Izzy Nobre's Blog, page 50

December 16, 2013

Série do Saul Goodman vem aí!

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:



Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on December 16, 2013 11:32

Defendendo Matrix Reloaded

thematrixreloaded_2003


Em 1999, o lançamento de The Matrix foi um acontecimento ímpar pra mim.


Aquela era uma época em que ainda tínhamos aquele luxo de ir ao cinema e assistir um filme sem grandes noções do que a trama se tratava. Tínhamos UM trailer e só — e a gente não podia ficar assistindo repetidamente via YouTube. Você assistia trailers em prestações, pegando este ou aquele trecho enquanto mudava de canal na TV aberta e tal.


Algumas poucas vezes, o filme tinha um site que oferecia um trailer em resolução porquíssima, tipo sub 240p. E de fato, o trailer de The Matrix foi o primeiro que eu baixei na internet.


Fui ver o filme no cinema e não gostei muito. Como muita gente, eu achei os conceitos do filme complicados de seguir; muitas referências e nuances narrativas/filosóficas passaram totalmente batido. Cheguei até a dormir no cinema, de tão confuso/desinteressado eu acabei ficando.


Aí o filme saiu em DVD — foi, inclusive, um dos primeiros DVDs que meu pai comprou, junto com Aliens (filmaço do caralho) e Deed Blue Sea (que bosta). Assisti-lo repetidamente me permitiu absorver tudo que os irmãos (bom, hoje, irmão e irmã) Wachoskswwskplxlki enfiaram naquele script.


E vou te falar que não foram os efeitos especiais revolucionários (que influenciaram o cinema de ação naquela época ao ponto de exaustão; os early 2000 MATARAM o bullet time) que me prenderam: foram os conceitos filosóficos.


Acho que esse GIF é mais pesado que aquele trailer de Matrix que baixei em 1999


The Matrix apresentou a mim um dos meus conceitos narrativos favoritos: a idéia de que a realidade que conhecemos não é tão real assim. De lá pra cá eu me amarro imediatamente em qualquer história que aborde isso.


A quase perfeita execução desse conceito no filme (junto com a ação revolucionária) fez de The Matrix um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Eu sou daqueles que tem praticamente o roteiro INTEIRO do filme memorizado. Aliás, eu baixei o script original do filme e tudo, o tipo de coisa que só o fã mais ardoso e desocupado faz.


Quando The Matrix Reloaded foi anunciado pra 2003, evidentemente eu fiquei maluco. Já completamente fanático pelo filme, fui assistir a continuação no dia que saiu, e ao chegar em casa do cinema corri pros sites/fóruns pra ver o que a galera estava falando.


E as opiniões eram bem divididas. Com o lançamento de The Matrix Revolutions poucos meses depois (um filme TÃO decepcionante que no final da sessão no cinema eu me sentia como se meus pais tivessem revelado que eu sou adotado ou algo assim), me parece que as resenhas retroativas de The Matrix Reloaded pintaram o filme como igualmente merda.


Essa introdução toda aí foi pra falar o que você já sabia lendo o título deste artigo — hoje eu estou aqui para defender The Matrix Reloaded.


Em primeiro lugar, quase todo o setup de The Matrix Reloaded foi excelente. A trama foi expandida de formas que a gente não esperava; por exemplo — o segundo filme mostra logo de cara que os papos do Morpheus (basicamente aceitos como fato pela grande maioria dos personagens) representam uma crença religiosa extremista. Inúmeras vezes o filme se dá ao trabalho de mostrar que não, Morpheus, nem todo mundo acredita nessas suas maluquices de Oráculo, profecia, “o Escolhido”, porra nenhuma. Para de falar merda e me ajuda aqui a defender essa cidade!


E a cidade, então? Zion nos foi apresentada apenas por nome no primeiro filme, como aquela garota que seu amigo jura que é gostosa mas você nunca viu. O segundo filme nos mostrou a última cidade humana como o lugar miserável, escuro e decrépito que você imaginava que deveria ser — o que trouxe de volta à baila o dilema do Cypher, que deus o tenha: acordar da Matrix é realmente uma coisa boa…? Conhecer a “verdade” a preço do conforto e segurança pessoal valem a pena…? Independente disso, foi legal ver a cidade subterrânea.


