Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 101
June 14, 2013
bomba de gás made in brazil
O gás que reprime as manifestações em São Paulo e na Turquia é o mesmo, e vem de bombas de fabricação brasileira.
Arma não-letal.
Da empresa carioca com o infeliz nome Condor, que lembra a Operação Condor, que uniu as polícias políticas do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile nos anos 1970-80.
Que torturou e desapareceu com combatentes dos regimes ditatoriais desses países:
A Anistia Internacional condenou o uso de gás lacrimogênio contra os manifestantes.
“Canhões de água e gás lacrimogênio não deveriam ser usados contra manifestantes pacíficos. Estamos particularmente preocupados com o uso de gás lacrimogênio em ambientes confinados, que representa um grande risco para a saúde”, disse o diretor da Anistia Internacional para Europa e Ásia Central, John Dalhuisen, em comunicado divulgado no dia 3 de junho.
Endereço Condor e Welser Itage
Rua do Carmo, 7 – Gr.1901 – Centro
Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20011-020
Tel./Fax: ++ 55 (21) 3974-3350
++ 55 (21) 3974-3355
June 12, 2013
dia do amor livre
Hoje, além de dia dos namorados, se comemora o dia do amor livre.
Com apoio da revista antro positivo [http://www.antropositivo.com.br/]
Liberdade na VIDA e na ARTE
Com:
Julia Bobrow, Breno da Matta, Gus Machado, Marcos Damigo, Fabricio Licursi, Marat Descartes Campos, Kiko Rieser, Felipe Abib, Michelle Ferreira, Debora Lamm, Paula Cohen, Diogo Granato, Paula Picarelli, Ed Moraes, Cléo De Páris, Helena Cerello e Rachel Ripani Rach.
June 11, 2013
lançada campanha: estatizem a playboy
Depois de anunciado [ou seriam boatos?] que a ABRIL pode fechar a Revista Playboy, abandonando uma franquia de 35 anos de história e sucesso, o jornalista barra blogueiro Bruno Pavan lançou a campanha: ESTATIZEM A PLAYBOY:
“E é aí que nós do Fora de Foco tivemos uma ideia. Ao invés de luto e bandeira a meio pau, resolvemos ir a luta. Vamos estatizar a Playboy. A Playboy não pode acabar. Ora, se isso não for questão de intervenção estatal, eu não sei mais o que é. Convoco a todos, independente de posições políticas, a defender esse patrimônio nacional.”
http://foradefocoblog.wordpress.com/2013/06/10/estatizem-a-playboy/
Interessante.
Sairiam as panicats, ex-sisters e assistentes de palco de programas de auditório, e entrariam quem? Musas dos movimentos sociais?
Dilma, que muda até traçado de ferrovia, opinaria?
Pena que Aécio é da oposição. Daria um bom Ministro da Playboy.
Olha o que Pavan sugere:
O que será dessa geração que vê pornografia sentado por trás de sua cadeira e de se seu anonimato?
Junto com a Playboy acaba a necessidade de fazer amizade com o dono da banca.
Pra esconder o último exemplar com ele se você não aparecer no dia para pegar.
Ou então pro menino de 14 anos conseguir obter o seu exemplar.
A revista existiu por 35 anos.
É possível traçar vários estudos sobre a sociedade a partir da Playboy.
As mulheres da década de 70 são muito diferentes das de hoje.
Os homens da década de 70 são muito diferentes dos de hoje.
O solitário, que antes de tudo é um bravo, em plena véspera de dia dos namorados, descobre que perdeu um aliado.
Vamos reunir Hortência, Maitê Proença, Claudia Ohana, Beth Faria, Marisa Orth, Marina Lima, Tiazinha e várias outras. Porque assim como eu e você, amigo colaborador, ficaremos órfãos, as ex-bbbs e panicats também ficarão.
Na fria madrugada, enquanto todos nossos amigos postam fotos com seus pares no Instagram, Facebooks e Twiters da vida, que o papel e a imaginação sejam nossos companheiros.
June 10, 2013
o mestre
Semana para reverenciar o mestre.
Terça-feira lançamento em SP [e quinta no RJ] do novo livro do Ruy Castro.
Que, com Sérgio Augusto, compõe a dupla de maestros do time dos sonhos do jornalismo cultural brasileiro.
Como Sócrates e Casagrande. Ou melhor, Zico e Andrade [já que o cara e Mengo].
