Denise Bottmann's Blog, page 56
February 10, 2013
"j. l. moreira"
mais um personagem daqueles intrigantes mistérios de identidade é "j. l. moreira", que aparece como tradutor da vida de benvenuto cellini escrita por ele mesmo, que saiu pela athena em 1939.
para situar a athena, consulte aqui.
para a questão das misteriosas identidades de alguns colaboradores da athena, veja aqui.
"j. l. moreira" é tradutor de um livro só, a dita autobiografia de cellini, que teve uma edição só, a de 1939.
e eis que me lembro da preciosa carta que fúlvio abramo escreveu na prisão, quando estava traduzindo vida nova de dante, que saiu sob o pseudônimo de "blásio demétrio".*
ali diz ele: "Ainda não recebi a 'Minha Vida' de Cellini, que também pretendo traduzir".
será que ele recebeu o exemplar? será que o traduziu? será que assinou sua tradução como "j. l. moreira"? esta aí mais uma sugestão de pesquisa para estudantes de tradução.
* agradeço mais uma vez a paula abramo pela gentileza em fornecer uma cópia desse precioso documento que é a carta de seu avô fúlvio abramo.
para situar a athena, consulte aqui.
para a questão das misteriosas identidades de alguns colaboradores da athena, veja aqui.
"j. l. moreira" é tradutor de um livro só, a dita autobiografia de cellini, que teve uma edição só, a de 1939.
e eis que me lembro da preciosa carta que fúlvio abramo escreveu na prisão, quando estava traduzindo vida nova de dante, que saiu sob o pseudônimo de "blásio demétrio".*
ali diz ele: "Ainda não recebi a 'Minha Vida' de Cellini, que também pretendo traduzir".
será que ele recebeu o exemplar? será que o traduziu? será que assinou sua tradução como "j. l. moreira"? esta aí mais uma sugestão de pesquisa para estudantes de tradução.
* agradeço mais uma vez a paula abramo pela gentileza em fornecer uma cópia desse precioso documento que é a carta de seu avô fúlvio abramo.
Published on February 10, 2013 11:40
o dlit
um projeto muito interessante desenvolvido em conjunto pela ufsc e pela usp é o:
vale a pena visitar, ler, consultar. está aqui.
alguns aspectos, porém, não me ficaram muito claros:
o dicionário abrangerá apenas obras de literatura ou também de humanidades em geral? por ora, predominam obras literárias, mas também ali encontramos obras de filosofia, história, teoria política, estética e outras, porém numa amostragem pouco significativa.
o dicionário pretende listar o que há de bibliografia [em acepção ampla, hipoteticamente abrangendo literatura e humanidades] italiana traduzida entre 1900 e 1950? ou publicada nesse meio século? pois vemos ali arrolada a tradução da divina comédia feita por xavier pinheiro no século XIX, por exemplo.
o dicionário pretende listar as várias edições durante 1900-1950 de uma mesma tradução? pois vemos ali várias edições ainda da divina comédia entre 1900 e 1950 na mesma tradução oitocentista de xavier pinheiro.
por fim, um elemento simples, mas necessário para situar o projeto: quando ele foi iniciado? em sua apresentação, temos apenas que foi desenvolvido "nos últimos dois anos", mas não temos a data de referência, a não ser a menção a um edital do mec, capes e cnpq de 2010.
e, o mais importante de tudo: embora não se diga nada a respeito no texto de apresentação, suponho que o projeto se mantém aberto para acréscimos, complementações e eventuais retificações. caberia confirmá-lo.
é, sem dúvida, uma iniciativa alvissareira e merece a colaboração de todos os interessados na história da tradução no brasil.
vale a pena visitar, ler, consultar. está aqui.
alguns aspectos, porém, não me ficaram muito claros:
o dicionário abrangerá apenas obras de literatura ou também de humanidades em geral? por ora, predominam obras literárias, mas também ali encontramos obras de filosofia, história, teoria política, estética e outras, porém numa amostragem pouco significativa.
o dicionário pretende listar o que há de bibliografia [em acepção ampla, hipoteticamente abrangendo literatura e humanidades] italiana traduzida entre 1900 e 1950? ou publicada nesse meio século? pois vemos ali arrolada a tradução da divina comédia feita por xavier pinheiro no século XIX, por exemplo.
o dicionário pretende listar as várias edições durante 1900-1950 de uma mesma tradução? pois vemos ali várias edições ainda da divina comédia entre 1900 e 1950 na mesma tradução oitocentista de xavier pinheiro.
por fim, um elemento simples, mas necessário para situar o projeto: quando ele foi iniciado? em sua apresentação, temos apenas que foi desenvolvido "nos últimos dois anos", mas não temos a data de referência, a não ser a menção a um edital do mec, capes e cnpq de 2010.
e, o mais importante de tudo: embora não se diga nada a respeito no texto de apresentação, suponho que o projeto se mantém aberto para acréscimos, complementações e eventuais retificações. caberia confirmá-lo.
é, sem dúvida, uma iniciativa alvissareira e merece a colaboração de todos os interessados na história da tradução no brasil.
