C.N. Gil's Blog, page 11
October 11, 2016
Gajos assim para a minha idade...
...confessem lá, quem é que nunca se imaginou na pele do David a seguir e ver este teledisco com a mulher dele à altura, a Tawny Kitaen?
Vá, não sejem tímidos e confessem lá, vá...
(sinceramente, conheci alguns gajos que não a apreciavam...
...mas esses gajos apreciavam muito era o David...
...e hoje em dia vivem com outros gajos... LOOOOOOOOOOL)
Aparte esse pormenor, é um grande tema, não é?
(que inveja do meu baixista, que já partilhou o palco com eles...)
Vá, não sejem tímidos e confessem lá, vá...
(sinceramente, conheci alguns gajos que não a apreciavam...
...mas esses gajos apreciavam muito era o David...
...e hoje em dia vivem com outros gajos... LOOOOOOOOOOL)
Aparte esse pormenor, é um grande tema, não é?
(que inveja do meu baixista, que já partilhou o palco com eles...)
Published on October 11, 2016 04:38
Gravado pelo FATifer
Achas que eu sei quem sou?
Vives no passadoEsqueces o presenteNada sabes,Nada dizes,Nada fazesPara ser diferente!Vives indiferenteAo que se passa à tua voltaE é a tua atitude Que causa revolta...
E eu?Nem faço ideia de para onde vou...
Sempre achei o mundo vazioFiquei distante e frio
Vives convencidoQue o mundo está perdidoE nem vês que és tuQue o faz perderVives alheadoDo que se passa ao teu ladoNão sabesNem queres saberPerdido na realidade,Ausente pelas ruasDesta cidade
Não estranhes a distância no meu olharÉ quem eu sou, não vou mudar
Vives no escuroCom receio da luzMas sentes-te puroE nem vêsQue é o medoQuem te conduz!
Achas que eu sei quem sou?
Letra - © 2013 C. N. GilMúsica - © 2013 XXL Blues
Published on October 11, 2016 04:18
Duas perguntas que eu acho pertinentes:
1ª
Ex.mos Sr.s do departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia, gostava que me esclarecessem uma dúvida; já acho algo chato aumentar o valor da aposta do Euromilhões de €2.00 para €2.20, mas expliquem-me como se eu tivesse quatro anos por que cargas de água tenho eu de pagar mais €0.30 para apostar num jogo em que não quero jogar?
Ou seja, porque é que para fazer uma aposta no Euromilhões sou obrigado a pagar outro jogo que não quero?
Se me conseguirem esclarecer, agradeço.
2ª
Será que aqueles (aparentemente poucos) taxistas que são bons profissionais, que não impingem a música que querem aos passageiros, que mantém os carros limpos e impecáveis, que não falam como grunhos, que respeitam o trânsito não provocando ataques cardíacos aos passageiros não se estarão a sentir profundamente envergonhados e agastados com as atitudes de um monte de grunhos que deviam era andar a conduzir tratores na apanha do tomate no Ribatejo?
Duvidas que me atormentam...
Ex.mos Sr.s do departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia, gostava que me esclarecessem uma dúvida; já acho algo chato aumentar o valor da aposta do Euromilhões de €2.00 para €2.20, mas expliquem-me como se eu tivesse quatro anos por que cargas de água tenho eu de pagar mais €0.30 para apostar num jogo em que não quero jogar?
Ou seja, porque é que para fazer uma aposta no Euromilhões sou obrigado a pagar outro jogo que não quero?
Se me conseguirem esclarecer, agradeço.
2ª
Será que aqueles (aparentemente poucos) taxistas que são bons profissionais, que não impingem a música que querem aos passageiros, que mantém os carros limpos e impecáveis, que não falam como grunhos, que respeitam o trânsito não provocando ataques cardíacos aos passageiros não se estarão a sentir profundamente envergonhados e agastados com as atitudes de um monte de grunhos que deviam era andar a conduzir tratores na apanha do tomate no Ribatejo?
Duvidas que me atormentam...
Published on October 11, 2016 00:57
October 10, 2016
Mais uma musiquita!
Era para ser XXL Blues
Mas afinal não foi!
