C.N. Gil's Blog, page 10

October 14, 2016

Esporão, tinto, reserva 2002

Esta história é acerca de uma garrafa de vinho tinto!
Mas não é uma garrafa de vinho qualquer. Neste caso é acerca de uma garrafa de Esporão tinto reserva de 2002.
Ora, qualquer eventual leitor poderá perguntar-se o que terá de especial uma garrafa de Esporão tinto reserva de 2002, quando haverá, seguramente, um número bastante apreciável de garrafas iguais por aí…
…mas afianço que nenhuma viveu a história que esta viveu!
A meio da manhã daquele dia, estava a garrafa sossegada num restaurante algures em Vila do Conde, quando os Chop Suey saíam de Lisboa e apanhavam a A1 Norte. Esperavam fazer uma viagem tranquila e calma, mas a Matilde não tinha as mesmas ideias. Ainda antes de chegarem à estação de serviço de Aveiras uma forte zoada fazia-se sentir, obrigando-os a parar na estação de serviço e, tendo verificado uma avaria na transmissão, mas não havendo possibilidades de a reparar ali, recomendaram um mecânico que tinha uma oficina próximo da saída seguinte.
A avaria, felizmente, não era grave, mas implicou uma per-da de cerca de três horas. Voltaram a entrar na A1 por volta das duas e meia da tarde e seguiram caminho pacatamente. Ao chegarem perto de Coimbra o Caracolinhos resolveu que seria boa ideia lanchar, tendo feito um desvio de cerca de 40 quilómetros (vinte para cada lado) para ir a uma determinada pastelaria!
Com tudo isto chegaram, já bastante mais tarde que o previsto, onde iam actuar, na concentração do Moto Clube de Vila do Conde.
O material foi montado e o som feito em tempo record, impondo-se de seguida o jantar, que todos eles julgavam vir a ser no recinto da festa…
…mas estavam enganados!
Foram falar com alguém do Moto Clube que de imediato lhes trocou as voltas.
-A janta num é aqui, carago. Bocês têm de esperar um poucochito que a gente já bai… - e nisto toca o telemóvel dele – Desculpem só um cadito! – e atende com um grito – Bujón, carago. – e tendo visto que eles ficaram com uma cara ainda mais parva que de costume com a saudação, acrescentou rapidamente – Isto agora é assim qu’a malta atende os telemóbeis pour cá… - e continuou a conversa com quem estava do outro lado.
Seguidamente foram arrastados para um magnífico restaurante onde iam jantar membros do Moto Clube junto com os elementos das duas bandas que iam actuar.
Depois de escolhidos os pratos o empregado veio, solicito, perguntar o que iriam beber. O vinho tinto foi consensual, mas o Peles, junto com Ninguém, chamaram o empregado e perguntaram se seria possível trazerem um tinto Alentejano! Uma vez que o empregado ficou a olhar para eles com cara de poucos amigos (“…Bocês sabem que estão no Douro, num sabem?!”), eles lá tiveram de explicar que, apesar da qualidade vitivinícola da região, apreciavam vinhos mais macios…
O empregado compreendeu e trouxe uma garrafa de Esporão tinto reserva de 2002. No entanto, não é a esta garrafa que a história se refere!
A refeição correu muito bem, tendo a garrafa desaparecido com bastante facilidade. Ninguém achava aquele vinho deli-ciosamente frutado, com notas e aromas pouco comuns, tal como o Peles, diga-se.
