L.C. Lavado's Blog, page 27

August 13, 2011

Eles podem sabotar-te a escrita...





Por esta altura espero bem já ter convencido uma meia dúzia de pessoas (no mínimo!) a começar a escrever o "isto até dava um bom livro".

Para essa meia dúzia de corajosos que automáticamente entraram para a elite dos Escritores Exploradores: PARABÉNS!Vocês tiveram a coragem de fazer o que muitos só pensam em fazer.

Mas porque a vida está cheia de distracções (e o Goodreads não pára de nos enviar emails com novos livros que fazem perder a cabeça e a seguir o guito), o tempo que reservamos para a escrita pode ser roubado a pouco e pouco sem que nos apercebamos.Resultado: o ritmo de escrita vai reduzindo... perigosamente ao ponto de parar.

Uma ideia ou trabalho pendente e a arrastar-se indefinidamente no tempo é tão mau como nunca o ter começado... com um bónus extra de frustração!

Antes que isto aconteça, aqui ficam 5 suspeitos que podem estar a sabotar o teu livro sem que te apercebas.

- Intrusos

Certifica-te de que és tu quem está a escrever o teu livro.Sei que adoras o Murakami e que a escrita dele é algo alucinogénica, o que te faz pensar a cada página que o lês "Não era maravilhoso que eu também escrevesse estas loucuras carregadas de ambiguidade no meu livro?" Sim, era. Só que é como se tentasses moldar a tua caligrafia à dele: não ia saira nada de jeito... sejamos realistas, estamos a falar de um alfabeto totalmente novo!Ah! E a tua mãe!? Ela adora os livros da Nicholas Sparks. São tããooo bonitos... não era fantástico se escrevesses um novo "Diário da Nossa Paixão"? Ou antes, "As Palavras Que Nunca Te Direi" esse é que ela gosta mesmo! Só é pena que na tua história estás sempre a pensar em fazer o marido trocar a mulher por uma vida de nómada sem intenção de regresso, onde ele depois conhece milhares de mulheres mais interessantes só para descobrir no final que é gay!Para as urtigas com os outros! Pega no teu gay e fá-lo viver as aventuras que entendes. Lembra-te: se não for por ti, o desgraçado vai viver o resto da vida recalcado ao lado da mulher.

- Preguiça

Ela é tão boa ao Domingo de manhã mas é uma pedra no sapato o resto do tempo.Era bom que houvesse um programa em que colocasses lá algumas frases (de preferência palavras que dava menos trabalho ainda) e ele tratava de escrever o livro que tens na cabeça. A vida de escritor ficava sem dúvida mais fácil. Mas sejamos francos: é uma estupidez.A tua história só acontece se a escreveres. Vá lá! Sacode a preguiça.A maioria da vezes o mais dificil é ligar o computador e escrever as primeiras frases, depois, entras na história e perdes a noção do tempo.Uma dica: se ligares o computador logo que chegas a casa e abrires o ficheiro com o teu livro, a probabilidade de escreveres aumenta para o dobro (pelo menos!), porque ao teres o ficheiro aberto sentes que há algo que está em falta e que tens de terminar, e  o compromisso que assumiste contigo mesmo leva a tua atenção para ele.Uma consciência pesada funciona sempre bem para combater a preguiça.

- Software

Não, não vou falar da tentação da internet e dos softwares de navegação. (Se bem que eles são uma sanguessuga de tempo)Escrita. Tal como antes com as canetas e antes destas as penas, o software de escrita pode ser chave na produtividade de um escritor. Usares um que se adapte a ti pode fazer toda a diferença.Existem os grátis e os pagos, cada um com as suas opções; investiga pelo menos os que te deixo de seguida (não quero que percas tempo à procura na net e depois dizes que a culpa é minha):

Write or Die (http://writeordie.com/): gosto particularmente do nome "Escreve ou morre"Storybook (http://storybook.intertec.ch/joomla/) Celtex (http://celtx.com/)WriteRoom (http://www.hogbaysoftware.com/products/writeroom): O que eu uso. (Apenas disponivel para Mac)

