C.N. Gil's Blog, page 31

May 16, 2016

Não,...

...ainda não é hoje que ficam a saber o resto da história dos Méricos!

Caso queiram saber o motivo, cá vai:

-Porque não!

E amodos que é isto por hoje!


 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 16, 2016 06:49

May 13, 2016

Se calhar inté queriem um post hoje...

...mas lamento! Hoje num houve nada pr'a ninguém!

(todos em coro - OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Eventualmente haverá! Ou não...
...talvez...
...é quase certo que sim, mas pronto, a ver vamos!


---ah! E bons fins-de-semana!

:)
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 13, 2016 14:20

May 12, 2016

Os Méricos

Os Méricos eram um povo estranho.

Aliás, não eram bem um povo…
Haviam uma enorme extensão de terras, para lá do mar de Atlen, que eram territórios inexplorados. Como havia povos que tinham algumas pessoas muito chatas, começaram a enfia-las dentro de navios e a mandá-las para lá. Lá chegados reclamaram todo aquele vasto território como sendo seu, o que teria alguma lógica se não houvesse lá ninguém…
…mas o facto é que havia lá gente! Não era muita, é certo, mas já lá estavam e não acharam grande piada à ideia!

A princípio as coisas até correram razoavelmente bem! Mas depois, com os indesejáveis de quase todas as outras nações a serem lá despejados, a coisa começou a não correr tão bem!

Entretanto, resolveram chamar de Mérica aquele vasto território. E após uma longa guerra contra os que já lá estavam, acabaram por enfiá-los em pequenos territórios e chamá-los também de Méricos.
Os Méricos aperceberam-se que ter um território tão grande poderia dar problemas. Assim, dividiram o território noutros mais pequenos, cada um com o seu governo, e estabeleceram um congresso e uma presidência única. Mas o presidente, ao contrário de um imperador, não tinha poderes ilimitados, tinha de fazer as suas ideias serem aprovadas pêlo congresso.

A coisa parecia funcionar.

No sul do país havia enormes plantações de cevada, enquanto o Norte se dedicava mais à plantação de tremoço e aos recipientes de sílica fundida, ou canecas, como eram chamadas em quase todo o lado. Uma vez que os terrenos eram de uma extensão a perder de vista e não havia lá assim tanta gente, sendo que os que já lá estavam não tinham qualquer vontade de fazer algo com os recém-chegados, punha-se o problema da mão-de-obra. Era, pois, urgente recrutar mão-de-obra barata, e foram aos reinos tribais do sul, do outro lado do mar, fazer o recrutamento.
Quando verificaram que os povos tribais do sul não se predispunham, levaram-nos à força e pagavam o trabalho com alojamento, comida e chicotadas! Não é difícil perceber que os povos tribais, que entretanto, como estavam na Mérica se tornaram, automaticamente, Méricos, não andassem muito felizes!

Estávamos nisto quando se deu a Nascença (a Renascença só aconteceria muito mais tarde, e a rádio só mesmo uns milénios depois…) impulsionada por Matatturru, o Iluminado.
O norte de Mérica aderiu de imediato aos ventos progressistas que vinham da Lupolândia e se espalhavam por toda a civilização, excepto nos reinos radicais, mas no sul as ideias não caíram bem. Afinal, prejudicavam as margens de lucro do lucrativo negócio da cevada!

Foi então que o presidente de Mérica à altura, Abraão, o Barbudo, decretou que ninguém era obrigado a trabalhar naquelas condições. A coisa não caiu bem aos proprietários do sul e estalou uma guerra civil.

Ainda assim, continuavam a ser despejados lá indesejados de todo o lado…

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 12, 2016 08:29

Afinal mudei de ideias...

...e acho que vou pôr aqui qualquer coisa...


 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 12, 2016 08:22

Ainda não sei...

...se me vou dar à pachorra de aqui pôr alguma coisa de jeito hoje...
Claro que isto é partir de uma presunção de que há aqui alguma coisa de jeito!
Claro que presunção e água benta...
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 12, 2016 02:08

May 11, 2016

May 10, 2016

A Nascença Nmista

Matatturru voltou finalmente à Lupolândia para cumprir o seu destino. O seu pai, de idade já bem avançada, abdicou a favor do filho e retirou-se para uma propriedade afastada onde tencionava viver o resto dos seus dias longe da constante azafama da governação de uma das nações mais ricas do mundo Nmista.

