Izzy Nobre's Blog, page 14
July 23, 2016
O bizarro dia em que fui citado por vários veículos de mídia por causa de Pokemon Go
Oi. Lembram de mim? Perdão pela ausência. Me esforçarei para que isso não aconteça novamente.
ENTÃO NÉ, Pokemon Go. A Nintendo finalmente falou “ahhh caralho vocês querem um Pokemon pra celular? Taí então, porra” e no processo alterou fundamentalmente a maneira como a sociedade ocidental funciona. Eu nem vou gastar muito tempo falando aqui sobre o número de bizarrices que o joguinho (que mal conta como um jogo, diga-se de passagem — eu considero mais um gastador de bateria/manchador de tela onde animações de pokemons tridimensionais aparecem às vezes) proporcionou. O que importa no momento é a bizarrice relacionada a Pokemon Go que eu protagonizei.
Pois bem. Vi passando na minha timeline um vídeo que você certamente deve ter visto por aí: uma turba ensandecida no Central Park atrás de um Vaporeon, que de acordo com meus informantes que são especialistas em Poke Mongo, sequer é um bicho raro então o fato de que pessoas estavam abandonando seus veículos no meio da rua pra não perder a oportunidade de ter uma animação deles no seu celular é meio inexplicável.
O vídeo havia sido uploadeado por uma conta chamada “AcessoGeek”. Fiz o que faço sempre que vejo algo interessante: copiei a URL e compartilhei no meu Twitter gringo, com um comentário em inglês. E deu nisso:
(Alguns perguntaram por que eu não apenas dei RT do AcessoGeek lá no @MrNobre. Por dois motivos — um, porque eu não dou RT de conteúdo em português lá. E dois, porque eu não tinha a menor idéia de que alguém pensaria que eu filmei o vídeo)
Ao todo, deu mais de 40 mil RTs. Eu não tenho tantos seguidores assim no meu Twitter gringo, mas sou seguido por algumas personalidades do mundo geek americano — o Razorfist (um ácido e eloquente comentarista de jogos/filmes/notícias), o Barnacules Nerdgasm (um nerd envolvido com a comunidade de impressão 3D, jogos e gadgets em geral), a Tara Babcock (uma modelo gostosíssima, gente boa, e envolvida também com tudo relacionado a game, anime, essas coisas), o Mundant Matt (outro comentarista de cultura popular e notícias), o Ed the Sock (um fantoche criado por um apresentador/comediante canadense), o Jon Paula (um dos primeiros youtubers de destaque, presente no site desde 2007) entre outros.
Eu suponho que algum desses caras, que tem muito mais seguidores que eu, deu o RT “paciente zero”. Alguma outra celebridade que os segue deu também, e de repente atores de Hollywood, cantores, desenvolvedores de games e outras pessoas de renome estavam retuitando a parada.
Eu estava trabalhando quando isso aconteceu. Meu celular começou a vibrar com tanta frequência que eu pensei que alguém tinha vazado meu número na internet ou algo assim. Tive que desligar todas as notificações da minha conta em inglês.
E aí os veículos de notícia começaram a reportar a história. Se você jogar IZZY NOBRE VAPOREON no Google, verá inúmeras publicações mencionando meu tweet, como o Telegraph, o Daily Mail, o Mirror, o CNET, entre muitos outros.

Achievement unlocked: ser citado como podcaster e escritor pela mídia gringa! Pena que foi por algo besta: postar um vídeo qualquer que achei na internet
Uma coisa curiosa é que muitos acharam que eu tinha sido o autor do vídeo, embora nunca tenha sido minha intenção. Aparentemente, copiar a URL “pic.twitter” de um vídeo postado no Twitter (que é o método pra fazer o vídeo ser “embutido” na timeline pros seus seguidores) leva muitos a acharem que você fez o upload do vídeo. A única indicação que o vídeo não havia sido uploadeado por mim era o avatar do AcessoGeek embaixo do tweet, que aparentemente inúmeros veículos de jornalismo não notaram.
Mais curioso ainda é o fato de que os únicos sites que vieram a mim no Twitter perguntar se o vídeo era de minha autoria não eram os que vem à mente quando você pensa em “responsabilidade jornalística”. Vários sites naqueles moldes de clickbait besta estilo Buzzfeed vieram verificar a procedência do vídeo, enquanto jornais supostamente confiáveis apenas jogaram lá “…o vídeo, filmado pelo Izzy Nobre…”. Achei isso curioso.