- TV

Passa a televisão a patacos... ou se não a podes vender e ficar com uns trocos extra no bolso, afasta-te dela para o mais longe possível. Ela é como um buraco negro de tempo.Não estou a dizer para deixares as tuas séries favoritas (sou uma aspirante a tirana mas tenho limites e não abro mão do Dexter nem do Californication!), podes passar a ver os episódios online no site das séries, ou fazer o download num dos vários sites que os disponibilizam (mais uma vez: obrigado Steve Jobs pelo iTunes) e evitas perder tempo com as publicidades e os zappings intermináveis.

- Objectivos

Os objectivos são uma boa forma de te ajudar a manter o foco. Se forem bem definidos! Quando não o são, eles têm o efeito contrário e podem ser perversos e encher-te de frustração. (Não queremos isso)Seja um número especifico de palavras, páginas, tempo, ou chegar a um momento da trama, a curto ou longo prazo, têm atenção em definires objectivos com consciência da tua realidade e do que verdadeiramente acreditas que consegues alcançar.

Lembra-te: ao teu ritmo, à tua maneira.



Vamos escrever? Claro que sim!

Liliana



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Published on August 13, 2011 02:05

August 11, 2011

Ponto de escrita #31: Apagar e recomeçar





Apagar pode tornar-se mais dificil do que escrever e recomeçar mais corajoso do que começar.



Eu que o diga!



Eu que neste momento preciso escrever este post para tentar convencer-me de que o que decidi fazer é o acertado, e a seguir, arranjar coragem para o fazer. (penso melhor enquanto escrevo... há quem corra, quem roa as unhas... bem... esta também funciona comigo... mas dá muito mau aspecto!)





É melhor começar pelo principio: o desastre!

O desastre que aconteceu com a história em que estou a trabalhar.



Eu considero-me naquele grupo de escritores que nunca têm um writer's Block, simplesmente porque sou do género que faz canetas e teclados vomitar palavras à velocidade do pensamento.



O meu lema é "escrever, escrever, porque mais tarde há sempre oportunidade de reescrever!" (um bocado longo mas funciona)



Por isso a minha surpresa quando nestas últimas semanas fui confrontado com o que me começou a parecer um writer's Block.





"Eu bloqueada!? Impossível!"



Fiz um print das 15 páginas que tenho escritas (sinal de "situação de crise" porque nunca imprimo para analisar), invoquei o meu Eu mais critico o "há algo de podre no Reino da Dinamarca" e pus-me a ler.



Para grande espanto, estava bastante MUITO bom para um primeiro draft.

Foi aí que fiquei mesmo preocupada!





Deixei as folhas (ordenei-me a não panicar) e andei os dias seguintes a esmiuçar o que tinha lido.



Duas certezas:

- sabia que havia um problema

- só precisava de dar tempo ao meu lindo cérebro para o descobrir



Como sempre ele não me desiludiu... e... Eureka!

(Maldita Eureka que só me trouxe más notícias)





O busílis não estava na história nem na forma como a tinha escrito / desenvolvido... era muito pior: a minha personagem principal estava errada!



Nas 15 págs que tinha escritas, estava uma mulher que "se encontra apanhada em problemas" e o que eu queria para este livro era uma mulher que "cria os seus próprios problemas"



Desastre!



As minhas 15 págs, as minhas 6500 palavras... foi tudo para as urtigas!



Ainda não foram mas vão, e é para clicar no delete que estou aqui a ganhar coragem.

As razões para o fazer:

- Foi o que escrevi mas nâo o que queria escrever (sim, mas deu trabalho pa catano!)



- Vou apagar para escrever algo melhor (espero mesmo que seja verdade)



- Nunca seria capaz de continuar com uma história que não é 100% o que quero que ela seja (malditas manias de escritora obsecada)



- São só 15 págs, quase nem pode ser considerado um início (São mais de 6500 palavras!!!!!)



