L.C. Lavado's Blog, page 25

January 9, 2012

Stephen King: Bag of Bones

Bag of Bones Bag of Bones by Stephen King



My rating: 3 of 5 stars








Já lá vai
algum tempo desde que li Bag of Bones mas só agora é que me deu para comentar o
livro porque é o tipo de aldrabice coisa que faço quando as leituras andam em
atraso : desenterrar livros (bem a propósito deste titulo)




Tive a
oportunidade de ver a mini-série de 2 episódios que adaptou a história a
televisão com Pierce Brosnan no papel de Michael Noonan e pareceu-me a desculpa
ideal para um post sobre mais um mamarracho livro de Stephen King.




Infelizmente
este livro não veio acrescentar nada de novo à opinião que já tinha do
escritor : o homem escreve como se não houvesse amanhã! E embora
nunca se saiba qual é o dia em que ele terá a sua razão, ele continua a
escrever, a escrever, a escrever, e a vomitar tanta palavra para dentro do
livro que acaba por afundar histórias fantásticas em pormenores maçadores e
desnecessários.






Mais uma
vez lembro aos fãs fanáticos de S.K. que não adianta porem-se a deixar
comentários insultuosos e cheios de erros gramaticais mais abusivos que os
meus. (Porque vou apagá-los, é óbvio !)






É um
escritor com uma imaginação admirável e todos os anos peço ao Pai Natal que me
traga uma igual (mas sem o extra espirito menino das trevas ) e sabe criar uma
atmosfera realista excepcional (embora ninguém queira ficar por lá muito
tempo), por isso desenganem-se aqueles que pensam que não admiro Stephen King. Eu,
como o resto do mundo, presto-lhe vassalagem e sinto o carrego da sua obra em
cada livro que leio (geralmente nunca menos de 700 páginas).




Quanto a Bag
of Bones como título individual, é óbvio que terá sempre um lugar priveligiado
no cantinho mais escuro e poeirento da minha memória por o protagonista ser um
escritor e embora na série essa caracteristica tenha sido pouco (e mal)
explorada, no livro é cativante e puxa-nos a sofrer ler até à última página,
que na minha inevitável visão opinativa merecia um bocadito mais de emoção.




A montanha
pariu um rato
nunca foi expressão mais bem empregue num livro.




Estou
satisfeita de SK para os próximos dois anos.




Liliana




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Published on January 09, 2012 10:40

January 4, 2012

Procuram-se: Leitores-Beta








Depois de um 2011 cheio de Edição e não só, 2012 começa com uma nova etapa: We are going Beta!






É chegada a altura de enviar os meus livros para Leitores Beta ávidos por ler uma nova história e prontos a opinar sobre tudo o que lhes passa pelos olhos.



O meu problema?

Só tenho 1 Beta.



Preciso de procurar leitores Opinadores para criar o meu pequeno exército de Betas. A missão é simples: conquistarmos boas histórias.



QUEM procuro?



- leitores (M/F) que apreciam histórias do género YA e Urban Fantasy.

- Devem ser leitores regulares (minimo 2 a 3 livros por mês) idealmente bookworms / bookaddicts / bookjunkies

-Idade minima de 16 anos

-Leitores que estejam dispostos a assumir o compromisso de ler e fazer uma critica sobre o livro, trocar ideias sobre as sugestões / alterações e correcções que surgirem

-Tenho como número ideial de Betas 5, mas dependendo do resultado deste post em encontrar os leitores que procuro pode descer para 3 ou aumentar para 7.



O QUE procuro?



- Opinião honesta. Não estou à procura de leitores passivos que só me vão falar do que gostaram, preciso sim de opiniões genuínas em criticas honestas e fundamentadas sobre o que está bem e o que não está. (Claro que uns elogios não fazem mal nenhum).

- Comentários mais especificos como:

- Personagens: São credíveis? Consensuais? Likeable?

- A história tem um bom ritmo? Arrasta-se ou é demasiado rápida?

- Há inconsistência no enredo? Nas personagens?