E até tem uma coisa boa, como é instrumental, não têm de me ouvir...
Mas afinal não foi!
E até tem uma coisa boa, como é instrumental, não têm de me ouvir...
Published on October 10, 2016 07:29
Uva Passa: Da adoção emigrante
Uva Passa: Da adoção emigrante: Daqui de onde me encontro, vejo passarem-me à frente imagens surreais e relatos por demais gravosos e insuportáveis, que tenho de partilhar....
Published on October 10, 2016 03:14
Creio que...
...quem por aqui vai passando e se dá ao trabalho de ler aquilo que ainda me vou dando ao trabalho de escrever me vai conhecendo um pouco.
Saberão que não me identifico com campos ideológicos, mas com ideias concretas. Não acredito que alguma ideologia tenha a verdade ou se possa apropriar dela, e que o que é certo o é independente de quem o propõe.
Saberá que não me identifico com partidos políticos pela mesma razão e que acho que são os mesmos que inquinam a democracia que acaba por não existir.
Saberão eventualmente que acredito num determinismo e que o muito que olho para trás, quer para a história conhecida, quer para aquilo que não pode deixar de nos intrigar – quando olhamos para as coisas com olhos de ver – porque, sendo o universo determinista, uma enorme sucessão de causas e consequências que existem além da nossa vontade, para além da nossa suposta liberdade de escolha, apenas percebendo o passado se pode perceber o futuro. É como se o tempo fosse uma conta de somar, sendo o enunciado o passado, o sinal de igual o presente e o resultado o futuro. Se não soubermos o que está no enunciado, nunca saberemos o resultado e mantemo-nos sempre num limbo entre dois desconhecidos, um sinal sem significado algum até que a resposta nos entra pelas fuças adentro com a violência de um comboio de alta velocidade a embater contra uma parede à velocidade máxima. E ficamos atónitos a pensar “isto era imprevisível”!
Na verdade não era!
Na verdade, nada do que se passa à nossa volta era imprevisível.
Basta olhar para Aldous Huxley, George Orwell e outros autores semelhantes, ler “Admirável mundo novo”, “1984”, “A ilha” para percebermos que, com mais ou menos atraso, caminhamos a largos passos para uma distopia, para um universo de gente altamente conectada e plenamente desligada!
Vejo cada pequeno pormenor que nos leva a isso! Promessas de integração que apenas levam a uma exclusão do mundo, o substituir o pessoal pelo virtual, o quanto as pessoas cada vez mais se expandem num mundo virtual, cheias de opiniões acerca de tudo o que desconhecem, cheias de razões, agrupando-se de mil maneiras, proclamando a sua individualidade enquanto ficam cada vez mais iguais, formatados desde a nascença, endoutrinados por uma escola que produz competição desde os mais tenros anos, como se a competição fosse um fim em si…
Apenas entro em competição comigo. Sou a única pessoa que tenho de superar, em tudo na vida, ou pelo menos naquilo que me interessa…
Há muito que deixei de querer ser melhor guitarrista que um Steve Vai…
Há muito que deixei de querer ser melhor compositor que Bach…
Alegro-me quando consigo ser um pouco melhor do que fui no dia anterior. Nunca serei um Steve Vai ou um Bach... Não quero ser um Steve Vai ou um Bach!
Há muito que olho para o facebook com desconforto e o uso apenas para ir divulgando algumas coisas ou partilhando outras que acho pertinentes. Mas acho piada à maneira como é utilizado por alguns, como se o acto de partilhar uma frase célebre de alguém, uma oração ou uma fotografia de um refugiado de guerra fizessem algo mais do que ser uma justificação perante o próprio pela sua inercia em produzir um pensamento capaz, rezar ou tomar alguma atitude concreta em relação às dores de outro ser humano. A mesma maneira como há trinta anos atrás comprar um single de uma música era um descanso para a consciência de quem via imagens de crianças a morrer de fome na África subsariana. "Pelo menos contribuí com alguma coisa"...
Olho para o mundo com um desconforto crescente. Acho que começo a ser um animal estranho, uma relíquia do passado…
…e o mundo apenas quer relíquias nos museus!
