terrorista com ódio professo pelo mundo ocidental não fosse aproveitar-se de uma multidão sendo acolhida na Europa com pouco ou nenhum critério pra infiltrar alguns filhos da puta.
Mais cedo ou mais tarde vai dar uma imensa merda lá na Europa. Não que já não tenha dado, mas a galera do “peraí gente, vamos com calma, não é bem assim…” insiste em fazer de conta que não há uma guerra cultural entre o mundo ocidental e o mundo islâmico, como se os valores dessa cultura fossem plenamente compatíveis com o mundo civilizado, como se não houvesse qualquer necessidade de reformar a fé ou suas práticas. Essa turma, embora claramente bem intencionada, acidentalmente ajuda a perpetuar o extremismo — afinal, este encontra espaço justamente no relativismo de “ah, mas todas as culturas são válidas gente, não podemos criticar“.
O Islamismo precisa, urgentemente, de uma reforma. Não sou eu falando isso, são vários muçulmanos. A religião em geral tem um viés meio megalomaníaco e parece intrinsicamente ligada a anseios de liderança governamentais — não é a toa que existem tantos países em que grupos de líderes religiosos interferem diretamente na política, e isso prejudica os próprios muçulmanos.
Duvida? Este grupo que eu linkei aí decidiu recentemente que é ok pra maridos bater em suas esposas, contato que não seja muito forte. “Um pedaço de pau pequeno é o suficiente pra deixa-las com medo”, diz a matéria citando os tais líderes religiosos. Como sempre, a turminha bem intencionada corre à wiki do grupo e acrescenta:
However, it must be noted that the legal advice of the council is not a complete representation of the teachings of Islam. These legal advices are mere propositions of scholars who propose what they think is right; it may not be completely in accordance with Qur’an and Sunnah.
Tá vendo o modus operandi em ação? É a boa e velha relativização que mencionei agora a pouco. Se há um problema aqui, é com o conceito de um grupo de anciãos fanboys de um livro sagrado afetando o rumo da política de uma forma que prejudica diretamente a vida de milhões de pessoas. A preocupação do editor, no entanto, é deixar claro que “mas olha, eles não representam o verdadeiro Islã não, tá???”
Sempre esse papo de apontar que alguém fazendo merda em nome da ideologia X não é um proponente de verdade da ideologia X.
Como se fizesse a menor diferença no mundo real.

Um escocês de verdade
Também acho curioso o fato de que essa emenda tenta esclarecer que os tais sábios só propõem “o que eles acham que é certo” em relação ao Corão. Como se isso não fosse o mesmo pra qualquer líder de qualquer religião no mundo inteiro. Curiosamente, não vejo disclaimer similar nos artigos sobre a Inquisição, a caça às bruxas, ou as cruzadas.
Aliás, por que limitar o relativismo de “olha eles só estão fazendo o que acham que é certo, tá?! Pega leve aí!!!” a religião? Podemos dizer o mesmo sobre literalmente qualquer abuso de poder ou ideologia na história da humanidade, das barbáries de Genghis Khan até o militarismo do Estado Islâmico.
Enquanto continuarem empurrando o problema com a barriga nesse relativismo furado, a vida pros muçulmanos que estão tentando de fato reformar a religião fica bem mais difícil.
E com isso se fodem eles, se fodem seus irmãos em fé (que são os que mais sofrem sob a liderança muçulmana/no alvo do extremismo muçulmano) e nos fodemos nós.
Tudo por causa dessas tais boas intenções.

June 1, 2016
O dia em que a internet se voltou contra Casey Neistat
Eu nutri uma grande admiração pelo Casey nos último meses, por motivos que expliquei aqui no HBD recentemente. Acho muito legais suas técnicas mais cinematográficas, que inspiram outros criadores de vídeo a experimentar mais com suas criações (e pelo jeito andam fazendo escola YouTube a fora); o cara tem um talento incomum de transformar o aparentemente trivial e cotidiano em narrativa interessante.
(Obviamente ele é ajudado pelo fato de que sua vida é tudo, menos trivial, mas enfim…)
E eu consigo me identificar muito com esse estilo de vida corre-corre dele; eu tenho que fazer um insano malabarismo entre meu trabalho convencional, meu site, meu canal no YouTube, meu novo livro, meus podcasts, o tempo que dedico à minha esposa/família… ver outro cara fazendo algo similar, e sendo bem sucedido nisso, é uma fonte de inspiração.
