Izzy Nobre's Blog, page 55

October 23, 2013

5 livros que mudaram minha vida

5 LIVROS


Como já mencionei em inúmeros posts aqui no HBD, eu sempre fui um ávido leitor — e talvez não seja surpreendente o fato de que passei os últimos 10 anos escrevendo neste site.


Aliás, “sempre” é exagero. Quando moleque, eu lia AGRESSIVAMENTE, é verdade; mas é que naquela época havia menos distrações eletrônicas. Um SNES que só via jogos novos no meu aniversário e no Natal; um computador com Windows 3.11 e menos jogos do que o Lula tem dedos nas mãos, e principalmente, a ausência de internet (que eu só fui conhecer em 95-96).


Eu ocupava todo o meu tempo livre lendo, e isso enlouquecia minha mãe. Eu ia dormir tarde e incomodava meu irmão mantendo a luz acesa pra ler de noite; lia na mesa do almoço e inevitavelmente as páginas ficavam com um manchas de Rorschach à base de feijão.


Hoje em dia o vício na internet rouba meu foco e eu não consigo mais gastar meu tempo lendo com a mesma frequência.


Há 5 livros que causaram imenso impacto em mim que eu gostaria de recomendar, caso você ainda não tenha os lido.


5) Mundo Perdido, de Michael Crichton


mundo_perdido


Trata-se da continuação de Jurassic Park, do mesmo autor. Ganhei do meu pai quando tinha lá meus 12 ou 13 anos, e os temas de tecnologia genética e arqueologia me fascinavam. Li o livro inteiro em uns 3 dias, e ao terminar comecei a ler de novo imediatamente. Acho que ao longo dos anos li este livro umas 5 ou 6 vezes.


Foi provavelmente o livro que despertou meu interesse por ficção científica (algo que até então eu só tinha contato por causa de filmes). Aliás, ganhar os livros do Michael Crichton em datas comemorativas virou uma tradição familiar que comentei neste texto em que lamento a morte prematura do autor.


4) 1984, de George Orwell


1984


Faltam-me adjetivos pra descrever 1984. Absurdamente influente, praticamente todo outro livro ou filme de futuro distópico com governo empregando níveis maquiavélivos de controle da população basea-se, pelo menos em parte, no clássico do George Orwell (tanto é que o termo Big Brother, o Grande Irmão, virou referência cultural identificada até porque quem nunca leu o livro.


1984 chega a ser assustador de tão opressivo que é o mundo narrado pelo Orwell. De fato, a cada nova descoberta sobre meios de vigilância e/ou manipulação da mídia empregadas por governos ao redor do mundo real, é impossível não lembrar do Partido e de seus métodos orwellianos de controle. Olha o quão influente esse filho da puta foi: o nome dele virou SINÔNIMO de distopia e métodos políticos desgraçados!


O livro começa meio devagar — por isso comecei e abandonei umas 3 vezes antes de finalmente ler por completo –, mas vale muitíssimo a pena.


E só de lembrar, deu vontade de ler de novo.


3) Encontro Com Rama, de Arthur C Clarke


encontro


Li sobre Encontro com Rama quando tinha uns 10 ou 11 anos, e a descrição do livro de acordo com a revista Superinteressante me deixou fissuradíssimo. Um grupo de astronautas vai investigar uma imensa espaçonave ciíndrica de origem alienígena. Dentro de seus 50km de extenção, eles encontram um micro-mundo ao redor das paredes internas da nave. A coisa é tão alien que é realmente difícil de escrever, olha esse vídeo aqui pra entender melhor.


O livro é um hard scifi delicioso; o ambiente de Rama e a exploração dos astronautas é foda pra cacete. O livro nem é muito longo, então eu vos encorajo a cobrir esta lacuna na sua formação nerd e ler Encontro Com Rama urgentemente.


Encontro Com Rama despertou em mim um profundo interesse por ciência/ficção espacial. Até hoje, durante a noite, eu olho pras estrelas e me pergunto se existe em algum lugar algo tão tremendo quanto a nave Rama.