Published on February 10, 2013 05:50
February 8, 2013
curiosidades freudianas III
por outro lado, interrompido o projeto da sociedade brasileira de psicanálise para a tradução da obra completa de freud, pela editora guanabara (1933-35), em 1941 teremos um surto de divulgação freudiana pela editorial calvino, casa de orientação de esquerda sediada no rio de janeiro.
trata-se de uma coleção chamada "freud ao alcance de todos", com livros escritos por "dr. j. gomez nerea", pseudônimo do peruano alberto hidalgo, poeta e romancista vanguardista radicado na argentina, amiguinho de borges, huidobro e macedónio fernández.
os volumes publicados pela calvino - todos em 1941, salvo outra indicação - foram:
freud e a higiene sexual
freud e a psicanálise da guerra
freud e as anomalias sexuais
freud e o problema sexual
freud e os atos maníacos, trad. galvão de queiroz
freud, o chiste e o inconsciente
freud e as origens do sexo, trad. abguar bastos
freud e a perversão das massas, trad. abguar bastos
freud e a histeria feminina
freud e o mistério do sonho
freud e seu processo de curar, trad. abguar bastos (1942)
como elias davidovitch já traduzira alguma coisa para a calvino nos anos 30 (a saber, o tyrano de dostoiévski), não parece impossível que tenha sido ele a sugerir essa coleção à editora.
somando as informações apresentadas em curiosidades freudianas I (aqui) e curiosidades freudianas II (aqui), basicamente é esta a situação de freud traduzido no brasil até 1969, quando saem suas obras completas em 23 volumes pela imago, na standard edition de james strachey. de lá para cá, creio que a freudiana brasileira é bastante conhecida.
para finalizar, entre as obras completas pela delta em 1950 e as obras completas pela imago a partir de 1969, o único outro lançamento que localizei, foi psicopatologia da vida cotidiana em tradução de álvaro cabral, em 1964, pela zahar.
trata-se de uma coleção chamada "freud ao alcance de todos", com livros escritos por "dr. j. gomez nerea", pseudônimo do peruano alberto hidalgo, poeta e romancista vanguardista radicado na argentina, amiguinho de borges, huidobro e macedónio fernández.
os volumes publicados pela calvino - todos em 1941, salvo outra indicação - foram:
freud e a higiene sexual
freud e a psicanálise da guerra
freud e as anomalias sexuais
freud e o problema sexual
freud e os atos maníacos, trad. galvão de queiroz
freud, o chiste e o inconsciente
freud e as origens do sexo, trad. abguar bastos
freud e a perversão das massas, trad. abguar bastos
freud e a histeria feminina
freud e o mistério do sonho
freud e seu processo de curar, trad. abguar bastos (1942)
como elias davidovitch já traduzira alguma coisa para a calvino nos anos 30 (a saber, o tyrano de dostoiévski), não parece impossível que tenha sido ele a sugerir essa coleção à editora.
somando as informações apresentadas em curiosidades freudianas I (aqui) e curiosidades freudianas II (aqui), basicamente é esta a situação de freud traduzido no brasil até 1969, quando saem suas obras completas em 23 volumes pela imago, na standard edition de james strachey. de lá para cá, creio que a freudiana brasileira é bastante conhecida.
para finalizar, entre as obras completas pela delta em 1950 e as obras completas pela imago a partir de 1969, o único outro lançamento que localizei, foi psicopatologia da vida cotidiana em tradução de álvaro cabral, em 1964, pela zahar.
Published on February 08, 2013 16:37
curiosidades freudianas II
aliás, para quem quiser saber o destino do projeto dos anos 30 da sociedade brasileira de psicanálise, de traduzir e publicar as obras completas de freud e que ficou meio abortado naquela época (1933-35), ele foi retomado em 1950 pela editora delta, quando dr. elias davidovitch esteve na direção editorial da casa.
aqui, edição de 1960
foi então que saíram os dezoito volumes da obra freudiana, traduzidos alguns do alemão, a maioria do francês e alguns do espanhol, a cargo de nomes de destaque na área psicanalítica. segue o conteúdo da coleção.
Obras Completas de Sigmund Freud:
volume i - Prefácio. Charcot. A Histeria. Trad. C. Magalhães de Freitas.
volume ii - Primeiras Contribuições à Teoria das Neuroses. Trad. C. Magalhães de Freitas.
volume iii - Interpretação dos Sonhos (tomo I). Trad. Odilon Gallotti.
volume iv - Interpretação dos Sonhos (tomo II). Trad. Odilon Gallotti.
volume v - O Delírio e os Sonhos na "Gradiva" de W. Jensen. Ensaios sobre a vida sexual e a teoria das neuroses. Trad. Odilon Gallotti e Moysés Gikovate.
volume vi - Psicopatologia da Vida Quotidiana. Trad. Elias Davidovitch.
volume vii - O Chiste e Sua Relação Com o Inconsciente. Introdução ao Narcisismo. Trad. C. Magalhães de Freitas.
volume viii - Uma Teoria Sexual. Metapsicologia. Mais Além do Princípio do Prazer. Trad. C. Magalhães de Freitas e Isaac Izecksohn
volume ix - Psicologia Das Massas e a Análise do Eu. Organização Genital Infantil. O Ego e o Id. Inibição, Sintoma e Angústia. Trad. Odilon Gallotti e Elias Davidovitch.
