C.N. Gil's Blog, page 32
May 9, 2016
Atão diz lá...
...o que andates tu a fazer no fim-de-semana?
Presumo que esta dúvida paire no espírito de todos os que passam por aqui!
Claro! Até porque não têm mais nada em que pensar, não é verdade?
Ya, ya...
Anyway, além das tretas do costume, diverti-me à brava a ver o Dead Pool! Finalmente um super-herói de jeito! Além disso ainda escrevi mais umas linhas daquela coisa a que ninguém liga patavina acerca do Nmismo!
E nos intervalos ainda tive tempo para fazer isto:
Basicamente, andei a embutir Bubinga em madeira de bordo, ou "hard maple".Foi interessante!
Presumo que esta dúvida paire no espírito de todos os que passam por aqui!
Claro! Até porque não têm mais nada em que pensar, não é verdade?
Ya, ya...
Anyway, além das tretas do costume, diverti-me à brava a ver o Dead Pool! Finalmente um super-herói de jeito! Além disso ainda escrevi mais umas linhas daquela coisa a que ninguém liga patavina acerca do Nmismo!
E nos intervalos ainda tive tempo para fazer isto:




Basicamente, andei a embutir Bubinga em madeira de bordo, ou "hard maple".Foi interessante!
Published on May 09, 2016 00:37
May 6, 2016
Estava...
para vos presentear com a segunda parte da história das baterias de Bagdad ainda hoje,...
...mas...
...não sei se o faça!
Acho que vos vou deixar pendurados durante o fim-de-semana!
(só porque gosto de ser chato e também porque a história já é o que é, por isso...)
...mas...
...não sei se o faça!
Acho que vos vou deixar pendurados durante o fim-de-semana!
(só porque gosto de ser chato e também porque a história já é o que é, por isso...)
Published on May 06, 2016 05:33
As baterias de Bagdad
Naqueles dias, após anos de viagens pelos quatro cantos do mundo Nmista, da cidade de Polo à cidade de Stix, do deserto de Shamar até aos longínquos reinos para lá do mar de Atlen, Matatturru, filho de Maturro o grande rei da Lupolândia e um dos dois últimos Nmistas Racionalistas Cientologistas, chegou finalmente ao reino bárbaro de Pingates, de que era rei Temulentius, o Ébrio, onde se tinha refugiado o seu velho mestre, o outro Nmista Racionalista Cientologista, Uruk, o pequeno!
O mestre, modesto como sempre fora, vivia num pequenino palácio de três pisos construído em mármore rosa, com as paredes interiores e exteriores finamente trabalhadas em baixo relevo com padrões e motivos Nmistas, todo mobilado com modestos moveis esculpidos em madeiras exóticas trazidas das mais longínquas florestas tropicais. O palácio tinha ainda um modesto jardim de seis hectares com fauna e flora de diferentes regiões e um enorme labirinto de sebes que representava para os Necrofagistas Macrobiótico Existencialistas Racionalistas Cientologistas a procura pelo conhecimento supremo, a busca pelo eletrocardiógrafo e o eletroencefalógrafo que encerravam em si a promessa do cumprimento pleno dos preceitos Nmistas! Além dos jardins, as terras da propriedade espalhavam-se até onde a vista alcançava, com luxuriantes searas de cevada e campos de tremoceiros. Era como um reduto Nmista em plenas terras Bárbaras.
Uruk, o Pequeno, recebeu Matatturru, filho de Maturru, com o peito cheio de orgulho, os olhos carregados de emoção e os braços amplamente abertos num enorme abraço.
-Matatturru, filho de Maturru, os meus olhos exultam ao comtemplar-te após todos estes anos. Trazes marcado na tua fronte o conhecimento de anos de viagens e nos teus olhos a sabedoria de um Nmista que sabe o seu lugar no mundo. Além disso ainda estás com bom ar e um bocadito mais gordito, o que te assenta bem, porque ereis um pau-de-virar-tripas!
Matatturru prostrou-se à sua frente em sinal de respeito e respondeu:
-Velho mestre, eis-me aqui depois de ter percorrido o mundo desde os desertos de Shamar e das torres de Ashtram até à cidade de Polo, espalhando a vossa sabedoria, feliz por vos ver mais uma vez antes de assumir o meu lugar como rei da Lupulândia e com grandes novidades.
Entraram na casa e Uruk, o Pequeno, fez de imediato sinal aos seus criados para que trouxessem algo frugal para comerem, tendo os mesmos trazido de imediato picanha de gado bovino criado junto às intrigantes florestas virgens de Amaz pelos bárbaros vermelhos que se auto-denominavam de Andinos, feijão preto e farinha de mandioca trazidos dos distantes reinos selvagens de Arabutã e tubérculos, de Solanum, fatiados e fritos em óleo, todos eles reinos para lá do grandioso mar de Atlen e todas as iguarias comprovadamente mortas.
Repastaram-se em silêncio, cumprindo os preceitos Nmistas e, finda a refeição, Uruk o Pequeno perguntou finalmente:
-Então que novidades trazeis, amado discípulo, Matatturru, filho de Matturru.
-Melhor do que relatar, mostrar-vos-ei! – E pediu a um dos criados que lhe trouxesse uma caixa que tinha ainda guardada na carroça em que viajava.
Quando o criado voltou, abriu rapidamente a caixa e mostrou o conteúdo ao seu mestre.
Uruk, o Pequeno, não ficou impressionado. A caixa apenas continha cerca de sessenta pequenas baterias de Bagdad encaixadas numa larga tabua num padrão geométrico alternado que fazia lembrar um favo de uma colmeia. A única coisa pouco normal era o facto de entre elas haver pequenos pedaços de cobre de uma forma pouco usual, estando sempre o tubo de cobre ligado ao cilindro de ferro da bateria seguinte, saído da última um longo fio do metal que ia acabar a milímetros do primeiro fio. No fundo aquilo apenas parecia uma salgalhada.