Ah, e ignore as continuações. CONFIE EM MIM. Apenas confie. As continuações de Rama fazem a Nova Trilogia de Star Wars parecerem um misto de Citizen Kane com Breaking Bad. E sim, mesmo com Jar Jar e tudo.


Por favor, confie em mim. Eu não ouvi as resenhas da Amazon, comprei as 3 continuações e odeio a mim mesmo desde então. Há pouquíssimo que se aproveite nelas.


2) Rainbow 6, de Tom Clancy


rainbow


Rainbow 6 se distingue porque foi a primeira vez que vi o nome de um jogo na capa de um livro. Hoje a literatura gamer já é lugar comum; praticamente todo jogo tem uma versão também nas livrarias. Naquela época, no entanto, era inédito pra mim.


A trama do livro trata de um grupo paramilitar super secreto (a Rainbow. E assim como Frankenstein é o cientista e não o monstro, Rainbow 6 é o líder da agência — o John Clark –, não a própria agência) e de um plano de cientistas ambientalistas de liberarem um vírus que dizimará a raça humana.


O livro é uma bíblia de tão grande, mas tem ação cinematográfica e intriga internacional o tempo inteiro, do começo ao fim. Facilmente um dos melhores livros do gênero pra mim, e uma ótima forma de entrar no universo do Tom Clancy (porque o livro é bem à parte da série do Jack Ryan/John Clark, dá pra ler de boa sem nem conhecer os personagens. É meio que uma aventura “arco fechado”, pra usar a terminologia de quadrinhos)


1) O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger


apanhador


O Apanhador no Campo de Centeio se destacou pra mim logo de cara por causa do formato — “é como se fosse um garoto escrevendo um blog!”, é como eu descrevi o livro pra minha namorada da época, que me deu o volume.


Lá nos idos do começo dos anos 2000, eu vivia e respirava a mídia blogueira. Eu lia diariamente todos os “famosinhos” da época — garotos de classe média alta particularmente inteligentes que descreviam o mundo ao seu redor com cinismo, um pouco de rabugice, e insights com os quais eu me identificava muito. E a narrativa do Holden Caulfield, o protagonista, é basicamente isso aí.


Como conheci o livro bem nessa época áurea dos blogs brasileiros (Utopia Dilucular, Sutil Como um Paquiderme, Não Vá Se Perder Por Aí, entre outros), fiz imeditamente a conexão entre os estilos de escrita destes blogs e do clássico do Salinger.


A outra característica digna de nota é a seguinte: por via de regra, as primeiras experiências que muitos de nós tem com livros são aqueles paradidáticos escolares. Em sua maioria, são livros “seguros”, que não erguem lá tantos questionamentos sobre a vida, ética, moral, o papel dos adultos na liderança do mundo, etc.


Tendo em vista esse contexto, o Apanhador… é extremamente subversivo. O protagonista escrotiza seus professores, diretores, os pais, os colegas de sala, basicamente tudo e todos. Foi realmente estranho ler um livro cujo protagonista é tão crítico, e ao mesmo tempo foi impossível não se identificar com a pequena crise de identidade que o maluco passa. Quem não passou pela tradicional fase de revolta adolescente?


Quais foram os 5 livros mais influentes pra você?


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Published on October 23, 2013 06:00

October 22, 2013

Pokemon X/Y e novos iPads!

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:



Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on October 22, 2013 20:02

October 20, 2013

Daily Drive: Vacilão no trânsito e presepada no Burger King!

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Published on October 20, 2013 17:20

October 19, 2013

Outono, Pokemon e outros assuntos aleatórios no carro!

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Published on October 19, 2013 18:50

[ Vergonha Alheia do Dia ] Malandros usam lei de Gerson pra burlar o refil de refrigerante do Burger King

otários


Em 1999, eu fui para os EUA pela primeira vez com meus pais. Tínhamos amigos em NYC; na nossa passada por lá, saímos com a molecada pra um Burger King das redondezas.