Agora, uma das coisas que mais saltou aos meus olhos reassistindo Reloaded recentemente foi a totalmente injustiçada cena da “orgia na caverna”. Você sabe do que eu estou falando.


caverna


Após um discurso inspirador do Morpheus, os Zionenses (que estavam até então com o cu na mão com papos de que as máquinas estão vindo pra detonar tudo) bradam orgulhosos, e sem seguida começam a se pegar fortemente. Eis a cena, caso você não se lembre.


Até hoje, muita gente diz que a cena foi “desnecessária”, ou “vergonhosa”. Repare que os comentários do vídeo que eu linkei são, em geral, negativos. Eu acho que essa galera não prestou atenção em alguns temas do filme.


Em uns 2 ou 3 momentos diferentes do filme, a frase “apenas humano(s)” é dita por um personagem pra outro. Essa repetição não é acidental; a mensagem nas entrelinhas é que apesar dos super poderes, das roupas super cool, das cenas de ação… essa galera é apenas humana.


E na cena da caverna, vemos uma cambada que não apenas vive completamente na merda mas que também acabou de ouvir que um exército de máquinas está a caminho pra matar a todos.


E eles são apenas humanos — qual seria o ímpeto MAIS HUMANO nessa situação?


Naquela cena, eu penso que os cineastas estavam culminando o discurso de que essas pessoas são, apesar de tudo, inerentemente humanas — e que os ímpetos interentemente humanos não podem ser ignorados. Aliás, lembra da cena do primeiro filme em que o Mouse oferece pro Neo um encontro sexual com a “Mulher de Vermelho”? Você prestou atenção no que ele disse pro Neo…?



http://www.youtube.com/watch?v=BHCGti6HeeI



Mouse: Pay no attention to these hypocrites, Neo. To deny our own impulses is to deny the very thing that makes us human.


Essa frase não foi por acaso. A semente desse conceito tava lá. Sexualidade, queira ou não, é uma parte intrínsica da condição humana. E somos “apenas humanos”, o filme deixa claro inúmeras vezes. Diga pra um monte de humanos que eles estão prestes a encarar a aniquilação total e você não verá uma cena diferente daquela.


A outra cena que causou incômodo foi a cena do Arquiteto.



http://www.youtube.com/watch?v=2wdKlWXyUkc



(Repare nessa cena a presença da frase “você continua irrevogavelmente humano“; novamente batendo na tecla da identidade dos protagonistas. Agora que paro pra pensar, essa fala aparece no filme mais do que eu lembrava)


O primeiro nível do incômodo é que a cena é bem difícil de acompanhar. Eu vi o filme duas vezes no cinema e entendi quase nada das duas vezes. Hoje, uma década depois, sendo um pouco menos burro e não dependendo da tradução da legenda, a cena faz mais sentido.


Basicamente, a Matrix roda em ciclos porque eventualmente um grande número de humanos começa a rejeitar o sistema. Pra contra-balancear isso, eles criaram a opção de humanos fugirem pra Zion — ou seja, Zion não era a “Matrix dentro da Matrix” que tantos interpretaram, mas é sim uma parte do sistema de controle.


Só que mesmo com Zion, os humanos continuam insatisfeitos e se “desplugando” em demasia — vide que o papo do Morpheus de que eles liberaram “mais mentes nos últimos 6 meses do que nos últimos 6 anos”, que ele interpretava como vitória da causa, nada mais é do que uma característica do sistema. E isso acaba fazendo com que a Matrix dê pau.


Chega num ponto da simulação em que ninguém mais a aceita, e ameaça o negócio todo a entrar em colapso. E é nisso que entra o Escolhido: ele pega 23 pessoas da Matrix, as liberta, essas pessoas repopulam Zion, e a Matrix é recarregada (daí o nome “Reloaded”).


E o processo se repete infinitamente. No universo do filme, esta é a 6a vez.


Isso cai naquilo que eu falei da expansão do universo. Muitas continuações são basicamente o mesmo filme com alguns elementos substituídos de forma inconsequente por outros. Matrix Reloaded realmente expande o universo do primeiro.


O outro nível em que essa cena funciona, pra mim, é na alegoria religiosa — outra coisa que acontece sem parar na série inteira. Neo é, muito evidentemente, uma metáfora pra Jesus. E o Arquiteto, o “pai” da Matrix, seria então Deus.