June 9, 2013
perdemos a playboy
O anúncio de que a revista PLAYBOY pode fechar na nova reformulação da EDITORA ABRIL deixa muito matuto em pânico e já com saudades.
Revista que teve na capa mulheres maravilhosas como LUMA DE OLIVEIRA, MAITÊ, BRONDI, NEGRINI, CARLA CAMURATI, MARIA PADILHA, BRUNA LOMBARDI, PALOMA DUARTE, SÔNIA BRAGA, modelos como LUIZA BRUNET, LUCIANA VENDRAMINI, PIETRA, musas como NÁDIA LIPPI, ALCIONE MAZEO, VERA FISCHER, clicadas por Duran e Bob Wolfeson, faliu?
Há uns anos dei uma entrevista para Playboy, foram 2 encontros. Falei durante 5 horas de política, cinema, teatro, livros, TV. Falei alguns minutos de sacanagem.
Só saiu a sacanagem
Playboy não acabou, acabaram com ela.
As últimas capas? Junho, BABI ROSSI, conhece? Assistente de palco do Pânico.
Antes, maio, foram participantes do reality CASA BONITA 5. Antes, em abril, THAÍS BIANCA. Outra panicat.
Em março, outra panicat, CAROL NARIZINHO. Antes, FANI e NATÁLIA, do BBB13. CATARINA MIGLIORINI, a brasileira que leiloou a virgindade, “mostrou tudo pela primeira vez à PLAYBOY”, na edição de janeiro, abrindo a temporada de peladas.
Playboy era chique. Meu pai lia a colecionava. Suas entrevistas eram históricas. Os textos e ilustrações, também.
Nirlando Beirão já foi seu editor. As mulheres eram as divas.
Começou a se perder no rebolado do Tchan, do Axé, virou puxadinho do BBB, e agora não conhece outro universo que não o das panicats.
As do BBB até ganharam a alcunha de “ex-sisters”.
Queimaram o nome da lendária cria de Hugh Hefner, que esteve no front da revolução sexual que, com a contra-cultura, mudou o mundo.
Sair na sua capa virou deboche.
Assessora parlamentar DENISE ROCHA chama atenção na CPI do CACHOEIRA? Teve vídeo de sexo vazado na internet? Tudo bem. Aparece logo logo sorrindo na capa da Playboy.
Assistentes de palco do Ratinho, Luciano Huck, Faustão, figurantes do Zorra Total, funkeiras, deram a dica: a revista abandonava seu leitor cativo, seduzido ainda nos anos 1970, e buscava o público adolescente ligado em programas da TV aberta.
Perdeu, playboy.
June 6, 2013
todo mundo é bandido, mesmo que prove o contrário
A essa altura, muita gente já sabe do “Escritor multado pela CET em vaga para deficiente que ajudou a criar”.
Depois da denúncia aqui no blog [2 posts abaixo] das multas que levei por parar em vagas de deficiente, mesmo tendo o cartão DEFIS em dia, a Prefeitura respondeu ao repórter do ESTADÃO, Caio do Valle, que repercutiu a notícia no jornal impresso:
“O condutor não portava o cartão Defis em área visível no carro”. Ainda segundo o comunicado da Prefeitura, o recurso do escritor à multa não era “uma defesa baseada em formalidades do auto de infração”.
A Prefeitura não disse que levaria em consideração, que checaria nos arquivos da mesma se tenho o cartão Defis em dia, se iria checar o que aconteceu, se o CIDADÃO tem razão, nem AVENTOU a na possibilidade de se desculpar e corrigir possíveis falhas no sistema.
Desqualificou o contribuinte.
Sugeriu que sou um pouco burro, por ter o cartão há 11 anos e não saber onde colocá-lo.
Mesmo depois da terceira multa.
E que o recurso, que segue como descrito na infração, não era uma defesa.
Era o quê, um Sedex de R$ 20 com congratulações pela posse do novo prefeito?
O que interessa ao DSV é desqualificar o cidadão, livrar a pele de funcionários incompetente, e a graninha da multa.
Porque no Brasil de hoje todo mundo é bandido. Mesmo provando o contrário.
Olha a entrevista aí na Rádio Estadão: http://radio.estadao.com.br/audios/audio.php?idGuidSelect=8A74D9BB1EE9410E9B09F7E77A44FD45
June 5, 2013
london, sp
Aqui em Londres a primavera dá as caras: sol com pouco de frio
E os parques continuam os mais bem cuidados da Europa.
