Izzy Nobre's Blog, page 51
December 2, 2013
Morte do Paul Walker e as piadinhas na internet
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra!
Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!
Grato e tenha um belo dia.

November 29, 2013
ZOMBIE, O FILME BRASILEIRO DE ZUMBI, ERA PEGADINHA!
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
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November 28, 2013
Uma (longa) retrospectiva dos meus 10 anos morando no Canadá
No dia 28 de novembro de 2003, o mundo era muito diferente. Não existia Facebook, nem iPhone, nem vlogs, nem PS3 (que dirá PS4). Os EUA tinham acabado de meter o pé no Iraque. O terceiro Senhor dos Anéis e Procurando Nemo eram os filmes com maior bilheteria nos cinemas. Where is The Love? do Black Eyed Peas e Cry Me a River do Justin Timberlake eram as músicas mais populares nas rádios — aliás, na MTV mesmo. A MTV ainda tinha relevância na indústria e cultura musical.
Era realmente outro mundo. E eu era outra pessoa.
Este era o Israel Nobre de 2003. Izzy Nobre também ainda não existia; eu só fui adotar esse pseudônimo no ano seguinte, quando comecei a fazer minhas primeiras amizades no Canadá. Até então, não havia necessidade de norte-americanizar meu nome.
O meu pai trabalha com eletrônica/TI. Em 1994 ele viajou com minha mãe pros EUA, e aquela viagem plantou a semente do descontentamento com o lifestyle brasileiro — como é lugar comum com qualquer brasileiro que viaja pra América. Em seu retorno à nação-mãe, o patriarca Nobre decidiu que sua família não viveria pra sempre no Brasil. E felizmente (pra mim), ele estava na condição de prometer algo assim pra si mesmo e pra nós.
Em 1999, a família inteira foi pros EUA pra uma viagem de um mês. Foi aí mesmo que meu pai decidiu que não queria passar nem um dia a mais no Brasil do que ele precisasse passar por plena obrigação.
Meu pai começou a fuçar vagas que a empresa dele oferecia nos EUA, e ele percebeu que havia (haviam?) mais vagas no Canadá. E o plano foi reconfigurado, mirando um pouco mais acima no continente.
Em 2003 nossos vistos saíram, e viemos pra cá.
Após alguns breves dias em Toronto e algumas outras cidades vizinhas, acabamos vindo parar por acaso em Oshawa — uma “cidadezinha grande de interior”, sabe coé? 150 mil habitantes, mas NADA pra fazer e um centro que se concentra em tipo, 3 ou 4 quarteirões.
Pra você ter uma noção de quão pacata é a cidade, em 2013 aconteceram DOIS assassinatos lá. Estes dois aconteceram em Oshawa, que é a maior cidade da região, mas em toda a Durham Region — uma área que engloba oito cidades, incluindo Oshawa, com população total de 600 mil pessoas — foram os únicos dois assassinatos em 2013.
Uma roça, basicamente.
Esta era a nossa primeira casa no Canadá. Repare que essa história se passa mesmo em outro mundo — boa parte das minhas fotos da época eram fotos físicas, registradas em um filme de celulóide e em seguidas impressas em papel glossy (com aquela típica watermark da data). Na foto, tirada pelo meu irmão, você vê a família Nobre transportando nossos poucos pertences pra dentro da nova casa.
Curioso como a cultura de fotografia mudou com o advento de câmeras digitais. Lembro de pensar “legal essa sua DX 3600 aí pai, mas as fotos vão ficar só no meu computador…? Como vou mostrar pros meus amigos…? Tenho que imprimir isso aí…?”