- Há algo na história que adores ou odeies? Algo que sejas idiferente e na tua opinião não trás qualquer valor?

- No final da primeira parte, o que pensas que vai acontecer? O que desejas que vá acontecer?

- …e claro, qualquer outra coisa que queiras acrescentar.



Para os leitores que também são escritores e gostam de fazer "dissertações" quando acabam um livro não deixando a localização de nenhuma virgula ao acaso, podem escrever à vontade, não há estrutura fixa ou limite de palavaras nas críticas.



Como tenho 4 livros, há uma maratona de leituras pela frente, pelo que vou tratar cada livro como um projecto individual. Um Beta pode participar em apenas 1 livro ou (caso seja Opinador nato) em todos. (Mais detalhes no futuro apenas para os interessados)



Agora é a tua vez!



Gostavas de ser um leitor beta? Se sim, envia-me um mail para lclavado.pt arroba gmail ponto com e fala-me sobre ti. Ou deixa um comentário aqui pelo blog.



Como sou maçarica nesta coisa de criar exércitos (mesmo que pequenos) se houver mais alguma coisa que queiras saber é só perguntares.



Por favor reenvia este post para todos os leitores que penses poderem ter interesse em tornar-se leitores beta e fazer parte deste grupo de Opinadores.



Durante todo o mês de Janeiro vou receber candidaturas e responder a todas as questões.





Boas leituras!



Liliana





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Published on January 04, 2012 11:30

December 31, 2011

Ponto de Escrita #52: Afinal há mais um










Ah! Ah! 

Por esta não esperavam: um post mesmo nas últimas
horas do ano e… (esta é que é) acabei o meu livro n. 5!!!!!! 

(o fogo de
artíficio vem mais logo)




Aposto que por esta não esperavam.

Bem, nem eu.




A verdade é que depois de ter escrito o post anterior e o
ter visto publicado no Blog (vocês sabem como as coisas parecem diferentes
depois de carregar no botão fatal) fiquei a matutar no projecto em aberto que
estava a borrar o meu lindo mosaico do ano 2011.




Então decidi que tinha de encontrar uma forma de o fazer nem
que tivesse de virar zombie e alimentar-me de pixels. Felizmente não foi preciso chegar a tanto.




Tinha a linha de história na cabeça e embora não tivesse
tempo para a aperfeiçoar era possível escrevê-la antes do final do ano.

Foram precisas algumas horas de escrita entusiástica onde a
velocidade de palavras tecladas por minuto foi posta à prova mas o certo é que
consegui chegar ao "The End"
horas antes das últimas badaladas do ano.




Sobre o livro, o título é "The Writing Heritage"  (Legado de escrita), o meu primeiro livro em
Inglês e por consequência uma GRANDE dor de cabeça!

Mas o meu Leitor Beta (havemos de falar mais sobre o assunto
no inicio do ano) parece satisfeito sobre o resultado e segundo as palavras do
próprio "o melhor dos meus livros até agora."




Como estou a transbordar de orgulho e com o ego a tocar os
picos dos Alpes, aqui fica o 1 capítulo para os mais corajoso lerem… (que o
resto ainda precisa de carradas de edição)





























On the night sky, the moon was so full
and heavy that almost seemed to kiss earth.

Midnight was approaching with the
lightness of seconds, and in the air, the shadows had already surrendered
themselves to the silence of the night.

Stillness, motionless, emptiness.

At the first toll of the church bell,
Arthur took the glass of wine to his lips and crossed the little living room
while flavouring the red smooth liquid in his mouth.

At the third toll of the bell, reaching
the used wooden desk, he pushed the rolling chair. At the fourth toll he sat,
back perfectly straight and align, arms well put while leaving the glass in the
safer corner and the cigarettes opposite to it. At the sixth toll, he opened
the laptop bringing the only light that would live trough the rest of the
night.

His actions, so controlled and precise
by repetition on countless nights, seemed to simply blend with the motionless
around.