Mas não posso culpar jornais por não entender como o Twitter funciona. Aparentemente, nem o Twitter entende.
Alguns dias depois do fuzuê de ser retuitado quarenta mil vezes, percebi que meu tweet havia sido removido. Olha o que aparece agora:
Eu fiquei surpreso. Por que o Twitter deletaria meu tweet…? Linkar um vídeo agora pode configurar como infração de copyright?! Corri pra ver o que tinha acontecido com o tweet do cara que realmente ripou o vídeo e postou no Twitter:
Fiquei sem entender. Por algum motivo, o cara que realmente uploadeou o vídeo — e, querendo ou não, infringiu o copyright de terceiros — teve apenas o vídeo bloqueado. Já eu fui penalizado com a remoção do tweet inteiro. Pra contextualizar, é como se alguém roubasse um vídeo da Kéfera, digamos, reuploadeasse no Twitter, e o Twitter punisse mais severamente quem compartilhou o link do que quem de fato “roubou” o conteúdo.
A única explicação pra essa inconsistência é que o Twitter, ao receber a reclamação, também pensou que eu tinha feito upload do vídeo. Não entendendo a própria plataforma, me castigou com a remoção da mensagem inteira.
O pior é que MUITOS realmente acharam que eu tinha feito upload da parada, o que sem dúvida seria algo questionável pra um criador de contéudo como eu. Pra tentar deixar evidente que eu apenas linkei o vídeo, tentei chamar atenção à diferença entre a sintaxe dos dois tweets. O do AcessoGeek é:
O meu é:
O /video/ presente na URL deixa notável que trata-se de um tweet carregando mídia uploadeada no serviço de microblogging. O meu tweet (preservado aqui através do Wayback Machine, pra que ninguém possa me acusar de algum tipo de falcatrua) é apenas um tweet de texto, ou seja — obviamente eu não fiz upload de nada.
Eu nem culpo o dono do vídeo por derrubar meu tweet. Sem dúvida ele achou que eu havia simplesmente tomado posse do material dele, e qualquer um ficaria puto nessa situação.
Mas fica uma lição curiosa pro futuro — para o Twitter, por acidente ou deliberadamente, compartilhar um link de um vídeo pode configurar infração de copyright.

July 11, 2016
Episódio 11: Igrejas e GTAs
Chegou mais um!
O que temos hoje? Uma boneca inflável que causou uma comoção na Holanda, um Jesus malandro tocando assaltos em Manaus, um sujeito sem mãos pego no flagra tentando dirigir um carro, e um outro que teve um dia de fúria e passou o dia inteiro roubando carros, atropelando velhinhas e mordendo policiais. Eita nóis!
►Notícias comentadas
Polícia corre pra socorrer boneca inflável (Enviado por @hp_juh)
Jesus voltou, mas dessa vez tá roubando igrejas (Enviado por @grennysouza)
Motorista sem mãos tenta dar uma de joão sem braço (Enviado por @fernandoblucena)
TERROR NA BR: Trevor brasileiro toca o puteiro, rouba carros e agride populares por horas (Enviado por @spfdan01)
► Coleção de carteira de cigarro
►Foto da tal “Battering Ram”
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July 3, 2016
Episódio 10: Ônibus e Cofres
Domingo. Estamos aqui. Vamo nessa!
Essa semana tivemos um garoto que jogou GTA da vida real furtando um ônibus pra chegar em casa, uma mulher tão velha que fez o INSS cancelar sua aposentadoria achando que tavam dando dinheiro pra uma defunta, um malandrilson que bolou macros e scripts e bots e sei lá o que mais pra não ter que fazer NADA no trabalho por anos, e uma dupla de ladrões atrapalhados que tentaram (sem sucesso) roubar um cofre — que ainda por cima estava vazio.
►Notícias comentadas
Moleque aperta triângulo perto dum ônibus e vai dirigindo pra casa (Enviado por @guicanal)
INSS cancela aposentadoria de mulher por ser velha demais (Enviado por @zukovyper)
Programador vagabundalmente genial automatiza o emprego todo e fica coçando o saco por seis anos (Enviado por @cassiodiz)
Ladrões tentam roubar um cofre imenso de 100kg usando um Fusca e dá tão certo quanto você provavelmente está imaginando (Enviado por @rodrigobalero)
►O finado Gazeta Galhofa
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July 1, 2016
Morreu o primeiro motorista de um carro autônomo. E agora?
