Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 75
October 7, 2014
O novo som de Pharrell Williams
Pharrell, o novo rei do pop.
Acaba de soltar o novo clipe: Gust of Wind
Música dele, Thomas Bangalter & Guy-Manuel De Homem-Christo
Com a guitarrinha do CHIC, que já se tornou uma marca, e homenagem ao capacete do Daft Punk.
Enquanto seu mega hit HAPPY consegue ser trilha de 2 comerciais brasileiros ao mesmo tempo, Bradesco e Fiat.
O que eu nunca tinha visto antes.
Por que gays incomodam tanto?
Por que os gays são rotineiramente agredidos?
Por que viraram alvo do debate político, Judas da nova era?
Por que tantos se interessam em reprimir os desejos de um e se preocupam com o que ele faz com o corpo?
Por que tantos debateram se estão certas a união, a felicidade ou o amor entre pessoas do mesmo sexo?
Em Quanto Mais Quente Melhor, de 1959, o personagem vestido de mulher de Tony Curtis pergunta: “Por que um cara se casaria com outro?”
“Por segurança”, responde o de Jack Lemmon.
Vito Russo, cinéfilo ativista da Gay Activists Alliance, a primeira organização a defender os direitos dos homossexuais, na época em que iam presos, organizava concorridas sessões de cinema em Nova York.
Mostrava como a indústria estereotipava e driblava a censura para narrar nas entrelinhas de filmes “noir” dramas homossexuais.
No livro The Celluloid Closed, ele prova que até os anos 1930 a sociedade convivia com os homossexuais do cinema. Um filme experimental de Thomas Edison, de 1895, mostra dois homens dançando, enquanto um terceiro toca violino. Em clássicos do cinema mudo, como Algie, the Miner (1912), A Florida Enchantment (1914), The Soilers (1923), homens dançam com homens, mulheres dançam com mulheres, trocam beijos, carinhos, o homossexual é retratado bem ou mal, mas é. Para alguns, era um clichê, que denegria a classe. Para outros, a visibilidade era fundamental para a afirmação gay.
Marlene Dietrich canta de fraque e cartola no filme Morocco (1936) e é aplaudida num night club ao beijar outra mulher.
Até em Chaplin, em Behind The Screen (1916), a homossexualidade é retratada: um homem beija uma mulher vestida de homem.
No filme Call Her Savage (1932), pela primeira vez um bar gay serve de cenário.
Veio Will Hays, que tentou uma fracassada carreira política, se tornou presidente da associação de produtores e distribuidores de cinema, Motion Picture Producers and Distributors of America, e lançou o Código do Produtor, que proibia o beijo de boca aberta, nu, “obscenidades”, que ganhou força em 1934, quando a Igreja Católica e fundamentalistas protestantes organizaram boicote aos filmes que não o seguissem.
A autocensura baixou em Hollywood. O censor contratado Joseph Breen reescreveu roteiros e o personagem gays. Há 80 anos. “Pessoas decentes não querem ver esse tipo de personagem”, dizia. Se te é estranho casais apaixonados em filmes antigos se beijarem de boca fechada, é resultado do poder do conhecido Código Hays.
Cenas lésbicas passavam se elas fossem retratadas como vilãs. Homossexuais, como assassinos e psicopatas.
Todos tinham um fim trágico. Muita culpa os aterrorizava.
Personagens gays de autores teatrais gays, como Tennenssee Williams, quando adaptados para o cinema, viravam alcoólatras atormentados.
Sutilmente, roteiristas e diretores desenvolveram personagens gays sem a censura perceber. Hitchcock os exibiu em Festim Diabólico e Psicose, Nicolas Ray, em Juventude Transviada.
O diretor William Wyler convenceu o roteirista Gore Vidal que Ben Hur era um drama gay numa Roma em que ser gay era comum.
“Só eu e o diretor sabíamos que se tratava de um amor gay. Se Charlton Heston soubesse, sairia do filme”, contou Vidal no documentário baseado no livro de Vito e curiosamente produzido por Hugh Hefner, fundador da Playboy.
Por que o homossexualismo incomoda tanto?
Por que tem gente que acha uma patologia um homem gostar de outro, e propõe a cura em clínicas psicológicas, “de preferência, bem longe” (Levi Fidelix)?
Por que uma candidata à Presidência retirou do seu programa o apoio ao casamento gay, e outros se recusam a incluir homofobia na lista de crimes?
O personagem homossexual Barton Scully (Beau Bridges) da série Masters of Sex, diretor clínico de um hospital e casado com uma mulher, vai fazer tratamento para curar seu desejo por homens, que inclui eletrochoque, “o mais eficaz da época”.
A série, que se passa na virada dos anos 1950 para 1960, retrata o drama de um homem que não aceita a sua homossexualidade e vai buscar por conta própria um tratamento que Fidelix, se eleito, oferecerá à população.
