C.N. Gil's Blog, page 15
September 12, 2016
Depois do sucesso retumbante que foram...
...os dois posts com bolinha vermelha (not), retomemos pois a programação habitual.
Começando numa nota positiva, vagamente relacionada (mesmo muito vagamente) com os posts com bolinha, Monica Belluci, aos 51 anos, fez um ensaio fotográfico com nu integral para a revista Paris Match! E há que dizer, abençoados 51 anos!
Mudando agora radicalmente de assunto, o 11 de Setembro!
É um dia sempre bastante importante para mim visto que neste dia, em 1932, a minha progenitora viu o mundo pela primeira vez.
Aparte isso, foi um dia que mudou o mundo, em 2001!
Já aqui falei algumas vezes acerca dos anacronismos deste dia, e das consequência, que vão muito mais longe que aquilo que os jornalistas nos dizem.
A queda das torres, numa óbvia demolição controlada (não sei se é do conhecimento geral, mas desabaram três torres do complexo do WTC, apesar de só duas terem sido atingidas) é um dos maiores insultos à inteligência de alguém!
As fotografias do pentágono são outro insulto. Basta comparar as fotos com as do avião que foi mandado propositadamente contra uma montanha para perceber que não há ali destroços de um avião!
O ataque permitiu aos estados unidos ter carta branca para entrar no Afeganistão, onde o regime fundamentalista se dedicava a destruir e punir o cultivo da papoila do ópio o que provocou uma escassez mundial de heroína. Passados 9 anos, em 2010, a cota de produção do Afeganistão estava em 85% da produção mundial e tinham de lá saído, entre 2001 e 2010 $500.000.000.000 em heroína!
O complexo do WTC tinha sido segurado pelo proprietário, algum tempo antes, pelo triplo do valor de aquisição.
Internamente, os estados unidos mandaram fora a constituição, permitindo encarcerar sem quaisquer provas, julgamento ou defesa meros suspeitos de terrorismo.
O Iraque foi invadido sob falsos pretextos, o regime de Saddam foi deposto e acabou-se a pouca estabilidade que havia na região, dando origem a mais e mais grupos extremistas.
Acredito que um dia saberemos as verdades todas por trás desta história! E talvez nesse dia tenhamos vergonha do que foi feito!
Talvez nos digam que a demolição teve de ser feita por causa do risco de queda dos andares superiores para o centro de Nova Iorque, que sim, de facto os edifícios estariam preparados para tal numa eventualidade como esta, mas ainda assim vais ser difícil explicar todas aquelas mortes!
Talvez um dia um gajo como o Edward Snowden consiga pôr cá para fora as filmagens das câmaras do parque de estacionamento do Pentágono e fiquemos a saber como é que um piloto sem qualquer treino conseguiu fazer manobras que na opinião dos peritos deveriam fazer as asas do avião rasgarem, uma vez que não estamos propriamente a falar de um caça.
Talvez um dia nos digam até que, se calhar, tudo aquilo teve a ver com lucro puro e simples!
Talvez um dia alguém tenha a coragem para nos mostrar aquilo que verdadeiramente aconteceu e nos diga que o mundo foi mergulhado num caos apenas pela fome de poder e dinheiro...
Começando numa nota positiva, vagamente relacionada (mesmo muito vagamente) com os posts com bolinha, Monica Belluci, aos 51 anos, fez um ensaio fotográfico com nu integral para a revista Paris Match! E há que dizer, abençoados 51 anos!
Mudando agora radicalmente de assunto, o 11 de Setembro!
É um dia sempre bastante importante para mim visto que neste dia, em 1932, a minha progenitora viu o mundo pela primeira vez.
Aparte isso, foi um dia que mudou o mundo, em 2001!
Já aqui falei algumas vezes acerca dos anacronismos deste dia, e das consequência, que vão muito mais longe que aquilo que os jornalistas nos dizem.
A queda das torres, numa óbvia demolição controlada (não sei se é do conhecimento geral, mas desabaram três torres do complexo do WTC, apesar de só duas terem sido atingidas) é um dos maiores insultos à inteligência de alguém!
As fotografias do pentágono são outro insulto. Basta comparar as fotos com as do avião que foi mandado propositadamente contra uma montanha para perceber que não há ali destroços de um avião!
O ataque permitiu aos estados unidos ter carta branca para entrar no Afeganistão, onde o regime fundamentalista se dedicava a destruir e punir o cultivo da papoila do ópio o que provocou uma escassez mundial de heroína. Passados 9 anos, em 2010, a cota de produção do Afeganistão estava em 85% da produção mundial e tinham de lá saído, entre 2001 e 2010 $500.000.000.000 em heroína!
O complexo do WTC tinha sido segurado pelo proprietário, algum tempo antes, pelo triplo do valor de aquisição.
Internamente, os estados unidos mandaram fora a constituição, permitindo encarcerar sem quaisquer provas, julgamento ou defesa meros suspeitos de terrorismo.
O Iraque foi invadido sob falsos pretextos, o regime de Saddam foi deposto e acabou-se a pouca estabilidade que havia na região, dando origem a mais e mais grupos extremistas.
Acredito que um dia saberemos as verdades todas por trás desta história! E talvez nesse dia tenhamos vergonha do que foi feito!
Talvez nos digam que a demolição teve de ser feita por causa do risco de queda dos andares superiores para o centro de Nova Iorque, que sim, de facto os edifícios estariam preparados para tal numa eventualidade como esta, mas ainda assim vais ser difícil explicar todas aquelas mortes!
Talvez um dia um gajo como o Edward Snowden consiga pôr cá para fora as filmagens das câmaras do parque de estacionamento do Pentágono e fiquemos a saber como é que um piloto sem qualquer treino conseguiu fazer manobras que na opinião dos peritos deveriam fazer as asas do avião rasgarem, uma vez que não estamos propriamente a falar de um caça.
Talvez um dia nos digam até que, se calhar, tudo aquilo teve a ver com lucro puro e simples!
Talvez um dia alguém tenha a coragem para nos mostrar aquilo que verdadeiramente aconteceu e nos diga que o mundo foi mergulhado num caos apenas pela fome de poder e dinheiro...
Published on September 12, 2016 03:04
September 9, 2016
Sim, eu sei,...
...que o texto abaixo já por aqui andava, mas como anda por aqui muita gente nova e devido ao retumbante sucesso que a "confissão" ali mais atrás teve (not) achei por bem publicar este excerto!
Do meu segundo romance publicado, "Conscientização".
Embora, enquanto excerto, não se perceba como se chega a esta situação, há todo um contexto construído ao longo da história que o suporta! Não é à toa que isto só acontece no capítulo XXVII.
E (pecador me confesso) deu-me um gozo brutal escrever isto!
Aliás, todo este romance, que apareceu no mundo um bocado aos trambolhões, me deu um gozo tremendo a escrever!
Uma história que começou apenas com um pequeno texto que se veio a tornar um prologo, que começou a ser escrita sem eu saber o que estava a escrever, que foi completamente abandonada a meio, porque não havia nenhum objectivo, e que depois teve de ser acabada em menos de um mês, depois de o editor me desafiar a escrever outro romance, uma vez que não queria lançar o "Chuva", e ter dito para eu me despachar a acabar isto porque era para públicar, depois de ter lido as primeiras vinte páginas!
O livro cuja história eu não sabia acerca do que era até dois ou três dias antes de o acabar...
...a história que se escreveu sozinha e me deu o gosto de ser um "espectador" daquilo que esta gente toda andou a fazer na minha cabeça...
Mas fiquem lá então com o Capítulo XXVII, senão nunca mais me calo!
Conscientização - Capítulo XXVII
Fecha os olhos. – Disse ele quando ela saiu da porta do prédio.
– Porquê?
– Porque sim! Fecha os olhos.
Ela respirou fundo, encolheu os ombros e fechou os olhos. Sentiu-o a passar para trás de si, e em seguida algo que era colocado sobre os seus olhos.
– Mas que estas tu a fazer?
– Bem, aparentemente, a vendar-te.
– Mas porquê?
– Porque sim. Queres confiar em mim?
Ela resignou-se.
No dia a seguir àquela conversa que acabou abruptamente sem ela entender bem porquê, ele limitou-se a anunciar-lhe que daí a dois dias, ao fim da tarde do seu dia de folga a iria buscar ao apartamento em Lisboa e que não se preocupasse com o carro que alguém o iria buscar. Ah, e para ela se produzir “a matar”, na expressão que ele utilizou. Depois quase não o voltara a ver, até agora.
Ele guiou-a cuidadosamente até ao carro, ajudou-a a entrar e entrou em seguida, arrancando.
– Mas para onde é que vamos? – Perguntou ela, sentindo-se um pouco insegura.
– É surpresa.
Ela calou-se e foi apreciando a música. Foram indo, sem grandes conversas. Deu pelo facto de saírem de Lisboa e passarem na ponte sobre o Tejo. O ruído característico dos carros a rodar nas faixas centrais é inconfundível. Mas depois da ponte, o carro acelerou e seguiram auto-estrada fora.
Ao fim de um bom bocado ela não se conteve.
– Mas ainda falta muito?
– Um bocado. – Respondeu ele – Mas porquê? Estás com pressa? Não estás confortável?
– Não… é que ir aqui, vendada, sem saber para onde vou…
– E o que é que interessa saber para onde vais? Estás comigo. Confia. Uma coisa te prometo: A viagem só começa quando chegarmos ao destino.
– Que é que queres dizer com isso?
– Exactamente o que disse.
– O Sr. Enigmático contra-ataca.
– É, estou misterioso. É para ver se fico com um pouco mais de charme que o costume…
– Isso implicaria já teres, normalmente, charme.
– Pois, tens razão. Má escolha de palavras… – disse ele soltando uma gargalhada.
– Mas gostava de saber para onde vou. Pedes-me para vir assim, toda produzida, vens de fato, e depois levas-me assim, vendada…
– Já te disse, é surpresa.
– Mas não podes ao menos revelar um pouco?
– Está bem. Vamos para um sítio solene.
– Um sítio solene?
– Sim!
– Que sítio?
– Isso agora… Quando lá chegares vês.
Ela estava a ficar visivelmente aborrecida.
– Então, quando lá chegarmos, avisa.
Calou-se e encostou-se para trás no banco. Ele riu com o amuo dela e lançou o carro ainda mais depressa na auto-estrada em direcção a sul.
Voltou a dar conta de si quando um solavanco na estrada fez o carro abanar. Pela irregularidade que sentia, já não estavam na auto-estrada. Tinha perdido por completo a noção do tempo. Provavelmente tinha adormecido sem sequer dar por isso.