Reparando que o mestre não estava impressionado, Matatturru sorriu e pediu ao criado sumo de limão suficiente para encher todas as baterias. Depois de uma quantidade absurda de limões e duas horas depois e criado voltou e Matatturro encheu cuidadosamente as baterias. Uruk mantinha-se num silêncio expectante, não fazendo ideia de onde aquilo ia chegar.
Depois Matatturru pediu ao criado que tocasse nas duas pontas de cobre que percorriam as baterias. O criado olhou algo receoso para Uruk, o Pequeno, e, tendo este feito um subtil sinal, avançou e tocou em ambas as duas pontas ao mesmo tempo. De imediato uma convulsão percorreu todo o seu corpo e caiu no chão desacordado.
Uruk, o Pequeno, viu aquilo e ficou espantado, tentando racionalizar o que tinha visto sem encontrar qualquer explicação. Mas o que viu a seguir foi ainda mais assombroso.
Matatturru deixou cair, ao de leve, um pequeno pedaço de ferro por cima dos dois pedaços de cobre e, de imediato, após umas quantas e fascinantes faíscas parecidas com pequenos raios da trovoada, o ferro ganhou a coloração avermelhada que tem quando aquecido, irradiando luz e calor.
Uruk, o Pequeno, deixou a boca cair aberta, estupefacto com o que presenciava.
Matatturru sorria.
O mestre, modesto como sempre fora, vivia num pequenino palácio de três pisos construído em mármore rosa, com as paredes interiores e exteriores finamente trabalhadas em baixo relevo com padrões e motivos Nmistas, todo mobilado com modestos moveis esculpidos em madeiras exóticas trazidas das mais longínquas florestas tropicais. O palácio tinha ainda um modesto jardim de seis hectares com fauna e flora de diferentes regiões e um enorme labirinto de sebes que representava para os Necrofagistas Macrobiótico Existencialistas Racionalistas Cientologistas a procura pelo conhecimento supremo, a busca pelo eletrocardiógrafo e o eletroencefalógrafo que encerravam em si a promessa do cumprimento pleno dos preceitos Nmistas! Além dos jardins, as terras da propriedade espalhavam-se até onde a vista alcançava, com luxuriantes searas de cevada e campos de tremoceiros. Era como um reduto Nmista em plenas terras Bárbaras.
Uruk, o Pequeno, recebeu Matatturru, filho de Maturru, com o peito cheio de orgulho, os olhos carregados de emoção e os braços amplamente abertos num enorme abraço.
-Matatturru, filho de Maturru, os meus olhos exultam ao comtemplar-te após todos estes anos. Trazes marcado na tua fronte o conhecimento de anos de viagens e nos teus olhos a sabedoria de um Nmista que sabe o seu lugar no mundo. Além disso ainda estás com bom ar e um bocadito mais gordito, o que te assenta bem, porque ereis um pau-de-virar-tripas!
Matatturru prostrou-se à sua frente em sinal de respeito e respondeu:
-Velho mestre, eis-me aqui depois de ter percorrido o mundo desde os desertos de Shamar e das torres de Ashtram até à cidade de Polo, espalhando a vossa sabedoria, feliz por vos ver mais uma vez antes de assumir o meu lugar como rei da Lupulândia e com grandes novidades.
Entraram na casa e Uruk, o Pequeno, fez de imediato sinal aos seus criados para que trouxessem algo frugal para comerem, tendo os mesmos trazido de imediato picanha de gado bovino criado junto às intrigantes florestas virgens de Amaz pelos bárbaros vermelhos que se auto-denominavam de Andinos, feijão preto e farinha de mandioca trazidos dos distantes reinos selvagens de Arabutã e tubérculos, de Solanum, fatiados e fritos em óleo, todos eles reinos para lá do grandioso mar de Atlen e todas as iguarias comprovadamente mortas.
Repastaram-se em silêncio, cumprindo os preceitos Nmistas e, finda a refeição, Uruk o Pequeno perguntou finalmente:
-Então que novidades trazeis, amado discípulo, Matatturru, filho de Matturru.
-Melhor do que relatar, mostrar-vos-ei! – E pediu a um dos criados que lhe trouxesse uma caixa que tinha ainda guardada na carroça em que viajava.
Quando o criado voltou, abriu rapidamente a caixa e mostrou o conteúdo ao seu mestre.
Uruk, o Pequeno, não ficou impressionado. A caixa apenas continha cerca de sessenta pequenas baterias de Bagdad encaixadas numa larga tabua num padrão geométrico alternado que fazia lembrar um favo de uma colmeia. A única coisa pouco normal era o facto de entre elas haver pequenos pedaços de cobre de uma forma pouco usual, estando sempre o tubo de cobre ligado ao cilindro de ferro da bateria seguinte, saído da última um longo fio do metal que ia acabar a milímetros do primeiro fio. No fundo aquilo apenas parecia uma salgalhada.
Reparando que o mestre não estava impressionado, Matatturru sorriu e pediu ao criado sumo de limão suficiente para encher todas as baterias. Depois de uma quantidade absurda de limões e duas horas depois e criado voltou e Matatturro encheu cuidadosamente as baterias. Uruk mantinha-se num silêncio expectante, não fazendo ideia de onde aquilo ia chegar.
Depois Matatturru pediu ao criado que tocasse nas duas pontas de cobre que percorriam as baterias. O criado olhou algo receoso para Uruk, o Pequeno, e, tendo este feito um subtil sinal, avançou e tocou em ambas as duas pontas ao mesmo tempo. De imediato uma convulsão percorreu todo o seu corpo e caiu no chão desacordado.
