C.N. Gil's Blog, page 37

April 11, 2016

CTT



Eu compro montes de tralha pelo ebay. São tralhas específicas, mas compro.
No caso, como tenho a mania de construir guitarras, e como há montes de coisas que cá se encontram apenas por preços absurdos em lojas da especialidade, costumo mandar vir de onde os preços são mais baratos…
…o que é quase sempre na china.
Aqui há uns tempos mandei vir uma peça a que faltavam acessórios. Não era grave, eram umas simples chaves sextavadas, mas ainda assim, após a compra deixei um feedback neutro à compra.
Fui de imediato contactado pelo vendedor a perguntar-me o que poderia fazer para lhe dar um feedback positivo.
E eu, como estava de olho noutro artigo que ele tinha, embora não ao melhor preço, disse que se ele fizesse um desconto no artigo que eu queria e mandasse as chaves eu faria uma revisão. Ele fez um descontão (nem eu estava à espera) mas teria de me enviar uma factura fora do ebay.
Isto foi no príncipio de Fevereiro.
Como até à data não me tinha aparecido a encomenda, contactei-o e ele facltou-me o numero da mesma. Acedo ao site dos CTT, vejo que chegou a Lisboa a 1 de Março e, sem haver qualquer tentativa de entrega pela parte dos correios, foi devolvida!
Entrei em contacto telefonicamente e passaram-me para uma linha de reclamações onde expus o caso.
Disseram-me que iriam verificar se já tinha seguido para a China e que, se não tivesse seguido, iriam proceder à entrega. E eu perguntei, caso tenha sido devolvido e tenha de ser reenviado, quem é que assumia o custo dos novos portes. A pergunta era estupida, porque já devia saber a resposta: Eu!
Perguntei depois como é que saberia da resolução da reclamação…
…e disseram-me que me enviariam uma carta!

Escangalhei-me a rir! O ridículo da situação é tanto que não dá para mais!
Claro que aproveitei para perguntar o que teria de fazer caso a carta não chegasse, visto que o precedente estava já aberto…

Sempre venderam a noção de que a privatização de serviços estatais serviria para os melhorar, aumentar a concorrência e diminuir os custos aos clientes…

…mas esta, na pratica, piorou os serviços, manteve os preços ou aumentou-os, continua a não haver concorrência (pelo menos a nível do correio normal nacional)…

…e no fundo é bom que isto seja assim, para não nos esquecermos de que estamos em Portugal…

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Published on April 11, 2016 05:11

Pois é…



…parece que o Universo é muito velho! Mesmo muito velho!

Parece que no princípio o Universo foi criado e isso irritou muita gente!

Muitas raças acreditavam que ele tinha sido criado por uma espécie de Deus, embora os Jatravartids, habitantes de Viltvodle VI acreditem que o universo inteiro escorreu do nariz de um ser chamado “Grande Constipação Verde”.
Os Jatravartids, que vivem no medo do perpétuo tempo a que dão o nome de “a vinda do grande lenço branco”, são pequenas criaturas azuis com mais de cinquenta braços cada, o que faz dele um povo singular por terem sido os únicos da história do universo a inventar o desodorizante de aerossol antes da roda!

A teoria da grande constipação verde não é, no entanto, amplamente aceite fora de Viltvodle VI e assim, sendo o universo o enigmático lugar que é, muitos procuram outras explicações.

Por exemplo, uma raça de seres pandimensionais hiperinteligentes construiu um supercomputador gigantesco a que chamaram de pensador profundo para calcular de uma vez por todas a resposta à questão fundamental da Vida, do Universo e de tudo. O Computador fez cálculos ao longo de 7.500.000 de anos e anunciou por fim que a resposta era:

42.

Posto isto tiveram de construir um computador ainda maior para descobrir qual era a pergunta afinal!



E é no meio disto que me encontro perdido nos transportes…
…a história mais absurda e estranha que já li!

Depois de ter lido “Até à próxima e obrigado pelos peixes” e “A Vida, o Universo e o resto”, estou agora embrenhado em “O restaurante no fim do Universo” e isto promete.

Eu quero mesmo o que o Douglas Adams anda a fumar, porque aquilo é mesmo bom, de certeza…

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Published on April 11, 2016 04:16

Quando eu for grande,...

...quero um Ford GT igualzinho a este...

