Izzy Nobre's Blog, page 10
February 13, 2017
A Campus Party foi foda
Ir ao Brasil é um pouco mais complicado do que eu gostaria que fosse. Uma viagem aí pra baixo é longa pra cacete (esta foi a mais curta que já tive, com “apenas” 20 horas porque não fui pra Fortaleza), extremamente cansativa, e talvez um pouco mais cara do que deveria ser.
É consideravelmente mais complicado ir passar férias no Brasil do que no Caribe, por exemplo — embora o conceito de “férias no Caribe” soe pra gente como coisa de grã-fino, aqui na gringa aquelas bandas são possivelmente o destino de férias mais barato que existe. Pra você ter uma noção, só o preço do vôo pra Fortaleza paga o vôo E estadia de uma semana num resort 5 estrelas na República Dominicana ou na Jamaica.
É por isso que quando a organização da Campus Party me ofereceu a oportunidade de ir ao evento com todas as despesas pagas, eu topei imediatamente.

Esbarrando com o Rei dos Escritores no saguão do hotel
O catch é que eu teria que fazer uma palestra sobre o caso Bel Pesce. Apesar de ser talvez o cara mais apto a dar uma palestra sobre a situação — eu que me dei ao trabalho de escrever aquela porra toda, afinal de contas, movido por pura indignação com o fato de que ninguém mais havia feito isso –, o nervosismo era imenso: eu NUNCA dei nenhuma apresentação em palco estando sozinho. No Desencontro (aliás nem lê esse post não, as fotos estão todas zoadas e a formatação do texto foi pro caralho em vários pontos. Estaria meu site com AIDS?), eu participei de algumas palestras, mas sempre estava com alguém no palco — e além disso, o público do Desencontro era definitivamente menor.
Mas porra, uma viagem na faixa pro Brasil vale o risco de pagar um mico absurdo num palco.
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Eu e o Doutor Pirula
Pra quem não sabe, a Campus Party é um evento de mídias sociais/tecnologia/nerdices variadas com dois ambientes — um com entrada franca, e uma área paga onde rolam as palestras e o camping.
E sim, a galera acampa lá mesmo.

As barracas
É tanta coisa pra ver e fazer que é possível que você passe o evento inteiro correndo de um lado pro outro e ainda não veja tudo. Eu descobri, no último dia, que estava rolando uma espécie de competição de corrida de drones, por exemplo.
Aliás, volta, tenho que explicar a viagem. Graças a uma cagada da United (pelo menos é a minha teoria; o negócio nunca me foi explicado com clareza), a empresa se viu obrigada a me upgradear pra Business Class, que é como eu sempre viajariam se esse negócio de YouTube realmente desse grana.

Até sorvetinho de sobremesa servem!
Não é apenas a cadeira que deita feito uma cama, permitindo ao viajante um sono digno, ou o cardápio com comida de verdade (ao contrário do jornal molhado com fatias de papelão que servem na classe animal) — até mesmo as medidas de segurança são melhores nessas classes mais caras.
O cinto de segurança, por exemplo, tem 3 pontos, como o de um carro, enquanto o da classe pobre é uma tira de tecido na minha barriga, me dando a impressão que se o avião tivesse alguma pane eu seria dobrado ao meio violentamente.
Tive a impressão de ouvir um claro “olha, se você está preocupado com sua segurança deveria ter gasto mais nessa viagem”.
A palestra foi bem melhor do que eu esperava. Tentei e tentei preparar algo pra dizer lá no palco; sempre que eu lia o texto, soava extremamente artificial. Decidi que ia fazer o que faço nos meus vídeos — falar à moda caralha com um compreendimento claramente superficial sobre o assunto, fugindo do tema em toda oportunidade possível — e quando não for possível, eu crio a oportunidade.
A galera curtiu.

Tô dando um jeito de colocar no YouTube, guentaí
Além do pessoal na própria Campus, eu tive a fenomenal oportunidade de conhecer os padrinhos do MPB. A galera montou um churrasco pra mim e o Evandro com direito até a copinhos personalizados!
O que lamento é ter relativamente pouco tempo lá com a turma — eu tinha agendado gravações com o Pirula e a Lully naquela mesma tarde, então o churrasco, como toda essa viagem aliás, foi meio corrido –, mas acho que deu pra trocar idéia e tirar fotos com todo mundo.
No geral, essa foi uma das viagens mais fodas que fiz na vida. Foi extremamente corrida, houve alguns contratempos, mas receber o carinho da galera nesses três dias que passei aí (além de reencontrar amigos que eu não via há muitos anos) foi absolutamente excepcional.
Em abril estamos aí de volta, mas dessa vez no Rio!

January 31, 2017
Episódio 31: Facadas e Taxistas
Boa tarde amigos. Como os senhores talvez saibam, eu estava de mudança este fim de semana. Eis o novo Quartel General da HBD Media & Fretes:
O apê tem mais ou menos o mesmo tamanho do anterior, mas é dramaticamente mais novo (a construção foi finalizada no mês passado, ao contrário do prédio onde morávamos, que foi construído em 1960), mais elegante, e mais longe do centro. Nos afastamos de um núcleo de amigos, mas nos aproximamos de outro, então tá tudo beleza!