On the twelfth toll of the bell,
Arthur's eyes cross the line of smoke born from the cigarette on his finger, trough
the window glass in front, and beyond the narrow city street all the way till
the next building across.

One floor bellow, a feminine figure. She
as well was at the desk, near the window, but her live movements were an unfit
contrast with the stillness of who observed her. Slim fingers constantly
pushing a delete button on the keyboard that for sure erased a bad work.

The two perfect circles that gave
Arthur's eyes the palest beautiful green, shine with an alluring light for what
it would be the thirteenth, fourteenth and fifteen tall bells if they ever
exist.

Emotions almost touch him. For Arthur almost was as good as the real thing.

But he had a book to finish.

The screen in front of him got all his attention
the moment the thought hit him. His fingers started sliding on top of the
single letters, creating a humming sound of the keyboard that would caressed
the air trough the night, that just like all other nights before – and wishful
on Arthur's part, also after – where all about writing.

There was something addictive about those
hours, about start living while the world around seemed to perish.

In six hours the toll of the bells would
return, and in between, he had a book to finish.




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Published on December 31, 2011 00:09

December 21, 2011

Ponto de Escrita #51 :Chegamos ao final





Este será provavelmente o último post do ano... o que é triste.

Desde que comecei a escrever esta é a primeira vez que não tenho um livro para fechar o ano. É verdade que estou a escrever um mas ainda está longe de ser um 1 draft (reparem como não disse "terminado"... há que não esquecer a edição... já não sou a mesma a mesma escritora...); e também comecei o Blog. (Isto dá trabalho gente!)



Em termos pessoais e profissionais foi um ano marcante sem dúvida mas não há tempo para tudo e o final do ano é uma marca que faz parar e questionar se a forma como repartimos o nosso tempo é porporcional à importância que essas actividades tem para nós.



Pus um minuto no assunto e cheguei à conclusão que:

- TV: Demasiado. (Há que pensar em mudar o sofá de sítio)

- Leitura: Não o suficiente. (Carregar o Nook de livros até ter vergonha)

- Trabalho: Continuar a manter serviços mínimos. (A ambição pode causar problemas)

- Comer: Indispensável. (Investigar refeições rápidas ou comer menos, há uns kilos à minha volta que poderia dispensar)

- Viagens: Bom (Mas mais nunca faz mal)

- Limpezas: Indispensável. (Repensar despachar o cão ou arranjar uma empregada)

- Passear o cão: Lá tem de ser. (Resolvido se o despachar, se não, conta como exercicio fisico)

- Ginásio: Inexistente. (Não disse que o cão conta?)

- Banho: Indispensável. (Até um escritor tem de ser assiado, embora alguns deles pareçam discordar.)

- Compras: Bom mas a reduzir. (Compras na net?)

- Festas e Eventos sociais: Um escritor não precisa dessas coisas.

- Facebook: A abater!

- Escrita: Qual era o propósito desta lista? ARRANJAR TEMPO!


Apesar de não haver o livro de 2011 acho que arranjei forma de ultrapassar a minha fobia à Edição e só isso é uma vitória em si porque agora acredito que os meus livros se vão tornar no melhor que poderiam ser. (leram o último post? Os desgraçados tinham cada porcaria escrita que fazia o Pessoa rolar na sepultura.)

É também nesta altura que o mundo entra na euforia dos "Melhores do ano" "Os Piores do Ano" e é claro as famosas "Resoluções".
Para aqueles que têm energia para o fazer: acho muito bem. Quanto a mim, fico-me pelas boas intenções de aprender, viajar, ler muito, escrever mais ainda, continuar a ser uma boa menina (que sou apesar dos pesares), evitar roer as unhas, o sal, o açucar, os saltos altos, a roupa justa (em especial a combinação de ambos), as doenças, o Estado Português, as queimaduras de sol, as queimaduras de gelo, e claro... as estúpidas crises existênciais.


Bom Natal!
Bom Ano Novo!
Boas escritas!