Finda a refeição, o empregado pergunta pelas sobremesas. Toda a gente escolheu a sua. Ninguém escolheu um pudim de ovos caseiro, por exemplo. Já o Peles pediu de sobremesa outra garrafa igual à anterior. E eis que a garrafa de que a história fala deixa de estar sossegada algures e vem para a mesa onde é aberta.
O Peles, gajo sabido, pede a rolha e volta a fechar a garrafa.
Saem do restaurante, voltam ao recinto da concentração e, claro, a garrafa foi com eles. Sobem ao palco por volta da meia-noite e dão um concerto memorável a que a garrafa assistiu junto à bateria.
Entretanto o Pintas, que tinha um baptizado no dia seguinte, crava uma boleia a um dos motards de lá, para o levarem ao Porto a tempo de apanhar transporte para Lisboa. Segundo relatos do Pintas, mais tarde, foi a coisa mais aterrorizadora que lhe aconteceu, tendo o percurso sido feito em cerca de sete minutos (?!).
Entretanto o resto do pessoal arruma as tralhas, carrega-as na Matilde, enquanto a garrafa se aconchega no banco de trás da mesma.
Neste entretantos o Peles parecia ter-se esquecido da garrafa, passando a noite a carburar imperiais.
Cerca das quatro da manhã saem do recinto com indicações algo vagas do sítio onde era suposto irem passar o resto da noite, um tal “Hotel de Sant’ana”, e puseram-se à procura de um pequeno hotel, uma pensão, uma estalagem, mas não havia meio de darem com o sítio. Enquanto procuravam, passam por uma estação de serviço e o Peles fica agitado:
-Pá, para aí. – disse ele para o Caracolinhos.
-Para quê?
-Quero ir buscar bejeca!
Pá, mas acabamos de sair da concentração onde havia cerveja a rodos e tamos a dois minutos do hotel…
-Mas eu tenho sede é agora!
E assim foi feito.
Finalmente dão com o dito hotel! E não se parecia nada com um hotelzito ou uma pensão…
…era antes um hotel de quatro estrelas que até tinha piscina interior aquecida.
Ao fazerem “check in”, o Peles teve de sair para a rua pois deu-lhe um ataque de riso e não se conseguia controlar.
Finalmente, distribuídos os quartos, Ninguém fica com o Peles e assim que entra no quarto resolve tomar uma “ducharada” rápida. Quando já se secava, ouve barulho no quarto e uma forte risada, saí da casa de banho, olha para o Peles que está com o olhar fixo no guarda-fatos e com uma expressão de puro deleite.
-Atão men, que é que se passa?
O Peles aponta para a frente, para o guarda-fatos aberto onde está um minibar, também ele já aberto e recheado de tudo quanto é bebidas que se possam imaginar em garrafas pequenas e exclama, com um ar de felicidade absoluta – Bejeca! – tirando uma lata de cerveja que foi bebendo.
Entretanto, ambos os dois acabam por sair para a varanda do quarto que tinha uma vista absolutamente espectacular tendo o rio e uma miríade de incontáveis luzes que se estendiam até ao horizonte e se uniam às estrelas acima como pano de fundo, descobrindo que o vizinho do quarto ao lado, o Especiaria, já por ali estava também.
E foi aí, nesse local idílico, às quatro e meia da manhã, que a garrafa de Esporão tinto Reserva de 2002 viu o seu fim, partilhada pelos três enquanto viam a paisagem, apreciavam produtos medicinais tradicionais marroquinos e discutiam como categorizar alguém que fizesse amor com o seu próprio clone…