Uma das primeiras decisões tomadas pelo agora rei Matatturru, que recebeu o cognome de “o Iluminado” foi apetrechar todo o palácio de lâmpadas alimentadas por baterias de Bagdad. Deparou-se então com o problema da sazonalidade dos Limões e percebeu que deveria haver outras alternativas.

Não querendo declarar o reino como Cientologista, uma vez que sabia que isso atrairia o antagonismo das outras nações Nmistas que consideravam a corrente Cientologista extinta há décadas, resolveu fazer o impensável e chamou para o seu reino os mais brilhantes pensadores e mestres artífices das nações Bárbaras e Selvagens e estabeleceu a primeira Universidade do mundo.

Foi precisamente nesta Universidade que se investigou mais a fundo os problemas das baterias de Bagdad e se descobriram outros líquidos capazes de substituir o sumo de limão, acabando com o problema da sazonalidade.

Foi assim que, quer o Palácio Real, quer a Universidade, se tornaram os mais luminosos edifícios do mundo, que espantavam todos quantos o viam à distância na noite.

Mas as coisas não ficaram por aqui. Fruto de muito trabalho, muita investigação das mais brilhantes mentes do mundo conhecido, muitas canecas de cerveja, muitas toneladas de tremoços, foram compreendendo as propriedades daquela força a que decidiram chamar electricidade.

Entretanto, Matatturru, o Iluminado, acabou por estabelecer uma aliança com a cidade de Correntia. Pouco depois a Lupolândia e Correntia acabaram por se unir quando Cintilátia, a Resplendorosa, aceitou ser desposada por Matatturru, o Iluminado.
Isto iniciou uma época sem precedentes na história Nmista, com as artes e as ciências a avançar de uma maneira como nunca se tinha visto.

Foi na universidade que um sábio Selvagem, Voltários, descobriu a indução, o que permitiu criar o primeiro gerador não dependente de líquidos, como as baterias. Isto revolucionou tudo.
Em pouco tempo, Fulgoris, capital da Lupolândia e Correntia eram conhecidas como as cidades de luz.

De todo o mundo conhecido, com a excepção dos reinos radicais, Nmistas, Barbaros e Selvagens chegavam à universidade e partiam após alguns anos de volta para os seus reinos o que levou a uma expansão global desta nova tecnologia.

O mundo saia, literalmente, das trevas para a luz…

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 10, 2016 02:09

May 9, 2016

E depois admirem-se c'us 'Maricanos sejem tão patriotas!



Quando um gajo vê a bandeira, fica logo em sentido! Até eu fiquei tentado a cantar o "Star Spangled Banner"!




