Cristina Torrão's Blog, page 55
June 19, 2016
Levantamento do interdito ao tempo de Dom Afonso III
A 19 de Junho de 1263, o papa Urbano IV atendeu às solicitações do
clero português: levantou o interdito que imperava sobre o nosso reino e
legitimou o consórcio de Afonso III.
À data do seu
casamento com Dona Beatriz de Castela, o pai de Dom Dinis era ainda
casado com Matilde de Boulogne, pelo que foi acusado de bigamia pelo
papa Alexandre IV, que, dois anos mais tarde, lançaria o interdito sobre
Portugal. A complicada situação resolveu-se com a morte inesperada de
Matilde.
Para mais informações sobre este assunto, consultar este meu post.
O meu romance sobre Dom Dinis está à venda sob a forma de ebook na LeYa Online , na Wook e na Kobo .
Para adquirir a versão em papel, contacte-me através do email andancas@t-online.de.
clero português: levantou o interdito que imperava sobre o nosso reino e
legitimou o consórcio de Afonso III.
À data do seu
casamento com Dona Beatriz de Castela, o pai de Dom Dinis era ainda
casado com Matilde de Boulogne, pelo que foi acusado de bigamia pelo
papa Alexandre IV, que, dois anos mais tarde, lançaria o interdito sobre
Portugal. A complicada situação resolveu-se com a morte inesperada de
Matilde.
Para mais informações sobre este assunto, consultar este meu post.
O meu romance sobre Dom Dinis está à venda sob a forma de ebook na LeYa Online , na Wook e na Kobo .
Para adquirir a versão em papel, contacte-me através do email andancas@t-online.de.
Published on June 19, 2016 03:38
June 17, 2016
Porque é tão difícil mudar os costumes
Quando nos damos conta do quanto a nossa sociedade ainda é machista, muitos homens costumam dizer que é assim porque as mulheres gostam. De facto, constatamos que a maioria das mulheres é igualmente responsável para que se mantenha este estado de coisas. E perguntamo-nos porquê. Será que as mulheres nasceram mesmo apenas para obedecer, agradar e manter os homens satisfeitos e limpos?
Ora bem, as mulheres são assim educadas, crescem assim. E é muito difícil renegar aquilo que aprendemos em casa, mesmo que tenha sido para nossa desvantagem. Quando se trata da educação que recebemos em casa dos pais, pouca gente consegue ser objetiva (na verdade, uma ínfima minoria).
É conhecido que a maior parte das pessoas afirma ter tido uma infância feliz, que os pais foram sempre justos e carinhosos, mesmo que isso não tenha acontecido. Por um lado, tem-se saudades da ingenuidade e dos sonhos desse tempo, um tempo em que, a bem ou a mal, tudo parecia estar em ordem, no seu sítio devido. Por outro lado, é muito difícil aceitar que os nossos pais erraram e nos transmitiram comportamentos e conceitos falsos. Para muita gente, esse reconhecimento equivale a tirarem-lhes o tapete de debaixo dos pés. Por isso, preferem manter-se fiéis ao que aprenderam. Dá menos trabalho e, acima de tudo, dói menos.
E assim se vão transmitindo os costumes de geração em geração, os bons e os maus. Claro, precisamos de algo que nos identifique. Mas não menos necessário é ter a coragem de romper com conceitos e comportamentos que nos prejudicam.
Nota: texto inspirado neste post da Sara.
Ora bem, as mulheres são assim educadas, crescem assim. E é muito difícil renegar aquilo que aprendemos em casa, mesmo que tenha sido para nossa desvantagem. Quando se trata da educação que recebemos em casa dos pais, pouca gente consegue ser objetiva (na verdade, uma ínfima minoria).
