Izzy Nobre's Blog, page 48
January 9, 2014
[ A HORA DA JUSTIÇA ] Foi assaltar, foi atropelado!
Como sabemos, os altos índices de criminalidade e impunidade no Brasil causam tanta indignação que às vezes fazem com que cidadãos de bem se comportem com uma estranha explosão de violência quando pegam um vagabundo no ato.
Sem entrar no mérito do debate de “bandido bom é bandido morto, tem que apanhar mesmo, direitos humanos pra humanos direitos” e etc, eu acho peculiar ver situações em que gente completamente “normal” se comporta assim. É como se, sob o fino verniz de civilidade, habite um senso adormecido de truculência esperando a oportunidade socialmente aceita pra dar um alô.
E isso nos leva ao vídeo de hoje.
Neste vídeo, vemos um sujeito saindo do seu carro e passando atrás de um Fiat Stilo cinza à esquerda do frame. Neste exato instante o rapaz é abordado por dois homens numa moto; um destes presumivelmente o ameaçando com uma arma (não dá pra ver exatamente, mas vou supor que o cara meteu um berro na cara do indivíduo porque né).
Mas esta tentativa de assalto durou pouco. Assim que a vítima dropou seus itens no chão, um amigo dela que estava passando por perto jogou em cima dos assaltantes a primeira coisa que ele tinha em mãos: uma Saveiro vermelha.
Um dos marginais sai correndo; o outro, provavelmente com a moto em cima do tórax, permanece imóvel. O motorista da Saveiro sai do veículo e começa a sentar o cacete no malandor. A vítima, que havia saído correndo, percebe ao chegar na outra quadra que “ei, pera, agora estamos ganhando” e volta pra presentear o elemento com alguns de seus melhores pisões na cabeça.
Neste momento chegam os inevitáveis transeuntes que, apesar de não ter nada a ver com a situação, desconhecer o contexto do ocorrido, ou simplesmente provavelmente ter outros afazeres de maior importância, vem CORRENDO pra não perder a oportunidade de sentar um bicudo na coluna vertebral de um sujeito já caído no chão, que não oferece a menor resistência, e que não terá a menor chance de escapar.
Geralmente eu vibro com gente do mal se fodendo, mas hoje, neste vídeo, não senti a mesma emoção. O que vocês acham…?
Ah, e o rapaz atropelado morreu das porradas que levou na cabeça, a propósito.

January 7, 2014
[ Bobagem Internética do Dia ] Como fazer todo mundo do seu trabalho achar que você é um MEGA HACKER
Hoje eu descobrir um site incrível.
Sabe nos filmes e séries em que os malucos “hackeiam” esmurrando o teclado e tal? Tipo esta cena clássica de NCIS onde dois malucos tentam combater uma tentativa hackear metendo um samba digital sincronizado em cima do teclado? Se você não teve o desprazer de ver a cena, eu corrijo esta falha:
http://www.youtube.com/watch?v=u8qgehH3kEQ
(Se serve de consolo, existe um consenso na internet de que os roteiristas dessas séries inventam essas maluquices propositalmente por saber que os nerds vão rasgar o rabo de tão inconformados que ficam com uma cena dessa.)
Pois bem. Digamos que você adoraria pagar de super hacker pros colegas de trabalho. Ou de repente você já goza dessa fama por conseguir baixar um driver ou configurar um cliente de torrent, mas você quer CIMENTAR seu status de um dominador completo do meio digital. Você quer que seus colegas de trabalho sejam tão convencidos do seu poder quase sobrenatural sobre instrumentos eletrônicos que eles acharão que só de olhar pro celular deles, tu já interceptou as fotos de piroca que eles andam enviando pelo Snapchat.
Aí que entra o Hackertyper.net. O conceito é muito simples: abra o site, coloque seu navegador em tela cheia — creio que é F11 em todos os navegadores — e em seguida esmurre o seu teclado como os personagens de Hackers (óculos escuros durante o processo são opcionais).
O output da brincadeira é um código em C que parece bastante fidedigno, especialmente pra um leigo. O problema é que todos os seus colegas vão te pedir pra “consertar o Windows” quando pegarem malware nos sites pornôs russos e tal.
Mas se você está lendo o HBD é provavel que você já habite o demográfico de “cara que ajeita o computador da galera”, então dá no mesmo.
