Denise Bottmann's Blog, page 58

January 14, 2013

os prêmios da fbn 2012, IV

em tempo: ainda em relação ao prêmio paulo rónai de tradução literária, da fbn, admirou-me a habilitação da inscrição de uma obra que visivelmente não é literária: civilização - ocidente x oriente.



seria muito importante que a fbn criasse um novo prêmio ou desdobrasse o paulo rónai em dois prêmios distintos, passando a contemplar também obras de tradução de humanidades. aliás, este foi um pleito que fizemos em petição em 2011, num documento entregue por ivo barroso nas mãos do presidente da fundação, galeno amorim, por ocasião da cerimônia de entrega dos prêmios daquele ano. ver a petição aqui.



enquanto não se o criar, porém, as regras atualmente vigentes deveriam ser respeitadas pela própria instituição que as estabeleceu.




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Published on January 14, 2013 17:04

os prêmios da fbn 2012, III

por fim, a questão do prêmio paulo rónai de tradução, da fbn.



havia 41 inscritos na categoria de tradução: quinze tiveram suas inscrições rejeitadas; oito entraram com recurso e apenas um teve seu recurso deferido. boa parte das inabilitações se deu por inexistência de cadastro no isbn (critério que já comentei aqui). com isso, ficaram 27 concorrentes ao prêmio paulo rónai. o ganhador foi francisco josé saraiva degani, com a tradução os noivos, de alessandro manzoni.



minha perplexidade não foi em relação ao resultado, de maneira nenhuma - aliás, parabenizo sinceramente francisco degani. minha perplexidade foi em relação à composição do júri.



vamos por partes. o prêmio literário da fundação biblioteca nacional, em suas várias categorias, foi criado em 1995 (exceção feita às de literatura infantil e juvenil, criadas em 2007). o patrono do prêmio de tradução, paulo rónai, dispensa apresentações.



a comissão avaliadora é composta de três membros, os quais, segundo os termos do edital, devem ter "experiência profissional comprovada" e "notório saber na área pertinente a cada categoria", a ser nomeados pela presidência da fbn (ver aqui). naturalmente entende-se a indiscutível procedência de tal exigência. o edital também frisa a necessidade de respeitar o princípio de representatividade regional, sempre que possível.



quanto aos critérios adotados pela comissão, devem ser a qualidade literária da obra, a originalidade, a criatividade, a contribuição à cultura nacional, a qualidade linguística da tradução e criatividade no uso dos recursos gráficos, quando couber. tirando este último critério, naturalmente todos os demais se aplicam a uma obra de tradução.



no caso em apreço, a comissão avaliadora das obras concorrendo ao prêmio paulo rónai de tradução foi composta por ana cristina campos rodrigues, leny de azevedo werneck e tomaz adour da câmara. certamente todos são nomes muito respeitáveis, sem dúvida de experiência comprovada e notório saber em suas respectivas áreas - que, no entanto, não é, pelo que posso entender, a área de tradução literária.



a primeira, até onde consegui me informar, é uma historiadora de sólida formação, técnica de documentação na fbn desde 2006, tendo em seu currículo uma tradução da tese de sua orientadora em 2002-2004 e a participação numa oficina de tradução ministrada por carlos irineu da costa.



a segunda é escritora e jornalista no rio de janeiro, e não localizei nenhuma referência a algum contato direto seu com a atividade de tradução.



o terceiro é editor da usina de letras, também no rio de janeiro. tampouco localizei qualquer referência a alguma atividade de tradução.



salvo melhor juízo e com base em tais informações, a mim parece de clareza meridiana que os critérios básicos para a seleção dos membros da comissão avaliadora do prêmio paulo rónai de tradução não foram atendidos à suficiência.




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Published on January 14, 2013 16:14

os prêmios da fbn 2012, II

em 21 de dezembro saíram os resultados dos prêmios da fundação biblioteca nacional. e aí, para espanto geral e indignação de vários inscritos, revelou-se que o prêmio de poesia alphonsus de guimaraens fora concedido a bernardo ajzenberg, como detentor dos direitos autorais da antologia poemas 1930-1962, de carlos drummond de andrade, publicada pela cosac naify, em edição crítica preparada por uma equipe da casa de rui barbosa, sob a coordenação de júlio castañon guimarães.



