Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 78
August 19, 2014
Protesto na CNN
Mais de mil manifestantes protestaram em frente à sede da CNN, em Atlanta.
Foi depois da marcha em memória ao adolescente de Missouri, Michael Brown, baleado por um policial.
Segundo o protesto, a emissora faz uma cobertura duvidosa do incidente, ao apontar Brown como ex-criminoso.
O hashtag #ItsBiggerThanYou [isso é maior do que você] virou a palavra de ordem dos manifestantes, que criticam a CNN por dar ênfase ao passado com problemas com a Justiça de Brown, morto desarmado pelo policial branco Darren Wilson.
Bombas de gás, Força Nacional envolvida, repressão policial desproporcional, ameaça a jornalistas e protestos em frente a uma emissora de TV.
Cenas familiares…
August 18, 2014
Não se sorri em velório?
Não há quem conteste: graças ao anonimato das redes sociais, essa será umas das campanhas eleitorais de pior nível.
O baixo-nível, os boatos, as mentiras, serão espalhadas em fotomontagens, declarações fora de contexto, frases manipuladas.
Pela militância e por profissionais remunerados que já estão a mil.
A morte de Eduardo Campos embolou uma disputa que caminhava para a manutenção do Poder.
O Datafolha de hoje tira o sono dos marqueteiros.
Segundo a pesquisa, Marina Silva iria ao segundo turno, e não Aécio, com Dilma.
E ganharia da presidenta por 47% a 43% [empate técnico].
As redes foram invadidas por fotos em que Marina sorria no enterro do seu colega de chapa.
“Você votará em alguém que sorri no velório?”
Um blog da Dilma pega pesado: http://www.blogdadilma.com
Avisa seus editores: “O Blog da Dilma é independente, não pertence e nem é pautado por qualquer governo ou partido político. É um grupo de amigos e amigas que coordenam o portal, cada um com liberdade de expressão para expor suas opiniões. Nós defendemos a liberdade de expressão, o fim do monopólio dos meios de comunicação, a reforma agrária, o fim do fator previdenciário, o socialismo, educação e saúde pública para todos e com qualidade.”
Que é mantido no ar por doações na Conta Bancária 40547-7, Agência 0675-0 – Banco do Brasil – 001, em nome de Lucas Silva de Oliveira, diretor financeiro do Blog da Dilma.
Com qualidade.
Até o prestigiado site Brasil247 [patrocinado pela CAIXA, Corretora Seguros BRB, SEBRAE, SESI, CNI e SENAI] cai nessa em:
CENAS DE UM VELÓRIO: LULA CHORA, MARINA SORRI
http://www.brasil247.com/pt/247/pernambu…
Prepare o estômago e a caixa de DRAMIN.
Nada de debate político aprofundado.
Será uma campanha feita pela bílis da política, não pelas ideias do cérebro.
August 14, 2014
Onde impera a ciclovia
Se em São Paulo as ciclovias causam polêmicas, especialmente entre comerciantes do centro, em Copenhagen, capital da Dinamarca, onde 40% dos habitantes se locomovem por bicicleta, elas ganham viadutos exclusivos.
A cidade foi tomada por ciclovias.
É das poucas em que se pode ir a qualquer lugar de bicicleta, com segurança.
São 320 quilômetros de ciclovias.
40 mil ciclistas circulando diariamente.
A Cykelslangen é um elevado só para bicicletas, para diminuir o congestionamento de ciclistas e diminuir a disputa de espaço com pedestres.
Sem contar a vista…
Inspiração para outras cidades.
Veja:
August 13, 2014
Leftovers – segunda temporada garantida
HBO encomenda segunda temporada de The Leftovers.
A genial série do criador de LOST, Damon Lindelof, está em exibição até dia 7 de setembro.
Aqui passa domingo às 23 na HBO.
Serão ao todo 10 episódios.
Baseada no romance de Tom Perrotta, que está na equipe de roteiristas da série, fala dos dramas de uma pequena cidade, depois que 2% da população simplesmente desapareceu do mapa, inclusive o papa.
Um sem número de seitas e teorias conspiratórias deixam o ambiente tenso, separam famílias, destroem negócios.
Não se trata desvendar por que partiram, mas por que ficamos, como reagimos à perda e ao inexplicável.
Tô achando sensacional.
August 12, 2014
Caiaque pra cadeirante
Primeiro, um assento que encaixa a coluna
Depois, uma base de flutuadores para não virar o caiaque
E finalmente apoiadores nos remos para diferentes necessidades
Projeto, claro, de um cadeirante: http://www.creatingability.com/
Veja mais:
A lua de Plutão
Chama-se CHARON.
Foi filmada pelo telescópio da sonda The New Horizonts, que chegará no planeta que muitos não consideram planeta em 2015.
E revelada pela NASA.
No fim do mundo tem uma lua.
A lua do fim do mundo.