Nossa primeira câmera digital
Hoje, com as redes sociais que facilitam transmitir fotos e tal, são fotografias físicas que seriam meio inúteis. Agora, a reclamação seria “Tenho que escanear isso aí?”
Então. Nos mudamos pra essa casa no dia 28 de dezembro de 2003, como a watermark anuncia prestativamente. A vida de um imigrante recém chegado é, geralmente, uma merda — você acaba de abandonar literalmente tudo que compõe a sua vida como você a conhecia até então; não há muito dinheiro; você não tem intimidade com a língua ou a cultura e não conhece ninguém.
É realmente um inferno. Se eu soubesse, talvez não teria acompanhado minha família.
O consumismo desenfreado norte-americano provoca certas coisas com as quais no Brasil a gente não tem muita familiaridade — por exemplo, o hábito que gringos têm de substituir coisas que estão funcionando perfeitamente, só porque querem algo novo. Também pudera, com os preços que se cobram aqui, não dá pra culpar os caras.
Por isso, praticamente TODO imigrante fodido tem histórias de mobiliar a casa, mesmo que só parcialmente, com coisas que achou na calçada dos outros. E não é nem socialmente mal visto, não — pessoas colocando mesas, TVs e sofás na calçada costumeiramente colocam também plaquinhas deixando claro que quem pegar pode levar de boa (e está na real fazendo um favor pro ex-dono, que não terá então que custear o transporte pro lixão da cidade).
E assim sendo, minha “cama” por uns 6 meses foi um sofá de 2 lugares que um vizinho jogou fora. Meu computador era alguma tralha que iriam jogar no lixo no trabalho do meu pai, e ele consertou pra mim. A mesinha foi reciclada também, e as caixinhas de som — que eu uso até hoje!!! — vieram de uma thrift shop como aquelas que o Macklemore curte.
Eu não preciso te convencer que os primeiros meses (anos?) da vida de imigrante é uma bosta. Nossa casa praticamente não tinha mobília, eu mesmo nem tinha uma cama de verdade. Não tinha dinheiro pra fazer porra nenhuma, não conhecia ninguém…
E estava amargando um pé na bunda, também. Eu estava noivo quando vim ao Canadá; mais ou menos 2 semanas após chegar aqui, descobri que a garota já tava com outro namorado. Somado à situação de merda em que eu já estava vivendo, foi um baque monstruoso — até cogitar suicídio eu cogitei, pra você ver como estava a coisa. Ah, sim, e meus pais iniciaram um processo de divórcio poucas semanas após chegar aqui, também. Alguns poucos meses depois, a tia avó que me criou morreu.
Pouco tempo depois disso tudo, minha mãe foi embora com meus irmãos pros EUA, e ficamos só eu e meu pai — alguém com quem, na época, eu não me dava lá tão bem.
Véi, foi uma época de b-o-s-t-a. O imigrante que te disser que não pensou SERIAMENTE, pelo menos umas 5 vezes, em voltar correndo pro Brasil com o rabinho entre as pernas quando deu de carra com a difícil barreira da adaptação ao novo país está mentindo.
Imagina então pra mim, que estava vivendo uma fossa emocional de 40 metros de profundidade, com cada um desses metros repleto de merda humana. Eu tava tão na merda que nem os tais “sub-empregos” que imigrantes costumam amargar no começo de sua vida aqui eu conseguia.

Foi a época de postar fotinha deprimida no Fotolog com dizeres crípticos, também. Eu tinha 19 anos, dá um desconto porra. Ou não, eu era noivo com 19 anos, tem mais é que aloprar mesmo.
Pra suplementar a renda lá em casa, meu pai imprimiu panfletos de conserto de computadores e distribuiu nas caixas de correio do bairro. Um desses panfletos foi encontrado por alguém que mudaria minha vida pra sempre.
Uma mulher lá do bairro que estava com o computador lotado de vírus (eu imagino) encontrou o panfleto do meu pai e ligou pra ele. Quando ele chegou lá, meu velho viu revistas de guitarra na mesinha de centro da sala. A mulher explica que seu filho era guitarrista, e meu pai diz “nossa que coincidência o meu também! Posso chamar ele aqui pra se conhecerem?”
Era um pedido um tanto estranho — pros padrões canadenses, anyway — mas a mulher concordou que era uma idéia legal. Lá estava eu emozando em casa quando meu pai me liga dizendo que “achou um amigo pra mim”.
Deprimidaço, rejeito a idéia de sair de casa, e meu pai insiste raivosamente que eu tenho que largar mão de ser otário e tocar a vida porque aquela menina não presta mesmo e blá blá blá. Resignado, me visto com as roupas humildes de segunda mão que eu tinha na época e saio de casa pra encontrar esse “novo amigo”.
Um parêntese aqui.
Existe um poeminha que eu acho muito interessante, o For Want of a Nail (“Pela Falta de um Prego”, numa tradução livre). Ei-lo aqui:
For want of a nail the shoe was lost.
For want of a shoe the horse was lost.
For want of a horse the rider was lost.
For want of a rider the message was lost.
For want of a message the battle was lost.
For want of a battle the kingdom was lost.
And all for the want of a horseshoe nail.
Por falta de um prego, a ferradura se perdeu
Por falta de uma ferradura, For o cavalo se perdeu.
Por falta de um cavalo, o cavaleiro se perdeu.
Por falta de um cavaleiro, a mensagem se perdeu.
Por falta de uma mensagem, a batalha se perdeu.
Por falta de uma batalha, o reino se perdeu.
Tudo pela falta de um prego de ferradura
O poema trata de um assunto pelo qual eu sou absolultamente obcecado — como pequenas e aparentemente triviais decisões ou enganos se potencializam em resultados que mudam uma situação de forma irreversível (e às vezes catastrófica).
Esse poema foi a inspiração de uma interessante historia do Superman em que ele não é encontrado pelos Kent e não cresce como Superman, aliás. E eis aqui o TVTropes relacionado caso você queira ver as outras mídias em que o tema se repete.
Pois bem. O meu momento “for want of a nail”, aquela encruzilhada que mudaria o percurso da minha vida pra SEMPRE, foi aquela ligaçao do meu pai — e a minha decisão de acatar à ordem dele.
Chego na casa da mulher e sou apresentado pro filho dela.