Existem inúmeros textos religiosos neste mundo, boa parte deles completamente contraditórios entre si. Todos não podem estar simultaneamente corretos, evidentemente, o que me leva a concluir que se um contato entre humanos e Deus(es) já ocorreu de fato, ele é muito confuso e/ou insatisfatório, pra gerar tanta falta de consenso. O que é de se esperar; você acha que numa tentativa de comunicação entre um homem e uma formiga, a formiga entenderia alguma coisa…?


E talvez por isso a cena seja tão difícil de entender, e gera tantas diferentes interpretações. É a “palavra de Deus”, explicando o significado da vida e do universo, pra alguém que não tem o aparato intelectual pra compreender.


E existe um paralelo bíblico para a reação do Neo de não entender/discordar/ficar puto com os planos do Arquiteto. Jesus nem sempre entendeu ou concordou com os planos de seu Pai; tanto no jardim do Getsemani (Lucas 22) quanto no Calvário (Mateus 27:46), isso fica patente.


Então é isso. Acho Matrix Reloaded um filme melhor do que damos crédito, E as partes que mais reclamaram fazem sentido dentro de seus contextos.


Pode chilicar aí nos comentários.


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Published on December 16, 2013 08:10

December 13, 2013

Pare de “olhar pro vômito” — uma dica extremamente simples pra viver feliz

vomito

Queria ilustrar o texto com um vômito mais fidedigno mas este é mais agradável.


Meus colegas da área de saúde irão provavelmente concordar — trabalhar num hospital te dá inúmeros insights sobre a condição humana. Nunca vou esquecer o dia em que fui ver um bebê (o atual epicentro da família, com os pais e avós orgulhosos tirando fotos, mimando, imaginando seu futuro), e literalmente logo em seguida tive que atender um senhor de mais ou menos 90 anos que chorava lamentando que não via a família há alguns meses. O velho, como tantos outros, havia sido basicamente esquecido no hospital e ia sem sombra de dúvidas morrer completamente sozinho.


E o tempo inteiro, eu não conseguia parar de pensar nessa dicotomia: 90 anos atrás, esse velhinho também foi o ponto focal, a pessoa mais importante de sua família naquele momento. E aquele bebê cujo pezinho eu acabei de furar tem chances boas de ser um dia abandonado num hospital, também.


E outro dia tive uma realização curiosa que eu gostaria de compartilhar com vocês.


Fui ajudar um amigo a fazer uma gasometria num paciente que eu já conhecia. Este sujeito tem câncer, e está fazendo quimioterapia. Os medicamentos são bem agressivos, tem efeitos citotóxicos que nos obrigam a usar luvas especiais e tudo pra lidar com esse cara. O cara tá agonizando, basicamente.


E outro efeito dessas drogas é que elas zoam completamente o sistema digestivo do indivíduo. O cara tem que tomar nutrição parenteral, porque simplesmente não consegue comer NADA sem vomitar (e esse tipo de alimentação pra pacientes com câncer é controverso, ainda por cima). Ou seja, como você pode ver, o cara tá bem fodido.


Todos sabemos que câncer é um negócio desgraçado — mas uma coisa é saber isso de forma abstrata, e a outra é ver um cara definhando miseravelmente por causa disso, vomitando o dia inteiro e tal, ali na sua frente.


Pois bem. Estamos lá com o paciente fazendo as paradas. Quando estão nessa situação, os pacientes costumam ter por perto vários pequenos receptáculos plásticos, em variados estágios de preenchimento de vômito. Em alguns você vê apenas algumas gotinhas de sputum — uma parada que, tendo trabalhado com microbiologia, posso dizer com toda certeza que é a coisa mais nojenta que sai do corpo humano –, outros totalmente cheios de vômito e quase transbordando. Alguns pedacinhos verdes, outros amarelhos, a maioria vermelho-sangue boiando na mistura asquerosa.


Temos ali uma variada coleção de material semi-digerido decorando todo o quarto do paciente, enquanto você tenta trabalhar.


E você descobre que é irresistível olhar pra porra dos baldinhos de vômito. Como o proverbial “com um olho no peixe e outro no gato”, eu fico lá com um olho na artéria e o outro no material que flutua num pequeno lago de vômito ali no potinho do lado.


kidney dish

Imagina isso aí, só que o plástico é verde. E cheio de vômito com bolinhas de papel higiênico flutuando em cima.


E como a mente é muito filha da puta, não basta você ficar o tempo inteiro olhando praquela porra de 5 em 5 segundos — começa também aquele exercício maluco de se imaginar sendo forçado a beber a parada ou coisas do tipo. “Se alguém colocasse uma arma na cabeça da minha mulher e dissesse que ia mata-la a menos que eu bebesse essa parada, eu conseguiria beber…?”