Pouco a pouco, no entanto, a admiração pelo cara vem dando lugar a um crescente incômodo sobre a persona que o Casey projeta.
Uma coisa que eu notei no subreddit sobre o cara é que ele tem muito mais críticos do que eu imaginava acompanhando o fandom dele nos comentários dos seus vídeos. Fiquei sabendo que isso acontece porque o Casey faz uma malha fina nos comentários dos seus vlogs, deletando qualquer comentário crítico. À primeira vista, isso não me incomodou — se o cara não quer ter negatividade circulando seu trabalho, é compreensível.
Mas outra coisa que eu só passei a perceber após ler o subreddit do cara, sim, me causou um certo incômodo — a insistência teatral do Casey de tratar de seus equipamentos com total desdém. Das vezes em que o cara rasgou caixas com tanta avidez que chegou até a danificar os produtos, às tomadas ensaiadas em que “derruba” uma câmera que custa mais de cinco mil reais.
Faz tudo parte de uma narrativa, claro: como já explicou umas trocentas vezes, o Casey não se importa com equipamentos porque eles são empecilhos no seu desejo de contar e compartilhar históricas. Admira-me que alguém faça tantos vídeos pra dizer que não se importa com algo; como diria a Rainha Gertrude de Hamlet, “tô achando que a senhora protesta demais, hein?”
E você achando que isso aqui era apenas um vlog com histórias sobre cagar num tapete.
Não sou o único que se incomoda um pouco com essa teatralidade de quebrar brinquedos caros porque “ah, não me importo com equipamentos!”. Isso cheira mais a ostentividade; vem à mente imagens do Dan Bilzerian, um playboy famoso do Instagram, atirando em drones.
No caso do Bilzerian é mais descarado e gratuito: ele quer mostrar que faz isso porque pode fazer isso e pronto; é mais ou menos o mesmo motivo pelo qual ele não apenas se cerca de mulheres gostosas, como também documenta isso no seu Instagram. Não dá nem pra realmente odiar o cara por isso, ele tá sendo plenamente honesto ao menos.
Quando se contrapõe isso contra o que o Casey faz, a narrativa “ah, é que eu não me importo com equipamento rsrs” parece um pouco… forçada. Parece, na realidade, que ele tenta uma versão mais discreta do MO Bilzeriano — ele também que ostentar seu meio de vida, mas (como é, afinal, um contador de histórias), precisa envelopar esse gesto numa historinha bonitinha. Ele não é um esbanjador, ele é um criador pragmático que não permite que suas ferramentas ditem seu comportamento.
Seria mais fácil comprar essa idéia se o cara não se cercasse de tudo que há de melhor que o dinheiro pode comprar. Um cara que realmente não liga pra gear não se submeteria ao incômodo de carregar por aí uma câmera imensa, com microfone externo E tripé, pra cima e pra baixo.
É óbvio que o equipamento tem seu valor; não é porque você pode comprar uma 70D nova no mesmo dia que quebra a sua (quase intencionalmente) que o negócio não tem valor ou importância.
Aí teve o vídeo de hoje, em que a persona do Neistat me aborreceu finalmente.
No vlog de hoje, o Casey Neistat mostra mais uma vez a sua antipática esposa (que sempre tem essa cara de que não apenas não quer estar no vlog mas também abomina a própria presença do Casey), elabora pela milésima vez a ladainha de que não se importa com aparelhos, e então quando tá filmando na rua, passa por um policial dirigindo um Smart Car.
Ao ver o Smart Car, o Casey inexplicavelmente começa a zoar a viatura. O cara para em seu caminho pra zoar o carro, e o policial. Não satisfeito, ele recruta transeuntes pra também zoar o policial, a quem ele acusa de não ter dignidade. No que o cara finalmente entra no carro e vai embora, claramente constrangido, o Casey continua tirando onda com o sujeito, chamando-o condescendentemente de “little buddy” e avisando pra que ele tome cuidado pra não cair num buraco.
…tudo isso por causa do carro que ele dirige.
Porra, que negócio desnecessário. O cara agiu como um bully de colégio, de uma forma totalmente gratuita, no processo desrespeitando dois grupos que fizeram muito pelo cara — a polícia de New York, que entre outras coisas até o ajudou a recuperar um drone perdido, e a Mercedes Benz (uma marca que, entre outras coisas, possibilitou o cara dar um incrível presente de aniversário pro filho dele). Vamos ver quanto tempo demora pra que ele perceba que ele cagou em cima de um produto da empresa a troco de NADA, porque sequer foi um segmento engraçado no vídeo.
