Denise Bottmann's Blog, page 61

November 20, 2012

"por que editar os clássicos?"

um TCC (trabalho de conclusão de curso) muito pertinente, simpático e bem feito sobre reedições de obras em domínio público: "por que editar os clássicos? aspectos da publicação de obras literárias no domínio público", de isabela helena prospero (usp, 2012). fiquei contente em poder contribuir em pequena medida, com uma entrevista à autora.




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Published on November 20, 2012 15:11

November 19, 2012

teimosia

quanto à utopia de thomas morus, fiz um cotejo mostrando a tradução espúria publicada pela rideel - e já tirada de circulação - aqui. nunca cheguei a cotejar a pretensa tradução que saiu pela martin claret em nome de pietro nassetti, pois esse nome em si já me parecia suficiente para não confiar muito nela. a edição da claret começou a ser lançada em 2000, com reedições em 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008.








Autor:More, Thomas,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes Sir, Santo, 1478-1535.
Título original:[De optimo publicae statu deque nova insula utopia. Português]
Título / Barra de autoria:A utopia / Thomas More ; tradução: Pietro Nasseti. -
Imprenta:São Paulo : M. Claret, 2005. 
Descrição física:127p. ; 19cm. -
Série:(A obra-prima de cada autor ; 40)
Notas:Tradução de: De optimo publicae statu deque nova insula utopia.
ISBN:8572323651 (broch.)
Assuntos:Utopias. clique aqui para ver as obras sob este assunto no Catálogo de Autoridades de Assuntos  
Classificação Dewey:
Edição:
335.02

22 
Indicação do Catálogo:VI-411,5,41 
Registro Patrimonial:1.134.945 DL 24/02/2006



hoje ana cláudia informa em comentário aqui:


Estou aqui com duas edições da Utopia publicadas pela Martin Claret. A primeira é de 2004. Na primeira página está escrito "Tradução: Pietro Nassetti". Na segunda, de 2008, lemos "Tradução e notas: Maria Isabel Gonçalves Tomás". Acontece que a primeira edição reproduz ipsis litteris o texto da tradução de Maria Isabel Gonçalves Tomás, cuja tradução da Utopia foi publicada pela portuguesa Publicações Europa-América... Ironia: as duas edições da Martin Claret trazem aquele selinho da ABDR, na mesma página em que a gente lê o nome do tradutor: "Respeite o direito autoral. Cópia não autorizada é crime." 

 a informação de ana cláudia é preciosa. não sei se a claret chegou a licenciar a tradução legítima junto à europa-américa ou apenas passou a reproduzi-la a partir de 2008 sem maiores pudores - o que sei é que, em pleno 2012, a editora inscreveu a tradução espúria em nome de pietro nassetti no programa nacional do livro de baixo preço, destinado a abastecer 2.700 bibliotecas públicas de norte a sul do país. veja aqui.


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Published on November 19, 2012 16:43

November 18, 2012

somerset maugham no brasil

por falar em somerset maugham, aproveito e completo os dados do minilevantamento que apresentei a propósito de outra questão (ver aqui).



a obra de william somerset maugham (1874-1965), autor britânico muito prolífico, conheceu enorme sucesso na primeira metade do século passado. chegou ao brasil pela livraria do globo, creio que pela primeira vez em 1937, e teve quase trinta livros publicados pela editora, até 1964. saíram algumas poucas coisas em outras editoras, e algumas raras retraduções. a obra de maugham no brasil realmente se concentra na globo, tendo leonel vallandro como seu principal tradutor. após o último lançamento da globo em 1964, praticamente se encerra a publicação de qualquer outra coisa de maugham inédita entre nós. o que se mantém é a incansável reedição de seus principais sucessos, até a data de hoje. 

eis o que localizei de maugham entre nós. salvo outra indicação, as obras abaixo saíram pela livraria do globo (depois editora globo):


1937, histórias dos mares do sul, em tradução de leonel vallandro
1938, um drama na malásia, tradução de theodomiro tostes 
1939, servidão humana, tradução de antônio barata 
1940, o véu pintado, pela civilização brasileira, tradução de yolanda silveira martins; pela globo a partir de 1943, tradução de hamílcar de garcia 
1941, férias de nataltradução de leonel vallandroo agente britânico, tradução de vidal de oliveira; um gosto e seis vinténs, tradução de gustavo nonnenberg; "o homem que contemplava a natureza", pel'a noite 
1942, um casamento em florença, tradução de leonel vallandro; a carta, pela meridiano, tradução de hamílcar de garcia 
1943, o destino de um homem, tradução de moacyr werneck de castro; a hora antes do amanhecer, tradução de moacyr werneck de castro; a garota de lambeth, pela vecchi, tradução de edison cordeiro; meu diário de guerra, pela epasa, tradução de fernando tude de souza
1944, ah king, tradução de leonel vallandro
1945, o fio da navalha, tradução de ligia junqueira smith:
1947, a outra comédia, tradução de genolino amado 
1948, maquiavel e a dama, tradução de erico veríssimo
1950, catalina, tradução de leonel vallandro
1950, biombo chinês, tradução de mário quintana
1951, confissões,  tradução de mário quintana; seis novelas, tradução de leonel vallandro;  a casuarina, tradução de leonel vallandro
1952, a indomável, tradução de leonel vallandro
1954, cavalheiro de salão,  tradução de mário quintana; 29 histórias, tradução de juvenal jacinto e gilberto miranda (sobre o fictício gilberto miranda, ver "o caso dos 'nomes de conveniência'", aqui
1956, o pecado de liza, tradução de leonel vallandro; as três mulheres de antibes, tradução de leonel vallandro e octavio mendes cajado
1958, dom fernando, tradução de homero de castro jardim
1959, assunto pessoal, tradução de leonel vallandro
1961, uma história de amor, tradução de armando s. pires 
1962, o mágico, tradução de leonel vallandro; obra escolhida em dois volumes, pela josé aguilar - o único texto até então inédito entre nós é mrs. craddock, tradução de armando s. pires; os demais são traduções licenciadas da globo
1964, pontos de vista - cinco ensaios, tradução de juvenal jacinto e o fictício gilberto miranda (vide acima)
1965, ?, in revista leitura 100/101




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Published on November 18, 2012 14:50

November 16, 2012

crônica de um sumiço, II

I.

rafael parrotto havia mostrado como ligia junqueira sumiu dos créditos de tradução de o fio da navalha, de somerset maugham, na edição da globo de bolso em 2009, substituída por lino vallandro e vidal serrano. o caso está aqui.



no email que me enviou documentando esse sumiço, parrotto também comentara: "Aliás, estes dois nomes, Lino Vallandro e Vidal Serrano, também são creditados como tradutores do livro 'Admirável Mundo Novo', publicado pela mesma Editora Globo, também na Coleção 'Globo de Bolso'".



quanto ao fio da navalha, ok, o alerta está dado e a globo está apurando o caso. mas fui dar também uma checada no livro do huxley. confirmado, eis a ficha catalográfica em nosso acervo na biblioteca nacional e a capa do livro disponível no site da editora:




Autor:Huxley, Aldous,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1894-1963.
Título original:[Brave new world. Português]
Título / Barra de autoria:Admirável mundo novo / Aldous Huxley ; tradução: Lino Vallandro e Vidal Serrano. -
Imprenta:São Paulo : Globo, 2009. 
Descrição física:397p. ; 18cm. -
Série:(Globo de bolso)
Notas:Tradução de: Brave new world.