- Tenho uma boa história na cabeça, acredito que a melhor até agora, tenho de a contar da melhor forma que sei. (ok, esta vence todas)





Está decidido, hoje á noite (porque é à noite que se fazem as coisas tristes) vou deixar um trabalho medíocre e começar um fantástico!







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Published on August 11, 2011 11:50

August 10, 2011

"O Conde de Monte Cristo" by Alexandre Dumas

The Count of Monte Cristo The Count of Monte Cristo by Alexandre Dumas





My rating: 5 of 5 stars











Isto sim é um graaaannnde livro!!!

Todos os anos proponho-me este tipo de pequena aventura onde escolho um dos monstros-clássicos e tenho-o na mesa de cabeceira para ir lendo ao longo desse ano.

Aquele tipo de leitura para deliciar os olhos com uma escrita elaborada... afinal, os clássicos são maravilhosos para isso mesmo.

"O Conde De Monte Cristo" foi o peso-pesado de 2010, a opinião só vem agora em 2011... c'est la vie!Um escritor arranja sempre tempo para escrever... mas não tudo o que quer! ...e sejamos realistas, quando escrevemos a critica a um livro, o valor desse trabalho é questionável! No caso de um clássico: arrasta a nulidade!



Mas eu sou uma escritora, com opinião sobre quase tudo e não resisto a opiniar. Especialmente se for por um livro que me levou quase um ano a ler!Pois, é mesmo assim, quando tens perto de 1300 páginas e sem grande pressa para terminar de as ler, as coisas acontecem a este ritmo.

Como toda a gente, já conhecia a história d'"O Conde de Monte Cristo" dos vários filmes produzidos e gostei dela ao ponto de (mesmo assim) me decidir a ler o livro.Quem é que resiste a combinações de amor, traição, ódio e vingança? (isto fez-me lembrar que tenho de encontrar o meu "Wuthering Heights"…o raio da mudança)

Enquanto lia,
Não foi surpresa a quantidade de detalhes que encontrei (1300 págs!? Puh espaço não faltava!), e gostei imenso da riqueza que trouxe à história a exploração mais atenta das personagens secundárias assim como importantes diferenças na trama, e a inclusão de informações politico-históricas que pelo tamanho obviamente não é possível de integrar num filme.

O meu período favorito na história é o tempo que Dantes passa com Faria em Chateu D'If, porque é nessa altura que Dantes cresce como personagem, perde a ingenuidade de adolescente sonhador, estuda e aprende, e transforma-se no homem que decide fazer a sua justiça e despolta toda a trama. Infelizmente esta foi a parte que menos desenvolvimento e menos surpresa trouxe no livro...(acho que o argumentista que escreveu a adaptação do livro para script também partilha a mesma opinião.) ...e foi antes todo o plano de vingança do Dantes que se estendeu pela maioria das páginas.



"É um grande clássico" tem o meu selo de aprovação! (que vale o que vale)

Venha o próximo!



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Published on August 10, 2011 11:42

August 8, 2011

PARABÉNS a mim!!! Livro para ti!







Post especialíssimo: Hoje é o meu dia!(meu e da catrefada de gente que faz anos hoje)

Mas quem interessa hoje sou eu porque sou eu que estou aqui a escrever!



PARABÉNS A MIM!!!!





A verdade é que pela altura em que vos estou a escrever este post ainda faltam alguns dias para o meu aniversário, mas estou a fazê-lo porque... porque sou responsável e gosto de adiantar trabalho!

ok, agora a verdade...

...a verdade é que sinto a depressão a corroer-me os neurónios!!!!

Tragédia!!!

Sei que vou estar em depressão, eu sei, eu sei, eu sei...  (ou pelo menos estado de apatia) uma tradição desde o dia 9 de Agosto de 2003... não aconteceu nada de traumatizante ou coisa assim, até foi um dia bem agradável no Zoo de Lisboa (sim, prefiro convidar animais a pessoas para a minha festa de aniversário) e até ganhei uma beijoca com smell a peixe de um Leão Marinho, portanto... é mesmo fobia à passagem do tempo!