Liliana




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Published on December 21, 2011 13:02

November 30, 2011

Ponto de Escrita #47: Eu escrevi isto?








Por estes dias a minha criatividade tem estado mais miserável do que um cão deixado à chuva.


Não que o meu cão tenha alguma responsabilidade (sou eu que passo horas a babar-me enquanto o vejo a dormir, e logo a seguir a praguejar que nem uma condenada quando encontro mais um chichi no meio da sala para limpar)



Então, com a criatividade pela hora da morte, e para ir fazendo alguma coisinha fora do carrego das 09h00 às 18h00, lá fui tirar o pó aos meus velhos livrinhos e pus-me a editar um deles.



Por esta altura já toda a gente sabe como adoro editar e a seca satisfação que é rever frase por frase, palavra depois de palavra... iupi!!! (alguém por favor tenha mesericórdia e me traga um café!)



Lá vou eu andando pelas páginas como mirone... e volta e meia (como quem diz mais página menos página) dá-me a travadinha:



"Fui eu que escrevi isto!?" (a minha sobrancelha de Popey levanta-se)

"Que grande porcaria!"



(...)



"Fui eu que escrevi isto!?" (Sorriso de Sailor Moon)

"É de génio!"



Claro que o segundo cenário é bem mais frequente (não seria de esperar outra coisa de mim) mas os dois me fazem aperceber de certas coisas:



1 - Editar é importante. (Sim, já o sabia e escrevi muitas vezes sobre isso mas essas vezes não contaram, agora é que é mesmo a sério!)



2 – Existe algum tipo de "in the zone" onde a minha consciência viaja e abandona o corpo enquanto escrevo e faz-me esquecer o que fiz. (Talvez uma nova forma de sonâmbolismo criativo? Não sei. Mas com certeza merece a atenção dos profissionais que trabalham em edifícios onde existem salas com paredes almofadadas e hospedam gente com cortes de cabelo duvidosos.)



3 – O que escrevemos hoje vai sempre parecer uma porcaria amanhã. (Ainda bem que só me ponho a editar anos depois de terminar os livros. Há que conter a frustração. Aqui a escritora precisa de manter o ego bem lustrado .)



4 – Pensava eu que tinha um bom livro quando afinal era apenas medíocre. É preciso vestir a capa de vilão e apagar, apagar, apagar, cortar, colar, copiar e apagar mais um bocado e rescrever sem mesericórdia... uma makeover nunca fez mal a ninguém e um livro não é excepção.



Moral da história: é preciso é continuar a escrever porque mesmo que não saia perfeito o meu Eu escritor de amanhã que trate do assunto!





E... de volta ao editanso...





Liliana



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Published on November 30, 2011 08:40

November 27, 2011

Escritores e mentirosos!




Eles são capazes das maiores mentiras do mundo, das mais elaboradas, das mais belas, das mais horríveis, das mais memoráveis, das mais amadas ...e também das mais mal contadas...

Quem são eles? Eles são escritores! Nós escritores.

Todos o sabemos mas nem lhes tentamos resistir!



Em pequenos fomos ensinados a não mentir.

"Mentir é feio!" (ainda consigo ouvir os sermões)


O tempo é sem dúvida um elemento curioso que nos faz ser parecer parvos quando menos esperamos. Olhem para nós agora: todos orgulhosos das nossas mentiras e a tentar que toda a gente as leia... e (no melhor dos cenários) ainda pague para as ler.


O que somos hoje não será bem o mesmo que seremos amanhã e as nossas mentiras mudam connosco. O meu 1° livro foi um Romance de época passado no Alentejo; o 2° uma história para YA; os dois últimos Fantasia Urbana; e o que estou agora a escrever está a transformar-se num Thriller/Mistério (pelo menos por enquanto).

Fui crescendo ao longo dos anos e gosto de ver que os meus livros cresceram comigo.

A verdade é que existem mentiras tão boas que, seja como escritor ou leitor, desejamos encontrar refúgio nelas e até viver dentro do livro se tal fosse possível. 


