Marcelo Rubens Paiva's Blog, page 100

June 25, 2013

June 24, 2013

aborto? não!


 


 



 


Marcha das Vadias é o movimento que mais provoca suspiros e ao mesmo tempo estranheza na conservadora sociedade brasileira.


O Gigante acordou e fez o sinal da cruz.


A tese símbolo dos movimentos progressistas, descriminalizar o ABORTO, não entrou na pauta das manifestações recentes.


A que radicalmente aponta para o estado laico, questiona preceitos machistas e dá direito à mulher decidir pelo próprio destino.


O Brasil é dos poucos países em que aborto é crime.


Ou as mulheres da maioria dos países são assassinas, ou as brasileiras continuam escravas de leis regidas por homens com a Bíblia em punho.


No mapa, onde o aborto é liberado é escuro, onde é crime, rosa.


Estamos bem acompanhados por países alguns africanos, do Oriente Médio e republiquetas de bananas:


 


Olha o que escrevi há dez anos.


Nada mudou.


 


Mensalão do aborto


 


 


Quarta-feira, 28 de setembro, São Vicente (SP). J.E., que pagou R$ 200 por um aborto, passa mal na clínica clandestina. O resgate é chamado e a encontra com parada cardiorrespiratória e sangramento vaginal. A polícia acha lençóis sujos de sangue, medicamentos de uso cirúrgico e instrumental ginecológico. A menina morre horas depois no Centro de Referência em Emergência e Internação. No dia seguinte, quinta-feira, morre de parada cardiorrespiratória na Unidade Básica de Saúde de Indaiatuba (SP) outra garota que, segundo a polícia, passou mal depois de tomar o chá “buchinha do norte” para abortar um feto de dois meses resultado de estupro. Ambas tinham 14 anos.


Até quando o Brasil vai adiar o debate sobre a legalização do aborto? Está parado desde 1991 o Projeto de Lei nº. 1135 de Eduardo Jorge e Sandra Starling, que retira do Código Penal o artigo 124 que criminaliza o aborto. Segundo a relatora Jandira Feghali (PCdoB-RJ): “O aborto é responsável por uma em cada oito mortes maternas, e o acesso a serviços de aborto seguro poderiam evitar entre 20 e 25% de mortes maternas que ocorrem anualmente nos países em desenvolvimento. A taxa de mortalidade materna teve uma redução significativa em alguns países das Américas quando o aborto começou a ser legalizado no inicio da década de 1970. Um ano após a sua legalização em Nova York (1971), a taxa de mortalidade materna havia diminuído 45%. No restante das Américas onde a legislação foi flexibilizada os dados se repetem. Em Cuba houve uma redução de 60%. Lá o Estado assumiu a responsabilidade pelos serviços. Em Porto Rico a prática do aborto é quatro vezes mais segura que a de um parto, e na Guiana, primeiro país da América do Sul a legalizar o aborto, ocorreu uma redução de 65% nas complicações decorrentes do aborto.”


E no Brasil? Dados do Ministério da Saúde: em média 250 mil mulheres são internadas anualmente com complicações decorrentes de abortos clandestinos. Em 1991, o número de curetagens pós-abortamento realizadas na rede pública de saúde ultrapassou 340 mil; 20% em meninas entre 10 e 19 anos. Em 1997, foram 240 mil internações de adolescentes para realização de curetagem.


Pelo substitutivo de Feghali, parado na Comissão de Seguridade Social e Família, devem ser estipulados prazos para a interrupção voluntária da gravidez; 12 semanas para gestantes, 20 quando for fruto de violência sexual. O procedimento deve estar disponível na rede pública e nos serviços prestados por planos de saúde. Só deve haver uma punição para o aborto: quando cometido contra a vontade da gestante. Enquanto não é votado, meninas de 14 anos morrem.


Foi publicada na revista da Associação Médica Americana uma pesquisa da Universidade da Califórnia que prova que o feto não sente dor até os três últimos meses de gestação; apesar de a estrutura cerebral se formar cedo, ela não funciona antes da 28ª. semana.


Em São Paulo, um aborto “cuidadoso” custa R$ 2 mil numa clínica conhecida de um bairro nobre. É o quanto adolescentes da elite pagam. J.E. pagou R$ 200. Faça as contas. Se as 340 mil que fizeram curetagem pós-abortamento na rede pública pagaram, digamos, R$ 200 o aborto, movimentou-se uma “indústria” de, por baixo, R$ 68 milhões. Imagine quanto gera a empreendimento do aborto ilegal no Brasil, e quantos faturam com esse mensalão?


 


*


 


G.F., atriz brasileira, participava de um festival de teatro em Nova York. Passou mal; vomitava sem parar. Mas não sabia falar inglês. Chamou outra atriz, Rô, que ligou para 911. Explicou a situação à atendente, que, treinada, sugeriu um teste de gravidez e deu o telefone do posto de saúde próximo. O teste deu positivo. Rô ligou para a clínica. Marcaram o aborto para o dia seguinte de manhã. As duas foram atendidas por assistentes sociais, que não pediram vistos. G.F. assinou papéis se responsabilizando. O aborto foi feito gratuitamente. À tarde, Rô foi pegar G.F. na clínica. Voltaram andando para o hotel.


M.S., casada com um estudante de doutorado em Berlim, engravidou. Viviam de dinheiro de bolsa financiada pelo governo brasileiro; impossível montar uma família com aquela grana. Ela procurou uma clínica do Estado. Foi obrigada a assistir a alguns vídeos sobre reprodução. Fez o aborto gratuitamente. Hoje, M.S. continua casada com o agora doutor, com quem tem três filhos.