...assim, branquinho com "racing stripes" e tudo!
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Published on April 11, 2016 03:08

April 8, 2016

Acabei agora...

...de ouvir um album que já não ouvia há anos:

S&M de Metallica

O Michael Khamen era um génio!


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Published on April 08, 2016 09:00

Se,…


…quem leu o “Lilith” e o “Conscientização” veio de imediato perguntar-me se não havia muito de mim no personagem principal (o que não deixa de ser uma pergunta estranha quando todo o texto do livro veio de mim, não é verdade?), ninguém que leu o “Chuva” o fez.
Se calhar não fizeram porque não o pensassem, mas por simples diplomacia. O personagem principal não é um tipo simpático.
Afinal de contas um psicopata/sociopata (ou outras coisas mais acabas em pata) que sente um profundo desprezo pela humanidade e que se despreza a ele próprio por ser humano, que apenas quer ficar isolado e só, sem contacto com ninguém, mas que é impelido pela curiosidade acerca da proveniência de mensagens que lhe chegam codificadas nos padrões matemáticos aparentemente aleatórios do barulho das gotas de chuva acerca de eventos futuros a ter de contactar com outras pessoas, não pode ser considerado um gajo simpático!
Se no “Lilith” era um escritor “empancado” com carradas de problemas existenciais e uma vida um bocado estúpida e no “Conscientização” era um superbilionário que regressa dos “States” cheio de problemas existenciais, o personagem do “Chuva” não é nada disso, é antes uma criatura a quem apetece dar chapadas na tromba cada vez que abre a boca!
É pois natural que quem tenha lido o livro possa ter pensado que o dito teria alguma coisa a ver comigo, mas absteve-se de me questionar acerca do assunto, não fosse eu ficar melindrado!
Mas a verdade é que cada vez me sinto mais como ele…
…com a excepção de não andar a descodificar mensagens acerca de eventos futuros na chuva que cai…

(...mas dava jeito, sobretudo se uma delas contivesse os números do Euromilhões!)

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Published on April 08, 2016 03:03

E ainda cenas que têm a ver com Tretas de Cabos e afins...