Para me animar tenho um artigo da revista LER, que considera como jovens escritores promissores gente que nasceu antes do 25 de Abril... pelo menos nos standars da literatura ainda tenho mais uns 15 anos de juventude à minha frente.(Não importa nada os dois cabelos brancos que me apareceram este ano.)

Só boas notícias!!! 

Há que comemorar!

E para partilhar esta alegria toda, durante o dia de hoje o resto desta semana vai estar disponivel para download (grátis é claro! porque as prendas não se pagam) o meu último livro "Inverno de sombras". (leitura +16 anos)Para o conseguirem basta  clicar aqui e já tá!

Como não faço ideia do número de pessoas que se vai pôr a fazer o download nem da capacidade do servidor do site em dar resposta sem brecar, se tiverem alguma dificuldade enviem-me um @ que eu envio directamente o livro. No problema!

Nota: vocês sabem como tenho... alergia a editar (dá-me umas comichões nos olhos que não me aguento) e sendo este o meu último livro é por consequência o que deve ter mais erros e gralhas.Os leitores mais zelosos (e que tenham a vontade de o fazer)  podem  enviem-me um @  de alerta aos que encontraram.

Críticas, opinações e feedbacks são sempre bem recebidos por mim (ou não vos deixava o meu @) desde que não hajam insultos e/ou palavrões (usem "urtigas" se tiver mesmo de ser).

Só resta desejar-vos "boas leituras"! Têm mais de 300 páginas A4 para ler. Boa sorte!

Parabéns a mim, prenda para vocês, divirtam-se!!!

Liliana






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Published on August 08, 2011 16:05

August 6, 2011

O polvo do "Twilight"



 

Esta é a segunda vez que estou a escrever uma opinião sobre o "Twilight".



E porquê!?

Porque é que estou aqui a perder tempo a refazer um trabalho tão bem feito? (Eu que trabalho sempre bem!)Porque me senti obrigada a fazê-lo pelos fenómenos dos últimos dois anos que transformaram a série num polvo. (Já vais entender o polvo mais á frente, sossega os neurónios) 

A minha história com o Twilight começa como uma boa história de terror (ou aquelas que acabam inevitávelmente em tragédia) numa noite fria de inverno em Janeiro de 2006 onde tudo estava como sempre foi na minha pacata vidinha. Peguei no livro com alguma desconfiança (porque vampiros nunca foram a minha praça) e depois de começar a ler a minha alma não teve mais descanso até chegar à última página.

Gostei da história, gostei dos personagens, da aura de mistério que envolvia o livro, da escrita, do ritmo de leitura... e estava pronta para mais!

Comprei o "New Moon", e li-o no mínimo tempo humanamente possível.Comprei "Eclipse", li-o que nem uma desalmada. (quem é queria saber das olheiras que caíam dos olhos em dois papos negros!? Eu não!)Comprei o "Breaking Dawn" e quando se apróximava das últimas páginas os meus olhos tremiam em câmbrias pela ressaca que se avisinhava com o final da minha droga.

Urtigas! Eu adorei o raio da série!

(Estes podem ser considerados os primeiros tentáculos do polvo.)

O tempo passou e o murmurinho em redor da série cresceu como urtigas.(Outro tentáculo do polvo)A minha sobrancelha nervosa começava a elevar-se perigosamente de cada vez que via mais uma critica, mais uma pessoa com o livro, mais um programinha de televisão sobre a série, mais isto..., mais..., MAIS...!!!