Mas vamo pro programa:
Hoje Izzy e Evandro comentam a mulher que esfaqueou o marido por achar que era corna, o taxista maroto que bateu no carro de um PM achando que era Uber, um sujeito que foi parar no IML após uma noite de bebedeira e “ressucitou” no meio do necrotério, e um idoso porraloca level 9000 (ou empreendedor, depende do seu ponto de vista) que tava vendendo goró E putas no asilo.
►Notícias comentadas
Maluco vai no salão se embelezar, esposa pensou que era indício de chifre e toma facada da esposa (Enviada por @rafakerni que depois dessa decidiu nem mais tomar banho, só por precaução)
Taxista bate intencionalmente num Uber, mas não era Uber — era PM (Enviada por @mrluizandre, que antes de agredir o Uberista sempre procura o sujeito no app pra garantir)
Maluco alopra tanto numa noitada que acaba no necrotério — depois levanta e bebe mais ainda (Enviada por @camiloszymanek, que é um rapaz evangélico e de família e não apronta essas coisas não)
Idoso inventor da palavra “malandragem” ataca de cafetão e vendedor de birita até ser expulso do asilo (Enviada por @Caioswenson, que já falou que mudou seus objetivos de vida depois de ler essa história)
►Links comentados
Subreddit de moda masculina pra você se arrumar um pouco melhor.
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January 22, 2017
Episódio 30: Baratas e Russos
Opa. Domingo né? Passou rápido essa semana. Toma!
No episódio de hoje, Izzy e Evandro debatem russos malucos que tomaram LOÇÃO DE BANHO FALSIFICADA e morreram (além de um estudo científico impromptu pra descobrir que produtos de limpeza você pode beber pra ficar doidão); uma mina que foi tirar nudes dirigindo e bateu o carro, uma passageira que ficou revoltada por terem a servido um filé de estrovenga, e uma moça que explodiu um banheiro tentando matar uma mísera baratinha.
►Notícias comentadas
Russos bebem loção de banho paraguaia e vão paraocaraio (Enviada por @LuanFe1ipe, que quando estava na cadeia aprendeu um drink sensacional feito com cepacol e pó de reboco de parede)
Mina vai tirar nude e bate o carro (Enviada por @SirNogard, que como um motorista consciente sempre para no acostamento antes de tirar uma foto da piroca pro grupo no Zap)
Moça recebe prato piroquístico no avião (Enviado por @aferreirario, que falou que não teria nem reclamado e quer saber inclusive quando é que a Qantas começa a fazer a ponte aérea Rio-SP)
Mulher explode banheiro tentando matar barata (Enviado por @epaivafilho, que tem prática em explodir banheiros — depois da feijoada de domingo)
(Vocês ainda lêem o post dos podcasts…? Sempre fico na dúvida.)
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January 17, 2017
GPD XD, um emula-tudo chinês que é o melhor gadget que eu já tive
Como muitos de vocês sabem, eu sempre fui um grande amante do PSP. Desde a época da finada PSP Brasil, no orkut, eu evangelizava todos ao meu redor sobre o potencial de emulação do portátil da Sony. Carregar no bolso TODOS os joguinhos clássicos 16 bits que eu tanto amava era simplesmente inacreditável. E quando o PSP se tornou capaz de rodar jogos de PS1, então? Eu havia pulado completamente a geração 32 bits, e agora me vi capaz de finalmente explorar a imensa biblioteca do PS1. Que bons tempos!
Meu apreço pelo PSP era tamanho que numa ocasião em que acidentalmente quebrei a tela tentando limpa-la, não vi recurso senão sair correndo imediatamente pra uma loja de eletrônicos próxima e comprar outro.
De lá pra cá, esses nossos sensacionais broders chineses vem fazendo inúmeros aparelhos que se equiparam e até vencem o PSP em sua capacidade de emulação — esse mérito se dá em parte pela adoção do Android como sistema operacional, que torna esses aparelhos imensamente mais versáteis que o PSP. Quem diria que eu, que passei tanto tempo zoando Android e seus entusiastas, viria nele uma imensa vantagem!
Eu cheguei a experimentar com um desses emuladores chineses, o Dingoo A320, que eu resenhei aqui três anos atrás. Aliás, como meus vídeos antigos eram bosta, viu. Isso nunca deixará de me surpreender.
O Dingoo, no caso, me agradava muito pela longevidade da bateria, a possibilidade de liga-lo à TV, e a portabilidade. O LCD deixava um pouco a desejar, com ângulos de visão limitados, e a biblioteca dele era bem reduzida ao padrão PSP a qual eu já havia me acostumado — porque realmente bem, 100% MESMO, o Dingoo só rodava GBA. Além disso, ele usava um sistema proprietário que limitava bastante o desenvolvimento de homebrew pra ele.
