L.C. Lavado's Blog, page 28
July 27, 2011
Ponto de escrita #29: Pelo regresso...

Esta semana foi all about the blog!(O que quer dizer que o meu livro não saíu do sítio)
Para os que já me acompanham hà algum tempo a novidade salta à vista: o layout do blog passou de preto a branco.Comigo já costuma ser assim, raramente existe um meio termo.
Era uma mudança que tinha pensado fazer logo no início do ano, mas com a minha mudança as coisas atropelaram-se, outras prioridades foram-se pondo no caminho, e o blog ficou para trás... mas isso já são notícias de jornal que embrulha peixe... Na mudança de visual, o blog também ganhou um sub-título: Crónicas da Helvética.Estando eu a morar e a escrever da Confederação Helvética, pareceu-me acertado. A imagem do Corvo foi escolhida pela mesma razão; eles andam aqui por todo o lado, não há àrvore que não albergue um, o céu tem sempre algures uma forma negra a planar, eu adormeço e acordo a ouvi-los... e são lindíssimos!
Espero que o resultado agrade à maioria (porque a todos nem o meu super ego consegue aspirar a tanto).
Para compensar o mau baldanço dos últimos meses, investi o tempo a escrever alguns dos posts que andava a adiar há meses; temas importantes que espero venham a ajudar todos os jovens escritores e os aspirantes que andam a navegar por essa net fora.Não têm nenhuma pista para desvendar a identidade do "Jack The Ripper", mas são algumas coisas que me fui apercebendo ao longo dos quatro anos em que escrevo. É sempre melhor aprenderes com os meus erros do que com os teus , certo?E os blogs devem servir para isso mesmo: partilhar experiências.A forma para o fazer não tem regras senão as definidas por quem escreve.

Um bom exemplo é o blog "Momentos Arrepiados Pelo Vento". Dá uma visita até lá e vê como o Silvio criou a própria voz. Basta ler dois ou três posts (mas se fosse a ti aproveitava e lia uma catrefada deles) para perceberes como ele se sente confortável na própria escrita.É impossível confundir um post do "Momentos Arrepiados Pelo Vento" com qualquer outro Blog. Quando estou a ler os meus RSS (quem usa esta forma de seguir blogs sabe como uniformiza todos os posts para um único layout) nunca preciso olhar o título para saber que é um post do Silvio, a escrita dele é inconfundivel. (mesmo depois de estar quatro meses sem ler blogs: é obra!)
Está-se a fazer luz nessa tua mente criativa? Percebes um pouco melhor o que quero dizer quando falo que é preciso escrever para encontrar / criar a tua escrita?O blog pode ser um bom ponto de partida.
Felizmente o Silvio não está sozinho, existem outros como ele que se podem encontrar espalhados pela blogosfera, todos eles são o exemplo vivo do que acredito serem os pilares do espirito do Escritor Explorador: explorar, encontrar, e construir mais um estilo de escrita para nós leitores ficarmos com os olhos em bico de tanto ler.
Agora é a tua vez. Explora e mostra-nos.
Vamos escrever? Claro que sim!
Liliana
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July 25, 2011
Mapa do Tesouro para escritores

Se clicaste á procura de ouro podes mudar de blog.
Não leste a última palavra do título!?Isto aqui é tudo faz de conta!
Agora só nós escritores…
És um escritor. Sabemos disso. (Se ainda não o és mas lês este blog, é só uma questão de tempo!) E o escritor em ti é consequência de tudo o que és como pessoa.
Longe de mim sequer sugerir que o Stephen King ou o Dean Koontz são uns psicóticos, ou que os escritores infantis sofrerem de um síndrome de Peter Pan; mas que não morro de curiosidade em descobrir o que se passa naquelas cabeças quando escrevem, também é uma verdade.
Seja qual for a patologia, mania, fobia... (e qualquer coisa mais acabada em ia) tu és um puzzle gigante e o teu livro vai ser resultado dele.
O objectivo: conseguir que a imagem que tens no final resulte! E para isso acontecer (ou pelo menos aumentar a probabilidade) o truque é conheceres as peças e saber utilizar as mais acertadas.