É meio decepcionante. Existe há algum tempo no fandom do cara uma teoria que diz que a personalidade real do Neistat é algo mais próximo do de sua esposa (afinal, casais tendem a ter personalidades semelhantes), e que o Casey que vemos é na realidade um personagem mais marqueteável.
Rejeitei a idéia mesmo quando veio de um amigo meu que conheceu o cara pessoalmente num evento de YouTubers; estou mais inclinado a acreditar nessa versão dos fatos agora.
Algum advogado do diabo veio me falar no Twitter que na real não foi nada tão grave, afinal, o Casey apenas zoou o carro da polícia, e não o veículo particular do policial. Não vejo isso como um argumento tão bom: imagina que eu vou no McDonalds e tiro onda da roupa que o sujeito no balcão está usando. Não apenas isso, mas filmo essa zoação, chamo pessoas das redondezas pra rir junto, tiro sarro do cara até quando ele vira de costas pra sair do lugar.
Seria uma boa desculpa apontar que não estou zoando a roupa dele de fato, e sim um uniforme que na realidade pertence ao McDonalds? Acho que não.
É uma pena, mas por outro lado, eu já estava ficando meio cansado da fórmula do cara — timelapse, vídeo andando de skate, alguns conselhos sobre a vida, tomadas feitas com o drone, a perene insistência de que equipamento não interessa, a sua esposa sempre com cara de madame enjoada… embora eu tenha me maravilhado com a estilística dos vídeos (realmente excelente, isso ninguém pode negar), na prática ao ver um vídeo do Casey, você viu todos.
E eu acho que pra mim chega.

May 29, 2016
Episódio 7: Dildos e Socos
Após uma pausa pra reestruturação, o MPB está de volta!
No programa dessa semana, conhecemos uma moça que roubou brinquedos sexuais, uma outra que se enroscou numa árvore e precisou de ajuda das autoridades para sair da situação, um sujeito que não entendeu bem a parte FREE dos Free Hugs, e uma canadense que foi seguir o GPS cegamente e hoje seu carro encontra-se no fundo do oceano. Tinha que ser um canadense mesmo.
Minha mãe se ausentou neste episódio porque estava de mudança. Mas ela volta, fiquem tranquilos!
(Pronto, agora só teremos 83924 comentários reclamando da falta dela, em vez de 18918921 se eu não tivesse dado o aviso)
►Notícias comentadas
Americana vai presa por roubar alguns dildos
Não sei como alguém fica preso dentro de uma árvore, mas aí está
Se esse cara tentar te abraçar, saia correndo na hora
As máquinas estão de fato tentando nos matar. Jogue fora seu GPS
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May 27, 2016
[ A Hora da Justiça ] Bully provoca garoto praticante de BJJ, dá imensamente ruim
Eu não sou muito de briga. Pratiquei Wing Tsun (Chun? Sempre vejo as duas grafias) por muito tempo, e Shaolin do Norte depois disso, e não tive uma oportunidade sequer pra usar o skill — aliás, eu nem pretendia: eu tinha uma apreciação mais a nivel nerd pela parada.
Nos círculos de entusiastas das artes marciais, sempre rolava o debate de qual seria a mais eficiente. Coisa bem nerd isso, né? A discussão sobre um confronto imaginário de indivíduos com habilidades superiores e tal. Neste caso, em vez de Thor versus Superman, era “kungfuzeiro versus capoeirista”.
Era natural que os adeptos de uma arte marcial puxassem a sardinha pra sua brasa, e por isso eu fui doutrinado a acreditar que kung fu (especificamente, o Wing Tsun/Chun) era A arte marcial mais letal e destruidora. O passar dos anos trouxe sabedoria, e hoje acho que é plenamente claro a qualquer um que Brazilian Jiu Jitsu é na real a arte marcial mais destruidora.
E hoje veremos isso na prática.
Vemos um bully empurrando um garoto que, cabisbaixo (talvez, tímido…?), evita comprar a briga. O antagonismo que vemos aqui certamente não deve ser recente; é possível que estamos vendo apenas a ponta do iceberg de uma provocação de muitos dias, ou talvez meses, que finalmente escalou pro âmbito físico.
O bully empurra o moleque mais uma vez, que então solta a mochila e se posiciona, como quem diz “ok, você que sabe”.