Era o ano de lançamento do primeiro filme de Pokemon, e a rede estava dando em seus lanches para crianças vários bonequinhos da franquia multibilionária da Nintendo. Por causa disso, toda a minha subsistência foi baseada em lanches do Burger King.


Guloso que sempre fui, terminei meu refrigerante e passei a roubar alguns goles do do meu irmão. Essa repetição de “do do” ficou escrota mas garanto: está gramaticamente correta, não encham meu saco por favor. Nossos amigos (brasileiros mas que moravam nos EUA desde bebês de colo) riram e explicaram que se eu quisesse, podia pedir pra atendente encher meu copo de novo.


Ué, de graça?!” eu perguntei embasbacado.


Isso“, explicou o moleque. “Eles enchem de graça, é só pedir um ‘refil’ que eles enchem seu copo“.


Mais tarde o pai dos moleques explicou que refrigerante é na realidade uma parada super barata; ao pagar o preço do copo na real o restaurante já tirou um lucro tão substancial que eles não perdem tanto em oferecer aos clientes alguns goles extra.


Lembro que voltei pra casa pensando que esta seria uma das muitos sisteminhas dependentes de um “honor system” que não funcionariam — ou não, já que eventualmente esse esquema de refil chegaria ao nosso país.


Aí vejo um vídeo como esse abaixo, que prova que eu estava certo desde o começo.



No vídeo, estes revolucionários burladores de sistemas estudaram o regulamento que rege a prática do refil (que no Brasil tem um monte de cláusulas e uma limitação de 30 minutos; posso estar enganado mas até onde eu sei os sistemas gringos não têm tantos pormenores) pra passar a perna no restaurante. Armados com um galão daqueles de 20 litros, os rapazes foram lá com a intenção de levar muito mais refrigerante do que tem direito.


Os funcionários do restaurante tentam impedir a molecada, mas eles insistem que têm direito de essencialmente dar prejuízo no restaurante e impedir consumidores legítimos de terem acesso à máquina. A gerência do restaurante se vê obrigada a desliga-la antes que os moleques roubem toda a porra do refrigerante.


Sim, ROUBEM. Não há outro termo pro ato de adquirir algo sob meios excusos e sem pagar o devido valor.


E o pior é que os autores do vídeo — e muitos dos que os acompanham, aliás — acham a proeza digna de palmas. É uma situação bem parecida com aquelas em que um site posta preços claramente errados e uma multidão de safados correm pra comprar dúzias de computadores e HDTVs. Ou seja: o sujeito sabe plenamente que está abusando de uma tecnicalidade pra “enriquecer sem causa”, como descreve o Código Civil, mas tá pouco se fodendo porque é mais importante se dar bem — mesmo quando o prêmio é uma mixaria; uma porra dum refrigerante — do que ter boa índole.


Aí depois reclamam de Mensalão, de deputado aumentando os próprios salários…


No Brasil já é de praxe ser mal atendido e não gozar dos mesmos serviços e privilégios oferecidos no exterior. O refil do refrigerante era um bom exemplo; eis outro — se compro uma bobagem eletrônica qualquer aqui no Canadá, a maioria das lojas permitem devolve-la sem dar motivo ALGUM (e às vezes até mesmo sem o recibo). Meu pai fez um vídeo explicando uma ocasião em que ele usou desse privilégio.


Minha mulher me presenteou com um MacBook Air de 64gb de SSD, voltei na loja, devolvi-o, e fui em outra que tinha o modelo de 128gb disponível. A loja não embaça em momento nenhum e eu não precisei nem mentir sobre o motivo pelo qual estou devolvendo o computador. “Vou ali na loja ao lado pegar o modelo com mais espaço porque vocês estão sem”, “ahhh beleza”. E pronto.


Se você algum dia se perguntou por que esse tipo de coisa não é oferecida no nosso país, o vídeo acima é um bom motivo disso.


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Published on October 19, 2013 18:29

October 18, 2013

PS4 por 4 mil reais? QUE É ISSO MANO!