M.P., universitário, morava em república e namorava uma ex-colega de escola que morava em outra cidade. Tinham 17 anos. Paixão. Ela engravidou. Bobearam. Num fim de semana na praia, a lua estava demais, rolou, escapou. A família dela era muito conservadora. Ele pesquisou, queria o melhor para a namorada, descobriu que havia tipos diferentes de aborto, queria o mais seguro, caríssimo, ele não teria dinheiro para pagar, mas tranquilizava a namorada. Corria contra o tempo. Vendeu um violão, uma bicicleta velha. Não dava. Finalmente, pediu para a sua mãe; explicou o propósito do empréstimo. Ela deu o dinheiro. Avisaram a família dela que iriam viajar. Foram à clínica. O garoto ficou apavorado quando ela entrou com a enfermeira. Esperou seis horas num sofá. Levou-a para casa da mãe dele. Ele não dormiu, preocupado, segurando na mãozinha dela. Isso foi há quase 30 anos. Ela está ótima, casou-se três vezes, teve quatro filhos. Sim, M.P. sou eu.

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Published on June 24, 2013 13:22

June 20, 2013

fazer política não é nada fácil

 


 



MARCHA DE DEFICIENTES NA PAULISTA [2009]


 


Alguns militantes de sofá agora sugerem outras bandeiras, para aproveitar a onda de protestos e a mobilização gerada pela insatisfação.


Cuidado: o próximo protesto será para protestar contra aqueles que estão sugerindo protestos e listando possíveis reivindicações.


O OCCUPY ME existe há mais de dez anos, está organizado em mais de 50 países, tem objetivos, metas, métodos, estrutura desenhada em assembleias gerais.


O MPL [Movimento Passe Livre] existe há 8 anos.


Milita desde o Fórum Social de Porto Alegre, tem aliados espalhados pelo Brasil, site, recebe doações.


Se você quer defender uma bandeira, lutar por uma causa que acredita ser justa, não pegue carona.


As redes sociais ajudam a mobilização, mas uma coisa não muda: o povo na rua é quem combate.


Comece então hoje mesmo a organizar o seu movimento.


Encontre aliados, organize uma agenda, pesquise.


Muito feio aquele que se aproveita da estrutura alheia.


Eu já tive uma ONG de deficientes, o CVI, que tinha presidente, tesoureiro, até estatuto.


Dava trabalho, gastávamos dinheiro do próprio bolso, mas nos fazia bem.


Fazer política não é nada fácil.


Mas dá certo.


Muitas coisas no Brasil que se referem a direitos e acesso da pessoa deficiente nasceram dessa ONG, que teve estômago para fazer desde reuniões com secretários e prefeitos corruptos, sentar à mesa de demagogos populistas, a marchar pela Paulista.


Como diz o slogan que marcou este mês agitado: UM POVO MUDO NÃO MUDA UM PAÍS.

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Published on June 20, 2013 07:48

June 19, 2013

movimento para proibir os carros


A sobrinha de 20 anos não está à toa na vida.


Pertencer a uma geração sem bandeiras, que os mais velhos, grupo social e etário que antigamente chamávamos de coroas, desdenham? Que nada.


Participou da Parada Gay, Marcha da Maconha, Marcha das Vadias, Veta Dilma, Existe Amor Em SP, apoia o Femen e Fora Pastor Feliciano.


Seu sobrenome nas redes sociais virou Guarany Kayowá, fato que demorou para ser digerido pelos mais velhos da família.


Musa da juventude socialista e constantemente assediada para se filiar ao PSOL, PCO e PSTU, é contra o capitalismo.


E contra o jogo viciado de alianças escusas do PT com a burguesia. Mas desconfia que alguns garotos da juventude socialista só quer ir pra cama com ela. Dão indícios de um comportamento pequeno-burguês que vê a mulher como objeto. Só de birra, ficou com uma mina do MST na última festa da Caros Amigos.


O Movimento Passe Livre é sua atual prioridade.


Já foi careca, já usou dreadlocks. Já namorou um skatista que levava três horas para vê-la, pois atravessava a cidade num trem, dois bumbas, um metrô e uma van clandestina. Namorou uma menina diretora de teatro da Praça Roosevelt, um puxador de samba, o dono de um sebo, de bar da Vila Madalena e um chefe de cozinha de um restaurante catalão.


Hoje em dia, ela veste a mesma roupa que a mãe e as tias vestiam décadas atrás.


Você assistiu ao filme Depois de Maio (Olivier Assayas)? Se passa, mais precisamente, em 1971. O figurino dela é o mesmo. A sobrinha se veste como nos vestíamos quando combatíamos a ditadura, a censura, a caretice, Flávio Cavalcanti, a galera “disco”, o tabu da virgindade e a ressaca de bebidas paraguaias. Os sapatos, colares, adornos, pulseiras, são os mesmos. A touca, o poncho e a bolsa, aquela de alça, confeccionados por nossos irmãos camponeses do Peru, sufocados por cinco séculos de dominação imperialista, como nós, são os mesmos.


A riquinha da atual novela das nove teve um surto hipster e também passou a usar as mesmas roupas, depois de conhecer Matchu Picchu, no primeiro capítulo. A sobrinha ficou curiosa. Aparecerão milhares de mulheres pelas ruas se vestindo como ela, depois que a TV fosse inundada por anúncios de batas e pantalonas a R$ 19,99? Não. A patricinha da novela voltou ao Brasil no segundo capítulo e deixou seu lapso, dilemas sociais e o namorado mezzo peruano para trás, para assumir os negócios da família. Especialmente depois do papai bloquear seu cartão de crédito, enquanto ela e o hiporonga vagavam livremente pelos Andes.


Quando deixamos de usar bolsas de alças largas, que desciam até o quadril, que prendíamos com a mão ao correr da polícia, por mochilas de nylon de marcas esportivas imperialistas que escravizam trabalhadores orientais, danificam a lombar e transformam o andar de uma geração semelhante ao esforço de um garimpeiro de Serra Pelada com o suingue de um estivador?


A sobrinha estava exaltada no encontro familiar de ontem.