BNB 02/10 
ISBN:9788525046611 (broch.)
Assuntos:Ficção inglesa. clique aqui para ver as obras sob este assunto no Catálogo de Autoridades de Assuntos  
Entradas secundárias:Vallandro, Lino, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1917-

Nunes Junior, Vidal Serrano, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1966- 
Títulos de série:Globo de bolso 







mas o deslinde da coisa parece meio complicado. no site da editora encontramos duas outras edições da mesma obra, uma pela globo de bolso, outra pela biblioteca azul, ambas de 2001, trazendo bem especificadinho:









Título: Admirável mundo novo (pocket)
Autor: Aldous Leonard Huxley

Gênero: Literatura Estrangeira Romance

Tradutor: Lino Vallandro e Vidal de Oliveira

Páginas: 312

Formato: 14 x 21cm
ISBN: 85-250-3327-7







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Título: Admirável mundo novo
Autor: Aldous Leonard Huxley
Gênero: Literatura Estrangeira Romance
Tradutor: Lino Vallandro e Vidal de Oliveira
Páginas: 312
Formato: 14×21 cm
ISBN: 85-250-3322-7







mas, se olharmos o exemplar da biblioteca azul, vemos que os dados na ficha CIP são diferentes:









fico perplexa: será que confundiram o vidal de oliveira tradutor de ibsen, shakespeare, balzac, romain rolland, maugham e huxley com o jurista vidal serrano nunes jr. jurista, docente da puc-sp? e que vem a ser o mesmo que apareceu no caso do sumiço da lígia junqueira em o fio da navalha? e aí toca a rastrear o histórico da obra.




II.

brave new world, de 1932, saiu no brasil em 1941 pela editora globo, em tradução de vidal de oliveira. as imagens da capa e da página de rosto estão meio ruinzinhas, mas com boa vontade é possível identificar os créditos:













de todo modo, aí está a ficha catalográfica de nosso exemplar na biblioteca nacional:




Autor: Huxley., Aldous Leonard,1894-1963. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Admirável mundo novo.
Imprenta:Porto Alegre, ed. da Liv. do Globo. [1941] 
Descrição física:346 p. ilus.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Oliveira, Vidal de clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  




não há muitas notícias de reedições nas décadas seguintes. em 1979, vemos ressurgir a tradução de vidal de oliveira em sua quinta edição, porém acrescentando-se créditos a lino vallandro:









em nosso acervo nacional localizei um exemplar de 1982. eis sua ficha catalográfica:




Autor:Huxley, Aldous,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1894-1963
Título original:[Brave new world. Português]
Título / Barra de autoria:Admirável mundo novo / Aldous Huxley ; tradução de Vidal de Oliveira e Lino Vallandro. -
Edição:10. ed. -
Imprenta:Porto Alegre : Globo, 1982. 
Descrição física:250p. ; 18cm. -
Série:(Série Paradidática)
Notas:Tradução de: Brave new world.

Contém dados biobibliográficos.

BNB 83 
Assuntos:Ficção inglesa. clique aqui para ver as obras sob este assunto no Catálogo de Autoridades de Assuntos  
Entradas secundárias:Vallandro, Lino clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes

Oliveira, Vidal de clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  




duas coisas me chamaram a atenção: primeiro, o número de páginas, bem menor que a edição de 1941; segundo, a série: paradidática, ou seja, para vendas para o governo com destino às escolas. seria uma adaptação, uma condensação? e por isso a diminuição da quantidade de páginas e o acréscimo do nome de lino vallandro, se tivesse sido ele o responsável por essa hipotética adaptação?




ok, muito que bem, suponhamos então que lino vallandro fez uma adaptação na antiga tradução de vidal de oliveira e por isso ganhou direito a créditos de tradução (tenho lá minhas dúvidas sobre a pertinência disso, mas que seja). passados três anos, chegamos à décima-sexta edição, sempre como paradidático:




Autor:Huxley, Aldous,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1894-1963.
Título original:Brave new world.Portugues
Título / Barra de autoria:Admiravel mundo novo / Aldous Huxley ; traducao Vidal de Oliveira e Lino Vallandro. -
Edição:16a ed. -
Imprenta:Porto Alegre : Globo, 1985. 
Descrição física:205p. ; 19cm. -
Série:(Serie Paradidatica).
Notas:Traducao de: Brave new world.

BNB 87/02 
Entradas secundárias:Oliveira, Vidal de. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes

Vallandro, Lino, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1917- 




as vendas para o governo devem ter se interrompido, pois catorze anos depois, em 1999, estaremos na 20a. edição, o que mostra uma desaceleração acentuada das reedições. aqui este exemplar de 1999 tem 11 x 16, ou seja, de bolso, com 241 páginas.









III.

a partir de 2001, acontece uma coisa interessante: a globo solicita um isbn para uma edição que volta a ficar gorduchinha e em formato maior:





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PESQUISA NO CADASTRO DO ISBN



"TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE CADASTRO FORAM FORNECIDAS

PELOS EDITORES NO MOMENTO DA SOLICITAÇÃO DO ISBN"





Escolha o campo para pesquisa:






ISBN


TÍTULO DA OBRA


NOME DA EDITORA


NOME DO AUTOR






Preencha o campo abaixo, sem os traços.



ISBN 10 Dígitos
ISBN 13 Dígitos




RESULTADO DA BUSCA





TÍTULO: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (POCKET)
AUTOR: ALDOUS HUXLEY
TRADUTOR: LINO VALLANDRO
TRADUTOR: VIDAL DE OLIVEIRA
Nº DE EDIÇÃO: 2
ANO DE EDIÇÃO: 2001
LOCAL DE EDIÇÃO: SÃO PAULO
TIPO DE SUPORTE: PAPEL
PÁGINAS: 320
EDITORA: EDITORA GLOBO











só que, na edição impressa e na ficha CIP, como vimos antes, vidal de oliveira some de vez, lino vallandro permanece e surge vidal serrano nunes jr. eis a ficha do exemplar impresso:




Autor:Huxley, Aldous,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1894-1963.
Título original:[Brave new world. Português]
Título / Barra de autoria:Admirável mundo novo / Aldous Huxley ; tradução : Lino Vallandro e Vidal Serrano. -
Edição:2. ed. -
Imprenta:São Paulo : Globo, 2001. 
Descrição física:318p. ; 18cm. - [segundo o site da globo, 21 cm]
Série:(A aventura de ler)
Notas:Tradução de: Brave new world.
ISBN:8525033472 (broch.) 
Entradas secundárias:Vallandro, Lino, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1917-