Uruk, o Pequeno, viu aquilo e ficou espantado, tentando racionalizar o que tinha visto sem encontrar qualquer explicação. Mas o que viu a seguir foi ainda mais assombroso.
Matatturru deixou cair, ao de leve, um pequeno pedaço de ferro por cima dos dois pedaços de cobre e, de imediato, após umas quantas e fascinantes faíscas parecidas com pequenos raios da trovoada, o ferro ganhou a coloração avermelhada que tem quando aquecido, irradiando luz e calor.
Uruk, o Pequeno, deixou a boca cair aberta, estupefacto com o que presenciava.
Matatturru sorria.
Published on May 06, 2016 02:41
May 5, 2016
Com um caneco!!!!!!
Tou a comer o melhor bolo de chocolate do mundo, quiçá do sistema Solar, quase de certeza o melhor da galáxia e talvez mesmo do Universo!
Estranhamente, foi feito em Campo-de-Ourique...
Agora vou ali espancar brutalmente o tipo que o trouxe, porque quer guardar segredo de onde comprou esta maravilha culinária e já venho...
Estranhamente, foi feito em Campo-de-Ourique...
Agora vou ali espancar brutalmente o tipo que o trouxe, porque quer guardar segredo de onde comprou esta maravilha culinária e já venho...
Published on May 05, 2016 08:10
O primeiro (e único) império Nmista (continuação)
…pelo menos por algum tempo.
Um Império precisava de uma coisa fundamental: um Imperador!
Entre as muitas discussões ao mais alto nível, houve um acordo entre as nações de manter os congressos nacionais e as fronteiras, devido a algumas animosidades regionais que existiam desde os tempos em que aqueles povos eram Bárbaros e Selvagens, e que persistiam ainda. Mas achou-se conveniente criar um congresso único, que era eleito.
No entanto, como a figura do imperador retiraria todo o poder simbólico aos Reis, estes conseguiram convencer os respectivos congressos de que deveriam ser eles, por acordo, a eleger o Imperador.
E foi daqui que advieram os problemas. Se os Reis eram figuras simbólicas, os Imperadores tomaram as rédeas do poder executivo, trazendo para o seu lado responsáveis pelas diversas áreas dentro do império. E tudo corria bem, até que se deu a crise do tremoço.
Após a vitoria de Exudax sobre a Vinlândia, os Selvagens trataram de substituir a cultura de cevada pela de tremoço o que provocou uma baixa de preços sem precedentes e lançou Faboideae numa crise nunca antes vista. Esta queda económica arrastou também os outros reinos que tiveram de sustentar Faboideae durante a crise. O Imperador naquela altura, Vigarus, O Escroque, junto com a sua equipa executiva, teve de tomar medidas impopulares que, de alguma maneira, não afectavam a realeza, que continuava a levar a vida de sempre como se não se passasse nada.
O povo começou a falar e a perguntar qual a legitimidade que Vigarus, o Escroque, tinha para tomar tais medidas, uma vez que não tinha sido eleito. Pior, porque é que as famílias Reais não eram afectadas, havendo alguns que afirmavam que isso se devia ao facto de o Imperador ser escolhido pelos Reis.
Mas pior que isso foi Vigarus, o Escroque, chamar a si o poder de vetar todas as leis que tivessem impacto económico que fossem aprovadas nos congressos regionais, retirando assim todo o poder de decisão a estes últimos, instaurando assim a primeira ditadura não assumida da história.
Muitas vozes se levantaram contra esta situação que, ao fim de alguns anos, já era Imperador Atados, o Coitado, levou a uma revolta popular e a uma guerra que acabou com o Império e fez com que os diversos povos vivessem em permanente ódio durante séculos.
Foi por isto que nunca mais ninguém se lembrou de criar um Império Nmista.
Outros o tentaram mais tarde, alguns mesmo pela força, mas foram situações que, tal como esta, nunca se sustentaram no tempo.
Felizmente, hoje em dia isto não passaria, obviamente, pela cabeça a ninguém…
Um Império precisava de uma coisa fundamental: um Imperador!
Entre as muitas discussões ao mais alto nível, houve um acordo entre as nações de manter os congressos nacionais e as fronteiras, devido a algumas animosidades regionais que existiam desde os tempos em que aqueles povos eram Bárbaros e Selvagens, e que persistiam ainda. Mas achou-se conveniente criar um congresso único, que era eleito.
No entanto, como a figura do imperador retiraria todo o poder simbólico aos Reis, estes conseguiram convencer os respectivos congressos de que deveriam ser eles, por acordo, a eleger o Imperador.
E foi daqui que advieram os problemas. Se os Reis eram figuras simbólicas, os Imperadores tomaram as rédeas do poder executivo, trazendo para o seu lado responsáveis pelas diversas áreas dentro do império. E tudo corria bem, até que se deu a crise do tremoço.
Após a vitoria de Exudax sobre a Vinlândia, os Selvagens trataram de substituir a cultura de cevada pela de tremoço o que provocou uma baixa de preços sem precedentes e lançou Faboideae numa crise nunca antes vista. Esta queda económica arrastou também os outros reinos que tiveram de sustentar Faboideae durante a crise. O Imperador naquela altura, Vigarus, O Escroque, junto com a sua equipa executiva, teve de tomar medidas impopulares que, de alguma maneira, não afectavam a realeza, que continuava a levar a vida de sempre como se não se passasse nada.