Vi vários emuladores portáteis indo e vindo nesses sites chineses e, embora extremamente intrigado, já ter TANTOS aparelhos que emulam limitou a minha curiosidade nestes outros brinquedos. Ficava difícil justificar gastar com um desses aparelhos quando eu tenho não um, mas dois PSPs
Até que veio a GearBest.
Como vocês sabem, a GearBest é um desses sites chineses de compra. Há alguns meses, alguém do departamento de marketing deles descobriu o meu canal — suponho que eles fiquem bem de olho em criadores de contéudo brasileiro, visto que brasileiros se amarram nesses sites. Vendo que eu tenho histórico de resenhar gadgets, os caras se aproximaram, perguntando se eu me interessaria em resenhar aparelhos que eles me enviem.
De lá pra cá venho curtido um relacionamento basicamente perfeito com os caras da GearBest — recebo de graça produtos que eu já tinha interesse de obter de qualquer forma, isso me rende assunto pra criar conteúdo pro meu canal, as vendas dos caras aumentam, e vocês recebem recomendações interessantes de produtos às vezes bem desconhecidos. De quebra, eu recebo uma pequena comissão dos produtos que vocês compram através das minhas resenhas.
Ou seja, o mítico win-win-win que o Michael Scott tanto queria. Todo mundo sai ganhando.
(Vale adicionar que, apesar da comissão, eu tento ser bastante honesto em minhas resenhas dos aparelhos. Todas as falhas que eu perceba nos aparelhos serão expostas em detalhes.)
De tempos em tempos eu peço recomendações de produtos pra galera que me segue no Twitter. Sabendo do meu amor por aparelhos de emulação, algum broder (que eu infelizmente não me lembro agora) me sugeriu que eu pedisse a eles um GPD XD. Esse bicho aí embaixo:
A imagem na tela do GPD XD nessa foto é o launcher TV Launcher. Para os não-iniciados no mundo do Android, um launcher é basicamente um “skin” que você joga em cima do sistema operacional, alterando a aparência dele. Como hoje se enfia Android em tudo que é aparelho, alguns launchers tornam o sistema melhor pra ser usado em hardware que foge do padrão tradicional de celular/tablet — por exemplo, uma smart TV ou setup box.
Experimentei com vários e no final achei que o TV Launcher era o melhor pra um aparelho como o GPD XD. Ele é totalmente customizável; como você pode ver no meu, eu defini como ícones dos emuladores as caixas dos consoles em questão — com a adição do ScummVM fodendo o padrão.
Foi facinho de configurar, aliás. Procurava imagens no Chrome, e atribuia-as aos emuladores no TV Launcher.
Sobre specs: o GPD XD roda Android 4.4 (bem atrasado, eu sei, mas num aparelho com propósito expresso de emulação, não me sinto muito limitado), com um processador quad core underclockeado pra 600mhz — no subreddit relacionado, a galera parece preferir uma ROM chamada “Legacy ROM” que permite liberar os 1.8ghz do processador, que foi intecionalmente reduzido pra conservar bateria, porque afinal de contas você não precisa muito mais que 600mhz pra rodar emulador.O bicho tem 2gb de RAM, e vem em dois sabores: 32gb e 64gb, com entrada pra Micro SD que reconhece cartões até 200gb — além de saída HDMI, porta microUSB pra carregar/usar acessórios, e headphone jack.
Da esquerda pra direita: entrada pra cartão microSD, porta microUSB, porta miniHDMI, e headphone jack
Sobre emulação, o GPD XD roda essencialmente tudo que Android pode rodar, até o Dreamcast (sim, lisinho. Sim, até Shenmue). NES, SNES, Game Boy, Game Boy Color, Game Boy Advance, PS1, N64, Atari 2600, PSP, DS, tá tudo lá.Pra rodar jogo de DS, o emulador funciona de uma forma interessante: Você pode dividir as duas telas do DS na telona do GPD XD como preferir. Em alguns jogos a ação se passa toda na tela de baixo, então você pode deixar a display debaixo (que seria a tela de toque) grandona na tela, e a tela superior (com informações semi-inúteis) aparecendo pequenininha do lado:
Em jogos como Super Mario 64, o oposto acontece — a tela de toque é basicamente inútil, te permitindo inverter o arranjo acima:
O legal é que o emulador salva a configuração pra cada jogo. E no meu caso, quando aperto L3 (o analógico não clica, então o L3 e R3 são botões do lado dos sticks), as telas invertem — assim, caso a tela outrora inútil precise ser acessada com mais precisão em um momento crucial do jogo, você pode fazer isso.
A propósito, pra quem estiver curioso, esse é o tamanho do GPD XD comparado a um 3DS XL:
Pra resumir: é um tablet em formato de console portátil, emulando tudo que Android é capaz de emular, permitindo também plugar na TV e jogar com amigos. De certa forma, é como se fosse um Nintendo Switch.
Ah, e tem uma bateria absurda de 6000 mAh. Quase esqueço de citar isso.
