Izzy Nobre's Blog, page 44

March 12, 2014

Cinco histórias bíblicas que te contaram errado (incluindo o fato de que Lúcifer na verdade é… Jesus!)

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Por sermos naturais de um país cuja cultura sofre fortíssima influência das tradições judaica-cristãs, por mais que você não seja desta fé você deve conhecer todos os grandes mitos religiosos deles.


Adão e Eva comendo a maçã proibida, a imagem do anjo clássico com auéola, duas asinhas, e uma harpa; a Arca de Noé com seus pares de animais, os três reis magos visitando o bebê jesus… essas narrativas (em vez de conhecimento exclusivo de estudiosos do assunto) são basicamente de domínio público até pra quem nunca abriu uma bíblia. A maior parte dessas histórias já apareceu em tantas outras mídias que praticamente todo mundo conhece.


Só que existe um problema curioso nessas histórias bíblicas que a gente ouve por aí sem jamais ter pego o texto pra ler por nós mesmos. Como na clássica brincadeira de telefone, em que uma mensagem vai se fragmentando a cada recontagem, essas histórias bíblicas tão comuns geralmente foram passsadas pra gente com umas variações bem significativas.


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Adão e Eva não comeram uma maçã, por exemplo. O texto bíblico fala apenas de “fruto do conhecimento do bem e do mal”. Acompanhe a passagem de Gênesis 3:1-6


1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse ã mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?


2 Respondeu a mulher ã serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,


3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.


4 Disse a serpente ã mulher: Certamente não morrereis.


5 Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.


6 Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.


Como se pode ver, o texto jamais identifica o que seria o tal fruto. A imagem da maçã surgiu nas representações medievais da cena, e acabou se tornando o padrão.


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Anjos também nunca são descritos como a imagem que nos vem à mente quando pensamos nessas entidades. Em Ezequiel 1:5-11, anjos são descritos como…


5 (…) esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem;


6 cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.


7 E as suas pernas eram retas; e as plantas dos seus pés como a planta do pé dum bezerro; e luziam como o brilho de bronze polido.


8 E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e todos quatro tinham seus rostos e suas asas assim:


9 Uniam-se as suas asas uma a outra; eles não se viravam quando andavam; cada qual andava para adiante de si;


10 e a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e a mão direita todos os quatro tinham o rosto de leão, e a mão esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi; e também tinham todos os quatro o rosto de águia;


11 assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas em cima; cada qual tinha duas asas que tocavam


12 E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.


Tá mais pra um monstro bizarro, não é mesmo…? Um bicho com quatro cabeças de animais diferentes, 4 asas (serafins tinham seis), pé de bezerro… bastante diferente da imagem dos anjos que conhecemos na mídia tradicional.


A propósito, a bíblia nunca descreve anjos tocando harpas, mas a essa altura eu imagino que você já estava antecipando isso. E a auréola também foi uma criação medieval.


Noahs-Ark-


E a Arca de Noé? Se eu te perguntar quantos animais entraram na arca, 99% das pessoas que conhecem a história dirão “dois, ué. Um macho e uma fêmea de cada criatura”. E 99% das pessoas estarão erradas, porque…


7 Depois disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.


2 De todos os animais limpos levarás contigo sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea;


3 também das aves do céu sete e sete, macho e fêmea, para se conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra.


Ou seja, dos animais “limpos”, entraram sete casais na arca. Dos “impuros” (e por que Deus queria salvar os animais que ele mesmo declarou “impuros”, ou por que a solução dele incluia matar todos os animais que não entraram na arca, eu não sei), apenas o casal que você ouviu falar.


Eu chuto que muitos de vocês JAMAIS tinham ouvido essa versão de sete pares de animais (ou seja, catorze em vez de meros dois). Olha a brincadeira do telefone alterando o a história aí novamente.


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E os três reis magos? A bíblia NUNCA fala que eram três, e nem reis. O que acontece é que eles deram três presentes ao bebê Jesus, e ao longo dos anos a história foi recontada pra simbolizar que cada mago teria sido responsável por cada presente — e daí, três magos.


Mas o texto bíblico jamais diz quantos eram. Em Mateus 2:7-11, lemos que…


7 Então Herodes chamou secretamente os magos, e deles inquiriu com precisão acerca do tempo em que a estrela aparecera;


8 e enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino; e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.


9 Tendo eles, pois, ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto quando no oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.


10 Ao verem eles a estrela, regozijaram-se com grande alegria.


11 E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra.


Olhaí. O presépio da sua avó e todas aquelas peças escolares estavam errados. A interpretação dos magos como REIS aliás, vem de Salmos 72 — um livro e capítulo completamente não-relacionado, aliás — em que o salmista (possivelmente o Rei Davi) fala poeticamente que reis deveriam pagar tributo a Deus (simbolizando que eles estão muito abaixo do Criador).