 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 09, 2016 06:51

O estranho caso dos personagens que desapareciam da história

Era uma vez uma personagem. Estava sentada naquela esplanada porque enquanto decorria a história tinha tido fome e como tal sentou-se ali e ia vendo figurantes da história que passavam de um lado para o outro completamente anonimas, e os outros figurantes que estavam na esplanada e fingiam que conversavam e que diziam coisas inaudíveis umas às outras, conversas sempre abafadas pela banda sonora que nunca parava.
Notou com curiosidade que os figurantes (e as figurantes também, não vá andar por aí pessoal do BE) eram todos extremamente atraentes, pelo que viu logo que estava num filme de Hollywood, ou assim. Nos livros os figurantes costumam ser indistintos e nos filmes do resto do mundo muito mais realistas!
Encolheu os ombros, e observou deleitada o empregado que lhe trazia a sandes de quejo freco com alface, sal e pimenta e o sumo de laranja artificial natural que tinha pedido. Tinha pensado pedir um sumo de laranja natural fresco ou até um sumo de laranja fresco natural, mas aquilo dava sempre grandes confusões nos guiões e nem havia diálogos escritos para esta cena, por isso pediu o mais simples e menos passível de criar confusões!
Entretanto um tipo sentou-se à sua mesa. Ficou sem saber se também era personagem ou mero figurante. Descobriu logo a seguir quando lhe ouviu a voz que era também personagem.
-Olá! – disse o tipo
-Olá! – respondeu ela.
O tipo tirou um baralho, embadaralhou-o muito bem embadaralhado, pousou-o na mesa e disse-lhe:
-Tira uma carta.
-És ilusionista?
-Não! Sou mágico!
-Olha que fixe! – e tirou uma carta
-Agora olha para a carta e memoriza-a.
E ela assim o fez.
-Põe de volta no baralho, onde quiseres e embadaralha tu.
E ela voltou a seguir as instruções.
Nisto o telemóvel dela tocou e entregou o baralho ao mágico para atender o telefone. Do outro lado uma voz falava num discurso ininteligível, daqueles só para encher a cena, porque não era para ser entendido por quem visse o filme e ela fez um ar grave. Era suposto…
O mágico tentava acabar o número, mas a chamada não acabava e ele ficava cada vez mais impaciente. Do outro lado a voz continuava e ela não lhe dava atenção.
Ele já mais que chateado, levantou-se, tirou uma varinha mágica, daquelas com controlo de rotações e com acessórios para picar e bater claras e sei-lá-mais-o-quê, tocou-a e ela simplesmente desapareceu.
Os figurantes aplaudiram entusiasticamente e ele fez uma vénia e foi-se embora.
Em cima da mesa, no telemóvel ainda ligado, uma voz continuava a falar…

(A culpa deste texto é desta Senhora - refuto qualquer responsabilidade.)

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 09, 2016 05:19

As baterias de Bagdad (continuação)

-Que estranho fenomeno trazes até mim, Matatturru, filho de Matturru? Como é possível fazer tal coisa?
-Mestre, vós não o sabeis, estais aqui neste modesto exílio há muito tempo, e pouco sabeis do mundo.
-Falas a verdade meu discípulo.
-Deixai-me então contar-vos esta história. Nas minhas deambulações pelo mundo foram muitas as vezes que passei na cidade de Correntia, porque esta se encontra numa encruzilhada de caminhos, como sabeis. No entanto a Correntia de hoje nada tem a ver com a cidade dos tempos antes do vosso exílio.
É uma cidade que se expande, vibrante, pela força do comércio. A Rainha Cintilátia, a Resplendorosa, encoraja o crescimento, é uma grande patrona das artes e tem encorajado novas ideias e a renovação na cidade é espantosa! As praças têm fontes de onde a água jorra de estátuas tão perfeitas que parecem vivas, as ruas são pavimentadas e limpas e largas o suficiente para que quatro carroças possam andar lado a lado. Os mercados estão cheios de iguarias locais e exóticas vindas de todas partes do mundo.

Tive o privilégio de assistir a este crescimento ao longo dos últimos anos, por lá ter passado tantas vezes. Cintilátia, a resplendorosa, é amada pelo seu povo e respeitada por todos os outros reinos.
Na primeira vez que lá estive as baterias fizeram sucesso, sobretudo entre os mais jovens. Quase todos gostam da impressão na língua…
-É natural… - disse o mestre, não sem uma nota de orgulho na voz.
-Já na segunda vez que por lá passei vi algo que me desconcertou. Os jovens tinham descoberto que poderiam aumentar a sensação usando múltiplas baterias, de que que fossem interligadas. Quando vi tal coisa nem podia acreditar.
-Mas não poderiam tê-lo feito apenas maior?
-Pois que já há muito os Radicais de Colossium o haviam tentado, mas na realidade o efeito não foi diferente… Mas quando em Correntia juntaram várias, isso aconteceu. Intrigado com aquilo, comecei a fazer experiências. Descobri que alguns materiais não servem. A madeira, por exemplo, não funciona. Mas os metais funcionam, daí as ligações por cobre, visto que é fácil ser moldado. Durante anos, à noite, quer estivesse numa estalagem algures no mundo, ou numa tenda, fui conduzindo experiências e comecei a reparar que a partir de um certo número de baterias, não só o formigueiro se tornava intenso como quando aproximava os fios de cobre produzia-se um pequeno clarão entre os dois. Quantas mais baterias, mais intenso o clarão.