o grande problema é que o regulamento era muito claro: as inscrições deviam ser feitas pessoalmente pelos autores (donde se deduzia que o prêmio se destinava exclusivamente a autores vivos), ou, em casos de inscrição pela casa publicadora, seria necessária uma autorização de próprio punho do autor (donde se inferia mais uma vez que o autor teria de estar vivo). a íntegra do edital está aqui e abaixo transcrevo os artigos correspondentes a tal exigência:




2.3. As obras deverão ser inscritas pelo autor, de  acordo com as categorias premiadas.

2.3.1. As inscrições por intermédio de editoras serão permitidas como forma de assistência ao autor apenas mediante autorização por escrito deste, que deverá ser anexada à ficha de inscrição.  

este era o ponto mais absurdo e flagrante na premiação, que a invalidaria de plano. em todo caso, havia outras irregularidades na obra premiada: 1. o edital determinava que a obra deveria ser inédita; não era. 2. ademais, consistindo o ineditismo no fato de ser uma edição crítica da obra, não caberia concorrer na categoria de poesia.



a perplexidade e os protestos logo se difundiram pelas mídias sociais, como o twitter e o facebook, por vários blogues e na grande imprensa, além de uma petição online contra a premiação e uma intensa divulgação das irregularidades por meio de vários e volumosos mailings. dois autores (marcus fabiano e renato suttana) e duas entidades (coletivo quatati e união brasileira de escritores) entraram com recurso junto à fbn, pedindo a anulação do prêmio.



dois membros do júri tentaram se justificar declarando à folha de s.paulo: 


A poeta Leila Míccolis, integrante do júri que escolheu “Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-62”, da Cosac Naify, como vencedora do Prêmio Biblioteca Nacional de Literatura, diz que preferia ter premiado um poeta vivo. “Eu tinha outra escolha, mas respeitei a decisão coletiva.” Seu colega de júri Francisco Orban avalia que caberia à organização decidir se o livro estava habilitado ou não —já que, pelo edital, a inscrição só poderia ser feita pelo autor ou pela editora com autorização por escrito do autor. (aqui)

a posição de leila míccolis também gerou perplexidade, pois, num júri de três pessoas, seria difícil conceber que dois votos pudessem constituir uma "decisão coletiva". e a fbn, de seu lado e como de hábito, tentou se fazer de mortinha, declarando que "só analisará o caso se houver recurso de algum concorrente".



tudo isso em meio ao natal e vésperas de ano novo, imagine-se! em 30 de dezembro, o jornal estado de são paulo informou que a fbn havia suspendido a homologação dos prêmios até que os recursos interpostos  fossem julgados (aqui).



por fim, a fbn informou que havia analisado em 03 de janeiro o recurso do poeta marcus fabiano e que traria a público sua decisão em 08 de janeiro. a fbn acabou se manifestando alguns dias depois, conforme noticiou a jornalista raquel cozer em 11 de janeiro na folha de s.paulo, aqui. o prêmio foi anulado, mas aparentemente os jurados ainda não conseguiram ainda chegar a um acordo. agora é aguardar.




recurso apresentado por marcus fabiano, aqui
recurso apresentado pela ube, aqui
ata de julgamento dos recursos, fbn, aqui
aqui o edital que a fbn publicou hoje, dia 14 de janeiro, deixando em branco o nome do premiado, até decisão do mesmo júri ou por escolha do departamento de economia do livro.



não há a menor dúvida de a grande responsável pela falha grotesca, inominável, imperdoável, foi a fundação biblioteca nacional - mas que o júri não conhecesse ou preferisse desconhecer o teor do regulamento também me causou bastante surpresa.



estão de parabéns todos os que noticiaram, divulgaram, protestaram e reagiram prontamente contra o malfeito. é da maior importância que a fbn consiga imprimir e conservar lisura, coerência e imparcialidade a todo o conjunto dos prêmios da instituição.


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Published on January 14, 2013 14:58

os prêmios da fbn 2012, I

este blog já havia entrado de férias quando surgiram alguns episódios desconcertantes no prêmio de literatura da fundação biblioteca nacional.



em 12 de dezembro, porém, eu havia divulgado a lista das inscrições habilitadas e inabilitadas e já comentara a surpresa com a quantidade de inabilitações devido a irregularidades no isbn. veja aqui.



por um lado, achei extremamente saudável que a fundação biblioteca nacional começasse a checar a regularidade no uso de isbns. venho tratando faz tempo desse problema, e os interessados podem consultar vários posts incluídos no marcador fbn/isbn, aqui.