Como se ficar se forçando a olhar pra porra do vômito sem qualquer necessidade já não fosse masoquismo o suficiente.


Nossa mente tem dessas. A gente adora se chocar; este é o apelo de filmes de terror ou de brinquedos assustadores em parques de diversões. Há um acidente na estrada e você até diminui a velocidade, escaneando o ambiente intensamente, chegando até a se decepcionar um pouco quando percebe que o “show” já acabou e não tem mais ninguém estendido no chão.


Em suma, existe um mecanismo masoquista na nossa mente que nos compele a ir atrás daquilo que a gente não quer realmente ver.


regina

Alguns programas de TV inclusive devem sua audiência a este curioso fenômeno psicológico.


E aí eu tive uma súbita epifania.


O braço do paciente está AQUI. O kidney dish (o nome desses receptáculos) tá ALI, do outro lado, totalmente tangente à tarefa que eu preciso executar. Não é preciso que eu olhe pra essa porra. Não é preciso nem que eu PENSE nessa porra. Aquilo que é realmente importante está completamente desconexo às poças de vômito espalhadas pelo quarto, e eu posso executar essa tarefa sem olhar nem uma vez sequer pra coisa desagradável. Posso contorna-la totalmente.


E mais importante ainda — quando eu atentei a isso, que a execução do que realmente importa é completamente desrelacionado àquele elemento nojento da minha profissão, quando decidi prestar atenção total ao que tinha que fazer, eu percebi algo mágico.


Eu notei naquele momento que a tentação de me distrair com aqueles kidney dishes ia caindo pra segundo, e depois e terceiro planos. Tudo porque eu finalmente lembrei que eu simplesmente não tenho que ficar olhando pra eles, porque eu tenho algo mais importante bem aqui pra dar atenção.


E aí eu extrapolei isso pra outras situações na minha vida e percebi uma direta e curiosa correlação.


Todos nós temos “potinhos de vômito” ao nosso redor. Uma discussão no trabalho, briga com a esposa, término de namoro, uma conta mais alta do que de costume que te pega desprevinido, um desaforo no trânsito — coisas desagradáveis, que nos distraem e nos chateam, mas que são totalmente tangentes ao que você REALMENTE tem que fazer (estudar, trabalhar, se exercitar, escrever posts pro blog, gravar vídeos pro canal…).


Por motivos inexplicáveis, a nossa mente gosta de focar obsessiva e masoquisticamente nesses potinhos de vômito, e muitas vezes em detrimento do que é REALMENTE importante. É nessas que você decide pular a academia porque um colega de trampo falou alguma merda que te deixou totalmente de mau humor. Ou desiste de estudar porque brigou com a namorada e agora “não está com cabeça pra isso”. Quantas vezes um “potinho de vômito” roubou sua atenção de algo que era realmente importante…?


Se você chegar à mesma conclusão que eu — que esses “potinhos de vômito” são tão tangentes às coisas que você de fato precisa fazer que podem ser ignorados totalmente, pelo menos durante aquele momento –, você perceberá que tem o poder consciente de simplesmente parar de olhar pra eles.


Especialmente porque você não quer REALMENTE ficar pensando no namoro que acabou, na bronca que você levou do chefe, do desaforo que ouviu no trânsito. A gente se fixa nessas merdas porque, como já ilustramos, a mente é bem filha da puta. Ninguém quer realmente ver um corpo ensanguentado estendido no chão e ainda assim a gente sempre investiga uma cena do acidente.


Pare de olhar pro vômito. E sua vida será mais produtiva sem esse vômito te distraindo.


Seria fantasioso achar que uma epifania simples dessas vai ser capaz de te tornar um ubermensch mental, inabalável pelas intempéries da vida. Ser tão desapegado assim seria ótimo, mas não é um objetivo realista.


Ainda assim, se você conseguir ignorar ao menos momentaneamente os “potinhos de vômito” ao seu redor pra focar no trabalho/dieta/exercícios/estudos/seja lá o que for, este texto terá valido a pena. Da próxima vez que algo te chatear a ponto de te distrair do que é importante, tome a decisão consciente de não olhar pro vômito.


E lembre-se sempre: existem 7.12 bilhões de pessoas no mundo. Por que deixar UMA estragar seu dia, quando ela é uma fração tão insignificante da humanidade?