O moleque enfia um de direita na fuça do bully, que esboça pouca ou nenhuma reação. Neste momento EXATO fica bastante claro que o bully, confiante unicamente em seu tamanho físico e força bruta, comprou uma briga com a pessoa errada. Uma que sabe brigar.
O moleque, que a essa altura eu já deveria ter dado um apelidinho a la Hora da Justiça… ok, o DESTRUIDOR então enfia uma bicuda na lata do bully com a perna da frente. O valentão está completamente desestruturado nessa hora, certamente já se arrependendo de todas as decisões em sua vida que o levaram a esta posição. O DESTRUIDOR mete o que parece ser uma tesoura invertida e leva a cara do valentão, e assim a briga, pro chão.
No embalo do movimento, monta em cima do covarde — porra, o pirralho NOTAVELMENTE manja da parada –, e já engata alguns socos que machucam tanto quando desmoralizam. O valentão ensaia uma recuada, mas no processo deixa o braço exposto.
Grande vacilo. Jiu jiteiros e braços são inimigos mortais. Como cães e gatos, se um dá sopa, o outro já chega DESTRUINDO e, bem, o molequinho não se chama DESTRUIDOR a toa.
Tal qual uma furiosa jibóia amazônica, o pirralho menor se enrola ao redor do braço do bully, formando um armlock eficiente que oferecia resistência até mesmo a um adepto da luta.
E o rádio/ulna do bully sobrevivem graças apenas à misericórdia de transeuntes, que felizmente deixaram a coisa progredir o bastante pra que o provocador aprendesse uma lição.
Completamente desmoralizado, o bully recua a uma distância segura pra mandar algumas provocações vazias e provavelmente em voz trêmula. Agora louvado como herói, o DESTRUIDOR é então abraçado por amigos, seu status de macho alfa da escola cimentado irreversivelmente.
Não fosse filmado verticalmente, este vídeo seria puro ouro.
Escala Capitão América de Justiça: 10/10 com louvor e eu daria uma nota maior se pudesse. Os elementos fundamentais de uma boa Hora da Justiça estavam todos lá — parcimônia apesar de provocação, uso exemplar de skill marcial, a completa e emasculadora derrota do valentão. Acho que assisti esse vídeo umas 19 vezes, de tão satisfatório que é. Quando o DESTRUIDOR solta a mochila no chão, ciente de que pode trucidar completamente o seu algoz, e com a consciência tranquila de que evitou a briga até onde pode… que lindíssimo momento.
Sou geralmente contra essa modinha de vídeo em 360 graus mas eu abriria uma exceção pra esse vídeo. Queria assistir em VR, comendo pipoca e berrando com a vitória do DESTRUIDOR.

May 24, 2016
Por que O MELHOR PODCAST DO BRASIL atrasa?
Eu preciso ter uma conversa com vocês.
Hoje o Evandro, vulgo “Das Fritas”, me mandou o link pra um tópico de discussão num grupo de ouvintes do 99Vidas que, embora eu tenha demorado um tantinho a entender, me fez rir bastante quando a ficha finalmente caiu. Se liga neste galhofeiro:

Ocultei o nome porque, sei lá né.
Caso você seja burro igual eu, o que o OP quis dizer que enquanto no 99Vidas uma semana tem a duração de 7 dias, no MPB uma semana pode durar até 14 dias.
Que é basicamente uma forma cifrada de perguntar “CADÊ O PODCAST, FILHO DA PUTA?”
Como falei, quando a ficha caiu, comecei a rir.
Eu entendo perfeitamente a frustação do ouvinte. Como consumidor de mídia online como você, também dói na minha alma quando uma produção que eu curto atrasa. Eu ia explicar no Twitter, mas achei mais válido comunicar aqui com vocês.
Primeiro de tudo: não pensem que um atraso no MPB significa desinteresse no projeto. De tudo que eu faço na internet — blog, vlog, livros, streams de videogame no Twitch, participação em redes sociais –, acho que podcast é o que eu mais gosto, porque eu consumo podcasts diariamente, obsessivamente. Por causa disso, eu me identifico totalmente com você, ouvinte frustrado do MPB.
O que realmente acontece é que eu tenho pouquíssimo tempo nessa vida. Estou tentando continuamente otimizar a forma como gasto meu tempo, pensando justamente em produzir conteúdo de forma assídua, mas não sou o Superman e não posso fazer voar ao redor do planeta pra inverter a passagem do tempo. Estou ainda sujeito às mesmas 24 horas das quais todos somos reféns.