XIII

A Marateca era, no final do milénio passado, como sempre foi e continuou a ser, um local com uma fervilhante vida nocturna.
As coisas por ali eram de tal forma agitadas que os cães se abstinham de ladrar à noite, uma vez que o silêncio era pesadíssimo e, caso o quebrassem, alguém se poderia cortar nos estilhaços!
Quando os Undercover foram contratados para ir tocar a um bar na Marateca Ninguém ficou surpreendido! Não por serem contratados para lá ir, diga-se, que por esta altura os Undercover começavam a ser uma maquina bem oleada, apesar da ocasional ferrugem nas dobradiças, mas pelo facto de existir um bar na Marateca!
Ei-los que, chegados lá em final de tarde de verão, constatam que o bar é, na realidade, um snack bar! No fundo, e se pensarmos bem, um snack bar é uma espécie de upgrade a um bar, não é verdade?
Não percebendo muito bem onde podiam montar o material, foram informados que o poderiam fazer no espaço que ficava logo a seguir à vitrina dos bolos e ao lado da porta. A porta, ou por outra, as portas, que faziam lembrar as portas de um saloon nos western Spaguetti, faziam o curioso efeito de, cada vez que alguém as empurrava para entrar no bar taparem a banda. Ainda assim, quase como que por milagre, lá conseguiram montar o material no espaço exíguo e fazer o som para o concerto à noite.
A simpatia dos donos e o acolhimento foram ímpares, vivendo ainda na memória o jantar (frango de cerveja com batata cozida) feito pela jovem dona do estabelecimento.
Quando estavam já todos refastelados e de barriga cheia, o Caracolinhos foi falar com a Senhora para saber a que horas deveriam começar a tocar. Ela respondeu:
-Entre um quarto para as dez e as dez.
Percebeu-se claramente que, devido à tipologia do estabelecimento este provavelmente encerraria pouco depois da meia-noite, pelo que era uma hora razoável para se começar. Ninguém ficou feliz. Chegaria mais cedo à sua cama…
Algures entre um quarto para as dez e as dez da noite os Undercover começaram a sua primeira actuação na Marateca, entre a vitrina dos bolos e a porta, num snack-bar tão cheio, mas tão cheio, que a proximidade do público se fez verdadeiramente sentir. Estavam a uns dez centímetros dos executantes!
Durante duas horas os Undercover desfilaram os sucessos mais recentes de bandas antigas e os temas mais antigos de bandas recentes num sítio que tinha uma lotação para umas quarenta pessoas mas onde estavam seguramente mais de duzentas, onde toda a gente falava de tal maneira aos gritos para se ouvirem por cima da música que era tocada que acabavam por a abafar.
Ainda assim, quando acabava uma música e a FF pedia, como começava a ser o seu costume e com um ar de radioso contentamento “PALMIIIIIINHAAAAAAAS!”, o resultado era uma curta salva de palmas que era seguida de imediato por um “Atão?!” colectivo que indiciava que o silêncio da banda se estava a prolongar por demasiado tempo. Aliás, todos os intervalos entre músicas que tivessem uma demora superior a dez segundos eram logo brindados com um “Atão?!” colectivo.
Claro que, assim que a música recomeçava, também recomeçavam as conversas aos gritos, pelo que é seguro dizer que ninguém fez sequer a mínima ideia do que foi tocado naquela noite…
E eis que, às cinco para a meia-noite (não, não tem nada a ver com o programa de televisão, que ainda não existia no final do milénio passado) a FF, que foi renomeada nessa noite para Palminhas, fruto do numero de vezes que repetiu o pedido, ao todo vinte e oito, uma vez para cada musica do reportório, anuncia a ultima música da noite, o que faz levantar um coro de protestos, que quase conduz a um motim!
A jovem dona do estabelecimento lá põe água na fervura e vem ter connosco afirmando:
-Vocês têm de tocar até à uma!
-Até à uma? Nós temos duas horas de reportório... Quanto tempo é que as outras bandas que cá vem costumam tocar?
-Mais ou menos duas horas, como vocês.
-Então e eles acabam à uma?
-Sim, mas costumam começar já depois das onze. Vocês é que começaram cedo…
-Começamos à hora que nos disse…
Ela fez um sorriso amarelo, meio culpado e encolheu os ombros.
-Vocês têm de tocar até à uma. – Repetiu.
Tendo em conta o ambiente que se começava a viver no bar, foram repetidas umas quantas músicas do inicio da noite e, quando já não se sabia mais o que fazer, começou um dos maiores improvisos na história do Metal Nacional, com uma música instrumental escrita na hora a que foi dado o nome de “Mi menor”, onde houve solos de guitarra à fartazana, de baixo e até a estreia do Giga num maravilhastico e bestofenomenal solo de bateria de quase quinze minutos!
E depois disto, finalmente o silêncio e a possibilidade de respirar ar no exterior.
Ninguém estava com o Especiaria, ambos sentados a apanhar o fresco da noite num banco de jardim à porta do bar, perdão, do snack-bar, quando são interpelados por uma multidão de fãs em delírio que perguntam curiosos:
-Aquela música instrumental era vossa?
Ambos os dois olham um para o outro em sincronia. Se fossem “animes” Japoneses teriam, sem dúvida, um ponto de interrogação e um de exclamação por cima da cabeça. Uma vez que não o são, só tinham mesmo cara de parvos, e por fim respondem:
-Ya!
-Fosga-se, e a música está editada?
-Nop!
-Este país é mesmo uma treta! Gajos que fazem músicas como a vossa andam por aí sem serem editados e depois só se ouve é trampa na rádio…
E foi assim que nesse dia os Undercover descobriram o poder brutal que o acorde de Mi menor tem…



(C. N. Gil in "Treta de Cabos - Vidas de Rocker (as histórias secretas dos XXL Blues)")

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Published on April 08, 2016 01:30

April 7, 2016

Não percebo!

Tanta coisa por causa de um parvo qualquer dizer que dá uma bofetada a outro gajo qualquer...

Se tivesse dito que o fodia para azeite, que lhe partia os cornos ou até que lhe partia a boca toda até percebia...

...mas uma bofetada?!?!?!?!?!?

P'lo amor de Deus...

...até parece é uma cena gay...

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Published on April 07, 2016 08:26

Treta de cabos...