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Published on December 13, 2013 08:53

December 10, 2013

2 lições aprendidas com os flags que o YT deu na geral!

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:



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Published on December 10, 2013 18:44

[ Bobagem Internética do Dia ] PORRADARIA TOTAL COM CACHORRO E TÉRMICA DE CAFÉ!

Amigos, eu sei que sou uma pessoa horrível que certamente tem passagem já reservada pro inferno. Tenho péssimos ímpetos, falo mal dos outros, rio da desgraça alheia, coloco o feijão embaixo do arroz e cometo todo tipo de desvios sociais que garantem que minha alma sofrerá no colo de Pazuzu no além-vida.


Eu tento mudar, sabe? Às vezes dou dinheiro a obras de caridade. Outro dia elogiei uma colega de trabalho que sei que está passando por apuros no seu casamento e anda meio deprimida. Quando estou particularmente inspirado em me redimir por uma vida inteira sendo uma péssima pessoa, até re-encho a forminha de gelo pra minha mulher após usar todas as pedrinhas pra tentar esculpir sprites de Super Mario World com um palito de dente.


E eu começo a achar que esses pequenos gestos de bom coração poderão me salvar as chamas infernais que já senti até em alguns pesadelos. Só que às vezes algo aparece aqui na minha frente através da internet mundial de computadores em rede e eu lembro que estou invariavelmente condenado à perdição eterna porque minha alma é mais sebosa que um paninho que deixamos embaixo da pia durante um vazamento dos canos e está completamente coberto de mofo podre. A concentração de fungos ali é tão forte que olhar embaixo da minha pia conta como uma injeção de penicilina.


Então. Me mandaram este vídeo no tuíter.



http://www.youtube.com/watch?v=_C-ISTT8K8Q



Meus amigos, este vídeo tem apenas 35 segundos, mas eu creio ter rido mais o assistindo do que ri em toda a minha vida, incluindo os anos de lançamento das minhas comédias favoritas. Vamos fazer um post-mortem destes incríveis 35 segundos.


Primeiro, não há contexto algum em relação aos motivos da briga. Digo “motivos” porque um combate generalizado desse não pode ter sido desencadeado por UM motivo singular; este fenomenal troca-tapa tem todos os sinais clássicos de uma série de chateações que finalmente entrou em ebulição com a proverbial “última gota”.


O vídeo abre com duas pessoas já no chão, com uma terceira se aproximando com a maldade e crueldade e plantando um chute bem mirado no cu de uma das lutadoras. Outros personagens da batalha desferem seus próprios pontapés covardes nas brigonas que estão no chão. A sonoplastia aliás é um espetáculo à parte, emprestando emblemas sonoros que permearam nossas infâncias coletivas como a canção do Rocky e sons de Street Fighter.


Lá pros 6 segundos você percebe que o rapaz de laranja, que desferiu alguns sopapos covardes nas mulheres que estão no chão, recebeu rapidinho os frutos kármicos disso — aparece um sujeito de camiseta listrada que lhe planta uma mãozada nas costas e sai correndo em disparada. Este justiceiro noturno faz uma escala no outro maluco ali nas redondezas, pregando-lhe também um tabefe na orelha. Tão rápido quanto surgiu, este personagem misterioso some do vídeo.


…e é neste instante que o rapaz de laranja insere um soco bem no rosto da tiazinha que, por motivos que eu só posso especular, passeava pela briga com uma garrafa térmica a tiracolo.


soco


Aqui é necessário um disclaimer — bater em mulher é obviamente errado. Aliás: bater em QUALQUER PESSOA é errado, independente do gênero da vítima. Violência e selvageria são sem qualquer sombra de dúvidas o pior elemento da condição humana.


Só que mano… quando esta distinta senhora toma um soco bem no meio da cara, largando até sua amada térmica… Aliás, ela está com a garrafa na mão porque é de fato uma de suas mais importantes posses, da qual ela precisa tomar conta até mesmo quando uma briga estoura nas proximidades, ou porque estava usando-a como arma branca…? Tal qual o clássico filme Zapruder, esta gravação elucida alguns mistérios mas causa outros.


Então. Quando esta mulher toma um sopapo — uma inevitabilidade quando você está NO MEIO DUMA PORRADARIA né porra. Não consigo me padecer muito quando participantes voluntários de uma briga acabam levando –, é um momento único na história da internet brasileira.