"O quê? Um filme? Por favor não falem comigo sobre o Twilight!" (Outro tentáculo do polvo)

Tenho de confessar que a série me influenciou quando escrevi o "Momenttus" em 2008/09 e até hoje acredito que foi uma boa influência... mas depois veio aquela urtiga de filme, com aqueles actores urtigueiros e mandou o raio dos livros todos para as urtigas!!!(se estás confuso com tanta "urtiga" devias ter lido isto antes de andares a cuscar as minhas crónicas)

(Aqui mais uns tentáculos para o polvo!)

Hoje, tenho os livros no fundo mais escondido das minhas prateleiras porque não quero sequer abrir hipótese para conversa sobre o Twilight.A história foi lida, relida, desenhada, usada, desmantelada, escrutinada, analisada, autopsiada e o que resta é um cadáver que fede a podre.Esta é a cabeça do polvo (porque o raio do animal já está cheio de tentáculos) e a minha última e derradeira crónica ao "Twilight".

Por favor, mais não.

Liliana

PS – Na eventualidade da Stephanie Meyer aprender a falar Português e ler isto: Parabéns pelo bom trabalho.



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Published on August 06, 2011 14:00

O polvo do Twilight



 

Esta é a segunda vez que estou a escrever uma opinião sobre o "Twilight".



E porquê!?

Porque é que estou aqui a perder tempo a refazer um trabalho tão bem feito? (Eu que trabalho sempre bem!)

Porque me senti obrigada a fazê-lo pelos fenómenos dos últimos dois anos que transformaram a série num polvo. (Já vais entender o polvo mais á frente, sossega os neurónios) 

A minha história com o Twilight começa como uma boa história de terror (ou aquelas que acabam inevitávelmente em tragédia) numa noite fria de inverno em Janeiro de 2006 onde tudo estava como sempre foi na minha pacata vidinha. Peguei no livro com alguma desconfiança (porque vampiros nunca foram a minha praça) e depois de começar a ler a minha alma não teve mais descanso até chegar à última página.

Gostei da história, gostei dos personagens, da aura de mistério que envolvia o livro, da escrita, do ritmo de leitura... e estava pronta para mais!

Comprei o "New Moon", e li-o no mínimo tempo humanamente possível.Comprei "Eclipse", li-o que nem uma desalmada. (quem é queria saber das olheiras que caíam dos olhos em dois papos negros!? Eu não!)Comprei o "Breaking Dawn" e quando se apróximava das últimas páginas os meus olhos tremiam em câmbrias pela ressaca que se avisinhava com o final da minha droga.

Urtigas! Eu adorei o raio da série!

(Estes podem ser considerados os primeiros tentáculos do polvo.)

O tempo passou e o murmurinho em redor da série cresceu como urtigas.(Outro tentáculo do polvo)A minha sobrancelha nervosa começava a elevar-se perigosamente de cada vez que via mais uma critica, mais uma pessoa com o livro, mais um programinha de televisão sobre a série, mais isto..., mais..., MAIS...!!!

"O quê? Um filme? Por favor não falem comigo sobre o Twilight!" (Outro tentáculo do polvo)

Tenho de confessor que a série me influenciou quando escrevi o "Momenttus" em 2008/09 e até hoje acredito que foi uma boa influência... mas depois veio aquela urtiga de filme, com aqueles actores urtigueiros e mandou o raio dos livros todos para as urtigas!!!(se estás confuso com tanta urtiga devias ter lido isto antes de andares a cuscar as minhas crónicas)

(Aqui mais uns tentáculos para o polvo!)

Hoje, tenho os livros no fundo mais escondido das minhas prateleiras porque não quero sequer abrir hipótese para conversa sobre o Twilight.

A história foi lida, relida, desenhada, usada, desmantelada, escrutinada, analisada, autopsiada e o que resta é um cadáver que fede a podre.Esta é a cabeça do polvo (porque o raio do animal já está cheio de tentáculos) e a minha última e derradeira crónica ao "Twilight".

Por favor, mais não.

Liliana

PS – Na eventualidade da Stephanie Meyer aprender a falar Português e ler isto: Parabéns pelo bom trabalho.