Foto tirada por mim no shopping de Oshawa, em 2004, depois da aula. Eu e o Chris acabamos indo parar na mesma escola!
Este é Christopher — ou Chris, como ele era conhecido. Uma coisa que eu aprendi rapidamente é que ninguém usa o nome inteiro aqui, os gringos abreviam os nomes de todo mundo.
Fui com a cara do Chris imediatamente. Gostos similares em filmes, videogames e principalmente música (éramos ambos fissurados em nu metal na época) solidificaram nossa amizade inicialmente. E como ele tinha duas guiatarras, passamos a tarde inteira tocando Linkin Park, Limp Bizkit e Korn.
E assim, fiz meu primeiro amigo. O Chris não se importava com o fato de que eu era um total loser — não tinha um tostão furado, minha casa era deprimente, mal falava inglês direito, não tinha um contato social sequer senão ele.
Mesmo assim, o cara tava sempre indo lá em casa bater papo, me chamando pra sair, e me convidando pras míticas “festinhas americanas como aquelas que a gente vê nos filmes”, coisa da qual eu nunca tinha experimentado.
E aí eu fui numa dessas festas — a primeira, aliás. Estava toda a galera sentada no sofá ouvindo música, comendo besteira e batendo papo quando alguém tem a idéia de ligar a TV no canal XYZ, porque esse canal é conectado à câmera do saguão e assim podemos ver os próximos convidados chegando.
E foi nisso que eu a vi pela primeira vez.
Vi-a chegando no saguão do prédio com uma amiga. IMEDIATAMENTE fiquei fissurado; essa garota desconhecida era justamente o que eu tinha em mente quando pensava na esterotípica “gringa loirinha” (na época ela estava loira).
A mera esperança de pegar uma canadense já me fez chutar a depressão sentimental pra escanteio.
Passamos a festa inteira conversando, até que ela teve que ir embora. Peguei o MSN dela com a amiga e o flerte passou pra internet.
Eu via o nome dela pulando online no MSN e já rolava aquele mini-ataque cardíaco. Passamos muitas semanas naquele tradicional período de exploração mútua, conversando sobre tudo — vida, morte, família, estudos, amizades, interesses mútuos, etc. Por mais que nem tivéssemos nada ainda, eu já tinha me dado à liberdade de trocar o background do contato dela no MSN por uma imagem cheia de coraçõezinhos que você vê aí.
E aí o inevitável aconteceu.

Curiosamente, ainda tenho essa camisa.
Numa dessas festas, acabamos ficando. E um mês mais tarde, o namoro começou oficialmente.
E a vida começou a melhorar a partir de então. Continuava pobre, mas agora isso parecia importar menos. Tinha um pequeno círculo social e, mais importante que isso, alguém pra um contato mais íntimo que, como sabemos, é essencialmente o melhor alívio emocional que pode existir.
Sabia que foi ela quem me ensinou a falar inglês, basicamente? Eu conseguia pedir um refrigerante no McDonalds quando cheguei aqui, e só. Todo garoto de classe média que cresceu rodeado de videogame, música gringa e filme legendado se vê como imensamente fluente, até o dia que precisa pôr isso em prática numa conversa em tempo real com um estrangeiro. Meu domínio do inglês era tipo 20% do que eu ACHAVA que ele era, e foi ela quem me ajudou a preencher as lacunas linguísticas (colocando a língua na minha, às vezes, mas isso não vem ao caso)