Porque todos os protestos de que ela participa são tachados de badernas, seus colegas, de vândalos, porque os manifestantes são processados por formação de quadrilha e tratados como marginais, quando deveriam ter o status de preso político. A imprensa burguesa, disse ela, apontando para o tio jornalista esportivo, nem debate nossa reivindicação, apenas reclama que atrapalhamos o trânsito! O trânsito só acaba com transporte público! Agora que a polícia se excedeu, vocês nos levam a sério.


O que causou alvoroço na sobremesa, pois minha prima ficou terça-feira presa duas horas na Marginal, trazendo minha tia da hidroginástica, onde foi cuidar da atrite, enquanto 200 manifestantes queimaram cones e travaram a pista expressa, para reivindicar a redução de 20 centavos na tarifa de ônibus:


“Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar!”


Querem transporte público, mas depredam estações de metrô?, reclamou a prima.


“Ela se casou com um índio?”, perguntou a tia com problemas de vista e audição.


“Não. É um protesto”, respondeu outra.


“Contra o aumento da passagem?”


“Outro.”


O debate se estendeu.


20 centavos?


Meu movimento é Por Uma Vida Sem Catracas, quer a tarifa zero. Ônibus grátis para toda a população? Mas isso não existe! Em Talinn existe. Mas Talinn é menor do que a Móoca, disse o jornalista esportivo da imprensa burguesa. Em Sidney existe. Em Agudos, Porto Real, Ivaiporã. Até Paulínia já teve tarifa zero. Isso custaria seis bilhões aos cofres públicos, calculou o tio ligado em finanças públicas.


“Transporte é um direito fundamental, como educação e saúde. Tarifa zero é a maneira de assegurar o direito de ir e vir da população e pode ser feita por um Fundo de Transportes. Quem pode mais, paga mais, quem pode menos, paga menos, e quem não pode, não paga. Aumentem o IPTU de bancos, mansões, hotéis, shoppings. Que setores mais ricos das cidades contribuam para existência de um sistema de transportes verdadeiramente público, gratuito e de qualidade, acessível a toda população, sem exclusão social”, disse, como se estivesse no vão livre do MASP.


“Então avise quando tiver outro protesto, que não quero ficar presa num congestionamento monstro!”, gritou a prima.


A sobrinha Guarany Kayowá, que é contra a construção da Usina Belo Monte, anda tensa.


Ninguém a entende.


Nem esperou o café.


Pegou a bolsa peruana comprada de um ambulante boliviano do Brás, onde nasceram as tias e avó, ao lado da Móoca, e foi pro quarto, para encontrar aliados nas redes sociais.


Não ouviu a avó sugerir, com um picolé na mão:


“Deviam proibir os carros!”

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Published on June 19, 2013 15:46

remédio que cura gay

Projeto de autoria do deputado da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos (PSDB-GO), pede extinção de dois artigos de uma resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia:


1. Que impede a atuação dos profissionais da psicologia para tratar homossexuais.


2. Que proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente e determina que psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais.


O deputado é tucano!


A indústria farmacêutica se debruçará sobre a proposta da Comissão de Direitos Humanos das Câmara para se curarem gays?


A psicanalise entrará em ação?


A biogenética?


 


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Published on June 19, 2013 07:45

June 18, 2013

marchar faz bem


 


Cuidado agora com os oportunistas. Nada de culto à personalidade, herança da velha política.


Esqueça a musa, a menina da UNE, ou o menino do MPL.


A nova forma de se organizar tem por característica a negação de liderança.


Acorda: o movimento é político. Mas o discurso que permeia é o de um movimento não-partidário.


A grande novidade do movimento que parou o Brasil, surpreende o mundo, e que tem gerado espanto na também velha imprensa, é que não há uma clara liderança política, nem objetivos específicos e plausíveis.


A bandeira não é uma só.


A ideia do movimento é não haver uma liderança que direcione para uma rota só.


Está todo mundo descontente, e essa é a razão que trouxe todos às passeatas.


Mais do que sair com a conquista de uma pauta precisa, a grande vitória política do movimento é que cada um vai às ruas representar a si mesmo, com diferentes anseios e demandas.


Sem se sentir representado por um outro, como na atual e questionável democracia, o que o movimento está fazendo é o exercício do ideal da democracia deliberativa.


Cada um vai à praça pública colocar as suas demandas pessoais em público. E essa é a beleza do movimento.


É como se a gente tivesse vendo acontecer a tal razão comunicativa habermasiana.


É toda a ideia do OCCUPY, que só agora se populariza no Brasil.


O gigante acordou?


Depois de toda a promessa brasileira, sexta ou sétima maior economia do mundo, de ampla diminuição da desigualdade social, todo mundo percebeu que a vida não mudou tanto assim, que a riqueza escoa pelos ralos da corrupção e ineficácia, que o poder de compra está muito aquém do valor das coisas, e consequentemente a qualidade de vida não correspondeu às expectativas de um gigante adormecido.


É uma onda se formando, um novo formato de se ver/ter consciência como agente politico. Não sabemos ainda aonde isso vai dar, e nem se são possíveis conquistas políticas e sociais verdadeiras sem liderança.


O que não faz com que o movimento seja menos legítimo, ou que tenha seu mérito diminuído. O fato comum é que está ocorrendo em muitos países do mundo contemporâneo e deve assim ser apreciado.


Turquia e Brasil: movimentos diferentes, com muitas coisa em comum.


As demandas são outras, mas o formato de organização (e do protesto) é o mesmo.


Não tente entender pela (i)lógica do jogo político partidário.


Nem pelos manuais da velha esquerda.


Ninguém mais quer ser liderado.


Esqueça o pragmatismo. Marchar faz bem.

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Published on June 18, 2013 08:35

June 17, 2013

formação de quadrilha hoje em pinheiros

Policiais que atiraram balas de borracha, distribuíram borrachada, atropelaram jornalistas, cegaram cinegrafistas, tiraram as identificações das fardas, foram flagrados depredando o próprio patrimônio para simular agressão, são identificáveis por fotos e registros, em tempos de manifestação barra Instagram.