VI

Entretanto, o Peles e a sua banda-de-rock-que-ainda-anda-por-aí-embora-sem-ele experimentaram algum sucesso e começam a ter concertos um pouco por todo o lado.
Num concerto lá bem para o Norte, mas mesmo muito para o norte, o “road manager” deles foi encarregue pelo “manager”, que não pôde ir, de trazer um presunto.
Foi a principal preocupação assim que chegaram, para o “road manager”, encontrar o dito presunto. E encontrou-o. E trancou-o na mala do carro, onde ficaria até fazer a viagem de volta.
O baixista da banda-de-rock-que-ainda-anda-por-aí-embora-sem-ele (sem o baixista também) pôs os olhos no presunto, e nem é que fosse um grande apreciador, mas a verdade é que aquela história do presunto o deixara intrigado. E fez ali um voto solene, perante a banda: Aquele presunto não chegaria ao destinatário!
Eram umas quatro da manha quando, após um fumício bem regado, ele achou que seria agora ou nunca.
As janelas dos quartos não existiam, havia antes vidraças, mas ao cimo existiam aquelas pequenas portinholas para deixar respirar o quarto e que davam para um varandim que servia de terraço para o andar de cima. Calçou umas botas da tropa, conseguir espremer-se pela portinhola e entrar pela do lado, que pertencia ao quarto do “road manager”.
Entretanto o Peles tinha apostado com outro gajo da banda que aquilo não ia dar bom resultado. Na expectativa, foram até à recepção do hotel, por onde o K havia de ter de entrar novamente.
Pouco depois, ouvem uma sonora e característica gargalhada (quem já ouviu o K a rir sabe que é impossível não desatar à gargalhada só de ouvir) que denunciava o êxito da missão.
O K tinha entrado no quarto, gamado as chaves do carro ao “road manager”, gamado o presunto de dentro da mala do carro…
…e para espanto de todos (inclusive do Peles e do gajo que estava com ele) entrava agora pela recepção do Hotel vestido apenas com umas cuecas, umas botas da tropa e com um presunto às costas!
Desejou uma boa noite ao recepcionista e seguiu o seu caminho…

(C. N. Gil in "Treta de Cabos - Vidas de Rocker (as histórias secretas dos XXL Blues)")
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Published on April 07, 2016 07:11

Bem,...

...com tanta poesia espalhada aqui por baixo, alguém ainda há-de julgar que isto é um blog poético-pró-activo ou qualquer coisa assim do género!
Como tal, e a bem de interesses maiores (como por exemplo, tentar preservar as poucas réstias de lucidez que ainda me sobram), voltemos a coisas absurdas!

Já leram Douglas Adams?
Caso não saibam quem é, é o autor de uma série de livros (que deram origem a um filme com o mesmo nome) chamados "The Hitchhicker's guide to the galaxy". Estou a ler neste momento o segundo "Life, the Universe and everything else" que sucede "So long, farewell and thanks for all the fish"!
Eu julgava que já tinha lido coisas ridículas, e até coisas que ultrapassavam, em parvoice, qualquer limite, mas isto...
...isto é uma categoria à parte!
A estupidez, servida com uma capa de fleuma britânica, chega a uma tal cumulo que me atrevo a dizer que viola todas as leis conhecidas do universo, que, como se pode constatar pela própria leitura dos livros, é um sitio muito estranho!
Não sei o que é que o gajo fuma, mas, seja lá o que for, se alguém souber que me diga que eu também quero!

E continuando no registo da estupidez pura e dura, uma letra nova dos XXL Blues, que está mais ou menos em linha com o registo acima!

Cá vai.

Vais-te passar!

Nem vão acreditar
No que eu tenho para contar
É uma história simplesmente genial

Não é nada burlesca,
Está longe de ser fresca
E nem sequer é um bocadito original

É um bocado janada,
Mesmo buéda marada
E nem vais acreditar no final

     Vais-te passar
     E andar anos a pedir por mais
     Vais andar a "anhar",
     Nenhuma história de "sastisfais"
     Vais-te passar, oh bebé, vais-te passar!

Só para tu veres bem
Não tem a ver com Belém,
Nem sequer com a politica em geral,

Não tem a ver com a banca,
Nem com a alta finança
E nem sequer com a Segurança Social

Não é sobre agricultura,
Nem reserva florestal,
Mas é sobre um granda bacanal

     Vais-te passar
     E andar anos a pedir por mais
     Vais andar a "anhar",
     Nenhuma história de "sastisfais"
     Vais-te passar, oh bebé, vais-te passar!

Atão é assim...
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Published on April 07, 2016 02:41

April 6, 2016

David Gilmour - Comfortably numb

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Published on April 06, 2016 14:06