Eu no highschool, em 2004.
Meu círculo social se expandiu (na realidade, o mais correto a dizer é que eu fui incorporado no círculo social dela). Todo dia agora eu tinha alguém com quem sair, alguém pra conversar, alguém pra ir junto nas festinhas e alguém que me ajudava a entender que todo aquele sofrimento de outrora era passageiro, e que a vida tão importante que eu lamentava ter perdido ao vir pra cá seria em breve uma lembrança borrada do passado.
Foi nessa época em que eu me tornei “Izzy”, aliás. Alguns anos antes eu havia assistido o trailer de Million Dollar Hotel, um filme com um personagem chamado Israel Goldkiss — a quem todos chamavam de “Izzy”. Isso saltou à minha atenção porque, como todo mundo que tem um nome meio incomum sabe, é muito raro ter xarás entre os personagens de ficção.
Eu não sabia ainda na época, mas nesse hábito gringo de encurtar nomes, qualquer nome com a sílaba IS é apelidado como “Izzy”. Isaac, Isaiah, Isabelle, Israel.
E outro parêntese, também: muitos pensam erroneamente que “Izzy” é um apelido exclusivamente feminino (talvez por causa de Grey’s Anatomy). Acontece que na gringa, muitos apelidos são unissex — “Jackie”, por exemplo, é apelido de ambos Jack e Jacklyn. “Sam” é abreviação de Samuel ou Samantha. Robbie/Bobbie também funciona pra homem ou mulher (Roberta ou Robert).
Enfim. Eu não gostava da pronúncia gringa de “Israel” (aquela sonoridade não era realmente o meu nome, entende? Meu nome mesmo, como mamãe me deu, é IS-RA-EL, numa fonética em português que os gringos jamais reproduziriam), e iria precisar de um apelido mais compatível com a cultura local. Lembrei do filme lá e passei a me apresentar como Izzy. E ficou.
E foi assim que conheci a garota que se tornaria minha noiva, e então minha esposa.
E teve o meu site, também!
Embora o HBD já existisse no Brasil, ele era um diarinho virtual indigno de qualquer notoriedade. Com todo aquele tempo livre que eu tive amargando divórcio dos pais, pé na bunda da ex-noiva e morte na família, eu foquei na única coisa que eu podia fazer — escrever.
Nessa época, eu escrevia 2-3 posts por dia, além de ser muito ativo em comunidades clássicas entre o meio blogger na época, como a “Blogueiros” do Orkut. Quem interagiu comigo na época (Bel, você está lendo isto?) devia ter percebido que eu era extremamente ácido, sarcástico, e por vezes cruel. Se você entendesse o perdedor raivoso deprimido e solitário que eu era naquele período, você talvez entenderia por que eu agia daquele jeito.

Foto tirada em 2005
Foi dessa mesinha aí (numa outra casa, com mobília levemente melhor, e repare as caixinhas de som!) que eu produzi os textos que os leitores de mais longa data lembram. O HBD foi ganhando notoriedade no meio blogger, e lá por 2004 ou 2005 eu tinha me tornado oficialmente um “blogueiro famoso”. Foi nessa época que eu comecei a me surpreender ao ver pessoas falando sobre mim, ou debatendo meus textos em fóruns.
Eu já tinha virado o Izzy na vida real, mas na internet eu ainda era o Kid. Se você não entende por que alguns leitores me chamam de Kid, é por isso — era meu nick original.
Era uma sensação muito esquisitíssima ser “conhecido” daquela forma. Mais estranha ainda era a extrema dicotomia entre “fandom” e “haters”. Nem goiabada com queijo consegue agradar a todos, naturalmente não seria eu quem conseguiria — mesmo assim, nada consegue te preparar para a gangorra emocional de ler “wow eu ADORO o Kid ele é muito foda” e “caralho parem de linkar textos do Kid esse cara é um escroto”.
Especialmente quando você tem auto-crítica o bastante pra aceitar e entender que ambas essas pessoas estão certas, da sua própria forma. Sei que consigo atrair atenção escrevendo e que muitos consideram isso uma habilidade muito bacana; ao mesmo tempo, me conheço melhor do que qualquer pessoa, estou ciente de todos os meus piores defeitos e compreendo por que alguém me acharia um babaca escroto.
Mesmo assim, é estranho esse vai-e-vem. Ou melhor, é estranho ter pessoas jogando isso na sua cara direto. Algum leitor aí que seja acadêmico de psicologia talvez seja capaz de tecer comentários mais inteligentes sobre os efeitos dessa dualidade de estímulos.
Em 2008 mais ou menos eu comecei a fazer vlogs no YouTube. Vídeo sempre foi uma mídia muito mais atraente que textos, e sem grandes surpresas o meu canal do YouTube ultrapassou rapidinho o alcance do meu site. Muita gente me conhece hoje pelo YouTube sem sequer saber que eu tenho um site, aliás.
Eu sempre adorei cinema e todo o processo de movie-making; quando criança, minhas brincadeiras geralmente se resumiam a usar meus legos, hotwheels e comandos em ação pra simular cenas clássicas dos meus filmes favoritos, movendo a cabeça entre os elementos da cena pra simular o movimento da câmera.
Quando percebi que tinha todas as ferramentas pra gravar vídeos, editar e divulgar na internet, foi irresistível começar.
E comecei mal pra caralho, como era de se esperar. Eu não tinha o know-how de edição, equipamentos decentes, timing, desenvoltura com a câmera… nada. Mas como tudo que você realmente gosta de fazer, fui evoluindo aos poucos e hoje posso dizer com honestidade que gosto bastante do tipo de conteúdo que eu produzo.
E é basicamente isso. Foi com isso que me ocupei nestes últimos 10 anos — fazendo amigos, explorando uma nova cultura, conhecendo e por fim casando com minha melhor amiga, tentando fazer vocês rirem com meus textos e vídeos. Foi uma dureza miserável, mas no final das contas, tudo valeu a pena. Sempre me pergunto como teriam sido meus últimos 10 anos se eu nunca tivesse vindo pro Canadá, mas eu sei com certeza que não trocaria minha vida.
O curioso dessa retrospectiva é que de certa forma, ela é redundante. Muitos de vocês acompanharam TODO o meu percurso aqui — talvez, de mais perto e com mais interesse do que minha própria família que ficou no Brasil.
Vocês — não todos, mas uma grande parcela — testemunharam TUDO isso aí. O crescimento do meu site, minhas presepadas no orkut (quem lembra da Semeadores da Discórdia?), meu primeiro encontro com minha atual esposa, minhas experimentações no YouTube (e em outras redes sociais), meu primeiro retorno ao Brasil após longos 6 anos longe da terra-mãe, uma traumática demissão, um excitante novo emprego que foi o primeiro passo na direção de uma carreira real… quando vos chamo de “amigos de bolso” no Twitter, não é só uma brincadeira, é um termo quase literal.
Eu trouxe vocês no bolso durante boa parte da minha VIDA. Vocês estavam lá pra celebrar os momentos felizes, lamentar os tristes, encorajar nos momentos que eu mais precisei de apoio moral e, no geral, rir comigo dessa grande aventura que eu vivi na última década.
Eu tive o imenso, IMENSO privilégio de compartilhar minha vida com milhares de amigos que eu não conheço.
Obrigado por estar do meu lado. Teve alguns momentos em que eu realmente precisei.
Ah, e me diga aí nos comentários há quanto tempo você lê esta merda aqui