Inglês tem tara por jardinagem. São experts…
Até aparelhos de ginástica para cadeirantes instalaram.
Vou ter que deixar a preguiça de lado e dar uma trabalhada nos bíceps, tríceps, deltoides…
Nada disso, meu caro.
Esse parque aí é no coração de São Paulo.
Construído sobre o antigo complexo Casa de Detenção, ou CARANDIRU.
É o PARQUE DA JUVENTUDE, enorme, arborizado, que na entrada tem uma biblioteca sem bibliotecários [o usuário passeia pelas estantes] e uma escola pública de música.
Pelo parque, a molecada toca xilofone, metais, percussão. Tem gente que dança.
O parque vive vazio. O estigma do massacre no presídio afasta as pessoas.
E tem uma estação de metrô na porta.
A energia negativa dos 111 mortos cria fantasmas e fantasias, como a do taxista que me levou, que disse que naquela calçada da entrada escorria sangue.
Na verdade, o PAVILHÃO em que ocorreu o massacre ficava do outro lado, a mais de 1 quilômetro da entrada.
Pessoas acham que o parque está acomodado sobre ruínas e escombros. Que nada. Surpreende a mata fechada, os corredores de terra, a vegetação que pegou.
Só lamento não terem deixado um pavilhão em pé, e nele, um museu.
Era incrível ver as escadas gastas do sobe-e-desce frenético de presos anônimos e notórios.
Muitos amigos meus, pegos com maconha, na década de 1970, ficavam presos nele.
Naquela época, uma ponta dava cana. Entulho da ditadura.
June 4, 2013
bullying municipal – o guardinha preguiçoso
Uma das coisas que me dão prazer secreto: ver carro parado em vaga de deficiente, sem a licença, com uma multa no para-brisa.
Já cheguei a ligar para DSV, chamar guardinhas, dedurar infratores, fotografar e postar em redes sociais.
Quando militávamos e lutamos pela implementação de normas e leis, andávamos com um flyer, que simulava uma multa, procurando educar o mal-educado.
No começo, lá por 1996-1997, a Prefeitura demorou para se mexer. Os guardinhas não sabiam se multavam ou não. Foram treinados.
Rolou entre nossas ONGs de deficientes um plástico, para colarmos nos vidros dos motoristas que desrespeitavam as vagas. Eu achava agressivo demais. Para mim, a advertência constrangia o suficiente.
Eu andava com um bloco na bolsa e vivia colocando a advertência em carros sem licença.
Por experiência própria, mais da metade das vagas de deficiente é ocupada por não deficientes.
A existência delas tem uma explicação geométrica: o cadeirante precisa de mais espaço entre os carros para encaixar sua cadeira de rodas no momento de passar do assento para ela.
Sou o primeiro a ter a licença. Uma homenagem da PREFEITURA, pois fui eu quem deu a ideia e fiz lobby na Prefeitura, depois de morar os EUA e ver como lá funcionava.
Numa cerimônia pomposa na PRAÇA BENEDITO CALIXTO, me deram licença 000001. Agora, com a renovação [a cada 5 anos], meu número subiu.
A licença do Rio não valia em São Paulo, e vice-versa.
Lá fomos nós militarmos mais uma vez. Visitarmos Brasília e acionarmos nossos contatos.
No Governo LULA, ela foi federalizada. Padronizada. Nesse ponto, passamos os EUA: cada Estado lá tem a própria licença, e o cadeirante que viaja passa por um perrengue e tem que visitar o DSV local.
A licença não é fixa, para o carro, mas para o cidadão. Claro.
Se o cadeirante sai com o carro do pai, de um amigo, da namorada, como passageiro, pode parar nas vagas delimitadas. Leva a sua licença e deixa no para-brisa.
Não é o carro que tem o direito, mas o cidadão.
+++
Estranhamente, comecei a ser multado, mesmo tendo a licença.
Não foi uma. Foram 3 vezes. Em vagas que me são familiares. Sim, nos horários em que parei. As placas dos carros que uso estão corretas. Os carros estão no meu nome. A licença, tirada na Prefeitura, idem. Estou lá cadastrado. Não checaram.
Foi na terceira vez que vi o problema.