Vejo o mundo continuar a avançar, cada vez mais rápido, mas com a cegueira de quem não sabe para onde vai, perdido no meio de um presente vasto demais para compreender se o enunciado não estiver bem claro.
Quantos de nós é que ainda se deslumbram quando olham as estrelas à noite, ofuscadas como estão pelas luzes das cidades?
Saberão que não me identifico com campos ideológicos, mas com ideias concretas. Não acredito que alguma ideologia tenha a verdade ou se possa apropriar dela, e que o que é certo o é independente de quem o propõe.
Saberá que não me identifico com partidos políticos pela mesma razão e que acho que são os mesmos que inquinam a democracia que acaba por não existir.
Saberão eventualmente que acredito num determinismo e que o muito que olho para trás, quer para a história conhecida, quer para aquilo que não pode deixar de nos intrigar – quando olhamos para as coisas com olhos de ver – porque, sendo o universo determinista, uma enorme sucessão de causas e consequências que existem além da nossa vontade, para além da nossa suposta liberdade de escolha, apenas percebendo o passado se pode perceber o futuro. É como se o tempo fosse uma conta de somar, sendo o enunciado o passado, o sinal de igual o presente e o resultado o futuro. Se não soubermos o que está no enunciado, nunca saberemos o resultado e mantemo-nos sempre num limbo entre dois desconhecidos, um sinal sem significado algum até que a resposta nos entra pelas fuças adentro com a violência de um comboio de alta velocidade a embater contra uma parede à velocidade máxima. E ficamos atónitos a pensar “isto era imprevisível”!
Na verdade não era!
Na verdade, nada do que se passa à nossa volta era imprevisível.
Basta olhar para Aldous Huxley, George Orwell e outros autores semelhantes, ler “Admirável mundo novo”, “1984”, “A ilha” para percebermos que, com mais ou menos atraso, caminhamos a largos passos para uma distopia, para um universo de gente altamente conectada e plenamente desligada!
Vejo cada pequeno pormenor que nos leva a isso! Promessas de integração que apenas levam a uma exclusão do mundo, o substituir o pessoal pelo virtual, o quanto as pessoas cada vez mais se expandem num mundo virtual, cheias de opiniões acerca de tudo o que desconhecem, cheias de razões, agrupando-se de mil maneiras, proclamando a sua individualidade enquanto ficam cada vez mais iguais, formatados desde a nascença, endoutrinados por uma escola que produz competição desde os mais tenros anos, como se a competição fosse um fim em si…
Apenas entro em competição comigo. Sou a única pessoa que tenho de superar, em tudo na vida, ou pelo menos naquilo que me interessa…
Há muito que deixei de querer ser melhor guitarrista que um Steve Vai…
Há muito que deixei de querer ser melhor compositor que Bach…
Alegro-me quando consigo ser um pouco melhor do que fui no dia anterior. Nunca serei um Steve Vai ou um Bach... Não quero ser um Steve Vai ou um Bach!
Há muito que olho para o facebook com desconforto e o uso apenas para ir divulgando algumas coisas ou partilhando outras que acho pertinentes. Mas acho piada à maneira como é utilizado por alguns, como se o acto de partilhar uma frase célebre de alguém, uma oração ou uma fotografia de um refugiado de guerra fizessem algo mais do que ser uma justificação perante o próprio pela sua inercia em produzir um pensamento capaz, rezar ou tomar alguma atitude concreta em relação às dores de outro ser humano. A mesma maneira como há trinta anos atrás comprar um single de uma música era um descanso para a consciência de quem via imagens de crianças a morrer de fome na África subsariana. "Pelo menos contribuí com alguma coisa"...
Olho para o mundo com um desconforto crescente. Acho que começo a ser um animal estranho, uma relíquia do passado…
…e o mundo apenas quer relíquias nos museus!
Vejo o mundo continuar a avançar, cada vez mais rápido, mas com a cegueira de quem não sabe para onde vai, perdido no meio de um presente vasto demais para compreender se o enunciado não estiver bem claro.
Quantos de nós é que ainda se deslumbram quando olham as estrelas à noite, ofuscadas como estão pelas luzes das cidades?