Explora o que tens dentro de ti e transforma-o em palavras que contam... alguma coisa de jeito!
Num dos posts da semana passada onde falei das vantagens de ter Blog, toquei num assunto, mas achei que era importante demais para ficar só por um parágrafo: Inspiração.
"Onde anda a inspiração?"
Mais uma pergunta que faz hesitar a caneta dos Escritores Exploradores. E como não vos quero ver parados, vamos lá desenhar aqui o mapa até ao baú da inspiração.
1 – O mapa és tuTens de o conhecer até à exaustão. Se conheceres o terreno que pisas, encontras o melhor caminho e evitas erros desnecessários (já tens que chegue naqueles que não consegues evitar). Eu perdi meses no meu primeiro livro porque tentei escrever algo que não "era eu".
Pára. Pensa. O que é que te faz o coração bater ao ritmo certo? (A seguir ao baixo colesterol) O que te motiva? Em que é que acreditas? O que é que te dá prazer? (Isso não! ...quer dizer... até pode ser... mas, tenta para além disso.) E o contrário? O que te deixa os nervos em franja?
2 – Onde estão as atracções?
Identifica as tuas qualidades; conhecimentos; experiências que te engrandecem como pessoa. Como aquele Verão em que conseguiste tusquiar o cão sem teres de gastar dinheiro no veterinário. (É verdade que durante um mês as pessoas mudavam de passeio cada vez que saías com o pobre do animal à rua, mas embora pudesse não parecer à vista, sabemos que ele nunca deixou de ser um bicho saudável)
Todas estas aventuras é que te tornam cativante: usa-as nas tuas histórias; empresta-as aos teus personagens e dá realismo à trama.
3 – Ratoeiras
Há caminhos que parecem mais fáceis porque outros já o percorreram, e essa é a razão para perceberes que nenhum deles é o teu! O destino até pode ser igual, mas tu precisas de coisas distintas para conseguires lá chegar.
O medo de explorar e errar é a maior ratoeira. Ele faz-te colocar barreiras a ti mesmo e sabotar tudo o que podes vir a conseguir. Reconhece-o e ultrapassa-o. Todas as vezes. E mais algumas. A inspiração está logo a seguir.
Lembra-te: se seguires o trilho só vais ter onde outros já foram, se tentares outro, fazes o teu.
4 – Mantém os olhos no tesouro
O teu caminho pode ser mais duro e mais longo (porque é que haveria de ser diferente desta vez?). Não te lamentes. Ele é o teu. A inspiração pode vir de bons momentos para uns e de maus para outros. Por isso temos comédias e dramas. Mantém o olhar no tesouro e fiel a ti mesmo.
Agora que descobriste que o Romance Policial que estavas a escrever foi uma perda de tempo, e que a tua verdadeira inspiração está para a história de um rato chamado Leite que sofre de intolerância a lactose e é enviado numa nave espacial para o paleta Queijo, agarra-te a ele e usa essa inspiração! Se o M. Night Shamalaya produziu "O último Airbender", não há nada que nos faça duvidar que o teu livro seja o próximo.
Põem-te a escrever!
Liliana
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July 22, 2011
As palavras não mordem

Sim, as palavras têm o seu poder, mas elas não mordem.
Então (pergunto-me eu que não tenho nada mais interessante para fazer neste momento) porque é que há tantos escritores que parecem temê-las em certos momentos?
Writer's block : o mito. Todos sabem o que é mas nunca ninguém sofreu dele. (Pois!)
Escrita : Quando é posta uma questão que toca o momento de sentar na secretária e escrever, é vê-los a enterrar o pescoço nos ombros e ter um ataque súbito de gaguês. (É assim um segredo tão grande?)
Críticas : Quando negativas, há uns felizardos que lidam bem com elas mas a maioria sofre de vassalagem galopante. Quando positivas, a euforia pode tornar-se viciante; o sintoma mais perigoso: escrita condicionada. (Esta saiu-me bem. Até parece uma doença a sério.)
Valham-nos os novos escritores, os Escritores Exploradores, aqueles que ainda não metamorfosearam a Explorados Escritores, esses têm uma imunidade invejável.
