Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 60

August 17, 2015

O que você quer ser quando crescer?

108354997



Recebi um e-mail da escola do meu filho: seu primeiro “boletim”, relatório de sete páginas sobre alguém que não tem nem quatro palmos de altura.


Como o veem, como ele se comporta diante de outros, é legal, fofo, extrovertido, animado?


Ele é querido, solidário, justo?


Já se reconhecem algumas habilidades que apontem um futuro promissor?


O primeiro dia de aula:


“Quando o convidamos para brincar perto do baú, não se importou em se afastar da mamãe e continuou bem animado… Depois de tantas brincadeiras, fomos para a sala tomar lanche. Quando o ajudamos a sentar no banquinho, ele achou engraçado e começou a bater as mãos na mesa fazendo barulho e contagiando os amigos, que passaram a imitá-lo. Ao oferecermos os alimentos, comeu muito bem o que trouxe e ainda experimentou alimentos das outras crianças.”


Vejo liderança: capitão de um time de futebol, presidente de um banco, diretor de redação de um jornal. Espero não ser empreiteiro ou petroleiro, carreiras criminais de risco alto.


“Joaquim é um grande explorador do parque! No início, engatinhava e agora anda pelo espaço, observa as mais variadas situações que acontecem ao seu redor e, quando algo o interessa, para, olha, às vezes sorri e continua a andar.”


Seu dom Indiana Jones foi revelado. Nada de jornais. Poderá trabalhar no History ou Discovery Channel.


“Ama subir e descer a rampa, sendo que às vezes segura no vidro da lateral e fica olhando os amigos no calçadão e dando gritinhos para chamar a atenção deles. Quando aparecemos do outro lado e brincamos, dizendo ‘Vou te pegar, Joaquim!’, ele cai na risada e desce a rampa correndo bem rápido. É muito engraçado!”


Será um presidente da República?


“Quando montamos trilhas com pneus, tábuas, bancos, túneis e brinquedões de espuma, seguramos sua mão e ele vai fazendo o percurso, mas ao chegar ao túnel, fica um tempão entrando e saindo e às vezes deita lá dentro. Então explicamos que as outras crianças querem passar e ele volta a engatinhar rapidinho e sai com a maior cara de sapeca!”


Volta a possibilidade de ser empreiteiro.


Enfim, uma boa notícia, que pode aproximá-lo do Grupo Corpo ou da titia Débora Colker.


“Os elásticos que amarramos entre as árvores têm chamado bastante sua atenção: ele observa, puxa, estica um pouco e solta em seguida, intrigado com a experiência. Os brinquedos fixos também são bastante procurados por ele. Algumas vezes aproxima-se de um dos balanços coletivos, segura e fica empurrando para frente e para trás. Ao perguntarmos se quer ir, balança a cabeça fazendo que sim e, depois que o ajudamos a sentar, segura firme na corda enquanto o embalamos e cantamos algumas músicas, como A Cobra Não Tem Pé, Formiguinha e Jacaré Passeando na Lagoa. Ele acompanha mexendo o corpo todo animado. Muito bonitinho!”


Volta o temor de que pode entrar para a política:


“Em seguida reunimos o grupo no túnel e, quando ele vê a turma do Integral, começa a fazer a maior farra, sobe no banco, pega os brinquedos e quer levar com ele. Explicamos que não podemos levar porque outras crianças estão usando e que precisa devolver, mas ele balança a cabeça fazendo que não e segue em frente.”


O momento vergonha: “Joaquim passou alguns dias virando o prato em cima da mesa e espalhando as frutas. Nas vezes em que isso aconteceu, conversávamos sério com ele, explicando que não dá para jogar o lanche, e ele nos olhava fazendo carinha de bravo. Então o ajudávamos a colocar tudo de volta no prato, e ele rapidamente deixou de jogar. O pequeno come muito bem e adora experimentar alimentos dos amigos.”


O momento da escolha do gênero artístico: “Sempre cantamos algumas músicas enquanto as crianças vão chegando, e é muito bonitinho ver como Joaquim já cantarola junto e acompanha as canções fazendo todos os gestos. Ao cantarmos Foguete, passa uma mão na outra e imita o foguete subindo; em O Elefante Queria Voar, bate a mão no bumbum, dando risada, e ao ouvir A Dona Aranha ou Caracol, mexe os dedinhos.” Será que adentrará no bizarro universo do axé- music? Alguém tem o telefone da titia Débora?