– Fizeste uma soneca jeitosa? – Perguntou ele. Ela espreguiçou-se, bocejou, e perguntou:
– Estamos a andar há muito tempo?
– Há algum…
– E ainda falta muito para chegar aonde quer que vamos?
– Não. É perto.
– Ainda bem…
O carro parou. Sentiu-o a sair, deixando o carro ligado. Depois voltou a entrar, o carro avançou alguns metros, parou novamente, voltou a sair, voltou a entrar e seguiram devagar por uma estrada acidentada.
– Seja lá onde for que isto é, é longe…
– É. Mas já cá estamos.
Andaram mais uns cinco minutos até o carro parar definitivamente. Ele saiu e ela sentiu a porta ser aberta logo depois. Ele pegou-lhe pela mão e ajudou-a a sair. O silêncio era tal que se conseguia ouvir a brisa. Ouvia-se também o restolhar de folhas em árvores próximas. O ar estava fresco, com uma humidade que se sentia, mas que era agradável. Ele guiou-a, segurando-a pelo braço, andando ambos devagar e ela sentia e ouvia as folhas secas a serem esmagadas pelos sapatos de ambos. Depois começaram a andar em cima de pedra, direita mas não muito regular. Por fim, ouviu-o a abrir uma porta pesada, ouviu as dobradiças a protestar, rangendo, e ele guiou-a novamente passando a porta.
Havia um cheiro muito familiar no ar, como se fosse incenso, mas diferente, mais espesso, igualmente adocicado e que ela reconheceu de imediato, mas não disse nada. Avançou guiada por ele e ouviu o ressoar dos passos num espaço amplo.
“Mas onde raio estamos?” Perguntou-se ela. Ele parou-a.
– Estamos cá. – Disse – Estás preparada?
Ela assentiu com a cabeça.
Ele pôs-se por detrás dela, desapertou a venda e tirou-lha. Ela olhou.
À sua frente, iluminada apenas por velas, estava a nave de uma igreja antiga com um altar completamente trabalhado em talha dourada que reflectia a luz bruxuleante das velas e enchia o lugar de reflexos dourados. Os painéis de azulejos que rodeavam toda a igreja até ao altar, finamente desenhados com motivos da vida e paixão de Cristo elevavam-se até aos pedestais que deviam ter servido de repouso a estátuas de santos, agora inexistentes. O tecto, abobadado, estava decorado com frescos que haviam perdido o fulgor original, tendo em alguns sítios caído o estuque, e noutros havia manchas de humidade que atestavam a antiguidade do sítio. Os bancos corridos, de madeira, estavam decorados com rosas encarnadas, bem como o tapete da mesma cor que corria ao longo da nave até ao altar. O altar era uma enorme mesa dourada, da qual ela apenas conseguia ver os pés, uma vez que estava coberta com uma toalha de linho de um branco imaculado, também coberta com pétalas de rosa encarnada. O fumo que ocupava todo o espaço, fazendo o ar parecer espesso vinha de um incensário que estava por detrás do altar, pendurado num suporte.
O fumo, do cânhamo que queimava livremente, inebriava-lhe os sentidos, distorcia o espaço e o tempo cada vez mais, e ela ficou simplesmente parada a contemplar tudo o que tinha à sua frente.
– Gostas da tua surpresa? – Perguntou ele, observando a sua reacção.
– Onde é que estamos afinal?
– Numa igreja.
– Bem isso eu já vi, mas como…?
– É uma igreja privada. Estamos no meio de uma herdade e esta igreja pertence à herdade, mas já está desactivada há muito tempo. As estátuas foram oferecidas e vendidas a coleccionadores, mas sobra este espaço que continua magnífico, pelo menos enquanto não acabar de se degradar por completo.
– E como é que tu…?
Ele simplesmente sorriu e olhou-a bem nos olhos.
– Ainda não me respondeste. Gostas?
Ela deixou-se ficar mais um pouco, embasbacada a olhar para todo aquele cenário montado para ela. Só depois respondeu:
– Adoro!
– Ainda bem. – Respondeu ele, agarrando-lhe a mão e levando-a ao longo do tapete encarnado em direcção ao altar.
Caminharam devagar ao longo da nave, com o tapete a abafar o som dos passos que ainda assim reverberavam nas pedras seculares. Cada vez mais os sentidos de ambos se distendiam no tempo, culpa daquele fumo espesso que invadia todo o espaço, e cada vez mais as sensações ficavam vívidas e vibrantes. O mero toque da pele enquanto ele a levava pelo braço, parecia lançar um formigueiro ao longo do corpo dela. A sensação de frio quando entrara desvanecia-se, e o seu lugar era ocupado por um conforto do espírito.
Chegaram junto do altar. Pararam, viraram-se um para o outro, ficando ambos de olhos nos olhos, fixos, sem saberem sequer durante quanto tempo. Apenas numa atitude contemplativa e calma. Depois abraçaram-se finalmente, colaram os corpos, uniram os lábios num beijo que teve um sabor intemporal, as línguas a tocarem-se devagar, a procurarem-se, a darem-se…
Com uma calma de quem tinha todo o tempo do mundo ele começou a abrir o fecho do vestido e ao mesmo tempo que o fazia, acariciava-lhe as costas enviando sensações pelo corpo dela que se reflectiam na calma voraz do beijo onde estavam presos. Ele quebrou o beijo, contra a vontade dela, apenas para a libertar do vestido que caiu até ao chão, deixando-a apenas com um fio dental e os saltos altos, o que lhe provocou um agradável arrepio na pele, voltando depois a colar os lábios aos dela e a perder-se na sensação de abraçar o seu corpo quase nu.
Ao fim de um tempo que pareceu imenso e ao mesmo tempo um instante fugaz, os lábios separaram-se. Ficaram abraçados de pé em frente ao altar, cabeças a repousar sobre o ombro um do outro. Depois separaram-se finalmente. Ela olhou para ele com um ar inquiridor. Ele sorriu, deu-lhe a mão guiando-a e equilibrando-a para cima de um degrau que estava em frente ao altar. Depois de ela subir, fez-lhe descer o fio dental ao longo das pernas e ajudou-a a equilibrar-se, ora numa perna, ora noutra, enquanto lhe tirava a última e minúscula peça de roupa. Depois, agarrou-a pela cintura e sentou-a no altar.
Ela deixou-se guiar por ele enquanto, sem palavras, ele a levava ao centro daquela enorme pedra fria coberta de linho e pétalas de rosa, fazendo-a deitar-se em seguida.
Depois, sempre com uma calma que lhe fazia parecer a ela que ele se movia em câmara lenta, ata-lhe os pulsos e os tornozelos aos pés do altar com tiras de veludo “bordeaux” escuro.
Quando acabou de a atar, chegou-se perto do rosto dela, deu-lhe um suave beijo nos lábios e saiu por uma porta lateral ao altar…
Ela perdeu a noção do tempo, ali quieta num silêncio reverberante, inundada pelo fumo e o cheiro do cânhamo que queimava no incensário que estava um pouco além e abaixo de si, para que o fumo que se soltava subisse directamente na sua direcção, passando por si, inebriando-a, intensificando qualquer sensação, o contacto frio e veludoso das pétalas e do linho esfriado pela pedra, desorientando-a, a vontade de se querer mexer e estar constrangida, de movimentos limitados, exposta, em cima de uma pedra de altar em frente a um massivo altar-mor de talha dourada onde outrora estivera pendurada uma cruz, com os ouvidos preenchidos por um silêncio amplo, e de repente o simples ranger de uma porta dá significado a tudo aquilo e ela volta-se e vê-o voltar com um habito de monge, cingido pela cintura por uns cordões largos, com uma taça dourada na mão, a representação do graal, da taça da ultima ceia, e aproxima-se dela com um ar sério, ela sorri e ele faz-lhe uma festa suave pelo rosto, passa-lhe a mão no cabelo com doçura, com ternura, põe-lhe a mão na nuca, ampara-lhe a cabeça, aproxima a taça, dá-lhe a beber e ela fá-lo sem hesitação provando uma textura algo amarga, estranha, que à medida que lhe desce da garganta provoca um calor que se espalha do centro do seu corpo para fora, fazendo-a aquecer, deixar de sentir a pedra fria, electrizar, uma sensação quente e suave que a faz mergulhar num estado de quase sono e ele retira a taça dos seus lábios e derrama parte do resto do conteúdo no seu peito que corre ao longo do seu corpo e que ele lambe devagar e dedicadamente, cada pequena gota do líquido que ela vê finalmente, apercebendo-se da cor esverdeada, e compreende o sabor do absinto misturado com algo mais que ela não reconhece e sente o corpo solto, leve, deixa de se sentir constrangida ou amarrada, simplesmente está, sentindo a espaços o liquido a fluir sobre a sua pele e o contacto da língua macia a retirar cada gota que escorre de si e percebe o porquê da fada verde, mergulha num abandono e felicidade infinita, mas que bem longe ela consegue intuir que terminará, mas não importa, nada importa a não ser as sensações que sente, que lhe transmite a ele que pousa a taça e a saboreia pedaço a pedaço, descendo ao longo do seu corpo, ocupando cada espaço, cada milímetro da sua pele, como se quisesses absorver a sua essência, o que ele faz quando começa a beijar o interior das suas pernas subindo até às virilhas e começa pura e simplesmente a envolver o clítoris com a sua boca, com os seus lábios, sugando-a e provocando como que uma descarga eléctrica que sobe direita ao seu cérebro, fazendo com que o seu corpo se contorça num espasmo, uma sobrecarga de sensações e deixa de ouvir, deixa de ver e sente apenas o continuado cheiro do cânhamo e sente o sabor do absinto ainda na sua boca e nem sente o corpo, sente apenas um pulsar que sobe da sua vulva de uma forma tão intensa que quase a faz esquecer de respirar e quando o faz obriga-a a soltar o ar dos pulmões num grito intenso que clama pelo orgasmo que ainda não chegou e ela tem um lampejo de se perguntar como será quando chegar e deseja-o, quer, muito, com todas as suas fibras sentir o prazer supremo e o seu corpo acede, faz-lhe a vontade e ela vem-se entre espasmos, gritos que preenchem o espaço e parecem continuar e durar para sempre e os seus sentidos despertam e sente-se, vê-se, sente-o, vê-o, sente o seu corpo, a sua boca a envolve-la, os suaves toques da língua no seu recanto mais secreto, ondas de choque que varrem o seu corpo umas atrás da outras e tudo desaparece por um instante, a mente apaga-se…
…e ilumina-se de novo, descendo do êxtase mas mantendo-se no limbo e olha e vê-o subir para cima do altar, em frente a si, às suas pernas abertas, à sua vulva pulsante de onde escorre todo o prazer que sentiu e continua a sentir, vê-o ficar de joelhos e subir o habito mostrando a sua erecção pujante, estendendo-se sobre ela em seguida e toca-a, não com as mãos mas com o corpo, afaga-a, fá-la sentir o seu peso, sente o corpo em brasa, entregue ao prazer de ambos, roça o seu sexo no dela, comprime-se contra o seu clítoris arrancando-lhe mais gemidos de prazer e não aguentando mais a tortura que lhe faz, mas que é feita a ambos, começa a penetrá-la como que numa oferta ritual, deixando-se deslizar milímetro a milímetro, querendo que ela o sinta sem pressas e sente-a a acolhê-lo enquanto a vai penetrando, os seus músculos a pulsar em torno do seu membro e sente o quanto ali, naquele momento, ela o quer, e dá-se para que ela sinta o quanto ele a quer, vais deslizando até as suas púbis se tocarem, até estar pleno dentro dela e olha-a, observa-a, deixa-se estar assim dentro dela, ela geme, contorce-se debaixo dele como uma gata no cio e depois começa a sair devagar, a sentir a textura dela na sua glande enquanto se puxa para fora, a sentir o seu sexo a sugá-lo, como que a querer puxá-lo novamente para dentro, sempre com uma lentidão agoniante para ambos, atrasando o orgasmo dela, atrasando o seu enquanto as gotas de suor lhe invadem o rosto e começam a pingar como gotas de chuva refrescante sobro o corpo dela, até ficar apenas com a glande dentro dela, ondulando as ancas devagar para provocar um ligeiro vaivém que lhe estimula o ponto G, que a deixa louca de tesão e ele sente-a, mais do que isso, sabe-a naquele momento e ambos se olham nos olhos, sabem-se um do outro para além de qualquer dúvida e com isto ele penetra-a fundo, forte, de uma forma quase brutal, quase animalesca, ela grita, sente-o a invadi-la, quer-se invadida, tomada por ele, oferece-se, vê o esgar de prazer no seu rosto enquanto ele sente a corrente eléctrica que lhe percorre o corpo, que ele sabe que ambos sentem enquanto se entregam a um orgasmo pleno de sensações que parecem ir além do espaço onde estão e, inebriados, desfalecem os dois em cima do altar, como uma oferenda, como que detentores de um sacro ofício, livres…
Do meu segundo romance publicado, "Conscientização".