[ Joguinho Viciante da Semana ] Roads of Rome
Eu fico surpreso que um joguinho tão bacana seja tão injustiçado e desconhecido. Pelo menos tenho uma pequena forma de combater isso.
No aftermath da compra do iPad Mini — que é o melhor iPad pra usar como console portátil alternativo, por ser mais amigável de carregar por aí — eu saí procurando tudo que é joguinho de estratégia. Sei lá como, encontrei Roads of Rome. E me perguntei como demorei tanto a encontra-lo.
Roads of Rome é um joguinho em flash (creio que surgiu primeiro em flash) também disponível pra PC e iOS. Trata-se de um híbrido entre “time management” e RTS.
Joguinhos de time management é aquele tipo de jogo (geralmente freemium) em que você tem X “ações” por turno e precisa decidir como as gastará pra maximizar lucros — esse joguinhos são geralmente simulações de um negócio, um supermercado, coisa do tipo. Em Roads of Rome, você tem que construir estradas que conectam o ponto A de uma fase ao ponto B, e pra isso precisa recolher recursos ao longo do mapa usando “bonequinhos”.
Acontece que cada ação que você toma custa alguns recursos, e se você priorizar os recuros errados (estava se ocupando em coletar madeira quando precisava mais de comida, por exemplo), o gameplay trava por alguns segundos preciosos e você se fode. Tipo, em alguns momentos o jogo te diz “ah, você tem bastante pedras? Foda-se, porque pra construir essa ponte tu precisa é de madeira, vacilão“.
Tem que jogar meio que nem xadrez, avaliando o que você precisará daqui alguns instantes e priorizando a coleta de recursos de forma correspondente.
O jogo tem um ritmo bem acelerado; fazer o malabarismo com bonequinhos e se ocupar em nunca os deixar parados nem por um segundo que seja lembrou-me um pouco do gameplay de um RTS competitivo como StarCraft. Os mapas são muito bem desenhados e super variados, o que é bacana.
Roads of Rome é, por algum motivo, mega desconhecido. Não há muitas resenhas em sites grandes e ninguém no meu twitter conhecia o jogo. Bom, agora tu conhece!
Se quiser testar o jogo aí no browser mesmo, toma aí. Tem pra PC e pra iOS também — e o jogo tem duas continuações, a propósito. Não cheguei a experimenta-las ainda porque ainda estou na fase 12 de 40 do primeiro.

November 27, 2013
fodi o braço
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
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Grato e tenha um belo dia.

PASSANDO NO LAVA-JATO!
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Grato e tenha um belo dia.