volume x - O Futuro de Uma Ilusão. Esquema da Psicanálise. Técnica Psicanalítica. Trad. de J. P. Porto-Carrero, Odilon Gallotti e Gladstone Parente
volume xi - Psicanálise Aplicada. Uma Recordação de Infância de Leonardo da Vinci. Trad. Elias Davidovitch e Isaac Izecksohn.
volume xii - Introdução à Psicanálise (tomo I). Trad. Elias Davidovitch.
volume xiii - Introdução à Psicanálise (tomo II). Trad. Elias Davidovitch.
volume xiv - Totem e Tabu. Ensaios.*
volume xv - Observações Clínicas (tomo I). Trad. Odilon Gallotti.
volume xvi - Observações Clínicas (tomo II). Trad. Odilon Gallotti.
volume xvii - Novas Contribuições à Psicanálise. Múltiplo Interesse da Psicanálise. Trad. Gladstone Parente.
volume xviii - História do Movimento Psicanalítico. Autobiografia. Psicanálise e Medicina. Índice Geral. Trad. Odilon Gallotti, Isaac Izecksohn e Gladstone Parente.
* agradeço se alguém puder confirmar os dados de tradução deste volume. totem e tabu, na edição da guanabara em 1934, constava como "traducção directa do allemão revista por j. p. porto-carrero".
veja também curiosidades freudianas I, aqui.
aqui, edição de 1960
foi então que saíram os dezoito volumes da obra freudiana, traduzidos alguns do alemão, a maioria do francês e alguns do espanhol, a cargo de nomes de destaque na área psicanalítica. segue o conteúdo da coleção.
Obras Completas de Sigmund Freud:
volume i - Prefácio. Charcot. A Histeria. Trad. C. Magalhães de Freitas.
volume ii - Primeiras Contribuições à Teoria das Neuroses. Trad. C. Magalhães de Freitas.
volume iii - Interpretação dos Sonhos (tomo I). Trad. Odilon Gallotti.
volume iv - Interpretação dos Sonhos (tomo II). Trad. Odilon Gallotti.
volume v - O Delírio e os Sonhos na "Gradiva" de W. Jensen. Ensaios sobre a vida sexual e a teoria das neuroses. Trad. Odilon Gallotti e Moysés Gikovate.
volume vi - Psicopatologia da Vida Quotidiana. Trad. Elias Davidovitch.
volume vii - O Chiste e Sua Relação Com o Inconsciente. Introdução ao Narcisismo. Trad. C. Magalhães de Freitas.
volume viii - Uma Teoria Sexual. Metapsicologia. Mais Além do Princípio do Prazer. Trad. C. Magalhães de Freitas e Isaac Izecksohn
volume ix - Psicologia Das Massas e a Análise do Eu. Organização Genital Infantil. O Ego e o Id. Inibição, Sintoma e Angústia. Trad. Odilon Gallotti e Elias Davidovitch.
volume x - O Futuro de Uma Ilusão. Esquema da Psicanálise. Técnica Psicanalítica. Trad. de J. P. Porto-Carrero, Odilon Gallotti e Gladstone Parente
volume xi - Psicanálise Aplicada. Uma Recordação de Infância de Leonardo da Vinci. Trad. Elias Davidovitch e Isaac Izecksohn.
volume xii - Introdução à Psicanálise (tomo I). Trad. Elias Davidovitch.
volume xiii - Introdução à Psicanálise (tomo II). Trad. Elias Davidovitch.
volume xiv - Totem e Tabu. Ensaios.*
volume xv - Observações Clínicas (tomo I). Trad. Odilon Gallotti.
volume xvi - Observações Clínicas (tomo II). Trad. Odilon Gallotti.
volume xvii - Novas Contribuições à Psicanálise. Múltiplo Interesse da Psicanálise. Trad. Gladstone Parente.
volume xviii - História do Movimento Psicanalítico. Autobiografia. Psicanálise e Medicina. Índice Geral. Trad. Odilon Gallotti, Isaac Izecksohn e Gladstone Parente.
* agradeço se alguém puder confirmar os dados de tradução deste volume. totem e tabu, na edição da guanabara em 1934, constava como "traducção directa do allemão revista por j. p. porto-carrero".
veja também curiosidades freudianas I, aqui.
Published on February 08, 2013 15:27
curiosidades freudianas I
ao que parece, a primeira tradução de freud que saiu entre nós foi cinco lições de psicanálise, em 1931.
na verdade, houve uma tentativa antes disso: em 1926, o médico iago pimentel publicou algumas páginas das cinco lições, na intenção de traduzi-las na íntegra, direto do alemão. esse excerto saiu no terceiro número d'a revista, a publicação literária que carlos drummond, pedro nava et al. haviam criado no ano anterior. infelizmente, foi também o último número do periódico belorizontino, e assim iago pimentel não levou seu projeto a cabo. a revista está disponível na brasiliana usp, aqui.
foi em 1931 que saiu a tradução integral das cinco lições de psicanálise feita por durval marcondes, tido como o pioneiro da psicanálise no brasil, e josé barbosa corrêa, que foi publicada pela companhia editora nacional.