A lógica foi basicamente “o salmista falou que Deus é tão foda que reis deveriam dar presentes a ele. Uns caras deram presentes a Jesus. Jesus é Deus, então aqueles caras logicamente tinham que ser reis”. Uma cambalhota lógica.


Então. Essa longa introdução é pra já te deixar preparado para a chocante realidade que eu vou expôr nesse texto. Ela vai contra o que você acredita ser uma das BASES da narrativa bíblica — a origem do inimigo de Deus.


Vamos primeiro recapitular a história que todo mundo conhece sobre o diabo.


Satanás teria sido originalmente um anjo chamado Lúcifer, um dos maiorais da hierarquia celeste. Lúcifer se enciumou do poder de Deus, e almejava um golpe de estado contra o Criador. Ele perdeu a batalha, junto com o terço de anjos que ele conseguiu convencer, e foi então enviado ao inferno.


E se eu te disser que essa história JAMAIS aparece na bíblia; que em todas as ocasiões em que o diabo é mencionado, não há conexão com Lúcifer? E que essa narrativa inteira é uma colcha de retalhos baseada em versículos isolados de seu contextos e misturados sem qualquer motivo coerente…?


Primeiro temos que entender o significado de “Lúcifer”. Lúcifer é uma derivação do termo latim “lucem ferre”, ou seja, “aquele/aquilo que traz luz”. O termo tem sentido literal (aquele ou aquilo que literalmente traz luz, como uma fogueira ou uma estrela, por exemplo) e significado figurativo (alguém iluminado, em destaque, em posição superior aos demais).


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Existiu uma marca de palitos de fósforo justamente com esse nome, sendo no caso usado de forma literal — “aquilo que traz luz”


Por falta de termo melhor, podemos dizer que “lúcifer” significava “o fodão”, “o pica das galáxias” em bibliquês.


Na bíblia, o termo “Lúcifer” é usado simultaneamente de forma literal e figurativa quando é empregado para descrever o planeta Vênus. E por que?


Vênus é um dos corpos celestes de mais brilho no céu da manhã (ou seja, está “trazendo luz”), e ao mesmo tempo se destaca dos demais objetos espaciais (“o fodão” do céu). Vemos o planeta Vênus sendo chamado de “Lúcifer” neste contexto duplo diversas vezes na bíblia.


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Agora chegamos na tal história do anjo rebelde que caiu do céu. Existem duas (isso mesmo, só duas) passagens bíblicas que dão suporte a essa interpretação.


A primeira é Isaías 14:4-24


4 Então proferirás este provérbio contra o rei de Babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!


5 Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.


6 Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.


7 Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.


8 Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar.


9 O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações.


10 Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.


11 Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão.


12 Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!


13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.


14 Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.


15 E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.


16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?


17 Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?


18 Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.


19 Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.


20 Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.


21 Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.


22 Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de Babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.


23 E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o SENHOR dos Exércitos.


24 O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará.


Se você ler APENAS o versículo grifado, e já estando familiarizado com a história que ouviu a vida inteira, você diria “não, tá tudo certinho aí. Olha Deus falando pro diabo que ele foi soberbo, vacilou e se fodeu!”.


Entretanto, se você de fato ler a passagem, verá que ela não conta história de anjo rebelde caído coisíssima nenhuma. Neste trecho, Deus mandou seu profeta chegar lá no rei da Babilônia (que de acordo com a bíblia, neste período, estava escravizando os judeus) e mandar a real — o rei era outrora o “fodão” da região, e em sua soberba resolveu mexer com os filhos de Deus, e agora ele vai tomar no cu por causa disso.


Se você sequer ler o versículo inteiro, reparará que o trecho “…como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!” não faz sentido se o trecho se direcionava ao tal anjo rebelde (não faz sentido o sujeito estar dando um esporro num rei e DO NADA, numa frase solta, explicar a origem do inimigo de Deus, também; isso é uma gritante descontextualização).


Não existiam nações ainda quando o anjo supostamente caiu; dizer que ele “debilitava as nações” como uma referência ao seu papel antes da queda não faz sentido.


Ou seja: “Lúcifer”, a “estrela da manhã”, foi usado pra descrever um sujeito que era um líder distinto, mas cuja ambição o levará ao caralho. O trecho que supostamente explica a origem de Satanás era uma frase retórica; era, de acordo com o profeta, o que outros grandes líderes diriam ao ver que o rei outrora poderoso tomou no rabo com areia.


A outra passagem que supostamente identifica a origem de Satanás como um anjo caído se encontra em Ezequiel 28. E  contexto, não surpreendentemente, é idêntico: um profeta indo levar a mensagem a um monarca soberbo que ele fodão só por enquanto, mas que está prestes a se foder:


2 Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Visto como se elevou o teu coração, e disseste: Eu sou um deus, na cadeira dos deuses me assento, no meio dos mares; todavia tu és homem, e não deus, embora consideres o teu coração como se fora o coração de um deus.