[ Vergonha Alheia da Semana ] O criador do Bode Gaiato vai à TV

O nível de vergonha alheia neste vídeo é oncológico
Caso você seja um desses eremitas antissociais cheios de hábitos estranhos como comer cabelo ou pior, acessar o Google+, eu explico.
Existe no Facebook uma página (extremamente popular) chamada “Bode Gaiato“. A atividade da página consiste em tirinhas protagonizadas pelo Bode Gaiato titular, caracterizado como um nordestino estereotípico. As tirinhas usam e abusam de expressões, sintática e grafias tipicamente nordestinas:
Pois bem. Essa página (e uma similar, o Suricate Seboso) fazem esse tipo de humor aí, que eu particularmente gosto pra caralho porque me remete às minhas origens nordestinas e tal. Eu sempre fiquei surpreso quando vejo amigos do eixo RJ-SP compartilhando imagens das duas páginas, porque pensei que esse tipo de humor fosse bem exclusivo à galera que se identifica com a natureza regional dos diálogos. Minha impressão é que não houvesse apelo nacional.
Então, eu estava errado, porque essas páginas fazem sucesso no país inteiro — tanto que o criador do Bode foi convidado pra aparecer no Esquenta, o programa da Regina Casé.
Vou dissecar o vídeo procê focando nas partes mais vergonhosas.
Aliás, antes disso, deixa eu cagar uma regra logo aqui — esses programas brasileiros precisam parar com essa porra de levar fenômenos internéticos pro mainstream. E não é por babaquice nerd-hipster, não. Não nutro nenhum senso de propriedade em relação a essas criações internéticas; a questão é que quase sempre é totalmente vergonhoso.
Primeiro que a reação em geral da platéia nos programas que exibem esses caras é um misto de indiferença (“quem é esse maluco? Ah, foda-se, vou bater as mínimas palmas necessárias porque o contra-regra tá mandando”) e zoação aberta e declarada com o indivíduo que aparece lá. Lembram quando o Maior Trapézio de Curitiba foi no Domingo Legal? O sujeito é um pela-saco insuportável e a onda que tiraram com ele quase me fez sentir pena.
Segundo porque simplesmente não há motivo pra transplantar uma piadinha ou um meme ou uma personalidade de internet pra uma outra mídia. Em alguns casos (vloggers virando apresentadores de TV, por exemplo) eu até entendo, os caras produzem conteúdo interessante. E quando levam pra TV uma dona de casa escandalosa que a essa altura já era motivo de chacota da internet brasileira? Simplesmente não há propósito. “Olha gente ela deu um escândalo e ficou ‘famosa’ na internet. Bacana né?” não é uma narrativa televisivamente excitante.
Enfim, divago. Voltemos ao Esquenta. O criador entra, se apresenta, e lá nos 40 segundos do vídeo aparece uma das tirinhas do Bode no telão. O seu criador a lê — para o deleite ou diversão de absolutamente ninguém da platéia. Reveja o vídeo e sinta na medula óssea a vergonha alheia do cara dissecando a “piada” (convenhamos — não chega nem ser uma piada) e o público continuando estoicamente silencioso.
Rola depois um breve segmento “os nordestinos dizem X, e isso significa Y” que poderia facilmente ser receitado no lugar de Clonazepam por obter o mesmo resultado sonífero com menos contraindicações (não que o papo de etimologia regional não seja interessante, é que esses apresentadores conseguiram enfadonhar o assunto)
E aí vem o pior. A Regina Casé convoca a platéia ao (imbecil) exercício de repetir um dos bordões mais conhecidos das tirinhas do Bode. A galera entoa o “armaria mainha nam” com a empolgação de alguém que acabou de abrir o presente de natal e encontrou um par de meias e um abridor de latas.
Sabe o que é foda? Parafraseando esta cena clássica de King of the Hill, trazer o Bode Gaiato num programa de TV não torna aquele programa melhor, isso na real torna o Bode Gaiato pior. E isso é pura verdade, porque vendo o terrível timing e delivery da “piada” lida por seu criador, e a reação lamentável da platéia, eu fui obrigado a chegar à surpreendente porém INEGÁVEL conclusão de que as tirinhas nem são tão engraçadas assim.
Eis o layout de todas essas tirinhas:
E aí está. Como na anedota de que explicar uma piada é igual dissecar um sapo — você entende melhor o sapo, mas agora o matou –, o próprio criador matou o Bode Gaiato ao se ver obrigado a explicar a “piada” pra um público que decidiu deixar claro que o imperador estava nu e que essa porra não tem graça nenhuma.