No ano passado li este estupendo artigo do Wait But Why (sem dúvida o melhor blog da internet, pecando apenas pela demora entre atualizações), que me tornou fanboy tanto da Tesla quanto do Elon Musk.
E alguns meses depois eu tive a oportunidade de dirigir um Tesla Model S, o belíssimo carro acima. E tive também a oportunidade de estupidamente perder a oportunidade de gravar um vlog sobre isso.
Geralmente eu evito “forçar” estranhos a participar do meu vlog; é meio constrangedor. Digo “forçar” entre aspas pra diluir o significado da palavra porque não tenho sequer o poder de realmente forçar alguém de estrelar nos meus vídeos. Me refiro a forçar alguém a participar por estar gravando um vídeo perto de alguém que não conheço.
Na situação em que eu estaria fazendo um test drive num Model S, o cara da concessionária teria que de alguma forma participar do vlog, mesmo que fosse apenas em papel de cameraman. Por isso, decidi não levar a câmera pro test drive e apenas “apreciar o momento”, uma sugestão que muitos amigos próximos me dão quando estou me preocupando em capturar o momento pra fazer um vídeo depois.
(A parte que eles sempre ignoram é que essa “preocupação” paga minhas contas, mas enfim.)
Quando eu chego lá, no entanto, o cara que faria o test drive comigo está animadíssimo pra que eu grave um vídeo da experiência. Numa infinita coincidência, o sujeito conhecia meu vlog em inglês (que é bem pequeno ainda, mas através de uso de hashtags da minha cidade, estou tendo um certo sucesso em divulga-lo localmente), e a Tesla é super amistosa com vlogueiros e outros tipos de criadores de conteúdo porque eles não gastam um centavo sequer em propaganda. Cada vídeo ou artigo falando do Tesla com entusiasmo é uma propaganda pela qual eles não pagaram.
Dirigir um Tesla é uma experiência bizarra. Primeiro, porque o carro exala futurismo. As maçanetas que retraem pra dentro da porta, a imensa tela no meio do painel do carro (conectada à internet, aliás, graças ao sinal 4G que todos os donos de Tesla recebem de graça da empresa), o fato de que o carro recebe updates de firmware que dão a ele funções novas de uma hora pra outra… o carro é tão DUFUTURU que não dá nem pra fazer a piadinha do “só falta ele se dirigir sozinho rsrsrs” porque a porra do carro se dirige sozinho.
(Aliás, o piloto automático do Tesla deveria ser o assunto central desse post, mas como fanboy do carro o texto acabou ficando bem mais longo.)
Segundo, por que há MUITO espaço dentro do carro. Como o veículo não depende do imenso aparato mecânico convencional que faz um automóvel comum funcionar, o carro acaba sendo muito mais espaçoso. O Model S é um sedan por fora, mas um SUV por dentro. Há espaço pra SETE passageiros no carro, e ele tem DOIS porta malas.
E terceiro, porque o carro é RÁPIDO. Inacreditavelmente rápido. O carro deixa Ferraris e Lamborghinis no chão no que diz respeito a aceleração (e lembre-se: o Model S é um sedan pra família, não um carro projetado pra correr).
Não apenas isso, mas ele é incrivelmente rápido ao mesmo tempo que é completamente silencioso. Todos nós temos algum tipo de experiência com veículos acelerando subitamente (nossos próprios carros, ou aviões, ver corridas de Fórmula 1), mas associamos intrinsicamente a idéia de velocidade com um algum som poderoso. O Tesla dispara violentamente do nada sem fazer qualquer som; é difícil explicar o quão estranho essa dissonância cognitiva parece quando você está dentro do carro.
Voltando pro esquema do piloto automático. Os Teslas tem uma função em que o carro se dirige sozinho, que eu também experimentei. Se eu achava a aceleração silenciosa do carro estranha, o piloto automático é literalmente aterrorizador. Ver o carro mudando de faixas e o caralho, o volante girando sozinho como que por mágica, é muito bizarro.
Embora a promessa de carros autônomos seja muito tentadora (afinal, mais de 90% dos acidentes são causados por burrice humana), é de se esperar que as primeiras versões da tecnologia tenha alguns bugs. A diferença aqui é que ser early adopter de um celular pode no máximo causar alguma chateação com uma função que não funciona tão bem, já ser early adopter de veículo autônomo pode causar uma morte horrível.
