C.N. Gil's Blog, page 34

April 23, 2016

Jethro Tull Songs From The Wood

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Published on April 23, 2016 14:04

Jethro Tull - Live at Madison Square Garden 1978 - Full DVD





Não sei o que é que o Ian Anderson fumava naquela altura...

...mas era bom!



Para quem ainda se lembra do que era mesmo, mesmo boa música!



:)
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Published on April 23, 2016 14:01

Não!



Já não bebo, não fumo, não f#"o

E passo a vida a tirar coelhos das cartolas

Acho que não

Vou ter outra opção

Senão roubar a caixa de esmolas



     Ainda vou ter que pagar

     Uma taxa para falar...

     (...e outra para calar)



Já não como, não durmo,

O cabrão do ordenado foi cortado

Não me lavo, não posso

Ao preço da água não morro afogado



     Ainda vou ter de pagar

     Uma taxa para falar,

     Para ouvir,

     Para calar...

     NÃO!



Já não bulo, não ganho

Nem para ir para o trabalho

Mas que granda abandalho,

Vão mas é p'ro...

...Japão



     Ainda vou ter de pagar

     Uma taxa para tocar!



Já não bebo, não fumo, não f#"o

E o oredenado foi para o...

...Japão!

Não vou ter opção

Vou emigrar porque aqui

Todos me dizem

NÃO!



     Ainda vou ter de pagar

     Uma taxa para falar,

     Para ouvir,

     Para calar...

     NÃO!






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Published on April 23, 2016 11:35

April 22, 2016

OBRIGADO!


Tenho mesmo que agradecer a todos os que vão aguentando a minha estupidez natural e vão passando por aqui!
Muito, muito obrigado!
C. N. Gil
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Published on April 22, 2016 02:07

Continuação da história de Balbaaq, o Asqueroso



Os Resguardadores eram uma profissão que tinha surgido entre os Bárbaros!
Quando alguém tinha algo muito valioso ou a que estimava bastante, fosse uma jóia, uma estátua, uma carroça, uma casa ou até mesmo uma mulher, podia dirigir-se a um Resguardador.
Este, inquiria o proprietário acerca do bem e de que o queria resguardado, avaliava o risco e propunha uma quantia que teria de lhe ser paga anualmente para o bem ficar Resguardado.
Por exemplo, o valor de resguardo de um palácio numa zona de conflito era bastante mais elevado do que o de um palácio idêntico numa zona pacífica. Ou o valor de Resguardo contra inundações de uma colheita numa zona de inundações era muito maior do que que o Valor do mesmo tipo de resguardo numa zona onde estas não fossem comuns!
Claro que, caso houvesse algum dano na propriedade enquanto o contrato estava válido e esse dano constasse no contrato, o Resguardador pagaria por inteiro o valor do bem danificado, resolvendo assim o contrato.

Balbaaq, após adquirir as Torres dos Três Sábios por uma quantia fabulosa, dirigiu-se ao mais conhecido dos Resguardadores da Vinlândia, reino bárbaro mais próximo de Shamash com quem havia boas relações comerciais, e Resguardou as torres. No entanto, embora tivesse de despender mais dinheiro, Resguardou-as pelo triplo daquilo que lhe tinham custado.

Entretanto, fez algumas modificações nas torres, alugando terraços para os ricos e poderosos cujo valor aumentava conforme se subia na torre. Fez apenas uma excepção, reservando o penúltimo terraço para si e o superior que foi oferecido a Shimiu, o Obtuso, atitude que agradou imenso ao rei.

Durante algum tempo a situação manteve-se assim enquanto Balbaaq, o Asqueroso, observava com vivo interesse as batalhas entre os Barbaros da Vinlândia e os Selvagens de Exudax. Os Bárbaros ganhavam cada vez mais vantagem, destruindo as culturas de tremoço e substituindo-as por cevada, encarecendo os tremoços contrabandeados a um ponto que deixou de ser rentável, anulando assim as fabulosas margens de lucro que tinham feito de Balbaaq um dos homens mais ricos de Shamash, e quem sabe do mundo.