Nunes Junior, Vidal Serrano, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1966- 




IV.

ok, então recapitulando:

em 1941, vidal de oliveira traduziu admirável mundo novo, livro grossinho, na faixa de umas 350 páginas, para a globo
quase uns quarenta anos depois, a obra passa a integrar a série de paradidáticos da editora, fica uns 30% mais magrinha e nos créditos de tradução aparece lino vallandro ao lado de vidal de oliveira 
passam-se mais uns vinte anos, a obra parece dar uma engordadinha e voltar ao peso original. se lino vallandro tinha aparecido antes porque era o responsável pela dieta paradidática, ele acaba ficando na obra talvez meio por uma espécie de usucapião, junto com o vidal (isso na hora de pedir o isbn)
mas na hora de fazerem a ficha CIP que vai no livro e é sua principal identificação, de validade internacional, entra o outro vidal, o serrano. confusão de quem? da globo? da cbl? não sei dizer.


é uma reconstituição possível e plausível do que pode ter ocorrido entre 1941 e 2001. o surpreendente é que se passem mais oito anos e em 2009, aparentemente sem se dar conta do sumiço de vidal de oliveira, a globo relance a obra bem gorduchinha, com quase 400 páginas (assim parecendo tratar-se mesmo daquela antiga tradução integral de vidal de oliveira, dos idos de 1941). quanto aos créditos de tradução, bom... lino vallandro e vidal serrano nunes junior:






aqui




um espanto, não?



e aí me vejo com um megafone parada na frente do prédio da editora, gritando: "dona globo, cadê a lígia junqueira do fio de navalha? dona globo, cadê o vidal de oliveira do admirável mundo novo?"










imagem: aqui



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Published on November 16, 2012 15:53

crônica de um sumiço

este é um caso interessante, onde certamente não há má fé nenhuma, apenas um daqueles lapsos que acabam se sedimentando.



devo a história a rafael augusto parrotto, que me escreveu um email muito bem documentado. já adianto que entrei em contato com a globo e ela está apurando o caso. publico o episódio porque me parece ilustrar bem didaticamente como alguns equívocos podem vir a se consolidar com o passar dos anos.



a obra do britânico somerset maugham, autor muito prolífico, conheceu enorme sucesso na primeira metade do século passado. chegou ao brasil pela livraria do globo, creio que pela primeira vez em 1937, com histórias dos mares do sul em tradução de leonel vallandro.



rapidamente seguiu-se uma bateladazinha de obras de maugham, em geral publicadas pela livraria do globo, depois editora globo, salvo outra indicação:


1938, um drama na malásia 
1939, servidão humana 
1940, o véu pintado, pela civilização brasileira, e pela globo a partir de 1943 
1941, férias de natalum agente britânicoum gosto e seis vinténs; "o homem que contemplava a natureza", este pel'a noite 
1942, a carta; um casamento em florença 
1943, o destino de um homem/ seis novelas; a hora antes do amanhecer; a garota de lambeth, este pela vecchi; meu diário de guerra, pela epasa
1944, ah king
1945, e aqui chegamos ao que nos interessa, o fio da navalha.







o livro saiu em tradução de lígia junqueira smith na coleção nobel e teve diversas reedições naquela época: em 1946, 1947, 1953, 1956.




aí, em 1960, a globo reedita a obra, mas agora na coleção catavento, recém-iniciada em 1959:








o interessante é que essa edição na catavento traz nos créditos de tradução o nome de ligia junqueira smith, mas agora também o de lino vallandro. eis a ficha catalográfica do exemplar disponível em nosso acervo nacional:




Autor:Maugham, W. Somersetclique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes (William Somerset), 1874-1965.
Título original:[The razor's edge. Portugues]
Título / Barra de autoria:O fio da navalha / W. Somerset Maugham ; traducao de Ligia Junqueira Smith e Lino Vallandro. -
Edição:2. ed., 1a impr. -
Imprenta:Rio de Janeiro : Globo, 1960. 
Descrição física:282p. ; 18cm. -
Série:(Coleção Catavento ; 20)
Notas:Tradução de: The razor's edge.
Entradas secundárias:Junqueira, Ligia, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1906-

Vallandro, Lino, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1917- 
Classificação Dewey:
Edição:
823
Indicação do Catálogo:V-430,7,22 
Registro Patrimonial:787.250 DL 21/01/1991






já aviso que não comparei a edição da coleção nobel e a da catavento. claro que seria muito bom ver quais (se as há) as diferenças entre uma e outra - fica aí mais uma sugestão de pesquisa, esta bastante simples, para uma monografia de graduação, por exemplo. pode ter havido alguma simplificação entre uma e outra, alguma atualização do texto, alguma correção de eventuais insuficiências, ou mesmo uma retificação dos créditos, caso lino vallandro já tivesse colaborado na tradução de 1945. mas meu palpite favorito é que talvez se trate uma adaptação, pois as edições anteriores tinham 375 páginas, em formato 13 x 19, enquanto essa da catavento conta com 282 páginas, em formato menor de 12 x 18 (sem contar a ilustração de capa, que parece voltada para um público infantojuvenil).




mas que seja, prossigamos. em 1970, a globo volta a lançar uma edição mais gordinha, com 352 páginas, em sua coleção sagitário, constando apenas lígia junqueira como tradutora:









a partir de 1973 e até 1997, a obra sai em várias reedições pelo círculo do livro e pela abril cultural; em 1983, pela rio gráfica, para bancas de jornal; em 2003 há o enorme sucesso da edição pela biblioteca da folha, além das constantes reedições pela globo, nestas décadas, até 2006, sempre em formato grandinho (chegando a 14 x 21), gordinha (com até 452 páginas em algumas das edições!) e trazendo apenas ligia junqueira como tradutora.




pois muito que bem. em 2009, a globo lança o fio da navalha na biblioteca azul, em sua coleção "globo de bolso". o formato até pode ser de bolso - 11 x 17,3 - mas tem nada menos de 560 páginas! ver aqui.








ora, é aí que acontece uma coisa que chamou a atenção de rafael parrotto, e transcrevo seu comentário: "vi o livro em agosto de 2012 e percebi que é a mesma tradução [de ligia], porém creditada a lino vallandro e vidal serrano". 



de fato, tanto no cadastro do isbn quanto na ficha catalográfica do exemplar depositado em nosso acervo nacional constam:





PESQUISA NO CADASTRO DO ISBN





RESULTADO





Palavra Pesquisada:O fio da navalha





ISBN: 978-85-250-4773-1
TÍTULO: O fio da navalha
SÉRIE: globo de bolso
AUTOR: W. Somerset Maugham
TRADUTOR: Lino Villandro
TRADUTOR: Vidal Serrano
EDIÇÃO: 1
ANO DE EDIÇÃO: 2009
LOCAL DE EDIÇÃO: SÃO PAULO
TIPO DE SUPORTE: PAPEL
PÁGINAS: 560
EDITORA: EDITORA GLOBO












Autor:Maugham, W. Somersetclique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes (William Somerset), 1874-1965.
Título original:[The razor's edge. Português]
Título / Barra de autoria:O fio da navalha / W. Somerset Maugham ; tradução de Lino Vallandro e Vidal Serrano. -
Imprenta:São Paulo : Globo, 2009. 
Descrição física:558p. ; 18cm. -
Série:(Globo de bolso)
Notas:Tradução de: The razor's edge.