Embora, enquanto excerto, não se perceba como se chega a esta situação, há todo um contexto construído ao longo da história que o suporta! Não é à toa que isto só acontece no capítulo XXVII.
E (pecador me confesso) deu-me um gozo brutal escrever isto!
Aliás, todo este romance, que apareceu no mundo um bocado aos trambolhões, me deu um gozo tremendo a escrever!
Uma história que começou apenas com um pequeno texto que se veio a tornar um prologo, que começou a ser escrita sem eu saber o que estava a escrever, que foi completamente abandonada a meio, porque não havia nenhum objectivo, e que depois teve de ser acabada em menos de um mês, depois de o editor me desafiar a escrever outro romance, uma vez que não queria lançar o "Chuva", e ter dito para eu me despachar a acabar isto porque era para públicar, depois de ter lido as primeiras vinte páginas!
O livro cuja história eu não sabia acerca do que era até dois ou três dias antes de o acabar...
...a história que se escreveu sozinha e me deu o gosto de ser um "espectador" daquilo que esta gente toda andou a fazer na minha cabeça...
Mas fiquem lá então com o Capítulo XXVII, senão nunca mais me calo!
Conscientização - Capítulo XXVII
Fecha os olhos. – Disse ele quando ela saiu da porta do prédio.
– Porquê?
– Porque sim! Fecha os olhos.
Ela respirou fundo, encolheu os ombros e fechou os olhos. Sentiu-o a passar para trás de si, e em seguida algo que era colocado sobre os seus olhos.
– Mas que estas tu a fazer?
– Bem, aparentemente, a vendar-te.
– Mas porquê?
– Porque sim. Queres confiar em mim?
Ela resignou-se.
No dia a seguir àquela conversa que acabou abruptamente sem ela entender bem porquê, ele limitou-se a anunciar-lhe que daí a dois dias, ao fim da tarde do seu dia de folga a iria buscar ao apartamento em Lisboa e que não se preocupasse com o carro que alguém o iria buscar. Ah, e para ela se produzir “a matar”, na expressão que ele utilizou. Depois quase não o voltara a ver, até agora.
Ele guiou-a cuidadosamente até ao carro, ajudou-a a entrar e entrou em seguida, arrancando.
– Mas para onde é que vamos? – Perguntou ela, sentindo-se um pouco insegura.
– É surpresa.
Ela calou-se e foi apreciando a música. Foram indo, sem grandes conversas. Deu pelo facto de saírem de Lisboa e passarem na ponte sobre o Tejo. O ruído característico dos carros a rodar nas faixas centrais é inconfundível. Mas depois da ponte, o carro acelerou e seguiram auto-estrada fora.
Ao fim de um bom bocado ela não se conteve.
– Mas ainda falta muito?
– Um bocado. – Respondeu ele – Mas porquê? Estás com pressa? Não estás confortável?
– Não… é que ir aqui, vendada, sem saber para onde vou…
– E o que é que interessa saber para onde vais? Estás comigo. Confia. Uma coisa te prometo: A viagem só começa quando chegarmos ao destino.
– Que é que queres dizer com isso?
– Exactamente o que disse.
– O Sr. Enigmático contra-ataca.
– É, estou misterioso. É para ver se fico com um pouco mais de charme que o costume…
– Isso implicaria já teres, normalmente, charme.
– Pois, tens razão. Má escolha de palavras… – disse ele soltando uma gargalhada.
– Mas gostava de saber para onde vou. Pedes-me para vir assim, toda produzida, vens de fato, e depois levas-me assim, vendada…
– Já te disse, é surpresa.
– Mas não podes ao menos revelar um pouco?
– Está bem. Vamos para um sítio solene.
– Um sítio solene?
– Sim!
– Que sítio?
– Isso agora… Quando lá chegares vês.
Ela estava a ficar visivelmente aborrecida.
– Então, quando lá chegarmos, avisa.
Calou-se e encostou-se para trás no banco. Ele riu com o amuo dela e lançou o carro ainda mais depressa na auto-estrada em direcção a sul.
Voltou a dar conta de si quando um solavanco na estrada fez o carro abanar. Pela irregularidade que sentia, já não estavam na auto-estrada. Tinha perdido por completo a noção do tempo. Provavelmente tinha adormecido sem sequer dar por isso.
– Fizeste uma soneca jeitosa? – Perguntou ele. Ela espreguiçou-se, bocejou, e perguntou:
– Estamos a andar há muito tempo?
– Há algum…
– E ainda falta muito para chegar aonde quer que vamos?
– Não. É perto.
– Ainda bem…
O carro parou. Sentiu-o a sair, deixando o carro ligado. Depois voltou a entrar, o carro avançou alguns metros, parou novamente, voltou a sair, voltou a entrar e seguiram devagar por uma estrada acidentada.
– Seja lá onde for que isto é, é longe…
– É. Mas já cá estamos.
Andaram mais uns cinco minutos até o carro parar definitivamente. Ele saiu e ela sentiu a porta ser aberta logo depois. Ele pegou-lhe pela mão e ajudou-a a sair. O silêncio era tal que se conseguia ouvir a brisa. Ouvia-se também o restolhar de folhas em árvores próximas. O ar estava fresco, com uma humidade que se sentia, mas que era agradável. Ele guiou-a, segurando-a pelo braço, andando ambos devagar e ela sentia e ouvia as folhas secas a serem esmagadas pelos sapatos de ambos. Depois começaram a andar em cima de pedra, direita mas não muito regular. Por fim, ouviu-o a abrir uma porta pesada, ouviu as dobradiças a protestar, rangendo, e ele guiou-a novamente passando a porta.
Havia um cheiro muito familiar no ar, como se fosse incenso, mas diferente, mais espesso, igualmente adocicado e que ela reconheceu de imediato, mas não disse nada. Avançou guiada por ele e ouviu o ressoar dos passos num espaço amplo.
“Mas onde raio estamos?” Perguntou-se ela. Ele parou-a.
– Estamos cá. – Disse – Estás preparada?
Ela assentiu com a cabeça.
Ele pôs-se por detrás dela, desapertou a venda e tirou-lha. Ela olhou.
À sua frente, iluminada apenas por velas, estava a nave de uma igreja antiga com um altar completamente trabalhado em talha dourada que reflectia a luz bruxuleante das velas e enchia o lugar de reflexos dourados. Os painéis de azulejos que rodeavam toda a igreja até ao altar, finamente desenhados com motivos da vida e paixão de Cristo elevavam-se até aos pedestais que deviam ter servido de repouso a estátuas de santos, agora inexistentes. O tecto, abobadado, estava decorado com frescos que haviam perdido o fulgor original, tendo em alguns sítios caído o estuque, e noutros havia manchas de humidade que atestavam a antiguidade do sítio. Os bancos corridos, de madeira, estavam decorados com rosas encarnadas, bem como o tapete da mesma cor que corria ao longo da nave até ao altar. O altar era uma enorme mesa dourada, da qual ela apenas conseguia ver os pés, uma vez que estava coberta com uma toalha de linho de um branco imaculado, também coberta com pétalas de rosa encarnada. O fumo que ocupava todo o espaço, fazendo o ar parecer espesso vinha de um incensário que estava por detrás do altar, pendurado num suporte.
O fumo, do cânhamo que queimava livremente, inebriava-lhe os sentidos, distorcia o espaço e o tempo cada vez mais, e ela ficou simplesmente parada a contemplar tudo o que tinha à sua frente.
– Gostas da tua surpresa? – Perguntou ele, observando a sua reacção.
– Onde é que estamos afinal?
– Numa igreja.
– Bem isso eu já vi, mas como…?
– É uma igreja privada. Estamos no meio de uma herdade e esta igreja pertence à herdade, mas já está desactivada há muito tempo. As estátuas foram oferecidas e vendidas a coleccionadores, mas sobra este espaço que continua magnífico, pelo menos enquanto não acabar de se degradar por completo.