In "Treta de Cabos - Vidas de rocker" - © 2014 C. N. Gil
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Published on October 14, 2016 07:19

A culpa é sempre do outro!

Aqui há uns bons anos, quando escrevi o “Chuva”, tive sérias dificuldades.
O livro conheceu cinco começos antes de chegar ao que me levou até ao fim da história. E a única coisa que não se alterou de umas versões para as outras foi o principio da coisa, a ideia de onde tudo saltou; alguém conseguiu descobrir na chuva um padrão codificado que revelava eventos futuros!
Mas o grave problema para escrever isto foi encontrar o personagem ideal. Não foi fácil e acabei com um gajo que fez a história funcionar mas por quem eu nunca morri de amores!
No entanto, com a passagem do tempo, acabei por descobrir que muito do que ele pensava e a maneira como via o mundo estavam provavelmente mais certas que a minha.
Certas coisas que ele vai dizendo, sobretudo na primeira metade do livro, faziam-me parar de escrever! Literalmente! Faziam-me pensar “mas eu quero que este gajo diga isto?”! Mas, havia uma lógica e linearidade naquilo que ele dizia que me eram difíceis de refutar. Ele acabou por vencer quase sempre!
Ele criticava a sociedade de uma forma crua e desapaixonada. Mas só o conseguia fazer porque não se sentia fazer parte da sociedade. Abominava-a pelo que era!
Hoje em dia cada vez mais chego à conclusão que se calhar, mas só se calhar, todos devíamos ser um pouco mais como ele. Porque se formos, o que é que acontece?
O que é que acontece se mandarmos ideologias, partidos políticos, organizações, costumes, credos, morais, e sociabilidade pela janela fora?
Eu digo-vos o que acontece. Chegamos à janela, contemplamos isto tudo espalhado no passeio, como as roupas de alguém que expulsamos de casa e, com raiva, mandamos os pertences pela janela, e conseguimos ver um quadro dantesco!
Quando conseguimos esse distanciamento começamos a perceber que tudo, mas mesmo tudo está completamente e irremediavelmente fodido!
“Mas isso já toda a gente sabe! Granda novidade que nos dás!” poderiam vocês dizer, mas a coisa vai mais longe! Chegas também à conclusão que os culpados não são os banqueiros, os presidentes dos grupos financeiros, os investidores, os governantes, os políticos, os professores, os taxistas, os motoristas da Uber, os padres (ou ministros, ou pastores, ou os rabis, ou os imãs, ou sacerdotes, ou monges, ou o que diabo se queiram chamar dependendo da religião que professem)…
Não! O culpado sou eu e assumo-o!
Mas não sou só eu!
És tu, e tu, e tu que me estão a ler (se é que isto vai ser lido assim por tantos) e por todos os outros que compõem este país lindo à beira mar plantado!
Sejamos honestos connosco! Nós somos os culpados!
Fartamo-nos de refilar, que a União Europeia isto e aquilo…
…mas o que é que nós já contribuímos para lá? O que é que nós temos que seja relevante? O que é que nós produzimos e que importe verdadeiramente?
Melhor, qual seria o impacto se nós, de um dia para o outro desaparecêssemos do mundo?
Uma nota de rodapé num noticiário da CNN?
Durante anos entraram neste país milhões e milhões. Fizeram-se estradas atrás de estradas a ligar o interior ao litoral. O interior melhorou? Nem por isso…
…mas ficou mais fácil atravessar o país de carro!
No fundo acho que nós pertencemos à EU apenas e só porque é mais conveniente para o pessoal do norte vir passar umas férias ao sol, mesmo no meio do Inverno, sem que a malta tenha de se preocupar com passaportes, vistos ou trocas cambiais.
É isso que nós somos, uma colonia de férias que infelizmente está ocupada por uns gajos chatos, mas que até recebem bem os estrangeiros, sobretudo se estes cá deixarem o dinheiro.
Demos um presidente à Europa. Nem sei como! Eu não votei nele para isso! Algum de vocês votou nele para isso? Não? Pois, mas ele foi para lá…
“Ah, e tal, mas ele foi escolhido por…”
Mas os gajos que o escolheram perguntaram às pessoas que os elegeram se queriam lá aquele gajo? Que eu saiba não!
Democracia? Um conceito conveniente para te dar a ilusão de que és livre e que a tua opinião conta…
…mas a tua opinião não conta!
Mais ainda, não só não conta como é irrelevante! E é tão irrelevante que os tipos que dedicadamente eleges de quatro em quatro anos se estão a marimbar para se tu existes durante os quatro anos em que estão no governo…
…aliás, durante três, que no ultimo ano a coisa muda e começas a importar…
…porque é o teu voto que garante os cargos e as posições de um monte de gente em quem não votaste!
Alguma vez escolheste um ministro das finanças?
Alguma vez escolheste um ministro da educação?
Alguma vez, nestes últimos anos de decisões fracturantes, te perguntaram directamente qual o rumo que tu achas que o pais devia seguir?
Não! A partir do momento em que votaste as decisões são tomadas à tua revelia e grande parte delas são contrárias ao que te foi prometido quando votaste!
Os políticos não prestam! São todos iguais, independentemente das ideologias. São todos culpados. Por acção ou por omissão! Sim porque aqueles que são “sérios” permitem que os outros ajam com impunidade!
E nós somos culpados porque vamos deixando que as coisas cheguem a este ponto!
A dada altura 10% da população do país saiu à rua para mostrar o seu descontentamento e indignação com o que o governo estava a fazer. Extrapolando, se 10% saíram à rua, qual o numero real de descontentes? E quais as consequências? Alguma coisa mudou?