É conhecido que a maior parte das pessoas afirma ter tido uma infância feliz, que os pais foram sempre justos e carinhosos, mesmo que isso não tenha acontecido. Por um lado, tem-se saudades da ingenuidade e dos sonhos desse tempo, um tempo em que, a bem ou a mal, tudo parecia estar em ordem, no seu sítio devido. Por outro lado, é muito difícil aceitar que os nossos pais erraram e nos transmitiram comportamentos e conceitos falsos. Para muita gente, esse reconhecimento equivale a tirarem-lhes o tapete de debaixo dos pés. Por isso, preferem manter-se fiéis ao que aprenderam. Dá menos trabalho e, acima de tudo, dói menos.
E assim se vão transmitindo os costumes de geração em geração, os bons e os maus. Claro, precisamos de algo que nos identifique. Mas não menos necessário é ter a coragem de romper com conceitos e comportamentos que nos prejudicam.
Nota: texto inspirado neste post da Sara.
Published on June 17, 2016 04:07
June 14, 2016
Os irmãos também sofrem
Tom num passeio do grupo "sunshine4kids"
Quando um/a filho/a morre, o sofrimento dos pais é enorme, quase insuportável. Mas porque se pensa que os irmãos sofrem menos? Um documentário da estação televisiva alemã ZDF chamou a atenção para este tema no passado dia 8 de Junho. Na verdade, os irmãos costumam ter de lutar para que o seu sofrimento seja reconhecido.
«Toda a gente tinha compreensão para o sofrimento dos meus pais, mas ninguém me perguntava como me sentia», disse Nadine, de dezoito anos. «Pelo contrário, eu tinha de continuar a minha vida, tinha de funcionar no liceu». O seu irmão mais velho morreu com um vírus, quando ela tinha dezasseis anos. «Os pais e os irmãos perderam a mesma pessoa. Porque se pensa que os irmãos sofrem menos? Eu não consigo conceber que o nosso sofrimento seja menor». Só passado várias semanas da morte do filho é que a mãe da Nadine percebeu o quanto a sua filha estava perturbada. E ao contrário do que acontece com os pais, que na Alemanha conseguem encontrar ajuda psicológica facilmente, foi difícil encontrar auxílio adequado para a Nadine, que estava à beira do suicídio.
A reportagem também acompanhou o caso de Tom, de dezasseis anos, cuja irmã mais velha morreu há um ano com um cancro. No início, os pais não encontravam lugar para mais nada, a não ser para o seu próprio sofrimento. Tom sentia-se na obrigação de os ajudar a superar, esquecendo-se de si. Até que não aguentou mais e lhes perguntou: «Porque não nos atiramos os três de um precipício, para que fiquemos os quatro outra vez juntos?» Foi aí que os pais perceberam que ele precisava de ajuda. Tom foi integrado num grupo de crianças e jovens na sua situação, chamado "sunshine4kids", encontrando finalmente compreensão para o seu estado, sem precisar de grandes explicações para provar que o seu sofrimento era enorme.
O documentário da ZDF foi um apelo para que jovens nestas circunstâncias possam encontrar ajuda psicológica mais facilmente. As duas jornalistas responsáveis pela série, intitulada "37 Grad" (37 graus) e que trata de temas problemáticos, estão habituadas a lidar com situações difíceis, que as fazem chorar. Mas, dizem elas, esta foi a primeira vez que viram lágrimas também nos olhos do cameraman e do técnico de som.
Published on June 14, 2016 03:46
June 13, 2016
A Citação da Semana (117)
«Só sabe bem o pão que dia a dia ganham as nossas mãos:
nunca mates o Mandarim!»
In "O Mandarim", Eça de Queirós
nunca mates o Mandarim!»
In "O Mandarim", Eça de Queirós
Published on June 13, 2016 01:52
June 8, 2016
O papa que aboliu os Templários
Imagem Wikipedia
Em Junho de 1305 foi eleito o papa que haveria de abolir a Ordem dos Templários.
Filipe
IV de França conseguiu que fosse eleito o cardeal francês Bertrand de
Gouth, que ele manipulava e que adotou o nome de Clemente V. O monarca
francês pretendia aniquilar os cavaleiros do Templo e iniciou uma grande
campanha de difamação. As razões para tal são obscuras, pensa-se que a
principal terá sido apoderar-se do património dos Templários. Mas teria
sido apenas isso, ou teria Filipe IV realmente provas dos crimes que
lhes eram imputados?