BNB 04/10 
ISBN:9788525047731 (broch.)
Assuntos:Ficção inglesa. clique aqui para ver as obras sob este assunto no Catálogo de Autoridades de Assuntos  
Entradas secundárias:Vallandro, Lino, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1917-

Nunes Junior, Vidal Serrano, clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  1966- 
Títulos de série:Globo de bolso 



então as perguntas são: que fim deu ligia junqueira? por que lino vallandro apareceu na edição da catavento de 1960, e apenas nela? aparentando ser uma edição condensada, foi ele que fez a adaptação? e por que ressurge quase cinquenta anos depois numa edição aparentemente integral? e o que fez vidal serrano, que pelo visto nem era nascido naquela época, para constar como cotradutor dessa edição de 2009?




cumpre dizer que, ao consultar a globo sobre a questão, recebi pronta resposta do editor: "A tradução 'histórica' da Globo (1945) é a de Ligia Junqueira. Pedi para o CEDOC da editora levantar todo o passado desse título e, assim que apurarmos com mais detalhe, torno a escrever. Desde já agradecido pela sua atenção, Alexandre Barbosa de Souza".*




* diga-se ainda em favor da globo livros que, sob nova direção editorial desde julho de 2011, raras editoras têm demonstrado tanto apreço e respeito pelo trabalho de tradução. e agradeço a rafael parrotta a inestimável contribuição para que venha a se retificar um lapso certamente involuntário, mas capaz de se arraigar e apagar nossa memória tradutória.



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Published on November 16, 2012 06:12

November 14, 2012

ediouro/ abdr/ ebooksbrasil

I.

quanto ao entrevero ediouro/ abdr/ ebooksbrasil, apresentado aqui, acho que a questão é simples. o ônus da prova cabe à denunciante. a ediouro ou quem por ela é que precisa demonstrar que detém os direitos sobre a obra a cidade antiga de fustel de coulanges na tradução de frederico ozanam de barros.



a cidade antiga traduzida por ozanam de barros está disponível aqui, no site ebooksbrasil, com autorização do autor da tradução.







II.

quanto ao histórico da coisa, é o seguinte: frederico ozanam de barros traduziu a obra de fustel de coulanges, que foi publicada há mais de cinquenta anos na extinta edameris (em 1961, para ser mais exata):







desde os anos 80, a então tecnoprint e atual ediouro passou a publicar a cidade antiga em suposta tradução de eduardo nunes fonseca e jonas camargo leite, licenciada pela hemus. aliás, essa tradução da hemus é um acinte, um plágio mal feito da antiga tradução portuguesa de fernando de aguiar (clássica editora, 1945), como demonstrei aqui. 







mas que seja, continuemos. a ediouro utilizou essa pretensa tradução da hemus seja em sua coleção "universidade de bolso", seja em sua coleção "clássicos de bolso", com várias reedições até 1999:











em  2004 a ediouro substitui essa pretensa tradução licenciada da hemus e passa a publicar a obra de fustel de coulanges numa nova tradução, feita por aurélio barroso rebello e laura alves, que se encontra plenamente ativa em seu catálogo:







então, até onde consigo entender, a ediouro detém os direitos de reprodução sobre a tradução de aurélio barroso e laura alves, mas não sobre a tradução de frederico ozanam de barros, a qual, aliás, nunca foi publicada pela ediouro. após o encerramento de atividades da edameris, a cidade antiga de ozanam não voltou ao prelo e o tradutor autorizou a digitalização e disponibilização da obra no site da ebooksbrasil, onde se encontra desde 2004.



aí fica a pergunta: de onde a abdr tirou as afirmações de que "os direitos autorais relativos a este livro pertencem à Editora [Ediouro]" e que a ebooksbrasil estaria incorrendo "em violação aos artigos 102 e seguintes desta lei, e ao artigo 184 do Código Penal"? (a notificação enviada pela abdr à ebooksbrasil está aqui.) pois o mais irônico nessa história toda é que, se alguém ou vários alguéns têm alguma "culpa no cartório", certamente não é a ebooksbrasil!



espero que a ediouro, com a idoneidade que a caracteriza, esclareça a questão e, se for o caso - como parece ser -, desautorize a abdr a falar em seu nome, nessa iniciativa prepotente e arbitrária contra uma disponibilização gratuita que, ao que tudo indica, está plenamente amparada pela legislação vigente.


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Published on November 14, 2012 17:29

inacreditável

teotônio simões, do ebooksbrasil, avisa em seu site, aqui:

14.11.2012 - O retorno dos cupins - Recebi, ontem, um ameaçador e-mail em nome da abdr (ela mesma) dando-me o prazo de 24 horas para retirar do site o livro A Cidade Antiga, de Fustel de Coulanges, tradução de Frederico Ozanam Pessoa de Barros. Parece implicância, não parece? Não, não respondi com uma imprecação (deveria?). O livro continua cá, e quem quiser ver o e-mail que recebi e a resposta que dei, basta clicar aqui

teotônio sempre teve o maior cuidado em não ferir direitos autorais nos fantásticos materiais que ele disponibiliza no ebooksbrasil. já em 2009 recebera uma notificação ridícula, sem a menor sustentação, que divulguei aqui. este caso agora - ao que parece, segundo afirma a abdr, por solicitação da ediouro (ALÔ, ALÔ, DONA EDIOURO) - é grotesco.



reproduzo abaixo a notificação e a resposta de theotônio simões, disponíveis aqui:


Teotonio Simoes
De: "Teotonio Simoes"
Para: "Combate à Pirataria Digital"
Enviada em: quarta-feira, 14 de novembro de 2012 16:10
Anexar: empublico.pdf
Assunto: Re: Reinvidicação dos direitos autorais