Impunidade alimenta a loucura militar e a inconsequência da Tropa de Choque.


Prova de que a PM está perdida e sem comando ficou patente quando acusou manifestantes dos recentes protestos por FORMAÇÃO DE QUADRILHA.


Muitos presos nem se conheciam.


Pensando nisso, um grupo de manifestantes criou um evento hoje, na Praça dos Omaguás, em frente a FNAC Pinheiros): A FORMAÇÃO DE UMA VERDADEIRA QUADRILHA.


“Venham a caráter! Vamos transformar o Largo da Batata em um enorme caminho da roça!”


E assim convida [http://www.facebook.com/events/148576718666728/]:


Damas e cavalheiros,


O povo acordou e tomou as ruas! A polícia respondeu de forma truculenta, com bombas de gás, balas de borracha e detenções arbitrárias.


Dentre os vários detidos, alguns foram indiciados por FORMAÇÃO DE QUADRILHA. Em resposta às ações desmedidas da PM, que insiste em agir de modo extremamente violento, que insiste em transformar em palco de guerra um ato predominantemente pacífico, que insiste em enfraquecer o movimento na base da porrada, que insiste em deslegitimar os levantes sociais com detenções absurdas, que insiste em coibir o direito de ir às ruas protestar:


VAMOS FORMAR UMA GRANDE QUADRILHA!


É TEMPO DE ARRAIÁ NO LARGO DA BATATA!


Olha o vândalo!!! É mentira!!!


Olha a baderna!!! É mentira!!!


Olha a destruição do patrimônio público!!! É mentira!!!


Olha o transporte público de qualidade!!! É mentira!!!


Anarriê!

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Published on June 17, 2013 07:07

June 16, 2013

manual dos indignados – tudo que você precisa saber sobre protestos

O movimento Occupy São Paulo faz um alerta [http://www.facebook.com/occupysaopaulo/posts/565061240210574]


TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O QUINTO ATO.


Guia completo de como protestar e ajudar de casa, se comportar no protesto, orientações Jurídicas, evento Oficial e contato com a Coordenação, material e Suporte Técnico, como lidar com gás lacrimogêneo e bombas, primeiros socorros (pré-durante-pós).


Lista os eventos no Brasil e fora. 


DÁ ORIENTAÇÕES JURÍDICAS PARA QUEM FOR NA MANIFESTAÇÃO. SUGERE GRITOS DE GUERRA e CARTAZES.


Abaixo, dicas para quem quer protestar dentro de casa ou nas ruas:


[5 MANEIRA DE AJUDAR SEM SAIR DE CASA!]


1. Abra seu Wi-Fi

Se você mora ou trabalha perto das áreas de manifestação libere o sinal do seu Wi-Fi. Com mais conexão os protestantes são capaz de informar melhor e subir seus registros e trocar mensagens.


2. Bandeira branca na janela


Coloque uma bandeira branca na sua janela e participe do movimento VEM PRA JANELA.


3. Proteja os manifestantes


Separe alguns panos com vinagre e garrafinhas de água, e converse com seu porteiro para abrigar gente fugindo dos protestos se a violência começar. PMs agrediram diversas pessoas tentando fugir da confusão encurralados na porta de prédios – a grande maioria presente não tem interesse em participar de violência. Proteja-os se puder.


4. Registre tudo que ouve e vê


Sendo uma peça presente, registre seus arredores e participe da troca de informações sobre os protestos. Utilize as tags do evento e informe seus contatos de tudo que está acontecendo – sua presença virtual é tão importante quanto sua presença física.


5. Compartilhar é participar!


Diversas informações podem ser cruciais na hora de ajudar quem esta nas ruas. Durante o protesto do dia 13, os manifestantes souberam com alguma antecedência sobre a presença do batalhão de choque da polícia escondido, e puderam tentar minimizar a os ataques. Também foi através da internet e facebook que informações sobre pontos de suporte médico chegaram as ruas. Esteja preparando com todo seu poder de cidadão da internet pra ajudar!


[15 DICAS PARA QUEM VAI AS RUAS PROTESTAR]


15 dicas pra quem vai participar de protestos


1. Use roupas impermeáveis


Se você tiver casacos ou peças impermeáveis em casa, eles são perfeitos contra o famoso gás lacrimogêneo. O algodão absorve o gás e os químicos ficam em contato com a pele por mais tempo.


2. Tome Banho


Sim, vá para a manifestação bem limpinho. Isso porque a oleosidade da pele também ajuda a fixar o gás lacrimogêneo.


3. Não fotografe o rosto dos líderes manifestantes


Os organizadores do movimento pedem que fotógrafos e jornalistas não ajudem a polícia a identificar membros dos protestos. Essas pessoas, após identificadas, podem ser perseguidas ou presas injustamente.


4. Cinegrafista, mantenha distância!


A cobertura da mídia tradicional brasileira está deslegitimando o processo e dando importância apenas a cenas de violência. Se você tem uma câmera, faça imagens do que realmente está acontecendo. Mas proteja-se em um lugar tranquilo e longe da confusão. No meio do protesto, você corre o risco de ser reprimido pela Polícia Militar.


5. Ande em grupo


Vídeos postados nas redes sociais mostraram grupos de policiais espancando pessoas que estavam sozinhas. O melhor é estar sempre acompanhado por um grupo.


6. Óculos de Natação


O óculos é barato – pode ser encontrado por R$ 2 em lojas de artigos esportivos – e protege os seus olhos do gás lacrimogêneo. Não use lentes de contato! Elas retêm o gás nos seus olhos.


7. Máscara de Pintor


Esta é mais uma opção barata para se proteger contra o gás lacrimogêneo. Bandanas e lenços também ajudam. Acrescente vinagre diluído em água e, se puder, leve um Cebion para colocar na boca.


