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O normal seria continuar assim por um tempo e pouco a pouco irem esfriando, esquecendo um do outro, e talvez, no melhor dos casos,
voltarem a se ver alguma vez, muitos anos depois, com outros fracassos no corpo, agora sim dispostos a tudo.

e continuam conversando no dia seguinte, como se tivessem toda a vida pela frente, dispostos a levar adiante o trabalho do amor, e se alguma pessoa os visse de fora, uma pessoa impertinente, uma pessoa que acreditasse nesse tipo de história, que as colecionasse, que tentasse contá-las bem, uma pessoa que os visse e ainda acreditasse no amor, pensaria que os dois ainda vão continuar juntos por muito tempo.

obrigada, por não terem nos matado e porque a vida pode continuar.

o chileno se pergunta se o que acaba de acontecer irá uni-los ou separá-los e a argentina se pergunta exatamente o mesmo, mas nenhum dos dois diz nada.

ou que ao menos compartilham uma paixão perigosa e solidária que veio a aproximá-los solidária e perigosamente.

começaram a dormir juntos, comem, leem e trabalham juntos, e por isso uma pessoa exagerada, uma pessoa que olhasse para eles e estudasse cuidadosamente as palavras que dirigem um ao outro, o modo como seus corpos se aproximam e se confundem, uma pessoa impertinente, uma pessoa que ainda acreditasse nesse
tipo de coisa diria que eles se amam de verdade

havia um fator importante contribuindo para minha euforia: a alegria do turista, a bênção de estar de passagem.

uma paz que luta para se consumir

meu último grito para o mundo é o seguinte: que merda

recordo que o professor assistente nos disse que a vida continuava. recordo que a vida continuava, mas não da mesma maneira.

pensando no amor e também, não sei por que, na morte, e depois no futuro, que
não era meu tema favorito.

afinal de contas, meu tema era a linguagem, e se alguma coisa havia sido constante em minha vida era o amor por algumas histórias, algumas frases, por umas quantas palavras.

adotara, por outro lado, o hábito de escrever longuíssimos e-mails para pessoas que não via há anos e de quem agora sentia, ou pensava sentir, saudades.

a poesia é loucura, a poesia é selvagem, a
poesia é um fluxo de sentimentos extremos, disse, ou algo assim.

ele me dizia que todo mundo era diferente, que aquelas coisas esquisitas que eu fazia eram normais. ou que não eram, mas dava no mesmo, porque pessoas normais eram chatas.

you burn me

and lovely laughing—oh it
puts the heart in my chest on wings
for when I look at you, even a moment, no speaking
is left in me

no: tongue breaks and thin
fire is racing under skin
and in eyes no sight and drumming
fills ears

you will remember
for we in our youth
did these things

yes many and beautiful things

we live
the opposite
daring

among mortal women, know this
from every care
you could release me

blamed me

because I prayed
this word:
I want

not possible to happen
to pray for a share
toward
out of the unexpected

but I say it is
what you love

come to me now: loose me from hard care and all my heart longs to accomplish, accomplish.
you be my ally.

Nosso amor ajuda, mas ele, sozinho, não pode salvar os meninos ou os homens. Em última instância, garotos e homens salvam a si mesmos quando aprendem a arte de amar. Bell Hooks

Às vezes, quando o exemplo falta, tudo que as crianças precisam é de uma testemunha consciente

Troque culpa por responsabilidade

A questão não é tanto 'você está educando seus filhos da maneira certa?', mas 'você é o adulto que deseja que seus filhos se tornem um dia?' Brené Brown

Uma paternidade que seja caminho de cura para homens tão feridos por seus próprios pais.

A reinvenção da paternidade é a reinvenção básica da masculinidade, pois é a primeira masculinidade a que as crianças são expostas. É urgente uma paternidade ancorada na vulnerabilidade corajosa, no afeto, no diálogo, no gozo do ato de ser pai, na participação ativa para além das necessidades materiais. Uma paternidade alimentada por tempo, não por dinheiro.