Num momento infeliz uma má escolha de histórias pode fazer estragos na vida de um escritor.Vejam Dan Brown e o "Simbolo Perdido".Ele é que 'perdeu' uns bons anos e a oportunidade de escrever uma história decente.Ciência Noética...! Puh! Quando é que ele vai mas é voltar a assassinar Papas e a espicaçar a Igreja?Quero polémica!Viva a maçonaria! A Maria Madalena! E a Guarda Suiça Pontifícia!Mas ele é o Dan Brown... tudo bem... volta que estás perdoado por me teres feito perder 23€ numa hardcover.
Ao contrário do Dan Brown, (que me viciou com dois livros fantásticos e me deixou a salivar por mais), um novo escritor não tem nenhum patamar a alcançar, ou expectativas a cumprir; ele têm sonhos e aspirações, algo que é pessoal, mas o leitor que pela primeira vez o lê, nunca estará mais receptivel a uma história nova, a uma escrita diferente, do que nesse momento.
É preciso ousar!!!
No meu caso, acho que o que passa na cabeça de quem apanha um dos meus livros pela frente é mais ou menos: "Deixa lá ver o quem é esta gande maluca que tem um verbo como sobrenome." E depois deve atacar-lhe uma vontade incontrolável de encher a banheira de àgua quente a transboradar de espuma... só para ficar um bocado mais lavado.Entretanto o meu livro ficou para trás.Huuummm... isto deve explicar muita coisa...
Onde é que eu ia?Grandes autores = expectativas xanaxNovos autores = liberdade orgásmica
Mas (lá vem o 'mas') nós Escritores Exploradores (corajosos e bravos exploradores que somos) tendemos a esquecer o privilégio desta liberdade, e que ela vêm com uma data de expiração.Eu faço um esforço para não o esquecer. Já viram a frase de perfil no Twitter?
Reader, Writer, blogger... Enjoying freedom while no one is taking me too seriously.
Leitora, Escritora, blogger…A gozar da liberdade enquanto ninguém me está a levar demasiado a sério
A frase está lá há pouco tempo. Só ao escrever o terceiro livro é que me apercebi do que ainda tinha nas mãos e até hoje não me veio a vontade de a largar.Afinal, quem é que quer ser levado a sério? Os velhos! ...de espírito, devo acrescentar.
Claro que quero que os meus livros sejam lidos, sim, foi para isso que os escrevi; quero que este post seja lido por ti (e por muitos outros), sim; mas que o faças com leveza de espirito e inteligência para conseguires tirar deles o que precisas para ti como pessoa, como escritor; que te divirtas no processo; e não que alguém analise a minha gramática, se uso bem os assentos nos as es is os us, se o tempo verbal ou a construção frásica são as correctas... para as urtigas com essa treta toda! Eu só quero escrever.
As palavras não mordem, elas são flexivéis e dão-nos a liberdade de fazer com elas as loucuras que bem nos apetecer. Eu pelo menos nunca fui atacada por nenhum maxado por uma vez ter decidido arrancar-lhe o ch e pôr-lhe um x... até ficou mais leve...
Escritores Exploradores (nos quais me incluo sempre) devem explorar!Seja o tema da história, a forma de escrita... o que vier de novo à cabeça é nova ideia. A 'nossa' ideia! É isso que a faz valer a pena sermos lidos.
"Be yourself because everyone else is already taken." Oscar Wilde
"Sê tu mesmo porque todos os outros já estão ocupados."Oscar Wilde
Continua a ler. Continua a escrever. Ousa desafiar.
E conta-nos como corre!
Liliana
Image: Maggie Smith / FreeDigitalPhotos.net

July 20, 2011
Tudo o que precisas para (não) escrever
Escrever é algo muito pessoal.A não ser que sejas um Ghostwriter, é claro!

Silêncio; barulho; música; muita luz; pouca luz; sofá; cadeira de pau; papel e caneta; portátil; de manhã; à noite; PC; Mac; Windows; Text Editor... a lista pode tornar-se infinita até conseguir o "Cenário Perfeito"
Ou seja: a lista de todas as desculpas que usas para não escrever.