O MPB, apesar de ser um projeto que eu tenho adorado e me orgulho muito de ver o quão bem recebido está sendo, acaba inevitavelmente ficando em último lugar de “prioridade” por um motivo simples — não é uma atividade remunerada. Tudo que eu faço na internet colabora pra minha renda doméstica (uma equação mais importante no momento, visto que minha esposa largou o emprego pra estudar), exceto o MPB. Aliás, o MPB me CUSTA dinheiro.
Ou seja, eu gasto 16 dólares por mês mantendo o podcast no ar. Não quero que isto aqui seja interpretado como frescuragem e choraminguice, quero que fique compreendido que apesar de apostar MUITO no MPB como projeto, de entender perfeitamente como um podcastmaníaco se decepciona com um atraso de um programa, a falta de tempo endêmica nessa minha vida maldita coloca o MPB numa posição miserável de prioridade.
Aliás, uma coisa que eu nunca entro em detalhes no vlog ou aqui no HBD é o preço que esse estilo de vida tem nas minhas relações com a família. Não quero me estender nisso porque estaria expondo muito da minha privacidade familiar, mas apenas acreditem em mim quando eu digo que sacrifico MUITO por tudo que faço na internet. Já tive que tomar decisões em matéria do uso do meu tempo que, embora sejam a decisão “certa” do ponto de vista business, foram escolhas difíceis de tomar.
Se você vê o quanto eu produzo, quanto tempo eu passo nas redes sociais, você talvez já devia desconfiar.
Mas eu estou bolando soluções.
A primeira é um subproduto do atraso dessa semana, mas que acabou sendo algo POSITIVO pro ritmo de produção. Pulando uma semana e deixando pra domingo o episódio que já tenho aqui na mão, estamos trabalhando agora com uma semana de adiantamento. Isso é, a próxima vez que fomos gravar, estaremos gravando pra edição de daqui duas semanas. Isso me dá um tempão pra gravar e editar o próximo episódio, o que alivia BASTANTE a minha agenda. Quando percebi isso, informei o Evandro sobre essa mudança de cronograma e respirei aliviado. Minha esposa também.
A segunda é que estou trabalhando pra transformar o podcast num produto comercial. E sim, eu estou ciente que na cultura brasileira, obter remuneração — especialmente por trabalho digital — é visto por muitos como falha de caráter ou algo assim. Não entendo exatamente por que, mas penso que possa ter alguma correlação com o fato de que no Brasil, “sucesso” é mais tradicionalmente visto como trabalhar como concursado no setor estatal; segurança trabalhística é culturalmente vista como superior ao risco do empreendimento liberal. Sei lá.
Enfim. A questão é que a longevidade do programa depende de render retorno aos participantes. Existem duas formas de fazer isso.
A boa e velha publicidade. Fechar acordos com marcas que eu sinta que batem com a proposta do programa, pra uma propaganda que seja tão bem humorada como o resto do programa. Sabe aquele podcast em que a propaganda foge tanto do tom a que você tá acostumado no programa que você acaba pulando com desgosto? Meu foco é que a publicidade no MPB não seja assim. Em vez de um mercenarismo forçado, quero que a publicidade no podcast tenha a atmosfera de um produto bacana sendo recomendado por aqueles seus amigos divertidos. Se for preciso zoar o próprio produto, espero que a marca esteja disposta a isso, porque queremos manter o tom do programa a qualquer custo.
Programas pagos. Esse é mais difícil de vender pro público brasileiro, mas hear me out.
Seguindo os moldes do The Biggest Problem in the Universe, um podcast excelente feito por um cara cujo trabalho na web eu acompanho há muitíssimo tempo, pensei em fazer um programa mensal bônus que seria pago. O valor seria de US$2 — odeio ter que usar valor em dólar, mas os sites que fazem esse serviço de vendas são tudo gringo, fazer o que? Basicamente, o comprador estaria nos recompensando por um mês de entretenimento, e recebendo um podcast extra como agradecimento. Manjou a premissa?
O ouvinte que não quer ou não pode contribuir pra continuação do MPB continua ouvindo o podcast que sempre ouviu; aquele que esteja disposto a nos ajudar recebe uma hora a mais de entretenimento como quem diz “valeu aí, broder. Deus lhe pague“.
O progRama bônus não é pra agora, aliás. Queremos gravar mais alguns episódios, trabalhar mais a química, melhorar na parte técnica, e especialmente fixar uma boa grade de produção pra que esses atrasos sejam vistos como nada senão bugs de uma versão 1.0 do programa.