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Published on October 18, 2013 22:08

October 13, 2013

Tentou roubar uma moto, TOMOU NA BUNDA

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:



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Published on October 13, 2013 20:02

As 3 músicas mais tristes da minha library do iTunes

Uma dos comentários que eu mais recebo nestes anos de atividades internéticas é “Izzy Nobre, você é um dos filhos duma puta mais escrotos que eu conheço“. Aliás, eu aprendi rapidinho que pesquisar “IZZY NOBRE” no search do Twitter é um exercício de masoquismo.


Outro comentário que ouço com frequência similar é “nossa o Izzy Nobre mora no Canadá e tem uma vida bacana (aqui eles geralmente enumeram motivos que não transcreverei pra que não soe como auto-bajulação)! Que inveja“.


E depois eu tenho que explicar pro terapeuta porque sou neurótico e emocionalmente retardado. Esse iô-iô oscilando entre depreciação e bajulação é o suficiente pra desalinhar completamente a auto-estima e a bússola de identidade de alguém…


Mas voltando ao assunto: músicas tristes. Mais especificamente, este hábito de auto-sabotagem extremamente nocivo mas igualmente inevitável de ouvir músicas tristes quando estamos pra baixo.


Por que fazemos isso com nós mesmos, aliás…? A melancolia da canção entra em ressonância com a nossa própria, como pêndulos, dando combustível emocional à sua tristeza e piorando ainda mais a sua situação. E por algum motivo, quase todos nós fazemos isso.


Pensando nisso, e reparando que músicas tem um play count em franca ascenção recentemente no meu iTunes, pensei em compartilhar esta listinha com vocês.


Hurt – Johnny Cash



http://www.youtube.com/watch?v=3aF9AJm0RFc



Você já sabia que essa música ia aparecer, então é melhor abrir a lista com ela.


Escrita originalmente pelo Trent Reznor do Nine Inch Nails (que a interpretava com uma pegada bem diferente), Hurt é basicamente o hino oficial da melancolia. Nela (e especialmente no clipe da versão do Cash), o cantor parece analisar sua vida, os altos e baixos, pra entender porque ele sente tanta dor.


E ele decide que, no balanço final da sua vida, as coisas não deram muito certo, ao ponto de que ele sequer sabe quem se tornou…


What have I become/My sweetest friend?


…mas que é tarde demais pra mudar isso, e que ele já perdeu pessoas importantes por causa dos seus erros…


Everyone I know/goes away in the end


…e que ele trocaria todos os seus accomplishments (que a essa altura não valem nada pra ele) pra recomeçar…


And you could have it all/My empire of dirt


…mas que isso não adiantaria, porque ele está quase fadado a repetir os mesmos erros…


I will let you down/I will make you hurt


…e por isso, mesmo na sua fantasia impossível de consertar tudo, ele se vê inevitavelmente preso ao ciclo de esculhambar tudo de novo.


Landslide – Fleetwood Mac



http://www.youtube.com/watch?v=WM7-PYtXtJM



Boa parte de vocês entrou em contato com essa música graças ao episódio 7 da 15a. temporada de South Park, entitulado You’re Getting Old. O episódio lida com o personagem principal percebendo que está ficando velho, e que as coisas ao seu redor estão mudando de uma forma além do seu controle, e como isso é um processo sem volta que mudará completamente a pessoa que ele é. Dá pra ver a cena final do episódio aqui.


Admito antes de mais nada: eu chorei ABSURDAMENTE vendo esse episódio. Tipo, de soluçar mesmo. Você não tem a menor noção, mano. Eu tava sozinho em casa, já tava meio pra baixo naquele dia, pensando justamente nos temas de envelhecer — estou na beirada dos 30 anos. Tipo, eu lembro quando MEU PAI tinha por volta dessa idade, cara! Pra onde minha juventude foi?! — e deixar tantas coisas pra trás.


Well, I’ve been afraid of changin’

‘Cause I’ve built my life around you

But time makes you bolder

Even children get older

And I’m getting older too


A cantora está percebendo que está envelhecendo (e detalhe, a Stevie Nicks tinha 25 anos quando escreveu essa música), e que as coisas não serão mais as mesmas. E como qualquer ser humano, ela está com medo dessa mudança.