A viatura, uma DOBLÔ amarela e branca, encostou ao lado do meu carro, numa vaga da AL. TIETÊ, aquela ali do Bar Balcão. Vi o guardinha, porque eu estava na calçada papeando, até acenei para ele e disse: “Esse aí é meu, chefe, tem a licença no para-brisa.”
Tempos depois, a multa chegou. A terceira.
O sujeito não saiu do carro para verificar. Nem chovia, nem estava frio: verão.
Me multou, exercendo seu dever, acomodado numa preguiça municipal!
O mais curioso. Recorri, enviando fotos, cópias do documento, da licença. E perdi.
Bullying municipal, defesa negada.
Preguiça e má vontade. Da máquina cara criada para nos defender.
June 2, 2013
bullying estatal
Nascemos.
Com determinação genética e papel social, como um animal político (Aristóteles). Com signo, ascendente e um mapa que detalha nossa personalidade. Alguns acreditam que um carma nos seguirá a vida toda. Se mamãe ouviu música erudita durante a gravidez, nascemos relaxados.
Mas logo o Estado mostra as garras.
Papai tem que ir ao cartório. Ganhamos um nome. Que pode ser mudado depois. E uma nacionalidade. Poderemos ganhar outra depois. Nos é dada uma certidão da República Federativa do Brasil, na comarca de um Estado. Um escrivão assina o registro civil. O meu se chama Messias Faria.
Messias certificou na folha xis, do livro número A-15, num registro lavrado na data tal, que nasci no dia ípsilon. Assentou que sou do sexo masculino, de cor branca, filho de papai e mamãe. Meus avôs paternos e maternos, que chamarei de vovô e vovó, foram identificados. Os padrinhos, não. E me darão os melhores presentes…
Ganhamos um RG, que em outros Estados não se chama RG. É um número extenso, o primeiro que devemos decorar, com a data de nascimento. Hoje em dia, também nos pedem a data de emissão do RG, e o UF em que foi emitido. Descobrimos que UF é o mesmo que Estado. Além do RG, data de nascimento, nome do pai e da mãe, data de emissão e do UF, precisamos saber também qual foi o órgão emissor. No meu caso, foi a Secretaria de Segurança Pública do UF SP. Ou SSP/SP.
Aos 16 anos, ganhamos o direito de votar e um Título de Eleitor, uma zona e uma seção. Não podemos deixar de votar, nem perder o recibo do tamanho de um bilhete de metrô, o Comprovante de Votação. Aos 18 anos, temos que ir atrás do Certificado de Alistamento Militar. Os rapazes. Mas o que valerá mesmo é o que vem depois, o Certificado de Dispensa da Incorporação, fornecido pelo Ministério do Exército, Marinha ou Aeronáutica. Depois de jurarmos com a mão no peito e diante da Bandeira nosso amor à Pátria. O documento não serve para muita coisa. Ressurge na renovação do Passaporte. Como o Título de Eleitor e os Comprovantes de Votação. Falei para guardá-los.
Nascemos, crescemos, ganhamos direitos, deveres e um CIC, depois foi denominado CPF, número que também deverá ser decorado, com seu dígito, e cobrado no preenchimento de cadastros de compras, como o de uma cafeteira. Muitos perguntarão no futuro: “CPF na nota?” Quem não tinha decorado até então, se viu obrigado.
Decoramos até então a data de nascimento, nomes do pai, da mãe, RG, data de emissão do RG, órgão emissor do RG, UF do RG e CPF. Espera. Faltaram o telefone e o DDD, o endereço e o CEP. Curiosamente, perguntam: “Você sabe o CEP?” Tem gente que não sabe? Birra em decorar outro dado importante da nossa Existência? Preguiça? Mas é o menorzinho dos números…
Começamos a trabalhar. Mais um número e série, da Carteira do Ministério do Trabalho. Que não vale muito. O que vale mesmo, e agora é requisitado em contratos e cadastros, e não conseguimos decorá-lo, por ser enorme, é o da Inscrição no Pasep, que por alguma razão é chamado de PIS.
“Você sabe o PIS?”, nos perguntam.
Nada de pânico.
PIS é Pasep.
O câmbio está favorável, vamos emitir um Passaporte? A cada cinco anos, emitiremos um. Na Polícia Federal. Que além de caçar terroristas, contrabandistas, traficantes internacionais, investigar fraudes bancárias, políticos corruptos em operações de grande destaque, emite o documento que precisamos para conhecer o Mickey o Pateta. Eles querem saber da nossa situação militar, se estamos em dia com o Título de Eleitor. Scaneiam nossas digitais. Até os mindinhos.