– E como é que tu…?
Ele simplesmente sorriu e olhou-a bem nos olhos.
– Ainda não me respondeste. Gostas?
Ela deixou-se ficar mais um pouco, embasbacada a olhar para todo aquele cenário montado para ela. Só depois respondeu:
– Adoro!
– Ainda bem. – Respondeu ele, agarrando-lhe a mão e levando-a ao longo do tapete encarnado em direcção ao altar.
Caminharam devagar ao longo da nave, com o tapete a abafar o som dos passos que ainda assim reverberavam nas pedras seculares. Cada vez mais os sentidos de ambos se distendiam no tempo, culpa daquele fumo espesso que invadia todo o espaço, e cada vez mais as sensações ficavam vívidas e vibrantes. O mero toque da pele enquanto ele a levava pelo braço, parecia lançar um formigueiro ao longo do corpo dela. A sensação de frio quando entrara desvanecia-se, e o seu lugar era ocupado por um conforto do espírito.
Chegaram junto do altar. Pararam, viraram-se um para o outro, ficando ambos de olhos nos olhos, fixos, sem saberem sequer durante quanto tempo. Apenas numa atitude contemplativa e calma. Depois abraçaram-se finalmente, colaram os corpos, uniram os lábios num beijo que teve um sabor intemporal, as línguas a tocarem-se devagar, a procurarem-se, a darem-se…
Com uma calma de quem tinha todo o tempo do mundo ele começou a abrir o fecho do vestido e ao mesmo tempo que o fazia, acariciava-lhe as costas enviando sensações pelo corpo dela que se reflectiam na calma voraz do beijo onde estavam presos. Ele quebrou o beijo, contra a vontade dela, apenas para a libertar do vestido que caiu até ao chão, deixando-a apenas com um fio dental e os saltos altos, o que lhe provocou um agradável arrepio na pele, voltando depois a colar os lábios aos dela e a perder-se na sensação de abraçar o seu corpo quase nu.
Ao fim de um tempo que pareceu imenso e ao mesmo tempo um instante fugaz, os lábios separaram-se. Ficaram abraçados de pé em frente ao altar, cabeças a repousar sobre o ombro um do outro. Depois separaram-se finalmente. Ela olhou para ele com um ar inquiridor. Ele sorriu, deu-lhe a mão guiando-a e equilibrando-a para cima de um degrau que estava em frente ao altar. Depois de ela subir, fez-lhe descer o fio dental ao longo das pernas e ajudou-a a equilibrar-se, ora numa perna, ora noutra, enquanto lhe tirava a última e minúscula peça de roupa. Depois, agarrou-a pela cintura e sentou-a no altar.
Ela deixou-se guiar por ele enquanto, sem palavras, ele a levava ao centro daquela enorme pedra fria coberta de linho e pétalas de rosa, fazendo-a deitar-se em seguida.
Depois, sempre com uma calma que lhe fazia parecer a ela que ele se movia em câmara lenta, ata-lhe os pulsos e os tornozelos aos pés do altar com tiras de veludo “bordeaux” escuro.
Quando acabou de a atar, chegou-se perto do rosto dela, deu-lhe um suave beijo nos lábios e saiu por uma porta lateral ao altar…
Ela perdeu a noção do tempo, ali quieta num silêncio reverberante, inundada pelo fumo e o cheiro do cânhamo que queimava no incensário que estava um pouco além e abaixo de si, para que o fumo que se soltava subisse directamente na sua direcção, passando por si, inebriando-a, intensificando qualquer sensação, o contacto frio e veludoso das pétalas e do linho esfriado pela pedra, desorientando-a, a vontade de se querer mexer e estar constrangida, de movimentos limitados, exposta, em cima de uma pedra de altar em frente a um massivo altar-mor de talha dourada onde outrora estivera pendurada uma cruz, com os ouvidos preenchidos por um silêncio amplo, e de repente o simples ranger de uma porta dá significado a tudo aquilo e ela volta-se e vê-o voltar com um habito de monge, cingido pela cintura por uns cordões largos, com uma taça dourada na mão, a representação do graal, da taça da ultima ceia, e aproxima-se dela com um ar sério, ela sorri e ele faz-lhe uma festa suave pelo rosto, passa-lhe a mão no cabelo com doçura, com ternura, põe-lhe a mão na nuca, ampara-lhe a cabeça, aproxima a taça, dá-lhe a beber e ela fá-lo sem hesitação provando uma textura algo amarga, estranha, que à medida que lhe desce da garganta provoca um calor que se espalha do centro do seu corpo para fora, fazendo-a aquecer, deixar de sentir a pedra fria, electrizar, uma sensação quente e suave que a faz mergulhar num estado de quase sono e ele retira a taça dos seus lábios e derrama parte do resto do conteúdo no seu peito que corre ao longo do seu corpo e que ele lambe devagar e dedicadamente, cada pequena gota do líquido que ela vê finalmente, apercebendo-se da cor esverdeada, e compreende o sabor do absinto misturado com algo mais que ela não reconhece e sente o corpo solto, leve, deixa de se sentir constrangida ou amarrada, simplesmente está, sentindo a espaços o liquido a fluir sobre a sua pele e o contacto da língua macia a retirar cada gota que escorre de si e percebe o porquê da fada verde, mergulha num abandono e felicidade infinita, mas que bem longe ela consegue intuir que terminará, mas não importa, nada importa a não ser as sensações que sente, que lhe transmite a ele que pousa a taça e a saboreia pedaço a pedaço, descendo ao longo do seu corpo, ocupando cada espaço, cada milímetro da sua pele, como se quisesses absorver a sua essência, o que ele faz quando começa a beijar o interior das suas pernas subindo até às virilhas e começa pura e simplesmente a envolver o clítoris com a sua boca, com os seus lábios, sugando-a e provocando como que uma descarga eléctrica que sobe direita ao seu cérebro, fazendo com que o seu corpo se contorça num espasmo, uma sobrecarga de sensações e deixa de ouvir, deixa de ver e sente apenas o continuado cheiro do cânhamo e sente o sabor do absinto ainda na sua boca e nem sente o corpo, sente apenas um pulsar que sobe da sua vulva de uma forma tão intensa que quase a faz esquecer de respirar e quando o faz obriga-a a soltar o ar dos pulmões num grito intenso que clama pelo orgasmo que ainda não chegou e ela tem um lampejo de se perguntar como será quando chegar e deseja-o, quer, muito, com todas as suas fibras sentir o prazer supremo e o seu corpo acede, faz-lhe a vontade e ela vem-se entre espasmos, gritos que preenchem o espaço e parecem continuar e durar para sempre e os seus sentidos despertam e sente-se, vê-se, sente-o, vê-o, sente o seu corpo, a sua boca a envolve-la, os suaves toques da língua no seu recanto mais secreto, ondas de choque que varrem o seu corpo umas atrás da outras e tudo desaparece por um instante, a mente apaga-se…
…e ilumina-se de novo, descendo do êxtase mas mantendo-se no limbo e olha e vê-o subir para cima do altar, em frente a si, às suas pernas abertas, à sua vulva pulsante de onde escorre todo o prazer que sentiu e continua a sentir, vê-o ficar de joelhos e subir o habito mostrando a sua erecção pujante, estendendo-se sobre ela em seguida e toca-a, não com as mãos mas com o corpo, afaga-a, fá-la sentir o seu peso, sente o corpo em brasa, entregue ao prazer de ambos, roça o seu sexo no dela, comprime-se contra o seu clítoris arrancando-lhe mais gemidos de prazer e não aguentando mais a tortura que lhe faz, mas que é feita a ambos, começa a penetrá-la como que numa oferta ritual, deixando-se deslizar milímetro a milímetro, querendo que ela o sinta sem pressas e sente-a a acolhê-lo enquanto a vai penetrando, os seus músculos a pulsar em torno do seu membro e sente o quanto ali, naquele momento, ela o quer, e dá-se para que ela sinta o quanto ele a quer, vais deslizando até as suas púbis se tocarem, até estar pleno dentro dela e olha-a, observa-a, deixa-se estar assim dentro dela, ela geme, contorce-se debaixo dele como uma gata no cio e depois começa a sair devagar, a sentir a textura dela na sua glande enquanto se puxa para fora, a sentir o seu sexo a sugá-lo, como que a querer puxá-lo novamente para dentro, sempre com uma lentidão agoniante para ambos, atrasando o orgasmo dela, atrasando o seu enquanto as gotas de suor lhe invadem o rosto e começam a pingar como gotas de chuva refrescante sobro o corpo dela, até ficar apenas com a glande dentro dela, ondulando as ancas devagar para provocar um ligeiro vaivém que lhe estimula o ponto G, que a deixa louca de tesão e ele sente-a, mais do que isso, sabe-a naquele momento e ambos se olham nos olhos, sabem-se um do outro para além de qualquer dúvida e com isto ele penetra-a fundo, forte, de uma forma quase brutal, quase animalesca, ela grita, sente-o a invadi-la, quer-se invadida, tomada por ele, oferece-se, vê o esgar de prazer no seu rosto enquanto ele sente a corrente eléctrica que lhe percorre o corpo, que ele sabe que ambos sentem enquanto se entregam a um orgasmo pleno de sensações que parecem ir além do espaço onde estão e, inebriados, desfalecem os dois em cima do altar, como uma oferenda, como que detentores de um sacro ofício, livres…
Published on September 09, 2016 02:37
...e, de repente,...
...enquanto tentava tocar um pedaço de música escrito há uns anos para piano, na guitarra, e chamava mentalmente nomes ao estúpido que escreveu aquilo (esclareço já que o estúpido que escreveu aquilo fui eu) e a minha piquena mais grande se ria às bandeiras despregadas, porque quando eu disse em voz alta "A besta que escreveu isto merecia um par de estalos na tromba" e ela respondeu "tens bom remédio" e eu dei um par de estalos à besta que escreveu aquilo, caiu-me em cima a realização do facto de que as músicas dos Teatrum da época com a Xana estão completamente carregadas de uma intencionalidade que só encontro na música clássica!
Aquele pedaço de música, completamente atonal e estranho, contextualizado dentro de uma música que tem o título de "Dementia", só conseguiria ser colocado ali e só ali consegue fazer sentido! Só numa música daquelas o desconforto de ouvir aquilo (já nem falo no desconforto de tocar aquilo, que é muito, mas muito maior) tem um propósito!