Eu particularmente tenho completo pavor do fato de que estou ficando velho. E de que um dia, isso tudo vai acabar. A propósito…


Who Wants To Live Forever – Queen



http://www.youtube.com/watch?v=_Jtpf8N5IDE



A música combinava perfeitamente com a série Highlander — a melancolia de um ser imortal percebendo que esse poder é uma maldição tanto quanto é uma benção (e talvez até mais), porque ele está condenado a ver as pessoas que ama morrerem.


A parte da letra da música que absolutamente me destrói é logo no começo.


There’s no chance for us

It’s all decided for us

This world has only one sweet moment set aside for us


Essa letra tem o efeito de um punhal enferrujado no meio do meu coração.


A música trata da efemeridade das nossas próprias vidas; ela realça o fato de que você é um mero acidente genético que está caminhando nesse planeta totalmente por acaso, com uma data de expiração pre-programada nos seus genes — que vai causar suas células a se dividirem incessantemente até que o encurtamento dos seus telômeros causem seu corpo a ir pifando aos poucos, até acabar de vez.


Todas as pessoas que você conhece são um resultado do mesmo produto do acaso. Todas elas estão aqui temporariamente, igual você. Todas elas irão morrer um dia, igual você. Não há como escapar disso (“there’s no chance for us“), os mecanismos biológicos que regem sua breve passagem por este planeta foram determinados antes mesmo de você nascer (“it’s all decided for us“).


Não há saída. E o mundo decidiu que haverá apenas um breve “doce momento” pra que nós interajamos uns com os outros.


Os seres humanos, essas bombas-relógio ambulantes, esbarram-se umas com as outras, descobrem afinidades, estabelecem relacionamentos, riem, choram e vivem juntos — e um dia, são separadas definitivamente, e eternamente.


Isso é tudo que temos juntos. Um doce momento. Seu relacionamento com seus pais, amigos, namorado(a), esposo(a), todas estas “conexões” estão sujeitas às mesmas condições. Você tem essa pessoa temporariamente; ela entrou na sua vida de passagem. Em breve, ela irá embora.


E como não sabemos nem quando isso acontecerá, esse EM BREVE pode ser muito mais breve do que você espera.


Esta imagem do Reddit (que eu postei aqui quando descobri que uma fã do HBD que conheci aqui em Calgary faleceu) explica de forma mais eloquente que eu. Nela, o Richard Dawkins e o Christopher Hitchens (duas importantes figuras do movimento ateu/livre pensador) trocam um abraço carinhoso.


Este segundo tem cancer terminal.


Eu tenho vontade de chorar quando vejo esta imagem :(


Vou traduzir pra você.


É estranho, pensar na morte sendo um ateu. Pra entender que depois de tudo, você simplesmente cessa de ser.


Dawkins e Hitchens ambos sabem que o que está vindo é permanente. Não há final feliz, não há chance de reencontro ou redenção em outro plano. Morte será uma despedida final, permanente e absoluta.


Naquele abraço, não é simplesmente o fato de que o Hitchens significa bastante pro Dawkins. É o fato de que ele sabe que em breve, eles serão separados pela eternidade. E mesmo assim, no tempo e espaço infinitos, dois tiquinhos de consciencia, contra toda a probabilidade, tiveram a oportunidade de gozar de um breve período de lucidez da vida e tocar um ao outro antes de retornar pra sempre pro vazio eterno.


Honestamente, não há nada mais importante do que a epifania de que essa vida, esta única vida que temos, é tudo que jamais teremos. Quando acabar, acabou. De certa forma, isso dá mais santidade e significado pras nossas vidas do que qualquer religião jamais poderia“.


Pensem nisso.


Vejo vocês amanhã.


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Published on October 13, 2013 14:08

October 11, 2013

3 truques essenciais pra sua vida!

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Published on October 11, 2013 19:44

October 8, 2013

HBDtv: Comprei o carro dos meus sonhos!

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Published on October 08, 2013 15:50

Izzy Nobre's Blog

Izzy Nobre
Izzy Nobre isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
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