Sério, faça isso amanhã no trabalho na frente do seu chefe. Capaz de tu ganhar um aumento. Eu trabalho na área de saúde (ou seja, meus dotes informáticos não importam em nada), e até eu vou esperar a patologista chefona do laboratório passar perto do meu computador com o Hackertype aberto.
Aliás, alguém me explica porque eu fiquei tão eufórico em praticamente danificar meu teclado e ver “codigozinhos de computador” aparecendo na tela não importa qual testículo eu use pra apertar as teclas? Sério, passei uns 17 minutos rindo dessa porra!

January 6, 2014
Daily Drive: Expectativas ao se mudar pro Canadá
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra!
Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!
Grato e tenha um belo dia.

January 4, 2014
Fui pedir ajuda pra internet. Olha o que aconteceu em seguida.
Eu queria ser mais produtivo aqui no HBD neste ano e no entanto é dia 4 já e agora que estou atualizando esta porra pela primeira vez. É de lascar.
Mas vamos ao assunto. É o seguinte.
A @bubumadureira (talvez evite abrir o perfil dela no trabalho, é a dica que eu queria que alguém tivesse me dado) é uma seguidora que curtia o meu avatar “clássico”. Não estou achando a imagem exata, era uma cropeada desta aqui:
Usei este avatar na internet — e especialmente no Twitter — por muitos anos. Recentemente, numa tentativa de estabelecer uma identidade mais exclusiva, abri mão da iconografia clássica do Mario em prol de um avatar mais personalizado. Este aqui:
Então. A Bubu veio me contar por DM que preferia meu avatar clássico. Falo que assim como uma ex-namorada, tenho saudade do avatar antigo porque ele me proporcionou muitas boas experiências, mas tava na hora de move on e tal. Ela insistiu: coloca um bonezinho do Mario, ao menos!
Acontece que eu sou um zero à esquerda em muitas coisas, especialmente no design. Então pra atender o pedido da garota, eu resolvi pedir ajuda ao tuíter.
Só que eu evidentemente esqueço o tipo de pessoa que me segue. Os resultados do meu pedido:
Mano, eu tava abrindo essas imagens no trabalho e me MIJANDO de rir, e essas nem são todas as montagens que mandaram — pra escrever esse post eu tava pesquisando “izzynobre pic.twitter” no search to Twitter, ou seja: quem enviou por outros serviços infelizmente ficaram de fora desse post. Calculo que devem ter enviado umas duzentas montagens em questão de uma hora.
Vocês têm a combinação certa de tempo livre + filha da putice.
Sensacional.

January 3, 2014
TDTUM: Arrebentaram o carro do meu irmão e EU tenho que pagar!
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra!
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Grato e tenha um belo dia.

December 31, 2013
Feliz 2014, minha gente! :D
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra!
Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!
Grato e tenha um belo dia.

Retrospectiva HBD 2013!
Caralho, minha gente! Sobrevivemos mais um ano, mas que beleza! Como foi o seu 2013? Está pronto pra tentar algumas coisas melhores no ano que vem?
O meu ano, como já falei em outras ocasiões, foi incrível em diversas esferas. E o HBD não ficou de fora disso, não! Em 2012, este meu diário virutal teve precisamente (xeu abrir aqui o Analytics pra conferir…) 2.959.592 pageviews. Em 2013, tivemos aqui 3.194.622 pageviews. O aumento é humilde, mas o que importa é que aumentou — e já é um número bacana pra um blog relativamente pequeno como é o HBD (comparado aos grandes gigantes da internet brasileira e tal). Cid, estou olhando pra você.
Pra celebrar a passagem de mais um ano atualizando este site pra vocês, eu queria relembrar com meus queridos amigos de bolso os 5 posts mais acessados do HBD neste ano!
5) 4 hábitos que provam que vocês não sabem usar o Instagram (38.414 pageviews)
Após anos rejeitando o Instagram como “alguma babaquice aí de hipster que se acha fotógrafo”, eu finalmente me rendi à rede social fotográfica que agora pertence ao Facebook. E descobri rapidamente que os hábitos que vocês praticam lá deixam claro que vocês não entendem exatamente como a porra do Instagram funciona.
Mas se serve como consolo, o Mark Zuckerberg gastou 1 bilhão nessa porra e também ainda não sabe o que fazer com ela.