O povo começou a falar e a perguntar qual a legitimidade que Vigarus, o Escroque, tinha para tomar tais medidas, uma vez que não tinha sido eleito. Pior, porque é que as famílias Reais não eram afectadas, havendo alguns que afirmavam que isso se devia ao facto de o Imperador ser escolhido pelos Reis.
Mas pior que isso foi Vigarus, o Escroque, chamar a si o poder de vetar todas as leis que tivessem impacto económico que fossem aprovadas nos congressos regionais, retirando assim todo o poder de decisão a estes últimos, instaurando assim a primeira ditadura não assumida da história.
Muitas vozes se levantaram contra esta situação que, ao fim de alguns anos, já era Imperador Atados, o Coitado, levou a uma revolta popular e a uma guerra que acabou com o Império e fez com que os diversos povos vivessem em permanente ódio durante séculos.
Foi por isto que nunca mais ninguém se lembrou de criar um Império Nmista.
Outros o tentaram mais tarde, alguns mesmo pela força, mas foram situações que, tal como esta, nunca se sustentaram no tempo.
Felizmente, hoje em dia isto não passaria, obviamente, pela cabeça a ninguém…
Published on May 05, 2016 07:47
O primeiro (e único) império Nmista
Já vos falei nestas pequenas crónicas do reino de Faboideae. Este reino, famosíssimo por lá se produzirem os melhores tremoços do mundo, era apenas um dos reinos que se encontrava para lá do grande mar de Atlen, tendo todos eles, em comum o facto de, apesar de terem a figura do rei como chefe de estado, o rei não tinha poderes políticos, sendo que todas as decisões eram tomadas por um congresso de representantes eleitos pelo povo. Ou seja, eram os percursores daquilo que se denomina hoje de monarquia parlamentarista.
Outro dos reinos era Arearis, também famoso pela magnífica qualidade dos recipientes de sílica fundida, sendo os seus artesão famosos no mundo inteiro.
Havia ainda o reino de Messe, no qual se cultivavam antigas estirpes de cevada que tinham um gosto incomum e do qual se obtinha o produto da fermentação da cevada mais famoso e disputado de sempre.
Embora estes três reinos exportassem boa parte da sua produção para todo o mundo conhecido, onde estes produtos eram pagos a peso de ouro, a verdade é que a maior parte do comércio que faziam era entre si, por uma mera questão de proximidade, visto que tudo o que mandavam vir do outro lado do grande mar era dispendioso. Assim sendo, só alguns produtos essenciais, como o Lúpulo da Luplândia, ou alguns produtos de luxo, como as baterias de Bagdad, eram importados.
No entanto, à medida que os séculos foram passando, as distâncias foram ficando mais curtas, fruto da evolução dos meios de transporte. Além disso, reinos Bárbaros como a Vinlândia, ou Selvagens, como Exudax, produziam produtos de qualidade inferior, mas a preços que arrasavam as suas exportações.
Foi neste clima que Arturus, o Marreco, Rei de Faboideae, Vulpes, a Raposa, Rainha de Arearis e Céliaco, o Gasoso, Rei de Messe se reuniram, mandatados pelos respectivos congressos, para tentar encontrar uma solução para aquilo que se adivinhava ser uma catástrofe económica a médio-longo prazo.
Apesar do encontro inicial ter dado sinais positivos, houve anos de complexas negociações. Começaram por estabelecer uma área de comercio livre entre todos para tentar combater a concorrência de produtos que se fabricavam localmente mas que chegavam do outro lado do mar muito mais baratos.
A coisa aparentemente deu algum resultado pelo que resolveram evoluir ainda mais a coisa. E tanta foi a evolução que culminaram num Império, o primeiro Império Nmista que se auto-intitulou de Império Atlenico!
O povo rejubilou e tudo parecia ir bem…
Outro dos reinos era Arearis, também famoso pela magnífica qualidade dos recipientes de sílica fundida, sendo os seus artesão famosos no mundo inteiro.
Havia ainda o reino de Messe, no qual se cultivavam antigas estirpes de cevada que tinham um gosto incomum e do qual se obtinha o produto da fermentação da cevada mais famoso e disputado de sempre.
Embora estes três reinos exportassem boa parte da sua produção para todo o mundo conhecido, onde estes produtos eram pagos a peso de ouro, a verdade é que a maior parte do comércio que faziam era entre si, por uma mera questão de proximidade, visto que tudo o que mandavam vir do outro lado do grande mar era dispendioso. Assim sendo, só alguns produtos essenciais, como o Lúpulo da Luplândia, ou alguns produtos de luxo, como as baterias de Bagdad, eram importados.
No entanto, à medida que os séculos foram passando, as distâncias foram ficando mais curtas, fruto da evolução dos meios de transporte. Além disso, reinos Bárbaros como a Vinlândia, ou Selvagens, como Exudax, produziam produtos de qualidade inferior, mas a preços que arrasavam as suas exportações.
Foi neste clima que Arturus, o Marreco, Rei de Faboideae, Vulpes, a Raposa, Rainha de Arearis e Céliaco, o Gasoso, Rei de Messe se reuniram, mandatados pelos respectivos congressos, para tentar encontrar uma solução para aquilo que se adivinhava ser uma catástrofe económica a médio-longo prazo.
Apesar do encontro inicial ter dado sinais positivos, houve anos de complexas negociações. Começaram por estabelecer uma área de comercio livre entre todos para tentar combater a concorrência de produtos que se fabricavam localmente mas que chegavam do outro lado do mar muito mais baratos.
A coisa aparentemente deu algum resultado pelo que resolveram evoluir ainda mais a coisa. E tanta foi a evolução que culminaram num Império, o primeiro Império Nmista que se auto-intitulou de Império Atlenico!