é nessa época que a sociedade brasileira de psicanálise concebe e dá início ao projeto de traduzir as obras de freud, tarefa realizada (a partir do francês e do espanhol) por médicos integrantes do incipiente movimento psicanalítico brasileiro. a edição fica a cargo da editora guanabara (waissman & koogan). consegui localizar os seguintes títulos lançados no bojo desse projeto:
1933, psychopathologia da vida quotidiana, trad. elias davidovitch
1934, introdução à psicanálise, trad. elias davidovitch
1934, totem e tabu, "traducção directa do allemão" revista por j. p. porto-carrero
1934, o futuro de uma ilusão (psicanálise das religiões), trad. j. p. porto-carrero
1934, psicanálise e psiconeuroses, trad. odilon gallotti
1934, técnica psicanalítica e psicologia da angústia, trad. odilon gallotti
1934, psicologia da vida erótica, trad. moysés gikovate
1935, interpretação dos sonhos e outros ensaios, trad. odilon gallotti
1935, introdução ao estudo dos sonhos
outros lançamentos foram:
1934, observações clínicas, trad. elias davidovitch, atlântida
1934, minha vida e a psicanálise, constando apenas "tradução autorizada", atlântida
1934, pensamentos sobre guerra e morte e o múltiplo interesse da psicanálise, machado e ninitch
1935, sexualidade, trad. portuguesa de osório de oliveira, civilização brasileira
vale notar que também anna freud é publicada no brasil naquele mesmo período: introdução à thechnica da analyse infantil sai em 1934, em tradução direta do alemão por euryalo canabrava e josé martinho da rocha, pela editora marisa.
na verdade, houve uma tentativa antes disso: em 1926, o médico iago pimentel publicou algumas páginas das cinco lições, na intenção de traduzi-las na íntegra, direto do alemão. esse excerto saiu no terceiro número d'a revista, a publicação literária que carlos drummond, pedro nava et al. haviam criado no ano anterior. infelizmente, foi também o último número do periódico belorizontino, e assim iago pimentel não levou seu projeto a cabo. a revista está disponível na brasiliana usp, aqui.
foi em 1931 que saiu a tradução integral das cinco lições de psicanálise feita por durval marcondes, tido como o pioneiro da psicanálise no brasil, e josé barbosa corrêa, que foi publicada pela companhia editora nacional.
é nessa época que a sociedade brasileira de psicanálise concebe e dá início ao projeto de traduzir as obras de freud, tarefa realizada (a partir do francês e do espanhol) por médicos integrantes do incipiente movimento psicanalítico brasileiro. a edição fica a cargo da editora guanabara (waissman & koogan). consegui localizar os seguintes títulos lançados no bojo desse projeto:
1933, psychopathologia da vida quotidiana, trad. elias davidovitch
1934, introdução à psicanálise, trad. elias davidovitch
1934, totem e tabu, "traducção directa do allemão" revista por j. p. porto-carrero
1934, o futuro de uma ilusão (psicanálise das religiões), trad. j. p. porto-carrero
1934, psicanálise e psiconeuroses, trad. odilon gallotti
1934, técnica psicanalítica e psicologia da angústia, trad. odilon gallotti
1934, psicologia da vida erótica, trad. moysés gikovate
1935, interpretação dos sonhos e outros ensaios, trad. odilon gallotti
1935, introdução ao estudo dos sonhos
outros lançamentos foram:
1934, observações clínicas, trad. elias davidovitch, atlântida
1934, minha vida e a psicanálise, constando apenas "tradução autorizada", atlântida
1934, pensamentos sobre guerra e morte e o múltiplo interesse da psicanálise, machado e ninitch
1935, sexualidade, trad. portuguesa de osório de oliveira, civilização brasileira
vale notar que também anna freud é publicada no brasil naquele mesmo período: introdução à thechnica da analyse infantil sai em 1934, em tradução direta do alemão por euryalo canabrava e josé martinho da rocha, pela editora marisa.
Published on February 08, 2013 04:22
February 3, 2013
entrevista com bruno palma
Published on February 03, 2013 15:13
February 1, 2013
a fbn anda mesmo um caso sério
quanto ao levantamento da bibliografia traduzida de baudelaire no brasil, aqui, quero deixar registrado que não pude consultar nosso acervo bibliográfico depositado na fundação biblioteca nacional, na parte do catálogo antigo, porque faz pelo menos três dias que qualquer consulta a qualquer título e a qualquer autor retorna com o resultado "nada encontrado". mesmo os links fornecidos no próprio catálogo não funcionam, e a ordem dos nomes, seja dos autores ou das obras, que normalmente é alfabética, está totalmente ensandecida. veja aqui.
mesmo clicando em, p.ex., "espumas fluctuantes", primeiro título da página de consulta por títulos, temos "nada encontrado".
só pode ser brincadeira tanto relaxo e desconsideração pelos consulentes!
mesmo clicando em, p.ex., "espumas fluctuantes", primeiro título da página de consulta por títulos, temos "nada encontrado".
só pode ser brincadeira tanto relaxo e desconsideração pelos consulentes!