“Joaquim gosta muito de propostas corporais, nas quais se diverte e não para um só instante! Empurra os rolos de espuma, passa por túneis, sobe na escadinha de espuma e desce deslizando de barriga, se jogando no colchão, monta no jacaré e no camelo e bate os pés nas laterais como se estivesse cavalgando. Também adora mexer no armário do salão, onde sabe que ficam os instrumentos musicais e pega alguns, fazendo muita farra e chamando a atenção de todos.” Um apresentador de TV. Quando Faustão se aposenta?


“Ao montarmos uma casinha, pega um prato, uma colher e finge que está comendo. Quando perguntamos se está gostoso, balança a cabeça afirmando.” Não! O político já está em campanha!


“Sobe e desce do escorregador pequeno com autonomia, embora sempre fiquemos ao seu lado, porque de vez em quando ele fica em pé dançando, antes de escorregar. É uma figurinha!” Ufa, um palhaço. Alô Parlapatões.


“Gosta de pegar um copo que tem um líquido dentro e descobriu que, ao virá-lo, o líquido desaparece e ao desvirá-lo, ele reaparece. Joaquim fica intrigado com isso e passa um bom tempo mexendo no copinho, tentando entender como isso acontece. Muito bonitinho.” Ministro da Fazenda?


“Nas brincadeiras de escritório, gosta de apertar os teclados de computador, achando graça ao ouvir o som de seus dedinhos nas teclas. Também pega um telefone e balbucia, depois aperta os botões e volta a balbuciar, sendo que muitas vezes entrega o aparelho para o amigo que está ao seu lado e fica olhando: se a criança fala alguma coisa, ele dá risada, se fica quieta ou coloca o telefone na mesa, ele olha bravo e pega de volta.” Jornalista?!


“Temos que ficar sempre de olho para pegá-lo assim que acordar, caso contrário, ele tira as chupetas das crianças que ainda estão dormindo, pega os paninhos, balbucia como se estivesse chamando todos e dá risada. É muito sapeca!” Vai ser político. Estamos fritos.

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on August 17, 2015 07:38

August 16, 2015

Odair José homenageia dia 16

 


https://www.youtube.com/watch?v=x9c9cNQYdJk&feature=youtu.be


 


ODAIR JOSÉ lançou hoje, meia-noite do dia 16, a genial música DIA 16 [do disco DIA 16; Saravá Discos].


Esqueça as manifestações que ocorrem em todo Brasil.


Para o romântico expoente maior do brega, hoje é:


O dia que eu te conheci, a hora que nosso amor nasceu, o momento que eu te perdi e quando você me esqueceu.


Com genial clipe da artista [e minha colega de faculdade] Helena Tassara.


Em que se listam eventos marcantes em muitos dia 16.


Numa de pesquisa de arquivos do grupo Memória Coletiva Imagens e Textos


Como o de fevereiro de 1959, em que FIDEL virou primeiro-ministro de Cuba, janeiro de 1969, na Primavera de Praga, ou abril em 1984, histórico comício de 1 milhão em São Paulo das DIRETAS JÁ.


Hoje é dia 16, tempo de comemorar


Não importa o ano nem o mês, faça um brinde pra lembrar


Hoje, vai chover, hoje a casa cai…


Concepção e roteiro: Adams Carvalho, Helena Tassara e Olívia Brenga


Direção de arte e animação: Adams Carvalho


Edição e finalização: Olívia Brenga


Direção de fotografia e luz: Marcelo Rocha

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on August 16, 2015 12:09

August 12, 2015

Titãs não aceitam coro Fora Dilma

titas_imagem_1429803283


 


 


Foi agora, sábado.


A banda de rock mais importante e influente de São Paulo tocava na casa de shows Musiva, em Cuiabá.


De casting bastante eclético [de MC GUI, Sharam Jey a Zezé di Camargo e Luciano], a casa na Avenida Beira Rio recebe um público que consegue pagar ingressos que variam de R$ 100 a R$ 1.000 por cabeça.


No caso dos Titãs, a casa cobrava:


#LOTE PROMOCIONAL# :  Meia R$60,00 e Inteira R$120,00


Camarotes: R$2.000,00 para 10 pessoas.


“Eletrônico, country, pop, dance, comédia, festas, esportes, casamentos, aniversários, convenções, encontros, shows e muito mais podem ser realizados na nova casa”, um “mix de opções de lazer e cultura”.


Um coro de um camarote começou o refrão que se populariza em shows de outros roqueiros da mesma geração, e defendido por eles: “Fora Dilma!”