No meu caso, a escolha predilecta era o tempo, (pouco original, eu sei), e ainda hoje a tentação para a usar corre-me nas veias.Temos de o admitir, é tão prático simplesmente dizer "gostava tanto de escrever um livro mas o meu tempo mais parece um Chinês: minúsculo e com má cara."
Usar desculpas é instintivo.É um escudo irresistivel de "eu não fiz mas a culpa não é minha", e quando chega à escrita, não há razão para ser diferente.
Se este cenário te é familiar, a boa notícia é que na tua escrita pode ser diferente !
Eu não sou psicóloga (se fosse o caso teria sido um grande erro) por isso és poupado ás teorias e eu vou directa ao que resultou comigo (alguma coisa se há-de aproveitar... depois é só adaptares... sê criativo!)
1 – Reconhece que és um "bebé chorão" Desculpas, desculpas, desculpas! Eu sei que te estás a agarrar a elas, tu sabes que te estás a agarrar a elas, (Raios!), provávelmente TODA a gente sabe que te estás a agarrar a elas para não escreveres , só que à tua volta tens pessoas que gostam demais de ti (ou são uns grandes cobardes) para to dizer. Resultado: tu é que continuas com o livro dentro da cabeça e a folha de papel em branco.Reconhe a ti mesmo que estás a inventar desculpas e ordena-te em voz alta: "Pára de arranjares desculpas! Mexe esses dedos!"
2 – Transforma-te num vilãoSê vilão de ti mesmo. Descobre as tuas fraquezas e usa-as a teu favor.Não tens um escritório onde possas fechar a porta e escrever em silêncio? Em vez disso, tens a casa cheia de gente barulhenta que faz a tua cozinha parecer o mercado da Ribeira e a sala um restaurante em hora de ponta? É o cenário ideal para escreveres cenas turbulentas; confrontos e assassínios. (Afinal, já que estás na disposição, mais vale aproveitares!)
3 – Charlateia o tempoTens de ir todos os dias trabalhar / estudar. Também eu! (Mas quem é que vai pagar a viagem à Conchichina se não gramares com aquela porcaria toda 8 a 9 horas por dia?) Sim, esse tempo já lá vai (a não ser que consigas roubar tempo ao patrão. Boa! Ou tenhas um QI que te permita ouvir o prof e escrever. Melhor ainda!) Mas há sempre umas horas perdidas que se podem aproveitar como o período do almoço. Duas a três vezes por semana deixa o grupinho do custume e vai almoçar na companhia de um bloco de notas e uma caneta (tu nunca ouves metade do que eles dizem nas conversas de qualquer forma).Nas viagens de ida/volta para casa. Tem sempre o bloco de notas contigo . Nunca se sabe o que podes encontrar no caminho ou o que te pode vir à cabeça (a inspiração é um bicho estranho). Se vais de carro, usa o gravador de voz, todos os telemóveis mais recentes têm um.
4 – Rouba inspiraçãoEu não disse que tinhas de ter o Bloco de Notas sempre à mão? Ele é a tua Caixinha de Segredos, onde deves registar o que vês à tua volta, o que/quem se cruza contigo, e o que neles te chamou á atenção. Depois, lê-o com dedicação. Vais descobrir o que gostas e o que não gostas e é sobre ambos que tens de escrever. Só o que provoca reacção em ti poderá fazer a tua escrita causar impressão em quem te lê . Porque se tu não acreditares na história que escreves, nos teus personagens, nas lágrimas e sorrisos que lhes pões no rosto, nas venturas e desventuras que os fazes viver... eu com certeza não vou acreditar.
Faz as contas. Quantas horas por semana ganhaste para a tua escrita?
Estas são só algumas das situações mais comuns a todos os aspirantes a escritores. Para os ultrapassares, só tens de te reconhecer, de te transformar, charlatear e roubar. É fácil!
Já te sentes menos vítima e mais vilão?
Mas como é óbvio, a tua imaginação vai bem além destes simples quatro pontos que escrevi, e com certeza terás as tuas próprias desculpas que ainda te sentes reticente em abrir mão tão depressa. Estás convidado a partilhá-las aqui .Em conjunto havemos de encontrar forma de te livrares delas.
Tens em ti um escritor, não o adies mais, ESCREVE!