Já depois disto, quando mostrava a mistura provisória da música ao Peles, baterista da altura, e ao Gadelhas, completamente alheio à música, este ultimo saiu-se com uma expressão espectacular, quando ouviu aquele pormenor enquanto fazia uma cara estranha!
Pá, aquele pedaço de música está muita bom, mas é como um limão - por muito que gostes, faz-te sempre fazer uma careta!
A intencionalidade de fazer alguém sentir algo enquanto ouve uma música (neste caso um extremo desconforto) tem muito que se lhe diga!
Enquanto a música não está pronta, deixo-vos a tradução da letra
"Demencia"
Queres conhecer-me?
Mergulha para dentro da minha cabeça
Onde o mais alto é mais baixo
O mais rápido é lento
E as coisas vivas crescem mortas
Escurecido
Por tonalidades de branco
Eclipsado
Por sombras de luz
Talvez não consigas sonhar sem mentir
Como não podes viver sem morrer um pouco
A cada dia
Talvez o propósito do amor seja desvanecer-se
Escurecido
Por tonalidades de branco
Eclipsado
Por sombras de luz
Deus está à espera!
Aquele pedaço de música, completamente atonal e estranho, contextualizado dentro de uma música que tem o título de "Dementia", só conseguiria ser colocado ali e só ali consegue fazer sentido! Só numa música daquelas o desconforto de ouvir aquilo (já nem falo no desconforto de tocar aquilo, que é muito, mas muito maior) tem um propósito!
Já depois disto, quando mostrava a mistura provisória da música ao Peles, baterista da altura, e ao Gadelhas, completamente alheio à música, este ultimo saiu-se com uma expressão espectacular, quando ouviu aquele pormenor enquanto fazia uma cara estranha!
Pá, aquele pedaço de música está muita bom, mas é como um limão - por muito que gostes, faz-te sempre fazer uma careta!
A intencionalidade de fazer alguém sentir algo enquanto ouve uma música (neste caso um extremo desconforto) tem muito que se lhe diga!
Enquanto a música não está pronta, deixo-vos a tradução da letra
"Demencia"
Queres conhecer-me?
Mergulha para dentro da minha cabeça
Onde o mais alto é mais baixo
O mais rápido é lento
E as coisas vivas crescem mortas
Escurecido
Por tonalidades de branco
Eclipsado
Por sombras de luz
Talvez não consigas sonhar sem mentir
Como não podes viver sem morrer um pouco
A cada dia
Talvez o propósito do amor seja desvanecer-se
Escurecido
Por tonalidades de branco
Eclipsado
Por sombras de luz
Deus está à espera!
Published on September 09, 2016 01:49
September 8, 2016
Ainda na Rússia...
-Um tipo, perdido de bêbado, resolveu suicidar-se!
Subiu a estrutura metálica de uma ponte e queria atirar-se de lá, de uma altura de mais de 30 metros.
Um outro tipo, provavelmente também ele Russo, viu aquilo, trepou pela estrutura e, após uma enorme conversa, convenceu o bêbado a não se suicidar!
O bêbado começou a descer a estrutura metálica, tropeçou, caiu de uma altura de mais de trinta metros e morreu!
(O que tem de ser, tem muita força!)
-Tecnicamente a Segunda Grande Guerra Mundial ainda não acabou, uma vez que a Russia e o Japão ainda não assinaram o armistício.
O problema está na disputa territorial pelas ilhas Kuril
(assim sendo, não podemos estar à beira da terceira, visto que a segunda ainda não acabou!)
-A cerveja só começou a ser considerada bebida alcoólica na Rússia a partir de 2013!
(levando em conta a quantidade de Vodka que bebem, cerveja deve parecer água...)
-Num assunto relacionado com o anterior, um quarto da população Russa morre antes dos 55 anos. A culpa é da Vodka!
(Vão mas é beber água... cuja palavra Russa "Voda" está na origem do nome da Vodka, daí talvez a confusão)
-Um terço dos Russos acredita que o Sol anda à volta da Terra!
(estã um bocadito iludidos!)
-Os McDonalds Russos são os únicos que vendem um "McShrimp"
(deve ser melhor que aquela coisa que vendem por aqui)
-Nas ultimas eleições presidenciais Russas, uma região registou 146% de votos da população!
(é dose! Mas como é na Russia, não é de estranhar...)
-Os mega-milionários Russos compram ambulâncias para fugir ao trânsito!
(se a moda pega por cá...)
-Em 998 A.D. os Russos escolheram o Cristianismo ao Islão! O motivo foi a proibição de beber alcoól por parte do Islão!
(esta nem vale a pena comentar!)
Como diria o outro:
"Crazy Russians"
Subiu a estrutura metálica de uma ponte e queria atirar-se de lá, de uma altura de mais de 30 metros.
Um outro tipo, provavelmente também ele Russo, viu aquilo, trepou pela estrutura e, após uma enorme conversa, convenceu o bêbado a não se suicidar!
O bêbado começou a descer a estrutura metálica, tropeçou, caiu de uma altura de mais de trinta metros e morreu!
(O que tem de ser, tem muita força!)
-Tecnicamente a Segunda Grande Guerra Mundial ainda não acabou, uma vez que a Russia e o Japão ainda não assinaram o armistício.
O problema está na disputa territorial pelas ilhas Kuril
(assim sendo, não podemos estar à beira da terceira, visto que a segunda ainda não acabou!)
-A cerveja só começou a ser considerada bebida alcoólica na Rússia a partir de 2013!
(levando em conta a quantidade de Vodka que bebem, cerveja deve parecer água...)
-Num assunto relacionado com o anterior, um quarto da população Russa morre antes dos 55 anos. A culpa é da Vodka!
(Vão mas é beber água... cuja palavra Russa "Voda" está na origem do nome da Vodka, daí talvez a confusão)
-Um terço dos Russos acredita que o Sol anda à volta da Terra!
(estã um bocadito iludidos!)
-Os McDonalds Russos são os únicos que vendem um "McShrimp"
(deve ser melhor que aquela coisa que vendem por aqui)
-Nas ultimas eleições presidenciais Russas, uma região registou 146% de votos da população!
(é dose! Mas como é na Russia, não é de estranhar...)
-Os mega-milionários Russos compram ambulâncias para fugir ao trânsito!
(se a moda pega por cá...)
-Em 998 A.D. os Russos escolheram o Cristianismo ao Islão! O motivo foi a proibição de beber alcoól por parte do Islão!
(esta nem vale a pena comentar!)
Como diria o outro:
"Crazy Russians"
Published on September 08, 2016 07:05
Ontem…
…estava no estúdio só com a Xana G., a continuar as gravações de voz dos Teatrum (resta saber para quê, mas enfim…), eram já umas dez e tal da noite, e ouvíamos a primeira das músicas gravadas ontem, quando entra a minha mãe.
Eu já lá tinha chagado tarde, por virtude da complicada e cheia agenda social da Mini Me, e quando cheguei já a minha mãe dormia enquanto passava uma telenovela qualquer na TV…
…o costume!
Foi portanto com alguma surpresa que a vi entrar pela porta do estúdio adentro meia hora depois.
Viu a Xana (que já não via há algum tempo) cumprimentaram-se, e lá seguiu depois voltando à sua ocupação anterior (dormir em frente à televisão).
-Mas o que é que a tua mãe veio aqui fazer, afinal? – perguntou a Xana depois de constatar que a visita não tinha tido qualquer objectivo.
-Ora, veio cuscar! Atão, o filho tá aqui, fechado com uma boazona…
-Veio ver se tinhas posto o preservativo?
-Claro!
-“Ó filho, foi assim que te eduquei?”
-“Anda uma mãe a criar um filho para isto…”
E após umas valentes gargalhadas, voltamos às gravações…
***
Onze e qualquer coisa da noite. Estávamos a ouvir a última gravação da noite, quando a minha mãe entra pelo estúdio novamente (!) e de rompante.
-Ainda aqui estão?
-Estamos só a acabar de ouvir isto e já arrancamos.
-Vejam lá que está a ficar tarde e amanhã é dia de trabalho…
-Sim, nós sabemos. Vamos já embora!
E com isto, lá se retirou!
Volta-se a Xana para mim:
-Bolas, páh, ainda não foi desta…
-Ya! Ainda bem que nos vestimos a tempo…
E lá acabamos de ouvir a gravação enquanto nos riamos até às lágrimas e óspois fomos dormir…
…cada um em sua casa…
(nada de confusões)
Eu já lá tinha chagado tarde, por virtude da complicada e cheia agenda social da Mini Me, e quando cheguei já a minha mãe dormia enquanto passava uma telenovela qualquer na TV…
…o costume!
Foi portanto com alguma surpresa que a vi entrar pela porta do estúdio adentro meia hora depois.
Viu a Xana (que já não via há algum tempo) cumprimentaram-se, e lá seguiu depois voltando à sua ocupação anterior (dormir em frente à televisão).
-Mas o que é que a tua mãe veio aqui fazer, afinal? – perguntou a Xana depois de constatar que a visita não tinha tido qualquer objectivo.
-Ora, veio cuscar! Atão, o filho tá aqui, fechado com uma boazona…
-Veio ver se tinhas posto o preservativo?
-Claro!
-“Ó filho, foi assim que te eduquei?”
-“Anda uma mãe a criar um filho para isto…”
E após umas valentes gargalhadas, voltamos às gravações…
***
Onze e qualquer coisa da noite. Estávamos a ouvir a última gravação da noite, quando a minha mãe entra pelo estúdio novamente (!) e de rompante.
-Ainda aqui estão?
-Estamos só a acabar de ouvir isto e já arrancamos.
-Vejam lá que está a ficar tarde e amanhã é dia de trabalho…
-Sim, nós sabemos. Vamos já embora!
E com isto, lá se retirou!
Volta-se a Xana para mim:
-Bolas, páh, ainda não foi desta…
-Ya! Ainda bem que nos vestimos a tempo…
E lá acabamos de ouvir a gravação enquanto nos riamos até às lágrimas e óspois fomos dormir…
…cada um em sua casa…
(nada de confusões)
Published on September 08, 2016 02:07
September 7, 2016
Sim, eu confesso,...
...já tive um blog daqueles assim amodos que para o atrevido...
...muito atrevido...
(como se fosse algum segredo, não é verdade?)
...mas depois fartei-me e deixei-me disso!
Mas andavam por lá alguns textos interessantes, como este aqui em baixo...
(tende cuidado que a coisa tem bolinha vermelha no canto superior direito!)