3 com efeito és mais sábio que Daniel; não há segredo algum que se possa esconder de ti.


4 Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste para ti riquezas, e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros.


5 Pela tua grande sabedoria no comércio aumentaste as tuas riquezas, e por causa das tuas riquezas eleva-se o teu coração;


6 portanto, assim diz o Senhor Deus: Pois que consideras o teu coração como se fora o coração de um deus,


7 por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor.


8 Eles te farão descer ã cova; e morrerás da morte dos traspassados, no meio dos mares.


9 Acaso dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou um deus? mas tu és um homem, e não um deus, na mão do que te traspassa.


10 Da morte dos incircuncisos morrerás, por mão de estrangeiros; pois eu o falei, diz o Senhor Deus.


11 Veio mais a mim a palavra do Senhor, dizendo:


12 Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-te: Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.


13 Estiveste no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda pedra preciosa: a cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.


14 Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas.


15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade.


16 Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas.


17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei; diante dos reis te pus, para que te contemplem.


18 Pela multidão das tuas iniqüidades, na injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra, ã vista de todos os que te contemplavam.


19 Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; chegaste a um fim horrível, e não mais existirás, por todo o sempre.


Novamente, o trecho grifado faz (muito vagamente) alusão a alguém que estava numa posição de confiança perante Deus. No entanto, a passagem deixa claro que este alguém era um príncipe que Deus até agora deixou prosperar de boa, mas que ele começou a exagerar um pouco e agora vai ter que pagar a conta.


Nada nessas duas passagens fala de “anjo rebelde” nem nada do tipo. Eram passagens falando de HOMENS rebeldes, e o palavreado lírico usado pra descrever um homem “superior” foi extrapolado de forma literal.


“Mas e o papo de um terço de anjos rebeldes serem lançados no inferno junto com o Diabo, isso veio de onde então?”


Veio de uma leitura atrapalhada de Apocalipse 12.


1 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.


2 E estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar a luz.


3 Viu-se também outro sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas;


a sua cauda levava após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que estava para dar a luz, para que, dando ela a luz, lhe devorasse o filho.


5 E deu a luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.


6 E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.


7 Então houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam,


8 mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu.


9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.


Antes de mais nada, é preciso explicar o que é o Apocalipse. O livro do Apocalipse, também conhecido como “A Revelação de São João” (em inglês inclusive se chama “Revelations”, não “Apocalipse”) trata-se de uma série de visões que João teve sobre o fim do mundo. E portanto, a descrição de suas visões narram o FUTURO, e não o passado. Uma vez que você comprende isso, é bastante elementar que o livro não está explicando a origem de nada, mas sim o fim — do mundo.


E repare que o livro jamais diz que o “terço das estrelas” e que os “anjos do Diabo” são a mesma coisa. Os anjos do Diabo são algum tipo de criatura espiritual, mas a bíblia JAMAIS diz que eles estavam a comando de Deus e foram subvertidos.


Assim como o próprio Diabo jamais esteve sobre ordens divinas até o dia que virou casaca.


Pra fechar o argumento de que “Lúcifer” jamais é usado na bíblia pra simbolizar um anjo caído, sabe que outro personagem bíblico é descrito com esse nome?


Jesus. Isso mesmo. Acompanhe Apocalipse 22:16:


Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a estrela brilhante, e da manhã.


A Segunda Epístola de Pedro também não deixa dúvidas sobre o termo, quando o usa pra se referir a Jesus:


E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.


Sabe qual o termo usado nesse trecho em latim?


et habemus firmiorem propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernae lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus vestris


E é isso. Em nenhuma ocasião em que o Diabo aparece na bíblia, ele JAMAIS é identificado como um anjo caído.


Esta história — e suas ramificações — são perpetuadas há taaaaaanto tempo que quase parece que ninguém está realmente LENDO a bíblia, estão apenas seguindo e repetindo interpretações erradas que já se solidificaram ao status de tradição imutável.


E aí fica a pergunta.


QUE DIABO É ISSOnão.


Que outras histórias ou ensinamentos bíblicos estariam completamente errados…?


Sobre que outras partes da bíblia o seu pastor está errado…?


Por que ninguém na igreja JAMAIS abordou o fato de que Jesus é descrito como Lúcifer duas vezes na bíblia…?


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Published on March 12, 2014 10:40

March 11, 2014

[ Pergunta do Dia ] Que joguinho você ADORA, apesar de não ser muito bom nele?

Antes, uma explicação: nesta nossa internet, eu passei a usar o termo “JOGUINHO” quase exclusivamente após perceber na área de comentários do meu vlog que a galera GAMERZONA HARDCORE LEETPLAYS COMPREI UMA GEFORCE NOVA retorce o cu de tanta raiva, porque vêem o termo como “ofensivo”, ou jocoso.