Será que é porque o homossexualismo não se explica pelos pilares do pensamento ocidental- materialismo histórico, Freud, darwinismo social-, não é genético, não é doença, não tem cura, contesta a ciência, a religião, reafirma o livre desejo, a possibilidade múltipla de se criar uma família, de manter laços afetivos, eróticos, porque gays contam que desde menino sabem que são gays, será que porque, numa família de vários filhos, um pode ser gay, sem nenhuma explicação?
Nasceu assim, não está no DNA, não é resultado de traumas infantis, não é “culpa” dos pais, do ambiente, da escola, de rigor moral, ou liberdade em excesso, independe do credo, classe social, raça, cor, origem, ascendência, não existem mais gays num país que em outro, numa região temperada ou tropical, na praia ou na montanha, não é a origem italiana, ou francesa, não existem mais ou menos gays entre judeus, católicos, negros, mulatos, pardos, brancos, altos, baixos, morenos, loiros, magros, gordos, durante a lua cheia.
Talvez por não terem uma explicação empírica ou transcendental, eles incomodam a tantos, pois desqualificam verdades e colocam em cheque teorias das quais uma Nação precisa para seguir e ter um sentido de ordem, conjunto e progresso.
Só tenho que pedir desculpas à comunidade gay. E agradecer sempre a insistência da sua militância por direitos iguais aos diferentes.
Graças a ela, nós, deficientes, que, com gays, comunistas, ciganos e judeus, fomos exterminados em campos de concentração nazistas, obtivemos direitos na esteira da luta.
Obrigado pela luta contra a Aids, por nos terem alertado da contaminação de bancos de sangue, que matou meu amigo hemofílico Henfil, e exigido da comunidade científica um tratamento para a doença.
Obrigado Rimbaud, por propor uma nova poesia, Artaud, um novo teatro, Proust, um novo romance, Duchamp, questionar o papel da artista, ao se vestir de mulher, Andy Warhol, pela arte contemporânea.
Obrigado Billie Holiday, que gostava de ser chamada de “William”, Greta Garbo, Isadora Duncan, Josephine Baker, Janis, Orlando de Virginia Woolf, Adrienne Monnier, primeira editora de Ulysses, ao casal Gertrude Stein e Alice Toklas, Bishop e Lota, a Amelia Earhart, primeira mulher a atravessar o Atlântico.
Perdão pela intolerância que os(as) agride.
October 6, 2014
2013 foi um baile de máscaras
Se brasileiro reclama que todo político é ladrão, faz pouco para mudar a situação.
Votou em 2014 com preguiça.
Deixa como está.
SE está ruim, melhor não ficará.
Ou não está tão ruim assim, e somos um país reclamão?
Russomaanno, Tiririca, Pastor Feliciano e Maluf estão entre os deputados mais votados.
Não existe renovação em SP.
No geral, tudo está como dantes no quartel d’Abrantes.
O PMDB fará a maior bancada. Será como sempre o fiel da balança.
Retorna o Fla-Flu político, PT versus PSDB.
O eleitor encostou a terceira via, ou “a nova política”.
Pelo visto, a vontade de mudar não mudou nada. O gigante adormeceu.
Junho de 2013 foi um passeio de máscara.
A novidade veio do futebol: Andres Sanchez (Deputado Federal SP), que não foi o campeão de votos, como se esperava, e Romário (Senador RJ), este sim, campeoníssimo.
Abre a porrrrrteira: o cantor sertanejo Sérgio Reis (PRB) também tomará assento na Câmara. Êta nóis.
Já Lecy Brandão tem assento na Assembleia Estadual de SP. Partido alto…
Jair Bolsonaro é o mais votado do Rio. Seu filho, Eduardo, saiu por SP e foi eleito (88 mil votos).
Pastor Everaldo teve 100 mil votos a mais que o Eduardo Jorge.
A bancada da homofobia ganhou mais aliados, deixando o aparelho excretor em seu devido lugar.
Supla, Soninha e Roberto Freire não se elegeram.
Aqui tem um bando de loucos: mais de 454 mil votaram no Levy Fidélix!
Na época do Aerotrem, 2010, Fidélix teve 57.960 votos (0,06% do total).
Agora, conseguiu 0,62% dos votos.
Com o aparelho excretor como mote de campanha, decuplicou o número de eleitores.
É o quarto mandato de Alckmin em SP. O segredo é ser invisível. Governará SP por mais tempo do que Ademar de Barros.
Depois de derrotado na Guerrilha do Araguaia durante a luta armada, o PC do B sobe o rio e toma poder no Maranhão pela via democrática. 40 anos depois. Derruba o clã Sarney.
O dedo do brasileiro não acompanha o cérebro.
O desejo de mudar ficou para trás.
A indignação idem.
Virou história para boi dormir.