Paisagens maravilhosas, heróis, verdadeiras amizades, inimigos apaixonados, aventuras, mistérios e dilemas, desafios, audacidade, orgulho, coragem, vitórias triunfais, o happy ending... porque de repente deixamos de ser mais um entre muitos e somos especiais... mas não esqueçamos que são só mentiras.

Vamos fazendo pela vidinha no mundo real, escrevendo as mentiras às escondidas e uns post sem grande sentido porque todos temos direito a parvicar!
Liliana



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Published on November 27, 2011 06:39

November 4, 2011

Camões morreu, o Bocage e o Pessoa também!






O tempo muda o
mundo, e nós mudamos com ele.




Um dia
escreveram-se epopeias, poemas de escárnio e mal dizer, imprimiram-se panfletos
revolucionários em tipografias, e o Almada denunciou o Dantas.




Hoje há uma nova
geração de escritores com os dedos colados ao teclado e prontos para conquistar
o mudo.
(E não aceitamos menos do que
isso!
)




Camões morreu, o Bocage
e o Pessoa também; e com eles, o seu Tempo. Foram-se as penas e as canetas,
agora temos o teclado. O Escritor é outro, a escrita e as dificuldades também.




Vissemos hoje o
Bocage, ele não iria passar a vida no Nicola; nem o Pessoa na Brasileira; eles
ligavam o computador, iam a um chat-room e tiravam a bica na màquina Nespresso que tinham comprado na Worten do Colombo.
(O que era uma pena porque adoro aquela estátua na esplada da Brasileira, mas
ao preço que está o combustivel mais vale mesmo ficar por casa)




No tempo do
Camões ainda existiam patronos, nobres que apadrinhavam os escritores e / ou lhes encomendavam obras, embora mesmo assim o desgraçado do Camões tenha vivido com a pobreza
sempre à perna. (Contou-me a minha
professora de Português que aquando da sua morte até o lençol para cobrir o
corpo no funeral teve de ser oferecido por um amigo. Se é verdade ou não? Não
estive lá para ver.
)




Hoje é tão triste
que um escritor nem pode ser escritor se não tiver dinheiro!


Vejamos... é
preciso um computador
. Já ninguém escreve um livro à mão! E os loucos que ainda
se agarram à máquina de escrever precisam tirar fotocópias, =  €. Pois!

E quem é que paga
a internet!?
Há que trocar emails com o people
e ler os blogs; mesmo que sejas um anti-social convicto, as editoras privilegiam
a comunicação por mail. (Ou assim me foi dito que eu cá não falo com essa gente)

Para acrecentar a
isto ainda aparece o novo Windows; as actualizações do iOS; a licença do
programa de escrita; as novas músicas no iTunes (um escritor precisa de
música); o Angry Birds... espera, este não é preciso para a escrita... Angry
Birds
... mas que o Bocage ia gostar de o ter ia!




Nós somos jovens escritores no nosso Tempo e temos de escrever
como tal.



Há por aí uns priveligiados
cuja escrita se cruza com o Tempo certo, como Alex Bell, Cecelia Ahern...



Todos eles são
privelegiados por poderem ver as histórias que criam serem lidas por um vasto
público e usufruírem da companhia dos leitores. (Temos de admitir que é bem mais interessante do que ter de esperar 80
anos para isso acontecer. Quem é que tem energia para andar a correr as Feiras
do Livro e a distribuir autógrafos numa idade dessas!?
)




Vamos escrever?
Claro que vamos!




Liliana




PS - Este é um post de Holloween, atrasado graças à Swisscom me ter lixado a net. Não, não foi por falta de pagamento.





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Published on November 04, 2011 13:56

October 25, 2011

Empancaste a escrita toda…





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Empancaste...




...e agora os
meses de trabalho que dedicaste ao teu livro estão resumidos a umas dezenas /
centenas de folhas a ganhar pó na secretária, ou na gaveta, ou num ficheiro no
computador cuja "última data de modificação" é a tua vergonha e só se torna
mais assustadora a cada dia que passa.