Saudações:)
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998:
Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua.
Código Penal:
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
1. O título A Cidade Antiga, de Fustel de Coulanges (1830-1889) está no eBooksBrasil.org desde Agosto de 2006, em pdf e outros formatos. Recomendo o eBooksLibris (xhtml) para uma leitura mais agradável e versátil, principalmente em smartphones e tablets.
[ http://ebooksbrasil.org/historico/jul... ]
2. A tradução que está no eBooksBrasil.org FOI AUTORIZADA (desculpe-me as maiúsculas) pelo tradutor, Frederico Ozanam Pessoa de Barros, que respeitou os direitos morais do autor, mantendo a integridade da obra. Numa-Denys Fustel de Coulanges, o autor, faleceu há mais de 70 anos e a obra encontra-se em domínio público. Disponível, também em diversos formatos, no original, no Project Gutenberg: La Cité Antique - Étude sur Le Culte, Le Droit, Les Institutions de la Grèce et de Rome - http://www.gutenberg.org/ebooks/8074
3. Não se trata, pois, de "disponibilização (sic) não autorizada". A tradução da Editora Ediouro (ISBN 8500013605) é atribuída a Aurélio Barroso Rebello e Laura Alvez. E, como é de seu conhecimento (deveria ser) há outras edições, com tradutores diversos: Hemus (Jonas Camargo Leite e Eduardo Fonseca), Martins Fontes (Fernando Aguiar), Martin Claret (Roberto Leal Ferreira), entre outras. A propósito, todas as mencionadas, creio, posteriores à de Frederico Ozanam Pessoa de Barros.
4. Não é a primeira vez que a ABDR reclama desse título do eBooksBrasil.org. Não vou tomar seu tempo, nem desperdiçar o meu, recapitulando. Se lhe interessar, aqui está o link: http://naogostodeplagio.blogspot.com....
5. Last, but not least: relevei uma vez, vou relevar de novo. E repito-me: para insetos, inseticida.
Passar bem.
teotonio simões
livros@ebooksbrasil.org
PS: Anexo, em pdf, documentação bastante para alicerçar o sobredito.
A seu e-mail, a esta resposta e à documentação anexa será dada a devida publicidade. 


----- Original Message -----
From: Combate à Pirataria Digital
To: livros@ebooksbrasil.org
Sent: Tuesday, November 13, 2012 5:51 PM
Subject: Reinvidicação dos direitos autorais
Prezados senhores,
A Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), entidade civil criada por autores e editores para tutelar os direitos autorais de suas obras literárias, por seu de advogado abaixo subscrito, informa e  notifica Vossa Senhoria acerca da disponibilização – não autorizada – para download do conteúdo de determinado livro editado por nosso associado (Editora Ediouro) por meio do  website www.ebooksbrasil.org  O título deste livro é A Cidade Antiga, Fustel de Coulanges. Nos termos da Lei Federal 9.610/98, os direitos autorais relativos a este livro pertence à Editora, e a sua disponibilização – não autorizada – implica em violação aos artigos 102 e seguintes desta lei, e ao artigo 184 do Código Penal.
Desta feita, a ABDR notifica o titular do website, para retirar o conteúdo do livro apontado acima no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de serem tomadas as medidas legais cabíveis.
Atenciosamente,
Dalton Morato
OAB/SP nº. 158.766

voltarei ao tema. por ora, toda a minha solidariedade a teotônio.







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Published on November 14, 2012 12:28

November 13, 2012

tolstói no brasil, I

conversando com o crítico literário alfredo monte, topei um repto: levantar o que há de tolstói traduzido no brasil. só para começar, apresento aqui o levantamento que fiz até o final dos anos 1950: interessante notar a grande variedade de títulos e a quantidade de retraduções de algumas obras, sobretudo sonata a kreutzer, khadji-murat, ressurreição e guerra e paz.. vamos lá.



I. primórdios pouco identificados


aparentemente, tolstói chega a nós no final do século XIX, com a sonata de kreutzer, pela b.-l. garnier, em tradução de visconti coaracy. bruno gomide, aqui, dá como data provável o ano de 1895. temos um exemplar dessa obra na biblioteca nacional:



Autor:Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1828-1910.
Título / Barra de autoria:A sonata de Kreutzer.
Imprenta:Rio de Janeiro : B. L. Garnier. 
Descrição física:317p.
Notas:Registro Pré-MARC



ainda segundo gomide, em 1905 a j. ribeiro dos santos publica uma nova edição da sonata. não sei o nome do tradutor.
em 1909, sai pela empreza romantica mais uma sonata a kreutzer. ignoro o tradutor.
ainda em 1909, sai o que eu penso da guerra, pela h. antunes. idem.
em 1913, ainda a sonata sai pela livraria teixeira. idem.



II. calmaria



em 1926, temos amo e creado pela livraria joão do rio, com tradução de um críptico "A.F.":







III. anos 1930



a década se inaugura com uma anna karenine pela sociedade impressora paulista, em 1930. tradutor? não sei.







há também um registro de anna karenine pela cia. editora nacional no mesmo ano:




Autor:Tolstoí, Lev Nikolaevich, graf,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1828-1910.
Título / Barra de autoria:Anna Karenine.
Imprenta:[S. Paulo] : Cia. Editora Nacional, 1930. 
Descrição física:710p.
Notas:Registro Pré-MARC



o ano de 1931 é prolífico:


sai a palavra de jesus pela h. antunes;
a americana publica resurreição, romance célebre em tradução de carlos cintra:



Autor: Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf, 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Resurreição, romance celebre.
Imprenta:Rio de Janeiro, Ed. Americana, 1931. 
Descrição física:452 p.
Notas:Registro Pré-MARC






essa tradução passa para a waissmann/guanabara em 1935.

pela cultura sai khadji-murat, em tradução de allyrio wanderley, na coleção "bibliotheca de auctores russos", de iniciativa de georges selzoff (sobre selzoff, ver aqui):




na mesma "bibliotheca de auctores russos", temos padre sergio, também em tradução de allyrio wanderley: 







temos então os cossacos, pela livraria marisa:







em 1932, temos nova edição de os cossacos, agora pela sociedade impressora paulista.




em 1934, pela livraria marisa, sai o trabalho (com timoteo bondareff), em tradução de joão cabral:




Autor: Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf, 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:O trabalho.
Imprenta:Rio de Janeiro, Liv. Marisa, 1934. 
Descrição física:xxx, 241 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Assuntos:Trabalho e trabalhadores. clique aqui para ver as obras sob este assunto no Catálogo de Autoridades de Assuntos  
Entradas secundárias:Bondarev, Timofei. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes

Cabral, João, trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  






ainda em 1934, a civilização brasileira lança o diabo branco (khadji-murat). aqui em nosso acervo:




Autor: Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf. 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:O diabo branco 'Khadji Murat'.
Imprenta:Rio de Janeiro, Civilização brasileira, 1934. 
Descrição física:192 p.
Notas:Registro Pré-MARC



a mesma obra sai pela edições e publicações brasil, apenas como o diabo branco, sem data, mas calculo também pelos anos 1930:












a adoção do título o diabo branco para khadji-murat certamente foi inspirada pelo filme le diable blanc, de alexandre volkoff (1930), e será retomado pela vecchi em 1949 (ver abaixo).
















ressurreição sai também pela civilização brasileira, em dois volumes, em 1936. eis nosso exemplar na biblioteca nacional:




Autor: Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf, 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Ressurreição.
Imprenta:Rio de Janeiro, Civ. brasileira, 1936. 
Descrição física:2 v.
Notas:Registro Pré-MARC






há uma ressurreição sem data, pela cia. brasil, em "tradução revista por marina salles goulart de andrade". não tenho maiores informações.




em 1937, a civilização brasileira sai com uma fornadinha. primeiro a escravidão moderna, em sua colecção econômica, edições sip, vol. 50:







depois vêm os martyres do dinheiro [na floresta - novella (narrativa de um yunker) - 1854-1855], sip, vol. 56:









e ainda no mesmo ano, a civilização também publica o canto do cysne, sip., vol. 59. o difícil é saber quem traduziu...



em nossa biblioteca nacional, temos um exemplar de a tortura da carne pela civilização brasileira, sem data. não me parece impossível que fizesse parte dessa fornadinha dos anos 30:




Autor: Tolstoi, Leão, graf, 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:A tortura da carne.
Imprenta:[Rio de Janeiro] Civilização brasileira. 
Descrição física:157 p.
Notas:Registro Pré-MARC





IV. anos 1940; aumenta o fôlego



em 1940, temos o quinhão da mulher, em tradução de joão cabral:




Autor: Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf. 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:O quinhão da mulher, impressionante relato da propria heroina.
Imprenta:Rio de Janeiro, Coeditora brasilica, 1940. 
Descrição física:xii, 151 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Assuntos:Cabral, João, trad. clique aqui para ver as obras sob este assunto no Catálogo de Autoridades de Assuntos  





em 1942, a globo lança guerra e paz em dois volumes, em sua "biblioteca dos séculos", com tradução de gustavo nonnenberg:









ainda em 1942, a josé olympio publica os cossacos em tradução de almir de andrade:









em 1943, a pongetti publica ana karenina, numa daquelas suas malandrices habituais com "tradução revista por marques rebelo". difícil saber o tradutor verdadeiro. aqui em capa da edição de 1958:









também em 1943, a mesma pongetti publica homens e escravos na coleção "as 100 obras-primas da literatura universal", em tradução de cira neri:









essa tradução é relançada em 1961 pela pongetti, na coletânea três novelas russas.




ainda em 1943, a josé olympio lança sua ana karênina em tradução de lúcio cardoso:












também em 1943, saem os diários íntimos com sofia tolstoi, pela vecchi, em tradução de frederico dos reys coutinho. aqui em capa de 1953:












outro ano especialmente prolífico é 1944, quando saem:


polikuchka pela editora vitória, em tradução de henrique cordeiro:



Autor: Tolstoi, Lév. Nikolaevich, graf. 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Polikuchka.
Imprenta:Rio de Janeiro, Ed. vitoria, 1944. 
Descrição física:x, 204 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Cordeiro, Henrique, trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  



sebastopol pela livraria martins, em sua coleção excelsior:













suas memórias (infância, adolescência e juventude), em tradução de rachel de queiroz, pela josé olympio:






três novelas da rússia, com "o violinista alberto", "um animal como poucos" e "romance inacabado", pela editora nosso livro. há um exemplar em nosso acervo:



Autor: Tolstoi, Lév. Nikolaevich, graf. 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Três novelas da Russia. Nosso livro, ed.
Imprenta:[194 ]. 
Descrição física:180 p.
Notas:Registro Pré-MARC



"a morte de ivan ilitch", em tradução de marques rebelo; "alexis - o pote", em tradução de joracy camargo; "os três staretzi", em tradução de alfredo mesquita, na antologia os russos: antigos e modernos, da editora leitura:





sai alguma coisa em os mais belos contos russos dos mais famosos autores, pela vecchi. constam vários tradutores na imprenta, entre eles frederico dos reys coutinho, responsável por algumas traduções de tolstói. quando localizar o conteúdo, atualizarei aqui:




c.1944 sai katia em tradução de lêdo ivo (deve ter sido uma de suas primeiras!), pela panamericana:



Autor: Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf. 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Katia.
Imprenta:Rio de Janeiro, Ed. Panamericana, [1944?]. 
Descrição física:161 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Ivo, Lêdo, 1924-, trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes  



o clube do livro começa suas garfadas de traduções alheias com os cossacos:









a tortura da carne [de onde viria o castigo?] sai em 1945, pela bolsa do livro. não sei se é uma retomada da tradução lançada pela civilização brasileira (c. anos 1930, ver acima).




Autor: Tolstoi, Lev Nikolaevich, graf. 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:A tortura da carne [De onde viria o castigo?]
Imprenta:[São Paulo] A bôlsa do livro [1945] 
Descrição física:147 p.
Notas:Registro Pré-MARC






em 1945, sai ressurreição pela josé olympio, em tradução de valdemar cavalcanti:









em 1945, sai a segunda série d'os mais belos contos russos dos mais famosos autores, pela vecchi, com mais alguma coisa de tolstói. atualizarei quando obtiver a informação do conteúdo:







em c.1946, sai senhor e servo pela aurora. não localizei outros dados além do que consta em nosso acervo:




Autor: Tolstoi, Leão, graf, 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Senhor e servo.
Imprenta:Rio, Ed. Aurora [1946?] 
Descrição física:167 p.
Notas:Registro Pré-MARC









não acho impossível que a ediçãozinha mequetrefe do clube do livro em 1953 seja uma garfada da edição da aurora.

















em 1947, a w. m. jackson publica "khadji-murat" em três novelas russas em sua coleção "grandes romances universais". a jackson também era bastante fã de usar "traduções revistas".












também em 1947, sai a verdadeira vida pela vecchi, em tradução de rossini tavares de lima. não localizei imagem de capa, mas temos um exemplar em nosso acervo nacional:




Autor: Tolstoi, Leão, graf, 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:A verdadeira vida.
Imprenta:Rio de Janeiro, Ed. Vecchi [1947] 
Descrição física:123 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Assuntos:Lima, Rossini Tavares de, trad. clique aqui para ver as obras sob este assunto no Catálogo de Autoridades de Assuntos  





ainda em 1947, a editora a noite publica uma coletânea de três novelas russas, com dostoiévski, garin e tolstói, em tradução de lúcio cardoso. a novela de tolstói é "ivan, o imbecil".







em 1948, a saraiva lança a morte de ivan ilitch, trazendo no mesmo volume amo e servidor, em tradução de gulnara lobato de morais. aqui em capa de 1963:









aliás, essas duas traduções de gulnara foram apropriadas pela martin claret, que agora alardeia deter os direitos sobre elas. duvido e faço pouco. ver aqui.












também em 1948, nossa biblioteca nacional registra mais uma sonata a kreutzer. não localizei imagem de capa:


Autor: Tolstoi, Leão, graf, 1828-1910. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:A sonata a Kreutzer (romance)
Imprenta:[Rio de Janeiro] Ed. miniatura [1948] 
Descrição física:127 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Entradas secundárias:Vaz, Vicente, trad. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes





em 1949, a vecchi publica o diabo branco em tradução de boris solomonov (isto é, boris schnaiderman), em sua coleção "os maiores êxitos da tela".