Então é isso. O MPB não tá acabando, eu e o Evandro não estamos perdendo interesse nem coisa do tipo. O programa atrasou duas vezes por questões meramente logísticas/cronológicas, mas estamos trabalhando com urgência pra sanar o problema, e os ouvintes poderão até nos dar uma força se acreditam e apreciam na qualidade do trabalho. E não estamos pedindo dinheiro como mendigagem — a idéia é te dar um pouco a mais em troca do seu dinheiro suado.
E é isso. Obrigado por sua audiência e a propaganda que vocês fazem do programa pros amigos. Guentaí que o MPB 7 tá vindo, e modéstia a parte, acho que esse ficou MUITO bom!

May 22, 2016
Me cobrem um post sobre o Robert Kiyosaki
Considerando que essa não é nem perto da primeira vez que eu abordo os descerebrados dos marketing multinível, é meio surpreendente que eu não tenha escrito um post sobre o guru deles mais cedo.
Esse pilantra aí é o tal Robert Kiyosaki. É possível que você jamais tenha ouvido falar no cara na sua vida; geralmente, o nome dele é conjurado como argumento finalizador dos incrédulos do MMN — e apenas com essa função –, então a maioria esmagadora dos seres humanos neste planeta jamais ouviu falar do sujeito.
Lendo a enchente de comentários sobre meu vídeo mais recente, e vendo este velho e familiar nome mais uma vez sendo esfregado na minha cara, eu parei pra pensar quantos proponentes do MMN realmente sabem que o cara é. Porque enquanto ele é visto por essa galera como um respeitadíssimo profissional da área financeira, com um sucesso atingido por poucos no planeta, na real o cara é uma imensa piada e aqui fora, qualquer pessoa que fale seu nome como argumento de qualquer coisa é instantaneamente visto como um idiota. É o equivalente financeiro de você estar tendo uma conversa sobre ciência com alguém, e o sujeito subitamente fala sobre o seu mapa astral mais recente com tom de autoridade.
Então, escrevi este post pra pedir que vocês me cobrem um post sobre o Robert Kiyosaki. Com alguma sorte, ele se tornará como este post, aparecendo no Google pra malucos que pesquisam sobre o cara. Imagina o ódio que vai pingar nos comentários…

May 20, 2016
COMPRE MEU LIVRO DJÁ!
Ei amigo leitor! Em vez de ler minhas bobagens na tela do seu computador, eu ofereço hoje a alternativa de le-las no seu ereader, tablet e/ou em folhas de papel de verdade, que você pode até mesmo cheirar (os fetichistas em livros físicos me dizem que isso é um feature importante, então achei válido ressaltar). COMPRA COMPRA COMPRA COMPRA.

Ele é ainda mais bonito em 3D na sua mão!
Meu primeiro livro, Todo Dia Tem Uma Merda, está agora disponível em todas as grandes lojas de livros, que antigamente a gente chamava “livraria” mesmo mas eu já escrevi a frase assim toda esquisita mesmo então foda-se. Se você baixou a versão gratuita que eu disponibilizei anos atrás aqui, saiba que esse tem novas histórias, fotos, e eu até corrigi aqueles erros grotescos de digitação que você me mandaram tantos emails avisando.
► Compre na Amazon pro seu Kindle
► Compre na iBookStore da Apple pro seu iPhone/iPad
► Compre na Barnes and Noble pro seu Nook
► Compre na livraria da Kobo, pro seu… ora, pro seu Kobo ué. Pra geladeira que não vai ser
► Se você prefere comprar na Saraiva, aqui está
Mas se esse negócio de ebook é muito modernete pro seu gosto e você prefere ter o livro “de verdade” em mãos, lambendo o dedo pra virar as páginas da forma como deus planejou que lêssemos, você pode compra-lo aqui.
Me falaram que se você usa um BOTÃO pra vender uma parada é muito mais eficiente que links. Assim sendo,
Deus lhe pague em dobro.
Agora com licença que preciso terminar o próximo livro. Esse aqui você DEFINITIVAMENTE vai querer comprar. Sabe as histórias sórdidas daquele tempo em que trabalhei na sex shop? Eu contei mais ou menos 3% delas aqui no blog. O resto eu guardei pra este livro.
Compre o Todo Dia Tem Uma Merda pra que eu saiba que não estou escrevendo este segundo à toa!
A propósito, em vez de emprestar o TDTUM pra um amigo, diga não ao socialismo e mande este link pra ele.

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