Published on October 10, 2016 03:09
October 7, 2016
Treta de Cabos III - III
-Ó da casa. – gritou o Peles quando entrou pelo estúdio adentro, seguido dos outros dois.
Ninguém olhou para ele, pousou a guitarra de imediato.
-Atão, cumé? Tás fixe? – perguntou o Peles.
-Pfff! – Ninguém respondeu, encolhendo os ombros.
-Atão mais passa-se alguma coisa? – perguntou o Gadelhas enquanto o cumprimentava.
-Não, páh! Se calhar é esse o problema… - e eis que Ninguém repara no Eleutério – Olha, arrastaram isto para cá hoje?
-Foi. – respondeu o Peles – Encontrámo-lo por aí e trouxemo-lo.
Ninguém olhou para o Eleutério de sobrolho levantado, com aquela cara séria de sempre e encolheu os ombros.
-Prontos, tá bem… - disse com uma nota de resignação na voz, que o Eleutério sabia ser apenas na brincadeira. Afinal, ele estava sempre com aquela cara séria, mas depois acabava sempre a mandar bocas de ir às lágrimas. – Mas olha lá, a São deu-te ordem de soltura?
-Vai ficar a trabalhar até mais tarde hoje…
-Isso tem sido um bocado o pão-nosso-de-cada-dia não?
-Pois… - respondeu o Eleutério algo entristecido.
Ninguém ficou a olhar para ele com aquele olhar profundamente sério que costumava ter quando falava de alguma coisa importante, o que era raro, visto que fazia os possíveis por não ter nada importante para dizer.
Talvez por isso, quando Ninguém fazia aquele ar, convinha ouvi-lo, porque, ainda por cima, o Eleutério até o achava inteligente! Ou então disfarçava mesmo bem! Costumava falar de coisas quase ininteligíveis, como politica, civilizações antigas, história, teorias cientificas, em suma, coisas que não interessavam a ninguém, mas que, por algum motivo estranho pareciam interessar a Ninguém.
Ninguém ia para abrir a boca, mas foi parado por uma conversa silenciosa que ficou no ar por uma troca de olhares entre ele, Gadelhas e Peles, encolheu os ombros, respirou fundo, como se precisasse de algo que para substituir o que ia dizer, engoliu as palavras e disse simplesmente:
-Olha, já que vieste, faz-te útil e faz aí uma!
Nisto entra o Especiaria, com a guitarra na mão.
-Cuméké pessoal!
-Olha, chegaste! Trouxeste o Puto? – perguntou de imediato ninguém enquanto os cumprimentos se desdobravam.
-Vem ai atrás a arrastar o piano!
-Quem é o puto? – perguntou o Eleutério surpreendido.
-O Puto é o substituto do Tolas, páh!
-Atão e o Tolas?
-Olha, da ultima vez que tivemos notícias tinha-se juntado a uma seita “new age”, lá para Marrocos, daquelas que estão à espera do fim do mundo! – disse o Gadelhas.
-Mas porquê?
-Olha, porque não… - Ninguém disse – Assim, ao menos, se o fim do mundo chegar sempre parece mais divertido no meio da nuvem de produtos naturais de lá do sítio…
Riram-se todos.
-Bem, mas cumé? Vamos fazer barulho? – Ninguém perguntou, já com comichão nos dedos.
-Atão e o Puto? – perguntou o Gadelhas.
-O Puto ainda é puto. Há-de cá chegar e arruma-se depois. Bora lá mazé ao rock’n’roll!
E foram. Entretanto o Puto lá chegou à porta a arrastar o piano, mas já só encontrou o Eleutério, que ainda estava ocupado a fazer uma…
Ninguém olhou para ele, pousou a guitarra de imediato.
-Atão, cumé? Tás fixe? – perguntou o Peles.
-Pfff! – Ninguém respondeu, encolhendo os ombros.
-Atão mais passa-se alguma coisa? – perguntou o Gadelhas enquanto o cumprimentava.
-Não, páh! Se calhar é esse o problema… - e eis que Ninguém repara no Eleutério – Olha, arrastaram isto para cá hoje?