-Achei isso curioso há pouco, quando haveis largado o pedaço de ferro…
-Exacto. O que vos fez lembrar?
-Um raio num dia de trovoada!
-E foi quando meditei sobre o que via que cheguei à conclusão que talvez fosse mesmo. Reparai no vosso criado… - o pobre coitado acordara e levantava-se com todo o cabelo eriçado – …onde haveis algum dia observado algo que fizesse isto ao cabelo de alguém?
-Quando se está demasiado próximo de um raio que cai numa trovoada! Pelos Três Sábios. Falais a verdade! Mas, e essa coisa do ferro incandescente?
-Bem, quando há um número suficiente de baterias ligadas, reparei que o ferro aquecia quando em contacto com os dois lados. Mas se fosse muito fino derretia com um pequeno clarão e se fosse muito grosso só ficava quente, mas quando tem a proporção ideal fica assim, incandescente!
-E que utilidade prática descobristes para isso?
-Torna fácil acender fogueiras!
Uruk, o Pequeno, matutou.
-Mas não é muito prático, pois não?
-Não, mas funciona…

Ficaram, ambos os dois, em conjunto um com o outro, em dualidade, mergulhados numa longa meditação. Para ajudar, Uruk, o Pequeno, pediu a um criado – um diferente do que tinha desmaiado, porque o pobre Bárbaro tinha receito de voltar a entrar na sala - para trazer produto da fermentação da cevada em recipientes de sílica fundida a que Matatturru, filho de Matturru chamava agora de canecas, bem como dois pires de tremoços. Uruk, o Pequeno, ficou surpreendido com o nome que Matatturru dava aos recipientes.
-Canecas?
-Sim, é como são chamadas na maior parte dos lugares. Foi um costume que se disseminou da cidade de Polo.
-Da cidade de Polo? Mas como, se eles não pensam, pelos três Sábios…
-Não foi ideia deles. Foi um forasteiro que passou por lá e deu esse nome, e eles acharam que era mais simples que dizer “recipiente de sílica fundida”!
-Pois… Agora que falais nisso, sabeis que nome os Bárbaros destas terras dão ao produto da fermentação da cevada?
-Nome? – Perguntou Matatturru, filho de Matturru. Nunca lhe ocorrera que a bebido pudesse ter outro nome!
-Cerveja!
Matatturru, filho de Matturru acenou com a cabeça e sinal afirmativo.
-Soa bem! Que dizer que isto que está na minha mão é uma caneca de cerveja!
-Nem mais!
-Parece-me bem. Doravante chamar-lhe-ei assim!
E mergulharam novamente numa meditação silenciosa.

Ao fim de muito tempo, vários pires de tremoços e muitas canecas de cerveja depois, Uruk o Pequeno pediu:
-Podíeis mostrar-me o que acontece com um ferro mais fino?
Matatturru, filho de Matturru assentiu em silêncio e assim o fez. O ferro aqueceu rapidamente, ficou em brasa até ficar quase branco, irradiando bastante luz até que, simplesmente, derreteu.
-Como podeis ver, queimou-se!
Uruk, o Pequeno, assentiu. Mas depois perguntou:
-E o que aconteceria se não se pudesse queimar?
-Como assim?
Uruk pegou numa caneca, virou-a ao contrário e colocou-a por cima de uma vela que os iluminava. A chama da vela tremeluziu e depois apagou-se!
-Se não houver ar, o ferro não se pode queimar!

Animados com a ideia começaram a fazer algumas experiências. Arranjaram um círculo de cortiça para vedar a caneca, atravessaram-no com dois fios de cobre onde puseram uma barra de ferro fina e encostaram os fios aos que vinham das baterias. As primeiras experiências resultaram em fracasso, mas, à medida que foram ajustando a grossura do ferro, foram tendo resultados bastante diferentes.
Dois dias depois, após inúmeras tentativas, quando parecia que iam fracassar novamente, o ferro que estava quase a derreter não o fez completamente, a chama extinguiu-se, o ferro ficou brilhantemente incandescente, com uma luz amarelada mais forte que vinte velas.

E foi assim que foi descoberta a primeira lâmpada eléctrica.

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on May 09, 2016 01:56