4) 6 vídeos que vão te traumatizar hoje (38.728 pageviews)
Sou um profundo amante do bizarro e do incomum, e por isso fiz essa lista de vídeos perturbadores porque eu decidi que se eu vou perder sono após navegar na área mais sombria do Youtube, você deveria também, porra!
Alguns dos vídeos que embedei no post saíram do ar, mas é molezaça caçá-los no YouTube. Quando eu não estiver com tanta pressa pra publicar um post, gravar um vlog e me arrumar pra festinha de fim de ano na casa de amigas, eu ajeito lá os vídeos quebrados.
3) Perca Dinheiro Já, Pergunte-me Como! (45,947 pageviews)
Este é o texto mais antigo dessa lista. Escrito originalmente no longínquo ano de 2008 — quando o iPhone 3G era um gadget recém lançado sonho de consumo permitido apenas aos mais endinheirados, lembra disso?! –, este dossiê que esmiuça a grande fria que é o Marketing Multinível se tornou subitamente relevante num ano em que pintaram tantos MMN diferentes no nosso país.
Curiosamente todos deram merda. Como é que em 2008 eu já sabia que era tudo furada? Devo ser um vidente mesmo.
2) Bomba: Toda a sociedade ocidental caga errado. Eis a forma certa! (60,258 pageviews)
Este foi o post mais compartilhado da história do HBD. Com mais de 5 mil shares no FB, por alguns dias me parecia que a internet não falava de outra coisa. E milhares de outros sites, COINCIDENTEMENTE, abordaram exatamente o mesmo assunto nos dia seguintes.
E a grande maioria kibando até mesmo a chamada do meu texto, o que me causou alguma consternação mas o que se pode fazer, né?
Eu não entendo por que este post deu tão certo.
E o post vencedor de acessos em 2013…
1) A incrível e trágica saga de Zyzz, o fisiculturista mais famoso da internet (140,696 pageviews)
Este post também é antigo, e fico igualmente surpreso com o sucesso dele. Desde que eu o escrevi, em agosto de 2012, em literalmente TODOS os meses seguintes este texto foi o post mais visitado no meu site. A única exceção foi agosto de 2013, quando escrevi o post sobre cagar errado. Mas adivinha quem veio em segundo lugar?

O / é a home do HBD, caso você esteja curioso.
O que eu não sabia na época — e acredite em mim, se eu soubesse teria zoado o Zyzz MUITO MAIS naquele post — é que o cara tem uma legião imensa de fãs e aspirantes nas internets mundiais. Até hoje aparece neguim me esculachando nos comentários daquele texto porque eu OUSEI ofender o seu líder espiritual e modelo de vida.
Foda-se ele. Reitero: cá está Izzy Nobre, 29 anos, gordim e vivo da silva. Os vermes que devoraram os músculos do Zyzz certamente agradeceram o banquete.
E estes foram os posts mais populares do HBD em 2013.
Sobre o que será que escreverei no ano que vem…?

December 29, 2013
A perna quebrada do Anderson e as piadinhas da internet!
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra!
Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!
Grato e tenha um belo dia.

December 28, 2013
Uma carta aberta ao Fernando, um leitor que está PUTO comigo (sei lá por que)

Entendedores entenderão
Uma das coisas mais legais de ser conhecido na internet (e quer saber? Fodam-se a suas sensibilidades, não vou fingir falsa modéstia e/ou negar um fato observável objetivamente) é que você entra em contato com gente MUITO legal. Aliás, se a proporção gente legal:gente escrota não fosse tão boa, eu já tinha largado a internet há muito tempo.
O problema é que junto com essa multidão de gente legal, escondem-se alguns… malucos. E volta e meia estes malucos, imbuídos de um estranho senso de entitlement, vem cobrar satisfação de você como se você devesse tal coisa a um estranho que você nunca viu na VIDA.
Antes de entrarmos no assunto, eu preciso que você entenda e internalize essa metáfora acima. Quando alguém que eu NUNCA VI NA VIDA chega falando um monte, me esculachando, cobrando X e Y e Z de mim, e resumidamente extremamente revoltado comigo, a sensação é como se algum maluco random te parasse no meio da rua de supetão e começasse a reclamar de mil coisas em relação a você.
Visualize essa imagem esdrúxula por um segundo. Bizarro, né? E deixa eu esclarecer algo — às vezes, este tal desconhecido reclamão aparece pra dar alguma crítica ou feedback bastante construtivo que ajuda E MUITO no trabalho de alguém que produz pra internet. Mas às vezes, quem aparece é alguém que nutre uma mágoa injustificada de nível pessoal contra você, e que não fala coisa com coisa, mas quer de qualquer jeito chamar sua atenção ao fato de que você “falhou” com ele.