Então! Existem sempre aqueles J O G U I N H O S que por mais que a gente não se saia lá tão bem, continuamos jogando e curtindo pra caralho por anos. Talvez por muita devoção àquele estilo particular de gameplay, ou talvez por uma veia meio masoquista, às vezes rola que o game que tu mais gosta é o que mais te enraba.


Uma espécie de Síndrome de Estocolmo gamer, talvez?


Enfim. No meu caso, o joguinho que eu adoro mas sempre me fodo é a série Advance Wars inteira.



A série Advance Wars, assim como o caralho segundo o samba-enredo da Unidos do Caralho a Quatro, “desde os tempos mais primórdios tá aí“. A franquia nasceu no NES, vulgo Nintendinho, em 1988. Boa parte de vocês nem era nascido. Eu tinha míseros 4 aninhos.


Repare que o jogo é tão foda que com exceção de uma leve recauchutada nas sprites e tal, e uma vitaminada na palheta de cores, muito pouco dos elementos de gameplay mudaram desde aquela época.


Isso é um feito sem paralelo no mundo gamer. Se tu coloca, sei lá, um Mario atual do lado do Super Mario Bros do NES, é bem difícil reconhecer que são a mesma série. Já Advance/Famicon Wars começou tão bem mesmo lá no tão limitado Nintendinho que não foi necessário mudar muito assim nas edições seguintes. Olha o Famicon Wars aí:


wars

Como melhorar perfeição?


A série chegou nas margens americanas em 2001, com o absurdamente clássico excelente Advance Wars do GBA.


No que foi talvez a única cagada da série, ao renomear a franquia cairam vítima daquele negócio de atrelar “ADVANCE” no nome do jogo só porque era nome do console; um negócio beeem típico nos primeiros games daquele portátil.


Ok, tudo bem que isso foi em boa parte pra seguir o padrão do Famicon Wars. E aceito também que essa metodologia funcionou nos títulos “SUPER” do SNES (Super Mario World, Super Metroid, Super Return of the Jedi). Só que repare que isso geralmente (ou sempre) era em casos em que a franquia já tem um nome/identidade bem distintos. Tire o “SUPER” daqueles games e eles ainda tem seus nomezinhos próprios e tal. Tire Advance do Advance Wars e fica só o xoxo “WARS”, que não é nem um nome próprio e tal.


Mas divago.


Advance Wars teve uma continuação deliciosa pro GBA, o Advance Wars 2: Black Hole Rising. Foi possivelmente o que eu mais joguei. Aliás, estou jogando no presente momento, aliás.


Photo 3-11-2014, 8 05 54 AM


E quando deixo o Dingoo em casa, tenho o game no celular também:


Photo 3-11-2014, 8 06 03 AM


E joguei também as versões do DS, Advance Wars Dual Strike (novamente naquela brincadeira de incorporar o nome do console, mas dessa vez ao subtítulo do jogo) e o Advance Wars Days of Ruin — que foi criticado por tentar deixar a série mais “séria”.


Caso tu não manje o jogo, trata-se de um game de estratégia em turnos. Lembra do antigo COMBATE, aquele jogo de tabubleiro lá? Era um pouquinho daquele jeito. Pra trazer prum contexto menos analógico, ele lembra muito o Fire Emblem (que é feito pela mesma empresa) ou os Final Fantasy Tactics da vida.


Eu ADORO jogos de estratégia, seja em tempo real ou em turnos, e Advance Wars virou rapidinho uma das minhas séries favoritas. Imploro mentalmente que a Intelligent Systems lance uma continuação pro 3DS, que eu compraria no ato, apesar de ser um merda na porra do jogo.


(Em minha defesa, o jogo é conhecido por ser bem desafiador)


E você? Que game você adora, apesar de ser horrível nele?


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Published on March 11, 2014 19:02

March 9, 2014

TDTUM: Perdi minha carteira!

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:


Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on March 09, 2014 21:14

March 7, 2014

Que Diabo é Isso: O Caso das Máscaras de Chumbo

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:



Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on March 07, 2014 18:15

March 4, 2014

Xingando muito no twitter (e como isso às vezes dá merda)

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:


Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on March 04, 2014 20:32

March 3, 2014

Popcorn Time, um app pra assistir filmes por streaming (e o que ele poderia significar pra Hollywood)

popcorn 2


Eu estava um pouco receoso em escrever sobre o Popcorn Time. De forma geral, eu não gosto de legitimizar ou recomendar pirataria, e sou um fã absoluto das formas legítimas de obter entretenimento. Adoro o Netflix, o GOG, o iTunes, e se curtisse jogos atuais provavelmente adoraria o Steam tanto quanto vocês.