8. Nunca esfregue os olhos!


Para desinfetá-los contra o gás, vire a cabeça lateralmente, jogue água corrente e deixe-a escorrer do olho para fora, em um olho de cada vez. A amônia corta o efeito do gás lacrimogêneo – vinagre contém amônia (misture meio litro de vinagre em meio litro de água pra lavar o rosto) ou Cebion.


9. Sapatos confortáveis


No último ato, foram 5 horas de caminhada. Vá preparado.


10. Se você não for participar, evite a região onde o ato vai acontecer


Você não precisa ser contra nem a favor. Se não vai participar, o melhor é evitar a região do protesto. A população está saindo nas ruas para reivindicar um direito básico. Não seja o chato que reclama porque chegou 2 horas mais tarde em casa. O ato em São Paulo acontece na próxima segunda-feira 17.


11. Registre os abusos


Diversos casos de violência e abusos só vieram a tona por que haviam registros feitos por telefones e câmeras. Utilizem as armas que vocês tem para gravar todo tipo de violência e excessos.


12. Informe e esteja informado


Mantenha seu círculo de contatos atualizado do que está acontecendo com você, em caso de ser preso ou estar machucado, alguém pode ir ao seu encontro e te ajudar. Caso você precise o momenti Habeas Corpus tem uma legião de advogados prontos pra defender seus direitos civis:https://www.facebook.com/events/557049844337828/


13. Descubra quais os pontos de apoio


Durante o último evento a Matilha Cultural prestou suporte médico aos manifestantes. Procure se informar onde estão os novos pontos de apoio, isso pode salvar a vida de alguém.


14. Seja pacífico.


Lute mas não recorra a violência. Se houverem manifestações de violência, filme e reporte. Se afaste dos ambientes onde está acontecendo combate, depredações e conflito. Essas ações invalidam e deturpam o valor da manifestação. No lugar disso, leve seu cartaz e prepara a voz pra gritar. Em caso de agressão policial com balas de borracha, deite no chão.


15. Leve seu vinagre.


Por que (ainda) não é crime.


[ORIENTAÇÕES JURÍDICAS PARA QUEM FOR NA MANIFESTAÇÃO]


1. A polícia PODE te deter, por alguns minutos, para “averiguação”. Ou seja, para verificar se você está carregando bombas, armas, drogas, etc. A polícia NÃO PODE te prender para averiguação, te jogar em um camburão, e te levar para a delegacia;


2. Se você for pego cometendo algum crime (independente das razões para isso), você poderá ser preso. Se você estiver portando drogas, bombas, armas, ou estiver depredando o patrimônio público, a polícia PODE te prender e te levar para a delegacia;


3. Você tem o direito de permanecer calado diante de qualquer pergunta, de qualquer autoridade. Você também tem direito, na delegacia, de contar com o auxílio de um advogado. Se você for preso, levado para a delegacia, e quiserem tomar o seu depoimento, EXIJA um advogado presente. Se não permitirem a presença de um, dê como declaração o seguinte: “PERMANECEREI EM SILÊNCIO, PORQUE ME FOI NEGADO O DIREITO DE TER UM ADVOGADO ACOMPANHANDO ESTE ATO”. Isso tem que ficar documentado no papel. Se o delegado ou o agente da polícia civil se negar a colocar isso no papel, NÃO ASSINE NADA!


4. Na delegacia, LEIA TUDO ANTES DE ASSINAR! Se o que estiver escrito não for a realidade, ou se você não disse alguma coisa que está escrita, NÃO ASSINE;


5. Se você for preso, não adianta discutir com o policial. Não reaja. Anote o nome de todos. Grave-os na sua memória. Se você vir alguém sendo preso, FILME! E, se souber o nome de quem está sendo preso, colete outros nomes ao redor, com telefone para contato, que poderão no futuro servir de testemunhas. Após, entre em contato com a pessoa que foi presa e repasse as informações.


6. Qualquer revista da polícia, em você ou em mochilas, DEVE SER FEITA NA PRESENÇA DE TODOS. A polícia NÃO PODE pegar a sua mochila e ir verificá-la longe dos olhos de todos.


7. Se você estiver machucado, EXIJA ATENDIMENTO MÉDICO IMEDIATO, mesmo antes de ir para a delegacia. A sua saúde deve ser mais importante do que a sua prisão.


8. Alguém foi preso ou está precisando de auxílio de algum advogado, entre em contato pela página “Habeas Corpus Movimento Passe Livre Manifestação 17/6”. Já somos mais de 4000 dispostos a te ajudar, gratuitamente.


9. E o mais importante: viu alguém sofrendo qualquer tipo de abuso? FILME! A polícia levou a mochila para revistar, sem o acompanhamento de ninguém? FILME! Viu alguém sendo preso por portar coisas legais, como vinagre ou máscaras, FILME! Anote o nome dos policiais que abusarem. Se ele não estiver portando alguma identificação, TIRE UMA FOTO! Com esses dados é possível a responsabilização do Estado e do policial que cometer os abusos.


[MATERIAL GRÁFICO]


Precisa de material gráfico (panfletos, cartazes) pra manifestação? O Estúdio Meli Melo está apoiando as manifestações e imprimindo de graças peças enviadas por nós para serem distribuídas no dia do evento. Entre em contato!

-> https://www.facebook.com/MeliMeloPress


Fique de olho também nos cartazes e imagens rolando no Facebook e compartilhe bastante o evento oficial:https://www.facebook.com/events/388686977904556/ e participe do AVAAZ para ser entregue ao prefeito pelo movimento Passe Livre.