A colisão aconteceu em maio, mas só recentemente descobriu-se que o motorista estava usando o piloto automático na hora do acidente. Aparentemente, o caminhão que entrou no cruzamento onde o cara dirigia tinha uma carreta branca que foi confundida pelos radares do Tesla porque o céu acima estava nublado.
Daí o sistema não conseguiu diferenciar céu da carreta e passou por baixo da parada com tudo, obliterando o topo do carro. Pior, o carro continuou dirigindo um bocado até arregaçar-se num poste lá na frente.
O Elon Musk tentou rapidamente esclarecer que o sistema de piloto automático foi usado por 130 milhões de milhas nos EUA com seu primeiro acidente fatal, enquanto a média de acidentes automobilísticos fatais nos EUA é de um a cada 94 milhões.
Também foi apontado que é requerido do motorista atenção no trânsito mesmo quando o piloto automático está ativado; o fato de que o carro jamais freou parece sugerir que o motorista estava distraído no volante (usando o celular, talvez dormindo).
[ Update ] Testemunhas haviam dito que viram o cara vendo um filme no carro; eu não inclui no post porque me pareceu um tanto incomum que testemunhas pudessem ter visto o que o cara tava fazendo antes de uma batida. A polícia agora confirmou que achou um DVD player no carro, o que corrobora a versão das testemunhas — uma delas o motorista do próprio caminhão, que aparentemente tentou socorrer o motorista e ouviu o filme rolando.
Uma coisa é definitiva: ele não estava prestando atenção na estrada, como é recomendado pela Tesla.
Talvez seja importante lembrar que é perfeitamente natural que problemas com uma tecnologia necessária, porém não plenamente testada causem acidentes ou até mesmo mortes. Não demorou muito após a invenção do carro ou do avião pra que estes ceifassem suas primeiras vidas também, afinal de contas (e tinha muito menos gente dirigindo carro ou pilotando avião do que tem pessoas usando o piloto automático do Tesla). Eu creio plenamente que as estradas serão infinitamente mais seguras quando TODOS os carros forem autônomos — ou seja, todos guiados pelos mesmos algoritmos e eletronicamente conscientes dos outros carros na rua –, então espero que esse acidente sirva apenas pra melhorar a tecnologia, e não pra demoniza-la.
O mais trágico da história é a seguinte ironia. O motorista era Joshua Brown, ex-Navy SEAL, dono de uma empresa de tecnologia e entusiasta da Tesla. Você nunca ouviu o nome dele na vida, mas é bem capaz que você viu um vídeo que ele fez.
Neste vídeo de abril, o Joshua mostra como o piloto automático do seu Tesla potencialmente salvou sua vida, desviando de um caminhão que invadiu sua faixa abruptamente. Um mês depois, o mesmo carro cometeria um erro que custaria sua vida.
Na ocasião, Elon Musk até tuitou o vídeo, provavelmente orgulhoso do que seu carro foi capaz de fazer.
Parafraseando Jó: Tesla dá, Tesla tira.

June 28, 2016
A dor de uma tela arranhada
Eu sempre fui um grande fanboy do PSP. Tendo aproveitado mais as funções “paralelas” do aparelho — leia-se “os emuladores e basicamente nada mais” –, estou recentemente descobrindo a biblioteca nativa do console e percebendo que negligenciei muita coisa excelente. Com uns 25 anos de atraso comecei finalmente a explorar a biblioteca do primeiro PlayStation, e que imensas jóias achei lá. Lamento não ter enchido o saco do meu pai com mais frequência por um PlayStation, embora ao menos eu possa redescobrir essas maravilhas hoje em dia.
Por isso, quando um broder meu ofereceu seu PSPGo praticamente novo por míseros 50 dólares, eu não pude resistir.
Destravei o bicho assim que cheguei em casa, clonei nele todo o conteúdo do meu PSP “velho”, e continuei curtindo os joguinhos. Sendo o PSPGo bem mais portátil, fica muito mais fácil leva-lo no bolso em qualquer ocasião.
E talvez essa tenha sido a merda. Nesse tira-e-põe de sacar o PSPGo do bolso e colocar novamente, aparentemente eu fiz isso aí com a tela do aparelho:
O descobrir de uma tela arranhada é um processo a qual estou bem acostumado. Primeiro, você percebe a aberração ótica causada pelo arranhão e pensa, esperançoso, que é um fio de cabelo bloqueando a tela. Usando o dedo pra mover o fio de cabelo, o desespero bate quando o “fio” não se move. Você ainda tenta futilmente uma segunda vez. Finalmente, com a unha, você sente a profundidade do risco. Não há como negar mais — tem uma TRINCHEIRA na porra da tela.