Foi então que o desastre aconteceu.
Numa única noite, incêndios que deflagraram em ambas as torres destruíram-nas por completo. Para grande desgosto dos habitantes de Ashtram as torres foram reduzidas a ruínas, causando estragos enormes e incontáveis mortes por toda a cidade. Nas ruínas das torres foram descobertas garrafas de produto da fermentação do mosto e rapidamente foi acusado um dos lideres guerreiros radicais dos Bárbaros, Osiah, o Fanático.

Algo assim não devia passar impune e, assim sendo, Shimiu não teve outra alternativa senão declarar guerra aos Bárbaros. Estes, estando a lutar em duas frentes, foram rapidamente subjugados pelos superiores exércitos de Shamash, fazendo com que os Selvagens recuperassem o seu território original. Shamash, ocupou a Vinlândia e, com a desculpa das escaramuças que ainda havia com guerreiros Vinlandeses que se refugiaram nos montes e recusaram a assumir a derrota, mantiveram o território ocupado, colocando no governo do mesmo alguns poderosos locais cuja lealdade pendia conforme a sua disposição para se submeterem à vontade de Shamash. A cevada fluía da Vinlândia para Shamash a preços nunca antes vistos, resolvendo de vez o problema da escassez de produto da fermentação da cevada.

E Balbaaq?
Bem, esse acabou por receber o triplo do que tinha pago pelas torres, reconstruiu-as para alegria da população da Ashtram, embora tenha tornado o acesso a elas mais caro, desculpando-se com os custos da reconstrução, e voltou a ter lucros fabulosos com o contrabando de tremoços de Exudax, multiplicando rapidamente a sua fortuna.

Mas a maior consequência disto foi que nunca mais houve um dia de paz naquela região, à excepção do deserto de Shamar, que continuava a ser tão quente, mas tão quente, que ninguém lá ia!


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Published on April 22, 2016 01:53

April 21, 2016

Vidéo Prince Beyonce Purple Rain Medley 2004 Grammy de Denis RYFELL ...

Nunca fui grande fã...



...mas fica aqui uma sentida homenagem a um grande músico, um grande compositor, um grande cantor, um excepcional guitarrista e a certeza que o mundo ficou mais pobre!




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Published on April 21, 2016 12:31

Hoje não há post!

Voltem amanhã se estiverem curiosos com a História de Balbaaq, o Asqueroso!

:)
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Published on April 21, 2016 08:45