-Foi. – respondeu o Peles – Encontrámo-lo por aí e trouxemo-lo.
Ninguém olhou para o Eleutério de sobrolho levantado, com aquela cara séria de sempre e encolheu os ombros.
-Prontos, tá bem… - disse com uma nota de resignação na voz, que o Eleutério sabia ser apenas na brincadeira. Afinal, ele estava sempre com aquela cara séria, mas depois acabava sempre a mandar bocas de ir às lágrimas. – Mas olha lá, a São deu-te ordem de soltura?
-Vai ficar a trabalhar até mais tarde hoje…
-Isso tem sido um bocado o pão-nosso-de-cada-dia não?
-Pois… - respondeu o Eleutério algo entristecido.
Ninguém ficou a olhar para ele com aquele olhar profundamente sério que costumava ter quando falava de alguma coisa importante, o que era raro, visto que fazia os possíveis por não ter nada importante para dizer.
Talvez por isso, quando Ninguém fazia aquele ar, convinha ouvi-lo, porque, ainda por cima, o Eleutério até o achava inteligente! Ou então disfarçava mesmo bem! Costumava falar de coisas quase ininteligíveis, como politica, civilizações antigas, história, teorias cientificas, em suma, coisas que não interessavam a ninguém, mas que, por algum motivo estranho pareciam interessar a Ninguém.
Ninguém ia para abrir a boca, mas foi parado por uma conversa silenciosa que ficou no ar por uma troca de olhares entre ele, Gadelhas e Peles, encolheu os ombros, respirou fundo, como se precisasse de algo que para substituir o que ia dizer, engoliu as palavras e disse simplesmente:
-Olha, já que vieste, faz-te útil e faz aí uma!
Nisto entra o Especiaria, com a guitarra na mão.
-Cuméké pessoal!
-Olha, chegaste! Trouxeste o Puto? – perguntou de imediato ninguém enquanto os cumprimentos se desdobravam.
-Vem ai atrás a arrastar o piano!
-Quem é o puto? – perguntou o Eleutério surpreendido.
-O Puto é o substituto do Tolas, páh!
-Atão e o Tolas?
-Olha, da ultima vez que tivemos notícias tinha-se juntado a uma seita “new age”, lá para Marrocos, daquelas que estão à espera do fim do mundo! – disse o Gadelhas.
-Mas porquê?
-Olha, porque não… - Ninguém disse – Assim, ao menos, se o fim do mundo chegar sempre parece mais divertido no meio da nuvem de produtos naturais de lá do sítio…
Riram-se todos.
-Bem, mas cumé? Vamos fazer barulho? – Ninguém perguntou, já com comichão nos dedos.
-Atão e o Puto? – perguntou o Gadelhas.
-O Puto ainda é puto. Há-de cá chegar e arruma-se depois. Bora lá mazé ao rock’n’roll!
E foram. Entretanto o Puto lá chegou à porta a arrastar o piano, mas já só encontrou o Eleutério, que ainda estava ocupado a fazer uma…
Published on October 07, 2016 04:41
BeijoMolhado: Esta é a noticia....
BeijoMolhado: Esta é a noticia....: ...que deveria ser dada vezes e vezes sem conta, nos nossos noticiários televisivos! Alguém viu? Pois eu não! Como não se trata de uma d...
Published on October 07, 2016 00:46
October 6, 2016
Texto das profecias Herméticas, do Sec. II/III, que dá que pensar...
Traduzido desta página: http://www.bibliotecapleyades.net/profecias/esp_profecia08.htm
Asclépius III, onde se encontra a profecia Hermética, é uma exposição sobre a natureza da cosmologia e, por consequência, da natureza de Deus, tempo, ciclos da vida, natureza do mundo, destino, etc. Emerge uma profecia sobre o Egipto, dada sobretudo como exemplo através do qual se expressa um ponto de vista filosófico. O que se segue é um excerto de Asclépius III que contém a profecia:
Trismegistus:
Não sabes tu, Asclépius, que o Egipto é uma imagem do céu, ou, falando mais exactamente, no Egipto todas as operações dos que regem e trabalham no céu foram transferidos para a terra?