Não é um risco muito produndo, felizmente, e é visível apenas quando a imagem na tela é bem clara. Mesmo assim, pra um perfeccionista como eu, isso é como uma farpa dentro do meu olho. E por isso, começo a investigar a viabilidade de comprar um novo PSPGo.
E dessa vez, branco.
Por que não apenas comprar as peças e consertar o que eu já tenho? Bom, por dois motivos. Um, porque que o processo de acessar o faceplate do PSPGo é tipo aquelas cenas de filme em que você tira o código secreto de uma maleta, aí duas pessoas viram duas chaves simultaneamente pra acessar uma arma nuclear. Dê uma olhada no complicado processo e confirme comigo que eu provavelmente destruiria o aparelho umas 6 vezes durante essa tentativa.
O outro motivo é que eu já coleciono portáteis de qualquer forma, e talvez essa é a minha desculpa pra entrar no próximo tier de colecionador de console — o que tem as variants do console.
O colecionador que se preza geralmente tem o mesmo aparelho em todas as versões que ele existe — o branco, preto, azul, cor de rosa, versão Star Wars (TUDO tem versão Star Wars. Prove-me errado!), versão da Copa de 1998, versão que deram no Mcdonalds na Itália em 2003… como eu atualmente tenho apenas dois PSPs, mal posso me chamar de colecionador. É lógico, então, ir atrás do PSPGo branco.
E a primeira coisa que eu descobri é que o PSPGo branco é consideravelmente mais caro que o preto. Nos sites de leilão online, basicamente o único local onde se acha consoles descontinuados pelas fabricantes, O PSPGo branco é consistentemente entre 30 e 50 dólares mais caro. Faz um certo sentido, visto que é claramente mais bonito — por outro lado, eu sinto uma certa trepidação em dar mais de cem dólares pra algum aleatório qualquer do eBay confiando na palavra de que os outros 100 aleatórios que garantiram que ele é um bom vendedor.
Um comentário comum que ouço quando informei meus seguidores desse desejo por um PSPGo branco é o alerta de que eletrônicos brancos costumam perder sua alvura, adotando em vez dela o que eu convencionei chamar de “amarelo Pense Bem”.

Um caso extremo
É de fato uma preocupação minha, mas por outro lado, eu penso que boa parte do fenômeno se deve aos maus cuidados de donos que nem se preocupam em limpar o pó de Doritos da mão antes de manusear a parada. Ouvi alguém dizer que há muito tempo o produto químico que causava esse efeito foi removido do plástico industrial que se usa pra fazer esses eletrônicos, mas não tenho confirmação disso.
Mas eu quero um PSPGo branco.

June 26, 2016
Episódio 9: Cangurus e Porcas
Amigo, eu tô de saída pra viagem então tá tudo num ritmo insano aqui. Vamo ouvir rápido esse negócio.
Cangurus que amam porcas, e na Austrália ainda por cima. Se bem que, se tem canguru no meio, é óbvio que tem que ser na Austrália. Uma família vítima de um roubo de feijão que estava sendo cozinhado. Um torneira pra gordos despejarem o que acabaram de comer direto na privada. Um chinês salafrário que se fingia de mulher pra passar golpes em pobres asiáticos solitários.
►Notícias comentadas
O tórrido e proibido amor de um canguru e a porca Apples (Enviado por @vovofabio)
(E aqui as fotos mais picantes do casal)
O grande roubo da panela de feijão, um caso ainda não solucionado (Enviado por @_Carol_Rosell_)
Uma nojentíssima torneira estomacal pra gordos (Enviado por @juliobastos)
Chinês golpista se finge de mulher e passa o 171 em vários rapazes (Enviado por @bruhotpepper)
►A tal torneira estomacal em ação. Não assista.
►Meu primeiro site!
Desenvolvido pela KID CORPORATION hahahaha que merda
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June 25, 2016
Experimentei o Google Cardboard, e isso mudou minha vida
Então né, no outro dia, fui visitar minha mãe. Era um dos (raros) dias em que eu não trabalho, o que paradoxalmente significa que eu trabalho pra caralho — todos os afazeres que acumulam durante a semana são despejados em mim nos meus dias de folga, como se o Izzy do Passado fosse empurrado-os com a barriga, pensando “ah, isso aí o Izzy do Futuro resolve no domingo!” Compras, lavar o carro, ver a família, lavar as roupas, passar um tempo com a esposa, devolver alguma roupa que não coube bem, limpar a casa, tudo isso precisa ser feito no mesmo dia. É complicado.