E este é o caso do Fernando. Tanto no caso dele quanto do reclamão aleatório hipotético no meio da rua, é muito tentador responder só com um “FODA-SE, MALUCO. EU NEM TE CONHEÇO E NÃO TE DEVO EXPLICAÇÃO DE PORRA ALGUMA”. Só que o Fernando dedicou tanta energia pra se expressar aqui, que eu achei que ele merecia a atenção da qual claramente tanto carece. Além do mais, eu estou perdidamente entediado e é uma boa desculpa pra atualizar o site.
Also, é bom mostrar pra vocês POR QUE às vezes os “famosos” de internet têm tolerância tão baixa e respondem com aparente rispidez. Você não sabe o que é ter que lidar com malucos dessa estirpe constantemente, mano.
Mas enfim, vamos ao Fernando.
No post sobre coisas que eu preciso fazer em 2014, o Fernando postou o seguinte comentário. É importante reproduzi-lo aqui em sua totalidade, pra garantir total direito de expressão do maluco. Aliás, de repente você concorda 100% com ele, sei lá. Aí está a voz do descontentamento:
Olha, tem muita descrição sua aí que soa como autoelogio. E, na boa, você deveria reconhecer que muita coisa aí não é exclusiva sua, ou não é uma habilidade para se gabar.
Falarei de VOCÊ. Algumas coisas podem soar hate, mas, dane-se.
- Se quer ganhar dinheiro no YouTube, faz logo um canal de games. Dá lucro fácil e o nível de criatividade é baixo. Você tbm pode partir pra esquetes de humor, mas aí demanda investimento em várias áreas. Vc já tenta fazer tiradas “espirituosas” em mtos vídeos, o que odeio, mas se ir além disso, pode conseguir mais seguidores. Coisas que te igualam a grande parte do YT é que vc fala pra caralho de coisas nerds, geeks e comenta “notícias” da vez. Odeio tudo isso, mas é o que essa molecadinha que reclama de preço de PS4 quer, e ela é o público do site. Eu gosto mais das abordagens de seu dia a dia, preferencialmente acompanhado da Bebba, mas você falou que sua vida social é limitada, então, quem gosta dessa vertente ficará de escanteio.
- Pare de se expôr tanto no Twitter. Tem muita msg lá que assinala carência excessiva. E babaquice, tbm. Tipo, “hoje vou comprar meu novo produto da Apple”, “qual Pokemon eu pego hj?”, etc. É de um attentionwhorismo insuportável. Ainda sobre o microblog, procure falar mais com seus seguidores (“fãs” é mto baba-ovo). Se você for ver que não manterá isso por muito tempo, repense a ideia de ficar adicionando meio mundo. Parece carência e oportunismo para fidelizar o público dos seus conteúdos.
- Já falaram isso em algum lugar: tire aquilo de “brothers dão RT”. É uma retórica cretina, que pressiona o seguidor a fazer o pedido. Ele se pergunta “será que sou brother?”. Na maioria das vezes, vc nunca nem falou com ele, que retuíta na esperança de atrair atenção de sua webcelebridade. Você não é brother da maioria de seus seguidores. Então, peça retuíte sem essa ênfase.
- Naquele vídeo do computador do Walmart, embora vc defenda a loja (o que acredito justo), percebi um dos raros momentos de maturidade sua ao enxergar o lado do consumidor brasileiro, que se vê fodido por todos os lados. Você contextualizou; achei bacana. Por favor, tenha mais desses momentos.
————
Minha resolução para 2014 é, curiosamente, parar de te acompanhar. Não acho seu conteúdo importante pra minha vida, mas fico numa obsessão de acompanhar vídeos e eventualmente ler seu Twitter. O segundo, zero de aproveitamento, pois, como já disse, vc attentionwhoriza demais; cria uma interatividade vazia com o leitor. No YT, tenho certeza que perderei uma ou outra coisa boa, mas nunca comprarei um produto da Apple, as nerdices que te entusiasma não me causa mesma comoção e as “notícias” da internet eu checo em segundos num tweet ou numa manchete de portal. Ou nem tomo conhecimento, o que não me fará perder grande coisa. O que gosto é o que te diferencia do resto. Olha só, até vlog de brasileiro no exterior (ou mesmo no Canadá) já tem parecido por aí. E os principais pontos já foram abordados por você ou um concorrente. Então, não parece que verei coisa nova. Curioso, enquanto isso, novatos surgem fazendo as perguntas de praxe – como você foi praí, qual o custo de vida, etc.