Deram-nos um osso…
…e a coisa ficou por aí! Ficamos sempre muito contentes como um cachorro que fica quieto debaixo da mesa do dono e fica feliz quando caem umas migalhas da toalha que emborcamos avidamente e depois abanamos a cauda e mostramos um olhar contente e ainda lambemos as costas da mão do dono em sinal de agradecimento.
Mas, como diz o George Carlin acerca da sociedade Americana, estes políticos não caem do céu, não se materializam vindos de uma realidade paralela.
São gajos que andaram contigo na escola, na universidade, são filhos de Portugueses e produto da cultura deste país. E isto é o melhor que temos para dar! Estes são os melhores que arranjamos para gerir isto!
E onde é que estão as pessoas com ideias? Os que sabem? Os que conseguiriam dar a volta a isto e salvar-nos? Onde é que está o nosso D. Sebastião?
Não há! Não há ninguém!
Portanto nós somos o problema.
Entretanto, se explicares isto a alguém, calmamente, as pessoas concordam contigo e dizem logo que o problema é a educação! Ou a falta dela. Devia investir-se mais em educação…
Tretas!
Vejam como se resolve o problema das más médias a matemática, por exemplo. Se a maioria dos alunos não consegue resolver os problemas, no ano seguinte os testes são mais fáceis e assim há maior percentagem de aprovações e tudo fica bem! Os pais ficam contentes porque os filhos passaram, os filhos ficam contentes por terem passado, os sindicatos ficam contentes, o governo fica contente…
…e tens mais uma geração de energúmenos que chegam à universidade sem saber fazer uma conta de dividir com um lápis e uma folha de papel, que acham que o primeiro rei de Portugal foi o Mário Soares, personagem que eles nem sabem quem é, além do facto de volta e meia aparecer na televisão a dizer umas parvoíces …
…e são esses energúmenos que se vão tornar nos teus futuros governantes!
Mas nós aplaudimos!
Nós nem olhamos para os manuais escolares dos nossos filhos…
…e quando olhamos, seriamente, perguntamo-nos como é que alguém se lembra de fazer perguntas a crianças de sete ou oito anos com uma linguagem rebuscada e retorcida para aquelas mentes pequeninas!
Isto já para não falar de problemas cujas perguntas são tão bem feitas que não se sabe o que quer dizer a pergunta em relação ao problema ou se há alguma relação entre a pergunta e o problema! Os manuais escolares foram elaborados por quem?
Pelos mesmos energúmenos que que não sabem fazer uma conta sem calculadora e que pensam que o Mário Soares foi o primeiro rei de Portugal…
…e assim a educação está num ciclo vicioso de baixar espectativas a cada geração que passa! Não é preciso investir em educação…
…até porque a educação não é dada na escola, mas em casa, coisa que a maioria dos pais não se apercebeu, ou só se apercebe quando descobre que afinal têm em casa um puto mimado que julga ser o centro do universo, e quando se apercebem, claro, não olham para o seu próprio umbigo a pensar o que correu mal, olham para a escola e dizem que a educação está em falta, sem perceberem que educação e ensino são duas coisas complementares mas diferentes…
…é preciso saber qual o objectivo do ensino! Porque enquanto o objectivo do ensino estiver subordinado a estatísticas…
…estamos como na história dos dois gajos que se sentam a uma mesa de restaurante. Um come duas doses de bife, o outro não come nada! Estatisticamente estão ambos bem alimentados! Na realidade um comeu que nem um javardo e o outro passou fome! É este o perigo das estatísticas, não reflecte a individualidade!
Deixamos abandalhar a nossa língua com acordos ortográficos esdrúxulos. Isto pode não parecer grande coisa, mas ao permitirmos isto estamos a permitir a degradação dos próprios processos de pensamento que estão associados à língua, portanto estamos a andar para trás. E não me venham falar de evolução da língua, porque uma evolução tanto pode ser positiva como negativa. Evoluir nem sempre é para melhor. É apenas uma coisa natural que decorre do passar do tempo. Se as evoluções fossem sempre para melhor o Imperio Romano não tinha caído e os Egipcios ainda sabiam fazer pirâmides! Alguém votou este acordo ortográfico? Perguntaram às pessoas que falam a língua se achavam bem?
Não!
Impuseram!
Democracia? Onde?
Acharei que isto é uma democracia quando as pessoas que forem eleitas para a assembleia tiverem de vir aos sítios onde foram eleitos prestar contas pelas decisões que tomam e auscultar os problemas específicos de cada local para saberem como se devem comportar na assembleia. Estão lá pagos pêlos meus impostos, são meus empregados. Não devem ser uns privilegiados. Devem perguntar-me pelas minhas orientações antes de tomarem as decisões na assembleia. Devem ser meus representantes, não representantes de um partido. Devem seguir as orientações de quem os elegeu, não as orientações políticas ditadas por interesses que nada de bom trazem para as pessoas…
…mas isto não acontece!
Quem é que sabe quem foi o deputado que elegeu, para lhe poder pôr o dedo no nariz?
Democracia? Contem-me histórias!
É bom desligarmo-nos da política, das ideologias, da religião, da ideia de País, e olhar objectivamente para as coisas…
…mas não é agradável! É que normalmente descobrimos que somos parte do problema em vez de ser parte da solução e ninguém gosta de assumir isso!