Chego na casa da mãe, coloco as conversas em dia, como lá o pãozinho de queijo que ela insiste que é bem mais saudável “porque é feito com farinha de mandioca” ou algo assim, e aí minha irmã me aparece com isso.
Trata-se de um Google Cardboard, que é tipo um Lada dos headsets de realidade virtual. Na batalha entre PlayStation VR, HTC Vive e Oculus Rift, o Google Cardboard se destaca sendo o mais acessível, justamente por ser feito do mesmo material que a cama de um morador de rua, com a estabilidade estrutural de um móvel da IKEA montado com cuspe (depois explico um pouco mais sobre isso). O Cardboard é realmente só pra que o usuário casual veja como é que funciona esse negócio de realidade virtual. E considerando esse contexto, eu diria que é uma excelente compra.
Pra quem não entende como o Cardboard funciona: é essencialmente uma caixinha de papelão com um espaço pro seu nariz e duas lentes. Você abre um app de realidade virtual no celular (que divide a imagem em duas, uma alinhada com cada lente do aparelho), coloca o celular na caixa, e pronto. Ao mover a cabeça, o acelerômetro do celular altera a imagem que você vê na mesma proporção, fazendo seu cérebro pensar que você está “dentro” do vídeo que está vendo/jogo que está jogando.
Aliás, um parêntese rápido aqui — fiquei bastante surpreso com minha irmã ter comprado esse negócio. Minha irmã, a caçula da família, nunca teve inclinações tecnológicas, nunca foi muito chegada em videogame nem coisa do tipo. Aliás, eu poderia dizer que ela é firmemente anti-tecnologia, se considerar que quando ela tinha 4 ou 5 anos ela pegou um notebook do meu pai e, num acesso colérico, arremessou no chão com força. Eu ri pra caralho.
Aliás, deixa eu corrigir algo aqui — este modelo que eu tenho não é exatamente o Google Cardboad. Existe uma miríade de produtos similares ao Google Cardboard, num raro casos em que os genéricos são realmente a mesma coisa que o original. É, afinal de contas, uma caixinha de papelão com lentes.
Ah, e tem um botãozinho do lado superior direito, que aciona uma alavanquinha que toca na tela pra fazer input de comando. “Comando”, no singular, já que esse método limitado só permite dar um tipo de comando no jogo.
O que experimentei primeiro foram os joguinhos de terror, que mais se beneficiam pelo método de imersão da realidade virtual. Tentei o Sisters; tem um gráfico no nível “arcade no final dos anos 90”, mas é surpreendentemente eficiente pra dar uns sustos. Inclusive, aqui estou eu levando os tais sustos:
Sempre que eu peço pra minha esposa filmar algo pra mim e ela me faz esse desserviço de filmar na vertical eu questiono todas as minhas decisões na vida.
Este é o vídeo que você vê no Sisters, aliás:
Revendo aqui no YouTube a parada não rende efeito algum. A combinação do gráfico 3D da realidade virtual com o som no fone de ouvido realmente faz uma diferença absurda no que diz respeito a imersão. Mesmo com esses gráficos de Daytona USA você VAI levar uns sustos bons.
Depois, tentei o Insidious VR. Assim como o Sisters, este aqui é meio que um pequeno vídeo não-interativo — dessa vez pra promover o filme Insidious 3.
Talvez por ser um vídeo com atores reais e não um gráfico de Virtua Fighter 2, esse sim me deu uns cagaços violentos. Na primeira “assistida”, sozinho em casa à noite, eu não consegui ver todo. A sensação de estar essencialmente “dentro” de um filme de terror, e virar a cabeça pra direita e ver um bicho ali virtualmente do seu lado dispara TODAS aquelas reações ancestrais de pavor — os pelinhos do braço se erguendo, o disparo súbito de adrenalina… é realmente espantoso.