Imagem daqui
O
certo é que Dom Dinis, à semelhança dos outros reis hispânicos, não se
deixou influenciar e tudo fez para proteger os Templários. Perante a
evidência da abolição da Ordem, o monarca criou outra, a Ordem de Cristo, para onde transferiu todos os cavaleiros do Templo e seu património.
Como já aqui referi,
o Mestre dos Templários francês, Jacques de Molay, profetizou, ao ser
queimado, que ainda antes do fim desse ano de 1314, os dois maiores
responsáveis pela destruição da sua Ordem morreriam. De facto, Clemente V
morreu passado cerca de um mês, a 20 de Abril, com cinquenta anos. E o
rei francês Filipe IV acabaria por sucumbir a um acidente de caça, a 29
de Novembro, com apenas quarenta e seis.
Clemente V foi igualmente o papa que deu autorização a Dona Isabel para fundar o mosteiro de Santa Clara em Coimbra.
Imagem daqui
O meu romance sobre Dom Dinis está à venda sob a forma de ebook na LeYa Online , na Wook e na Kobo .
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Published on June 08, 2016 03:31
June 6, 2016
A Citação da Semana (116)
Published on June 06, 2016 02:31
June 4, 2016
Quando as crianças são esquisitas a comer. Tudo manias?
Há dias, através dos blogues em destaque na página Sapo, li um post muito interessante de Luís Veríssimo, intitulado: 5 coisas que eu não comia em miúdo.
Diz ele: «Em criança era um castigo para comer. Não gostava de nada, não comia
nada. Gostar até gostava, mas havia coisas que não suportava (algumas
delas ainda hoje não como), ou porque não me sabiam bem ou porque não
eram confeccionadas da melhor forma. (...) Com o tempo o meu paladar melhorou e o meu gosto pela comida também.»
Gostei do texto e pus-me a escrever um comentário. Saiu tão longo, que vou aproveitar para escrever aqui sobre o assunto.
Não comer de tudo, ou, na linguagem dos adultos, "ser esquisito", é um problema muito comum nas crianças. E, afinal, há uma explicação bem simples para o facto de não gostarmos de uma coisa na nossa infância e, em adultos, passarmos a gostar: tanto as nossas papilas gustativas, como o aparelho digestivo, ainda não estão bem formados. É conhecido que os bebés, quando começam a comer alimentos sólidos, têm de se ir habituando devagar aos diversos produtos. Uma das razões para a elevada mortalidade infantil, em tempos passados, era precisamente dar-se às crianças certos alimentos cedo demais, alimentos que elas não conseguiam digerir, que lhes provocavam diarreias ou alergias fatais.
Como vemos, aquilo que muitas vezes é visto como mania tem uma razão fisiológica. É contraproducente obrigar a criança a comer aquilo que abomina, pois ela até pode criar problemas sérios de saúde. Na verdade, trata-se de pura violência! Eu, por acaso, não tinha grandes problemas, comia quase tudo, por uma questão de sorte, penso eu. Por alguma razão, o meu aparelho digestivo habituou-se mais depressa a uma grande quantidade de alimentos. Mas as crianças são diferentes, desenvolvem-se de maneira diferente e o processo pode demorar mais ou menos tempo. Só me lembro de detestar ervilhas de quebrar. Uma vez, a minha mãe insistiu para que eu as comesse, que faziam bem. Duas horas mais tarde, vomitei o jantar completo. Ainda hoje as abomino.
O desenvolvimento mais ou menos rápido das papilas gustativas e do aparelho digestivo é também a explicação para as crianças, de um modo geral, adorarem doces. As papilas sensíveis ao doce são das mais primitivas que temos, pois, quando ainda vivíamos na selva, havia que distinguir o comestível do venenoso e, normalmente, o venenoso identifica-se com um sabor amargo, enquanto que o doce é, regra geral, comestível. A sensibilidade ao doce desenvolve-se, ainda hoje, muito cedo, nos bebés.