Renascer
Ali estava eu, sentado na laje da janela apenas vestido com uns boxers, enquanto deixava que o fresco que vinha da rua quebrasse o calor que o meu corpo sentia e o que havia no quarto naquela noite quente de verão. Este era banhado pela luz branca proveniente da iluminação de rua, sendo que tudo eram apenas sombras com um ar surreal, quase fantasmagórico que ganhavam alguma definição e uma tonalidade avermelhada de cada vez que eu puxava uma passa do meu cigarro.A realidade era, ali, sem qualquer duvida, muito mais estranha que a ficção. Embora quisesse muito estar ali e o frio da pedra soubesse muito bem contra a minha pele, a verdade é que sentia em mim um turbilhão tal que me era difícil definir-me naquele momento.Tudo começara apenas dois dias atrás com uma simples frase, “Isto anda tão mal que um dia destes…”, dita com desplante, em tom jovial e por mera brincadeira.Tivera uma continuação por uns breves segundo ontem, com uma simples pergunta e resposta, “lembras-te do que ela disse?”, “sim”, e pronto, e ficou por ali.Não havia sequer um indício.Há quatro horas atrás, jantávamos os dois num restaurante bem perto da Sé de Braga. Comemos um belo bacalhau à Bracarense bem regado com um vinho verde que mais parecia espumante, retirado directamente da pipa. Já tínhamos acabado a refeição e fazíamos agora questão de acabar o vinho delicioso. Olhava pelo canto dos olhos e via o quanto eu era naquele momento invejado e até, por mais motivo nenhum que não fosse estar com ela, desejado.Não deixa de ser curioso o facto de que um tipo qualquer, absolutamente banal, como eu, se estiver acompanhado por uma mulher como ela chama a atenção de todas as mulheres que estão em volta. E dos homens, se bem que em perspectivas diferentes. Eles pensam “o que é que aquele estafermo tem que eu não tenha? Bem, deve estar carregado de papel” e elas pensam “bem, das duas uma, ou o gajo está carregado de papel ou então deve ser uma grande queca…”. Esclareço desde já que em relação ao “papel” a coisa está escassa e em relação ao resto não me tenho assim em tão grande conta.Mas voltando à questão, ali estávamos nós e eu, como sempre, sentia-me pequeno perante a presença dela. E eis que o telemóvel dela deu um toque de mensagem. Ela apressou-se a ver quem era. Eu fingi desinteresse.-Era a Guida, a perguntar se nos estamos a divertir.-Aparentemente até parece que sim…-Aparentemente… Olha, não era giro se eu lhe ligasse?-Porquê? – Perguntei eu enquanto via de repente uma noite num bar qualquer com musica provavelmente demasiado alta para se conversar e copos a mais enquanto as hipóteses de mais uma boa noite de sexo ficavam mais remotas.-Não sejas assim… - dizia ela enquanto ligava e me dava a certeza de que a minha opinião não seria ali tida nem achada.Resignei-me a contragosto e limitei-me a ser um espectador atento de meia conversa.-Olá linda. Vi agora a tua mensagem.-…-Sim estamos bem, estamos aqui em Braga. Olha, não queres vir aqui ter connosco?-…-Ora, não é assim tão longe…-Ah! Pois, tens de ir trabalhar…Sorri. Talvez a noite ainda tivesse remédio.-…mas olha, sais a que horas?-…-Então, amanhã é sábado, nem vais trabalhar de manhã, e nós não temos horários. Podes cá vir. Isto também são trinta minutos dai para aqui…Ela falava à Guida com uma voz doce, e eu sabia o quanto aquela voz doce era capaz de ser convincente.-Vá lá. Vem lá. Sempre podemos divertir-nos um bocado…-…-Então sempre vens?E pronto. Tinha a noite estragada.Ela lá deu as indicações de onde estávamos à Guida e acabou o telefonema. Depois olhou para mim.-Não faças essa cara.-Não tenho outra…-Tens, tens. Aquela em que sorris.Francamente neste momento não me apetecia. Gostava de estar com ela, na sua companhia, gostava de a desfrutar. Não me apetecia ir para um bar ou uma discoteca qualquer ouvir barulho a mais e ver um bando de gajos a darem em cima dela e provavelmente da Guida também. Não é que eu sentisse ciúmes. Se os sentisse tinha que andar permanentemente com um taco de basebol na mão, mas lá que chegava a um ponto que chateava, lá isso era verdade.Aliás, neste momento aquilo que me apetecia mesmo era tomar um bom duche para tentar arrefecer um pouco e tirar o suor salgado de cima que começava a solidificar em cima da minha pele, ir dormir e elas que fossem para onde quisessem. Pelo menos sempre teria paz.Pagamos a despesa.-Vamos andando? – Perguntou-me ela.-Mas afinal a que horas é que ela vem?-Só cá deve estar perto da meia-noite. Tem aquele bar onde trabalha à noite para fechar.Perfeito, pensei eu de mim para comigo. Como se já não bastasse ainda teria pelo menos mais duas horas de seca até ela chegar.-E vamos para onde, então?-Vamos para a pensão que ela vai lá ter connosco.Não falamos muito mais no caminho, até porque o caminho não era, de todo, longo e também porque eu estava de alguma forma chateado. Chegados à pensão fui tomar o tal duche que tanto me apetecia e, uma vez que ainda faltava tanto tempo para ela chegar, deixei-me ficar todo nu a relaxar um pouco em cima da cama.Depois de eu ter ido ela aproveitou e foi também. Acabei por me levantar para me chegar ao fresco que vinha da janela junto com o anoitecer enquanto fumava e aproveitava para ir queimando neurónios com os programas imbecis que passavam na televisão. Para mim a noite estava feita.Ela saiu da casa de banho nua e fresca ainda com o cabelo molhado. Apeteceu-me tê-la logo ali. Dei mais uma passa num cigarro e pensei “bahhhh!”. Olhei para a rua só para não ter que pensar no quanto ela me apetecia.Ela notou que me apetecia. Pousou o secador de cabelo que estava prestes a por a funcionar, veio ter comigo, fazendo com que fosse impossível ignorá-la. Agarrou o meu membro sem aviso, começou a massajá-lo fazendo-o crescer ainda mais e só então me beijou.-O pequenino queria mimo, é?Nem lhe respondi. Aposto que os meus olhos a queimavam naquele momento.-O pequenino vai ter que esperar até mais logo… - disse enquanto me largava e se afastava. Era tão mau quando ela me fazia isto…Foi secar o cabelo. Não o precisaria de fazer com o calor que estava, mas ela gostava de ter o cabelo escorrido, e ele encaracolava-se se não fosse o secador. Eu achava que lhe ficava bem o cabelo encaracolado, mas eu era suspeito. Achava que tudo lhe ficava bem.Já eu abandonei a janela e estiquei-me na cama como estava tentando parecer o mais possível alheio ao corpo dela, tarefa que se me afigurava quase impossível. Depois ela vestiu-se e deitou-se ao meu lado sem se encostar a mim. Ainda teríamos que esperar mais de uma hora pela Guida. De vês em quando a sua mão fazia excursões pelo meu corpo e, invariavelmente, encontrava o meu membro que massajava de forma deliciosa até à erecção. E depois, quando me sentia já bem grande, abandonava-me e ria-se...Eu já estava algo chateado com a situação e com ela a fazer-me isto, é seguro dizer que começava a ficar possesso. Ela sabia-o e isso fazia com que se risse ainda mais.Era quase meia-noite quando o telefone dela tocou. Ela viu quem era.-Veste-te que ela já chegou. – e atendeu.Eu vesti-me em menos de nada, o que não era complicado. Vesti uns boxers, umas calças, atirei um t-shirt para cima do corpo e calcei-me. Enquanto isso elas falavam.-Mas sobe… - insistia ela.-…-Áh, pois é, a porta está fechada a esta hora, até nos deram a chave e tudo, para se viéssemos mais tarde. Mas espera que eu vou-te abrir a porta.E com isto saiu do quarto deixando a porta entreaberta enquanto eu acabava de me arrumar. Voltou pouco depois em amena cavaqueira com a Guida.-Mas esta pensão tem uns quartos bem porreiros… - Disse enquanto me cumprimentava.-Por acaso são bem fixes, já viste?-Mesmo fixes… Mas então o que é que vamos fazer?-Sei lá! Vamos dar uma volta por aí e beber um copo.-Tá bem…E eu lá me preparava a contragosto para sair.-Queres um vinho? – Perguntou ela à Guida – Temos aqui um tinto delicioso… É que praticamente ainda não saímos do quarto. Até temos comido aqui.-Pode ser.Ela foi ao mini bar buscar copos e serviu um para cada. Fizemos um brinde e beberricamos um pouco. Fomos fazendo conversa de circunstância, o “então, o transito para cá?”, “Demoraste muito?”, aquelas coisas banais e comuns.Ela propôs outro brinde e, quando juntamos os copos, sem eu me aperceber muito bem como, ela entornou vinho no vestido da Guida.-Oh, Guida, desculpa...-Deixa estar, não faz mal.-Mas faz, é vinho, vai deixar mancha. Temos que tentar limpar isso já…-Não, deixa estar.-E vais para a rua assim? Espera, anda cá. – e com isto arrastou a Guida para a casa de banho.Fiquei ali um bocado, sozinho, com a companhia apenas da televisão enquanto as ouvia na casa de banho.-Assim não dá jeito nenhum, espera. Tira isso e deixa cá ver.-Então vou tirar, assim, o vestido?-E então? Tens ai alguma coisa que não tenha visto?Riam-se as duas e discutiam acerca da melhor forma de limpar a nódoa. Ao fim de algum tempo deixei de lhes prestar atenção. Ela veio até ao pé de mim, sentado na cama, para vir buscar o secador e voltou para a casa de banho. E eu ali continuei. O som do secador acabou por abafar as vozes delas. Deixei-me estar completamente alheio. Ao fim de um bocado o secador calou-se. E quando dei conta disso ele já se devia ter calado há um bocado e continuava sem as ouvir a falar. A curiosidade despertou……e depois venceu. Levantei-me e fui até à entrada da casa de banho. A porta estava aberta. Olhei, e apenas num relance vi a Guida apenas em roupa interior, de pé abraçada a ela, e ambas se beijavam com uma sofreguidão que me deixou atordoado.Afastei-me da porta, sentindo que tinha invadido um espaço. Voltei para a cama e voltei a sentar-me, sem saber muito bem como reagir. E na incerteza deixei-me ficar quieto, tentei limpar a imagem da minha mente, pensando que seria algo com que teria de lidar mais tarde e fiquei a ver televisão. E esperei algo que me pareceu uma autêntica eternidade. Esperei tanto tempo que me parecia que já esperava há mais tempo que aquele que existia no universo, e era, sem dúvida, uma espera angustiante.Finalmente saíram a duas da casa de banho, sem dizerem uma palavra. Ela veio direita a mim e, sem cerimónia, descalçou-me, despiu-me a t-shirt e as calças e afastou-se. Agarrou na mão da Guida e, suavemente, arrastou-a para a cama.Ajoelharam-se as duas e começaram a beijar-se e a deixar as mãos percorrer o corpo uma da outra, encostando-se, roçando-se sentindo-se e ignorando-me por completo. Ela, mais afoita, ia desbravando algum desconforto que a Guida sentia, não só por estar numa situação completamente nova, mas também e sobretudo, não duvido, pela minha presença.A situação para mim raiava agora o insuportável. Acabei por me levantar e me ir sentar na janela, assolado por demónios aos quais não queria dar ouvidos. Acendi o cigarro. Elas apagaram a luz e o quarto por momentos mergulhou na penumbra da qual foi emergindo aos poucos à medida que os meus olhos se habituavam à luz.Podia distinguir as suas formas enquanto se despiam e acariciavam e beijavam o corpo uma da outra. A Guida foi empurrada para a cama e vi-a a ela a beijar-lhe o corpo todo, partindo dos seus lábios e não se detendo em nada até chegar aos pés. Depois subiu. Todo este trajecto demorou imenso tempo. Acendi outro cigarro enquanto as olhava.Apenas ouvia os gemidos de prazer da Guida enquanto ela lhe lambia o sexo a crescerem numa escada inevitável até ao orgasmo, e vi ela proporcionar-lhe um prazer tão intenso com jamais vira uma mulher atingir. Vi os orgasmos da Guida sucederem-se deixando-a completamente louca e arrasada. Vi o meu orgulho e a minha arrogância de macho serem atirados para o chão e a rastejarem perante tal manifestação e senti-me pequeno, incapaz de igualar algo assim. Vi quando a Guida, Louca de prazer, a empurrou a ela para a cama e a levou também a um orgasmo fabuloso, lambendo-a e penetrando-a com os dedos. E vi a maneira como ela, quando o orgasmo chegou se virou finalmente para mim, com os olhos carregados de tesão e desejo, dando-me finalmente atenção, e disse, apenas com os lábios, sem emitir um som “Amo-te”.Foi esse o momento da realização de que tudo aquilo era para mim. O meu orgulho estava destruído, a minha arrogância também, mas o meu desejo estava intacto e o mundo ganhou uma cor, um cheiro, uma intensidade diferente de tudo aquilo que eu tinha presenciado até então. E no entanto, o mundo, sem o ser, era ainda o mesmo.Acabei por me juntar a elas e passamos o resto da noite a amarmo-nos.E eu renasci…
...muito atrevido...