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Published on August 06, 2011 14:00

August 4, 2011

Ponto de Escrita #30 : Editar é um pesadelo



  Não é segredo nenhum, nem novidade para ninguém que editar é um pesadelo... para mim.

Gostava eu de ter a energia do Tolkien que fez centenas (sim, centenas, não há gralha aqui, o homem fez umas quatro...) centenas de edições aos livros da série "O Senhor Dos Anéis", mesmo depois de publicado.

Em posts recentes escrevi sobre a preguiça de escrever e das várias formas de a combater... afinal, quatro livros escritos em cerca de cinco anos põem-me na corrida com escritores a full time!... mas se para a escrita tenho força de espirito de leão, para editar sou a cobardia personificada.

Alguém por favor que me escreva um post com uma cura!?Está aqui uma escritora em grande apoquento.

Esta semana (em mais um esforço heróico) comecei a editar o "Entre o Bem e o Mal". Este livro é o que tenho como mais cómico e divertido e por isso há alguma esperança em conseguir levar a tarefa a bom-porto.

Embora na maioria das vezes aborde este meu defeito particular com leveza e ironia, a verdade é que me irrito comigo mesma e fico triste porque sei que por consequência desta falha, nenhum dos meus livros é tão bom como poderia ser.



A edição é importante! MUITO importante!É nela que o escritor tem a oportunidade de embelezar a escrita, corrigir erros e tornar a história no seu melhor.A edição pode fazer toda a diferença... e mesmo sabendo isto tudo, nenhum dos meus pobres livros viveu uma.

Não me consigo obrigar a fazê-las (e não é por falta de tentativa); em todas as vezes a mesma desgraça: - Eu afundo no tédio;- O mundo fica mais triste,- O meu espirito começa a definhar;- As horas abrandam- Impulsos destrutivos incitam-me a rasgar os papéis que tenho à frente;- A ideia de encontrar explosivos para tornar o computador mais interessante apela-me;- O meu génio criativo ameaça suicidio;- A minha imaginação chora que nem uma Miss Venezuela histérica em momento de coroação...

...e é então que as minhas forças se vão; eu mando a edição às urtigas, abro um novo ficheiro e começo a escrever outro livro. A vida faz de novo sentido.

AAHHHHH !!!!!Mas desta vez vou conseguir combater o mal em mim!

Imaginei uma nova arma.

O que vou fazer desta vez é uma pequena pesquisa na net para encontrar algumas criticas aos meus livros e vou imprimir aquelas onde os leitores reclamam dos erros e gralhas (que são perto de... todos!), depois vou colá-las na minha secretária (espero ter espaço) e de cada vez que estiver a ser sugada para o ciclo de desistência vou espetar com as folhas todas em cima do teclado para me lembrar a porcaria de trabalho que ali está... (melhor ficar por aqui, basta de publicidade aos meus erros) e acredito que desta vez a carga de trabalho vai até ao fim...

E vocês? Acreditam em mim?Outras sugestões e ajudas aceitam-se. (Só pelo seguro)  

Liliana











Image: Ambro / FreeDigitalPhotos.net



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Published on August 04, 2011 15:23

"Uglies" by Scott Westerfeld

Uglies (Uglies, #1) Uglies by Scott Westerfeld





My rating: 4 of 5 stars





"Uglies" foi o primeiro livro que li do Scott Westerfeld... e que estreia!







A ideia que sustenta a história é fantástica, daquele tipo de fantástico que te faz perguntar "porque é que eu não pensei nisto!?"



Uma visão do futuro onde aos 16 anos todos são transformados e se tornam extremamante bonitos.

Há uma divisão fisica entre "feios" e "bonitos" (nesta já tinha eu pensado várias vezes quando estou de férias e apanho no quarto ao lado criancinhas a berrar logo ás 05 da manhã) onde os "feios" são crianças e adolescentes que vivem todos juntos até ao dia que se submetem à operação e finalmente são admitidos junto aos adultos "bonitos"... que utopia... se ao menos o Richard Brandson lesse o livro e ganhasse inspiração.