Qualquer que seja
a desculpa razão para teres parado de escrever, está visto que precisas de ser
resgatado!




Tcharam!!!

Aqui está o super-post!




Isto é uma
urgência, não vamos perder tempo. Segue as marcas...




Ponto 1) Olha
para o que já tens feito


Lê, relê, risca e
rabisca. Usa um olhar crítico no teu trabalho (o tempo faz-nos ver as coisas de
outras perspectivas) e pensa o que poderá torná-lo melhor? Dá um novo toque à
história com pequenas alterações; elas vão trazer-te de volta a sensação de
"novidade" e o entusiasmo vai vir por arrasto. Uma história com cheiro a mofo
(mesmo que seja a tua) nunca é suficiente para te manter acordado longas horas
na noite ou deixar a cama a frescas horas da manhã
.

Se achares que a
restruturação poderá ter de ser intensa, não hesites, desmanchas a história
toda porque quando juntares tudo outra vez com certeza vai estar melhor.




Ponto 2) Agarra o
bloco de notas e mantém-no ao lado do teclado


Ter a estrutura
geral do teu livro e as notas extra que foste coleccionando ao longo do tempo
ajuda-te a manteres em mente "para onde a história vai" e dá-te mais confiança
no que estás a construir. Para cada capítulo deves ter:

- Personagens
activas;

- Qual a razão de
cada uma das personagens lá estar? Que interesse as move?

- Qual a mensagem
/ importância / acção dentro do contexto global do livro?

- O que vem
acrescentar o capítulo?

Lembra-te que
palavras que não "dizem" nada, não valem nada (delete com elas!)




Ponto 3) Serve-te
da ajuda dos pequenos objectivos


Esquece os
números
. Palavras, linhas, páginas... o número que alcanças agora não interessa
nada. Estás a tentar resgatar o teu ritmo e voltar a escrever, é isso o que
interessa!


Estás no 1º draft;
foca-te na história. Coloca-te um pequeno objectivo com a simplicidade de "hoje
vou fazer com que o personagem principal deixe a cidade"; ou "Até ao final da
semana o primeiro beijo vai acontecer" ou "Não vou dormir até ela conseguir
roubar aqueles sapatos fantásticos"...

Este tipo de
objectivos cujo sentido é mais de compromisso do que "objectivo", têm o duplo
efeito de te pôr a escrever e de te voltar a envolver emocionalmente com a
história e os teus personagens, que depois do abandono te devem estar a parecer mais fantasmas do que outra coisa.




Ponto 4) Agenda a
tua escrita


Sim, assume que
tens um compromisso contigo mesmo.

Marca na agenda
20h00-23h00 "Escrever" ...e não faltes!!!

Se conseguires
acrescentar de Segunda a Sexta, e Sábado e Domingo 09h00-12h00 melhor ainda.

O número de horas
(óbvio) quanto mais melhor, mas aquele que pode ser o truque que te vai trazer
o jackpot das palavras é conseguires integrar a escrita na tua rotina; seja de
segunda a sexta; segundas quartas e sextas; ou sábados e Domingos; duas horas,
três ou quatro; o que importa é saberes que aquele é o teu tempo de escrita e
essa disciplina vai trazer-te mais conforto e deixar o teu cérebro a ansiar por
mais.

Se és daqueles
génios criativos que não se dá com disciplina, então pelo menos regista durante
algumas semanas sempre que escreves. No final faz as contas e analisa se os
resultados de tempo / páginas escritas é suficiente para ti. Se sim, óptimo
(para que é que estás a ler este post?), se não, talvez seja boa ideia pelo
menos tentares a agenda.







Estes são só
alguns truques que te podem ajudar a desencalhar, mas se já passaste por este
momento e sobrevieste com os teus próprios truques, não hesites em
partilhá-los... algumas soluções podem não funcionar uma segunda vez, mais vale
ter um stock delas para prevenção.





Vamos lá
escrever? 




