C.N. Gil's Blog, page 40
March 16, 2016
linda blue: A felicidade faz-se de pequenos nadas # 2
linda blue: A felicidade faz-se de pequenos nadas # 2: Receber este envelope. Ver esta carinha. Vacinar uma criança por dia — trezentas e sessenta e cinco (trezentas e sessenta e seis, este ano)...
Published on March 16, 2016 05:11
Houve dois momentos…
…na comédia nacional que me fizeram ir às lágrimas de tanto rir!
O que está em segundo lugar é do Herman!
Quando na entrevista história o Victor de Sousa entrevistava o primeiro astronauta Português em Marte e lhe pergunta:
-Mas afinal sempre há Marcianos?
E o Herman responde:
-Há,… Mas são verdes!
Pronto! Foi e descalabro!
Já e que está no topo foi um pequeníssima rábula, de trinta segundos, em que se vê um médico-cirurgião a sair de uma porta para uma sala de espera, num hospital, e alguém que esperava dirige-se a ele rapidamente e pergunta:
-Então, doutor, como é que correu a operação?
E o cirurgião encara a pessoa, desce a mascara cirúrgica que ainda tinha posta e pergunta com o ar mais admirado deste mundo:
-Operação?! Mas não era uma autópsia?
Claro que o protagonista deste segundo momento foi o Sr. Nicolau Breyner.
A sua falta será, sem dúvida, sentida!
Published on March 16, 2016 04:40
Pá, tu…
…Sim tu, não te faças desentendido! Nem finjas que tás a olhar para o lado e nem tás a ver, porque vês tudo, portanto…
OK, já podemos ter uma conversa em condições?
Atão vamos lá.
Que é isto pá? Vá, explica-me lá objectivamente o que é isto!
Tá bem, eu sei que não sou propriamente um exemplo para ninguém, mas, caneco, a assembleia da republica tá cheia de gajos piores que eu e ainda não te vi fulminar aquela merda… (desculpa o termo, mas deve dar para perceber que tou assim amodos que um tico irritado e além disso aquilo é só mesmo o que é, se chamarmos os bois pêlos nomes…
…o que não deixa de ser outra analogia que se poderia empregar!
Desde que não se confunda os bois com os touros, mas adiante!)
Pá primeiro é esta treta no ombro, de um dia para o outro e sem aviso, ando 3 meses a tentar por isto de maneira a conseguir fazer alguma coisa e quando já me sinto um tico melhor é uma gripe com quatro dias a 39,5 de febre, um fim de semana de sol enfiado numa cama, dores de cabeça e com o esforço da tosse lá se vai o ombro outra vez…
Sim, ri-te! Tem uma piada que até me doem os abdominais…
…mas não é de rir, é de tossir mesmo!
Olha, se fosse eu a ti, acabava com isto, metias-me antes num labirinto, como os ratos de laboratório e sempre era mais fixe! Agora isto…
Não tens mais com que te entreter, não?
Pela tua expressão sei o que é que tás a pensar… Só pela tua expressão, que já te vou topando, julgas o quê?
“Ah e tal, tás para aí a refilar, mas já olhaste em volta? Tanta gente a sofrer no mundo…”
E eu sei e concordo, mas lembro-te que sem estas trampas sempre era menos um a sofrer!
“E já fizeste alguma coisa para ajudar os outros?”
Mas que raio queres tu que eu faça com uma asa ao peito e os pulmões entupidos?
Tens mesmo um sentido de humor que eu vou-te dizer…
…és tu e o outro gajo que imita vozes! Um gajo vai às lágrimas…
(mas de dor!)
OK, já podemos ter uma conversa em condições?
Atão vamos lá.
Que é isto pá? Vá, explica-me lá objectivamente o que é isto!
Tá bem, eu sei que não sou propriamente um exemplo para ninguém, mas, caneco, a assembleia da republica tá cheia de gajos piores que eu e ainda não te vi fulminar aquela merda… (desculpa o termo, mas deve dar para perceber que tou assim amodos que um tico irritado e além disso aquilo é só mesmo o que é, se chamarmos os bois pêlos nomes…
…o que não deixa de ser outra analogia que se poderia empregar!
Desde que não se confunda os bois com os touros, mas adiante!)