November 26, 2013
10 conceitos equivocados que todos temos
Uma coisa foda que eu descobri com o passar dos anos é que quase tudo que nos contaram está errado. Pra você ver como o nosso compreendimento das coisas mudam com o passar do tempo — e pra servir de exemplo de quão errado as coisas que nos passam são –, houve uma época em que médicos recomendavam cigarros de uma determinada marca em vez de outra.
http://www.youtube.com/watch?v=gCMzjJjuxQI
E isso aí não é exemplo isolado, não! Uma busca por “doctors cigarette ads” revela um MONTE de propagandas de cigarros que se baseavam justamente na premissa “olha, esse aqui é preferido por médicos, ein! Então pode fumar de boa!” Ou seja: existiu uma época em que o estabelecimento médico achava SUPER DE BOA recomendar cigarros pra galera.
Os tempos passaram e pelo menos essa a gente aprendeu, mas existem um monte de outros conceitos equivocados que perduram até hoje. Por exemplo…
A Grande Muralha da China não pode ser vista da lua
Falso. Nem mesmo astronautas orbitando a Terra conseguem ve-la, que dirá então da lua, que fica quase mil vezes mais distante do que um astronata em órbita. [ Fonte ]
Não existe nenhuma evidência arqueológica de que vikings usavam chifres nos seus capacetes
Quando se pensa em “vikings”, a imagem que se pinta mentalmente é algo similar ao que você vê acima. Entretanto, não existe registro histórico de que vikings usavam elmos com chifres. Essa iconografia foi criada por Richard Wagner para a sua saga “Der Ring des Nibelungen” [ Fonte ]
(Um efeito similar ocorre em relação ao “fruto proibido” relatado no Gênesis. Arte medieval sempre retratou a fruta como uma maçã, mas a história bíblia não dá nome à fruta)
Peixinhos dourados não tem memórias curtas de poucos segundos
O mais legal não é o fato de que isso é errado; é o fato de que foi um garoto de 15 anos que desmistificou esta crença. Ah, e os MythBusters trataram do assunto também. [ Fonte ]
A leitura do Orson Welles de “Guerra dos Mundos” no rádio em 1938 não causou pânico generalizado nos Estados Unidos
A história do pandemônio nos EUA provocado pelo Orson Welles quando este leu Guerra dos Mundos na rádio é usada, há muito tempo, como exemplo da burrice das massas. Acontece que não houve pânico algum; algumas poucas pessoas ligaram pra serviços locais de emergência pra obter informações sobre o caso, e só.
Os jornais exageraram o relato no dia seguinte porque em 1938, o rádio estava sendo visto como um oponente da mídia impressa, e a narrativa desta era que o rádio estava “aterrorizando” a população.
E o Orson Welles até admitiu, anos depois, que o mito do terror generalizado da população ajudou sua carreira — e por isso não havia interesse em desmenti-lo. [ Fonte ]
A imagem do Papai Noel não foi criada pela Coca Cola
Quando a Coca Cola começou a usar essa imagem icônica do Papai Noel, nos anos 30, outras empresas (principalmente a White Rock Beverages, uma outra marca de bebidas) já usavam essa imagem há quase 20 anos.
Acontece que como você nunca ouviu falar dessas empresas e a Coca Cola é uma das maiores marcas do mundo… [ Fonte ]
Einstein não reprovou em matemática
A história de que Einstein teria reprovado em matemática é usada como exemplo de que o estabelecimento acadêmico às vezes não reconhece mentes brilhantes, e/ou que mesmo os mais ineptos podem eventualmente conquistar grandeza. Infelizmente, não é verdade — como o próprio Einstein falou de forma extremamente humilde, “Nunca reprovei em matemática. Antes de completar 15 anos eu já dominava calculo integral e diferencial“.
Aposto que você não sabia que o Einstein era meio boçal, aliás. [ Fonte ]
Touros não ficam furiosos ao ver a cor vermelha
Touros são dicromatas, ou seja, a cor vermelha nem se diferencia muito das outras. O que agita o boi é a movimentação do toureador, que o touro interpreta (naturalmente) como uma ameaça. [ Fonte ]
Camaleões não mudam de cor como um método de camuflagem
Você já percebeu que tem muita foto de camaleão carnavalesco na internet? Isso parece incoerente considerando que a função da habilidade é pra se camuflar, né…?
Isso acontece porque a principal função da habilidade dos camaleões de mudar de cor é comunicação (como em rituais de acasalamento) e regulação de temperatura. São raras as espécies que ativamente mudam de cor pra se camuflar. Ou seja: essa habilidade é exceção, e não regra.
Não podemos dizer que a capacidade humana de prender a respiração é de alguns minutos quando apenas uma minoria de pessoas consegue fazer isso, afinal de contas! [ Fonte ]
Não é preciso esperar 30 minutos após comer pra entrar na piscina ou no mar
Essaí infernizou muitas infâncias. Sempre que se estudou a correlação entre comer e passar mal nadando e/ou se afogar em seguida, observou-se que o fator definitivo era o álcool que foi ingerido junto com a refeição, e não a comida em si. Nadar bêbado que é o problema; nadar com o bucho cheio de churrasco tá de boa! [ Fonte ]
Seres humanos não têm cinco sentidos
E o sexto seria ver fantasmas, né? Na realidade, esses 5 sentidos foram originalmente descritos por Aristóteles, e por algum motivo a gente continua se referindo apesar de que existem muitos outros. É como se continuássemos dizendo que existem 4 elementos (água, fogo, terra, ar) quando sabemos que a tabela periódica é bem maior — e esses elementos citados sequer são “elementos” na realidade.
Temos muitos outros sentidos — o sentido de equilíbrio, de bexiga cheia, de fome, de necessidade de ir ao banheiro, de temperatura relativa do ambiente, entre outros. O número total chega aos 20, dependendo de como você diferencia certos sentidos que agem de formas similares. [ Fonte ]

