Denise Bottmann's Blog, page 6
October 12, 2021
os grandes êxitos da tela
a editora vecchi manteve durante uma época uma coleção chamada "os grandes êxitos da tela". como o próprio nome da coleção já indicava, eram obras que tinham sido filmadas e a editora, na previsão ou na esteira do sucesso dos respectivos filmes, lançava-as no brasil.
a coleção se estendeu de 1946 a 1967, embora na década final os lançamentos fossem muito, muito esporádicos. foram publicados cerca de 56 títulos, e o primeiro deles, até onde consegui apurar, foi os mosqueteiros do rei (companheiros de jéhu), cujo lançamento foi divulgado na imprensa em março de 1946.
o título principal usado pela vecchi, os mosqueteiros do rei, nada tem a ver com os três mosqueteiros de dumas, mas sim com seu livro les compagnons de jéhu, indicado no subtítulo do volume traduzido. o tradutor foi alfredo ferreira, que posteriormente veio a traduzir vários outros volumes dessa coleção.
o filme que serviria para ancorar as vendas do livro era the fighting guardsman, uma adaptação do romance de dumas, com direção de henry levin e roteiro de edward dein e franz schulz, tendo willard parker como ator principal.
não consegui uma imagem de capa decente, mas aí segue.
quanto ao filme:
August 20, 2021
melville e hawthorne
July 14, 2021
entrevista
June 28, 2021
entrevista
June 21, 2021
entrevista
May 21, 2021
baudelaire no brasil
nos 200 anos de nascimento de charles baudelaire, atualizo os 150 anos de sua presença no brasil (1871- 2021): disponível aqui.
"traduzir: uma fatalidade"
simpático artigo de rosário fusco, "traduzir: uma fatalidade", em a manhã, 31 de janeiro de 1945, disponível aqui.
April 26, 2021
ainda sobre a fazenda dos animais
March 21, 2021
matérias, entrevistas e palestras
matérias, entrevistas e palestras
"a atual legislação é restritiva demais', estopim"a fazenda dos animais", blog l&pm"a tradução como traço da memória cultural", revista continente"ao farol, uma leitura", InComunidade"berenice xavier, um breve perfil", InComunidade"blog reúne denúncias na área de tradução", revista língua portuguesa"blogueira denuncia plágios no mundo das traduções", diário do nordeste"boitempo e plágio de tradução", folha de s.paulo"como escreve denise bottmann", como eu escrevo"de plágios e processos", portal literal"denúncias de plágio agitam o meio literário", jornal o globo"devaneio ou desejo possível? as grandes questões em torno do conceito de utopia", revista pessoa"dez dicas de denise bottmann para quem deseja ser tradutor", saraiva conteúdo"dez perguntas e meia para denise bottmann", meia palavra"do copo para o quase-copo", revista deriva"ecos de portugal no brasil, I", InComunidade"ecos de portugal no brasil, II", InComunidade"ecos de portugal no brasil, III", InComunidade"ecos de portugal no brasil, IV", InComunidade"ela não gosta de plágio", cidadão quem?"ensaio sobre poe é referência obrigatória", folha de s.paulo"entrevista com a criadora do não gosto de plágio, denise bottmann", posfácio"entrevista com a tradutora denise bottmann", digestivo cultural"entrevista exclusiva com a tradutora denise bottmann", nada de meias palavras"entrevista: denise bottmann", ibahia"entrevista: denise bottmann", lendo jane austen"escuta existencial entre emily brontë e lúcio cardoso", suplemento pernambuco"golpe - antologia manifesto""guerrilheira antiplágio", folha de s.paulo"interrogação sobre as traduções de 'utopia' no brasil", suplemento pernambuco"intervista a denise bottmann", a cura di sandra biondo, strade magazine"investir em tradução (1/2)", publishnews"investir em tradução (2/2)", publishnews"invisibilidade e outras questões", colóquio de tradução, unimep"letras sob suspeita", jornal do comércio rs"lugar da mulher é onde ela quiser", A voz do tradutor, podcast, edição especial"maurício santana dias fala de pasolini e pavese", peixe-elétrico"melhores leituras 2014", posfácio"mesa-redonda sobre tradução", bienal do livro"mesa-redonda sobre tradução", bienal do livro (conclusão)"minha história", biblioteca mário de andrade, palestra virtual"notas avulsas sobre thoreau", jornal relevo"notícias na rede I""notícias na rede II""ode à língua universal", musa rara"os rubaiyat de manuel bandeira e de torrieri guimarães", InComunidade"osmose literária", revista da livraria cultura"palavras replicadas", correio braziliense"patrulheira das traduções", o tempo"pitadas de thoreau em walden", InComunidade"plagiat, plagiat... plágio", caros amigos"prejuízo para o leitor", diário do nordeste"primavera das neves", InComunidade"processada por denunciar", estado de s.paulo"quando monsieur jourdain descobre que fala em prosa", aula inaugural, pget, ufsc"recomendação