O vídeo continua nessa porrada desorganizada quando DO NADA, aos 23 segundos, um ninja salta da escuridão tentando enfiar uma voadora na orelha dum cidadão.


voadora


Exceto que a trajetória foi mal calculada e o ninja urbano (ou rural, pelo jeito do vídeo) acaba é enfiando uma PELVIZADA no ombro de sua vítima.


Este vídeo é incrível. INCRÍVEL. Tal qual os livros do Onde Está Wally ou grandes clássicos do cinema, é preciso ver e rever pra absorver todos os detalhes.


Eu aconselho que você assista essa sequência focando em um personagem de cada vez, acompanhando toda a sua trajetória neste inacreditável vídeo.


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Published on December 10, 2013 03:00

December 6, 2013

Trailer do novo Homem-Aranha!

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Published on December 06, 2013 19:38

[ Vídeo impressionante ] Bêbada atropela motociclista e é perseguida por outros motoristas!

Rapaz, que negócio tenso.


Um taxista na Coréia do Sul estava lá sul-coreando por aí em seu veículo quando percebeu uma cena chocante: uma motorista bêbada enfiando o carro num motoqueiro. Observe aí aos 11 segundos (fique frio que os caras deram um blur na vítima, não é um vídeo tão forte quanto a descrição faz parecer:



http://www.youtube.com/watch?v=TpYPZ7EWnb8



Pois bem. A motorista bêbada arregaça o motociclista e sai fora avidamente. O taxista, que deve ter um pouco do sangue do Batman correndo nas veias, engata a 본a. marcha (o carro dele é em coreano) e sai no encalço da assassina em potencial.


Enquanto o taxista tenta seguir a mulher, presumivelmente já entrando em contato com serviços de emergência no celular ou algo assim, aparece o outro bom samaritano — o motorista de um Porsche branco, que decidiu que parar essa bêbada é uma tarefa mais importante que a integridade física da lataria do seu carro. E aí ele parte pra cima da mulher também, tentando fechar o carro dela e impedi-la de fugir.


Mas a mulher se mostra mais escorregadia que um sabão untado em manteiga sendo segurado por um sujeito sem mãos. Ela foge pela esquerda, e até toma alguma distância, mas o taxista e o cara do Porsche estão irredutíveis.


Eles voltam à perseguição dela e finalmente a fecham na saída do que parece ser um viaduto. O cara do Porsche, provando novamente se importar mais com pessoas que ele nem conhece do que com o seu próprio carro de luxo, coloca o possante na frente do carro da muié — arriscando que a doida se desespere e arregace o carro dele pra continuar a fuga.


Chega um terceiro carro e fecha a mulher completamente, e a jornada de terror dela acaba.


A boa notícia: o motoqueiro, miraculosamente, se feriu bem pouco e passa bem.


A má notícia: a mulher não foi nem presa. Aparentemente, na Coréia do Sul alguns tipos de crimes podem ser resolvidos pagando uma indenização em vez de cumprir pena (e este supostamente é o caso). A internet cogita que o motoqueiro deve ser meio pobre e preferiu pegar a indenização.


Bom — dos males, o menor, né!


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Published on December 06, 2013 17:30

December 4, 2013

Daily Drive: Inverno Brabo!

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Published on December 04, 2013 04:20

As 10 piores tatuagens que você já viu na vida

É preciso escolher uma tatuagem com muita sapiência. Como se sabe, tatuagem é tão irreversível quanto pegar aqueles duas pecinhas achatadas de LEGO e conecta-las com superbonder no meio.


lego

Já era, meu amigo!


Como qualquer pessoa que trabalha na área médica (e com isso vê muitos corpos nus, infelizmente) pode confirmar, as pessoas às vezes não levam isso em consideração quando dizem “é isso aí mesmo Seu Matuador, pode enfiar isso na minha pele permanentemente”. E por isso a gente acaba vendo pessoas como tatuagens como…


“Pray For Me”


1


E adianta? Agora você já fez essa tatuagem escrota na cara. O que vier agora na sua vida é lucro, eu orando ou não.


Stripper arregaçada


Clipboard04


A idéia era tatuar uma modelo de bikini após um namoro de 8 meses com o Chris Brown? Se sim, ficou fotorealista.


Mas que demônio é isso


tatuagem-coco1


“Quero uma tatuagem da minha filha mas ela tem umas mãos de tartaruga ninja e um corte de cabelo que lembra o do Fofão, será que vai ficar legal?”