(como se fosse algum segredo, não é verdade?)
...mas depois fartei-me e deixei-me disso!
Mas andavam por lá alguns textos interessantes, como este aqui em baixo...
(tende cuidado que a coisa tem bolinha vermelha no canto superior direito!)
Renascer
Ali estava eu, sentado na laje da janela apenas vestido com uns boxers, enquanto deixava que o fresco que vinha da rua quebrasse o calor que o meu corpo sentia e o que havia no quarto naquela noite quente de verão. Este era banhado pela luz branca proveniente da iluminação de rua, sendo que tudo eram apenas sombras com um ar surreal, quase fantasmagórico que ganhavam alguma definição e uma tonalidade avermelhada de cada vez que eu puxava uma passa do meu cigarro.A realidade era, ali, sem qualquer duvida, muito mais estranha que a ficção. Embora quisesse muito estar ali e o frio da pedra soubesse muito bem contra a minha pele, a verdade é que sentia em mim um turbilhão tal que me era difícil definir-me naquele momento.Tudo começara apenas dois dias atrás com uma simples frase, “Isto anda tão mal que um dia destes…”, dita com desplante, em tom jovial e por mera brincadeira.Tivera uma continuação por uns breves segundo ontem, com uma simples pergunta e resposta, “lembras-te do que ela disse?”, “sim”, e pronto, e ficou por ali.Não havia sequer um indício.Há quatro horas atrás, jantávamos os dois num restaurante bem perto da Sé de Braga. Comemos um belo bacalhau à Bracarense bem regado com um vinho verde que mais parecia espumante, retirado directamente da pipa. Já tínhamos acabado a refeição e fazíamos agora questão de acabar o vinho delicioso. Olhava pelo canto dos olhos e via o quanto eu era naquele momento invejado e até, por mais motivo nenhum que não fosse estar com ela, desejado.Não deixa de ser curioso o facto de que um tipo qualquer, absolutamente banal, como eu, se estiver acompanhado por uma mulher como ela chama a atenção de todas as mulheres que estão em volta. E dos homens, se bem que em perspectivas diferentes. Eles pensam “o que é que aquele estafermo tem que eu não tenha? Bem, deve estar carregado de papel” e elas pensam “bem, das duas uma, ou o gajo está carregado de papel ou então deve ser uma grande queca…”. Esclareço desde já que em relação ao “papel” a coisa está escassa e em relação ao resto não me tenho assim em tão grande conta.Mas voltando à questão, ali estávamos nós e eu, como sempre, sentia-me pequeno perante a presença dela. E eis que o telemóvel dela deu um toque de mensagem. Ela apressou-se a ver quem era. Eu fingi desinteresse.-Era a Guida, a perguntar se nos estamos a divertir.-Aparentemente até parece que sim…-Aparentemente… Olha, não era giro se eu lhe ligasse?-Porquê? – Perguntei eu enquanto via de repente uma noite num bar qualquer com musica provavelmente demasiado alta para se conversar e copos a mais enquanto as hipóteses de mais uma boa noite de sexo ficavam mais remotas.-Não sejas assim… - dizia ela enquanto ligava e me dava a certeza de que a minha opinião não seria ali tida nem achada.Resignei-me a contragosto e limitei-me a ser um espectador atento de meia conversa.-Olá linda. Vi agora a tua mensagem.-…-Sim estamos bem, estamos aqui em Braga. Olha, não queres vir aqui ter connosco?-…-Ora, não é assim tão longe…-Ah! Pois, tens de ir trabalhar…Sorri. Talvez a noite ainda tivesse remédio.-…mas olha, sais a que horas?-…-Então, amanhã é sábado, nem vais trabalhar de manhã, e nós não temos horários. Podes cá vir. Isto também são trinta minutos dai para aqui…Ela falava à Guida com uma voz doce, e eu sabia o quanto aquela voz doce era capaz de ser convincente.-Vá lá. Vem lá. Sempre podemos divertir-nos um bocado…-…-Então sempre vens?E pronto. Tinha a noite estragada.Ela lá deu as indicações de onde estávamos à Guida e acabou o telefonema. Depois olhou para mim.-Não faças essa cara.-Não tenho outra…-Tens, tens. Aquela em que sorris.Francamente neste momento não me apetecia. Gostava de estar com ela, na sua companhia, gostava de a desfrutar. Não me apetecia ir para um bar ou uma discoteca qualquer ouvir barulho a mais e ver um bando de gajos a darem em cima dela e provavelmente da Guida também. Não é que eu sentisse ciúmes. Se os sentisse tinha que andar permanentemente com um taco de basebol na mão, mas lá que chegava a um ponto que chateava, lá isso era verdade.Aliás, neste momento aquilo que me apetecia mesmo era tomar um bom duche para tentar arrefecer um pouco e tirar o suor salgado de cima que começava a solidificar em cima da minha pele, ir dormir e elas que fossem para onde quisessem. Pelo menos sempre teria paz.Pagamos a despesa.-Vamos andando? – Perguntou-me ela.-Mas afinal a que horas é que ela vem?-Só cá deve estar perto da meia-noite. Tem aquele bar onde trabalha à noite para fechar.Perfeito, pensei eu de mim para comigo. Como se já não bastasse ainda teria pelo menos mais duas horas de seca até ela chegar.-E vamos para onde, então?-Vamos para a pensão que ela vai lá ter connosco.Não falamos muito mais no caminho, até porque o caminho não era, de todo, longo e também porque eu estava de alguma forma chateado. Chegados à pensão fui tomar o tal duche que tanto me apetecia e, uma vez que ainda faltava tanto tempo para ela chegar, deixei-me ficar todo nu a relaxar um pouco em cima da cama.Depois de eu ter ido ela aproveitou e foi também. Acabei por me levantar para me chegar ao fresco que vinha da janela junto com o anoitecer enquanto fumava e aproveitava para ir queimando neurónios com os programas imbecis que passavam na televisão. Para mim a noite estava feita.Ela saiu da casa de banho nua e fresca ainda com o cabelo molhado. Apeteceu-me tê-la logo ali. Dei mais uma passa num cigarro e pensei “bahhhh!”. Olhei para a rua só para não ter que pensar no quanto ela me apetecia.Ela notou que me apetecia. Pousou o secador de cabelo que estava prestes a por a funcionar, veio ter comigo, fazendo com que fosse impossível ignorá-la. Agarrou o meu membro sem aviso, começou a massajá-lo fazendo-o crescer ainda mais e só então me beijou.-O pequenino queria mimo, é?Nem lhe respondi. Aposto que os meus olhos a queimavam naquele momento.-O pequenino vai ter que esperar até mais logo… - disse enquanto me largava e se afastava. Era tão mau quando ela me fazia isto…Foi secar o cabelo. Não o precisaria de fazer com o calor que estava, mas ela gostava de ter o cabelo escorrido, e ele encaracolava-se se não fosse o secador. Eu achava que lhe ficava bem o cabelo encaracolado, mas eu era suspeito. Achava que tudo lhe ficava bem.Já eu abandonei a janela e estiquei-me na cama como estava tentando parecer o mais possível alheio ao corpo dela, tarefa que se me afigurava quase impossível. Depois ela vestiu-se e deitou-se ao meu lado sem se encostar a mim. Ainda teríamos que esperar mais de uma hora pela Guida. De vês em quando a sua mão fazia excursões pelo meu corpo e, invariavelmente, encontrava o meu membro que massajava de forma deliciosa até à erecção. E depois, quando me sentia já bem grande, abandonava-me e ria-se...Eu já estava algo chateado com a situação e com ela a fazer-me isto, é seguro dizer que começava a ficar possesso. Ela sabia-o e isso fazia com que se risse ainda mais.Era quase meia-noite quando o telefone dela tocou. Ela viu quem era.-Veste-te que ela já chegou. – e atendeu.Eu vesti-me em menos de nada, o que não era complicado. Vesti uns boxers, umas calças, atirei um t-shirt para cima do corpo e calcei-me. Enquanto isso elas falavam.-Mas sobe… - insistia ela.-…-Áh, pois é, a porta está fechada a esta hora, até nos deram a chave e tudo, para se viéssemos mais tarde. Mas espera que eu vou-te abrir a porta.E com isto saiu do quarto deixando a porta entreaberta enquanto eu acabava de me arrumar. Voltou pouco depois em amena cavaqueira com a Guida.-Mas esta pensão tem uns quartos bem porreiros… - Disse enquanto me cumprimentava.-Por acaso são bem fixes, já viste?-Mesmo fixes… Mas então o que é que vamos fazer?-Sei lá! Vamos dar uma volta por aí e beber um copo.-Tá bem…E eu lá me preparava a contragosto para sair.-Queres um vinho? – Perguntou ela à Guida – Temos aqui um tinto delicioso… É que praticamente ainda não saímos do quarto. Até temos comido aqui.