de leitura", rascunho"reconstruir um texto original", cândido"sobre as traduções de 'utopia' no brasil", suplemento pernambuco"thoreau e poe", deriva"thoreau em walden", folha de s.paulo"thoreau para além de seu próprio tempo", instituto humanitas unisinos"tradução de três poemas de t.s.eliot", InComunidade, 67"tradução é tudo de bom", suplemento literário mg"traduções e plágios", instituto cultural aletria"tradutora denuncia plágios", entrevista na rádio cbn"tradutora, investigadora, blogueira: entrevista com denise bottmann", fabiano seixas fernandes"traduzindo o pequeno príncipe", suplemento pernambuco"três poemas", InComunidade 69"três vezes mrs. dalloway", prosa&verso"um breve apontamento intertextual", InComunidade 65"um depoimento", blog da companhia das letras"um mergulho em walden", site da l&pm"virginia woolf feminista é uma 'invenção da tradição'", jornal opçãodois poemas, deriva
daqueles mistérios misteriosos
recebo hoje um e-mail em que o remetente comenta:
"Procurei no site da Amazon pelo livro Mundo plano (Flatland) de Edwin A. Abbott, um clássico de ficção, e acabei encontrando uma versão chamada Planolândia, com tradução de Thiago Ferreira. O site permite que vc leia uma amostra do livro, o que fiz. Intrigado pelo nome dado a essa tradução, fiz uma.pesquisa na internet e verifiquei que, em 2002, a editora Conrad publicou uma edição com esse mesmo nome, com a tradução de Leila Mendes de Souza. Acabei encontrando também essa versão no formato.pdf em alguns sites. Ao comparar esse PDF com o trecho que foi disponibilizado como amostra na Amazon, notei que os dois textos são exatamente iguais. Ou temos uma absurda coincidência, ou tivemos um 'reaproveitamento' da tradução."
1.
tradução em nome de thiago ferreira; visualização disponível aqui.
2.
Chamo nosso mundo de Planolândia não por ser assim que o chamamos, mas para deixar sua natureza mais clara a vocês, meus ditosos leitores, que têm o privilégio de viver no espaço.
Imagine uma grande folha de papel sobre a qual linhas retas, triângulos, quadrados, pentágonos, hexágonos e outras figuras, em vez de ficarem fixos em seus lugares, movem-se livremente em uma superfície, mas sem o poder de se elevarem sobre ela ou de mergulharem abaixo dela, assim como as sombras - só que com bordas firmes e luminosas. Assim você terá uma noção bem correta de meu país e de meus compatriotas. Ai de mim, há alguns anos, eu teria dito "meu universo", mas agora minha mente se abriu para perspectivas mais amplas das coisas.
Em tal país, logo se perceberá, é impossível a existência daquilo que você chama de "sólido", mas ouso dizer que você vai supor que, ao menos, poderíamos distinguir visualmente os triângulos, quadrados e outras figuras se movendo como eu descrevi. Mas não podíamos ver nada disso, pelo menos não no sentido de distinguir uma figura da outra. Nada era visível, nem poderia ser, para nós, exceto as linhas retas, e vou prontamente demonstrar porque era necessariamente assim.
Coloque uma moeda sobre o centro de uma de suas mesas no espaço. Inclinando-se sobre ela, olhe para baixo, para ela. Ela vai parecer ser um círculo.
edição Conrad (trad. ), visualização disponível aqui.
3.
1. Of the Nature of Flatland
I call our world Flatland, not because we call it so, but to make its nature clearer to you, my happy readers, who are privileged to live in Space.
Imagine a vast sheet of paper on which straight Lines, Triangles, Squares, Pentagons, Hexagons, and other figures, instead of remaining fixed in their places, move freely about, on or in the surface, but without the power of rising above or sinking below it, very much like shadows - only hard and with luminous edges - and you will then have a pretty correct notion of my country and countrymen. Alas, a few years ago, I should have said "my universe''; but now my mind has been opened to higher views of things.
In such a country, you will perceive at once that it is impossible that there should be anything of what you call a "solid'' kind; but I dare say you will suppose that we could at least distinguish by sight the Triangles, Squares, and other figures, moving about as I have described them. On the contrary, we could see nothing of the kind, not at least so as to distinguish one figure from another. Nothing was visible, nor could be visible, to us, except Straight Lines; and the necessity of this I will speedily demonstrate.
Place a penny on the middle of one of your tables in Space; and leaning over it, look down upon it. It will appear a circle.
original disponível aqui.
esse povo não se cansa, hein?
Denise Bottmann's Blog
- Denise Bottmann's profile
- 23 followers