A relação com a comida deve ser descontraída, coisa de que muitos pais dão cabo, se os filhos tiverem problemas com vários alimentos. Os pais entram em stress, com medo de que as crianças fiquem doentes. Compreensível. Mas a emenda costuma ser pior do que o soneto.
Claro que também há casos de manias. Aí, depende do conhecimento que os pais têm dos próprios filhos e, para dizer a verdade, muitos não os conhecem bem, pelo que não estão em condições de fazer a distinção. O problema é não se dedicarem aos filhos como deviam. A vida é difícil e preferem delegar a educação dos próprios rebentos noutras mãos: escolas, infantários, bábás, mas também em aparelhos como computador e televisão. Enfim... E as manias até podem ser uma tentativa de chamada de atenção, aliás, justificada, quando os pais são desleixados!
Escusado será dizer que se deve ter muito cuidado com alergias, pois, em casos extremos, podem matar. Quando eu era pequena, reagia alérgica ao tomate cru, ficava cheia de borbulhas, alergia que felizmente passou depois da adolescência. Mas ainda hoje tenho reações levemente alérgicas a certos alimentos considerados saudáveis, como a maçã, ou o ananás. Aliás, não sou grande amiga de frutos, o que me torna muito difícil a mudança para uma alimentação vegetariana, que gostava de conseguir. Mas, sem fruta, o cardápio ficava ainda mais limitado. Compenso comendo menos carne, há semanas em que não chego a ingerir meio quilo. E não chego a comer um bife por mês.
E por falar em fruta: Luís Veríssimo refere que há por aí a teoria de que habitualmente quando não gostamos de comer algo é porque alguém da nossa família próxima, com quem nos damos menos bem, adora essa coisa. E fala no pêssego, que o irmão adora, mas que ele detesta, reagindo mesmo com sinais alérgicos. Esta teoria não deixa de ser interessante. Eu também não suporto pêssegos (fruta, claro), apesar de não ter tido reações alérgicas na minha tentativa de os comer. O interessante é que a minha mãe realmente adora pêssegos!
Diz ele: «Em criança era um castigo para comer. Não gostava de nada, não comia
nada. Gostar até gostava, mas havia coisas que não suportava (algumas
delas ainda hoje não como), ou porque não me sabiam bem ou porque não
eram confeccionadas da melhor forma. (...) Com o tempo o meu paladar melhorou e o meu gosto pela comida também.»
Gostei do texto e pus-me a escrever um comentário. Saiu tão longo, que vou aproveitar para escrever aqui sobre o assunto.
Não comer de tudo, ou, na linguagem dos adultos, "ser esquisito", é um problema muito comum nas crianças. E, afinal, há uma explicação bem simples para o facto de não gostarmos de uma coisa na nossa infância e, em adultos, passarmos a gostar: tanto as nossas papilas gustativas, como o aparelho digestivo, ainda não estão bem formados. É conhecido que os bebés, quando começam a comer alimentos sólidos, têm de se ir habituando devagar aos diversos produtos. Uma das razões para a elevada mortalidade infantil, em tempos passados, era precisamente dar-se às crianças certos alimentos cedo demais, alimentos que elas não conseguiam digerir, que lhes provocavam diarreias ou alergias fatais.
Como vemos, aquilo que muitas vezes é visto como mania tem uma razão fisiológica. É contraproducente obrigar a criança a comer aquilo que abomina, pois ela até pode criar problemas sérios de saúde. Na verdade, trata-se de pura violência! Eu, por acaso, não tinha grandes problemas, comia quase tudo, por uma questão de sorte, penso eu. Por alguma razão, o meu aparelho digestivo habituou-se mais depressa a uma grande quantidade de alimentos. Mas as crianças são diferentes, desenvolvem-se de maneira diferente e o processo pode demorar mais ou menos tempo. Só me lembro de detestar ervilhas de quebrar. Uma vez, a minha mãe insistiu para que eu as comesse, que faziam bem. Duas horas mais tarde, vomitei o jantar completo. Ainda hoje as abomino.