*tatuador olha a foto da menina*


“Relaxa que tenho a impressão de que nem vão reparar nisso”


Cadê o outro braço dela?


porra


E após terminar essa tatuagem, o senhor Rob Liefeld estralou os dedos e voltou a desenhar outros 40 bolsos no Deadpool.


Há antibióticos pra isso, não?


boca


Se isso é o que o tatuador acha sexy, tenho medo de descobrir o que ele acha anormal ou nojento.


Pobre Freddie Mercury


freddie


Eu achava que morrer de AIDS* tinha sido a pior sina pro Freddie. Quem diria que ser imortalizado como um zumbi sem lábios na… hmmm.. vou chutar “perna” de alguém seria ainda mais indigno?


*não encha o saco


Espero que você não tenha pago por isso


lolwut


Quem terá sido o mestre que mesclou tão brilhantemente a sensibilidade artística de um tatuador de cadeia com a falta de habilidade de uma criança de 8 anos bolando um vilão pra revistinha em quadrinhos dele?


Com certeza


disaster


Num campeonato mundial de tatuagens, essa aí levava o prêmio de mais honesta.


Coitada da criança


caralho


Não bastava ter dado genes zoados pra criança, o pai ainda gasta dinheiro fazendo esta terrível tatuagem em vez de consertando o pé claramente deformado da filha. Filho? Se era pra usar fonte ilegível que usasse logo Wingdings, porra.


Meu jesus cristo


coitado


Eu entendo que trabalhar às vezes é chato, mas é preciso uma incrível ousadia pra decidir um dia “e sabe do que mais? Eu NUNCA quero ter outro emprego na vida”.


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Published on December 04, 2013 03:00

December 3, 2013

“Scroogled”, a nova campanha deselegante da Microsoft pra zoar o Google

scroogled

“Don’t get Scroogled”


Na época da guerra dos consoles de 16 bits, zoar abertamente a competidora era uma estratégia marketeira lugar comum até — e que resultava num sentimento fanboy acirradíssimo em defesa da sua marca predileta. Ou seja: era uma doutrinação que dava muito certo se você parar pra pensar.


A Sega apostou suas fichas no bordão “Genesis Does What Nintendon’t“, um trocadilho meio infame mas se você considerar que o público alvo era uma molecada de 10 anos, tava bom até demais. Hoje podemos revisitar as farpas da Sega em inúmeros comerciais em que ela esculacha diretamente os consoles da competição:



http://www.youtube.com/watch?v=mK0OFsWWzu4



E neste outro, eles satirizam o display monocromático do Game Boy:



http://www.youtube.com/watch?v=EVQ1fP7dNEE



Então. A indústria dos games amadureceu e com exceção daqueles comerciais vergonhosos do PSP em que a Sony tentava zoar quem jogar em celular, esse tipo de estratégia de marketing foi mais ou menos abandonada.


Aí a Microsoft me aparece com essa:



http://www.youtube.com/watch?v=-y2mqoDjQXI



O comercial é uma reinterpretação de programas americanos de reality TV como o Pawn Stars — e de fato, os dois malucos do vídeo são os caras do próprio programa. Pra quem não sabe, essas pawn shops são essencialmente lojas de penhores, e nesse programa os caras avaliam as tralhas que levam pra eles. Parece bem desinteressante porque na real, é uma premissa bem desinteressante mesmo.


Na propaganda, uma garota leva um Chromebook pra oferecer aos caras, na esperança de vende-lo pela quantia suficiente pra viajar pra Hollywood. Os caras então descontroem o Chromebook, apontando os problemas inerentes num computador cuja premissa é “você só pode fazer algo de útil nele quando está online” (um argumento que pode ser razoavelmente estendido pra qualquer computador na minha opinião, mas enfim), e que “não é um computador de verdade” porque não tem Windows e Office.


Servindo como um bom exemplo da máxima “não é O QUE você diz, é COMO você diz“, o comercial não fala nenhuma inverdade sobre o Chromebook, pra ser sincero — porém, o tom é condescendente do começo ao fim, e naturalmente a reação da internet foi imensamente negativa. Olha quantos dislikes essa propaganda recebeu.


Sem contar a ironia de usar um serviço DO GOOGLE pra reclamar dos serviços DO GOOGLE, né.


Ê Microsoft…


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Published on December 03, 2013 03:05

Izzy Nobre's Blog

Izzy Nobre
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