Não dá pra descrever a sensação, você tem que de fato usar o negócio. Eu, que sempre fui um MEGA proponente de VR em geral e de jogos de terror usando Oculus Rift/HTC Vive/PlayStation VR especificamente agora questiono se eu poderia jogar esses games por muito tempo sem cagar as calças de medo. Aliás, se daqui uns anos aparecerem notícias tipo “netinho tenta trollar o avô com um Oculus Rift e mata o velho do coração”, eu não ficarei surpreso.
Esse efeito de olhar pro lado no VR e ver algo que estava (virtualmente) pertinho de você é realmente chocante. Como já expliquei aqui, eu tenho um medo completamente irracional de objetos grandes embaixo d’água. Aí eu resolvi testar a eficácia do VR em relação a imersão colocando esse vídeo pra rodar no troço:
Por causa da minha fobia, eu estava olhando pra TODOS os pontos do vídeo, menos o navio. Lá pelos 2:30, eu olho pra direita seguindo a trajetória de um dos mergulhadores e meu campo de visão é completamente tomado por uma das “torres” do navio.
Eu literalmente joguei o VR pro lado, no sofá. Instintivamente. A sensação é realmente poderosa.
Em relação aos joguinhos, não achei muitas coisas realmente legais. A exceção realmente é o End Space VR, uma versão mobile simplificada de um jogo pro Gear VR. Olhaí:
É bem bacana a parada — tão legal, aliás, que ontem na casa da minha mãe TODO MUNDO queria experimentar. Até minha própria mãe, que nem é muito chegada nesses negócios.
Mas eu tô ligado qual a pergunta que provavelmente está aí na sua cabeça desde o começo deste texto.
E AS PORNOZEIRAS, IZZY?

Eita nóis
A HBD Media & Conserto de Bicicletas é uma instituição cristã e de família. ENTRETANTO, como tenho uma obrigação jornalística de cobrir todos os aspectos de uma notícia, tive que evidentemente usar o Cardboard nesses sites pecaminosos aí que adotaram a tecnologia VR. Pra poder fazer um review mais completo, assisti um ou dois ou trinta desses filmes compatíveis com aparelhos de realidade virtual.
O processo é um pouco mais complexo do que simplesmente clicar num vídeo (você tem que antes instalar um appzinho lá qualquer que suporta vídeos em 360 graus), mas amigo.
AMIGO.
Eu acho perfeitamente plausível a idéia de que um headset VR e uma conexão com a internet pode ser usado como controle de natalidade. Isso é tudo que direi. Eu acho difícil que alguém que experimente putaria em VR algum dia volte a assistir esses filmes da maneira convencional.
Como eu sei que é exatamente isso que você queria saber se funcionava legal na realidade virtual, aí está o link da Amazon pra comprar o mesmo modelo que eu tenho. Se você comprar por este link cai um trocadinho aqui pro meu lado, que é uma prática que eu jamais usei mas se eu fiz vocês comprarem centenas de produtos ao longo dos anos, chega a ser burrice não receber uma pequena comissão por isso.
E eu tenho a impressão que vai ter maluco comprando isso aí feito louco.

June 13, 2016
[ EXCLUSIVO ] Features do próximo iPhone!
Seguindo o roteiro anual estabelecido em 2007 (caralho, quase dez anos de iPhone!) a Apple está prestes a agraciar o nosso mundo com mais um celular. E eu tenho aqui informações privilegiadas sobre os novos features do futuro iPhone, que será definitivamente o melhor celular do mercado por 365 dias!
Lanterna 13% mais forte;
Cabos que durarão 4 meses antes de quebrar inexplicavelmente em vezes de 3;
Um processador duzentocore de 10ghz que permitirá que os apps do Zapzap e o Feice abram 0.8 segundo mais rápido;
Um novo conector pra recarregar o celular, atendendo novamente um dos maiores pedidos de nossos usuários: “por favor inviabilize todos os cabos e acessórios que eu já tinha”;
Uma bateria 30% menor, tornando o celular 0.03 milímetros mais fino;
Novo ícone para o aplicativo “Relógio”;
A traseira do celular dirá IPHONE em braile;
Headphones em qualquer cor que você quiser, contanto que essa cor seja branco;
Uma tela com um revolucionário tratamento a prova de migalha de Doritos;
Duas versões, o iPhone 7 (sem função de alarme) e o iPhone 7 SE (com função de alarme). O iPhone 7 SE custará 160 dólares a mais.