Além disso, como em toda solução “não legítima”, existem riscos inerentes ao uso do Popcorn Time. Não quero que ninguém se foda por sugestão minha — parece idiotice mas às vezes eu me sinto meio responsável pelo meu papel de “formador de opinião”, por mais babaca que isso soe quando você usa o termo se referindo a si próprio. Já consigo visualizar gente que me odeia usando o termo sarcasticamente pra me sacanear. Mas enfim, se eu fosse deixar de me expressar honestamente por medo da reação de haters — que vão hatear no matter what — eu deveria então desistir da internet.


Então. NORMALMENTE o Popcorn Time não seria algo que me empolgaria tanto ou que eu recomendaria (na real não estou oficialmente recomendando-o, se ligue nos disclaimers que virão lá embaixo). Acontece que além do simples “NOSSA GALERA VEJA SÓ FILMES GRÁTIS!”, eu acho que há nele uma oportunidade inédita de monetizar conteúdo hollywoodiano. Reconheço que é um sonho demasiadamente esperançoso, mas pelo menos ouve o argumento aí!


O que é o Popcorn Time?


popcorn


O Popcorn Time é um aplicativo open source beta pra fazer streaming de filmes. Após instalar o app, você é recebido por uma interface bastante polida — a apresentação meio que lembra o iTunes. No app, os filmes são separados em diversas categorias, e há também um search bar. Já fiz inúmeras experiências e, até agora, não teve UM FILME SEQUER que o app não achou.


O playback dos vídeos é macio, geralmente disponível em 720 ou 1080, e com várias opções de legenda (sim, incluindo português). Não há, por enquanto, um método Netflix-like de continuar um filme de onde você parou da última vez.


Ok, parece uma maravilha. Qual o “catch”, como dizem os gringos — ou seja, qual a pegadinha, o problema com a parada? O problema — e ao mesmo tempo, a explicação da tecnologia da parada — é o seguinte: o Popcorn Time está catando filmes através de torrents, mas em vez de baixa-lo (como você faz com o uTorrent), ele apenas dá stream no vídeo.


Meu primeiro medo, evidentemente, foi de malícia dos desenvolvedores. O github do app está aí, e evidentemente ninguém acusou o aplicativo de nenhuma função nefasta ainda. Scans do aplicativo em diversos antivírus diferentes também não revelaram nada. Isto NÃO É UM ENDOSSO, que fique claro: estou apenas relatando os fatos. Continue ciente de que você está usando um aplicativo não-legítimo, pra uma finalidade tecnicamente ilegal, e que é extremamente novo, e por isso há SEMPRE riscos de segurança.


Instalei no meu Mac, e rodou exatamente como o site prometia. Assisti trechos de inúmeros filmes pra testar, tudo funcionando direitinho. Instalei no HTPC da sala, uma máquina capenga, e como os filmes engasgavam em míseros 720 eu desisti de experimentar mais a versão Windows.


Resumo do negócio:  uma forma mais polida, rápida e prática de assstir filmes via torrent. É um app muito recente, feito por sabe-se lá quem, mas você pode fuçar o código fonte dele se quiser. Pra quem não tem medo de vírus/trojan/cair numa botnet, e já assiste filmes via torrent sem nenhuma ressalva (algo que eu não faço há anos), o Popcorn Time pode significar a desinstalação do uTorrent no que diz respeito a assistir filmes.


Agora, eu percebo uma oportunidade maior no Popcorn Time. Eu acho que através dele, ou de alguma solução similar a ele, Hollywood pode tomar de volta o conteúdo que vem sendo pirateado pela internet há mais de uma década a essa altura.


Vamos aos fatos. É basicamente impossível desligar torrent. O Napster e similares tomaram no rabo porque eram centralizados e lidavam com os arquivos sendo trocados; já a natureza p2p do torrent garante que ele está aqui pra ficar.


Eis a solução que eu imaginei ao ver o Popcorn Time funcionando tão bem logo de cara — e se Hollywood (e eu estou generalizando como se fosse uma entidade única e homogênea só pra simplificar a hipótese) chegasse pros devs do app e dissessem:


“É o seguinte. Não queremos desligar seu aplicativo. O que queremos é trabalhar com vocês, pra monetizar os streams de alguma forma, com publicidade ou algo assim. Em troca disso vocês trabalham pra gente em alguma capacidade oficial, como gerentes de distribuição de conteúdo ou algo assim”.


Pense comigo: o que exatamente Hollywood teria a perder fazendo isso? Sabemos que a luta contra o torrent é completamente impossível, onerosa e insustentável. Fechar os serviços de nada adianta (lembra aquela briga imensa com o Pirate Bay há alguns anos? Deu em que? A julgar pelos filmes que você talvez esteja baixando de lá agora mesmo, NADA).


Sabemos que a infraestrutura já existente (sites trackers, milhões de pessoas baixando e seedando arquivos, a comunidade que desenvolve clientes de torrent) é absurdamente resiliente. A estratégia de assustar alguns poucos “peixe grandes” do filesharing com processos também não dá em porra nenhuma — e pior, às vezes gera situações absurdas que os pintam como inimigos quase cartunescos dos fãs dos filmes.