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Image: graur codrin / FreeDigitalPhotos.net

July 19, 2011
5 RAZÕES PARA TERES UM BLOG

É comum ouvírmos dizer que "hoje todos têm um Blog"
Não é verdade.
Todos podem ter um, sim, mas não o têm.
Numa conversa com o meu melhor amigo sobre o Blog, (entre vários à partes que foram lateralizando a conversa para o Hitchcock, a separação do lixo e os bons destinos de férias) o chat acabou por ir parar à mesma pergunta de sempre.
LC: leste o meu post hoje?LL: sim. andas a perder tempo com aquilo outra vez? (Ele é sempre da opinião que eu devia dedicar-me em exclusivo ao meu livro. É um bocado chato.)LC: diverte-me. se lesses o blog percebias LL: sim liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiLC: ok okLC: acabei de ter uma boa ideiaLL: medoLC: :PLC: Porque é que não crias o teu próprio blog?LL: ????????????????????LC: va la... se usares metade das loucuras que te passam pela cabeça... eu liaLL: e para que é que eu queria um blog?LL: ....viste o episódio de ontem do True Blood?
Com a entrada do True Blood (a propósito: fantástica adaptação livro – Série), vi que o assunto estava arrumado para a noite.
Esta já era uma pergunta nova. Quais as razões para ter um Blog?
Decidi que a ia respoder-lhe com um post.Abri um novo ecrã e... a tarefa não se revelou tão simples como previa. Só uma razão me vinha á cabeça: "Porque gosto de escrever."
Bem... (só) esta não ia servir o propósito. (Não era possível ser mais pessoal do que aquilo! E 'razão', ali não havia nenhuma.)
Fui buscar a ajuda de uma sobremesa de chocolate. (Adoro que tenham conseguido pôr inspiração à venda naqueles pequenos potes de vidro)Duas colheres depois (é imediato o efeito em mim), percebi que o erro estava na questão:
1 – Disciplina e ConcentraçãoSeja qual for a regularidade com que decidas actualizar o teu Blog, deves manter-te fiel a esse compromisso. Este é o principal desafio aos novos bloggers e onde a maioria falha. (Eu incuída) Mas ao esforçares-te em cumprir um objectivo (que tu definiste), treinas a tua disciplina e o respeito pelo compromisso.Todos os dias; uma vez por semana; ou uma por mês; durante uma ou duas horas; de acordo com as tuas regras, estás concentrado a fazer algo com um objectivo.Leva-te a sério e respeita o que desejas. Se pretendes escrever o teu livro (até ao fim, e não as míseras folhas que tens na gaveta há anos) o teu blog é um bom exercício.
2 – TempoTempo para ti. Esquece as necessidades trabalho, a televisão, os cozinhados, a casa, o marido/mulher e os filhos (a não ser que eles sejam o tema do teu blog, é claro) e dedica-te ao que te apetece fazer.Aquele é (em parte) o tempo que reservas para ti. (Um extremista viciado em blogging não é saudável para ninguém). Seja o blog, ou a história que tens na cabeça e que há alturas em que já não acreditas que vais ser capaz de a tornar realidade.O tempo não estica, mas podes dedicá-lo como entenderes.
3 – Melhor capacidade de comunicaçãoA maioria das pessoas que está a ler este post provavelmente nunca teve um blog (e está aqui a tentar perceber porque razão deverá ser de outra forma) e por isso não imagina como é dificil comunicar através de um post. Escrever já é dificil, se acrescentarmos que não fazes ideia de quem te vai ler, é tarefa de super-herói!Cria o teu blog e pratica! Não há textos perfeitos nem discursos perfeitos, mas o aperfeiçoamento pela prática é garantido. Os teus primeiros posts vão ser tão maus como os meus foram, se não desistires, vais conseguir que sejam melhores do que os meus são.Escreve, re escreve, edita e re edita. O caminho para a perfeição dá trabalho!