As principais falhas do GPD XD são as seguinte:
Não ter bluetooth. Isso é praticamente imperdoável. Ele tem saída HDMI, então você pode plugar na TV pra jogar os clássicos na sala — mas sem BT, você fica limitado a conectar um cabo OTG, e então um hub USB, e então os controles. Dá pra plugar controle wireless 2.4ghz, ao menos, mas BT teria tornado isso BEEEEM mais fácil
A “tampa” do aparelho faz um ruído alto quando você abre. Parece bobagem mas me incomodou bastante. Usuários de mais longa data me disseram que isso passa com o tempo de uso. Veremos.
De acordo com o que li em fóruns, se você plugar o GPD XD num carregador com mais de 5V, ele pode queimar. Nunca precisei ter cuidado semelhante com nenhum eletrônico, então achei estranho.
De tudo que eu testei, a única coisa que não emulou bem foram alguns jogos de PSP — os mais graficamente intensos, tipo God of War ou Prince of Persia Revelations. Felizmente, todos os outros rodaram de boa.
Apesar da boa construção, o meu speaker direito não funciona. Vasculhei em todos os fóruns, perguntei num grupo de FB sobre o aparelho, e ninguém mais reportou esse problema. Pelo jeito meu azar me atacou de novo. Felizmente, o GPD XD é alto PRA CARALHO então não faz tanta falta assim. Meu pai, que tem formação em eletrônica, se disponibilizou a tentar consertar… preferi não arriscar.
Aqui está meu vídeo de impressões iniciais do aparelho:
Enfim, tenho que sair correndo pro trabalho. Estou preparando uma resenha COMPLETA em vídeo sobre o GPD XD, mostrando todos os features e tal. Posso te dizer já de antemão que o GPD XD cumpriu todas as minhas expectativas (que eram altíssimas), e substituiu o PSP completamente. O hardware é muito bom, o form factor é praticamente perfeito (depois de arranhar a tela do meu PSP Go, clamshell design me parece a forma correta de fazer um portátil), a emulação roda 100% de praticamente tudo que eu tentei, os botões são bem responsíveis, e funcionar a base de Android dá ao console uma excelente multi-funcionalidade — sim, você também pode ver Netflix, Youtube, Fêice, tuíter, dar bom dia no grupo de família do Whatsapp, tudo.
Se você tem alguma pergunta ou sugestão pra resenha, por favor, se manifeste nos comentários. Estarei lendo todos e respondendo dúvidas, uma por uma.
E antes que eu me esqueça: a GearBest agora oferece opções de parcelamento. Até março, se você parcelar em 6x é sem juros. Corre lá.

January 15, 2017
Episódio 29: Pênises e Fantasmas
O episódio de hoje tá muito bom. Se liga:
As matérias são as seguintes: uma mulher um pouco azarada que participou de não um, não dois, não três, mas quatro acidentes marítimos (incluindo o Titanic!), ex-funcionários de uma prefeitura que resolveram furtar coisas de lá vestidos de fantasminhas camaradas, a trágica história do homem mais gordo do mundo, e atendentes de uma sex shop que se defenderam de um assalto jogando estrovengas de borracha no meliante!
Mulher presente em 4 acidentes em navios desafia nossa definição de “azar” (Enviada por @sircaiocesar, que esteve presente em 5 situações em que alguém cagou as próprias calças — e em só duas delas era ele mesmo)
Ex-funcionários roubam impressora de prefeitura (Enviada por @ElsonCuca, que já sabe de onde descolar uma Lexmark nova)
Homem mais gordo do mundo provavelmente vai perder bastante peso em 2017, de um jeito ou de outro (Enviada por @luanfe1ipe, que como segundo homem mais gordo do mundo está empolgado com a nova posição que ele em breve ocupará)
Funcionárias de sex shop repelem assaltante na base da pirocada, mas não da forma como você está pensando (Enviada por @eduh_campus, que após ler a matéria começou a desenvolver um colete a prova de dildos)
►Vídeos comentados
O juiz “bêbado” que na real tava com problema na coluna.
►Links comentados
A imagem que o Evandro me mandou
O subreddit de outros malucos que tem submechanophobia.
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January 10, 2017
Episódio 28: MPB Especial Retrospectiva
FALA NEGADA! FELIZ 2017!
Aos que sobreviveram, isso é. Aos que não, vão se preparando aí pra nossa chegada aí no inferno logo menos.
Mas que ano de bosta esse 2016, ein? Puta que pariu. Pelo menos teve o nascimento do MPB, que não compensa a morte do David Bowie ou da Carrie Fisher mas é melhor que nada.
Neste episódio especialíssimo, os ouvintes d’O Melhor Podcast do Brasil compartilham com a gente seus momentos favoritos das notícias que comentamos no ano que passou.
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January 8, 2017
[ Recomendação ] Brandon Li, vlogger que faz o Neistat parecer seu tio filmando férias no celular na vertical
Como produtor de conteúdo que preza por qualidade, eu me sinto constantemente atraído por outros produtores que elevem o patamar da criação de vídeo. Um divisor de águas foi o Casey Neistat, com um vlog imensamente popular e uma técnica/formato que, embora tremendamente repetitivo, sabia contar uma boa história e era muito carismático.