Se Hollywood adotasse um app como o Popcorn Time da maneira que eu sugeri, eles estariam efetivamente reconquistando o material “roubado”. Haveria até um senso de justiça poética, porque a infraestrutura que serviria o conteúdo (e assim, a publicidade) estaria sendo mantida pelos pirateiros. Quando mais gente “pirateando” os arquivos, melhor o Popcorn Time seria pra passar os filmes.


Se você acha ridícula a idéia de “reconquistar” material roubado, saiba que já existe muitos precedentes disso. O já citado Napster, por exemplo, começou como um antro de pirataria e virou eventualmente um serviço legítimo. Mais recentemente — e com mais sucesso –, temos o exemplo do iTunes Match.


Pra quem não conhece, o iTunes Match basicamente escaneia sua biblioteca e, por 25 dólares por ano, a disponibiliza em todos os seus outros aparelhos da Apple, mesmo que suas músicas tenham todas sido baixadas pelo Pirate Bay. Enquanto você pagar aqueles 25 dólares por ano, toda a sua biblioteca ilegal se torna legítima.


Ou seja — o iTunes Match permite que a indústria fonográfica ganhe alguma grana capitalizando em cima de uma já existente infraestrutura de músicas pirateadas. A decisão é ridiculamente fácil — podemos continuar perdendo na luta contra a pirataria… OU, podemos oferecer um serviço legal que rende grana e faz uso desse monte de músicas que já foram “roubadas” de qualquer forma.


Os resultados de uma “legitimização” de um app como o Popcorn Time seriam radicais. De uma hora pra outra, o cara que baixa e faz upload de filmes passaria de VILÃO (pros olhos de Hollywood) pra um mantenedor do serviço. Quer baixar e upar nossos filmes? Ok, não temos como impedir isso mesmo, a última década já deixou isso claro. Mas AO MENOS ao fazer isso você está fortalecendo as nossas fontes de stream monetizado, então obrigado de qualquer forma!


E como a experiência do Popcorn Time é infinitamente mais agradável e conveniente pros leigos — e seria mais propagandeada, também, uma vez que se tornasse legítimo –, é uma certeza objetiva o fato de que mais pessoas estariam usando a versão monetizada do stream em vez de se aventurar fuçando em sites de torrent.


Na PIOR das hipóteses, o desinteresse nos torrents convencionais seria TAMANHO que isso interromperia a infraestrutura de stream do Popcorn Time. Releia a frase anterior: na PIOR das hipóteses, essa solução acabaria com a pirataria. Reconstruir uma estrutura de stream seria um preço baixíssimo a se pagar pela eliminação de um antigo arquiinimigo que “roubava” bilhões de dólares anualmente da sua carteira, não acham?


Essa mudança de paradigma entre Hollywood e os pirateiros, de “gato e rato” pra “relação simbiótica”, poderia revolucionar completamente o problema da pirataria. Lá pro começo dos anos 2000, o iTunes desmistificou o demônio do download de mp3s — um palavrão nos círculos das gravadoras, graças ao Lars Ulrich — e graças a ele a indústria fonográfica foi capaz de recuperar o que estava perdendo.


O VHS foi a mesma coisa, se você parar pra pensar. Primeiro causou medo nos estúdios, que tinham como status quo o mecanismo “lançamos um filme, ele vai pro cinema, você assiste lá, acabou”. A idéia de permitir que alguém assistisse filme em casa levou executivos de Hollywood ao histerismo (o medo dos métodos caseiros de reprodução de vídeo gerou uma briga judicial que foi até a Suprema Corte dos EUA, aliás). Alguns anos depois, o home video propriamente capitalizado significa uma grande fatia da rendimento de um filme.


Às vezes uma idéia maluca e que inicialmente ameaça o zeitgeist, quando bem implementada, acaba se tornando uma solucão genial.


Seria problemático subitamente legitimizar toda uma infraestrutura de pirataria? Claro. Isso deixaria velhos parceiros de Hollywood (como o Netflix, que é pago) meio que na merda? É verdade. Mas às vezes é preciso sacodir o status quo mesmo, em prol de um melhor serviço pros consumidores — e de tomar de vez as rédeas de uma guerra mais longa e sem futuro que as incursões dos EUA no Oriente Médio.


Lembrem-se que tinha uma época em que as gravadoras bufavam de raiva contra a mera idéia de música em formato digital, e insistiam (através de longas batalhas judiciais) que devíamos comprar CDs em vez de baixar músicas. Quantos CDs eles andam vendendo atualmente?


Fiquem de olho nesse Popcorn Time.