A culpa é sempre do outro…

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Published on October 14, 2016 03:00

October 13, 2016

YOU HAVE NO RIGHTS - George Carlin

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Published on October 13, 2016 14:55

George Carlin - Why I Don't Vote

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Published on October 13, 2016 14:44

Mais uma para pensar um bocadinho

Mais uma do George Carlin. Acho que dá para pensar...

(substituir Americano e derivados por qualquer nacionalidade à escolha)

“Bem, há uma coisa acerca da qual vocês já perceberam que eu não me queixo: Políticos. Toda a gente se queixa dos políticos. Toda a gente diz que eles não prestam. Bem, mas de onde pensam as pessoas que os políticos vêm? Eles não caem do céu. Não atravessam através de uma membrana vindos de outra realidade. Eles vêm de pais Americanos e famílias Americanas, lares Americanos, Escolas Americanas, Igrejas Americanas, Negócios Americanos e Universidades Americanas e são eleitos por cidadãos Americanos. Isto é o melhor que conseguimos, pessoal. É isto que temos para oferecer. É o que o nosso sistema produz: entra lixo, sai lixo. Se tens cidadãos egoístas e ignorantes vais ter lideres egoístas e ignorantes. Limitações de mandatos não vão fazer grande coisa; só vais acabar com um conjunto completamente diferente de Americanos egoístas e ignorantes. Então, talvez, mas só talvez, não sejam os políticos que não prestam. Talvez haja outra coisa que não presta... Tipo, o público. Sim, o público não presta. Ai está um óptimo slogan de campanha para alguém: 'O público não presta. Que se foda a esperança.”
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Published on October 13, 2016 10:45

E um Nobel para os Pink Floyd?

Mas só depois de darem um aos Beatles por terem revolucionado o mundo, quer em termos musicais, quer líricos!
Depois dos Floyd pode ser um para Metallica por terem feito o mundo reparar que existia Heavy Metal, o que parecendo pouco, aproximou nações e até contribuiu para a queda da cortina de ferro, sendo eles das primeiras bandas de grande dimensão a actuar no bloco leste!
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Published on October 13, 2016 08:07

O Bob ganhou o Nobel?

Tem lógica...

...depois do Obama ter o Nobel da paz, tudo vale...
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Published on October 13, 2016 05:44

George Carlin - American Bullshit (tradução livre)

George Carlin foi um comediante e pensador Americano. Gostava de pôr o dedo na ferida.
Foi um dos impulsionadores dos filmes "Zeitgeist"
Os seus espectáculos e humor estavam cheios de criticas sociais acutilantes, onde chamava todos os bois pelos nomes!
Onde se lê "America" aqui em baixo, pode-se substituir por qualquer outro país que o resultado é o mesmo...
...só os nomes dos presidentes é que mudam!