Então, como você diz: foda-se, estou fora. Espero.
Boa sorte pra ti.
É tanta maluquice que a única forma de responder o cara de forma é me dirigindo a cara argumento dele separadamente.
Vamos lá.
Olha, tem muita descrição sua aí que soa como autoelogio. E, na boa, você deveria reconhecer que muita coisa aí não é exclusiva sua, ou não é uma habilidade para se gabar.
Eu não sei que texto ele leu, ou por que ele acharia que inúmeras admissões de incompetência e ineptitude seriam “autoelogios” ou que são habilidades da qual eu me gabo. Já nessa primeira linha está patente uma característica primordial da birra infantil injustificada — a pessoa vê qualquer coisa que você faz com extrema má vontade. Comento (de forma franca) que sou emocionalmente/psicologicamente bugado = ele pensa que estou de alguma forma me gabando disso. Sim, estou me “gabando” de algo que torna minha vida um inferno e complica todos os meus relacionamentos, de família a amigos a minha própria esposa.
Tô ligado que na era da internet é bonitinho ter doenças e falar que toma remédio controlado e tal; não é o caso aqui. O que eu mais quero é pular terapia (que não funcionou muito pra mim) e partir logo pros remédios pra ver pela primeira vez em 29 anos como deve ser legal ter uma vida normal.
E muito menos penso que algo como ADHD é exclusividade minha, um absoluto disparate; me referi de forma brincalhona à disordem como “Síndrome Crônico de Izzynobrismo” porque fiquei pasmo em como tudo em relação à doença me descreve tão precisamente.
- Se quer ganhar dinheiro no YouTube, faz logo um canal de games. Dá lucro fácil e o nível de criatividade é baixo. Você tbm pode partir pra esquetes de humor, mas aí demanda investimento em várias áreas. Vc já tenta fazer tiradas “espirituosas” em mtos vídeos, o que odeio, mas se ir além disso, pode conseguir mais seguidores. Coisas que te igualam a grande parte do YT é que vc fala pra caralho de coisas nerds, geeks e comenta “notícias” da vez. Odeio tudo isso, mas é o que essa molecadinha que reclama de preço de PS4 quer, e ela é o público do site. Eu gosto mais das abordagens de seu dia a dia, preferencialmente acompanhado da Bebba, mas você falou que sua vida social é limitada, então, quem gosta dessa vertente ficará de escanteio.
Em primeiro lugar, dispenso o conselho de que eu deveria mudar o que faço no YouTube pra gameplay e/ou esquetes de humor. Eu já tenho um emprego, não quero outra atividade que faço por obrigação pra ganhar dinheiro.
Em segundo lugar, este parágrafo é bastante revelador sobre a motivação por trás do comentário do sujeito. Ele gosta de um tipo de material que eu não produzo com a frequência que ele julga satisfatória, e por isso fica “de escanteio”.
Se não era bastante óbvio ainda, esse comentário imenso foi escrito por alguém que se acha abandonado, não correspondido. E que está BASTANTE incomodado com isso. Lembre mais uma vez que estamos falando de um cara que não me conhece, que nunca me viu pessoalmente, que não tem motivo algum pra estar tão emocionalmente investido no que eu faço/digo ou deixo de fazer/dizer.
- Pare de se expôr tanto no Twitter. Tem muita msg lá que assinala carência excessiva. E babaquice, tbm. Tipo, “hoje vou comprar meu novo produto da Apple”, “qual Pokemon eu pego hj?”, etc. É de um attentionwhorismo insuportável. Ainda sobre o microblog, procure falar mais com seus seguidores (“fãs” é mto baba-ovo). Se você for ver que não manterá isso por muito tempo, repense a ideia de ficar adicionando meio mundo. Parece carência e oportunismo para fidelizar o público dos seus conteúdos.