Hoje eu descobri um sujeito que faz o Casey parecer minha mãe usando uma Tekpix pra filmar os fogos da virada com o dedão permanentemente na frente da lente: Brandon Li. Se liga no material:
(Por causa de um estranho bug do WordPress, TUDO que eu havia digitado abaixo desse vídeo foi apagado quando publiquei o texto. Nunca vi isso antes, e não consegui encontrar uma versão previamente salva do artigo. Que bosta. Vou tentar reescrever a parada conforme eu for lembrando dos insights que tive assistindo o vlog.)
Este cara aí é o Brandon Li, e ele fez um vlog que mais parece trailer de filme do que vlog. Alguns dirão que é trapaça considerar o sujeito um “vlogger”, já que ele é cineasta e já produziu pra MTV e tudo. Não sei se isso desqualifica alguém, já que o próprio Casey também tinha seus bonafides na indústria convencional.
O que eu acho impressionante no trabalho do Brandon é que ele emprega inúmeras técnicas cinematográficas que, embora eu já tenha visto em filmes e comerciais, simplesmente nunca tinha pensado em aplicar em um vlog. Que é uma experiência semelhante à primeira vez que vi o vlog do Casey, também; entretanto, talvez pela dependência do Casey em usar o mesmo formato repetidamente, diariamente, o outrora fascínio com o que parecia uma linguagem visual única e original se torna irritação. É um caso clássico de “viu um, viu todos”.
Já o Brandon Li consegue fazer vídeos BASTANTE distintos, o que é um ponto a favor dele. Evidentemente, é mais fácil fazer isso quando você não precisa gravar diariamente, e seus vídeos se limitam a dois minutos. Ele não também não tem o carisma de storyteller do Casey, então tem isso.
Fico imaginando como seria um collab entre os dois.
Alguns diriam que esse tipo de punhetagem estilística é um parnasianismo puramente auto-indulgente, tipo os solos de guitarra do Dragonforce ou do Michael Angelo Batio. Aquele negócio bem flagrantemente exibido, só pra mostrar que sabe, que não realmente adiciona conteúdo a uma produção.
Eu definitivamente concordo com certos pontos dessa análise; por outro lado, eu acho muito foda ver o tipo de coisa que se pode fazer com um vlog. É inspirador.
…ao mesmo tempo, eu estou cronicamente atento ao fato de que no final das contas, todas as firulagens estilísticas do mundo não substituem uma câmera simples e uma personalidade captivante. Whindersson Nunes tá aí, forçando todos a reconhecer que na realidade, no SuperTrunfo da fama internética, personalidade e carisma vence valores de produção SEMPRE.
Mas mesmo assim, vê aí os vlogs do Brandon Li.

January 7, 2017
[ Dossiê HBD ] Ulillillia, um dos maiores malucos da internet
A internet é um terreno fértil para maluquices, e este é um dos motivos pelos quais eu a amo — ela me faz sentir perfeitamente normal em comparação com os seres humanos irreversivelmente desajustados que perambulam soltos por aí, agindo como membros semi-produtivos da sociedade.
Por exemplo, o Time Cube. Você já ouviu falar do Time Cube? Trata-se de um site completamente maluco criado em 1997 que tenta explicar uma alternativa à realidade/leis da física como as conhecemos. É absolutamente incompreensível e indica que o sujeito responsável pelo site provavelmente passa boa parte de seu tempo berrando para as paredes de sua casa e comendo cascas de árvores.
Do outro lado temos o Alex Chiu, um chinês absolutamente maluco que acredita ter inventado, entre outras coisas, artefatos que garantem imortalidade ao usuário, além de pílulas que mudam a aparência física de quem as toma (e eu trabalhava com um cara que tinha comprado essas porras. Fiquei estupefato ao descobrir que alguém mais sequer conhecia o Chiu).
Tem também o Vincent Ocasla, responsável por construir (ao longo de QUATRO ANOS) a Magnasanti, uma cidade “perfeita” em SimCity. Ele basicamente zerou um jogo que não é programado pra ser zerado; se houvesse alguma dúvida de que ele usou encantamentos satânicos para atingir esse objetivo, o vídeo da cidade a remove:
//www.youtube.com/watch?v=NTJQTc-TqpU
E além disso, tem seja lá quem for este indivíduo (que pela minha própria segurança eu espero que more o mais longe possível de Calgary)
//www.youtube.com/watch?v=5M6dPcaQ68s
Cruz credo.
Então. Mesmo neste mar inacabável de internautas malucos, nosso amigo Ulillillia consegue se destacar.
Vamos compreender o mundo de Ulillillia. A vida do cidadão (e sua mente, aliás) é como uma gaveta completamente bagunçada – eu não sei nem por onde começar a compreender a desordem.
Esse aí é ele. Acho que uma lista será a forma mais eficiente de catalogar as infindáveis excentricidades do rapaz.
– O seu username já dá o primeiro insight de suas incontáveis maluquices — o cara criou esse nick juntando a palavra repetindo a palavra “ill” (que significa “doente”) e jogando mais algumas letras aleatórias ao redor.
Ou seja, ele já propagandeia seus problemas mentais no próprio nickname de internet.