(Apesar dos pesares, que fique bem claro: não recomendo o app por questões de segurança; se for usa-lo, use-o por própria conta e risco. Você está sujeito, teoricamente, a vírus, trojan, e às consequências legais de baixar filmes por torrent. Também não endosso pirataria; estou mais empolgado com o que um app como o Popcorn Time poderia fazer pelos cinéfilos e pela indústria como um todo, do que com a habilidade de ver filme de graça ilegalmente — algo que na real já temos há anos)


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Published on March 03, 2014 18:51

February 28, 2014

HISTORIAS DE CARNAVAL

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:



Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on February 28, 2014 22:56

February 25, 2014

Modinha de… APARELHO?!

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:



Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on February 25, 2014 21:08

Chega dessa palhaçada: Vou finalmente zerar Pokemon (com ajuda da minha esposa!)

Pokémon_box_art_-_Red_Version


Tenho uma relação curiosa com a série Pokemon.


Entrei em contato com a franquia em 1999, por causa do desenho homônimo no programa da Eliana. Aliás, é inclusive justíssimo assistirmos juntos o tema de abertura da primeira temporada em português, para extração pavloviana máxima das lembranças infantis da época:



http://www.youtube.com/watch?v=-PlAg8R9TG4



Desceram lagriminhas aqui. É meio triste que a última década morando aqui me deixou mais familiarizado com os temas gringos desses desenhos clássicos de infância…


Em 1999 eu estava com 14 anos, prestes a completar 15, ou seja: beirando o limiar da aceitabilidade de assistir desenhos animados. Entretanto, algo bem inesperado me cativou no desenho.


Eu tinha um amigo de escola chamado Luciano. Cursamos a 7a série juntos, em 1997. Foi o único ano em que estudamos juntos, mas éramos ambos nerds usuários de mIRC e ICQ, então quando fui pra outra escola no meio da oitava série pudemos manter contato por anos.


Ele era “O” amigo nerd gamer; ao contrário de hoje, naquela época eram pouquíssimos os caras que curtiam e se aprofundavam em games, que tornavam dos games o assunto principal dos assuntos com os amigos e tal. Então, ele era o meu broder dos games.


(Não só dos games, mas de nerdices e tecnologia em geral — jogávamos online naquela discadona 56kbps desgraçada madrugadas afora, discutiamos ficção científica, esse tipo de coisa. Uma pena ter perdido contato com o cara; a última vez que o vi foi em 2009, quando fui ao Brasil)


E o Luciano estava empolgadaço com Pokemon. Acontece que o desenho é baseado no favorito joguinho de Game Boy dele (e o Game Boy foi desde sempre um grande sonho de consumo meu), e por isso o desenho tinha algo inédito naquele tipo de mídia até então: basicamente, tudo que acontecia no jogo era representado no desenho animado. Os personagens, os cenários, os monstrinhos, os golpes que eles utilizavam, onde eram tipicamente encontrados, as estratégias… o desenho era uma representação animada bem fiel do jogo.


(Com ressalvas, claro — só em Pokemon Yellow, que veio depois pra unificar mais as características do jogo com as do desenho, o negócio ficou uma xerox exata)


Por causa disso, eu fiquei super empolgado em acompanhar a série. Mas tinha um problema: eu não tinha Game Boy pra acompanhar o jogo junto com o desenho, que era justamente o mais bacana. E foi aí que fui apresentado aos emuladores.


emulador


E graças a eles pude jogar o Pokemon Red, enquanto assistia o desenho todo dia, e discutia sobre na escola com a molecada. Era MUITO bacana viver a aventura no joguinho, e ve-la reproduzida em gráficos e cores melhores que os míseros 8bits do Game Boy permitiam. “OLHA UM CHARMANDER EU TENHO UM CHARMANDER TAMBÉM!!! AHH ENTÃO É ASSIM QUE É DENTRO DO CENTRO POKEMON?!”


Poucos meses depois, fui pros EUA com meus pais. Foi justo na época do lançamento do primeiro filme da franquia, Dezembro de 1999, e o Burger King estava dando em seu “McLanche Feliz” bonequinhos baseados na série. Eram MUITOS (JAMAIS vi tamanha variedade em brinquedinhos promocionais de restaurantes de fast food), e além de disponibilizar os bonecos, o restaurante teve uma sacada de gênio: toda terça feira, a molecada era convocada a ir ao Burger King mais próximo trocar seus bonequinhos — e esse espírito de escambo de bichinhos era justamente a mola motriz por trás do sucesso da série.


Manja o comercial:



http://www.youtube.com/watch?v=nZH6YKmtQV8



Estando no epicentro da febre pokemonística, eu me entreguei completamente. Peregrinei todos os Burger Kings possíveis durante o mês que passei lá; voltei pro Brasil com uma mochila ABARROTADA desses brinquedinhos (e perdi tudo). Meus favoritos eram um Cloyster Shellder que disparava água…


cloyster

Esse.