Liliana



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Published on October 25, 2011 11:25

October 8, 2011

Ponto de Escrita #39: O tempo passa, a escrita fica








O tempo passa, e a escrita fica... quase na mesma.




É uma das frustrações crónicas da minha vida e acho que da de todos os "escritores-trabalhadores" (se a designação sequer existe).



Olho pelo canto do olho para escritores a tempo inteiro com um suspiro de inveja…. não há vergonha que me faça parar…





Claro que consigo tempo para escrever mas nunca é o suficiente, e o mais frustrante ainda: quando consigo umas horas e a inspiração dá à sola para outro sítio qualquer bem longe de mim.





O relógio continua a contar que nem um taxímetro e o raio da história empancada no mesmo sítio que nem uma mula!



As migalhas de tempo que se conseguem arrancar do dia pouco dão para além de 1 post expresso para o Blog a desabafar os demónios, umas páginas a caneta e papel no Diário da vergonha, e o desgraçado do livro que só avançou 1700 palavras numa semana.



Não é por falta de "amor". 




Estou a adorar esta nova história que comecei (há demasiado tempo tendo em conta o número de páginas escritas... na linha temporal dos livros anteriores já devia ter terminado) e apaixonei-me pelas personagens desde a primeira palavra mas... tenho medo de perder o entusiasmo... o tempo também faz disso... apaga a atmosfera de magia, esmorece a criatividade e torna tudo superficial, com uma eficácia gélida que pode ditar o abandono de uma história.



Infelizmente não temos todo o tempo do mundo para escrever, há uma validade para cada história que expira com o entusiasmo. Lembro-me que Stephen King fala do mesmo em "On Writting".



Solução? 

Infelizmente não tenho nenhuma, mas (como boa Tuga) há sempre o desenrasca: ir escrevinhando no Moleskine ideias para os capítulos seguintes e assim mantendo a "chama" acesa.

(As paixões precisam de ser alimentadas)

Claro que depois é uma carga de trabalho desvendar o que escrevi por entre tanto gatafunho mas no final lá vale a pena.


Moral da história: para além de usar a imaginação e ser criativo ao criar uma história também temos de o ser quanto à(s) formas(s) de a conseguir escrever.








Liliana





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Published on October 08, 2011 03:22

September 30, 2011

Sobreviver ao génio criativo




Nós escritores somos fantásticos!
(Não há grande novidade aqui)

Fantásticos ao nível dos Deuses , e sejamos francos: são poucas as coisas/pessoas mais fantásticas do que nós.

Mas na maioria das vezes, esta genialidade toda vem com um mau feitio e uma personalidade explosiva que dá que falar. 



A criatividade é uma carga de trabalhos! (Eu que o diga)

As tão famosas "duas partes do cérebro" são como um Tico & Teco cuja energia e constantes disputas transformaram a minha cabeça num condominio demasiado pequeno para tanta idiologia.

Não é acaso que as excentricidades de escritores fazem correr até muito depois de eles desaparecerem... uma vez que não podemos dispensar nem o Tico nem o Teco, nós temos de exteriorizar!
Terapias?



Elas existem.

A escrita é a terapia n.1, por isso não a conseguimos abandonar... mesmo que sejam só umas quantas frases, só algumas páginas, ou só um post. É como uma terapia Freudiana só que em vez de um sofá temos um Blog e porque o Fred já cá não está deixamos a mensagem em aberto para o mundo decidir que a irá ouvir.

Os mais sãos entre nós até conseguem encontrar alívio para além da escrita: desporto, desenho, pintura, fotografia, tricot, renda, ponto-de-cruz...tarot... o diabo a quatro.

Eu estou a lutar por membership neste grupo e por conseguir amordaçar o raio do Tico & Teco em prol de uma existência o mais normalizada possivel.

A boa notícia: acho que estou a conseguir.
A má notícia: nunca se sabe até quando.

Vamos lá escrevendo e alegremente caminhando pela Yellow brick road and hope for the best



Liliana



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Published on September 30, 2011 12:02