Pá primeiro é esta treta no ombro, de um dia para o outro e sem aviso, ando 3 meses a tentar por isto de maneira a conseguir fazer alguma coisa e quando já me sinto um tico melhor é uma gripe com quatro dias a 39,5 de febre, um fim de semana de sol enfiado numa cama, dores de cabeça e com o esforço da tosse lá se vai o ombro outra vez…
Sim, ri-te! Tem uma piada que até me doem os abdominais…
…mas não é de rir, é de tossir mesmo!
Olha, se fosse eu a ti, acabava com isto, metias-me antes num labirinto, como os ratos de laboratório e sempre era mais fixe! Agora isto…
Não tens mais com que te entreter, não?
Pela tua expressão sei o que é que tás a pensar… Só pela tua expressão, que já te vou topando, julgas o quê?
“Ah e tal, tás para aí a refilar, mas já olhaste em volta? Tanta gente a sofrer no mundo…”
E eu sei e concordo, mas lembro-te que sem estas trampas sempre era menos um a sofrer!
“E já fizeste alguma coisa para ajudar os outros?”
Mas que raio queres tu que eu faça com uma asa ao peito e os pulmões entupidos?
Tens mesmo um sentido de humor que eu vou-te dizer…
…és tu e o outro gajo que imita vozes! Um gajo vai às lágrimas…
(mas de dor!)
Published on March 16, 2016 03:51
March 11, 2016
Ora então,...
...e porque o ensaio de ontem correu tão bem, mas tão bem que até dá para estranhar, desvendo aqui um pouquinho do que andamos a fazer…
…é só a letra, é certo, mas para já é o que há…
…e a música mais tarde virá…
(eventualmente, quando a conseguirmos tocar de principio ao fim, que a coisa não está fácil…
…quem nos manda armarmo-nos em músicos e fazer coisas estranhas?)
Mas, cá vai! Chama-se “Blá, blá, blá!”
“Farto de ver na TV
Pessoal a falar p’ra Inglês ver
Farto de ouvir por todo o lado
Bacoradas que até fazem doer
E é tão mau…
Mau, mau, mau, mau, mau!
Já nem sei
Em que hei-de acreditar!
Estará o mundo perdido
Sem volta a dar?
Politiquices p’raqui
Politiquices p’rali
É tanta gente a falar
É só Blá, blá blá
As festas dos famosos
O luxo, mesmo tesos
Todos querem falar
Mas é só Blá, blá, bla
Estupidez que dá nervos
Em casa de segredos
Todos têm de falar
E é só Blá, blá, blá
Tanta corrupção
Alguns vão p’rá prisão
É tanta gente a falar
Mas alguém tem razão?
Vai um pandemónio
Neste manicómio
Se ninguém fala
Então ninguém vai saber…
Isto tudo
Parece um engodo
E o mais cego
É o que não quer ver
E é tão mau…
Mau, mau, mau, mau, mau!
Já nem sei
Se não devia rezar
Estará o mundo perdido
Sem volta a dar?”
E amodos que é isto! Estamos um tiquito descontentes com uma data de coisas…
Sei que provavelmente nem se nota muito, mas estamos!
:)
…é só a letra, é certo, mas para já é o que há…
…e a música mais tarde virá…
(eventualmente, quando a conseguirmos tocar de principio ao fim, que a coisa não está fácil…
…quem nos manda armarmo-nos em músicos e fazer coisas estranhas?)
Mas, cá vai! Chama-se “Blá, blá, blá!”
“Farto de ver na TV
Pessoal a falar p’ra Inglês ver
Farto de ouvir por todo o lado
Bacoradas que até fazem doer
E é tão mau…
Mau, mau, mau, mau, mau!
Já nem sei
Em que hei-de acreditar!
Estará o mundo perdido
Sem volta a dar?
Politiquices p’raqui
Politiquices p’rali
É tanta gente a falar
É só Blá, blá blá
As festas dos famosos
O luxo, mesmo tesos
Todos querem falar
Mas é só Blá, blá, bla
Estupidez que dá nervos
Em casa de segredos
Todos têm de falar
E é só Blá, blá, blá
Tanta corrupção
Alguns vão p’rá prisão
É tanta gente a falar
Mas alguém tem razão?
Vai um pandemónio
Neste manicómio
Se ninguém fala
Então ninguém vai saber…
Isto tudo
Parece um engodo
E o mais cego
É o que não quer ver
E é tão mau…
Mau, mau, mau, mau, mau!
Já nem sei
Se não devia rezar
Estará o mundo perdido
Sem volta a dar?”