Vamos por partes neste parágrafo aqui. Primeiro, ele me acusa de “carência” — a ironia aqui é tão densa que eu nem precisava chamar atenção a ela. Depois, ele aponta “babaquices” do meu perfil do tuiter, como anunciar que vou comprar um produto novo da Apple — algo que eu faço LITERALMENTE UMA VEZ POR ANO, quando upgradeio o celular ou o tablet (nunca ambos no mesmo ano) –, ou falar sobre pokemon. Sim, é total babaquice minha puxar assunto com meus seguidores sobre um jogo que — presumo eu — ele não curte. É “attentionwhorismo insuportável” falar sobre aquilo que não interessa a ele. Izzy, fale e faça coisas que eu gosto, porra!!!!!
O “procure falar mais com seus seguidores” (que se traduzirmos de Fernandês pra português dá “por favor me dê mais atenção”), quando o cara ACABA de me acusar de carência excessiva, rompe recordes de ironia que ele acabava de estabelecer com a frase anterior. E ele me acusa de carência uma segunda vez, porque saí adicionando vários seguidores mas pelo jeito não o segui no processo.
- Já falaram isso em algum lugar: tire aquilo de “brothers dão RT”. É uma retórica cretina, que pressiona o seguidor a fazer o pedido. Ele se pergunta “será que sou brother?”. Na maioria das vezes, vc nunca nem falou com ele, que retuíta na esperança de atrair atenção de sua webcelebridade. Você não é brother da maioria de seus seguidores. Então, peça retuíte sem essa ênfase.
Esse parágrafo é tão transparente que dispensa análise. Quando eu posto um texto novo, o twitterfeed adiciona o prefixo “broders dão RT” — que, no campo do marketing, chama-se “call to action“. É uma frase pra convencer o freguês. É nada senão um pedido que a galera que curta o conteúdo repasse.
O problema é a palavra “broder” no sufixo. O Fernando levou isso ao pé da letra, e ao dar um RT num texto meu ele ficou possesso ao perceber que isso não o tornou meu melhor amigo da vida inteira automaticamente. E com isso ele se sentiu lesado, enganado.
- Naquele vídeo do computador do Walmart, embora vc defenda a loja (o que acredito justo), percebi um dos raros momentos de maturidade sua ao enxergar o lado do consumidor brasileiro, que se vê fodido por todos os lados. Você contextualizou; achei bacana. Por favor, tenha mais desses momentos.
Repetindo: Izzy, fale e faça coisas que eu gosto, porra!!!!!
E aí vem a conclusão do comentário do Fernando, que dá um insight valiosíssimo sobre a situação emocional do rapaz:
Minha resolução para 2014 é, curiosamente, parar de te acompanhar. Não acho seu conteúdo importante pra minha vida, mas fico numa obsessão de acompanhar vídeos e eventualmente ler seu Twitter. O segundo, zero de aproveitamento, pois, como já disse, vc attentionwhoriza demais; cria uma interatividade vazia com o leitor. No YT, tenho certeza que perderei uma ou outra coisa boa, mas nunca comprarei um produto da Apple, as nerdices que te entusiasma não me causa mesma comoção e as “notícias” da internet eu checo em segundos num tweet ou numa manchete de portal. Ou nem tomo conhecimento, o que não me fará perder grande coisa. O que gosto é o que te diferencia do resto. Olha só, até vlog de brasileiro no exterior (ou mesmo no Canadá) já tem parecido por aí. E os principais pontos já foram abordados por você ou um concorrente. Então, não parece que verei coisa nova. Curioso, enquanto isso, novatos surgem fazendo as perguntas de praxe – como você foi praí, qual o custo de vida, etc.
Então, como você diz: foda-se, estou fora. Espero.
O fato de que o cara precisa fazer uma promessa de ano novo pra finalmente parar de me acompanhar de forma obsessiva diz tudo que você precisa saber sobre o sujeito. Ele está perdidamente obstinado, apesar de dizer que meu conteúdo não é importante pra sua vida (imagina como ele agiria se fosse). Ele me acusa de “criar interatividade vazia com o leitor”, que é outra forma de reclamar que eu não dei a atenção da qual ele é claramente merecedor.
Ele segue apontando inúmeros defeitos no meu material, que ele já esclareceu que não tem importância alguma pra ele e é claramente cheio de defeitos. Ele esclarece que nunca comprará um produto da Apple (foda-se…? Se você achava que isso ia me causar consternação, surpresa: não sou acionista da empresa).