O povo rejubilou e tudo parecia ir bem…
Published on May 05, 2016 05:00
May 4, 2016
Os Mosaícos e o Nmismo (continuação)
Se é verdade que o mundo Nmista regozijou com a chegada dos Mosaícos à Vinlândia, também o é que houve uma carrada de pessoas que não acharam grande piada: os Vinlandeses!
Se estes já não viam com muito bons olhos terem de ser subservientes a Shamash, verem os seus territórios ocupados por um bando de pastores Nmistas convertidos foi uma afronta terrível. No entanto, estando a Vinlândia sem exército desde que o mesmo tinha sido derrota-do pelos exércitos Nmistas de Shimiu, o Parvo, lá encolheram os ombros.
Mas foi então que os Mosaícos se começaram a apoderar de terras que pertenciam a clãs antigos para fazer pastos para as ovelhas, escorraçando os proprietários. Isto criou uma revolta cada vez maior nos Vinlandeses que acabaram por se voltar para os poucos combatentes que ainda existiam, refugiados nas montanhas, tentando ajudá-los como podiam! Esses guerreiros começaram assim a lutar em campanhas curtas contra pequenas povoações Mosaícas, arrasando-as e dispersando o gado.
Claro que os Mosaícos começaram a acusar estes guerreiros de fazer uma guerra suja.
Ainda assim, tudo aquilo não passava de pequenas escaramuças quase sem importância. E tudo ficou assim durante algum tempo…
…até que os Mosaícos começaram a querer reclamar também terras de Exudax que, tal como as da Vinlândia, diziam ser de onde ti-nham vindo os seus antepassados.
Ora, os Selvagens de Exudax, fruto do contrabando de tremoços para Shamash, tinham bastante poderio económico e bélico. Quando os primeiros ataques Mosaícos as terras de Exudax começaram, os Selvagens fizeram pactos com os Bárbaros rebeldes e estalou uma guerra aberta.
Os Mosaícos, vendo-se entalados entre o deserto de Shamar e as terras selvagens de Exudax, em desvantagem numérica e em relação aos exércitos de Exudax comandados por Osiah, o Bárbaro rebelde Vinlandês, profundo conhecedor da sua nação, pedem ajuda às nações Nmistas, implorando-lhes que pensassem bem no que significava ter mais aquela parte do mundo como terras Nmistas.
Foi aqui que tudo acabou por dar para o torto.
Em primeiro lugar, o Nmismo, desde as suas origens, nunca se tinha imposto pela força.
Em segundo lugar os Mosaícos foram dados como proscritos do Nmismo. Como sabemos, pensar era a única coisa que não era permitida.
Ainda assim, os Mosaícos resistiram durante anos às investidas dos exércitos de Exudax cada vez mais engrossados por rebeldes Vinlandeses. Mas por fim acabaram por ser derrotados, sendo dispersados e expulsos daquelas terras, mas juraram que haviam de voltar e que as terras dos seus antepassados haviam de ser suas.
Infelizmente, não se sabe, até hoje, o destino que levaram os Mosaícos, pelo que não seria de espantar que eles, ao fim destes milénios, ainda por aí andem à espera de uma oportunidade...
Se estes já não viam com muito bons olhos terem de ser subservientes a Shamash, verem os seus territórios ocupados por um bando de pastores Nmistas convertidos foi uma afronta terrível. No entanto, estando a Vinlândia sem exército desde que o mesmo tinha sido derrota-do pelos exércitos Nmistas de Shimiu, o Parvo, lá encolheram os ombros.
Mas foi então que os Mosaícos se começaram a apoderar de terras que pertenciam a clãs antigos para fazer pastos para as ovelhas, escorraçando os proprietários. Isto criou uma revolta cada vez maior nos Vinlandeses que acabaram por se voltar para os poucos combatentes que ainda existiam, refugiados nas montanhas, tentando ajudá-los como podiam! Esses guerreiros começaram assim a lutar em campanhas curtas contra pequenas povoações Mosaícas, arrasando-as e dispersando o gado.
Claro que os Mosaícos começaram a acusar estes guerreiros de fazer uma guerra suja.
Ainda assim, tudo aquilo não passava de pequenas escaramuças quase sem importância. E tudo ficou assim durante algum tempo…
…até que os Mosaícos começaram a querer reclamar também terras de Exudax que, tal como as da Vinlândia, diziam ser de onde ti-nham vindo os seus antepassados.
Ora, os Selvagens de Exudax, fruto do contrabando de tremoços para Shamash, tinham bastante poderio económico e bélico. Quando os primeiros ataques Mosaícos as terras de Exudax começaram, os Selvagens fizeram pactos com os Bárbaros rebeldes e estalou uma guerra aberta.
Os Mosaícos, vendo-se entalados entre o deserto de Shamar e as terras selvagens de Exudax, em desvantagem numérica e em relação aos exércitos de Exudax comandados por Osiah, o Bárbaro rebelde Vinlandês, profundo conhecedor da sua nação, pedem ajuda às nações Nmistas, implorando-lhes que pensassem bem no que significava ter mais aquela parte do mundo como terras Nmistas.
Foi aqui que tudo acabou por dar para o torto.
Em primeiro lugar, o Nmismo, desde as suas origens, nunca se tinha imposto pela força.
Em segundo lugar os Mosaícos foram dados como proscritos do Nmismo. Como sabemos, pensar era a única coisa que não era permitida.
Ainda assim, os Mosaícos resistiram durante anos às investidas dos exércitos de Exudax cada vez mais engrossados por rebeldes Vinlandeses. Mas por fim acabaram por ser derrotados, sendo dispersados e expulsos daquelas terras, mas juraram que haviam de voltar e que as terras dos seus antepassados haviam de ser suas.