April 20, 2016

Balbaaq, o Asqueroso

Sendo o mundo conhecido por aquela altura quase todo Nmista, seguindo mais ou menos à risca, conforme as facções os preceitos do Necrofagismo Macrobiotico Existêncialismo, a verdade é que subsistiam ainda reinos bárbaros onde os mesmos não eram observados.
Havia povos que preferiam o produto da fermentação do mosto, sendo que outros, absolutamente selvagens, que destilavam o produto anterior e o próprio produto da fermentação da cevada em aguardentes e whisky. Para lá dos limites Nmistas, a selvajaria parecia não ter qualquer limite!
No entanto, reinos limítrofes como o de Shamash, cuja principal cidade era Ashtram, à beira do deserto de Shamar, faziam frequentemente trocas comerciais com reinos barbados, cujos produtos podiam ser obtidos com menos custo que a importação de dentro da zona Nmista.
Ashtram prodizia sobretudo limões, fruto cada vez mais na moda devido às baterias de Bagdad cuja popularidade crescia exponencialmente, fazendo com que Uruk, o pequeno, embora no exilio em terras barbaras, continuava a receber percentagens pelas vendas, o que fazia dele rico e respeitado.Ashtram, no entanto, via-se vítima do seu crescimento, não conseguindo produzir cevada suficiente, pelo que tinha de a importar para suprir a crescente demanda.
Pior que isso, não produzia tremoços, e os importados eram caríssimos, pois vinham de longe, do outro lado do grande mar de Atlen, do grande reino de Faboideae. Por outro lado, os dos selvagens que viviam depois do deserto de Shamar eram mais baratos, mas a importação de lá não era vista com bons olhos, visto que os destiladores eram muito, mas mesmo muito mal vistos pelos Nmistas.Mas à medida que a cidade crescia, o problema tornava-se mais evidente.
Nos tempos do grande rei Shimiu, o Obtuso, o problema tornou-se tão grave que, para não haver falta de tremoço nem cevada, o reino precisava desesperadamente de dinheiro. Então viraram-se para o único que os poderia ajudar.
Balbaaq, o Asqueroso, não era assim chamado por ser pequeno, raquítico, irritante e parecido com uma verruga enrugada retirada do rabo de alguém, mas sim porque era a mais vil criatura alguma vez vista sobre a terra e debaixo dos céus e isto era quando queríamos falar dele de uma forma simpática. Não era boa pessoa…
No entanto, fruto do contrabando ilegal de tremoço dos selvagem destiladores estava riquíssimo. Mas começava a ter um grave problema, visto que, após uma guerra entre selvagens e bárbaros, os bárbaros conquistavam terreno onde deixavam de produzir tremoço e produziam cevada, o que era bom para a cidade, visto que os preços baixavam, mas mau para ele.
Foi neste clima que Shimiu, o Obtuso, em desespero se lhe dirigiu, pedindo-lhe um empréstimo de uma soma inominável para conseguir pôr as finanças da cidade em ordem. E foi neste clima que ele viu uma oportunidade.
Balbaaq, o Asqueroso, acedeu a conceder o dinheiro, mas nunca como empréstimo. Propunha-se a comprar as torres dos três sábios, famosas no mundo inteiro por serem altas. Muito altas. Mesmo, mesmo muito altas. Tão altas que custava a respirar no topo. Tão altas que os telhados estavam sempre cobertos de neve, apesar do calor abrasador à superfície. Tão altas que raramente se via o topo por causa das nuvens.
Shimiu, o Obtuso, não achou aquilo boa ideia. Afinal havia quem viesse de longe para beber o produto da fermentação da cevada gelado no cimo das torres. Mas a situação era desesperada e ele acabou por aceder.

No dia seguinte Balbaaq, o Asqueroso, dirigiu-se às terras barbaras onde havia alguns Resguardadores...
(continua)
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Published on April 20, 2016 11:31

Sendo o mundo conhecido por aquela altura quase todo Nmis...