A, não, uma das. A maior. Que gira a 18 mil quilômetros do planeta.
Plutão tem 5 luas!
É pequeno mas bem acompanhado.
August 11, 2014
Opção inteligente
Você pode ir a Londres, passar uns dias, onde os museus são de graça
Voltar, quem sabe, com um casaco de cashmere inglesa comprado na Oxford Street na mala
Ou ir ao Shopping Iguatemi SP e, pelo mesmo preço, comprar um
Na última quinta-feira, custava R$ 4.190, quase 2 mil dólares
O ridículo da guerra
Sun Tzu viu arte na guerra. Escreveu em tiras de bambu 13 capítulos do seu tratado militar há 2.500 anos.
Não imaginou que seria traduzido para línguas de países de continentes a serem descobertos tempos depois- Caio Fernando Abreu fez, com Miriam Paglia, a tradução para o português. Que seria seguido por Napoleão e Mao Tse-Tung. Que se tornaria leitura recomendada a estrategistas e homens de negócios, em luta nas trincheiras do mercado corporativo, técnicos de futebol, vendido formato pocket book por camelôs e em bancas de jornal.
A guerra está no épico.
No palco, cinema, prosa, pintura, música, TV, noticiário diário, nos nossos pesadelos. Alimenta a descrença na humanidade.
Mostra a faceta do horror abafada pela ética que forçosamente passamos de geração em geração, em vão, para não nos aniquilarmos.
A guerra está em Homero, Cervantes, Shakespeare, Tolstói, Stendhal, Hemingway, John dos Passos, Salinger, Kurt Vonnegut, Ian Mcewan.
Nem Rimbaud fugiu do seu encanto. A guerra está na poesia, na ópera, em Wagner, Mozart e Beethoven. Na obra-prima de Picasso. Em todos os museus.
Grandes cineastas acreditam que só se provam num filme de guerra: Kubrick, Coppola, Spielberg, David Lean, Eisenstein, Franklin J. Schaffner. Deu lastro à literatura brasileira: Euclides da Cunha, Guimarães Rosa, Erico Veríssimo.
Ojeriza e fascina.
Deu cor, tom e o foco do nosso progresso.
Desenhou o mapa-múndi, apesar de todo ridículo que há nela.
O que é um cessar-fogo?
A artilharia pesada destrói as instalações do inimigo, faz incontáveis vítimas militares e civis, deixa cidades sem água, luz e esgoto, destrói bunkers, sedes de partidos extremistas, escolas, hospitais, mata, fere, estraçalha, estilhaça, desaba, incendeia, amputa.
Então, os líderes das partes que se odeiam conseguem um canal de comunicação, um interlocutor imparcial, e decidem dar uma trégua humanitária. Ligam-se os cronômetros. Por um período apenas. Para se retirarem mortos e feridos, deslocarem crianças e idosos, para o descanso. Para fazerem a feira, supermercado, irem à esquina comprar cigarros. Para depois voltarem as bombas, a morte e a destruição.
Se alguma parte desrespeitar o acordo, ou alvejar o inimigo minutos antes do começo do prazo, a Comunidade Internacional se agita, acusa e denuncia. Como são desumanos. Desrespeitaram o cessar-fogo, aqueles selvagens!
A guerra é burra.
Separatistas ucranianos ficaram revoltados. Quem foi o imprudente que permitiu um 777 sobrevoar a nossa zona de guerra? Estamos disputando o espaço aéreo. Derrubamos já caças e aviões de carga do inimigo, bombardeios que bombardeiam nossas vilas em guerra. Passa um jato comercial a caminho da Malásia? O que aquele rastro fazia na minha mira?
A guerra é míope.
Tomas Friedman, colunista do New York Times, lembrou que, enquanto muitos se perguntam o que daria para fazer com o dinheiro e concreto gasto na rede de túneis do Hamas, umas das maiores obras de engenharia da região, Israel desenvolveu um sistema de interceptação de foguetes que calcula se o mesmo cairá no mar ou no deserto e tem segundos para desvendar a trajetória; só serão abatidos os que caírem numa área residencial, evitando o gasto desnecessário de um interceptador que custa US$ 50 mil. “Se o governo israelense tivesse aplicado essa engenhosidade para tentar um acordo com a moderada Autoridade Palestina na Cisjordânia, o Hamas estaria muito mais isolado hoje que Israel.”
Guerra tem orçamento, custeio, caixa de entrada e saída, como qualquer atividade comercial. Não por outra, John Kennedy escolheu o então presidente da Ford, Robert McNamara, para Secretário de Defesa. Entre 1961 e 1968, ajustou a máquina de guerra e a linha de montagem que orquestrou a participação dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
Experiência anterior: o executivo McNamara popularizara o Ford Falcon, sedã que introduziu o cinto de segurança, e depois o Lincoln Continental, ícone dos anos 1960. Atravessou quatro presidências, uma na montadora e três servindo ao seu país- Kennedy, Lyndon Johnson e Nixon- para ser presidente do Banco Mundial até 1981, prêmio aos serviços prestados.