Infelizmente, não se sabe, até hoje, o destino que levaram os Mosaícos, pelo que não seria de espantar que eles, ao fim destes milénios, ainda por aí andem à espera de uma oportunidade...
Published on May 04, 2016 07:36
Os Mosaícos e o Nmismo
Como já perceberam por esta altura (a não ser que seja este o primeiro pedaço de texto que estão a ler sobre o Nmismo e, nesse caso, não perceberam nada nem vão perceber, a não ser que andem para trás – se bem que tenho uma suspeita-quase-certeza que ainda assim não vão perceber grande coisa, mas olhem, é o que se arranja…), a não ser entre os Nmistas Radicais, o Nmismo nunca foi encarado como uma religião, apenas como um modo de vida! Mais, era uma corrente existencialista que apenas poderia entrar em rota de colisão com religiões que convidassem a pensar, mas isso, como todos sabemos, é uma contradição com a própria religião. Não há religiões que convidem a pensar, antes pelo contrário, quando alguém pensa demais é como um vírus infeccioso que põe em causa os dogmas de fé, simplesmente porque se usa do bom senso! Afinal de contas, nem é preciso olharmos para textos sagrados para perceber que qualquer pessoa que pense tem alguns problemas lógicos graves em relação a qualquer religião.
Vejamos alguns exemplos:
-Os deuses clássicos, da Grécia e de Roma (que são os mesmo rebaptizados – aparentemente os Romanos não tinham grande imaginação) eram uns bêbados putanheiros sanguinários e as Deusas eram umas intriguistas, cabras umas para as outras e umas putas serigaitas que fariam corar uma prostituta de hoje em dia, e aquilo era encarado de forma natural, uma vez que os homens da altura eram uns bêbados putanheiros sanguinários e as mulheres eram intriguistas, cabras e putas, justificando a sua maneira de ser com um “se os Deuses e as Deusas fazem assim…”
-Já outros causam problemas bem mais subtis mas igualmente válidos, como por exemplo, e como muito bem apontou Cavanna em “As Sagradas Escrituras”, Deus não pode ser ao mesmo tempo eterno e omnipotente, uma vez que para ser omnipotente tem que deixar de ser eterno, uma vez que pode por fim a si próprio, mas se for eterno deixa de poder por um fim a si próprio deixando de ser omnipotente! Mas ainda bem que existe a contradição e a fé que faz tanta gente relevar estes pequenos problemas idiotas. Graças a Deus!
Mas, como podemos observar, o Nmismo não entrava em confronto com qualquer das religiões que havia na altura, algumas delas bem esquisitas, como por exemplo na cidade de Perempto onde adoravam um ramo de árvore petrificada de onde os habitantes acreditavam tinha nascido o universo, ou a estranha crença do reino de Doblez em que todos acreditavam que o Universo é uma mera ilusão e não existia na realidade, sendo toda a existência o produto de um sonho de uma baleia azul, de cujo ventre teria nascido o Universo, se bem que também havia um povo bem lá para sul, cujo nome se perdeu na história, que acreditava que os ornitorrincos eram avatares!
Já nos reinos e cidades Radicais não havia cultos – os poucos locais de culto eram construídos e mantidos por estrangeiros – visto que eles não pensavam…
Havia um povo, bárbaros convertidos, que se auto-intitulavam de Mosaíco. Os Mosaícos acreditavam que eram filhos de Pubo, o grande fermentador, que tinha criado o Universo a partir da fermentação. Este povo era composto por tribos nómadas que se dedicavam sobretudo à pastorícia e eram conhecidos pelo queijo picante e com um cheiro nauseabundo que produziam, cujo sabor era algo de fenomenal. Embora fossem originalmente Bárbaros fermentadores de mosto, converteram-se ao Nmismo e quiseram ter direito a criar uma nação. Aquilo pareceu algo lógico ao mundo Nmista, mas havia a questão de onde os encaixar.
Balbaaq, o Asqueroso, que se dizia ser descendente destes Bárbaros convertidos, viu nisto uma oportunidade e convenceu Shimiu, o Parvo, a dar-lhes as terras da Vinlândia, coisa que não caiu bem aos Vinlandeses Bárbaros que já lá estavam, com o argumento de que eles iriam Nmizar a Vinlândia e que, além disso, no fundo até eram o mesmo povo visto que várias das tribos Mosaícas tinham vindo originalmente daquela região, coisa era impossível de confirmar ou desmentir, visto que os registos históricos dos Bárbaros e dos Selvagens eram inexistentes. Apenas havia uma tradição oral que se perdia na noite dos tempos que o afirmava.
E foi desta maneira que a Vinlândia se tornou um reino Nmista, mas foi então que as coisas começaram a dar para o torto…
Vejamos alguns exemplos:
-Os deuses clássicos, da Grécia e de Roma (que são os mesmo rebaptizados – aparentemente os Romanos não tinham grande imaginação) eram uns bêbados putanheiros sanguinários e as Deusas eram umas intriguistas, cabras umas para as outras e umas putas serigaitas que fariam corar uma prostituta de hoje em dia, e aquilo era encarado de forma natural, uma vez que os homens da altura eram uns bêbados putanheiros sanguinários e as mulheres eram intriguistas, cabras e putas, justificando a sua maneira de ser com um “se os Deuses e as Deusas fazem assim…”
-Já outros causam problemas bem mais subtis mas igualmente válidos, como por exemplo, e como muito bem apontou Cavanna em “As Sagradas Escrituras”, Deus não pode ser ao mesmo tempo eterno e omnipotente, uma vez que para ser omnipotente tem que deixar de ser eterno, uma vez que pode por fim a si próprio, mas se for eterno deixa de poder por um fim a si próprio deixando de ser omnipotente! Mas ainda bem que existe a contradição e a fé que faz tanta gente relevar estes pequenos problemas idiotas. Graças a Deus!