Published on February 01, 2013 14:30
traduções de baudelaire no brasil
o que deve ter de coisas de baudelaire disseminadas em revistas, jornais e suplementos literários desde o século XIX provavelmente beira a casa da centena. mas meus levantamentos se concentram em livros. vamos lá, então.
a. o começo, anos 30 e 40
até onde consegui apurar, baudelaire chegou a nós (em livro) com seus póstumos pequenos poemas em prosa, pelas mãos do então encarcerado "paulo m. oliveira", pseudônimo de aristides lobo, pela fantástica athena editora, em 1937. já comentei o extraordinário perfil editorial da athena e seus colaboradores, aqui. sobre a identidade de "paulo m. [de] oliveira", ver o artigo "uma vinheta", na revista traduzires, aqui.
em c.1943, temos uma curiosa miscelânea de arabescos filosóficos, em tradução de dyrio gorgot, na coleção os grandes pensadores, vol. 4, da vecchi (com frases, sentenças e reflexões de baudelaire: "morte heroica", "os projetos", "as tentações de eros, pluto e a glória", "presentes de fadas", "brinquedo de pobre", "a mulher selvagem e a querida", "a morada espiritual" e outros).
em 1944, em sua coleção rubáiyát - lindinha, aliás! -, a josé olympio publica o famoso florilégio selecionado e traduzido por guilherme de almeida, flores das "flores do mal" de charles baudelaire, com 21 dos 105 poemas do original. aqui a capa é de uma tiragem especial. normalmente, as edições da rubáiyát vinham encadernadas em marroquino.
em 1996, sai algo que não entendi bem: ao que parece, maura sardinha selecionou alguns poemas da tradução de guilherme almeida e montou uma coletânea chamada algumas flores de flores do mal, que a ediouro publicou em sua coleção clássicos de ouro com um tosquíssimo apelo ao leitor, nos versinhos paródicos do cantor antônio maria:
em 2011, o florilégio de guilherme de almeida volta a ser condignamente publicado pela editora 34, num belo volume com as ilustrações que matisse fizera para uma edição francesa em 1947 e uma apresentação de manuel bandeira, de 1965.
b. os anos 50 e 60
em 1950, sai uma nova tradução dos pequenos poemas em prosa, agora por aurélio buarque de hollanda, também na coleção rubáiyát da josé olympio.
a partir de 1976, a tradução de aurélio buarque passa a ser publicada pela nova fronteira.
em 1958, saem as flores do mal na tradução de jamil almansur haddad, pela difusão europeia do livro (difel), em sua coleção clássicos garnier. com várias reedições, será publicada também pela max limonad em 1981, em 1984 pela abril cultural e pelo círculo do livro, com reedições até 1995.
depois das edições lançadas pelo círculo do livro, triste destino teve essa tradução de jamil almansur haddad. a partir de 2001, foi despudoradamente apropriada e estropiada pela editora martin claret, que a publicou em sucessivas reedições até 2011, atribuindo sua autoria a "pietro nassetti" (e, para somar o insulto à injúria, com uma de suas habituais capas horrendas).
ver a propósito o pioneiro artigo de ivo barroso, desde 2001 denunciando a fraude em "flores roubadas de jardim alheio", aqui.
voltando a ares mais salubres, em 1963 "a fanfarlô" sai na coletânea novelas francesas, organizada por alcântara silveira, pela cultrix. constam três tradutoras, nelly donato, ruth guimarães e leyla perrone-moysés. não sei qual delas traduziu "a fanfarlô".
c. a década de 80 (após um vácuo nos anos 70)
em 1981, temos meu coração desnudado, em tradução de aurélio buarque de hollanda, pela nova fronteira.
em 1982, saem os paraísos artificiais, em tradução de alexandre ribondi, vera nóbrega e lúcia nagib na coleção "rebeldes malditos", vol. 2, pela l&pm.
ainda em 1982, a l&pm lança "os prazeres e os perigos do vinho" em sua revista oitenta, n. 7.
em 1984, sai outra tradução d'as flores do mal, agora em lavra de ivan junqueira (aquele mesmo que achava que a barra da calça enrolada do poema de t.s. eliot eram "fundilhos amarrotados" e que "engrossar um cortejo" era "iniciar um desenvolvimento", no mesmo poema de alfred prufrock, e que em 2010 descerebradamente encabeçou a premiação de milton lins na abl), pela nova fronteira.
em 1988, temos a modernidade de baudelaire, em tradução de suely cassal, pela paz e terra, reeditado em 1996 como sobre a modernidade, em sua coleção leitura.
também em 1988, sai uma coletânea de poemas traduzidos de baudelaire e mallarmé, por dante milano, pela editora boca da noite.
ainda em 1988, mais uma tradução de pequenos poemas em prosa, agora por dorothée de bruchard, em edição bilíngue, pela ufsc.
essa tradução foi relançada pela hedra em 2007.
d. anos 90
em 1990, sai richard wagner e tannhäuser em paris em edição bilíngue pela edusp e imaginário, com tradução de plínio augusto coelho e heitor ferreira da costa.
essa tradução foi relançada pela scrinium em 1999.
em 1991, sai uma coletânea de escritos sobre arte, em tradução de plínio augusto coelho, também pela edusp e imaginário.essa coletânea é relançada pela hedra em 2008.