Sendo o mundo conhecido por aquela altura quase todo Nmista, seguindo mais ou menos à risca, conforme as facções os preceitos do Necrofagismo Macrobiotico Existêncialismo, a verdade é que subsistiam ainda reinos bárbaros onde os mesmos não eram observados.
Havia povos que preferiam o produto da fermentação do mosto, sendo que outros, absolutamente selvagens, que destilavam o produto anterior e o próprio produto da fermentação da cevada em aguardentes e whisky. Para lá dos limites Nmistas, a selvajaria parecia não ter qualquer limite!
No entanto, reinos limítrofes como o de Shamash, cuja principal cidade era Ashtram, à beira do deserto de Shamar, faziam frequentemente trocas comerciais com reinos barbados, cujos produtos podiam ser obtidos com menos custo que a importação de dentro da zona Nmista.
Ashtram prodizia sobretudo limões, fruto cada vez mais na moda devido às baterias de Bagdad cuja popularidade crescia exponencialmente, fazendo com que Uruk, o pequeno, embora no exilio em terras barbaras, continuava a receber percentagens pelas vendas, o que fazia dele rico e respeitado.Ashtram, no entanto, via-se vítima do seu crescimento, não conseguindo produzir cevada suficiente, pelo que tinha de a importar para suprir a crescente demanda.
Pior que isso, não produzia tremoços, e os importados eram caríssimos, pois vinham de longe, do outro lado do grande mar de Atlen, do grande reino de Faboideae. Por outro lado, os dos selvagens que viviam depois do deserto de Shamar eram mais baratos, mas a importação de lá não era vista com bons olhos, visto que os destiladores eram muito, mas mesmo muito mal vistos pelos Nmistas.Mas à medida que a cidade crescia, o problema tornava-se mais evidente.
Nos tempos do grande rei Shimiu, o Obtuso, o problema tornou-se tão grave que, para não haver falta de tremoço nem cevada, o reino precisava desesperadamente de dinheiro. Então viraram-se para o único que os poderia ajudar.
Balbaaq, o Asqueroso, não era assim chamado por ser pequeno, raquítico, irritante e parecido com uma verruga enrugada retirada do rabo de alguém, mas sim porque era a mais vil criatura alguma vez vista sobre a terra e debaixo dos céus e isto era quando queríamos falar dele de uma forma simpática. Não era boa pessoa…
No entanto, fruto do contrabando ilegal de tremoço dos selvagem destiladores estava riquíssimo. Mas começava a ter um grave problema, visto que, após uma guerra entre selvagens e bárbaros, os bárbaros conquistavam terreno onde deixavam de produzir tremoço e produziam cevada, o que era bom para a cidade, visto que os preços baixavam, mas mau para ele.
Foi neste clima que Shimiu, o Obtuso, em desespero se lhe dirigiu, pedindo-lhe um empréstimo de uma soma inominável para conseguir pôr as finanças da cidade em ordem. E foi neste clima que ele viu uma oportunidade.
Balbaaq, o Asqueroso, acedeu a conceder o dinheiro, mas nunca como empréstimo. Propunha-se a comprar as torres dos três sábios, famosas no mundo inteiro por serem altas. Muito altas. Mesmo, mesmo muito altas. Tão altas que custava a respirar no topo. Tão altas que os telhados estavam sempre cobertos de neve, apesar do calor abrasador à superfície. Tão altas que raramente se via o topo por causa das nuvens.
Shimiu, o Obtuso, não achou aquilo boa ideia. Afinal havia quem viesse de longe para beber o produto da fermentação da cevada gelado no cimo das torres. Mas a situação era desesperada e ele acabou por aceder.

No dia seguinte Balbaaq, o Asqueroso, dirigiu-se às terras barbaras onde havia alguns Resguardadores...
(continua)
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Published on April 20, 2016 11:31

April 19, 2016

Continuação da história da cidade de Polo

-Para sempre sejam elevados os três sábios! Que nunca vos faltem tremoços nem o produto da fermentação da cevada. – disse Matatturru, com a sua voz sonante e límpida quebrando o silêncio quase religioso do templo dos três sábios, estilhaçando-o mesmo, parecendo que repente que o silêncio tinha caído ao chão e se tinha desfeito em mil pedaços, como se o próprio silêncio naquele espaço estivesse tão congelado como congelada estava a noite que durava já há quatro longos meses por aquelas palavras.

Os olhares que o encararam, olhos azuis e frios em rostos pálidos e angulosos, ao mesmo tempo inquiridores e cheios de desprezo por alguém que certamente não era daquelas paragens.
-Que os teus recipientes de sílica derretida sempre se encontrem cheios. – Rosnou-lhe o que estava mais próximo dele, devolvendo a saudação ancestral de uma forma áspera e seca.
Todos os que estavam no Templo se aproximaram de repente, com os olhares duros e frios, rodeando-o, com caras de poucos amigos, deixando-lhe apenas como via de fuga a porta que dava para a cidade gelada atrás de si.

Nunca Matatturru tinha sido recebido assim em lugar algum. Começava a desconfiar que aquela viagem até Polo podia afinal não ter sido tão boa ideia como lhe parecera quando sufocava de calor em Ashtram, na orla do escaldante deserto de Shamar, o sítio que é tão quente, mas tão quente que se pode estrelar um ovo à sombra, um sítio tão quente que quando um homem vai mictar a urina se evapora antes de tocar no chão, um sítio tão quente que para beber água nos raros poços que há tem de se descer ao poço, porque se se lançar um balde para apanhar água ela evapora antes de chegar à superfície, tão quente que para ferver água para um café depois do jantar basta levantar uma pedra e pôr uma chaleira lá debaixo por dez minutos, e tão desolado, mas tão desolado que nem areia tinha, só pedras escaldantes onde nada, mas mesmo nada crescia! Sair dali para ir para um sítio mais fresco parecera-lhe uma excelente ideia, se bem que quando ainda estava longe de Polo estivesse já a pôr em causa a ideia, mas agora, aqui rodeado por estes vigorosos gigantes pouco amistoso, por pouco não lhe passavam pensamentos pela cabeça. Graças aos três sábios que assim não era!