Mas, como podemos observar, o Nmismo não entrava em confronto com qualquer das religiões que havia na altura, algumas delas bem esquisitas, como por exemplo na cidade de Perempto onde adoravam um ramo de árvore petrificada de onde os habitantes acreditavam tinha nascido o universo, ou a estranha crença do reino de Doblez em que todos acreditavam que o Universo é uma mera ilusão e não existia na realidade, sendo toda a existência o produto de um sonho de uma baleia azul, de cujo ventre teria nascido o Universo, se bem que também havia um povo bem lá para sul, cujo nome se perdeu na história, que acreditava que os ornitorrincos eram avatares!
Já nos reinos e cidades Radicais não havia cultos – os poucos locais de culto eram construídos e mantidos por estrangeiros – visto que eles não pensavam…
Havia um povo, bárbaros convertidos, que se auto-intitulavam de Mosaíco. Os Mosaícos acreditavam que eram filhos de Pubo, o grande fermentador, que tinha criado o Universo a partir da fermentação. Este povo era composto por tribos nómadas que se dedicavam sobretudo à pastorícia e eram conhecidos pelo queijo picante e com um cheiro nauseabundo que produziam, cujo sabor era algo de fenomenal. Embora fossem originalmente Bárbaros fermentadores de mosto, converteram-se ao Nmismo e quiseram ter direito a criar uma nação. Aquilo pareceu algo lógico ao mundo Nmista, mas havia a questão de onde os encaixar.
Balbaaq, o Asqueroso, que se dizia ser descendente destes Bárbaros convertidos, viu nisto uma oportunidade e convenceu Shimiu, o Parvo, a dar-lhes as terras da Vinlândia, coisa que não caiu bem aos Vinlandeses Bárbaros que já lá estavam, com o argumento de que eles iriam Nmizar a Vinlândia e que, além disso, no fundo até eram o mesmo povo visto que várias das tribos Mosaícas tinham vindo originalmente daquela região, coisa era impossível de confirmar ou desmentir, visto que os registos históricos dos Bárbaros e dos Selvagens eram inexistentes. Apenas havia uma tradição oral que se perdia na noite dos tempos que o afirmava.
E foi desta maneira que a Vinlândia se tornou um reino Nmista, mas foi então que as coisas começaram a dar para o torto…
Published on May 04, 2016 03:03
May 3, 2016
Uva Passa: Morrer é mais difícil do que parece - o texto de P...
Uva Passa: Morrer é mais difícil do que parece - o texto de P...: «Tenho um cancro de grau IV. De cada vez que abro o teclado do computador na intenção de escrever, ocorre-me a frase, já mil vezes rep...
Published on May 03, 2016 08:31
As dualidades das Bolas de Berlim - uma perspectiva Nmista
Há muitos, muitos, muitos, mas mesmo muitos, mas tantos que nem se sabe quantos, só se sabe que foram mesmo muitos anos atrás aquele que foi por muitos considerado como o mais genial cozinheiro de sempre, Pomax, o Orbe, inventou algo que maravilhou o mundo inteiro: a Bola!
A Bola era um bolo profundamente Nmista! Era nem mais nem menos que uma bola de massa frita em azeite ou óleo polvilhada com açúcar. A sua simplicidade tão grande e a sua versatilidade tão vasta, podendo ser comida em quase qualquer ocasião, fez com que se tornasse um bolo imensamente popular.
Qualquer Nmista, em qualquer parte do mundo, poderia pedir uma Bola, e sabia exactamente o que lhe seria servido. Embora os sabores variassem ligeiramente de região para região, devido às características da própria farinha, as variações eram diminutas, sendo o bolo o único verdadeiramente uniforme no mundo inteiro.
Pomax, o Orbe, tornou-se um nome de trazer por casa, em boa parte graças à Bola, e os seus pergaminhos de receitas eram vendidos nas feiras e mercados por todo o lado. É dito que Pomax inventou muitas outras coisas, como os Peixinhos-da-horta, os panados e até o gelado frito, tão famoso ainda hoje em dia nos restaurantes de comida chinesa!
A receita da bola colocou no mapa a cidade de Óbesia, junto ao rio Bagos, que até ai era apenas comentada por ter a menor esperança de vida de todo o mundo Nmista, embora nunca ninguém à altura tenha percebido o porquê!
A Bola ganhou tal fama que a receita acabou por passar para os povos bárbaros e selvagens, o que foi uma sorte, pois sobreviveu ao longo de milhares de anos, vindo a reaparecer há alguns seculos atrás na cidade de Berlim. No entanto foi precisamente aqui que começou a dualidade das Bolas de Berlim.
Sendo um bolo Nmista, qualquer adepto poderia entrar numa pastelaria e pedir uma Bola. Toda a gente sabia o que era e a questão estava arrumada. No entanto, os Alemães, descendentes de povos selvagens, receberam a receita já com algumas alterações, como o hábito de rechear as bolas com geleias de frutos vermelhos. Isto só por si não seria significativo, não houvesse um povo, o Luso, que quando teve as Bolas na mão, tratou de alterar ainda mais a receita original. Ora isto, aos radicais causava problemas. Vejamos o exemplo abaixo:
Um Nmista entra numa pastelaria e afirma:
-Eu quero uma Bola.
-Uma bola?
-De Berlim!
-Com creme ou sem creme?