Como é óbvio há rebeldes que nem uns ranhosos querem dar cabo do sistema (é atirá-los para a fogueira! Digo eu)



Tally, a personagem principal nesta aventura, embeiçada por um "feio" (que já não me recordo o nome) recentemente tornado "bonito" não vê a hora de chegar a vez dela para se juntar ao moço, mas as coisas não correm bem como planeado e ela acaba mas é por ser arrastada para o mundo dos rebeldes e continuar feia como sempre.



Moral da história: mesmo num mundo perfeito há raparigas que não têm sorte na vida!



O autor conseguiu criar um bom enredo que me prendeu à história e fez com que virasse as páginas ao ritmo do Twilight (no tempo em que ainda não tinha a cara urtigoza do Robert Pattinson como Edward) mas não tão emocionante como "The Hunger games"



Tenho de louvar o realismo dos personagens, em especial a Tally, que quando visto no contexto dos recente livros do género YA é do mais credivel que encontrei.



Este foi o primeiro livro da série e a vontade de ler o segundo "Pretties (Uglies, #2)" ficou-me nos olhos... vamos lá então, venha o  próximo!



Liliana

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Published on August 04, 2011 02:09

August 2, 2011

O que faz de uma história uma boa história?





É uma das perguntas existenciais da escrita.



Todos os escritores a colocaram em certa altura, e como somos todos muito espertos, claro que cada um de nós tem a sua própria versão de uma "resposta certa" e a guarda junto ao coração para a partilhar sempre que surge o momento.

Somos escritores, temos opinião sobre tudo.

Como tenho a sorte de ter um Blog... (tu não tens!? E posso saber porquê!? Depois do post fabulástico que me levou duas horas a escrever, achei que já tinha percebido!) ...com o Blog posso deixar aqui a minha versão da resposta que (como é óbvio) é a correcta.

O que faz de uma história uma boa história?Resposta: sorte.

Ehhhh... podem parar de gritar comigo os IP's que já imagino a tremer de indignação pela rede fora.Isto foi só para ser poupada nas palavras.Parem lá os insultos que eu explico.

 Estamos de acordo que: - também detesto a palavra "sorte"- o trabalho de um escritor não pode ser menosprezado- é uma injustiça dizer o que digo... mas não faz com que seja mentira.

Se te acalma os nervos posso substituir "sorte" por... conjugação de acontecimentos no momento certo... ou... sentido de oportunidade. Talvez esta última seja a mais amigável de utilizar.

Continuas sem concordar comigo (sinto-o no estranho vibe do computador)

Vamos então seguir um exercício de raciocínio. Pensa comigo em dois grupos de escritores:

Grupo 1) Stephanie Meyer / Dean Koontz / Kate Atkinson / Nicholas Sparks / H. Murakami

Grupo 2) Charles Dickens / Jane Austen / Agatha Christie / Luís De Camões / Almeida Garrett (...dois escritores Portugueses para tornar a coisa mais interessante)

Tenho a certeza de que todos reconhecem estes nomes. Escritores que são / foram famosos e cujos livros atingiram vendas notáveis.Agora pega nos dois grupos e imagina uma troca na sua linha temporal. Consegues antever o desastre?

Sim, é um exemplo extremo mas o objectivo é mesmo esse.Independentemente das preferências literárias de cada um de nós, temos de reconhecer que todos estes escritores são / foram brilhantes no seu tempo, e porquê? Porque escreveram a histórias certas, no momento certo, e da forma como os leitores as queriam ler.

Sim, os clássicos ainda hoje são lidos por muitos (é o que faz deles clássicos) mas não são eles que estão no top Best-sellers.

A Jane Austen é a minha escritora preferida entre os clássicos, mas sejamos francos, se o Parque Mansfield fosse publicado hoje por uma qualquer escritora desconhecida, não ia entrar para o top do The Guardian.E a Stephanie Meyer!? Com aquela história de vampiros provavelmente ainda era queimada numa qualquer fogueira da inquisição. Uma imagem não muito agradável.