Não sei como exatamente o Uli (a versão carinhosa de seu apelido) foi descoberto pela internet. Entrei em contato com a “obra” do do rapaz pela primeira vez no fórum Something Awful mil anos atrás.
– Antes de mais nada, Uli é um autor. Seu livro, “The Legend of the 10 Elemental Masters“, é quase completamente ilegível. Nele, o rapaz conta a história de Knuckles, uma espécie de mago de poderes literalmente ilimitados que percorre a trama do livro em God Mode, pondo fim em qualquer conflito imediatamente sem qualquer esforço.
Veja a capa dessa bagaça:
Com uma estranha obsessão por quantificação, o Uli descreve todas as mais minuciosas e triviais ações do livro com qualquer unidade de medida que seja levemente relevante (“Fulano de tal colocou a mão no bolso com uma força de 0,94 Newtons”), e descreve cores através de sua representação hexadecimal. Os personagens tem hit point e fichas de personagens, e há um glossário e tabela de referência o final do livro pra ajudar a entender a bagaça.
Em suma: é um livro que ninguém, além de seu próprio autor, se interessaria em ler. De acordo com o próprio Uli em sua página no FB, o livro vende aproximadamente 8 cópias por mês pra internautas dispostos a pagar 20 dólares para participar da “história” do Ulillillia. Essa é a única fonte de renda do rapaz.
– O Uli tem inúmeros medos irracionais. Você talvez ache que ter medo de aranhas é um medo irracional, mas saca essa: este filho da puta tem medo de ESPELHOS. Numa página entitulada “Major Fears“, o Uli descreve (com a precisão e detalhismo que lhe é familiar) os inúmeros medos que o afligem — medo de CADEIRAS mano…! –, e as maneiras completamente enlouquecedoras que ele contorna esses medos.
Por exemplo, ele tem medo das palavras PEOPLE e PERSON, e portanto ele sequer as escreve. Agora deu até vontade de comprar o livro maluco dele pra ver quantos sinônimos diferentes pra essas duas palavras ele usou.
– Voltando à insana quantificação/RPGzação com a qual o rapaz se martiriza, ele inventou um sistema de “compatibilidades e motivação“, que assinala valores a ações de acordo com o quão atraente essas ações são pro Uli. Compatibilidade é o nível de afinidade que ele nutre por uma uma determinação ação. Motivo são as razões pelas quais ele teria que realizar alguma ação. Se uma ação tem compatibilidade alta e motivação alta, ele QUER fazer e PRECISA fazer. Se tem Compabilidade baixa e motivação alta, ele NÃO QUER fazer, mas PRECISA fazer. E por aí vai.
E aí entramos no fato de que…
– O Uli toma entre 3 e 6 banhos POR MÊS. Como ele explica na sessão “Showers are rare” da página “Major issues” (o maior documento já escrito na história humana pra justificar evitar um chuveiro), banhos tem compatibilidade -12 e motivação -12. Somado a outros motivos (ele racionaliza que um banho rouba 3 horas da vida dele), banhos são raros.
Leve em consideração que quando ele escreveu isso o moleque não estudava nem trabalhava; ele tem literalmente o dia inteiro livre.
Na mesma página, vemos que…
– O Uli se submete a um ciclo de dormir e acordar completamente insano. Ele passa alguns dias acordando de manhã e indo dormir às noite, e depois inverte — e além disso, ele dorme muito pouco. Somado a todos os seus outros problemas, isso garante que o maluco é virtualmente incapaz de ser um membro produtivo da sociedade, perenemente dependente de seus pais e, mais recentemente, da irmã.
Caralho, já escrevi isso tudo e ainda estamos vendo a ponta do iceberg.
E a saúde desse maluco, que ao que seus relatos indica foi quase que completamente negligenciado pelos pais (apesar de ter sido diagnosticado com problemas mentais quando criança)?
Bem…
– O Uli só come basicamente duas coisas: pizza de queijo, e Hamburger Helper, que é um tipo de gororoba que americanos usam pra colocar em hamburgeres caseiros. Ele come isso SEM o hamburger, que não é muito diferente de comer só o pozinho que vem on Nissin Miojo e jogar o macarrão fora.
Aparentemente ciente de que essa dieta o fará morrer antes dos 40 anos, o Uli pelo menos TENTA aliviar a situação — usando um processo que ele apelida de “desgorduramento”, ou seja: ele pressiona guardanapos contra a pizza pra ir absorvendo a gordura da parada. Ele acredita que a massa e o queijo são perfeitamente saudáveis sem a gordura, e por isso come pizza congelada em praticamente TODAS as refeições.
Quando EU, Izzy Nobre, um gordo safado, critico a dieta de alguém… é porque a coisa tá muito feia.
– Ele acredita ter poderes especiais.
– Ele está, há mais de 6 anos, desenvolvendo um jogo chamado Platform Masters. Tendo aprendido a programar em C sozinho (a única coisa digna de nota que Uli fez na vida inteira), ele tem sonhos de um dia lançar o jogo para a legião de fãs/observadores da sua vida peculiar.