E amodos que é isto! Estamos um tiquito descontentes com uma data de coisas…
Sei que provavelmente nem se nota muito, mas estamos!
:)
Published on March 11, 2016 06:59
March 10, 2016
Não posso...
...descer a rua Augusta sem que tenha todos os ciganos que por ali andem a vir ter comigo a dizer de surra:
-Chamon? Erva da boa?
Devo ter um ar mesmo de Rocker "morde-a-foca"! E nem sequer ia de óculos escuros...
(não é por nada, mas num trajecto de cerca de trezentos metros entre a Baixa-Chiado e quase a Rua da Madalena foram 4... à ida! E mais 3 à volta!)
-Chamon? Erva da boa?
Devo ter um ar mesmo de Rocker "morde-a-foca"! E nem sequer ia de óculos escuros...
(não é por nada, mas num trajecto de cerca de trezentos metros entre a Baixa-Chiado e quase a Rua da Madalena foram 4... à ida! E mais 3 à volta!)
Published on March 10, 2016 00:42
March 9, 2016
Não tenho absolutamente nada contra o Anselmo Ralph,...
...mas não consigo compreender o porquê dele fazer parte do concerto de tomada de posse do novo presidente!
A tomada de posse é um acto simbólico! Se o concerto contasse com convidados de todos os países de língua oficial Portuguesa, não só entenderia como aplaudiria.
Mas, sendo o único não Português a actuar, que mensagem sai dali?
Percebo que quem programou o concerto possa nem sequer ter pensado nisto por este lado...
...mas não é um concerto qualquer...
...é a propósito da tomada de posse do presidente deste rectângulo!
Acho tão despropositado convidar o Anselmo Ralph como convidar a Beyoncé ou os Iron Maiden!
Alguém me consegue explicar de maneira a que eu entenda?
Obrigado!
A tomada de posse é um acto simbólico! Se o concerto contasse com convidados de todos os países de língua oficial Portuguesa, não só entenderia como aplaudiria.
Mas, sendo o único não Português a actuar, que mensagem sai dali?
Percebo que quem programou o concerto possa nem sequer ter pensado nisto por este lado...
...mas não é um concerto qualquer...
...é a propósito da tomada de posse do presidente deste rectângulo!
Acho tão despropositado convidar o Anselmo Ralph como convidar a Beyoncé ou os Iron Maiden!
Alguém me consegue explicar de maneira a que eu entenda?
Obrigado!
Published on March 09, 2016 04:57
March 8, 2016
As palavras...
...que abrem "Os dias mais estranhos" (que andam aqui perdidas junto com o resto algures para quem quiser procurar e ler) são as seguintes:
"Senti-a erguer-se na cama.
O quarto estava na mais completa penumbra. Podia apenas ver a silhueta do seu corpo despido contra a pouca claridade que entrava pela janela. Não podia deixar de me admirar com o desenho do seu corpo. Passei a mão suavemente pelas suas costas e ela voltou-se, revelando-me o contorno do seu seio. Podia sentir os seus olhos a pousar em mim na escuridão. Podia sentir a electricidade a passar da sua pele para a ponta dos meus dedos.
Há pouco mais de meia hora atrás fizemos tudo o que um homem e uma mulher podem fazer. E agora nesta penumbra e no silêncio estava lentamente a aperceber-me que tínhamos chegado ao nosso zénite e que seria impossível estarmos juntos. E embora este facto fosse para mim perfeitamente óbvio e lógico, a parte de mim que se recusou a aceita-lo fez rolar uma lágrima silenciosa pelo meu rosto abaixo.
O mundo não seria o mesmo depois desta noite. Esvaziara-se de repente…"
Curiosamente, a segunda música que foi escrita para os, na altura, renovados Teatrum, chamada "Footprints in the dust" tem uma letra em que consta o seguinte:
"Day time
I feel restrained
I feel the shadows of light hide my inner pain
Night time
I feel secure
When I am in your harms I know our love will endure
Why are the lights out?
Day time
While we´re apart
Just thinking of you makes my heart stop
Night time
We are together
Your eyes make me want to be with you forever
Why are the lights out?
And dreams keep fading
And words keep turning into rust
The love we´re making
Is just like footprints in the dust!"
Acho que uma das realizações mais tristes que se pode ter é quando nos apercebemos que, por mais que amemos alguém, o amor que fazemos com essa pessoa não passa de pegadas no pó, que desaparecem com a mínima brisa...