November 25, 2013
Não resisti, comprei o iPad Mini!
Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:
Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra!
Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!
Grato e tenha um belo dia.

Sou um deus melhor pros meus peixes do que Deus é pra humanidade
Este é o meu aquário.
Tá bem sujo, eu reconheço, mas é que hoje é justamente o dia de limpa-lo. E foi justamente de frente com ele, lendo pela milésima vez as instruções do processo de limpeza (eu sou muito burro), que eu pensei no assunto deste post.
Pra entender a história desse aquário precisamos voltar aos longíquo ano de 2007. Minha mulher trabalhava numa pet shop e tinha acesso (com desconto) a tudo que era bichinho e acessório vendidos pela loja. E ela tava no tesão de ter um animal de estimação, mas a casa em que morávamos inviabilizava tal coisa. Sobrava apenas a opção de peixinhos.
Então minha mulher saiu comprando os materiais pra construir nosso aquário. Comprou o aquário e as pedrinhas, o material de limpeza, o filtro, e finalmente os peixinhos. A menina chega lá em casa com os peixinhos num saco, igual criancinha voltando da feira agropecuária, dizendo “olha, olha! Os peixinhos!”
E tal como a mesma criancinha, o interesse da Bebba nos seus novos animaizinhos de estimação teve pouca longevidade. E eu me vi herdando as responsabilidades de cuidar dos peixinhos.
De lá pra cá, sou o único responsável pelo aquário. Alimento os peixinhos, troco a água, compro filtros novos quando necessário. de uma certa forma, eu sou o deus desses peixes. Tenho poder completo sobre a existência e a qualidade de vida deles.
Não tenho qualquer expectativa dos peixes. A mim, tanto faz se eles “acreditam” em mim ou se acham que a comida aparece espontaneamente e a água fica limpa por mágica. Não observo o que eles fazem o tempo inteiro e tou cagando se os peixes machos estão se comendo.
Eu jamais mataria um peixe sequer, por qualquer motivo. Inclusive, quando minha mulher — a essa altura já totalmente de saco cheio do aquário — sugeriu que deveríamos apenas “nos livrar dele”, eu fiquei completamente horrorizado. E fazer o que com os peixinhos? MATA-LOS?! De forma alguma. São seres vivos que dependem completamente de mim. O único motivo pelo qual eles existem é porque eu me importo o bastante com eles pra ter o trabalho de, de 2 em 2 semanas, colocar um balde embaixo do chuveiro, encher dágua, esperar aclimatizar, levar o balde até o aquário (molhando todo o carpete no processo) e lentamente encher o aquário de volta.
E enquanto eu limpava o aquário eu não conseguia parar de pensar na disparidade entre a forma com a qual eu cuido do meu pequeno habitat, e a forma como Jeová cuida do nosso planeta. Tragédias naturais, fome e pestilências é apenas o topo do iceberg: o que dizer da idéia de um ser que nos criou e, embora ocupe um plano incrivelmente superior que o nosso — supostamente com coisas mais importantes a tomar conta — se ocupa obsessivamente com nosso comportamento, decidindo que alguns merecem sofrer eternamente por trivialidades como fazer sexo sem ser casados ou beber álcool?
Se uma mosca tem uma proximidade genética tão próxima com a gente, eu imagino que peixes devem estar mais próximos ainda
(Sim, eu sei que você vai falar que a sua congregação é super liberal e modernete não há dogma contra álcool. Acontece que existem muitos que dizem que é, e ambos não podem estar certos. Então temos que avaliar a possibilidade de que os alcool haters estão certos)
Por que Deus não cuida melhor do aquário dele…? Acho que nem em meus tempos de maior descaso e preguiça eu deixei o meu aquário ficar na condição em que Deus supostamente nos deixou. Sei que existe toda uma corrente de pensamento dogmático pra justificar o aparente descaso divino, mas nem quando eu era evangélico conseguia aceitar.
Se sem onipotência eu sou capaz de promover uma existência muito melhor pros meus peixinhos…

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