O amor chega. Você é flechado pelo cupido, conhece a outra face, a metade da laranja, e se casa.
Ganha uma Certidão de Casamento, identificada no livro xis, folha ípsilon, sob o número tal. Outro Registro Civil, o Assento do Matrimônio. Que, por alguma razão que a lógica da burocracia assim determinou, passa a ter o mesmo valor de uma Certidão de Nascimento. Como se casar fosse um renascimento. O Messias que me registrou vai para o esquecimento. O nome de uma companheira que conheci num xaveco despretensioso num boteco (e escolhi) entra na minha vasta planilha documental com a mesma relevância que papai, mamãe, vovôs e vovós (que não escolhi).
A coisa desanda. Melhor não entrar em detalhes.
O amor acaba, dizem, para simplificar.
Nos separamos. Nos desquitamos. Nos divorciamos.
Ganhamos fossa, desânimo, desconfiança, decepção e um Mandado de Averbação. Que, alegria, pode ser simplesmente equacionado em outro casamento, quando conhecemos outra cara-metade, a terceira face da laranja, e ganhamos outro Registro Civil, o Assento do Matrimônio, que também passa a ter o mesmo valor de uma Certidão de Nascimento, o renascimento, arquivando o baixo astral Mandado de Averbação, que pode ser enviado com a ex para o Azerbaijão, tomar no Baku, a capital, estriquinina.
Além de Física, nos tornamos uma Pessoa Jurídica, com a alma inscrita em Município (CCM), Estado (IE) e num cadastro nacional. Outro número a ser decorado, o CNPJ. Depois da barra, costuma vir zero, zero, zero, um, que alguns dizem “mil ao contrário”.
Placa do carro? Sim, melhor decorar. Pois você pode escutar pelos alto-falantes do shopping, quando for trocar a cafeteira, que veio com defeito, “favor proprietário do carro placa…” Quando anunciam a placa do seu carro por um alto-falante, deu merda. Nunca é uma notícia boa. Você não ganhou um sorteio, nem uma viagem para conhecer o Mickey.
Falei do Renavan, do recibo do IRPF anterior?
O alívio nessa estressante e burocrática Existência vem no final. Sua Certidão de Óbito.
Nem precisa se preocupar.
Dela, não precisa correr atrás, tirar cópias, autenticar, decorar o registro.
O problema não é mais seu, mas dos patetas que ficaram.
May 29, 2013
comissão pessoal da verdade
O jornalista ALUÍZIO PALMAR, carioca que se fixou em FOZ DO IGUAÇU, militou no passado, foi exilado, atuou no Paraná e conhece o caminho das pedras, garimpa pessoalmente os arquivos secretos e abertos dos órgãos da repressão.
Posta tudo na internet num site rico e revelador: http://www.documentosrevelados.com.br/
Nele, você encontra lista de obras censuradas, fotos feitas por agentes, documentos sobre operações ilegais, lista de torturadores, mortos e desaparecidos.
Não basta esperar apenas dos órgãos instalados a apuração da verdade.
Iniciativas pessoais são muito bem-vindas. Aluízio sabe onde e principalmente o que procurar, conhece a história, sabe interpretá-la.
Recebe ajuda de ex-militantes e organizações que combateram a ditadura.
Estão lá o documentário sobre MARIGHELLA, as duas partes do filme O DIA QUE DUROU 21 ANOS e outros.
Há vídeos, áudios e muita coisa que surpreende e ajuda a recontar a história.
Como detalhes sobre a morte de ONOFRE PINTO, documentada, ex-líder da VPR, cujo destino esteve imerso numa nuvem de mistério.
Em cópia, a letra de TIRO AO ÁLVARO, de ADONIRAN BARBOSA, com sugestões de cortes.
Pelo visto, incomodava a censura a licença poética do sambista.
Uma foto do corpo do jornalista VLADIMIR HERZOG, na mesa de autópsia.
Milton Nascimento, Renata Sorrah, Lucélia Santos panfletando e vigiados por agentes escondidos.
Foto do ex-presidente da UNE, LUIS TRAVASSOS, preso e depois exilado.
Foto de dentro da Casa da LAPA onde houve o fuzilamento da liderança do PC do B, que se reunia.
Marcelo Rubens Paiva's Blog
- Marcelo Rubens Paiva's profile
- 279 followers