[GRITOS DE GUERRA e CARTAZES]


Isso, já estamos preparando o coro e os cartazes, idéias aqui: https://www.facebook.com/events/388686977904556/388767097896544/?notif_t=event_mall_comment


[COORDENAÇÃO DOS PROTESTOS]


Movimento Passe Livre SP (MPL-SP):http://saopaulo.mpl.org.br/

mais informações sobre transporte: http://tarifazero.org/


[SOBRE GÁS LACRIMOGÊNEO E BOMBAS DE EFEITO MORAL]


QUEM DEVERIA EVITAR O SPRAY: aqueles com asma, problemas respiratórios ou infecciosos; mulheres grávidas; mulheres que pretendem engravidar; qualquer pessoa doente ou com um sístema imunológico baixo; infecção nos olhos; quem usa lentes de contato; crianças.


PREOCUPAÇÕES QUE DEVEM SER RELACIONADAS AO SPRAY: já que o spray de pimenta deve ser jogado de uma distância curta, a policia poderá tentar remover seus óculos de proteção ou sua máscara.


A reação aos químicos será beneficiada se houver alguma irritação na pele, como ACNE ou ECZEMA severa.


As LENTES DE CONTATO prendem os gazes irritantes e os componentes químicos, podendo aumentar os danos e as irritações causados por eles. Consiga óculos de grau e avise aos outros para não usar lentes de contatos.


ASMÁTICOS deverão trazer a suas bombinhas.


A primeira e mais importante coisa que deve ser lembrada é: RELAXE! Se você estiver tranquilo, tiver suplementos necessários e conhecimento, não irá precisar de assistência médica. Medo e confusão pioram tudo.


[PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE VIOLÊNCIA]


NÃO USE brincos, piercings, colares, gravatas, etc.


VISTA-SE DE ACORDO COM A TEMPERATURA: quanto mais você cobrir o seu corpo, mais você estará protegido. Casacos de chuva ou tecidos à prova d’água, lavados com sabão neutro, não irão absorver os químicos (ao contrário do cotton ou algodão). Cubra pulsos, tornozelos e pescoço.


POR FAVOR, TENHA CERTEZA DE QUE O SEU GRUPO DE AFINIDADE E A EQUIPE DE AJUDA LEGAL SAIBAM DE SUAS NECESSIDADES, PARA QUE POSSAM AJUDÁ-LO E ORIENTÁ-LO. Isso significa ter alguém ao lado consciente de alguma condição médica sua preparado para te dar apoio.


CUBRA TAMBÉM OS CABELOS com algo que seja à prova d’água: sacola plástica, touca de banho, capacete, etc.Use tênis ou botas confortáveis, que sirvam para correr. Leve calça e blusa extras, guardados na mochila, para você trocar as roupas contaminadas.


BANDANAS encharcadas em vinagre substituem a máscara de gás aliviando a garganta e o nariz. Mantenha-na guardada numa sacola plástica com zíper.


LANCHES ENERGÉTICOS:

Leve, tanto faz se em líquido ou barras (lembre-se que você vai ficar o dia todo na rua).


O QUE VOCÊ NÃO DEVE PASSAR NA PELE:

Vaselina, detergente, hidratantes, maquilagem, protetor solar que contém óleo, ou qualquer coisa ácida irá causar reações fortes. Não use vaselina ou óleo de mamona como proteção!!!


[PRIMEIROS SOCORROS DURANTE A AÇÃO]


Fique calmo e concentrado.


Quando o seu corpo aquece (por correr ou devido ao pânico), a irritação por spray de pimenta poderá aumentar. A principal razão disto acontecer é porque os seus poros irão abrir, permitindo a maior absorção dos químicos.


Fuja para um local seguro com ar puro, onde pessoas que não foram expostas poderão ajudá-lo ou garantir a sua segurança enquanto você se cuida.


Rosto em direção ao vento, olhos abertos, levante os braços e caminhe, permitindo que o ar puro te descontamine. Respire profundo e devagar.


Não toque seus olhos ou rosto, porque você poderá se re-contaminar.


Assopre o nariz e cuspa, isto ajudará a eliminar os químicos.


Se sua pele estiver molhada de spray de pimenta, limpe-a com roupa que não foi contaminada. Se você espalhar o óleo químico pela pele, aumentará a dor.


Antes de tratar alguém, peça-lhe permissão! Então explique para ele (a) o que você fará, antes de fazê-lo.


Use luvas limpas (evita contaminação das duas partes) e proteção para os olhos, para não acabar impossibilitado de ajudar os outros e precisar, também, de tratamento.


Logo depois da contaminação, você pode passar algum óleo mineral e em seguida um algodão com álcool na pele contaminada. Isto irá aliviar a dor (esle procedimento só funciona se for feito logo após a contaminação).


Molhe a região dos olhos que foi contaminada espirrando a água em direção ao chão. Desta forma, ela não irá contaminar a pele limpa, roupas ou cabelos.


GUARDE AS ROUPAS CONTAMINADAS EM UMA SACOLA.


[PRIMEIROS SOCORROS DEPOIS DA AÇÃO]


Se descontamine com um banho frio. Isto mantém os poros fechados prevenindo que os químicos entrem pela pele.


Coloque a roupa contaminada para arejar.


Fique sabendo que, se você entrar em uma sala com roupas, cabelo e pele contaminados por químicos, você irá contaminar toda a sala.


Um lugar contaminado pode ficar com um mal cheiro forte por semanas.


Se possível, troque de roupa antes de entrar em locais fechados.


Coloque as roupas contaminadas numa sacola e tire todo o ar. Lacre, para que os gazes se difundam lentamente. Se você quiser a suas roupas de volte, marque a sacola com um nome.


[PEQUENOS SANGRAMENTOS]


NASAL – inclinar (abaixar) a cabeça para frente; pedir para a vítima cuspir todo o sangue da boca e respirar pela boca; fazer pinçamento do nariz, logo abaixo do osso, na cartilagem, por 10 min; soltar devagar. Se continuar sangrando, enfie um pedaço de algodão ou pano no nariz e continue o pinçamento por mais 10 min.