por outro lado, espantou-me que as irregularidades se concentrassem em títulos publicados pelo grupo record: nada menos de 74 inscrições recusadas por inexistência de cadastro dos isbns usados nas edições! ora, o uso do isbn é obrigatório desde 2003, pela lei n. 10753, a chamada lei do livro, que instituiu a politica nacional do livro, e a única entidade que pode atribuí-lo aos interessados é a agência brasileira do isbn, abrigada na fundação biblioteca nacional.



a jornalista raquel cozer publicou no sábado passado, dia 12 de janeiro, uma notícia assombrosa, numa matéria chamada "os sem cadastro", aqui. transcrevo uma parte:


OS SEM CADASTRO Não à toa 74 títulos da Record inscritos no Prêmio de Literatura da Fundação Biblioteca Nacional, no fim de 2012, foram inabilitados por "insuficiência de ISBN". Desde 2007, quando a versão brasileira do código internacional que identifica livros passou a ter 13 dígitos, em vez de dez, a editora praticamente não cadastra obras na agência nacional do International Standard Book Number. Assim como as outras cinco primeiras casas a aderir ao sistema no país, em 1978, a Record teve por anos o direito de autoatribuir seus códigos, sem ter de pagar. Com a mudança de 2007, as pioneiras perderam o privilégio. A Record continuou atribuindo seus códigos por conta - cada ISBN inclui um número da editora e outro da publicação -, sem cadastrá-los na agência.

ISBN FECHA O CERCO

Em anos anteriores, títulos da Record levaram o prêmio da FBN, mas isso porque a instituição, que representa o ISBN no Brasil, ainda não eliminava concorrentes por irregularidades no cadastro.

A inabilitação no último prêmio foi um movimento da agência para que editoras se regularizem. 

de fato, é hora de nossas instituições e entidades do livro começarem a pôr um pouco de ordem no mundo do livro e a coibir tanta prepotência e arbitrariedade.


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Published on January 14, 2013 09:20

os prêmios da fbn 2012 I

este blog já havia entrado de férias quando surgiram alguns episódios desconcertantes no prêmio de literatura da fundação biblioteca nacional.



em 12 de dezembro, porém, eu havia divulgado a lista das inscrições habilitadas e inabilitadas e já comentara a surpresa com a quantidade de inabilitações devido a irregularidades no isbn. veja aqui.



por um lado, achei extremamente saudável que a fundação biblioteca nacional começasse a checar a regularidade no uso de isbns. venho tratando faz tempo desse problema, e os interessados podem consultar vários posts incluídos no marcador fbn/isbn, aqui.



por outro lado, espantou-me que as irregularidades se concentrassem em títulos publicados pelo grupo record: nada menos de 74 inscrições recusadas por inexistência de cadastro dos isbns usados nas edições! ora, o uso do isbn é obrigatório desde 2003, pela lei n. 10753, a chamada lei do livro, que instituiu a politica nacional do livro, e a única entidade que pode atribuí-lo aos interessados é a agência brasileira do isbn, abrigada na fundação biblioteca nacional.



a jornalista raquel cozer publicou no sábado passado, dia 12 de janeiro, uma notícia assombrosa, numa matéria chamada "os sem cadastro", aqui. transcrevo uma parte:


OS SEM CADASTRO Não à toa 74 títulos da Record inscritos no Prêmio de Literatura da Fundação Biblioteca Nacional, no fim de 2012, foram inabilitados por "insuficiência de ISBN". Desde 2007, quando a versão brasileira do código internacional que identifica livros passou a ter 13 dígitos, em vez de dez, a editora praticamente não cadastra obras na agência nacional do International Standard Book Number. Assim como as outras cinco primeiras casas a aderir ao sistema no país, em 1978, a Record teve por anos o direito de autoatribuir seus códigos, sem ter de pagar. Com a mudança de 2007, as pioneiras perderam o privilégio. A Record continuou atribuindo seus códigos por conta - cada ISBN inclui um número da editora e outro da publicação -, sem cadastrá-los na agência.

ISBN FECHA O CERCO

Em anos anteriores, títulos da Record levaram o prêmio da FBN, mas isso porque a instituição, que representa o ISBN no Brasil, ainda não eliminava concorrentes por irregularidades no cadastro.

A inabilitação no último prêmio foi um movimento da agência para que editoras se regularizem. 

de fato, é hora de nossas instituições e entidades do livro começarem a pôr um pouco de ordem no mundo do livro e a coibir tanta prepotência e arbitrariedade.