Repito: sei que o exemplo é extremo. Nenhum destes escritores seria a mesma pessoa se vivesse numa outra época, mas o principio mantém-se, chamando-lhe sorte ou sentido de oportunidade, o certo é que o que fará das nossas histórias boas histórias é decidirmos escrevê-las no momento certo da nossa vida como escritores, da melhor forma que o conseguimos fazer, e depois... depois  cruzamos os dedos, fazemos figas para que a forma como o decidimos fazer seja igual à que o leitor quer ler e que as consigamos publicar quando o mercado está susceptível a aceitá-las.

Não deves ter dificuldades em recordar casos (demasiados na minha opinião) de escritores que são reconhecidos muito depois da sua morte.As histórias que escreveram eram boas (o tempo veio prová-lo) mas eles escreveram-nas fora do tempo, quando os leitores ainda não estavam preparados para as ler.

O "não" recebido hoje poderá ser o "sim" de amanhã. Nós somos escritores, temos o "não" como certo... há sempre alguém que não gosta do que escrevemos, de como o escrevemos... por isso mais vale continuarmos.

Se não for para o mundo do hoje que escrevemos poderá bem ser para o de amanhã.

Vamos lá escrever? Claro que sim!

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Published on August 02, 2011 08:09

July 29, 2011

Quem controla o teu livro?











Finalmente ultrapassaste a barreira da folha em branco!

Conseguiste fazer um primeiro esquema do caos de ideias que te passeiam pela cabeça e começaste a escrever a tua história. 

Deste um bom avanço ás primeiras páginas (bem mais do que poderias esperar, aposto) e de um momento para o outro descobres que já não estás a escrever sozinho.

Os personagens que criaste com tanto cuidado ganharam voz própria, transformaram o diálogo sem se preocuparem se o consentias ou não, desviaram-te o enredo para algo em que não tinhas pensado, fizeram das cenas em que participaram o que bem entenderam... e tu... tu dás por ti a questionar-te como raio é que aquilo tudo aconteceu?

"Onde é que perdi o livro que queria escrever?"



Não estás sozinho.Aconteceu comigo em todos os meus livros e não tenho nenhuma razão para acreditar que não vá acontecer de novo!

Podes voltar a dormir descansado. Não estás súbitamente esquizofrénico.Mães, sosseguem, escrever um livro é totalmente saudável.

Existem duas escolhas óbvias que podes tomar neste ponto do teu livro:1) Aceitar a manipulação do Mr Hide.2) Disciplinares a tua mente e submetê-la ao plano inicial

Tive oportunidade de experimentar as duas. Qual a melhor?Bem... depende do teu espírito de aventura.

No meu caso acho que resulta melhor a opção 1: deixar-me ir com a história.Porque:

Ser surpreendido pela própria imaginação é fantástico.– Ao  fazer a primeira estrutura da história não há forma de prever como os personagens vão crescer.– Quando há uma "primeira" estrutura, pressupõem-se logo à partida que haverá uma segunda.– Só no exacto momento em que se escreve se tem verdadeiramente o hambiente / sentimento da história. O que antes parecia resultar, transformado em palavras, pode não resultar assim tão bem.– Se a nossa criatividade fantástica se decidiu a trabalhar naquele momento é porque a solução / plano inicial não era o melhor a que podíamos alcançar.

Para as urtigas com a estrutura!Escrever um livro não tem regras senão as que lhe impões.Olha o Saramago que até a pontuação o homem ignorava. E não há tanta gente que o lê?

Vamos lá voltar à escrita que tens um livros para ter terminar.Quando te decidires qual das duas escolhas é a melhor para ti, passa por aqui e partilha os porquês!

Liliana.



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Image: Michal Marcol / FreeDigitalPhotos.net



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Published on July 29, 2011 12:15