October 3, 2014
A ficção científica da década
INTERSTELLAR, de Christopher Nolan
Estreia em novembro
E já causa ansiedade entre os fãs do gênero
Com Matthew McConaughey
September 30, 2014
Eleição embolou
No limite da margem de erro, a diferença entre Marina para menos e Aécio para mais caiu para 1 ponto (Datafolha) e 2 (Ibope).
Eram 5 pontos na semana passada.
Isso quer dizer que falta 1 ponto (Datafolha) ou 2 (Ibope) para Marina e Aécio estarem tecnicamente empatados.
Faltam 5 dias cruciais e 1 debate na Globo.
O mineiro sem-sal herdou um neo anti-Marinismo?
Será que o eleitor sente falta da polarização e quer Dilma x Aécio?
Será que colar a imagem de Marina no PT (de quem foi ministra) funcionou para o PSDB?
Ou foi a terceira via que entra em declínio pelos próprios erros?
Uma “nova política” com velhos atores e um texto corrigido às pressas levou parte do eleitor de Marina transferir seus votos para Dilma e Aécio.
A marca de vinho do Galvão
Galvão Bueno apresenta quinta-feira, 2 de outubro, a partir das 20h, para convidados, os rótulos de sua marca de vinho.
Num em evento promovido pelo Circuito Cyrela by Pininfarina.
É isso mesmo que você leu.
Galvão Bueno apresenta a convidados os rótulos de sua marca de vinho.
Não se chama VAI QUE É TUA, mas originalmente Bueno Wines (vinícola criada por Galvão Bueno).
O Circuito Cyrela by Pininfarina acontece na Rua das Fiandeiras, 705, Vila Olímpia.
A Bueno Wines produz seis rótulos. Não é piada não:
tinto Bueno Paralelo 31
espumante Bueno Cuvée Prestige
Bellavista Estate Pinot Noir
Bellavista Estate Sauvignon Blanc
e italianos Bueno La Valletta Sangiovese e Bueno-Cipresso Brunello di Montalcino, produzidos na região da Toscana, frutos de uma parceria com o winemaker Roberto Cipresso.
Foi o Galvão Bueno quem idealizou a criação dos vinhos.
E ele estará presente no Circuito Cyrela by Pininfarina, espaço criado pela Cyrela para promover um empreendimento residencial de luxo projetado numa parceria com o escritório de design italiano, Pininfarina, sim, aquele.
Pode, Arnaldo? Pode…
Enquanto o Levy Fidelix não lança a pinga:
Vou abrir um Bueno Cuvée no próximo jogo da seleção.
Quem sabe dá sorte.
September 26, 2014
Coca-Cola esclarece
Sobre um vídeo que roda a rede, de que um sujeito aquece o conteúdo de uma Coca-Cola até restar uma calda pastosa, a empresa esclarece:
Prezado Marcelo Rubens Paiva,
Sobre o post publicado em seu blog no site do Estadão no dia 25/09, a Coca-Cola Brasil gostaria de esclarecer que:
Refrigerantes, em geral, são compostos por água, açúcar, gás carbônico e aditivos alimentares listados na rotulagem. Todos os ingredientes e aditivos utilizados na Coca-Cola são absolutamente seguros e aprovados pelas agências reguladoras de todos os países onde o produto é comercializado.
O experimento mostrado no vídeo não reproduz a forma como a bebida é ingerida e processada pelo organismo, já que nenhum alimento ou bebida é torrado no fogo antes de ser consumido. O efeito observado com Coca-Cola seria muito similar a ferver e queimar qualquer outro alimento. O material orgânico contido no alimento ou bebida seria carbonizado. A queima vai exalar fumaça e o material residual vai torrar no fogo até ser reduzido a uma borra negra – carbonizada – que é a aparência esperada de qualquer material orgânico submetido à queima.
Coca-Cola contém açúcar em sua composição, um material orgânico, e ao ser carbonizado, assume a aparência de qualquer outro alimento ou bebida que venha a ser carbonizado. Neste experimento, se a Coca-Cola fosse substituída por suco ou pedaços de fruta, mel ou iogurte adoçado, o efeito final da carbonização (queima do alimento) seria o mesmo.
Atenciosamente,
Tá registrado.
September 25, 2014
Cachorros cadeirantes brincando
Mau humor político nas ruas
Cada um tem o direito de se expressar
Nem todos querem manter um diálogo educado, elevado
Preferem as simplificações e generalizações
O nível está baixo também entre os eleitores
Temos a política que merecemos?
São eles os representantes do nosso pensamento?
Tá, confesso que me incomoda quando vejo um carro na rua com este plástico:
Sem contar:
O açúcar da Coca-Cola
É uma fórmula secreta: quanto açúcar tem da Coca-Cola?
Ferveu-se uma garrafinha.
Evaporou-se a água.
Olha o que sobra:
https://www.facebook.com/video.php?v=101…
O açúcar da Coca-Cola
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