V. anos 50: algumas novidades




em 1950, sai ana karênina em dois volumes, pela cia. gráfica lux, em tradução por rui lemos de brito (anunciada direta do russo).



em 1952, temos o pensamento vivo de tolstói, com vários excertos de sua obra em seleção e apresentação de stefan zweig, com tradução de ligia autran rodrigues pereira, pela martins:








em 1955, temos "a palavra divina" em obras-primas do conto universal, pela livraria martins




em 1956, a melhoramentos publica "o enforcado"




em 1957, sai guerra e paz na tradução de oscar mendes, em quatro volumes, pela livraria martins. aqui falta imagem de capa do primeiro volume:









essa tradução de oscar mendes sai também pela itatiaia, no mesmo ano.




também em 1957, a edições e publicações brasil lança guerra e paz em três volumes.




no mesmo ano, sai ressurreição pela martins, em tradução de ilza neves e heloísa penteado:









em 1958, sai mais uma guerra e paz, em três volumes, pela edigraf, em tradução direta (?) de alberto denis:









claro que a cultrix não ia deixar passar um tolstoi em suas maravilhas do conto russo: lá temos "deus vê a verdade, mas espera", em "tradução revista por t. booker washington", de 1958.









em 1959, saem três novelas, a saber, "a felicidade conjugal", "a morte de ivã ilitch" e "sonata a kreutzer", em tradução de boris schnaiderman, pela editora boa leitura:










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Published on November 13, 2012 15:51

November 10, 2012

púchkin no brasil, II

prosseguindo com as traduções de púchkin publicadas no brasil (ver primeira parte aqui), seguem abaixo publicações a partir dos anos 1960. deve ter muita coisa esparsa, que ainda não localizei.



I.

em 1961, sai o primeiro volume da vasta antologia do conto russo em oito volumes, pela editora lux, trazendo os seguintes contos de púchkin: "a filha do capitão", "nevasca" e "moça camponesa". agradeço a quem souber me informar o tradutor:









II.

em 1962, a difel publica o negro de pedro, o grande em tradução de boris schnaiderman (que será reeditada em 1999, pela 34):











III.

ainda em 1962, sai "o tiro" na antologia contos russos organizada por jacob penteado, na coleção "primores do conto universal", pela edigraf, sem créditos de tradução: 









IV.

boris schnaiderman, em "caleidoscópio de tradutor", menciona uma antologia que teria montado e publicado em 1962, trazendo sua tradução d' "o empresário fúnebre", depois reeditado em 1981 como "o fabricante de ataúdes" e em 1999 como "o fazedor de caixões". não consegui localizar a antologia de 1962 com o referido conto.




V.
em 1963, a bup lança a filha do capitão em tradução de leontina vassilieva e renard perez:









VI.

em 1964, saem contos de belkin, pela brasiliense, em tradução de eduardo sucupira filho:









VII.

ainda em 1964, sai "o fabricante de ataúdes" na antologia obras-primas do conto russo, pela livraria martins, com introdução, seleção e notas de homero silveira. não consta o nome do tradutor, mas, pelo texto aqui disponível, parece de lavra lusitana.









VIII.

em 1968, "mozart e salieri" é publicado em tradução de tatiana belinky em teatro da juventude, vol. 4, n. 18, pela comissão estadual de teatro de são paulo. não localizei imagem de capa.



IX.

em 1972, sai a filha do capitão em adaptação de marques rebelo, pela abril cultural, na coleção "clássicos da literatura juvenil", e em 1979 na coleção "grandes aventuras". essa adaptação sai também pela "coleção elefante" da ediouro a partir de 1987.









X.

ignoro qual é o conto presente na antologia contos russos pelas edições de ouro, com seleção, tradução e notas de aurélio buarque de hollanda e paulo rónai, e qual a data de edição:











XI.

em 1980, sai "o tiro" no terceiro volume do mar de histórias, em organização e tradução de aurélio buarque de hollanda e paulo rónai, pela nova fronteira:








XIa.

também em 1980, a otto pierre lança contos breves, sem crédito de tradução. como a otto pierre publicava muitas coisas de portugal, não duvido que se trate de tradução lusitana. a coletânea traz: "a casinha solitária da ilha basílio", "a fidalga camponesa", "azar no jogo", "o desafio", "o bandido dubrovsky", "o czar saltan, o valoroso herói gvidon saltanovich e a formosa princesa cisne", "conto da czarevna morta e dos sete guerreiros" e "o prisioneiro do cáucaso".















XII.

ainda em 1980, sai pela perspectiva a tradução de helena s. nazário de a filha do capitão:









XIII.

em 1981, sai a dama de espadas em tradução de boris schnaiderman, pela max limonad:









XIV.

em 1988, a paulinas publica o pope avarento em tradução de tatiana belinky:









XIVa.

também em 1988, sai "nevasca" em salada russa, pela paulinas, em tradução de tatiana belinky:









XV.

ainda em 1988, a editora formar publica uma coleção de três volumes, chamada "mundo infantil". no vol. 3 está incluído o conto "o tzar saltão". ignoro o nome do tradutor/adaptador:










XVI.

em 1992, sai um volume de poesias escolhidas, com seleção e tradução de josé casado, pela nova fronteira:









XVII. 

em 1993, a scipione lança a história da ursa-parda em tradução e adaptação de tatiana belinky:









XVIII.

em 1999, pela 34, sai a coletânea a dama de espadas - prosa e poemas, em tradução de boris schnaiderman (prosa e poesia) e nelson ascher (poesia), com o título geral de a dama de espadas - prosa e poemas. traz: "o negro de pedro, o grande"; "dubróvski", "a dama de espadas"; "o chefe da estação"; "o tiro"; "o fazedor de caixões"; "kirdjali", na parte em prosa. os poemas são "o demônio"; "o semeador"; "a uva"; "o prosador e o poeta"; "para ***"; "alexandre I"; "nicolau I"; "para viázemski"; "o profeta"; "árion"; "mensagem à sibéria"; "'dom inútil...'"; "corvos"; "o antchar"; "o cavaleiro pobre", "'amei-te...'".









XIX.
em 2003, sai uma nova tradução dos contos de belkin, agora de klara gouriánova, pela nova alexandria:









XX.

em 2004, sai uma antologia de contos russos eternos, pela bom texto, organizada por maria do carmo s. campos e com tradução de josé augusto carvalho. não sei qual é o conto de púchkin incluído na coletânea.









XXI.

ainda em 2004, sai o caderno de literatura e cultura russa dedicado a púchkin, pela ateliê/ usp, com um dossiê que inclui a tradução de excertos de evguiéni oniéguin; "romance em cartas"; "sobre poesia clássica e romântica"; e "esboços de um prefácio a boris godunov":









XXII.

em 2006, a globo lança pequenas tragédias em tradução de irineu franco perpétuo. são elas: "o cavaleiro avarento", "mozart e salieri", "o convidado de pedra" e "o festim nos tempos da peste"..









