Cristina Torrão's Blog, page 88

October 20, 2014

A Citação da Semana (31)

«Construir o futuro significa viver o presente».



Antoine de Saint-Exupéry


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Published on October 20, 2014 02:46

October 19, 2014

Vale a pena ler (1)

Inicio hoje uma rubrica em que transcrevo posts de outros blogues que me tocaram particularmente. A inaugurá-la, um texto de Céu Mota n' A Voz da Girafa, com o título O Nome:





 

Digam-se os nomes. O nome dela e o nome dele!




Diga-se Afonso Reis Cabral, o jovem de 24 anos que ganhou o Prémio Leya 2014 com o romance O Meu Irmão. A história é entre dois irmãos... um deles com síndrome de Down... Não se fiquem pela designação «trineto de Eça». Ele é Afonso, já um escritor por mérito. Sim, descendente do autor de Os Maias, mas que isso não lhe pese demais...


Digam, descubram, perguntem pelo nome da menina de 13 anos que amava
os irmãos. Tanto, que deu a vida pelos quatro, não apenas um, mas 4 ( o
mais novo que salvou tinha 3 anos)!! Subiu e desceu escadas para e do 2º
andar para resgatar todos. Da última vez que desceste já te trouxeram
no colo... 


(«A minha filha tem 12» - pensei). 


Tinhas, menina, um pesado fardo às costas, uma enorme
responsabilidade: levavas os teus irmãos à escola e tratavas deles. Bem,
muito bem. Salvaste-lhes a vida.


Onde estavam os teus pais," menina lindíssima"? Os teus pais não te mereciam (desculpa-me o desabafo).


Parabéns ao Afonso (para escrever também é preciso muita coragem). 


Parabéns menina!! Não sei o teu nome, não nos dizem, mas é uma heroína real! Gostava muito de te ter conhecido. Fica bem.

 

 
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Published on October 19, 2014 03:40

October 16, 2014

Da inveja

Poucos defeitos haverá com conotação mais negativa do que a inveja. Ninguém admite ser invejoso e, no entanto, todos o somos, a um nível mais ou menos acentuado. A pergunta é: deveremos recusar com tanta veemência algo que faz parte de todos nós?



Mesmo a Bíblia está cheia de histórias sobre a inveja, que basicamente surge porque só com dificuldade aceitamos que outra pessoa receba o mesmo ou mais do que nós por menos trabalho, ou alcance os mesmos objetivos com menos esforço.



Tratando-se de uma característica tão humana, quase se podia pensar que a inveja não tem apenas um lado negativo. E é verdade! Ela pode igualmente ser produtiva, ao criar entusiasmo e motivação para que alcancemos algo que os outros possuem. Torna-nos competitivos, convida a que nos esforcemos, podendo ajudar-nos a descobrir qualidades que não sabíamos ter.



A inveja torna-se prejudicial quando é obsessiva, ou seja, quando se torna no centro da nossa vida. Faz-nos infelizes e azeda as nossas relações com os outros. Mas atenção: este tipo de inveja é sempre um alarme transmitido pela alma! É um sinal de autoestima baixa, uma prova de que nos damos pouco valor e de que estamos descontentes com a nossa situação, de que consideramos apenas as nossas fraquezas, ignorando as qualidades.



Nesse sentido, é contraproducente espezinhar uma pessoa invejosa, só serve para que ela se desvalorize ainda mais. Mais compreensão, contribuindo para que ela descubra as suas qualidades, pode ser um grande passo para a ajudar a ter mais consideração por si mesma.



Esse tipo de compreensão pode, porém, ser difícil de pôr em prática, principalmente quando os invejosos se tornam agressivos. Ninguém é obrigado a aceitar insultos nem é depositário das frustrações dos outros. Por outro lado, por vezes, também somos pouco tolerantes e lestos a condenar comportamentos. Uma frase do estilo: «Não sei porque invejas o meu jeito para escrever, tu sabes desenhar tão bem» pode operar maravilhas.



Valorizar as qualidades, sempre! Todos nós temos os nossos talentos!




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Published on October 16, 2014 04:07

October 14, 2014

Conselhos de Francisco

«Devemos ser criativos com os jovens. Não chega alimentá-los».



Estas são palavras do papa Francisco, numa entrevista ao semanário argentino VIVA, referindo-se ao apoio que devemos dar à juventude, no sentido de lhe proporcionar trabalho/profissão dignos.



O papa chamou igualmente a atenção para a necessidade de protegermos o meio ambiente: «Os danos ambientais são um dos nossos maiores desafios. Penso que nos temos esquecido de nos fazermos uma pergunta: estará a Humanidade a cometer suicídio, ao lidar desta maneira impensada e tirânica com o ambiente?»



Palavras sábias.



Nota: excertos de um artigo do jornal católico KirchenZeitung, referentes à entrevista dada pelo papa (tradução minha).




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Published on October 14, 2014 03:37

October 13, 2014

A Citação da Semana (30)

«Quem se sente em casa no seu coração, sente-se bem em qualquer lugar do mundo».



Hermann Stehr




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Published on October 13, 2014 02:41

October 12, 2014

E quem é Kailash Satyarthi?




Nem mais nem menos do que o ativista indiano que ganhou o Prémio Nobel da Paz, em conjunto com Malala Yousafzai.