O Fernando fala então sobre a “concorrência” no YouTube, um conceito que não existe no contexto de material on demand que você assiste quando quiser. Com quem estou “concorrendo”, quando um hipotético espectador pode ver o meu vídeo, e em seguida o de qualquer outro Fulano…? Vlog não é Domingo Legal/Domingão do Faustão, que passavam no mesmo horário e forçavam o espectador a escolher um em detrimento do outro. Mas divago.
E na última frase ele manda um “tou fora, espero!” com a convicção e dor emocional de alguém que espera não chorar ao reler SMSs antigas da ex-namorada.
Fernando, me explica simplesmente porque você não apenas disse “porra, esse cara não fala nada que me interessa, unfollow/unsubscribe e pronto” como uma pessoa normal? Por que você está tão, pra usar um termo que você próprio empregou, obcecado comigo…? Se nada que eu falo interessa ou presta, por que diabos você “espera” que consiga sair do meu site e do meu canal…?
What the fuck is wrong with you? Mamãe não abraçou o bastante e você projetou sua carência num maluco que mora em outro país e você nunca sequer conhecerá pessoalmente, pra ficar aí mega putinho quando a atração não é correspondida? Você consegue perceber o quão deprimente é nutrir tamanho investimento emocional em alguém que, como você mesmo reconhece, não tem importância nenhuma na sua vida…? Se você gostasse MUITO do meu conteúdo faria mais sentido, mas nem é o caso — você reclamou de praticamente tudo que eu produzo.
Procure ajuda. Pra facilitar a vida do seu terapeuta, linke este texto pra ele, e mencione love-hate relationships.
Ele postou um outro comentário também, igualmente maluco, e nem tou com paciência de responder aqui. Um basta.

December 27, 2013
3 coisas que eu precisarei fazer em 2014 (e você também!)
Rapaz, como esse ano passou rápido! Ok, isso é um lugar comum do caralho, mas DESSA VEZ eu realmente observei isso como em nenhum outro ano antes.
Parece que foi ontem que eu estava num barzinho com amigos celebrando a chegada de 2013.
O ano de nosso Senhor dois mil e treze (ou “twenty-thirteen”, a forma que os gringos falam — que eu acho mais elegante, mais hollwoodiana e tal) chegou e passou, e foi sem qualquer sombra de dúvidas o meu ano mais intenso. Pra melhor E pra pior.
2013 foi facilmente meu ano de maiores conquistas pessoais. Rolou coisas incríveis que já compartilhei aqui — terminei meu curso (e já tou upgradeando pra outro), tirei certificações nacionais, consegui emprego na minha área logo de cara, tive incríveis oportunidades de impulsão de carreira, comprei o carro dos meus sonhos, atingi 100 mil inscritos no meu canal, meu “trabalho” na internet começou a se tornar um pouco mais tangível…
E teve algumas outras coisinhas que não cabe explicitar aqui neste site. No balanço total, mesmo com alguns solavancos, posso dizer que 2013 foi um dos melhores anos da minha vida, isso se não ocupar o primeiro lugar no pódio.
Mas mesmo com tudo isso, 2013 ainda deixou a dever. E fazendo uma análise extremamente auto-crítica aqui — algo que é meu modus operandi, nem um nó no cadarço eu dou sem ficar avaliando intensamente minha performance –, existe uma série de fatores que poderiam ter tornado de 2013 um ano ainda melhor. Eu poderia estar comemorando mais ainda hoje.
Pra que 2014 seja melhor que 2013, eu vou precisar…
Parar de comer fora de casa (e mais especificamente, parar de comer porcaria fora de casa)
Este era eu em 2002, menos de um ano e meio antes de vir pro Canadá.

EU INVENTEI A SELFIE
Como você pode averiguar nesta imagem, eu tava só a capa do Batman, como se diz. Não está convencido ainda? Veja essa foto, tirada no começo do mesmo ano. Esta é ainda mais deprimente:

Não, eu não usava crack
Os últimos 10 anos comendo porcaria várias vezes por semana me fizeram upgradear o chassi de grilo pra esta cara gorda de hoje que você conhece e ama. Alguns dirão que eu mudei “pra melhor”; estes alguéns definitivamente não são o meu cardiologista. Tá bom que numa ou outra fotinha extremamente bem tirada, com os filtros corretos aplicados, minha aparência tá melhor do que aquela do adolescente raquítico que eu era. Só que meu estilo de vida sedentário e de comer porcaria diariamente vai provavelmente me matar antes dos 60 anos, então preciso fazer algo a respeito disso.