XXIII.
ainda em 2006, a rideel lança uma adaptação d' a dama de espadas feita por rodrigo espinosa cabral, em sua sua coleção "aventuras grandiosas":









XXIV.

ainda em 2006, saem a filha do capitão / a dama de espadas pela martin claret. já comentei o caso da tradução de álvaro moreyra para a dama de espadas aqui. sobre a tradução portuguesa d'a filha do capitão nessa edição da claret, ver aqui.



XXV.

em 2007, sai boris godunov em tradução, notas e posfácio de irineu franco perpétuo, pela globo:









XXVI.

em 2010, pela hedra, temos noites egípcias e outros contos traduzidos por cecília rosas. além de três dos contos de belkin, "do editor", "a nevasca" e "a senhorita camponesa", a seleta traz também "a casinha solitária na ilha de vassili", "história do povoado de goriúkhino" e as "noites egípcias" do título:









XXVII.

em 2010, sai eugênio onêguin em tradução de dário moreira de castro alves, pela record. essa tradução foi inicialmente publicada em 2008 em moscou, pelo grupo editorial asbooka-atticus, em edição bilíngue:






Autor:Puchkin, Aleksandr Sergueievitch,clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes 1799-1837.
Título / Barra de autoria:Eugênio Oneguin : romance em versos / Alexandr Pushkin ; tradução do russo para o português, Dário Moreira de Castro Alves. -
Imprenta:Moscou [Rússia] : Grupo Editorial Azbooka-Atticus, 2008. 
Descrição física:493p. ; 23cm.
Notas:Título e texto em russo com tradução paralela em português.
Registro Patrimonial:1.293.837 D 31/05/2010 







XXVIII.

em 2011, sai "viagem a arzrum" na nova antologia do conto russo - 1792-1998, pela 34, organizada por bruno gomide, em tradução de cecília rosas:









XXIX.

em 2012, sai a coletânea de pequenas tragédias pela martin claret, em tradução de oleg almeida:











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Published on November 10, 2012 05:13

November 9, 2012

púchkin no brasil, I

inspirada pela medalha púchkin com que paulo bezerra foi recentemente agraciado, fiquei curiosa em ver o que há de púchkin entre nós.



a grafia varia um pouco: pushkin, puskine, puchkin, puchkine, puschkin. atualmente, com a normatização da transposição fonética, consagrou-se o uso de púchkin. segue a primeira parte do levantamento, até a década de 1950.



I.

parece que o primeiro púchkin entre nós saiu pela livraria do globo em 1933: a filha do capitão, em tradução de paulo corrêa lopes.







II.

depois, em 1935, a civilização brasileira (que então era um selo da companhia editora nacional) publicou águia negra, em sua coleção econômica sip, vol. 32:







ainda não descobri o autor da tradução. como há um exemplar desta obra em nosso acervo na biblioteca nacional, solicitei a gentileza de verificarem se há e qual é o nome do tradutor:




Autor: Pushkin, Aleksandr Sergcevich, 1799-1837. clique aqui para ver as obras deste autor no Catálogo de Autoridades de Nomes
Título / Barra de autoria:Águia negra.
Imprenta:Rio de Janeiro, Civilização brasileira, 1935. 
Descrição física:288 p.
Notas:Registro Pré-MARC
Classificação Dewey:
Edição:
891.73
Indicação do Catálogo:II-368,1,21 



III.

em 1937, sai pela pongetti uma coletânea com águia negra, a dama de espadas e um tiro. a tradução é de cira neri. abaixo capa e página de rosto da edição de 1943.















"a dama de espadas" é relançada pela pongetti em 1961 numa coletânea chamada 3 novelas russas.













IV.

em 1944, sai pela companhia editora leitura a coletânea os russos: antigos e modernos, com organização de rubem braga e supervisão de graciliano ramos. o volume traz dois contos de púchkin, "a dama de espadas", em tradução de dias da costa, e "o chefe de posta", em tradução de aníbal machado.







essa coletânea é reeditada nos meados dos anos 70 pela ediouro (então edições de ouro), com o título de o livro de ouro dos contos russos, e agora em 2004 com o título de contos russos: os clássicos: 








V.

também em 1944, a vecchi lança os mais belos contos russos dos mais famosos autores. na imprenta constam vários tradutores e ainda não descobri qual o conto de púchkin incluído na coletânea. há também uma segunda série da coletânea:







VI.

em 1945, álvaro moreyra lança sua tradução d'a dama de espadas pela brasilia aeterna, aliás com tiragem especial em 1944 para a confraria de bibliófilos brasileiros cattleya alba, numa edição numerada de luxo, com capa de seda e ilustrações de martha schidrowitz feitas a mão:













note-se de passagem o triste destino terá essa tradução sessenta anos depois: foi apropriada pela martin claret, que a partir de 2006 passou a se apresentar como a detentora dos direitos sobre ela, coisa da qual duvido muito e faço pouco. veja aqui.













VII.

em 1949, a mesma vecchi publica águia negra em tradução de boris solomonov, que era o pseudônimo semipatronímico que boris schnaiderman adotava em suas traduções daquela época.









VIII.

ainda em 1949, a vecchi publica a filha do capitão, também em tradução de boris solomonov: 









essa tradução será reeditada inúmeras vezes ao longo das décadas - com o encerramento da vecchi, seu catálogo passou para a tecnoprint (futura ediouro). acrescida de prefácio de otto maria carpeaux, sai na década de 1970 pela edições de ouro, em sua coleção "universidade", e em 1996 pela coleção "clássicos de bolso" da ediouro. 










VII/ VIII

tanto águia negra quanto a filha do capitão pela vecchi saíram em sua coleção "os maiores êxitos da tela". vale lembrar o enorme sucesso dos filmes aquila nera (1946), de riccardo freda, e la figlia del capitano (1947), de mario camerini:








IX.

em 1957, sai "o turbilhão de neve" na antologia maravilhas do conto russo, pela cultrix. a seleção ficou a cargo de um implausível "serge ivanovitch" e "traduções revistas por t. booker washington". já comentei várias vezes aqui no blog a doideira que era essa coleção das maravilhas da cultrix, com suas constantes "traduções revistas" pelo quase ubíquo "t. booker washington": a prática da editora, na verdade, consistia essencialmente em respigar aqui e ali contos já publicados em outras editoras, brasileiras e portuguesas, e republicá-los sem dar fontes nem créditos. 









X. 

em quadrinhos:

em 1956, a ebal lança a filha do capitão em sua coleção "romances ilustrados", vol. 18:









e também em 1956 a abril, então em seus primórdios, publica 10 histórias de púshkin em sua coleção "romances célebres". pena que não consegui imagem de capa.





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Published on November 09, 2012 13:49

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Denise Bottmann
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