Não, devia antes dizer-se que todo o Cosmos vive nesta nossa terra como seu santuário. Ainda assim, uma vez que é correcto que todos os homens sábios deveriam saber dos acontecimentos antes que estes ocorram, não deves permanecer na ignorância em relação a isto: haverá um tempo em que se verá que foi em vão que os Egípcios honraram a divindade com piedade sentida e serviço assíduo; e toda a nossa adoração divina será vazia e ineficaz. Pois os Deuses sairão da terra para voltar para os céus.
O Egipto será esquecido e a terra que outrora fora a casa da religião será deixada desolada, vazia da presença das suas divindades.
Esta terra e região ficará cheia de estrangeiros; não só os homens se negarão a servir os Deuses, mas ... ; e o Egipto será ocupado por Citas ou Indianos ou outras raças de países Bárbaros próximos. Nesse dia a nossa terra mais sagrada, esta terra de altares e templos, ficará repleta de funerais e cadáveres. A ti, muito sagrado Nilo, eu choro, a ti eu prevejo o que será; inchado por torrentes de sangue, erguer-te-às acima das tuas margens, e as tuas sagradas ondas não estarão manchadas, mas completamente sujas de sangue.
Choras perante isto, Asclépius? Pior virá; O próprio Egipto terá mais a sofrer; cairá numa situação ainda mais lamentável, e será infectada por ainda mais, pragas gravosas; e esta terra, outrora sagrada, uma terra que amava os Deuses, e onde só, em recompensa da sua devoção, os Deuses se dignaram a ficar algum tempo sobre a terra, uma nação que era o professor da humanidade em santidade e piedade, esta terra ultrapassará todas as outras em actos cruéis. Os mortos serão mais que os vivos; e os sobreviventes serão conhecidos como Egípcios apenas pela sua língua, mas nas suas acções serão como os homens de outras raças.
Ó Egipto, Egipto, da tua religião nada restará senão um conto vazio, no qual nem os teus filhos acreditarão; não restará nada senão palavras gravadas, e apenas as pedras falarão da tua piedade. E nesse dia os Homens estarão cansados da vida, e deixarão de pensar que o universo merece reverência e adoração. E assim a religião, a maior de todas as bênçãos, pois não há nada, nem houve, nem haverá, que possa trazer maior benefício, estará ameaçada de destruição; os Homens pensarão nela como um fardo, e virão a desprezá-la. Não mais amarão o mundo à sua volta, este incomparável trabalho de Deus, esta gloriosa estrutura que ele construiu, esta soma do bem feito de coisas nas mais diversas formas, este instrumento através do qual a vontade de Deus opera naquilo que ele fez, generosamente favorecendo as obras dos Homens, esta combinação e acumulação das tantas coisas que podem chamar-nos à veneração, adoração e amor do que contempla.
Preferirão a escuridão à luz, a morte trará mais lucro que a vida; ninguém erguerá os olhos aos céus; Os piedosos serão considerados loucos, e os ímpios sábios; os loucos serão chamados de corajosos, e os malvados estimados como bons. Quanto à alma, e à crença de que é imortal por natureza, ou que pode ter esperança em obter a imortalidade, como te ensinei, de tudo isto zombarão e convencer-se-ão de que é falso. nenhuma palavra de piedade, nenhuma elocução digna do céu e dos Deuses do céu será ouvida ou acreditada.
E assim os Deuses se afastarão da humanidade, uma coisa gravosa!, e só anjos demoníacos restarão, que se misturarão com os Homens, e levarão os pobres desgraçados pela força a cometer todas as espécies de crimes, para guerras, roubos, fraudes e todas as coisas hostis para a natureza da alma. E então a terra não ficará firme, o mar não susterá barcos; o céu não suportará as estrelas nas suas órbitas, nem as estrelas seguirão o seu percurso no céu; todas as vozes dos Deuses serão, por necessidade, silenciadas e tolhidas; os frutos da terra apodrecerão; os solos ficarão inférteis, e até o ar ficará doente com taciturna estagnação. no seguimento disto o mundo ficará velho. Não haverá mais religião; todas as coisas estarão desordenadas e erradas; todo o bem desaparecerá.