CORTES – expor o ferimento; fazer compressão direta sobre a hemorragia; com um pano limpo comprimir em cima do ferimento elevá-lo ao nível do coração; quando o pano estiver cheio de sangue, colocar outro por cima.


VASO EXPOSTO – fazer o pinçamento dos vasos.


OBJETO TRANSFIXADO – mantê-lo fixo colocando algum pano em volta; colocar um objeto leve tapando o que está transfixado; prender com uma fita; pôr um pano em cima e prender com uma faixa.


FERIMENTOS GRAVES – providenciar socorro médico e hospitalar.


[OUTRAS CIDADES PARTICIPANDO DOS PROTESTOS]


Rio https://www.facebook.com/events/535972753126253/

Blumenau https://www.facebook.com/events/557996044239846/

Florianópolis https://www.facebook.com/events/114739575402227/

Maceió: https://www.facebook.com/events/1389023891309085/

São José dos C https://www.facebook.com/events/201541853330221/

Joinville: https://www.facebook.com/events/491936634209753/

Brasília: https://www.facebook.com/events/463255290434058/

Viçosa: https://www.facebook.com/events/395498297229496/

Manaus: https://www.facebook.com/events/310842239048709/

Natal: https://www.facebook.com/events/406311496150883/

São Paulo: http://www.facebook.com/events/388686977904556/

Porto Alegre: https://www.facebook.com/events/183882525105139/

Santarém: https://www.facebook.com/events/409783819137155/

Santos: https://www.facebook.com/events/135933803276168/

João Pessoa: https://www.facebook.com/events/679269142099113/

Foz do Iguaçu: https://www.facebook.com/events/481243278624089/

Uberlândia: https://www.facebook.com/events/527918607267757/

Bauru: https://www.facebook.com/events/118400468368966/

Maranhão: https://www.facebook.com/events/131262777075205/

BH: https://www.facebook.com/events/181900998638964/

Goiânia: https://www.facebook.com/events/464284696999198/

Piracicaba: https://www.facebook.com/events/425796080851120/

Florianópolis: https://www.facebook.com/events/114739575402227/

Duque de Caxias: https://www.facebook.com/events/504106012976017/

Belém: https://www.facebook.com/events/507814239274208/

Recife: https://www.facebook.com/events/169468283223991/

Juiz de Fora: https://www.facebook.com/events/558872177497414/

Curitiba: https://www.facebook.com/events/112475535594285/


[OUTROS PAÍSES PARTICIPANDO DOS PROTESTOS]


PARIS https://www.facebook.com/events/147318595459350/

VALENCIA: https://www.facebook.com/events/136456916554894/

MADRID: https://www.facebook.com/events/625940557418200/

LONDRES: https://www.facebook.com/events/183382041822867/

LISBOA: https://www.facebook.com/events/131690073703767/

BERLIM: https://www.facebook.com/events/165396716966531/

TURIM: https://www.facebook.com/events/261371487339249/

COIMBRA:https://www.facebook.com/events/200661703420881/

DEN HAAG https://www.facebook.com/events/363696367086327/

PORTO: http://www.facebook.com/events/645859998777392/

BARCELONA https://www.facebook.com/events/202433683240284/

DUBLIN: https://www.facebook.com/events/268625579944061/

MUNIQUE https://www.facebook.com/events/367062640060027/

LA CORUNA https://www.facebook.com/events/506258462756431/

BRUXELAS https://www.facebook.com/events/594266403939531/

BOLOGNA https://www.facebook.com/events/468817986538368/

FRANKFURT https://www.facebook.com/events/175117009324268/

HAMBURG https://www.facebook.com/events/341611152632858/

BOSTON https://www.facebook.com/events/238595646265111/

CHICAGO https://www.facebook.com/events/474892132587144/

NOVA YORK https://www.facebook.com/events/464704513623013

TORONTO https://www.facebook.com/events/128677670672718/

MONTREAL: https://www.facebook.com/events/185780441587055/

VANCOUVER: https://www.facebook.com/events/186329608197344/

EDMONTON: https://www.facebook.com/events/153694814817084/

CIDADE DO MEXICO: https://www.facebook.com/events/163069633872720

BUENOS AIRES: https://www.facebook.com/events/193499234142111/

TOKYO: https://www.facebook.com/events/609751042382657/

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Published on June 16, 2013 10:08

muito mais do que 20 centavos

 


 


Se engana quem acredita que a cidade parou por apenas 20 centavos. Embora 20 centavos faça a diferença para milhões.


Na manifestação do Movimento Passe Livre de terça-feira, a unanimidade foi chamar todo cidadão que protestou de vândalo e baderneiro.


As duas mais importantes autoridades da cidade estavam juntas em Paris, o governador do PSDB, Geraldo Alckmin, e o prefeito do PT, Fernando Haddad, com o vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, numa surpreendente aliança com aspecto de grandeza e alucinada: sorridentes, esqueceram as divergências e tentaram vender mais uma vez o Brasil para outro grande evento internacional, enquanto as obras da Copa das Confederações não estão prontas, e as obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo nem começaram.


Na França, apresentaram o projeto de São Paulo à Expo 2020, uma prova de que o Poder vive num delírio megalomaníaco, ao passo que, quem leva duas horas por dia para ir trabalhar, três para voltar, em ônibus entupidos e caros, enfrenta 200 km de congestionamento, vive a realidade.


A manifestação nesses dias em São Paulo e outras capitais ganhou o caráter que deveria.


Não se trata apenas de centavos a menos na passagem do ônibus, mas de uma revolta coletiva contra um Estado que trata o indivíduo como um estorvo: o inimigo.


Estado que, ao invés de solucionar os problemas da violência, aterroriza. Que pensa para fora, não para dentro. Que gasta em estádios, não em metrô.


E mais uma vez, a Polícia Militar, o braço armado que garante o Poder aos incompetentes, e os blinda contra as revoltas, faz o trabalho que nem sequer o melhor dos marqueteiros conseguiria: une a sociedade, dentro e fora do Brasil, física e virtual, contra a violência de quem deve combatê-la e ganha para isso.