4 – ConhecimentoNão interessa se decides dedicar o teu blog a um tema em que és perito, como por exemplo "A teoria da probabilidade 50/50" se fores um meteorologista, ou "Criatividade a lixar os alunos nos exames" se fores professor universitário, e fazes questão de partilhar esses conhecimentos; ou ao contrário, se és um astronauta, adoras plantas, não percebes nada do assunto, e decides ter um blog de pesquisa (só para adiantar trabalho) chamado "Á espera da reforma" ou "Um jardim ao fundo do túnel". Seja algo que fazes ou que sempre quiseste fazer, o teu conhecimento vai aumentar.Estuda, escreve sobre o que gostas, estuda mais um bocado, escreve outra vez e torna-te um especialista. Escreve!
5 – O mundo inteiro como vizinhoTeres um blog, é como teres uma casa temática. Abres um blog, escolhes o tema, decoras ao teu gosto (aqui nunca é folclórico demais, não há regras para a cor das fachadas), acrescentas conteúdo, e ele transforma-se numa porta aberta para pessoas de todo o mundo que partilham dos mesmo gostos / interesses. Vais poder trocar ideias e opiniões e talvez descobrir que a tua fixação por clips amarelos não é assim tão estranha. Se tens um trabalho de escultura, pintura, escrita ou a arte de empilhar gatos que tu mesmo inventaste, mostra-o! Tens o mundo do outro lado do ecrã. O pior que pode acontecer, é não acontecer nada. (muito pouco provável, mas era meu dever moral acrescentá-lo.)
Todos procuramos coisas diferentes quando pensamos em ter um Blog, talvez estas razões não são todas válidas para ti, mas se há uma que o é, deixa de gastar todas as tuas horas a ler o Blog dos outros e dedica algumas a um que é teu.
Aos já existentes bloggers pergunto: Concordam comigo? O que é que vocês têm ganho com os vossos Blogs?
Boas leituras (e escritas)!
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July 18, 2011
Escrever para ressuscitar
Depois de ter deixado o Blog desfalecer nestes quatro meses, há que limpar as teias de aranha dos dedos e voltar a mandar uns bitaites para a web.
Mas ressuscitar um blog é uma carga de trabalhos!
Um par de horas a rever o layout, a tentar que tudo esteja pretty pretty, (ainda tenhos as pestanas chamuscadas do esforço); a repensar a organização do posts antigos e o que vai ser dos novos, lá comecei a levantar o morto.
Embora me sinta confortável como escritora storyteller , tenho de confessar que não é o mesmo como Blogger.
Os dois papéis são tão diferentes!
E como em tudo aquilo em que não somos bons é também onde podemos ficar melhores , ler uns blogs que falam sobre o assunto é uma ajuda.
Para tentar fazer o menor numero de asneiras possíveis.
Nas minhas explorações mais recentes, encontrei uns bloggers com ideias coloridas e que sabem mesmo disto, ao ponto de serem profissionais (como a Joanna do The Creative Penn).
Acreditando no que fui lendo aqui e ali, uma das coisas mais básicas a fazer é a apresentação.
É sempre simpático darmo-nos a conhecer a quem visita o blog e falar do que podem esperar encontrar.
Sim, eu já o tinha feito. Mas não estava grande coisa!
Decidi-me a mais uma tentativa.
Então agora existem duas páginas (na coluna à direita do ecrã):
Este BLOG é para ti? – Sobre o Blog e o que podes esperar encontrar por aqui
Eu escritora – Sobre mim como escritora. Óbvio!
Foi um exercicio curioso, pôr em palavars "quem és", ou pelo menos algo apróximado disso.
O coitado do meu Blog ainda está a ressuscitar a cada dia, portanto o número de pessoas a ler este post é diminuto com tendência a zero, mas se tu estás aí, experimenta fazer o mesmo!
Tenta pôr-te em palavras e conta-me como correu.
Liliana.
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July 17, 2011
E de repente, não te reconheces

O instante em que nos olhamos ao espelho e...
É um momento célebre porque todos o vivemos, mas é o susto do desconhecido que encontramos especado a olhar-nos de volta que lhe dá significado.
No meu caso não houve espelho envolvido, houve uma mudança que me fez inventariar a vida e empacotá-la em 93 caixas de cartão que um camião da DHL tratou de levar para aquela que é agora a minha nova casa (traduzindo: o meu paraíso pessoal).