O compositor, vocalista e ator Paulo Miklos logo os interrompeu: “Vamos manter a ordem democrática! Lutamos por isso, democracia acima de tudo!”


“Fora Dilma!” não teve adesão da banda nem do público.


Segundo o blogueiro Fábio Ramirez, presente no show, a banda tinha acabado de tocar a música nova Fardado (de 2014), inspirada na violência policial contra manifestantes:


Você também é explorado


Fardado


Você também é explorado


Aqui!


Por que você não abaixa essa arma


O meu direito é seu dever


Por que você não usa essa farda


Pra servir e pra proteger…


Os gritos contra a presidente veio de um grupo de seis pessoas.


A banda fez uma pausa e anunciou a próxima música.


“Decidimos tocar essa música de 1987, porque ela está muito atual”, disse Miklos antes de começarem: “Quem quer manter a ordem? Quem quer criar desordem?”


E em seguida tocou Desordem


A música está num dos primeiros álbuns da banda, Jesus Não Tem Dentes No País dos Banguelas


Não sei se existe mais justiça,


Nem quando é pelas próprias mãos


População enlouquecida, começa então o linchamento


Não sei se tudo vai arder


Como algum líquido inflamável,


O que mais pode acontecer


Num país pobre e miserável


E ainda pode se encontrar


Quem acredite no futuro


Quem quer manter a ordem?


Quem quer criar desordem?


 


 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on August 12, 2015 13:14

August 4, 2015

Entreguem o Kissinger


images (2) maxresdefault (1) kissinger_pinochet maxresdefault



Num gesto de boa vontade, Obama entregou ao governo brasileiro 538 documentos reveladores sobre a nossa ditadura, que tiveram o sigilo desclassificado.


Faltou entregar Henry Kissinger.


O controverso Conselheiro de Segurança Nacional e depois Secretário de Estado dos governos de Richard Nixon e Gerald Ford, Nobel da Paz e taxado em alguns países como criminoso de guerra, apoiou regimes autoritários e deu o start em golpes no Chile, Uruguai e Argentina.


Mais que isso. Conspirador profissional, colaborou com uma rede de espiões e assassinos que tiraram a vida de líderes democratas.


Seu reinado, que começou em 1968, acabou quando o presidente Jimmy Carter ganhou as eleições de 1976, reformulou a política externa americana e passou a pressionar ditaduras latino-americanas que atentavam contra os direitos humanos.


Foi quando os três políticos brasileiros mais populares do período democrático morreram de forma suspeita: Juscelino Kubitscheck (22 de agosto 1976), João Goulart (6 de dezembro de 1976) e Carlos Lacerda (21 de maio de 1977).


Em maio de 1976, o ex-presidente boliviano, Juan José Torres, exilado em Buenos Aires, já tinha aparecido morto com um tiro na nuca. Em setembro, morreu Orlando Letelier, ex-ministro de Allende, num atentado a bomba em Washington. Assim como o ex-presidente da Câmara dos Deputados do Uruguai, Héctor Ruiz, e o ex-senador Zelmar Michelini. Carlos Prats, ex-comandante do Exército de Allende, fora morto com a mulher por uma bomba que explodiu no seu Fiat em 1974 em Buenos Aires.


Juscelino morreu na Via Dutra, em Resende, a poucos quilômetros da Academia Militar de Agulhas Negras, depois de lanchar no hotel fazenda do brigadeiro Newton Villa-Forte, amigo íntimo do general Golbery do Couto e Silva, o homem mais poderoso do país. Villa-Forte fora professor de João Figueiredo e condecorado por ele.


O motorista de JK, Geraldo Ribeiro, reclamou no hotel, minutos antes do acidente, que mexeram na suspenção do Opala placa NW 9326. O carro voltou para a estrada e mudou de rota no quilômetro 168, atravessou o canteiro e bateu de frente num Scânia no sentido contrário.


O caminhoneiro Ademar Jahn, que vinha logo atrás, viu o Opala com o motorista apoiado já morto no volante antes de atravessar o canteiro. Nunca foi procurado pelas autoridades. A versão oficial é de que o Opala, em alta velocidade, batera antes num ônibus da Viação Cometa. Seu motorista, Josias de Souza, assim como os passageiros, nunca admitiu. Testemunhas contam que o carro ultrapassou o ônibus já com a roda dianteira e a suspensão quebradas.