Acredita-se que o jogo é programado na base de gambiarra tão intensa que ele jamais rodaria num PC que não fosse o do Uli. E provando essa teoria, o jogo parou de funcionar quando ele migrou pra Windows 7.
Apesar de uma lista imensa de features, até hoje o jogo só tem o mais básico gameplay. Uli passa MESES retocando detalhes do background, ou escrevendo 500 linhas de código pra implementar uma função que um programador mais eficiente resolveria com 3.
– Uli passa a maior parte do seu tempo livre levelando em RPGs clássicos, como Final Fantasy 6, ou jogando games conhecidos por nada além do fato de que são insuportavelmente horríveis, como Bubsy 3D. O seu canal no youtube, antes de ser deletado, mostrava alguns de seus feitos videogâmicos.
– O único tipo de música que o Uli ouve é (olha que surpresa…) música de jogos. E ele ouve a mesma música, em repeat, por vários dias sem parar. Ele também tem o hábito de acelerar o diminuir o ritmo da música através de softwares especiais, sabe-se lá com que finalidade.
A maluquice do Uli é infindável, mas esse post tem que terminar em algum momento (mesmo me sentindo que só abordei uns 30% do que eu poderia falar sobre essa alma sebosa), então termino-o agora. Pra se deleitar mais nas maluquices do jovem, dê um pulo no site ou no arquivo de vídeos dele. O canal dele foi deletado, sabe-se lá por que.
[ Update ] Ah, no site dele ele explica por que — se emputeceu com os problemas do YouTube. Os vídeos agora estão no Daily Motion.
Eu duvido que exista alguém na internet mais maluco que esse rapaz.
[ Update ] Ah! Estavam fazendo um documentário sobre a vida do cara, mas como os cineastas são tão competentes em cinematografia quanto o Uli é competente em qualquer coisa, o filme nunca foi lançado. A última atualização no site do documentário é de tipo 4 anos atrás.

January 1, 2017
Sobre câmeras e valores de produção
Esta é uma G7X.
No que diz respeito a câmeras mais fáceis de meter no bolso, essa aí é meio que o consenso entre os profissionais casuais de videografia — que é a forma mais “serious business” com a qual posso me referir a uma carreira de YouTube, mas ainda sem dar lá tanto crédito porque afinal, é um vlog. Consta como trabalho, ao menos?
Eu já achava que vlogar na rua usando a 70D (aka “Escola Casey Neistat”) era uma insanidade extremamente desconfortável. Bastou UMA viagem — aquela pra Ottawa, sensacionalmente sponsored by @CarlinhosTroll e a MyVIPBox.com — com a 70D pra eu decidir que nunca mais queria sair de casa com um trambolho daquele. Sair por aí com 70D, lente, tripé e microfone é um negócio que requer um certo nível de investimento, de comprometimento.

Talvez a little too much pra uma porra de um vlog.
Não é algo que você traz só por trazer, porque “vai que acontece algo legal pra filmar!”. Eu precisava de algo com uma qualidade melhor do que uma GoPro, ou meu celular, e que servisse como uma alternativa à 70D.
E a G7X é comentada por todos os manos da fotografia/videografia que é essencialmente uma 70D portátil.
Demorei MESES pra achar essa porra de câmera aqui em Calgary. Por motivos que não entendo completamente, a G7X parecia permanentemente esgotada em todo território nacional canadense. Eu nunca vi nada esgotado tanto nas lojas físicas quanto nas online, e no entanto este era o caso.

Isso se repetia em TODAS as lojas em que eu procurei. Chegou ao ponto em que eu entrava nas lojas pra procurar só pelo hábito mesmo.
Eu ouvi várias teorias. Uma é que a câmera é um produto de nicho — point and shoot com aquele precinho salgado de DSLR –, e o Canadá tem afinal de contas míseros 30 milhões de habitantes. Pra você ter uma noção do que isso significa, pega o Estado de São Paulo, subtrai dele a população do Estado do Rio (algo que eu imagino que muitos paulistas seriam a favor), e dá os canadenses. Por isso, diz a hipótese, os retailers canucks não botaram fé que a parada venderia muito e pediam pouco estoque.
Cheguei a ouvir também que não era nada especificamente de errado com o mercado canadense, mas a G7X é tipicamente difícil de encontrar mesmo. Um cara de uma loja de câmeras aqui, que eu suponho que entende bastante de fotografia (ele tinha um bigode de hipster, coque samurai, tênis verde e óculos de aro grosso) disse que um dos processadores usados pela Canon na fabricação da G7X tá em falta, ou algo assim. Sei lá.
Ontem enquanto a patroa passava 5 horas na Forever XXI experimentando roupas que na real ela nem gostou muito e vai provavelmente devolver dois dias depois — a minha é a única que faz isso? –, eu dei uma passeada por uma loja de câmeras próxima. Totalmente pela força do hábito, só pra ouvir pela milésima vez “desculpe senhor, não temos” e voltar a jogar Angry Birds no celular.