O desenvolvimento mais ou menos rápido das papilas gustativas e do aparelho digestivo é também a explicação para as crianças, de um modo geral, adorarem doces. As papilas sensíveis ao doce são das mais primitivas que temos, pois, quando ainda vivíamos na selva, havia que distinguir o comestível do venenoso e, normalmente, o venenoso identifica-se com um sabor amargo, enquanto que o doce é, regra geral, comestível. A sensibilidade ao doce desenvolve-se, ainda hoje, muito cedo, nos bebés.
A relação com a comida deve ser descontraída, coisa de que muitos pais dão cabo, se os filhos tiverem problemas com vários alimentos. Os pais entram em stress, com medo de que as crianças fiquem doentes. Compreensível. Mas a emenda costuma ser pior do que o soneto.
Claro que também há casos de manias. Aí, depende do conhecimento que os pais têm dos próprios filhos e, para dizer a verdade, muitos não os conhecem bem, pelo que não estão em condições de fazer a distinção. O problema é não se dedicarem aos filhos como deviam. A vida é difícil e preferem delegar a educação dos próprios rebentos noutras mãos: escolas, infantários, bábás, mas também em aparelhos como computador e televisão. Enfim... E as manias até podem ser uma tentativa de chamada de atenção, aliás, justificada, quando os pais são desleixados!
Escusado será dizer que se deve ter muito cuidado com alergias, pois, em casos extremos, podem matar. Quando eu era pequena, reagia alérgica ao tomate cru, ficava cheia de borbulhas, alergia que felizmente passou depois da adolescência. Mas ainda hoje tenho reações levemente alérgicas a certos alimentos considerados saudáveis, como a maçã, ou o ananás. Aliás, não sou grande amiga de frutos, o que me torna muito difícil a mudança para uma alimentação vegetariana, que gostava de conseguir. Mas, sem fruta, o cardápio ficava ainda mais limitado. Compenso comendo menos carne, há semanas em que não chego a ingerir meio quilo. E não chego a comer um bife por mês.
E por falar em fruta: Luís Veríssimo refere que há por aí a teoria de que habitualmente quando não gostamos de comer algo é porque alguém da nossa família próxima, com quem nos damos menos bem, adora essa coisa. E fala no pêssego, que o irmão adora, mas que ele detesta, reagindo mesmo com sinais alérgicos. Esta teoria não deixa de ser interessante. Eu também não suporto pêssegos (fruta, claro), apesar de não ter tido reações alérgicas na minha tentativa de os comer. O interessante é que a minha mãe realmente adora pêssegos!
Published on June 04, 2016 08:25
June 3, 2016
Dom Dinis é armado cavaleiro
Terá sido em Junho do ano de 1278 que Dom Afonso III armou seu filho e
herdeiro, o infante Dom Dinis, de dezasseis anos, cavaleiro,
atribuindo-lhe, de seguida, casa autónoma. Dom Afonso III estava já
bastante doente e sabia-se que não viveria muito mais tempo.
A este propósito, um excerto do meu romance:
Dom
Afonso III tratara da entrega do testemunho durante todo aquele ano de
1278. Dinis fazia parte de uma comissão que regia o reino e que incluía o
mordomo-mor João Peres de Aboim e o chanceler Estêvão Anes, aliás, sob a
supervisão da rainha Dona Beatriz. O velho rei armara o filho
cavaleiro, oferecendo-lhe uma belíssima espada, enfeitada no punho com
duas esmeraldas e dois cristais e contendo na bainha dezasseis rubis e
catorze safiras. Atribuíra-lhe igualmente casa autónoma, ou seja,
cavaleiros vassalos próprios, assim como vários escudeiros, copeiro-mor,
escanção-mor e reposteiro-mor, este último, responsável pelo património
do príncipe.
(…)
Dinis
recebeu ainda joias, pedras preciosas, tecidos finos e objetos de
prata, como escudelas, trinchantes, pichéis, vasos e copos.
(…)
No Outono em que o príncipe completou dezassete anos, o estado de Dom Afonso III piorou.