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Seu desde que o peça. Nenhuma compra necessária. É a nossa maneira de lhe agradecer.
Na verdade é a nossa maneira de dizer: dobra-te mais um bocadinho para conseguirmos enfiar este enorme caralho publicitário pelo teu cu acima um bocadinho mais fundo – um bocadinho mais fundo – um bocadinho mais fundo.
Sua miserável, imprestável merda de consumidor.
Sabem, vivendo neste país estamos condenados a perceber que cada vez que somos expostos à publicidade damo-nos conta mais uma vez que a maior industria Americana, o negócio mais rentável ainda é a produção, empacotamento, distribuição e marketing de merda. De alta qualidade, grau A, escolhida, pura merda Americana.
E o mais triste é que a maior parte das pessoas parecem ter sido endoutrinadas para acreditar que a merda só vêm de alguns sítios, certas fontes, publicidade, política, vendas, mas não é verdade.
A merda está em todo o lado. A merda está em ascenção. Os pais estão cheios de merda, os professores estão cheios de merda, os clérigos estão cheios de merda e as forças de segurança estão cheias de merda! Este pais inteiro está cheio de merda e sempre esteve, desde a declaração de independência, à constituição, ao hino, não é nada mais que um enorme e mal-cheiroso monte em encarnado, branco e azul de totalmente Americana merda.
Porque... Pensem como é que isto começou. Pensem nisto! Este grupo foi criado por um grupo de possuidores de escravos que nos disseram que todos os homens são criados iguais. Sim, todos os homens excepto os índios, pretos e mulheres, certo? É sempre bom usar a autentica linguagem Americana.
Este pequeno grupo de não eleitos homens brancos proprietários de terras e de escravos que também sugeriram que apenas aqueles que pertenciam à sua classe deviam poder votar. Isto é conhecido como sendo como sendo admiravelmente e embarassadoramente cheio de merda.
E acho que todos os Americanos mostram a sua verdadeira ignorância quando dizem que querem que os seus políticos sejam honestos. Mas o que é que estes cretinos querem? Se a honestidade fosse repentinamente introduzida na América todo o sistema entraria em colapso! Ninguém saberia o que fazer! A honestidade ira foder este país para azeite. E acho que bem lá no fundo os Americanos sabem que é por isso que elegeram e reelegeram o Bill Clinton. É por isso.
Porque... porque o povo americano gostam da sua merda mesmo nas trombas, onde a conseguem cheirar mesmo bem. O Clinton pode estar cheio de merda, mas pelo menos diz-te isso na cara.
O Dole tentou esconder isso, não foi? O Dole estava sempre a dizer " Sou um homem simples e honesto". As pessoas não acreditam nisso. E o que disse o Clinton ? Ele disse " Olá pessoal, Estou completamente cheio de merda, e então?" E as pessoas disseram "Sabes que mais, pelo menos é honesto"
Pelo menos é honesto acerca de estar completamente cheio de merda. Isto é tal e qual como no mundop dos negócios. O mesmo que um negócio. Toda a gente sabe que os homens de negócios estão cheios de merda. São o pior tipo de criminosos com que te podes alguma vez encontrar. O monte de merda que é o homem de negócios.
E a prova disto, a prova disto é que nem uns nos outros confiam! Eles não confiam uns nos outros! Quando um homem de negócios se senta para “negociar”, a primeira coisa que faz é assumir automaticamente que o estafermo mentiroso que está à sua frente lhe está a tentar foder o dinheiro. Por isso ele tem de fazer todos os possíveis por foder o dinheiro do outro mais depressa e mais à bruta.
E tem de fazer isto com um enorme sorriso na cara. Sabem aquele sorriso dos homens de negócios cheios de merda? E se fores um cliente, AAAAAAAAHHHHHHHH!, aí é que apanham mesmo o enorme sorriso. O cliente leva sempre com o enorme sorriso enquanto o homem de negócios se posiciona atrás dele com cuidado e desaperta  calças e dá procedimento à conta.
Agora já sabem o que significa eles dizerem que são especializados no atendimento a clientes. O primeiro a dizer “que os compradores tenham cuidado” estava, provavelmente, a sangrar do cu.
E isso são os negócios.

Mas no departamento das merdas, nenhum homem de negócios chega sequer perto de um clérigo. Porque eu tenho de vos dizer, quando toca a enormes, de primeira liga, merdas, temos de dar um passo atrás em deslumbramento.
Deslumbramento pelo maior campeão de todos os tempos de falsas promessas e relatos exagerados, a religião.
É que nem pode haver discussão! A religião é a maior história cheia de merda que alguma vez foi contada!
A religião conseguiu convencer as pessoas, de facto, que há um homem invisível que vive no céu e que vê tudo o que fazemos em cada minuto de cada dia. E o homem invisível tem uma lista especial de dez coisas que não quer que tu faças. E se fizeres alguma dessas dez coisas, ele tem um lugar especial, cheio de fogo e fumo e fornalhas e tortura e angustias, para onde te manda para viver e sofrer e seres queimado e estrangulado e gritares e chorares para sempre até ao fim dos tempos. Mas ele ama-te!
Agora diz-me lá se isto não é uma história de merda? Santa merda!

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Published on October 13, 2016 04:56

October 11, 2016

Falando na Tawny Kitaen...

...eis uma das cenas icónicas do filme Solteiros e Tarados com ela...
...quando conhecem o Nick...
...The Dick!

:)


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Published on October 11, 2016 07:49