Jango, cardíaco, morreu na sua fazenda na Argentina, depois de ter feito um check-up em Paris meses antes, que atestara boas condições. Sobrevive a hipótese de envenenamento, que matou de forma semelhante Pablo Neruda durante o golpe militar chileno. O responsável pela intoxicação do poeta teria sido o agente da CIA Michael Townley, que serviu a DINA, diretoria de inteligência chilena.


Townley trabalhou com um bioquímico chamado Berríos para desenvolver o gás Sarín e compostos para eliminar inimigos sem deixar pistas. O laboratório funcionava na sua casa em Santiago. Era o centro de experimentação com armas químicas da DINA. Em 1982, morreu o ex-presidente chileno Eduardo Frei, que segundo a justiça chilena foi envenenado na mesma clínica em que morreu Neruda. Frei queria encurtar a transição democrática chilena.


O ex-agente do serviço de inteligência do governo uruguaio, Mario Neira Barreiro, codinome tenente Tamúz, que espionou Jango durante quatro anos, confirmou que o ex-presidente brasileiro fora vítima de uma operação financiada pela CIA, que consistia em colocar comprimidos envenenados nos frascos que ele tomava para o coração: o efeito seria um ataque cardíaco. Nada foi provado.


Três meses depois da morte de Jango, Lacerda apareceu na clínica São Vicente no Rio de Janeiro com febre e dores. O quadro não era grave. Foi sedado e internado A família foi dispensada, assim como seu médico. Morreu durante a noite por um quadro de septicemia generalizada, apesar de nunca encontrarem a porta de entrada da infecção. Ficou a hipótese de que Lacerda teria se infectado ao cuidar de rosas.


No mesmo andar, estava a enfermeira portuguesa Maria Auxiliadora, que disse que, durante a ditadura de Salazar, viu nos hospitais de lá matarem os inimigos do regime da mesma forma. Existe a suspeita de que Lacerda foi envenenado por Potássio. No ano seguinte, seus direitos políticos seriam recuperados.


O antigo aliado dos militares incendiaria o debate nacional.


Carlos Heitor Cony e Anna Lee escreveram um livro a respeito, O Beijo da Morte, que relata o encontro em setembro de 1967 no Uruguai entre Jango e Lacerda, com procuração de Juscelino, para formarem a Frente Ampla.


Adversários em tempos democráticos, os três políticos cassados pelos militares escolheram “o caminho da união para a paz, que exige a liberdade do povo de se manifestar e decidir”. Juntos, esquerda, centro e direita, conseguiriam 100% dos votos num Brasil democrático. Se vivos e anistiados, o enredo da luta democrática teria sido outro.


A vitória do MDB (partido de oposição), o movimento social pela redemocratização e anistia, pressões da Igreja e de Jimmy Carter eram uma ameaça ao projeto militar brasileira. Uma carta encontrada casualmente de 25 de agosto de 1976 confirma as suspeitas.


O coronel Manuel Contreras, da DINA, respondia ao nosso general João Figueiredo, do SNI que “também” compartilhava “preocupação” com a vitória dos democratas nas eleições americanas, e que tanto Kubitscheck quanto Letelier causariam instabilidade no Cone Sul: “O plano proposto pelo senhor para coordenar nossa ação contra certas autoridades… conta com nosso decidido apoio”.


Um projeto estava em andamento para eliminar figuras que propunham a volta da democracia.


O plano foi revelado por um jornalista do The Guardian, Richard Gott: a Operação Condor lembrava a Operação Fênix, programa de assassinatos de lideranças financiado pela CIA contra aqueles “capazes de agrupar o povo numa campanha de resistência contra militares no poder”. E responsabilizou Kissinger pelas operações.


Não merecia uma convocação?

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on August 04, 2015 07:56

August 3, 2015

Bryan “Breaking Bead” Cranston volta em série da Amazon

357


 


Estreia sexta-feira a série SNEAKY PETE.


Produzido por DAVID SHORE [criador de HOUSE], e pelo próprio BRYAN CRANSTON, o professor traficante Walter White da série mais popular a TV, Breaking Bad, que também atua.


Pela AMAZON.


Primeiro episódio é de graça


Aborda a vida de Pete [Giovanni Ribisi], que assumiu a identidade de seu colega de cela preso há 20 anos.


Solto, retoma o contato com a família, que não o reconhece.


Cujo negócio é pagamento de fiança.


Com Giovanni Ribisi, Marin Ireland and Margo Martindale.