(excepto se for no pó da lua, que lá não há vento e as pegadas são eternas! Hum! Se calhar tenho de repensar as metáforas que uso... LOL)
"Senti-a erguer-se na cama.
O quarto estava na mais completa penumbra. Podia apenas ver a silhueta do seu corpo despido contra a pouca claridade que entrava pela janela. Não podia deixar de me admirar com o desenho do seu corpo. Passei a mão suavemente pelas suas costas e ela voltou-se, revelando-me o contorno do seu seio. Podia sentir os seus olhos a pousar em mim na escuridão. Podia sentir a electricidade a passar da sua pele para a ponta dos meus dedos.
Há pouco mais de meia hora atrás fizemos tudo o que um homem e uma mulher podem fazer. E agora nesta penumbra e no silêncio estava lentamente a aperceber-me que tínhamos chegado ao nosso zénite e que seria impossível estarmos juntos. E embora este facto fosse para mim perfeitamente óbvio e lógico, a parte de mim que se recusou a aceita-lo fez rolar uma lágrima silenciosa pelo meu rosto abaixo.
O mundo não seria o mesmo depois desta noite. Esvaziara-se de repente…"
Curiosamente, a segunda música que foi escrita para os, na altura, renovados Teatrum, chamada "Footprints in the dust" tem uma letra em que consta o seguinte:
"Day time
I feel restrained
I feel the shadows of light hide my inner pain
Night time
I feel secure
When I am in your harms I know our love will endure
Why are the lights out?
Day time
While we´re apart
Just thinking of you makes my heart stop
Night time
We are together
Your eyes make me want to be with you forever
Why are the lights out?
And dreams keep fading
And words keep turning into rust
The love we´re making
Is just like footprints in the dust!"
Acho que uma das realizações mais tristes que se pode ter é quando nos apercebemos que, por mais que amemos alguém, o amor que fazemos com essa pessoa não passa de pegadas no pó, que desaparecem com a mínima brisa...
(excepto se for no pó da lua, que lá não há vento e as pegadas são eternas! Hum! Se calhar tenho de repensar as metáforas que uso... LOL)
Published on March 08, 2016 04:25
March 7, 2016
Não deixa de ser estranho…
…estar a mexer em músicas que já tinha enterrado há dez anos!
Mais estranho ainda é o facto de ter começado a pensar há alguns meses que podia tentar fazer alguma coisa com elas e, de repente, de forma completamente inesperada, a Xana se ter voltado para mim e dizer que andava com a mesma ideia à algum tempo e ter-me proposto fazer isso mesmo!
E assim que falei com o resto do pessoal estar tudo a bordo! Creio que só não temos connosco o baixista original por estar a fazer carreira em Inglaterra, senão…
Na passada quinta-feira, além do episódio que já aqui contei, houve outro interessante que me deixou a reflectir (ia para dizer a pensar, mas como é do conhecimento de quem por aqui passa, eu não penso – o que à partida põe em causa a minha existência…).
Há uma música chamada “Day after day” que reza o seguinte:
“All things said on all past days
Are like a stain that marks me
I just see shadows in your eyes
A vision that embraces me
I don´t know what you want from me
Anymore
I feel lonely
Standing right here
Outside your door
I knew for sure you would betray me
Couldn’t stand the thought of it
And now I’m here alone
Lying to myself about it
How come I’m always the one who has to hide the pain?
How come things are always the same
Day after day?
I’m not sure I even care for you
Anymore
I don’t even know why I’m standing here
Alone outsider your door
Why do you think the world revolves around you?
Why do you think i ever cared?
How come I’m always the one who has to hide the pain?
How come things are always the same
Day after day?”
Ela cantou isto impecavelmente! A voz estava afinada, bem colocada…
Acabou de cantar e eu entrei na sala de captação, olhei bem para ela e perguntei:
-Olha lá, mas eu tenho que te bater?
-Atão?!?
-Atão, tu achas que isto é maneira de cantar isto?
-Porquê?
-Já leste bem a letra? A primeira parte está impecável. Tá gravada! Mas a partir da terceira estrofe não podes cantar isto assim! Lê lá o que ai está?
-I knew for sure you would betray me!
-Ya! Fosga-se, ficas passiva perante isto? Miúda, eu sei que já te aconteceu algo bem semelhante a isto. Como é que ficaste? Nunca te viraste para ninguém a perguntar “Mas achas que o mundo gira à tua volta”?