Então, pra que 2014 seja um ano foda eu preciso parar de ser obeso. E o primeiro passo disso é parar de comer porcaria na rua.
(O efeito colateral é que com isso eu economizarei dinheiro pra caralho, também)
Desenvolver disciplina
Eu passo, pelo menos, umas 6-7 horas por dia na frente do computador. Tudo bem que boa parte dessa atividade online toda se converte em rendimento financeiro, o que justifica um pouquinho o vício, mas eu estaria mentindo loucamente se dissesse que toda a energia que invisto/desperdiço na internet se reflete diretamente na minha renda. Então, numa diagnóstico otimista, eu desperdiço pelo menos 5 horas por dia. E eu venho mantendo esse comportamento há uns 10 anos, no mínimo. Na real, eu vivo assim desde que tinha meu próprio computador no meu quarto, ou seja — esse hábito começou lá por 1999.
A calculadora do Windows me diz que eu desperdicei então, na melhor das hipóteses 18250 horas da minha vida. De acordo com este livro, que prega que pra ficar MUITO BOM em alguma coisa você precisa investir 10 mil horas naquela prática, eu perdi a oportunidade de desenvolver quase dois skills de forma quase profissional. A essa altura do campeonato eu podia ser um Jimi Hendrix ou um Pelé; podia ser um exímio programador, ou fazer manobras maluquíssimas em cima dum skate. Em vez disso eu… não sei fazer porra nenhuma.
E a culpa é o fato de que eu não tenho disciplina. A internet e suas milhões de tabs simultâneas satisfazem o minha TDAH — que é um “Transtorno Hipercinético”, algo que assim como tudo que você colocou no seu currículo soa muito mais legal do que realmente é –, mas o custo disso é que horas e horas e horas vão pelo ralo quando poderiam estar sendo investidas em, sei lá, me tornar um astronauta ou aprender alemão.
(Ler o artigo da Wiki sobre TDAH chega a me causar arrepios, porque literalmente TUDO que você lê ali me descreve fielmente, sem tirar nem pôr. TUDO. É como se a parada se chamasse Distúrbio Crônico de Izzynobrice. Aliás, ler esse artigo me convence que eu preciso voltar à terapia e/ou partir pros fármacos, porque ler um artigo que detalha minha personalidade tão esmiuçadamente realça muito claramente o inferno que é viver assim.)
Então pra que meu 2014 seja ainda melhor que 2013, eu vou precisar injetar doses cavalares de disciplina na minha vida e investir meu tempo livre em algo com retorno mais tangível.
Aprender a abrir mão de certas coisas
Eu sou um overthinker do caralho; alguém que fica pensando e repensando trivialidades ao ponto de obsessão debilitante/necessidade de tomar medicamentos pra se acalmar. Com esse tipo de temperamento psicológico, eu acabo me fixando demais em algumas coisas que definitivamente não merecem o investimento emocional.
Apego-me MUITO facilmente a pessoas, coisas, e situações. Tenho teorias de por que isso aconteceu — que bateram precisamente com algumas observações que meu terapeuta fez anos atrás, o que me fez pensar que também tenho algum gene nato pra analisar a psiquê fodida –, mas evidentemente envolvem fatores da minha criação que são pessoais demais pra destrinchar aqui.
Sou o tipo de pessoa que fica mal pra caralho com mudanças, quando uma postura muito mais saudável e madura seria simplesmente reconhecer quando tá na hora de abrir mão de alguma coisa, dizendo “quer saber? Foda-se, I’m out“, arrematado com uma meia volta volver sem nunca mais olhar pra trás.
(Caso você tenha curiosidade, “meia volta volver” é “about face” em inglês)
É um skill valiosíssimo que se transfere pra inúmeros contextos. Vejo amigos que têm o poder de falar “foda-se, I’m out“, vejo o quão mais fáceis suas vidas são por isso, e invejo essa habilidade de total desapego. Pode parecer frieza — e em algumas circunstâncias a indiferença deles de fato se traduz como frieza –, mas é um extremo do espectro de envolvimento emocional que eu penso ser melhor de lidar do que o em que eu habito.
Em 2014, eu vou me esforçar em ligar o proverbial botão “foda-se” com mais frequência. Porque, na real, existem poucas coisas nessa vida que eu preciso levar a ferro e fogo.
O que você precisa mudar em 2014? Compartilhe aí conosco.

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