-Sois um dos Absolutistas?
Pareceu a Matatturru que havia ali alguma animosidade em relação aos Absolutistas. Matutou um pouco e respondeu:
-Mas claro que não! A minha verdadeira fé é o mandamento único do qual homem algum se deve desviar: Não pensarás!

As faces fechadas abriram-se de repente num sorriso largo, e a atitude dos presentes mudou repentinamente e trouxeram-lhe produto da fermentação da cevada em canecas, cujo o nome ele estranhou, visto que nunca lhe passara pela cabeça chamar-lhe outra coisa que recipiente de sílica derretida, o que era normal, visto que não pensava, mas explicaram-lhe que um estrangeiro que por ali tinha passado tinha chamado caneca aos recipientes de sílica derretida e eles acharam muito mais prático chamar áquilo caneca, ao invés de recipiente de sílica derretida e ele gostou do nome e foi recebido como um irmão que chega de longe e se junta ao resto da família que o esperava já há muito, e deram-lhe tremoços e guardanapos de papel e convidaram-no e juntar-se a eles e a contar novas histórias de terras longínquas que eles já estavam fartos sempre das mesmas e já tinham ouvido a história do urso de estimação de Olgaf, o Hirsuto e já não o podiam ouvir mais e celebraram como já não se celebrava há muito.

Muito mais tarde, conversava Matatturru com Olgaf, o Hirsuto, depois de ouvir a história do urso de estimação umas duas vezes quando este lhe disse com genuína alegria no olhar:
-Estou mesmo feliz que sejas um verdadeiro crente! Nós odiamos os Absolutistas!
Matatturru sabia que havia animosidades, mas eram aliados. Era raro um sentimento destes.

-Mas porquê, irmão?
-Porque nos governam! E nos roubam a maior parte daquilo que tanto nos custa a ganhar, a taxa de utilização do Polo!
-Pois! Mas eles são assim tantos para vos dominar desta maneira?
-Não, são um punhado deles!
-Então porque não vos revoltais?
-E porque havíamos de fazê-lo? Vivemos, afinal, numa democracia…
-Numa democracia?
-Então mas não me havíeis dito que eles são poucos…
-De facto são…
-Então quem vota neles?
-Nós, quem mais?
-Mas isso quer dizer que os podíeis substituir em qualquer altura…
Olgaf olhou para ele, estupefacto! Depois de alguns segundos a olhá-lo acabou por dizer:
-Não percebi!
-Então, se é uma democracia, se sois vós que votais, porque os elegeis a eles?
-Porque se não os elegermos e votarmos neles ainda acabamos por votar em alguém pior.
-Então porque os odiais, se sois vós quem lhes dá o poder?

Runlaf, o Bisonte, assim conhecido porque era tão grande como um, ouvia a conversa da mesa ao lado, pousou a sua caneca e encarou Matatturru.
-Irmão, aquilo que fazeis… Essas perguntas… - levantou-se e inclinou-se por cima de Mataturru que se encolheu na cadeira tremendo – Acaso sois vós um espião Absolutista? Não estareis vós a raciocinar?
Outros olhos olharam-no inquiridores.
-Pelos três sábios, acusais-me de tal acto que nem a palavra ouso pronunciar? Pondes em causa a minha palavra? Pela maldição do Grande Olho na Muralha de Stix que assim não é!
-Então porquê as perguntas?
-Sou de fora! Quero saber os costumes locais! Não pretendo ofender algum dos meus irmãos inadvertidamente…
A explicação parecia razoável e os ânimos serenaram!

Mais tarde Mataturru ficou a saber que não tinham limões por ali e, não podendo fazer nada com as Baterias de Bagdad, acabou por rumar a paragens mais quentes…

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Published on April 19, 2016 12:24