Ela leu o resto da letra com atenção, voltou-se para mim, com uma expressão muito séria, de alguém a quem aquelas palavras não trouxeram boas recordações e limitou-se a dizer:
-Põe a gravar.
E eu pus! E saiu um “take” assombroso! Não saiu perfeito, aliás, bem menos perfeito que o anterior, mas muito mais perfeito num outro sentido menos técnico. As emoções extravasaram!
Ouvíamos a gravação, logo em seguida, e falávamos acerca da como se escreve melhor quando não se está bem. Concordei com ela até certo ponto.
Se é verdade que se escreve melhor quando não se está bem e que passar aquilo que se sente para o papel pode ter algo de belo, ser até uma espécie de terapia, o importante para escrever é passar pelas coisas. Depois de sofrermos os embates temos sempre pontos de referência e escrever acerca daquilo por que passámos com algum distanciamento pode dar uma versão muito mais polida e lírica do que temos a dizer.
No caso concreto das músicas de Teatrum, foram escritas na altura em que andei a escrever “Os dias mais estranhos”. Nunca pensei muito nas letras. Normalmente as músicas apareciam e precisavam de letras que muitas vezes eram escritas em 10 minutos antes da música ser gravada. Não eram nada de pessoal, eram só pequenas história que fizessem sentido nas músicas onde eram encaixadas…
…mas visto de longe, sob nova perspectiva, torna-se óbvio que escrevia acerca daquilo que tinha para resolver dentro de mim.
Estar a rever todas as músicas (são 15) e letras dá-me uma perspectiva tão diferente daquilo que eu andava à procura naquela altura…
…e daquilo que fui penosamente resolvendo ao longo destes anos!
E é assim que vou chegando à conclusão que os Teatrum são muito mais de mim do que aquilo que sempre quis pensar que eram…
Published on March 07, 2016 04:21
March 4, 2016
Ontem à noite,...
...lá tinha eu mais uma sessão de gravação marcada com a Xana "Williams".
Este semana foi um tirar a barriga de misérias musicais, com duas sessões de gravação e o ensaio de XXL Blues...
Mas adiante. Entra-me a gaja pelo estúdio adentro em versão tia-meets-gaja-ultra-poderosa-e-altamente-sexy e a primeira coisa que eu lhe disse foi:
-Pá, tás alta cumó raio. Andaste no meio do adubo?
-É dos saltos, páh! Curte só...
Pois que eram uns xanatos altos cumó raio!
-Mas tu tás a treinar para stripper?
-Se calhar ganhava mais,,,
Olhei bem para ela!
-Bem, com esse corpinho eras bem capaz...
Ora, como se pode calcular, se a noite começou assim, tinha mesmo de ir descambar a algum lado, porque daqui para a frente foi sempre pela ladeira abaixo e sem travões!
Mas, ao contrário da política em Portugal, tudo tem um ponto em que bate no fundo...
...algo que não é muito difícil de acontecer comigo, diga-se!
Pois que as gravações foram decorrendo sem grandes sobressaltos. Pelo menos até gravarmos uma música chamada "Footprints in the dust".
A música, que é acerca de uma daquelas relações que não funciona a nenhum nível com a excepção da cama, foi gravada sem sobressaltos de espécie alguma.
Mas a música tem uns efeitos sonoros no fim...
Acabamos de gravar, ouvimos a gravação, olhamos ambos os dois um para o outro com um ar afirmativamente contente, e eis que eu me viro para ela e digo:
-Pois é! Agora temos que dar atenção ao elefante na sala!
-E qual é o elefante?
-Pá, queres gravar as gajas ou tenho que ir buscar os sons a filmes manhosos e de qualidade duvidosa?
Ela olhou para mim, fez o sorriso sacana nº 2.
-Mas tu achas que isto dos orgasmos é só pedir?
-Pá, tu és gaja...
-E...
-Todas as gajas têm um pouco de Meg Ryan dentro delas...
Riu-se, levantou-se decidida, dirigiu-se para dentro da sala de captação e só me disse, quando passava já pela porta:
-Eu faço as gajas!
-Atão bora lá! Queres que eu apague as luzes?
Mais umas gargalhadas estridentes!
E gravamos um orgasmo!
-Bora lá outra vez!
E outro.
-Mais um!
-Fogo! Mais?
-Yá!