para 1991, encontrei também uma menção a lautrec,
pela globo, mas nada mais.
em 1992, sai uma coletânea de reflexões sobre meus contemporâneos, em tradução de plínio augusto coelho, pela educ e imaginário.
em 1992, temos um comedor de ópio, em tradução de annie marie cambe, pela newton compton.
em 1993, sai um volume que parece interessante. chama-se obras estéticas: filosofia da imaginação criadora, em tradução de edison darci heldt, pela vozes.
em 1994, a newton compton publica outra tradução d'o poema do haxixe, agora por annie marie cambe.
em 1995, temos o alentado volume de poesia e prosa, organizado por ivo barroso, pela nova aguilar, com traduções de alexei bueno et al.
ainda em 1995, a imago lança o spleen de paris: pequenos poemas em prosa, em tradução de leda tenório da motta.
também em 1995 saem os caprichos de goya, com comentários de vários autores, pela imaginário.
em 1996, sai pela iluminuras uma coletânea organizada por kathrin rosenfield, chamada poesia em tempo de prosa, com poemas de t. s. eliot e baudelaire traduzidos por lawrence flores pereira.
também em 1996, temos mais uma tradução de "a fanfarlo", por elisa tamajusuku, carmen serralta e rosa m. de freitas, pela editora paraula.
e. o novo milênio
em 2001, sai "o vinho" numa coletânea chamada prazeres e riscos, com textos de vários autores, pela l&pm. não sei quem é o tradutor.
em 2003, temos outro o poema do haxixe, agora em tradução de eduardo brandão pela aquariana.
ainda em 2003, sai mais uma tradução das flores do mal: o amor segundo charles baudelaire, por juremir machado da silva, pela sulina.
no mesmo ano, a ediouro publica a tradução portuguesa de josé saramago para "os paraísos artificiais", como segundo volume de intoxicações, mais um de seus títulos apelativos em algo que se chama "junky coleção" (juro!)
também em 2003, sai um volume que parece bem mais interessante: ensaios sobre edgar allan poe, pela ícone, em tradução de lúcia santana martins.
em 2006, sai "o jogador generoso", que é um de seus pequenos poemas em prosa, in os melhores contos fantásticos, organização de flávio moreira da costa, em tradução de celina portocarrero, na coleção escolha de mestre, pela nova fronteira.
em 2006, sai pela record uma nova tradução de pequenos poemas em prosa, de gilson maurity, "que se esmera em tornar a obra mais acessível ao grande público", "evitando rebuscamentos de estilo ou a utilização de palavras pouco frequentes na linguagem atual". hãã? que seja.
em 2008, temos uma coletânea chamada o desejo de pintar e outros poemas em prosa, em tradução e ilustrações de mario vale, pela noovha américa.
em 2009, temos manual do dândi: a vida com estilo, com textos de baudelaire, balzac e d'aurevilly, em organização e tradução de tomaz tadeu, na coleção mimo da autêntica.
ainda em 2009, sai outra tradução de meu coração desnudado, agora por tomaz tadeu, edição bilíngue, também na coleção mimo da editora autêntica.
em 2009, mais um o esplim de paris: pequenos poemas em prosa, em tradução de oleg de almeida, pela martin claret.
f. os anos 2010
em 2010, temos uma coletânea chamada paisagem moderna, com textos de baudelaire e ruskin selecionados e traduzidos por daniela kern, pela sulina.
no mesmo ano, sai o pintor da vida moderna, em tradução de tomaz tadeu, na coleção mimo da autêntica.
também em 2010, sai alguma coisa que não consegui identificar em caninos: antologia do vampiro literário, pela berlendis e vertecchia.
ainda em 2010, mais uma tradução de pequenos poemas em prosa, em novo cometimento de milton lins, pela editora bagaço, no mesmo ano considerado pelos imortais da academia brasileiras das letras o melhor tradutor literário do brasil e, em minha humílima opinião, o "tradutor" mais pavorosamente ruim que já vi em minha inculta e muito mortal existência.
em 2011, a editora martin claret lança uma tradução de mário laranjeira para as flores do mal, imagino que apenas para substituir aquele acinte que era a estropiada reprodução da tradução de almansur em nome de "pietro nassetti", que se estendeu de 2001 a 2011. pobre laranjeira: seus esforços tradutórios provavelmente mereciam melhor porto.
também em 2011, sai mais uma tradução de as flores do mal, agora por helena amaral, pela editora multifoco. não localizei imagem de capa.
a baudelairiana brasileira em livro pode parecer extensa; na verdade, o que se nota é uma quantidade de retraduções de algumas mesmas obras e apenas aqui e ali algo mais variado, coisas antes inéditas entre nós e assim por diante. para se ter uma ideia da produção de baudelaire, aqui há a relação completa de suas obras no original, com os respectivos conteúdos. estando em domínio público, todas elas estão disponíveis na rede.