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Published on January 14, 2013 09:20

traduzires

saiu o número 2 da revista traduzires, da unb, disponível aqui







agradeço a publicação de um artigo meu, chamado "uma vinheta", aqui.


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Published on January 14, 2013 07:00

January 11, 2013

as traduções de erico veríssimo



Encontro na Wiki:






Traduções

Romances


O sineiro (The Ringer), de Edgar Wallace – 1931
O círculo vermelho (The Crimson Circle), de Edgar Wallace – 1931
A porta das sete chaves (The Door with Seven Locks), de Edgar Wallace – 1931
Classe 1902 (Jahrgang 1902), de Ernst Glaeser – 1933
Contraponto (Point Counter Point), de Aldous Huxley – 1934
E agora, seu moço? (Kleiner Mann, Was nun?), de Hans Fallada – 1937
Não estamos sós (We Are Not Alone), de James Hilton – 1940
Adeus Mr. Chips (Goodbye Mr. Chips), de James Hilton – 1940
Ratos e homens (Of Mice and Men), de John Steinbeck – 1940
O retrato de Jennie (Portrait of Jennie), de Robert Nathan – 1942
Mas não se mata cavalo? (They Shoot Horses, Don't They?), de Horace McCoy – 1947
Maquiavel e a dama (Then and Now), de Somerset Maugham – 1948
A pista do alfinete novo (The Clue of the New Pin), de Edgar Wallace – 1956


Contos


Psicologia (Psychology), de Katherine Mansfield – 1939 (Revista do Globo)
Felicidade (Bliss), de Katherine Mansfield – 1940
O seu primeiro baile (Her First Ball), de Katherine Mansfield – 1940 (Revista do Globo)



Leve-se em conta que os contos "Felicidade" e "O seu primeiro baile", acima mencionados, compõem a coletânea Felicidade, com mais doze contos, todos em tradução de Veríssimo. Veja-se aqui.



À listagem da Wiki podem-se acrescentar, além dos demais contos de Felicidade:


O mistério da escada circular, de M. R. Rinehart
A filha de Fu-Manchu, de Sax Rohmer
A cobra amarela, de Edgar Wallace
A morte mora em Chicago, de Edgar Wallace
Três titãs - Miguel Ângelo, Rembrandt, Beethoven, de Emil Ludwig




O Dicionário de tradutores literários  (DITRA), da UFSC, na bibliografia de Erico Veríssimo, aqui, traz também algumas traduções da Coleção Amarela publicadas com o nome de Gilberto Miranda. Não estão incluídas neste breve levantamento, pois não creio que se possa considerá-lo como um pseudônimo ocasionalmente usado por Veríssimo, em vista do que ele mesmo disse sobre a identidade de "Gilberto Miranda": 

... trata-se duma "personalidade de conveniência" que inventei, uma espécie de factótum literário. Se uma equipe anônima organiza ou livro ou escreve um ensaio e precisamos de um nome para aparecer como autor dessas tarefas, convocamos Gilberto Miranda que, assim, tem sido, além de tradutor, especialista em crítica literária, modas femininas e masculinas, trabalhos manuais, política internacional, história natural, psicologia etc., etc.  Gilberto Miranda não tem idade. Nestes últimos quarenta anos, Henrique e eu temos ficado mais velhos, mas o infernal Miranda continua jovem: tem sempre trinta anos, a mesma cara, a mesma disposição para o trabalho e continua a ser suficientemente cínico (ou prático) para emprestar seu nome a qualquer empreendimento literário, por mais medíocre que seja. (veja aqui)


Para um levantamento mais completo, valeria a pena consultar, entre outros, a tese de doutorado de Paula Godói Arbex, Erico Veríssimo, tradutor (2003), e o livro de Waldemar Torres, Erico Veríssimo: Editor e Tradutor (2012).




Fontes: Wikipédia, Sônia Maria de Amorim com Em busca de um tempo perdido (1999), DITRA











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Published on January 11, 2013 04:00

January 10, 2013

manifesto do futurismo

aline fogaça dos santos reis e silva é autora de uma interessante dissertação de mestrado, disponível aqui, sobre as duas primeiras traduções do manifesto futurista de marinetti no brasil. a primeira delas foi feita por manuel dantas, publicada em 5 de junho de 1909 no jornal a república, de natal; a segunda foi feita por almachio diniz, publicada em 30 de dezembro do mesmo ano no jornal de notícias, de salvador.






anexo IV, p. 148



ao comparar as traduções, a autora comenta várias semelhanças, aventando como explicação a proximidade temporal e a formação intelectual similar dos dois tradutores (p. 90).



depois de lê-las e compará-las com o original, o que me parece é que almachio diniz, se por um lado fez uma tradução em grande parte de direito próprio, bastante distinta da de manuel dantas sob vários aspectos, por outro lado não teve muito pejo em utilizar diretamente algumas soluções de dantas. é a única explicação que encontro para trechos como os seguintes (pp. 115-24):



Il coraggio, l’audacia, la ribellione, saranno elementi essenziali della nostra poesia.