-Cá para mim tu queres é ouvir-me!
-Não é que tenha oportunidades noutras ocasiões portanto... - escangalhou-se a rir - Além disso, pá, se tudo falhar bem podes ir fazer dobragens de filmes da treta. Tens jeito para a coisa!
Mais uma gravação!
-Vá mais uma!
-Mas olha lá, de quantas precisas?
-Umas cinco, pelo menos!
-Mas olha que fora um "ó meu Deus, ó meus Deus" ou um Fode-me!" tá-se-me a acabar o reportório... Mas não posso dizer nada, pois não?
-Não! Só gemidos! Bolas, com 36 anos e tens um reportório assim tão limitado?
Saí-lhe um olhar que me podia ter fuzilado ali!
-Bora lá que vais ver!
E vi!
E depois ouvimos o resultado umas cinco ou seis vezes a rirmos até às lágrimas, o que lhe ia estragando a maquilhagem!
-Quando mostrar isto ao resto da malta vai ser bonito... - disse-lhe eu!
-Olha, vão-se arrepender de não ter vindo! Nunca mais faltam a uma sessão de gravação!
-Achas?
-Claro! Basta dizermos que tivemos de ser o mais autênticos possível na gravação...
-E achas que eles acreditavam?
-É bom que acreditem, senão daqui para a frente os gajos com quem eu esteja vão ficar sempre na dúvida...
Duvidas existenciais, é o que é...
Este semana foi um tirar a barriga de misérias musicais, com duas sessões de gravação e o ensaio de XXL Blues...
Mas adiante. Entra-me a gaja pelo estúdio adentro em versão tia-meets-gaja-ultra-poderosa-e-altamente-sexy e a primeira coisa que eu lhe disse foi:
-Pá, tás alta cumó raio. Andaste no meio do adubo?
-É dos saltos, páh! Curte só...
Pois que eram uns xanatos altos cumó raio!
-Mas tu tás a treinar para stripper?
-Se calhar ganhava mais,,,
Olhei bem para ela!
-Bem, com esse corpinho eras bem capaz...
Ora, como se pode calcular, se a noite começou assim, tinha mesmo de ir descambar a algum lado, porque daqui para a frente foi sempre pela ladeira abaixo e sem travões!
Mas, ao contrário da política em Portugal, tudo tem um ponto em que bate no fundo...
...algo que não é muito difícil de acontecer comigo, diga-se!
Pois que as gravações foram decorrendo sem grandes sobressaltos. Pelo menos até gravarmos uma música chamada "Footprints in the dust".
A música, que é acerca de uma daquelas relações que não funciona a nenhum nível com a excepção da cama, foi gravada sem sobressaltos de espécie alguma.
Mas a música tem uns efeitos sonoros no fim...
Acabamos de gravar, ouvimos a gravação, olhamos ambos os dois um para o outro com um ar afirmativamente contente, e eis que eu me viro para ela e digo:
-Pois é! Agora temos que dar atenção ao elefante na sala!
-E qual é o elefante?
-Pá, queres gravar as gajas ou tenho que ir buscar os sons a filmes manhosos e de qualidade duvidosa?
Ela olhou para mim, fez o sorriso sacana nº 2.
-Mas tu achas que isto dos orgasmos é só pedir?
-Pá, tu és gaja...
-E...
-Todas as gajas têm um pouco de Meg Ryan dentro delas...
Riu-se, levantou-se decidida, dirigiu-se para dentro da sala de captação e só me disse, quando passava já pela porta:
-Eu faço as gajas!
-Atão bora lá! Queres que eu apague as luzes?
Mais umas gargalhadas estridentes!
E gravamos um orgasmo!
-Bora lá outra vez!
E outro.
-Mais um!
-Fogo! Mais?
-Yá!
-Cá para mim tu queres é ouvir-me!
-Não é que tenha oportunidades noutras ocasiões portanto... - escangalhou-se a rir - Além disso, pá, se tudo falhar bem podes ir fazer dobragens de filmes da treta. Tens jeito para a coisa!
Mais uma gravação!
-Vá mais uma!
-Mas olha lá, de quantas precisas?
-Umas cinco, pelo menos!
-Mas olha que fora um "ó meu Deus, ó meus Deus" ou um Fode-me!" tá-se-me a acabar o reportório... Mas não posso dizer nada, pois não?
-Não! Só gemidos! Bolas, com 36 anos e tens um reportório assim tão limitado?