 


https://www.youtube.com/watch?v=LiHCtexwuZg

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on August 03, 2015 17:32

August 2, 2015

Chegou o Uber dos helicópteros

helicopters-new-york-corbis Gotham-Air images


 


Chegou o Uber dos helicópteros.


Já está disponível em Nova York o GOTHAM AIR, aplicativo que foi alcunhado de O Uber dos Helicópteros.


Um aplicativo traz um helicóptero em 20 minutos em três heliportos específicos e perto de você.


Por US$ 200, você pode cruzar a cidade e ir ao aeroporto internacional.


Por cabeça.


Estimativa da viagem: 6 minutos.


São seis aeronaves no ar e na terra prontos para servirem quem estiver disposto a pagar.


E não é tão caro.


Veja bem: um táxi entre NY e o aeroporto JFK sai por 40 dólares.


Assim que o helicóptero pousar, uma van o levará ao terminal de embarque.


http://www.gothamair.com/


A pensar que um táxi de SP até GUARULHOS custa de R$150 a R$ 300.


A ideia vai chegar em São Paulo em 10, 9, 8, 7…

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on August 02, 2015 09:38

July 31, 2015

Convoquem o barbeiro e o garçom para a CPI

Kansas-barber-shop


 


Há algo de podre no reino do Legislativo brasileiro.


Soberba, arrogância, anarquia ideológica, pretensão.


Doença que avança há anos e ataca como uma metástase a combalida saúde do Brasil.


A pressão sobre a advogada criminalista BEATRIZ CATTA PRETA, que defende [defendia] delatores da Lava Jato, é a maior aberração jurídica no país em que se ultrapassou todos os limites da ética na política.


Primeiro, porque ela não cometeu nenhum crime e não é réu, mas o defende.


Segundo, óbvio, porque é uma mulher.


Que ousaria chamar grandes criminalistas para depor, ameaçar a integridade de bacharéis homens?


A “gangue” que age no Congresso em torno do seu presidente não conhece princípios fundamentais da Constituição.


A inversão de papeis e a confusão sobre estado de direito revela um parlamento atordoado entre cultos, rezas e paranoia, medo de ser pego [delatado].


Só falta então convocarem o garçom, para saber o que foi dito no balcão de bar, sob o efeito de um 12 anos, e de onde veio a gorjeta deixada sobre a fórmica.


Ou o barbeiro, para saber se algum dado foi solto entre o resultado da rodada do Brasileirão e a troca de informações sobre se vai dar praia no fim de semana.


Talvez a professora da escola dos filhos, a manicure, o porteiro, o taxista, o padeiro, o motoboy, o caixa de banco, o farmacêutico, o entregador de pizza tenham informações valiosas sobre propinas pagas por grandes empreiteiras a uma das maiores petrolíferas do mundo.


E em seus honorários encontram-se pistas de um dos maiores escândalos financeiros do país.


Sem contar o fato de todos eles terem que prestar contas da gorjeta que receberam.


Ninguém peita o Congresso, porque tem imunidades.


Quantos picaretas se instalaram por lá?


Eram 300 na músicas dos PARALAMAS.

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on July 31, 2015 07:45

July 29, 2015

Estupidez seria NÃO tocar em Israel

CAETANO CURTE A PRAIA EM TEL AVIV

CAETANO CURTE A PRAIA EM TEL AVIV


 


Meu bem, meu bem


Não dê ouvidos à maldade alheia e creia


Sua estupidez não lhe deixa ver, que te amo…


Boicotar ISRAEL seria a maior estupidez.


Amamos a PALESTINA, queremos a paz entre os povos e também o reconhecimento do estado de ISRAEL.


Porque amamos ISRAEL.


Amamos a cultura árabe, dos primeiros filósofos e matemáticos, que preservou os textos dos pré-socráticos [inclusive a Bíblia] e os espalhou pela Europa.


Como amamos a cultura judaica, sua poesia, literatura, teatro, cinema, psicanálise.


Estupidez é a guerra, o muro da vergonha, o homem-bomba, os foguetes do Hamas, a ocupação de terras que já têm dono, a destruição de Gaza.


Estupidez é não tentar sempre um acordo de paz.


Estupidez é dos que fazem a guerra.


São povos da mesma raiz.


De religiões coirmãs, que nasceram umas das outras, uma para outra, e se aperfeiçoaram.


Estupidez daqueles que deturpam as escrituras sagradas para alimentar o ódio.