Os elementos essenciais da nossa poesia serão a coragem, a audacia e a revolta.

Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audacia e a rebellião.



La letteratura esaltò fino ad oggi l’immobilità pensosa, l’estasi e il sonno. 

A litteratura, tendo até aqui magnificado a immobilidade pensativa, o extase e o somno...

A literatura, tendo endeosado até hoje a immobilidade pensante, o extase e o somno...

[além da mesma modificação da estrutura sintática, note-se a reiteração de um equivocado "êxtase" para estasi]



il passo di corsa: ambos adotam "o passo gymnastico".



Noi affermiamo che la magnificenza del mondo si è arricchita di una bellezza nuova: la bellezza della velocità.

Declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma nova belleza: a belleza da velocidade.

Declaramos que o esplendor do mundo o enriqueceu com uma nova belleza: a belleza da velocidade.



Nessuna opera che non abbia un carattere aggressivo può essere un capolavoro.

Não ha obra prima sem caracter aggressivo.

Não ha obra-prima sem caracter aggressivo.



La poesia deve essere concepita come un violento assalto contro le forze ignote...

A poesia deve ser um assalto violento contra as forças desconhecidas...

A poesia deve ser um assalto violento contra as forças desconhecidas...



Noi vogliamo glorificare [...] il gesto distruttore dei libertari, le belle idee per cui si muore e il disprezzo della donna.

Queremos glorificar [...] o gesto destruidor dos anarchistas, as bellas idéas que matam, e o desprezo da mulher.

Queremos glorificar [...] o gesto destruidor dos anarchistas, as bellas Ideas, que matam e o despreso da mulher.



Noi vogliamo distruggere i musei, le biblioteche, le accademie d’ogni specie, e combattere [...] contro ogni viltà opportunistica o utilitaria.

Queremos demolir os museus, as bibliothecas, combater [...] todas as covardias opportunistas e utilitarias.

Queremos demolir os museus, as bibliothecas, combater [...] todas as covardias opportunistas e utilitarias.



achei curioso.


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Published on January 10, 2013 11:00

December 20, 2012

boas festas!

como todo ano, este blog dá uma parada em 20 de dezembro e retorna em 10 de janeiro.




a todos, um feliz natal e um maravilhoso 2013!











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Published on December 20, 2012 10:26

December 18, 2012

georges selzoff II

agradeço a gutemberg medeiros por ter enviado gentilmente um material excelente sobre a pequena editora de georges selzoff, com sua "bibliotheca de auctores russos", do começo dos anos 30, sobre a qual falei aqui.




eis o logo, superbonitinho e caprichado, usado na contracapa das edições:






guilherme de almeida, quando georges selzoff anunciou que montaria uma editora com f. [?] olandim dedicada à tradução de grandes obras da literatura russa, saudou calorosamente a iniciativa. a saudação de guilherme de almeida foi reproduzida na edição d'os inimigos, pela "bibliotheca de auctores russos". informa gutemberg que foi reproduzida também em outras edições.

















note-se como a capa era moderninha, com o desenho das letras no mais autêntico art déco. preciosa também a segunda capa, com a lista dos livros publicados e das obras programadas. das obras "no prelo", creio que apenas águas da primavera chegou a sair. por mais que tenha procurado em arquivos, bibliotecas, imprensa e sebos, não localizei nenhuma referência às outras sete anunciadas na programação.



por outro lado, temos em 1932 ninho de fidalgos, de turguenieff, em provável tradução de elsie lessa.

assim, salvo melhor juízo, tenho para mim que águas da primavera e ninho de fidalgos foram as publicações derradeiras da casa, num total de doze títulos, sendo dez de autores russos e dois de autores brasileiros, colaboradores de georges selzoff: allyrio wanderley e orígenes lessa. ver a respeito o post já citado, aqui.


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Published on December 18, 2012 15:26

Denise Bottmann's Blog

Denise Bottmann
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