Saí-lhe um olhar que me podia ter fuzilado ali!
-Bora lá que vais ver!
E vi!
E depois ouvimos o resultado umas cinco ou seis vezes a rirmos até às lágrimas, o que lhe ia estragando a maquilhagem!
-Quando mostrar isto ao resto da malta vai ser bonito... - disse-lhe eu!
-Olha, vão-se arrepender de não ter vindo! Nunca mais faltam a uma sessão de gravação!
-Achas?
-Claro! Basta dizermos que tivemos de ser o mais autênticos possível na gravação...
-E achas que eles acreditavam?
-É bom que acreditem, senão daqui para a frente os gajos com quem eu esteja vão ficar sempre na dúvida...
Duvidas existenciais, é o que é...
Published on March 04, 2016 03:54
March 3, 2016
Há vinte e buésda anos atrás,...
...a propósito de um concurso de bandas, escrevi e compus, num intervalo de almoço, uma música. A musica era em Português, e chamava-se Solidão.
A música teve varios arranjos ao longo dos anos e acabou por ir parar ao reportório dos Teatrum.
Quando o nome renasceu numa nova banda, foi a unica música que ficou da primeira encarnação.
Sofreu, no entanto, alterações de vulto. Minimalizou-se, ao ficar apenas a voz e um piano e foi reescrita em Inglês.
"It was one of those days when you said
You needed time for yourself
Didn't need nobody else
In yor life
It was time to move along
And you just left
Without saying goodbey
I just stood there trying to figure it out for myself
Didn't think you'dd need anything else
But the love
That had brought us together
And the promise
To hold it forever
How could i keep my pain inside
And keep myself from loosing my mind
There was nothing between heaven and hell
Just some words
I didn't had the heart to tell
But deep inside
I knew that all my doubts
Would pass in time
Today
Is just a new beggining
All things said between us are in the past
And all the pain i felt inside has come to pass
I realise that nothing is ever meant to last
I remember when you said that i would fall
When you said
I would loose it all
But you know
I turned my life around
For me nothing is lost
And everything is found
Remember when you said that i would never change?
When you said
My life needed ro be rearranged
As hard as it was i did it all in the end
And i've changed enough to see you just as a friend
And is it so hard to see
Ivdid it all not for you
But for me?
Everyday
Has been a new beggining
All things said between us are in the past
And all the pain i felt inside has come to pass
I've realised that nothing is ever meant to last
When you left
There was this emptyness so big
It allmost turned my heart to stone
And now you are back
Begging for forgiveness
I think i'dd rather be...
...alone."
Ontem, passados vinte e buésda anos, arrepiei-me, emocionei-me, e a música ficou finalmente concluída...
A música teve varios arranjos ao longo dos anos e acabou por ir parar ao reportório dos Teatrum.
Quando o nome renasceu numa nova banda, foi a unica música que ficou da primeira encarnação.
Sofreu, no entanto, alterações de vulto. Minimalizou-se, ao ficar apenas a voz e um piano e foi reescrita em Inglês.
"It was one of those days when you said
You needed time for yourself
Didn't need nobody else
In yor life
It was time to move along
And you just left
Without saying goodbey
I just stood there trying to figure it out for myself
Didn't think you'dd need anything else
But the love
That had brought us together
And the promise
To hold it forever
How could i keep my pain inside
And keep myself from loosing my mind
There was nothing between heaven and hell
Just some words
I didn't had the heart to tell
But deep inside
I knew that all my doubts
Would pass in time
Today
Is just a new beggining
All things said between us are in the past
And all the pain i felt inside has come to pass
I realise that nothing is ever meant to last
I remember when you said that i would fall
When you said
I would loose it all
But you know
I turned my life around
For me nothing is lost
And everything is found
Remember when you said that i would never change?
When you said
My life needed ro be rearranged
As hard as it was i did it all in the end
And i've changed enough to see you just as a friend
And is it so hard to see
Ivdid it all not for you
But for me?
Everyday
Has been a new beggining
All things said between us are in the past
And all the pain i felt inside has come to pass
I've realised that nothing is ever meant to last
When you left
There was this emptyness so big
It allmost turned my heart to stone
And now you are back
Begging for forgiveness
I think i'dd rather be...
...alone."
Ontem, passados vinte e buésda anos, arrepiei-me, emocionei-me, e a música ficou finalmente concluída...
Published on March 03, 2016 09:44