CAETANO e GIL fizeram bem de tocar [ontem] em ISRAEL. Não aceitaram a sugestão radical de boicote.


Fizeram bem de levar poesia, sugerir, indicar, ousar, levar reflexões, cantar e cantar.


Vieram daquele país em que árabes e judeus comerciam nas mesmas ruas, convivem juntos, têm suas rixas, mas sem o ódio disseminado em outras partes.


Robertão tem razão, GAL imortalizou:


Meu bem, meu bem


Sua incompreensão já é demais


Nunca vi alguém tão incapaz


De compreender


CAETANO e GIL reafirmam:


Conte ao menos até três


Se precisar conte outra vez


Mas pense outra vez


Meu bem, meu bem, meu bem, eu te amo

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on July 29, 2015 07:23

July 24, 2015

Por que Uber não vai funcionar no Brasil?

Bureaucrats


 


Por que o Uber não vai funcionar no Brasil?


Porque o Estado não abre mão de suas taxas, seu olhar, suas regras, suas licenças.


Porque somos uma economia que funciona através de concessões e agências reguladoras.


Porque a corrupção não pode ficar sem combustível.


Por que o Uber não vai rolar no Brasil?


Porque somos um Estado cartorial.


Porque o Estado crê que precisamos da intervenção do Estado.


Crê que precisamos do Estado em todas as atividades da economia.


Porque num estado de Justiça fraca e impunidade, precisamos de fiscalização constante, blocos de multas e alvarás.


Porque o indivíduo é tutelado, é um selvagem que precisa do Estado para exercer sua cidadania.


Precisamos da máquina burocrática impiedosa em todas as atividades, acredita o Estado.


Não basta uma assinatura, um compromisso, olho no olho, um aperto de mão.


A palavra não vale nada.


Precisamos de firmas reconhecidas, procurações feitas no cartório, cópias autenticadas.


Para o Estado, somos todos criminosos, sonegadores, fraudadores.


O Uber não vai rolar, porque é uma atividade regida por um aplicativo, pela linguagem binária, uma máquina, gerida pelo próprio cidadão empreendedor.


Síndrome de Exterminador: Não pode.


De repente, o Uber pode ser bom, pode funcionar.


Proíba!


Para o Estado, é melhor o monopólio da incompetência.


E o carimbo do burocrata, a ruela do Estado.


 


oficcial-512

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on July 24, 2015 07:56

July 23, 2015

Tubarão no mar, no céu e no espaço


 


Tubarão no mar, no céu, no espaço, em toda parte


Existe um nicho do mercado cinematográfico de filme-catástrofe que elege: quanto mais absurda a história, melhor.


São daqueles produtores que devem bolar, escrever e filmar gargalhando


PIRANHAS é a franquia de filmes preferida dos fãs de sangueira nonsense com humor-negro.


Que encontrou um concorrente à altura: SHARKNADO. Pelo canal de TV pago, SyFy,


Cujo lema é: Demos às pessoas o que elas querem!”


Parecia uma piada: um furacão tira tubarões do oceano e os joga sobre Los Angeles.


Começa a chover tubarões em Hollywood, que caem do céu e comem tudo o que veem.


Lançado em 2013, muita gente achou que era um viral. Era nada.


A produção da SyFy foi um sucesso, virou game, HQ, camisetas e encubou sequências.


SHARKNADO 2 já vem com piada no próprio título: SHARKNADO 2 – THE SECOND ONE


Lançado em 2014, o ataque então era sobre Nova York.


O filme é crítico: mais tornados incomuns se formam por culpa do desequilíbrio ambiental causado pelo maior predador de todos, o homem.


Choveu tubarão que entrou até pelos túneis da rede de metrô de NY, enquanto nova-iorquinos lutavam mano a mano com tubarões pelas ruas de Manhattan.


Acabou?


Nada. Foi lançado ontem nos EUA SHARKNADO 3 – OH HELL, NO!


Desta vez, foram bem longe.


Tubarões invadem a costa da Flórida e instalações da NASA. Conseguem uma carona num foguete para atacar… O espaço!


Depois de destruírem, claro, a Casa Branca.


Chover tubarões é uma referência nada literal à crise financeira mundial de 2008.


Não falei que era “crítico”?


 


sk2 sharknado-attack

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on July 23, 2015 10:32

Marcelo Rubens Paiva's Blog

Marcelo Rubens Paiva
Marcelo Rubens Paiva isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
Follow Marcelo Rubens Paiva's blog with rss.