…um Togepi de pelúcia (e eu comprei 2, pra poder dar um pra minha namorada da época, a Daniele)…


togepi

Esse.


…e um chaveiro do Geodude.


geodude

Esse.


E apesar de toda essa devoção pela série… eu NUNCA ZEREI NENHUM POKEMON.


Nenhum. Joguei quase todos, e nunca cheguei nem na metade do jogo. E meu déficit de atenção é tamanho que chega a ser surpreendente que eu tive qualquer progresso num RPG eletrônico, gênero que eu nunca gostei.


Anos passaram-se, e eu venho mantendo uma tradição semi-anual — começar um jogo de Pokemon FireRed (como tantos outros oldfags, só aceito os 151 originais) e nunca terminar. Comecei um no PSP, no Mac, no Game Boy Micro, no iPhone, no iPad, e até hoje nunca zerei. Comprei Pokemons mais recentes, também (o Diamond E o Pearl pro DS, e o Y pro 3DS) e meu índice de zeramento continuou, bem, no zero. Na primeira vinda do GBA4iOS eu estava jogando no iPhone a sério, com finalidade de zerar, mas aí a Apple puxou o tapete por baixo de nós, bloqueou o joguinho, perdi meu save e desempolguei.


gb

Até o Pokemon originalzão, no console originalzão, eu tenho! Meu ex-chefe comprou pra mim numa loja de penhores. Tive pena de deletar o save que veio com o cartucho. Ou seja, não sou tão noob a ponto de pegar e treinar um Spearow.


Passaram-se alguns meses.


Por causa do atual fenômeno do TwitchPlaysPokemon, que estou documentando aqui com compromisso jornalístico, fiquei com vontade de retornar a este game que foi tão presente na minha infância/adolescência, mas que eu paradoxalmente nunca terminei. Peguei o PSP, que estava acumulando poeira aqui, e carreguei um jogo salvo que é provavelmente o maior progresso que fiz no FireRed: a Ilha Cinnabar.


poke psp

Tá com pouco ruído essa foto


E aí eu parei e pensei: peraí, por que não jogar Pokemon “DIREITO”? Ou seja: no console apropriado pra isso, com um(a) parceiro(a) com quem eu possa competir, trocar bichinhos, conversar sobre o plot, etc…?


Ora bolas. Eu tenho inúmeros portáteis da Nintendo aqui em casa, e várias cópias dos jogos.


dss


E sou casado com uma garota que também cresceu jogando Pokemon e adora o jogo e a franquia tanto quanto eu — talvez até mais que eu. Ela zerou o jogo quando o tinha em seu GameBoy, assistiu todos os filmes, assistiu todas as séries, jogava o card game, etc.


Bastou falar “amor, tive uma idéia: ambos adoramos Pokemon mas nunca jogamos juntos. Por que não zerar juntos essa porra então?


E pronto. Alguns momentos depois…


dss2


E essa é nossa nova atividade de casal: estamos jogando Pokemon Diamond e Pearl juntos. Há algo meio charmoso em pegar um console e um jogo de 7 anos atrás (no caso, o DS Lite e os pokemons) e joga-lo alegremente enquanto ignoro todos os outros jogos mais atuais a meu redor. E jogando justamente com a minha melhor amiga.


E vou te dizer, nada dá um fôlego renovado no relacionamento (estamos juntos há quase dez anos, afinal de contas!) que ter um hobby em comum. Recomendo não só pela nerdice gamer, mas como uma terapia de casais mesmo. Quando você acha que já fizeram tudo que tinham de fazer juntos, e já conversaram de tudo que tinha pra conversar, agora estamos nos encontrando no PokeCenter pra descer a porrada um no outro e debatendo estratégias.


Aliás, mal começamos a jogar (literalmente ontem) e essa porra já domina todas as nossas conversas.


Photo 2-25-2014, 8 14 58 PM


Quem sabe agora, jogando “sério” — no console correto, tendo alguém com quem competir e trocar pokemons e pela primeira vez realmente capturar todos — eu finalmente zero essa porra…?


Ah, e já levei uma surra dela na nossa primeira batalha. Comecei bem.


(Em minha defesa, ela tá com o starter de água e eu, com o de fogo. Dê um desconto! Hoje quando ela chegar do trabalho será a revanche)


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Published on February 25, 2014 19:18

February 21, 2014

APAE processa Rafinha e perde!

Olhaí um vlog novo, turma! Vamos assistir juntinhos aí:


Como sempre, imploro: deixe joinhas, favorite, espalhe o vídeo entre seus amiguinhos pra ajudar essa porra a crescer. Quanto mais feedback um vídeo recebe, mais empolgado eu fico pra criar mais. Não te custa nada, porra! :D


Caso você prefira assistir no youtube, basta clicar aqui!


Grato e tenha um belo dia.


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Published on February 21, 2014 19:20

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Izzy Nobre
Izzy Nobre isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
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