a. o começo, anos 30 e 40
até onde consegui apurar, baudelaire chegou a nós (em livro) com seus póstumos pequenos poemas em prosa, pelas mãos do então encarcerado "paulo m. oliveira", pseudônimo de aristides lobo, pela fantástica athena editora, em 1937. já comentei o extraordinário perfil editorial da athena e seus colaboradores, aqui. sobre a identidade de "paulo m. [de] oliveira", ver o artigo "uma vinheta", na revista traduzires, aqui.
em c.1943, temos uma curiosa miscelânea de arabescos filosóficos, em tradução de dyrio gorgot, na coleção os grandes pensadores, vol. 4, da vecchi (com frases, sentenças e reflexões de baudelaire: "morte heroica", "os projetos", "as tentações de eros, pluto e a glória", "presentes de fadas", "brinquedo de pobre", "a mulher selvagem e a querida", "a morada espiritual" e outros).
em 1944, em sua coleção rubáiyát - lindinha, aliás! -, a josé olympio publica o famoso florilégio selecionado e traduzido por guilherme de almeida, flores das "flores do mal" de charles baudelaire, com 21 dos 105 poemas do original. aqui a capa é de uma tiragem especial. normalmente, as edições da rubáiyát vinham encadernadas em marroquino.
em 1996, sai algo que não entendi bem: ao que parece, maura sardinha selecionou alguns poemas da tradução de guilherme almeida e montou uma coletânea chamada algumas flores de flores do mal, que a ediouro publicou em sua coleção clássicos de ouro com um tosquíssimo apelo ao leitor, nos versinhos paródicos do cantor antônio maria:
"... Ninguém Me Ama, Ninguém Me Quer... Ninguém Me Chama de Baudelaire..." - a Famosa Frase Se Justifica Neste Volume da Coleção Clássicos de Ouro. Com a Leitura, Percebe-se que Muitos Gostariam de Ser Chamados de Baudelaire, Tamanha a Habilidade Verbal do Escritor.
em 2011, o florilégio de guilherme de almeida volta a ser condignamente publicado pela editora 34, num belo volume com as ilustrações que matisse fizera para uma edição francesa em 1947 e uma apresentação de manuel bandeira, de 1965.
b. os anos 50 e 60
em 1950, sai uma nova tradução dos pequenos poemas em prosa, agora por aurélio buarque de hollanda, também na coleção rubáiyát da josé olympio.
a partir de 1976, a tradução de aurélio buarque passa a ser publicada pela nova fronteira.
em 1958, saem as flores do mal na tradução de jamil almansur haddad, pela difusão europeia do livro (difel), em sua coleção clássicos garnier. com várias reedições, será publicada também pela max limonad em 1981, em 1984 pela abril cultural e pelo círculo do livro, com reedições até 1995.
depois das edições lançadas pelo círculo do livro, triste destino teve essa tradução de jamil almansur haddad. a partir de 2001, foi despudoradamente apropriada e estropiada pela editora martin claret, que a publicou em sucessivas reedições até 2011, atribuindo sua autoria a "pietro nassetti" (e, para somar o insulto à injúria, com uma de suas habituais capas horrendas).
ver a propósito o pioneiro artigo de ivo barroso, desde 2001 denunciando a fraude em "flores roubadas de jardim alheio", aqui.
voltando a ares mais salubres, em 1963 "a fanfarlô" sai na coletânea novelas francesas, organizada por alcântara silveira, pela cultrix. constam três tradutoras, nelly donato, ruth guimarães e leyla perrone-moysés. não sei qual delas traduziu "a fanfarlô".
c. a década de 80 (após um vácuo nos anos 70)
em 1981, temos meu coração desnudado, em tradução de aurélio buarque de hollanda, pela nova fronteira.
em 1982, saem os paraísos artificiais, em tradução de alexandre ribondi, vera nóbrega e lúcia nagib na coleção "rebeldes malditos", vol. 2, pela l&pm.ainda em 1982, a l&pm lança "os prazeres e os perigos do vinho" em sua revista oitenta, n. 7.
em 1984, sai outra tradução d'as flores do mal, agora em lavra de ivan junqueira (aquele mesmo que achava que a barra da calça enrolada do poema de t.s. eliot eram "fundilhos amarrotados" e que "engrossar um cortejo" era "iniciar um desenvolvimento", no mesmo poema de alfred prufrock, e que em 2010 descerebradamente encabeçou a premiação de milton lins na abl), pela nova fronteira.
em 1988, temos a modernidade de baudelaire, em tradução de suely cassal, pela paz e terra, reeditado em 1996 como sobre a modernidade, em sua coleção leitura.
também em 1988, sai uma coletânea de poemas traduzidos de baudelaire e mallarmé, por dante milano, pela editora boca da noite.
ainda em 1988, mais uma tradução de pequenos poemas em prosa, agora por dorothée de bruchard, em edição bilíngue, pela ufsc.
essa tradução foi relançada pela hedra em 2007.
d. anos 90
em 1990, sai richard wagner e tannhäuser em paris em edição bilíngue pela edusp e imaginário, com tradução de plínio augusto coelho e heitor ferreira da costa.
essa tradução foi relançada pela scrinium em 1999.
em 1991, sai uma coletânea de escritos sobre arte, em tradução de plínio augusto coelho, também pela edusp e imaginário.essa coletânea é relançada pela hedra em 2008.