Mas quando tudo isto sobrevier, Asclépius, então o Mestre e Pai, Deus, o primeiro antes de tudo, o criador daquele deus que primeiro ganhou existência, olhará para tudo o que se passou, e eliminará a desordem contrariando-a com a sua vontade, que é o bem. Chamará de volta ao caminho aqueles que se tresmalharam; limpará o mal do mundo, limpando-o com cheias, purificando-o com fogo, guerra e pestilência. E assim trará o seu mundo à sua primeira forma, e assim o Cosmos voltará a ser santificado e reverenciado e Deus, o criador e restaurador do poderoso tecido, será adorado pelos Homens desses dias com incessantes hinos de louvor e bênçãos.
Assim será o renascer do Cosmos; é um refazer de todas as coisas boas, uma sagrada e admirável restauração de toda a natureza; e está forjada no processo do tempo pela eterna vontade de Deus. Pois a vontade de Deus não tem principio e como é agora, sempre foi, sem principio. Pois é a existência de Deus que propõe o bem.
Asclépius III, onde se encontra a profecia Hermética, é uma exposição sobre a natureza da cosmologia e, por consequência, da natureza de Deus, tempo, ciclos da vida, natureza do mundo, destino, etc. Emerge uma profecia sobre o Egipto, dada sobretudo como exemplo através do qual se expressa um ponto de vista filosófico. O que se segue é um excerto de Asclépius III que contém a profecia:
Trismegistus:
Não sabes tu, Asclépius, que o Egipto é uma imagem do céu, ou, falando mais exactamente, no Egipto todas as operações dos que regem e trabalham no céu foram transferidos para a terra?
Não, devia antes dizer-se que todo o Cosmos vive nesta nossa terra como seu santuário. Ainda assim, uma vez que é correcto que todos os homens sábios deveriam saber dos acontecimentos antes que estes ocorram, não deves permanecer na ignorância em relação a isto: haverá um tempo em que se verá que foi em vão que os Egípcios honraram a divindade com piedade sentida e serviço assíduo; e toda a nossa adoração divina será vazia e ineficaz. Pois os Deuses sairão da terra para voltar para os céus.
O Egipto será esquecido e a terra que outrora fora a casa da religião será deixada desolada, vazia da presença das suas divindades.
Esta terra e região ficará cheia de estrangeiros; não só os homens se negarão a servir os Deuses, mas ... ; e o Egipto será ocupado por Citas ou Indianos ou outras raças de países Bárbaros próximos. Nesse dia a nossa terra mais sagrada, esta terra de altares e templos, ficará repleta de funerais e cadáveres. A ti, muito sagrado Nilo, eu choro, a ti eu prevejo o que será; inchado por torrentes de sangue, erguer-te-às acima das tuas margens, e as tuas sagradas ondas não estarão manchadas, mas completamente sujas de sangue.
Choras perante isto, Asclépius? Pior virá; O próprio Egipto terá mais a sofrer; cairá numa situação ainda mais lamentável, e será infectada por ainda mais, pragas gravosas; e esta terra, outrora sagrada, uma terra que amava os Deuses, e onde só, em recompensa da sua devoção, os Deuses se dignaram a ficar algum tempo sobre a terra, uma nação que era o professor da humanidade em santidade e piedade, esta terra ultrapassará todas as outras em actos cruéis. Os mortos serão mais que os vivos; e os sobreviventes serão conhecidos como Egípcios apenas pela sua língua, mas nas suas acções serão como os homens de outras raças.
Ó Egipto, Egipto, da tua religião nada restará senão um conto vazio, no qual nem os teus filhos acreditarão; não restará nada senão palavras gravadas, e apenas as pedras falarão da tua piedade. E nesse dia os Homens estarão cansados da vida, e deixarão de pensar que o universo merece reverência e adoração. E assim a religião, a maior de todas as bênçãos, pois não há nada, nem houve, nem haverá, que possa trazer maior benefício, estará ameaçada de destruição; os Homens pensarão nela como um fardo, e virão a desprezá-la. Não mais amarão o mundo à sua volta, este incomparável trabalho de Deus, esta gloriosa estrutura que ele construiu, esta soma do bem feito de coisas nas mais diversas formas, este instrumento através do qual a vontade de Deus opera naquilo que ele fez, generosamente favorecendo as obras dos Homens, esta combinação e acumulação das tantas coisas que podem chamar-nos à veneração, adoração e amor do que contempla.