E pronto, para um Nmista Radical levantava-se logo a impossibilidade de responder, visto que para isso teria de pensar! O resultado, normalmente, era saírem das pastelarias com graves conflitos interiores e com fome, o que levou a muitos suicídios inexplicados…
No entanto, este problema não seria intransponível para um Absolutista, que poderia raciocinar um pouco, ou até meditar e responder:
-Com creme.
-De creme de ovo? Creme de pasteleiro? Creme de chocolate? Creme de avelãs? Doce de leite? Doce de maracujá?
E poderia continuar aqui a dar exemplos de recheios, uma lista quase tão extensa quanto a variedade imensa da doçaria Portuguesa. Isto levaria inexoravelmente a uma meditação profunda, para chegar a uma decisão, o que, embora estivesse dentro dos cânones Nmistas, era chato!
Ainda assim, mesmo que o Nmista se sentisse inclinado para tal meditação e respondesse:
-Com creme de ovo. (por exemplo; não afirmo aqui que este recheio seja melhor que todos os outros, embora de facto o seja)
Levaria de imediato com a pergunta:
-Redonda ou comprida?
O que implicaria mais uma decisão e mais alguns momentos de meditação profunda!
Esta dualidade é exemplificativa dos problemas que assaltam o Nmismo nos dias de hoje, razão pela qual há apenas dois Nmistas no mundo, sendo que o Nmista Radical não come bolas de Berlim! Aliás, a própria menção às mesmas fá-lo contorcer-se e fechar-se numa posição fetal enquanto récita repetitiva e continuamente o mandamento único, “Não Pensarás!”.
Já o único Nmista Absolutista ainda vivo, depois de muito meditar nesta problemática, resolveu a questão de uma maneira simples: pede sempre uma Bola de Berlim redonda com creme de ovo…
A Bola era um bolo profundamente Nmista! Era nem mais nem menos que uma bola de massa frita em azeite ou óleo polvilhada com açúcar. A sua simplicidade tão grande e a sua versatilidade tão vasta, podendo ser comida em quase qualquer ocasião, fez com que se tornasse um bolo imensamente popular.
Qualquer Nmista, em qualquer parte do mundo, poderia pedir uma Bola, e sabia exactamente o que lhe seria servido. Embora os sabores variassem ligeiramente de região para região, devido às características da própria farinha, as variações eram diminutas, sendo o bolo o único verdadeiramente uniforme no mundo inteiro.
Pomax, o Orbe, tornou-se um nome de trazer por casa, em boa parte graças à Bola, e os seus pergaminhos de receitas eram vendidos nas feiras e mercados por todo o lado. É dito que Pomax inventou muitas outras coisas, como os Peixinhos-da-horta, os panados e até o gelado frito, tão famoso ainda hoje em dia nos restaurantes de comida chinesa!
A receita da bola colocou no mapa a cidade de Óbesia, junto ao rio Bagos, que até ai era apenas comentada por ter a menor esperança de vida de todo o mundo Nmista, embora nunca ninguém à altura tenha percebido o porquê!
A Bola ganhou tal fama que a receita acabou por passar para os povos bárbaros e selvagens, o que foi uma sorte, pois sobreviveu ao longo de milhares de anos, vindo a reaparecer há alguns seculos atrás na cidade de Berlim. No entanto foi precisamente aqui que começou a dualidade das Bolas de Berlim.
Sendo um bolo Nmista, qualquer adepto poderia entrar numa pastelaria e pedir uma Bola. Toda a gente sabia o que era e a questão estava arrumada. No entanto, os Alemães, descendentes de povos selvagens, receberam a receita já com algumas alterações, como o hábito de rechear as bolas com geleias de frutos vermelhos. Isto só por si não seria significativo, não houvesse um povo, o Luso, que quando teve as Bolas na mão, tratou de alterar ainda mais a receita original. Ora isto, aos radicais causava problemas. Vejamos o exemplo abaixo:
Um Nmista entra numa pastelaria e afirma:
-Eu quero uma Bola.
-Uma bola?
-De Berlim!
-Com creme ou sem creme?
E pronto, para um Nmista Radical levantava-se logo a impossibilidade de responder, visto que para isso teria de pensar! O resultado, normalmente, era saírem das pastelarias com graves conflitos interiores e com fome, o que levou a muitos suicídios inexplicados…
No entanto, este problema não seria intransponível para um Absolutista, que poderia raciocinar um pouco, ou até meditar e responder:
-Com creme.
-De creme de ovo? Creme de pasteleiro? Creme de chocolate? Creme de avelãs? Doce de leite? Doce de maracujá?
E poderia continuar aqui a dar exemplos de recheios, uma lista quase tão extensa quanto a variedade imensa da doçaria Portuguesa. Isto levaria inexoravelmente a uma meditação profunda, para chegar a uma decisão, o que, embora estivesse dentro dos cânones Nmistas, era chato!
Ainda assim, mesmo que o Nmista se sentisse inclinado para tal meditação e respondesse:
-Com creme de ovo. (por exemplo; não afirmo aqui que este recheio seja melhor que todos os outros, embora de facto o seja)
Levaria de imediato com a pergunta:
-Redonda ou comprida?
O que implicaria mais uma decisão e mais alguns momentos de meditação profunda!
Esta dualidade é exemplificativa dos problemas que assaltam o Nmismo nos dias de hoje, razão pela qual há apenas dois Nmistas no mundo, sendo que o Nmista Radical não come bolas de Berlim! Aliás, a própria menção às mesmas fá-lo contorcer-se e fechar-se numa posição fetal enquanto récita repetitiva e continuamente o mandamento único, “Não Pensarás!”.
Já o único Nmista Absolutista ainda vivo, depois de muito meditar nesta problemática, resolveu a questão de uma maneira simples: pede sempre uma Bola de Berlim redonda com creme de ovo…
Published on May 03, 2016 03:49