para 1991, encontrei também uma menção a lautrec,
pela globo, mas nada mais.
em 1992, sai uma coletânea de reflexões sobre meus contemporâneos, em tradução de plínio augusto coelho, pela educ e imaginário.
em 1992, temos um comedor de ópio, em tradução de annie marie cambe, pela newton compton.
em 1993, sai um volume que parece interessante. chama-se obras estéticas: filosofia da imaginação criadora, em tradução de edison darci heldt, pela vozes.
em 1994, a newton compton publica outra tradução d'o poema do haxixe, agora por annie marie cambe.
em 1995, temos o alentado volume de poesia e prosa, organizado por ivo barroso, pela nova aguilar, com traduções de alexei bueno et al.
ainda em 1995, a imago lança o spleen de paris: pequenos poemas em prosa, em tradução de leda tenório da motta.
também em 1995 saem os caprichos de goya, com comentários de vários autores, pela imaginário.
em 1996, sai pela iluminuras uma coletânea organizada por kathrin rosenfield, chamada poesia em tempo de prosa, com poemas de t. s. eliot e baudelaire traduzidos por lawrence flores pereira.
também em 1996, temos mais uma tradução de "a fanfarlo", por elisa tamajusuku, carmen serralta e rosa m. de freitas, pela editora paraula.
e. o novo milênio
em 2001, sai "o vinho" numa coletânea chamada prazeres e riscos, com textos de vários autores, pela l&pm. não sei quem é o tradutor.
em 2003, temos outro o poema do haxixe, agora em tradução de eduardo brandão pela aquariana.
ainda em 2003, sai mais uma tradução das flores do mal: o amor segundo charles baudelaire, por juremir machado da silva, pela sulina.
no mesmo ano, a ediouro publica a tradução portuguesa de josé saramago para "os paraísos artificiais", como segundo volume de intoxicações, mais um de seus títulos apelativos em algo que se chama "junky coleção" (juro!)
também em 2003, sai um volume que parece bem mais interessante: ensaios sobre edgar allan poe, pela ícone, em tradução de lúcia santana martins.
em 2006, sai "o jogador generoso", que é um de seus pequenos poemas em prosa, in os melhores contos fantásticos, organização de flávio moreira da costa, em tradução de celina portocarrero, na coleção escolha de mestre, pela nova fronteira.
em 2006, sai pela record uma nova tradução de pequenos poemas em prosa, de gilson maurity, "que se esmera em tornar a obra mais acessível ao grande público", "evitando rebuscamentos de estilo ou a utilização de palavras pouco frequentes na linguagem atual". hãã? que seja.
em 2008, temos uma coletânea chamada o desejo de pintar e outros poemas em prosa, em tradução e ilustrações de mario vale, pela noovha américa.
em 2009, temos manual do dândi: a vida com estilo, com textos de baudelaire, balzac e d'aurevilly, em organização e tradução de tomaz tadeu, na coleção mimo da autêntica.
ainda em 2009, sai outra tradução de meu coração desnudado, agora por tomaz tadeu, edição bilíngue, também na coleção mimo da editora autêntica.
em 2009, mais um o esplim de paris: pequenos poemas em prosa, em tradução de oleg de almeida, pela martin claret.
f. os anos 2010
em 2010, temos uma coletânea chamada paisagem moderna, com textos de baudelaire e ruskin selecionados e traduzidos por daniela kern, pela sulina.
no mesmo ano, sai o pintor da vida moderna, em tradução de tomaz tadeu, na coleção mimo da autêntica.
também em 2010, sai alguma coisa que não consegui identificar em caninos: antologia do vampiro literário, pela berlendis e vertecchia.
ainda em 2010, mais uma tradução de pequenos poemas em prosa, em novo cometimento de milton lins, pela editora bagaço, no mesmo ano considerado pelos imortais da academia brasileiras das letras o melhor tradutor literário do brasil e, em minha humílima opinião, o "tradutor" mais pavorosamente ruim que já vi em minha inculta e muito mortal existência.
em 2011, a editora martin claret lança uma tradução de mário laranjeira para as flores do mal, imagino que apenas para substituir aquele acinte que era a estropiada reprodução da tradução de almansur em nome de "pietro nassetti", que se estendeu de 2001 a 2011. pobre laranjeira: seus esforços tradutórios provavelmente mereciam melhor porto.
também em 2011, sai mais uma tradução de as flores do mal, agora por helena amaral, pela editora multifoco. não localizei imagem de capa.
a baudelairiana brasileira em livro pode parecer extensa; na verdade, o que se nota é uma quantidade de retraduções de algumas mesmas obras e apenas aqui e ali algo mais variado, coisas antes inéditas entre nós e assim por diante. para se ter uma ideia da produção de baudelaire, aqui há a relação completa de suas obras no original, com os respectivos conteúdos. estando em domínio público, todas elas estão disponíveis na rede.
Published on February 01, 2013 04:00
January 30, 2013
artigo
Published on January 30, 2013 13:37
January 28, 2013
as traduções da seleções reader's digest
um artigo bem legal de lúcio flávio pinto no observatório da imprensa,
comentando um pouco sobre as traduções da seleções nos anos 50: aqui.
Published on January 28, 2013 14:52
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