O meu romance sobre Dom Dinis está à venda sob a forma de ebook na LeYa Online , na Wook e na Kobo .
Para adquirir a versão em papel, contacte-me através do email andancas@t-online.de.
herdeiro, o infante Dom Dinis, de dezasseis anos, cavaleiro,
atribuindo-lhe, de seguida, casa autónoma. Dom Afonso III estava já
bastante doente e sabia-se que não viveria muito mais tempo.
A este propósito, um excerto do meu romance:
Dom
Afonso III tratara da entrega do testemunho durante todo aquele ano de
1278. Dinis fazia parte de uma comissão que regia o reino e que incluía o
mordomo-mor João Peres de Aboim e o chanceler Estêvão Anes, aliás, sob a
supervisão da rainha Dona Beatriz. O velho rei armara o filho
cavaleiro, oferecendo-lhe uma belíssima espada, enfeitada no punho com
duas esmeraldas e dois cristais e contendo na bainha dezasseis rubis e
catorze safiras. Atribuíra-lhe igualmente casa autónoma, ou seja,
cavaleiros vassalos próprios, assim como vários escudeiros, copeiro-mor,
escanção-mor e reposteiro-mor, este último, responsável pelo património
do príncipe.
(…)
Dinis
recebeu ainda joias, pedras preciosas, tecidos finos e objetos de
prata, como escudelas, trinchantes, pichéis, vasos e copos.
(…)
No Outono em que o príncipe completou dezassete anos, o estado de Dom Afonso III piorou.
O meu romance sobre Dom Dinis está à venda sob a forma de ebook na LeYa Online , na Wook e na Kobo .
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Published on June 03, 2016 03:16
June 2, 2016
Trás-os-Montes
Agora que Trás-os-Montes anda na "boca do mundo" (se considerarmos este
nosso canto plantado já toda a gente sabe onde como o "mundo"), por
causa de uma entrevista que ainda não vi, nem quero ver, nem li nada
sobre ela, nem quero ler, só me apercebi da sua existência pelas
partilhas no Facebook, mas não cliquei em nenhum link, nem vou
clicar...
Enfim, já me perdi, onde é que eu ia... a propósito de Trás-os-Montes, e baseada no trabalho notável da minha prima Filomena Sousa,
estive a analisar os registos de nascimentos, óbitos e casamentos,
entre os anos de 1905 e 1911, de uma certa aldeia transmontana, com o
nome de Lombo, a aldeia-natal do meu pai Zeca Torrão,
que na altura deveria ter algumas centenas de habitantes (pormenor que
ainda não esclareci, mas devia andar à volta dos 500), e cheguei a
algumas conclusões interessantes que aqui partilho, a quem tiver
pachorra para ler:
- foram registados 101 nascimentos, entre os quais o
da minha avó paterna, dos quais 16 de pai desconhecido (ou seja:
gravidez na adolescência sempre existiu, sempre existirá, o tema é tão
velho como a Humanidade e não vale a pena fazer um circo à volta dele);
- foram registados 59 óbitos, dos quais 27 de crianças (quase metade), a
saber: 22 crianças de 4 anos ou menos; uma criança com 9 anos; 4 jovens
entre os 14 e os 16 anos;
- foram registados 18 casamentos, dos quais dois serviram para legitimar 3 crianças dos tais pais desconhecidos.
A reboque, descobri algumas coisas interessantes sobre os meus
antepassados, mas está ainda muito por esclarecer, pois o período de
registos já digitalizados, entre 1905 e 1911, é muito limitado.
E apresento-vos a minha avó paterna:
Published on June 02, 2016 03:30
June 1, 2016
Fundação de Salvaterra de Magos
Imagem Wikipedia
Verifica-se hoje o 721º aniversário da fundação de Salvaterra de Magos.
A
1 de Junho de 1295, Dom Dinis fundou Salvaterra de Magos, logo lhe
concedendo foral, em terras do concelho de Santarém que lhe tinham sido
doadas.
Published on June 01, 2016 03:06