Mobilias, loiças, electrodomésticos, roupas, livros, acessórios... dei por mim a fazer uma selecção do que ia levar comigo, do que ia deixar; de tudo o que um dia fui eu , de tudo aquilo que sou eu hoje e que me irá acompanhar até ao que um dia vou ser.
(É aquela cadeia imparável de acontecimentos que de maneira inevitável vai acabar em tragédia: vida)
Para (grande) descanço de consciência, vi que o que estava nas 93 caixas era bem melhor do que o que ficava para trás, mas... quem é o novo espécimen a quem pertence aquilo tudo?
De repente, sem aquele casaco velho das sestas de Inverno; a mala que comprei por uma ninharia nos saldos e que há anos ocupa o fundo do guarda-fatos sem ser usada sequer uma vez; os sapatos que me destruíam os pés mas que de tão bonitos andavam sempre pelo chão do quarto, só porque eram bonitos; os livros de auto-ajuda que me ofereciam todos os Natais "porque eu gostava tanto de ler" e nunca tinham sido sequer desfolhados (pelo menos por mim)... tantas outras coisas, todas essas coisas que foram ficando coladas aos meus dias só "porque sim"... de repente, perecebi que não me reconhecia.
Nos últimos anos, cresci e mudei como nunca poderia imaginar, a mais do que algum dia ousei aspirar mas continuam a haver dias em que não me sinto confortável nos meus saltos altos.
Ondes estão os meus All Star? O meu casaco cheio de borbotos da sesta de Inverno? A minha SEGA? ...quero jogar Alex Kid!!!
Ao desempacotar 93 caixas, percebi que é bom crescer, mas também ter tempo para o perceber.
Pensando melhor, aqueles livros de auto-ajuda talvez tivessem dado jeito...
Greetings from Switzerland.
Liliana

June 21, 2011
Quatro meses!?
Se não fosse a data registada no último post, eu já não me recordava quando foi a ultima vez que escrevi aqui no site...
Quatro meses!?Ufa!
Mas tenho a dizer: Que quatro meses loucos!Se fosse resumi-los a um post bastaria um titulo de "Lisboa para Vevey" e dava uma boa ideia do lençol de palavras que se seguia...
...mas isso agora não interessa nada!
Quando hoje abri o meu mail tinha o feed de um novo post do blog http://www.thecreativepenn.com/ (se ainda não conhecem, vale bem apena passar por lá), com o titulo "When "real life" gets in the way of writing".Claro que depois percebi que afinal o post não era "novo" e eu é que ainda continuo com as leituras atrasadas, mas a mensagem estava actual para mim e 100% ajustada ao estado actual da minha escrita: inixistente.
Quando voltei ao meu site e vi a data do ultimo post:
"Que vergonha! Quatro meses!? Há que acabar com isto! Escrever um post para desenferrujar os dedos."
Aqui fica um post de regresso, sem
Até breve e boas leituras!
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June 20, 2011
Quatro meses!?
Se nao fosse a data registada no ultimo post, eu ja nao me recordava quando foi a ultima vez que escrevi aqui no site...
Quatro meses!?
Ufa!
Mas tenho a dizer: Que quatro meses loucos!
Se fosse resumi-los a um post bastaria um titulo "De Lisboa para Vevey" e dava uma boa ideia do lençol de palavras que se seguiria...
...mas isso agora nao interessa nada!
Quando hoje abri o meu mail tinha o feed de um novo post do blog http://www.thecreativepenn.com/ (se ainda nao conhecem, vale bem apena passar por lá), com o titulo "When "real life" gets in the way of writing".
Claro que o post afinal nao era "novo" e eu e que ainda continuo com as leituras atrasadas, mas a mensagem estava actual para mim e 100% ajustada ao estado actual da minha escrita: inixistente.
Quando voltei ao meu site e vi a data do ultimo post: "Que vergonha! Quatro meses!? Ha que acabar com isto! Escrever um post para desenferrujar os dedos."
Aqui fica um post de regresso, sem grandes novidades na escrita... so para dizer que deixei de ter o Tejo como cenario e passei aos Alpes.
Ate breve e boas leituras!
LC
February 3, 2011
Os viloes estao na moda !