O que McNamara gastou despejando no Vietnã daria para montar muitas montadoras de automóvel. Torrou milhões e perdeu a guerra. Dinheiro jogado fora?
Pensando bem, a Ford é o que é por causa das bombas que muitas guerras americanas produziram e lançaram. A guerra é um tremendo negócio: não é nada burra.
A vedete da Primeira Guerra, que faz cem anos que começou, foi a bomba de gás.
Máquinas da indústria química criaram linhas de montagens para armazenar em cápsulas gases que irritam a pele, queimam os olhos e as vias respiratórias, como clorobenzilideno malononitrilo e brometo de benzila.
Jogar gases venenosos, gás mostarda, fosgênio e cloro, era a forma mais precisa de combater o inimigo infiltrado em túneis e trincheiras, abaixo da linha de tiro.
Se não aparecem nas miras, que morram asfixiados!
Um protocolo para proibir o seu uso foi assinado em 1925 na famosa Convenção de Genebra. Mesmo assim, elas estiveram em conflitos recentes no Vietnã (napalm), Irã, Iraque e Síria.
Armas químicas proibidas são controladas pela OPCW (Organization for the Prohibition of Chemical Weapons), organização independente com sede em Haia. O Brasil é signatário do tratado.
Síria e Iraque não eram membros. Passaram a ser recentemente.
Israel, com a Coreia do Norte, é dos poucos países que não o assinaram.
Nos é permitido morrer pelo violento deslocamento de ar que uma bomba gera ou decepado pelos estilhaços. Sob escombros e fogo. Podemos morrer por fissão nuclear e radiação. Podem nos matar por bala de revólver, fuzil ou metralhadora. Não por gás. Por gás é desumano.
Sim, a guerra é burra.
August 8, 2014
FLA-FLU da FLIP
FLA-FLU literário.
Existe uma guerra fria entre 2 grupos que disputam a crítica literária:
Literatura Comparada x Linguística
Por alto, seria como comparar o tema abordado em sua época com o estilo de um autor, antropologia versus semiótica, psicologia dos personagens versus linguagem.
Conrad é um autor de estilo pobre e infinita compreensão do seu tempo.
Graciliano não era estilista como Guimarães.
Nem Kafka como Joyce.
Mas não dá para afirmar que um é mais ou menos importante que outro.
Nem que existe o jeito certo de se fazer literatura.
Há aqueles que acham que o modo de vê-los, pela teoria comparada ou linguística aplicada, são antagônicos, e competem entre si.
Um grupo faz desdém com o outro.
Um grupo acredita ser a forma correta de fazer crítica literária.
Um é inspirado pela Escola de Frankfurt, o outro, pelo Formalismo Russo.
Percebi que aqueles que criticaram a Flip 2014 entenderam que faltaram discussões literárias e auto de peso.
Não acompanhei tudo. Não vi mesa falando de formas narrativas, semiótica.
Falar do seu tempo, de ditadura, de perseguição a índios, depressão, conflito no Oriente Médio, jornalismo, humor para mim é falar de literatura.
Ouvir Viveiro de Castro falar e ler padre Antonio Vieira é alta literatura.
Ou Andrew Solomon apresentar seu filho.
Etgar Keret ler Matadouro 5, David Carr e Graciela Mochkofsky falar de Jornalismo e Poder, a premiadíssima Jhumpa Lahiri, Glenn Greenwald contando sobre o escândalo da espionagem americana… Literatura!
Encontrar Mohsin Hamid com sua mulher, a musa da feira, num bar, e ouvir que ele prefere morar no Paquistão, apesar da violência do Taliban, que ser mais um escritor em Nova York, cruzar com Frei Beto elogiando o novo papa, que procurou o pessoal da Teologia da Libertação, perseguido pelos 2 papas anteriores, para corrigir um erro histórico, ouvir Davi Yanomami, cruzar com Fernanda Montenegro no camarim, encontrar o príncipe brasileiro João de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel, que me foi apresentado pelo historiador José Murilo de Carvalho, pelos gramados da orla, é literatura de cabo a rabo.
Foi minha primeira Flip.
E nunca mais deixarei de ir.
COM IVO HERZOG
August 6, 2014
Jingles inesquecíveis
Qual o jingle favorito da sua infância, se sua TV já foi um dia em P&B?
Queremos biscoito São Luis
Groselha Vitaminada Milani, ia-hu!
DDDrim – DANÇANDO IÊ-IÊ-IÊ
Cobertores Parayba – Tá na hora de domir…
Casas Pernambucanas – Não adianta bater, não deixo você entrar…
Varig-Varig-Varig – Mensagem de amor e paz…
No site www.propagandashistoricas.com.br tem acervo com os comerciais e aberturas de programas que marcaram a história da TV brasileira
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