Ah é, voltei a jogar Angry Birds a propósito. Cê tem noção que Angry Birds já tem quase 10 anos? E que tem QUINZE títulos de Angry Birds, ou seja — tem mais Angry Birds que Call of Duty’s? Cê sabia que porcos foram escolhidos como os vilões do jogo quando o desenvolvimento já estava quase terminado, e que foram escolhidos por causa da gripe suína que tava rolando na época? Enfim.
A moça do balcão, previsivelmente, falou que não tinha G7X no estoque e elaborou sua própria teoria pra isso. Sem surpresa alguma, eu já tava pra sair da loja, quando um outro maluco berrou lááá do fundo do estabelecimento:
“…epa, pera que tem uma aqui!”
Nem acreditei. Saquei o cartão mais rápido do que você se decepcionará com seus amigos em 2017 e momentos depois, estava num dos sofás do shopping, examinando a nova compra.
…e ao mesmo tempo, eu sentia uma pontinha de remorso. O dinheiro que eu gasto investindo no canal vem do próprio canal, e como tecnicamente é “trabalho” eu posso declarar no imposto de renda e obter um ressarcimento, então esse tipo de gasto é mais fácil pra mim do que pra maioria das outras pessoas. Entretanto, eu venho muito pensativo em relação a proporção matemática VdP/R — em outras palavras, Valores de Produção dividido pelo Retorno. Entenda aqui retorno tanto quanto financeiro, quanto de crescimento do canal.
Grandes valores de produção dividido por baixo retorno é uma proporção indesejada. O que você realmente que é um alto retorno, com valores de produção parcos. Isso é tão verdadeiro pra míseros vloggers, quando é pra grandes estúdios de Hollywood.
Quanto mais eu penso nessa relação, mais eu vejo que valores de produção são completamente paralelos ao sucesso de um vídeo. Eu sinto um certo retorno às raízes youtubísticas; onde um maluco aleatório falando com uma câmera qualquer no seu quarto, sobre algo com o qual as pessoas se identifiquem e sintam vontade de discutir e compartilhar, vale muito mais do que uma câmera topster*, técnicas de edição profissa ou qualquer outra coisa. Afinal, se você parar pra pensar, o sucesso do YouTube ali nos primórdios foi justamente isso — a galera tava assistindo menos TV profissional e vendo Phillip DeFranco ou Vlog Brothers em vez disso.
Um dos exemplos fundamentais disso é o Whindersson Nunes, certamente a maior história de sucesso do YouTube brasileiro mas até hoje alguém cujo nome me obriga uma Googleada prévia pra não errar a grafia. Nós nordestinos somos, digamos, criativos no que diz respeito a dar nome aos filhos.
O sujeito é um dos maiores youtubers DO MUNDO (29a colocação no momento, se minhas fontes estão corretas), literalmente uma das personalidades mais influentes entre os jovens brasileiros. O cara está cagando furiosamente pra valores de produção, edição cinematográfica, a melhor câmera possível, thumbnail atraente, SEO, e todas essas outras coisas que gurus de YouTube insistem que são primordialmente importantes. Aliás, não sei se essa “indústria” já explodiu aí também, mas aqui na gringa tá LOTADO de experts.
Então eu fico em conflito. Por um lado, eu sei que não precisava dessa câmera — podia usar a GoPro, por exemplo, ou até mesmo meu próprio celular pra fazer vídeos na rua. Mas eu sinto uma aversão estranha a usar esses equipamentos pra vlogar, então por mais que eu não precise de uma G7X, te-la acabará me tornando mais produtivo.
Na real, eu estou muito curioso pra saber o que VOCÊS acham. Acabei de dropar mil malditos dólares numa câmera, quando eu já tenho (xeu contar aqui) CINCO OUTRAS, porque sinto que a melhoria incremental na imagem dos vídeos gravados na rua valerá a pena pra vocês. Como vocês vêem essa questão?
*Usarei esse termo sem ironia durante 2017 e não há solução pra isso a não ser aceitar

Episódio 27: Bancos e Elevadores
Voltamos!
Nesta edição, maluco fica com ciúme de garota de programa e, não sendo ainda vacilão o bastante, mata SEIS pessoas na bota por causa disso; jovem se machuca gravemente no motel; entregador de comida dá uma mijada totalmente impune num elevador; e maluco ganha saldo infinito por engano e sai fazendo exatamente o que eu ou você faríamos.
Ah e FELIZ ANO NOVO! Tente não morrer em 2017.
►Notícias comentadas
Vagabundo sente ciúme de GP e mata seis (Enviada por @brnunes, que apesar de ciumento admite que aí já é vacilo)
Moça vai ao motel mas se machuca na Ponta Grossa (Enviada por Luan Felipe, que evita cadeiras eróticas e qualquer outra espécie de acrobacias sexuais justamente por causa disso)
Sujeito vai entregar comida e dá uma mijada no elevador (Enviada por @willlalmeida, que uma vez mijou dentro de um caixa automático do Banco do Brasil)
Rapaz descobre que sua conta bancária destravou o cheat do dinheiro infinito e gasta tudo com putas e drogas (Enviada por @GrennySouza, que tá há 4 dias dando F5 no site do ebanking pra ver se acontece o mesmo com ele)
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