Preferirão a escuridão à luz, a morte trará mais lucro que a vida; ninguém erguerá os olhos aos céus; Os piedosos serão considerados loucos, e os ímpios sábios; os loucos serão chamados de corajosos, e os malvados estimados como bons. Quanto à alma, e à crença de que é imortal por natureza, ou que pode ter esperança em obter a imortalidade, como te ensinei, de tudo isto zombarão e convencer-se-ão de que é falso. nenhuma palavra de piedade, nenhuma elocução digna do céu e dos Deuses do céu será ouvida ou acreditada.
E assim os Deuses se afastarão da humanidade, uma coisa gravosa!, e só anjos demoníacos restarão, que se misturarão com os Homens, e levarão os pobres desgraçados pela força a cometer todas as espécies de crimes, para guerras, roubos, fraudes e todas as coisas hostis para a natureza da alma. E então a terra não ficará firme, o mar não susterá barcos; o céu não suportará as estrelas nas suas órbitas, nem as estrelas seguirão o seu percurso no céu; todas as vozes dos Deuses serão, por necessidade, silenciadas e tolhidas; os frutos da terra apodrecerão; os solos ficarão inférteis, e até o ar ficará doente com taciturna estagnação. no seguimento disto o mundo ficará velho. Não haverá mais religião; todas as coisas estarão desordenadas e erradas; todo o bem desaparecerá.
Mas quando tudo isto sobrevier, Asclépius, então o Mestre e Pai, Deus, o primeiro antes de tudo, o criador daquele deus que primeiro ganhou existência, olhará para tudo o que se passou, e eliminará a desordem contrariando-a com a sua vontade, que é o bem. Chamará de volta ao caminho aqueles que se tresmalharam; limpará o mal do mundo, limpando-o com cheias, purificando-o com fogo, guerra e pestilência. E assim trará o seu mundo à sua primeira forma, e assim o Cosmos voltará a ser santificado e reverenciado e Deus, o criador e restaurador do poderoso tecido, será adorado pelos Homens desses dias com incessantes hinos de louvor e bênçãos.
Assim será o renascer do Cosmos; é um refazer de todas as coisas boas, uma sagrada e admirável restauração de toda a natureza; e está forjada no processo do tempo pela eterna vontade de Deus. Pois a vontade de Deus não tem principio e como é agora, sempre foi, sem principio. Pois é a existência de Deus que propõe o bem.
Published on October 06, 2016 02:10
October 4, 2016
(in)quietudes
Estou a começar a escrever isto no barco.
Provavelmente não vou acabar no barco, mas começo aqui na mesma.
Acabei de ler agora um livro.
Não será um livro importante, excepto para quem o lê.
Não será uma obra-prima da literatura, como não o são a maior parte dos livros que foram escritos até hoje.
No entanto é um livro com uma pessoa lá dentro. Uma pessoa que se desnuda, não completamente, mas nunca ninguem o faz, mas com uma fragilidade e sensibilidade sublimes.
Chegou-me embrulhado numa fita encarnada a condizer com a paixão pelas palvras que está lá dentro. É um livro modesto que não almeja ser mais do que é.
Adorei!
Muito obrigado Isabel Pires
Provavelmente não vou acabar no barco, mas começo aqui na mesma.
Acabei de ler agora um livro.
Não será um livro importante, excepto para quem o lê.
Não será uma obra-prima da literatura, como não o são a maior parte dos livros que foram escritos até hoje.
No entanto é um livro com uma pessoa lá dentro. Uma pessoa que se desnuda, não completamente, mas nunca ninguem o faz, mas com uma fragilidade e sensibilidade sublimes.
Chegou-me embrulhado numa fita encarnada a condizer com a paixão pelas palvras que está lá dentro. É um livro modesto que não almeja ser mais do que é.
Adorei!
Muito obrigado Isabel Pires
Published on October 04, 2016 10:01