Opa, o conector mudou no meio da conferência, então quem comprou no pre-order do começo da apresentação já está com o modelo obsoleto;
“Piratas do Vale do Silício”, um dos 36 filmes baseado no Jobs — incidentalmente, o que alivia mais a barra dele — vem carregado na memória do aparelho;
Novo Apple Health, incluindo novos sensores biométricos e funções e como lembrar você de respirar, contador de piscadas e detector de peidos;
Novo ringtone baseado na música da Banheira do Gugu;
Várias escolhas no armazenamento: 4gb e 128gb (a versão de 4gb não comporta a nova versão de iOS, que pesa 120gb, mas é um belíssimo peso de papel);
Novo aplicativo de gerenciamento de finanças pessoais que te ajudará a manter as 800 prestações do celular em dia;
Versões limitadas das features que celulares Android tinham em 2011.
Já vou reservar o meu!

June 9, 2016
Preciso de um laptop pra viagens. Me ajude a escolher um
No momento, eu só me sinto realmente capaz de editar vídeos no meu desktop. Não é uma máquina particularmente capaz — aliás, sempre que eu posto os specs sou zoado por causa da fraquíssima placa de vídeo, que agora nem me vem à mente. É que no meu desktop, tá tudo organizadinho. Um monitor pra linha de edição, um pro preview, pastas com todos os video assets pros vlogs, etc. É uma máquina de trabalho, preparada pra trabalho, capaz de trabalho.
Aí às vezes me vejo na rua, com um monte de coisa pra fazer, preso a um MacBook Air de 11 polegadas velhinho de guerra. Este aqui:
Levei o carro pra lavar hoje, com apenas 3 meses de atraso. Sabe o que também está MEGA atrasado? Meu vlog.
Tento pôr um vídeo no ar por dia — e nessa semana, assunto não faltou! –, mas a correria do dia a dia me impediu de cumprir a promessa. O pouco tempo que tive, decidi passar com minha esposa essa semana. Eu já tenho até material pra editar, e em momentos ociosos como esperar o carro ser lavado, eu até poderia… mas fica difícil no meu Mac.
Primeiro, porque ele é bem velhinho de guerra. A bateria, tal qual a pipa do vovô, não “sobe” mais — o que antes rendia umas 7 ou 8 horas honestas está reduzido a, quando muito, duas horas de uso initerrupto. Segundo que, embora 11 polegadas seja perfeitamente portátil pra um laptop, a edição se torna um pouco claustrofóbica (ainda mais quando você está há 3 anos acostumado a dois monitores de 27 polegadas). Em terceiro lugar, eu nasci e morrerei como uma criatura de Windows. Fale o que quiser, mas quando você já está acostumado ao OS, todo o trabalho é excepcionalmente mais eficiente. Acho o iMovie que veio com meu Mac paradoxalmente menos intuitivo que meu bom e velho Sony Vegas (e não, eu não vou migrar pro Premiere ou Final Cut).
Então, eu meti na cabeça que meu próximo laptop, que será totalmente pra edição de vídeo on the go, será um notebook Windows.
Meus critérios são:
– Eu queria algo relativamente leve/portátil. Me acostumei com o tamanho e peso do Macbook Air, então um daqueles laptops “desktop replacements” me apavoram. Entendo que portabilidade vem ao custo da performance, mas queria achar um bom meio termo;
– Tela de 13 polegadas, fazendo exceção pra 15 se o computador realmente valer muito a pena. O espaço entre 13 e 15 polegadas começa a fazer diferença numa mochila.
– Abaixo de 1000 dólares se possível.
Vocês recomendam algo que se encaixe nesses requerimentos?

June 7, 2016
Episódio 8: Cobras e Flechas
Olar amigos! Hoje é domingdigo terça feira, então você já sabe qual é o esquema e por favor não reclame do atraso porque confie em mim: estou putíssimo que essa porra atrasou de novo.
MAS VAMO QUE VAMO.
Cobras picando estrovengas. Cobras se escondendo em PS4s. Maluco zuero tirando onda com a galera que curte arte clássica, e finalmente, uma senhora que tomou uma flechada do nada no meio do braço, dentro do coletivo. Você teve uma semana melhor que a maioria desses camaradas aí, então celebre.
►Notícias comentadas
Homem é picado por uma cobra bem na cabeça da piroca. Puta que pariu
Uma outra cobra invade um PS4, certamente à espreita da piroca do dono para morder também
Zuero coloca óculo no chão de museu e maluco acha que é obra de arte
Véia pegando condução toma flechada no meio braço
►Olha a tal privada tailandesa aí
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