-Pode ser.Ela foi ao mini bar buscar copos e serviu um para cada. Fizemos um brinde e beberricamos um pouco. Fomos fazendo conversa de circunstância, o “então, o transito para cá?”, “Demoraste muito?”, aquelas coisas banais e comuns.Ela propôs outro brinde e, quando juntamos os copos, sem eu me aperceber muito bem como, ela entornou vinho no vestido da Guida.-Oh, Guida, desculpa...-Deixa estar, não faz mal.-Mas faz, é vinho, vai deixar mancha. Temos que tentar limpar isso já…-Não, deixa estar.-E vais para a rua assim? Espera, anda cá. – e com isto arrastou a Guida para a casa de banho.Fiquei ali um bocado, sozinho, com a companhia apenas da televisão enquanto as ouvia na casa de banho.-Assim não dá jeito nenhum, espera. Tira isso e deixa cá ver.-Então vou tirar, assim, o vestido?-E então? Tens ai alguma coisa que não tenha visto?Riam-se as duas e discutiam acerca da melhor forma de limpar a nódoa. Ao fim de algum tempo deixei de lhes prestar atenção. Ela veio até ao pé de mim, sentado na cama, para vir buscar o secador e voltou para a casa de banho. E eu ali continuei. O som do secador acabou por abafar as vozes delas. Deixei-me estar completamente alheio. Ao fim de um bocado o secador calou-se. E quando dei conta disso ele já se devia ter calado há um bocado e continuava sem as ouvir a falar. A curiosidade despertou……e depois venceu. Levantei-me e fui até à entrada da casa de banho. A porta estava aberta. Olhei, e apenas num relance vi a Guida apenas em roupa interior, de pé abraçada a ela, e ambas se beijavam com uma sofreguidão que me deixou atordoado.Afastei-me da porta, sentindo que tinha invadido um espaço. Voltei para a cama e voltei a sentar-me, sem saber muito bem como reagir. E na incerteza deixei-me ficar quieto, tentei limpar a imagem da minha mente, pensando que seria algo com que teria de lidar mais tarde e fiquei a ver televisão. E esperei algo que me pareceu uma autêntica eternidade. Esperei tanto tempo que me parecia que já esperava há mais tempo que aquele que existia no universo, e era, sem dúvida, uma espera angustiante.Finalmente saíram a duas da casa de banho, sem dizerem uma palavra. Ela veio direita a mim e, sem cerimónia, descalçou-me, despiu-me a t-shirt e as calças e afastou-se. Agarrou na mão da Guida e, suavemente, arrastou-a para a cama.Ajoelharam-se as duas e começaram a beijar-se e a deixar as mãos percorrer o corpo uma da outra, encostando-se, roçando-se sentindo-se e ignorando-me por completo. Ela, mais afoita, ia desbravando algum desconforto que a Guida sentia, não só por estar numa situação completamente nova, mas também e sobretudo, não duvido, pela minha presença.A situação para mim raiava agora o insuportável. Acabei por me levantar e me ir sentar na janela, assolado por demónios aos quais não queria dar ouvidos. Acendi o cigarro. Elas apagaram a luz e o quarto por momentos mergulhou na penumbra da qual foi emergindo aos poucos à medida que os meus olhos se habituavam à luz.Podia distinguir as suas formas enquanto se despiam e acariciavam e beijavam o corpo uma da outra. A Guida foi empurrada para a cama e vi-a a ela a beijar-lhe o corpo todo, partindo dos seus lábios e não se detendo em nada até chegar aos pés. Depois subiu. Todo este trajecto demorou imenso tempo. Acendi outro cigarro enquanto as olhava.Apenas ouvia os gemidos de prazer da Guida enquanto ela lhe lambia o sexo a crescerem numa escada inevitável até ao orgasmo, e vi ela proporcionar-lhe um prazer tão intenso com jamais vira uma mulher atingir. Vi os orgasmos da Guida sucederem-se deixando-a completamente louca e arrasada. Vi o meu orgulho e a minha arrogância de macho serem atirados para o chão e a rastejarem perante tal manifestação e senti-me pequeno, incapaz de igualar algo assim. Vi quando a Guida, Louca de prazer, a empurrou a ela para a cama e a levou também a um orgasmo fabuloso, lambendo-a e penetrando-a com os dedos. E vi a maneira como ela, quando o orgasmo chegou se virou finalmente para mim, com os olhos carregados de tesão e desejo, dando-me finalmente atenção, e disse, apenas com os lábios, sem emitir um som “Amo-te”.Foi esse o momento da realização de que tudo aquilo era para mim. O meu orgulho estava destruído, a minha arrogância também, mas o meu desejo estava intacto e o mundo ganhou uma cor, um cheiro, uma intensidade diferente de tudo aquilo que eu tinha presenciado até então. E no entanto, o mundo, sem o ser, era ainda o mesmo.Acabei por me juntar a elas e passamos o resto da noite a amarmo-nos.E eu renasci…
Published on September 07, 2016 07:54
As palavras que esperam por música há anos...
Digo-te,
Se as palavras fossem liquidas
Derramava-as sobre o teu corpo,
Sobre os lugares escondidos
Onde o fogo apaga a razão!
© C. N. Gil
Se as palavras fossem liquidas
Derramava-as sobre o teu corpo,
Sobre os lugares escondidos
Onde o fogo apaga a razão!
© C. N. Gil
Published on September 07, 2016 01:00
September 6, 2016
Na Rússia...
...resolveram contratar modelos topless para segurarem e chamar a atenção para os sinais com os limites de velocidade em algumas estradas com alta sinistralidade!
E resultou!
Os condutores abrandam ao vê-las e na sua opinião a medida deveria ser mais difundida!
Eu também acho!
Aliás, as boas ideias deveriam ser adoptadas internacionalmente! Afinal, se funciona na Rússia, o sítio com as estradas mais perigosas do mundo, por cá deveria reduzir a sinistralidade a quase 0...
Adenda: esqueci-me de referir que isto já tinha sido tentado na Suécia há uns anos e surtiu também efeito! No entanto tiveram que abolir a prática! Ninguém disse porquê, mas eu desconfio...
E resultou!
Os condutores abrandam ao vê-las e na sua opinião a medida deveria ser mais difundida!
Eu também acho!
Aliás, as boas ideias deveriam ser adoptadas internacionalmente! Afinal, se funciona na Rússia, o sítio com as estradas mais perigosas do mundo, por cá deveria reduzir a sinistralidade a quase 0...
Adenda: esqueci-me de referir que isto já tinha sido tentado na Suécia há uns anos e surtiu também efeito! No entanto tiveram que abolir a prática! Ninguém disse porquê, mas eu desconfio...
Published on September 06, 2016 05:50
A Bayer quer adquirir e fundir-se com a Monsanto
MEDO!
MUITO MEDO!
MUITO MEDO!
Published on September 06, 2016 05:03
A tua ausência
Escrevo-te estas palavras
Em busca de absolvição
Não quero continuar a ser
Uma desilusão
Só se sabe o que se perde
Quando já se foi
E só agora eu sei como dói
A tua ausência
E é toda esta distância
Que me faz duvidar de mim
Queria que fosse diferente
Não tinha de ser assim
Vou sorrindo para o mundo
Porque tenho de continuar
Mas só me apetece parar...
Tenho fumado demais
E bebido para te esquecer
E continuo a acreditar que o impossível
Pode acontecer
Perdi a noção do tempo
E sinto em mim a revolta
Por não te ter
Quero-te de volta
E é toda esta distância
Que me faz duvidar de mim
Queria que fosse diferente
Não tinha de ser assim
Vou sorrindo para o mundo
Porque tenho de continuar
Mas só me apetece parar...
Morri ao ver o teu adeus
Escrito no espelho
Assinado pelos teus lábios
Em batom vermelho
Vou sorrindo para o mundo
Porque tenho de continuar
Mas só me apetece parar...
Letra © C. N. Gil - Música © XXL Blues
Podem ouvir a música aqui
(ao vivo, mais a preto e branco do que a cores por causa da falta de luz, com uma qualidade de som semi-coiso-e-tal, mas é o que se arranja!)
Em busca de absolvição
Não quero continuar a ser
Uma desilusão
Só se sabe o que se perde
Quando já se foi
E só agora eu sei como dói
A tua ausência
E é toda esta distância
Que me faz duvidar de mim
Queria que fosse diferente
Não tinha de ser assim
Vou sorrindo para o mundo
Porque tenho de continuar
Mas só me apetece parar...
Tenho fumado demais
E bebido para te esquecer
E continuo a acreditar que o impossível
Pode acontecer
Perdi a noção do tempo
E sinto em mim a revolta
Por não te ter
Quero-te de volta
E é toda esta distância
Que me faz duvidar de mim
Queria que fosse diferente
Não tinha de ser assim
Vou sorrindo para o mundo
Porque tenho de continuar
Mas só me apetece parar...
Morri ao ver o teu adeus
Escrito no espelho
Assinado pelos teus lábios
Em batom vermelho
Vou sorrindo para o mundo
Porque tenho de continuar
Mas só me apetece parar...
Letra © C. N. Gil - Música © XXL Blues
Podem ouvir a música aqui
(ao vivo, mais a preto e branco do que a cores por causa da falta de luz, com uma qualidade de som semi-coiso-e-tal, mas é o que se arranja!)
Published on September 06, 2016 01:58