Viu-se uma PM tomar o Poder. Impedir que manifestantes ocupassem a avenida, ocupando-a. Abrir fogo contra inocentes e jornalistas. Tipificar uma manifestação política como formação de quadrilha.


Não é mais o aumento da passagem a bandeira. Alguns cartazes escritos à mão deram o tom.


“O povo não deve temer o governo, o governo deve temer o povo”.


“Uma cidade muda não muda”.


“Desculpe o transtorno, estamos mudando o País”.


Pela TV, assistimos a anarquia militar. Motos tocavam pedestres como gado em frente à FIESP. PMs atiravam a esmo. Encurralavam jovens de braços erguidos, rendidos.


Pelas redes sociais, minuto a minuto, informes, imagens e relatos.


Apresentadores de TV perdidos, desinformavam e confundiam.


Luiz Datena, da BAND, fazia uma enquete ao vive. Sua pergunta tendenciosa pedia uma resposta: “Você é a favor de protesto com baderna?” O resultado mostrou que a revolta é mais profunda, deixou o apresentador sem ação: o sim ganhava do não por 2050 a 851, quando a emissora tirou a enquete da tela.


 


 


 


Enquanto pelas redes sociais rodava a foto da repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, com o olho sangrando, de policiais quebrando o vidro da própria viatura para simular um ataque, de cinegrafista levando um jato de spray de pimenta, a polícia ocupava a Paulista, fechava a avenida para manifestantes não a ocuparem.


Antônio Prata tuitou: “No próximo protesto, que se combine de antemão. A PM vai pra praticar atos de vandalismo, e os manifestantes para tentar contê-los.”


 


+++


 


O debate está lançado.


Vale a pena ler trechos do longo artigo que Eduardo A. Vasconcellos, diretor do Instituto Movimento de São Paulo e assessor da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), escreveu para o LE MONDE DIPLOMATIC:


Na história do nosso sistema de transporte de passageiros, os mecanismos de financiamento foram dirigidos principalmente ao incentivo do transporte individual. A partir da Constituição de 1934, quando se declarou pela primeira vez que era necessária a construção de um sistema de rodovias, todos os esforços foram feitos para atingir esse objetivo. Mais tarde, a introdução da indústria automobilística em 1956 foi um marco essencial nesse caminho, tendo sido seguida por políticas de apoio permanente ao automóvel e, mais recentemente, à motocicleta. O único período no qual o transporte coletivo teve lugar efetivo na agenda federal foi durante a crise do petróleo da década de 1970, quando órgãos federais tiveram capacitação técnica e recursos para investir em sistemas de ônibus nas grandes cidades brasileiras. Esse movimento esteve relacionado à crise de energia e ao receio do aumento intolerável do custo de importação de petróleo, e não a motivações políticas ou sociais que questionassem o modelo de privatização da mobilidade. Uma vez abrandada a crise, as intenções se voltaram à viabilização do processo de motorização privada da sociedade.


Após a Constituição de 1988 e o afastamento do governo federal da questão do transporte público, os recursos federais ficaram limitados às fontes do Orçamento Geral da União e do BNDES, sendo aplicados em alguns corredores de ônibus e sistemas ferroviários e metroviários de grandes cidades. Mais recentemente o Código de Trânsito de 1998 criou o Fundo Nacional de Segurança e Educação para o Trânsito (Funset) e o DPVAT (seguros contra acidentes). Desde então, essas duas fontes acumularam cerca de R$ 3,1 bilhões, recursos que, em sua maioria, estiveram contingenciados pelo Ministério da Fazenda. Adicionalmente, foi estabelecida a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que, originária do consumo de combustíveis, tem parte da destinação prevista para os transportes públicos. No entanto, a maior parte dos recursos da Cide (cerca de R$ 9 bilhões por ano) também foi sendo contingenciada ao longo do tempo.


No tocante à operação dos sistemas de transporte de passageiros, os custos do transporte público são cobertos pelas tarifas pagas pelos usuários e, em alguns casos (principalmente nas ferrovias), também por complementações orçamentárias. A cobertura dos custos vem ficando cada vez mais difícil e iníqua, na medida em que a tarifa vem aumentando acima da inflação, afetando muito os usuários que não recebem o vale-transporte. Além disso, aumentou a concessão de gratuidades e descontos, que são pagos pelos demais usuários, a maioria de baixa renda: há cidades nas quais as gratuidades beneficiam de 20% a 40% do total de passageiros. Outro problema estrutural é a queda na demanda, que transfere os custos para um número cada vez menor de usuários.


 


+++


 


Segunda-feira SP vai parar.


180 mil pelo FACE já confirmaram presença na Manifestação marcada para o LARGO DA BARTATA em PINHEIROS.


Ciomeça às 17h [http://www.facebook.com/events/388686977904556/]


O fotógrafo FERNANDO NETTO registrou ontem que o Metrô se prepara para o pior.


 


 


 


 

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Published on June 16, 2013 08:58

June 14, 2013

faça você mesmo uma máscara de gás

A dica vem do usuário FRENZY do site http://www.instructables.com/


Lembrança do www.sobrevivendo.com.br.


Faça você mesmo uma MÁSCARA DE GÁS.


Material:


Garrafa PET de 2 litros, máscara facial, elástico e uma fita isolante.


 



 


Primeiro passo:


Corte a garrafa na forma do seu rosto.


 



 


Segundo passo:


Isole as bordas com a fita isolante.


Prenda os elásticos na forma, para que garrafa fique firme no rosto.


 



 


Terceiro passo:


Encaixe na base a máscara de gás.


Lembre-se, para se proteger de gás lacrimogêneo, a alternativa é um pano umedecido em vinagre.


  


 


Voilà. Boa Manifestação.


 



 


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Published on June 14, 2013 08:49

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Marcelo Rubens Paiva
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