Sendo muito mais mediática, Malala acabou por ensombrar o sucesso de
Kailash Satyarthi que luta pelos direitos das crianças indianas há
trinta anos. Como se sabe, milhões de crianças são exploradas, na Índia, mantidas como escravas, ou usadas para a prostituição ou para pedir esmola (para o que, muitas vezes, são mutiladas, a fim de gerar mais piedade). Kailash Satyarthi luta há décadas contra a corrente.



Saiba mais sobre este ativista aqui!




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Published on October 12, 2014 12:06

É Possível

Recebi por email este convite e aqui o passo, com excertos da nota de imprensa, a quem possa interessar. Na minha opinião, ler sobre outras experiências de vida é sempre enriquecedor. Desejo sucesso e felicidades ao Rui Bernardino e à Cláudia Cambraia.











A doença que tem acompanhado o Rui Bernardino, a ataxia de Friedreich, limitou-lhe os movimentos e prendeu-o a uma cadeira de rodas, quando este tinha apenas vinte anos de idade. Porém, nunca conseguiu limitar-lhe a capacidade de sonhar. Hoje, com 36 anos de idade, o Rui continua a acreditar que “é possível”.

Como revela a editora, "É possível" é um livro de 108 páginas, que relata episódios verídicos, mais ou menos caricatos, de um percurso de vida, desde o nascimento até aos dias de hoje. O livro partilha a alegria e a tristeza.




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Published on October 12, 2014 02:57

October 8, 2014

Obsessão




Um médico é chamado de emergência a um apartamento onde se encontra um homem inanimado. Tudo indica que cometeu suicídio. Enquanto espera pela polícia, fica curioso em relação ao que teria sido a vida daquele homem, pergunta-se o que o teria levado a cometer tal ato. Encontra um livro da autoria do morto e descobre correspondência trocada
com uma mulher misteriosa, que igualmente escrevia e tentava a publicação dos seus livros.



O que parece ser um policial transforma-se numa procura obsessiva pela identidade de uma pessoa, que culmina na procura da identidade do próprio narrador. Os dois homens parecem ter em comum a obsessão pela sedução, numa altura em que perdem o viço da juventude. Há um oscilar constante entre a realidade e a ilusão, partindo do princípio de que cada pessoa não é só uma, mas muitas. Como nos diz o próprio autor, numa nota inicial: «E é isso que narra Obsessão. Uma pequena ficção, apenas isso, onde se debatem personagens como Valente, Sónia, Jorge, Bela. Despretensiosa, desfocada, contada às várias pessoas que nos compõem, observando mais do que fala sobre um transitório estado da arte consentida da ilusão. A realidade é sempre ela bem mais iludida, obsessiva, complexa, do que a ficção. E até a Obsessão pode ser apenas um pretenso exercício imagético de observação sobre a realidade».



Este romance exige muito do leitor e confesso que tive algumas dificuldades em apreender todo o seu sentido. Por outro lado, a capacidade de escrita de Pedro Sande é notável, dando a impressão que o tratamento de toda uma complexidade de temas lhe sai sem esforço. Pelo meio, encontramos alusões deliciosas ao meio editorial português e divagações interessantes sobre candidatos a escritores solitários que tentam contactos pela internet, este meio que põe todos a falar com todos, sob uma capa anónima, mesmo que não se faça segredo da verdadeira identidade.



Cito mais duas passagens desta intrigante obra:



«Para que serve um livro, afinal?»

Um encontro, um reencontro, uma história repetida, com, ou sem fim à vista? Para que serve afinal um livro, esse pedaço de bom papel que faz falta às árvores, mas que contém tanta coisa dentro?

Uma pergunta que Jivago parecia procurar na sua vida, folheando o amor, a humanidade, páginas desfolhadas como se fossem pétalas de flor. Jivago, com essa minudência estranha que tinha de me transformar rapidamente em personagens épicas, era a minha vida; Lara,a minha busca; e a revolução, um esboço temporário, frágil, da dignidade perdida. (pp. 140/141)



Pois é amigos que leiam estas minhas páginas. Já confundo tudo: o tempo que aconteceu, com o tempo em que nada sucedeu. O tempo do silêncio, como se uma parede de espaço e tempo se tivesse elevado entre nós e fosse uma barreira cada vez mais densa, onde apenas coubessem alguns olhares indiscretos. (pp.153/154)






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Published on October 08, 2014 07:27

October 7, 2014

Excerto (4)







Os anos passaram, uns piores do que os outros, outros menos maus do que o costume, sempre ruins, sempre numa luta pela sobrevivência tão dura que hoje a não conseguimos sequer imaginar.

(...)

- Ah, se eu matasse só por ser pobre...

Prontamente outros discordam, perguntando o que é que andamos a fazer neste mundo de sofrimentos. Retorquia um, talvez mais beato, que aos suicidas os espera o inferno. Inferno? Inferno é esta vida. Depois morremos e acabou-se. Como é que pode haver castigo depois da morte quando tão castigados somos já em vida?

Estavam entre homens de confiança, a conversa corria bem regada, as línguas soltavam-se com mais facilidade; confiavam em que ninguém do regime escutaria às portas das adegas pela calada da noite - afinal, quem quer saber o que os pobres pensam? - e, se acaso alguém os ouvisse dizendo algo contra o governo, daria o desconto, sabendo que não eram eles a dizer barbaridades: era, como já se disse, o vinho que falava pelas suas bocas.




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Published on October 07, 2014 03:18

October 6, 2014

A Citação da Semana (29)

«Sê tu próprio! Todos os outros já têm dono».



Oscar Wilde




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Published on October 06, 2014 02:33