L.C. Lavado's Blog, page 23
June 11, 2012
A Bela o Monstro e Eu

Há que confessar! Todas as meninas têm a “sua” história encantada. Aquele conto de fadas que, por mais anos que passem, nunca deixa de fazer sonhar com um mundo encantado em que quase tudo é encantado e pouco que não o é, é ultrapassado com uma grande aventura e recompensado com um final feliz e um “viveram felizes para sempre.”
Cinderela, Rapunzel, Pequena Sereia... a Bela e o Monstro...

No caso do meu devaneio, se há história que nunca falha em pôr-me os olhos a brilhar e um sorriso de Sailor Moon é “A Bela e o Monstro”

Com os anos a passar (não muitos, claro!) apercebo-me que já na infância sabia das coisas:
- Livros são fantásticos e quantos mais melhor!
- Uma pequena vila não têm espaço suficiente para mim, nem capacidade para lidar com as minhas neuroses. Viva a internet!
- Tens de manter o teu pai debaixo de olho ou mais tarde ou mais cedo ele vai fazer asneira!
- Quando pensas que te lixaram a vida, talvez não.
- Um castelo abandonado tem sempre um mistério impregnado nas paredes (para além da humidade e do bolor) portanto mantém os olhos abertos e um Anti-histamínicos à mão.
- Um homem que resmunga demais contigo é porque te quer é beijar. Se és solteira e descomprometida, beija-o tu, pode ser que se transforme num príncipe. Uma dica final, fá-lo quando estiver inconsciente porque se não acontecer nada depois do beijo tens sempre oportunidade de te escapar e esquecer que algum dia decidiste levar a sério alguma ideia vinda de mim.
Hoje continuo a perseguição a novas versões d’ “A Bela e o Monstro”... é inevitável.
Agora os “monstros” são mais musculosos, ainda têm alguns pêlos, mas as cicatrizes e passados violentos são o que mais os torna atormentados e a precisar de salvação. As aventuras são mais violentas. Os desafios diferentes. Os finais felizes mais explícitos.
Na última semana juntei mais um título à colecção com o “Midnight Rising” da Lara Adrian, livro 5 da Série “Midnight”. Antes dele foi “The Darkess Kiss” da Gena Showalter ... “Lover Awakened” da J. R. Ward ... “Dance with the Devil” Sherrilyn Kenyon ... e caso sejas tão viciada em “monstros” como eu há uma listopia inteira dedicada a nós no Goodreads
Como escritora tenho mantido os dedos bem longe do teclado quando me chega a neurose de escrever a minha própria versão. Esta história é o meu Santo Gral e tenho a certeza que para além de ficar (ainda mais) perdida para o mundo real durante os meses em que escrevia a história, no final iria resultar em algo com o título “A Bela o Monstro e Eu” e ainda não estou psicologicamente preparada para algo tão revolucionário.
Boa semana e boas leituras!
Liliana

Published on June 11, 2012 03:41
June 4, 2012
Aqui de escritor para escritor: Que inveja!

Inveja.
A palavra foi arrastada para as temáticas do dia durante uma troca de ideias / discussão / quase a destruir o teclado / monitor a tremer entre maldições e chuva de perdigotos... tudo entre a camaradagem de escritores em “lados opostos” da net.
A conversa ia e vinha com nomes de escritores famosos (que não menciono com medo de represálias... sou escritora não heroína!) e com os escritores as hipotéticas razões para tanto sucesso... se ele é merecido ou não... se as histórias são “verdadeiramente” originais ou não... se a escrita tem qualidade ou não... o que é escrita de qualidade... qual o sexo dos anjos... quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?...
No meio de muita urtiga, a coisa até se tornou interessante.
Para que fique claro, a minha posição usual nestes assuntos baseia-se sempre em dois pilares dourados:
1° - Não usar o “achómetro”. Porque o “eu acho que...” nunca leva ninguém longe e mais vale agarrarmo-nos às poucas certezas que vêem do que aprendemos pelo caminho.
2° - O ganho vai em procurar entender o que está bem, adaptar, usar, melhorar, e crescer. Nunca ninguém foi para o inferno por seguir bons exemplos (ou assim fui levada a crer)
Ao contrário do que seria de esperar, no meu dicionário “inveja” está entre os adjectivos positivos... e no grupo VIP dos mais proveitosos!
Não há sentido em ter vergonha da inveja, ou cometer o erro de a esconder e deixá-la apodrecer num canto escuro até ela se transformar em ansiedade fora de validade, frustração mal cheirosa e más energias inúteis.
O ganho vai em transformá-la em objectivos.
Se sinto inveja de alguém é porque alguém tem o que eu gostaria de ter.
"O que é que devo fazer para o conseguir?"
Não é a pergunta que faz sentido que se siga?
Não é preciso ir tão longe ao ponto de o transformar num post e o espalhar pela net... mas toda a gente sabe que tenho um pézinho sempre posto no dramático.
O importante é conservar as boas energias, continuar a teclar e fazê-lo cada vez melhor... o resto é história!
Liliana

Published on June 04, 2012 07:37
May 22, 2012
Quantos livros são demasiados livros?

Numa das últimas visitas à minha livraria preferida (a que tem paredes de tijolo, prateleiras em madeira e vende livros em papel) dei por mim a desejar encontrar “aquele” livro que me fosse cativar para a sua capa única, que tivesse o peso ideal quando o levantasse da prateleira e o voltasse nas mãos, e no instante em que percorresse o texto da sinopse no verso, as palavras soassem como um feitiço perfeito para o meu cérebro. Depois, depois eu ia enrolar uma mecha de cabelo em torno do dedo e guardá-la atrás da orelha com aquelas palavras a espalharem a imaginação de uma nova história e a ansiedade infantil de a ler.
Percorri as estantes por mais alguns minutos mas infelizmente não o encontrei.
No caminho de regresso a casa, sem livro nem ansiedade, apanhei-me a pensar “porque é que há tanto tempo não me cruzo com um daqueles livros que nos conquistam desde o primeiro capítulo e nos ficam na memória para sempre?”
Por entre as possíveis respostas que me apareceram, a que empacou comigo foi: estou a tornar-me numa céptica.
Li tantos livros, tantas histórias, as mesmas histórias contadas de diferentes maneiras... que nos últimos tempos já não me consigo deixar encantar.
Quando foi a última vez que dei 5 estrelas a um livro no Goodreads? ...Há pelo menos um ano.
A culpa não pode ser dos livros. Não existem maus livros. Existem más escolhas de livros.
Portanto a eu (leitor) sou o problema aqui!
Mas... más escolhas durante tanto tempo!? (quero acreditar que não sou assim tão falhada)
Será que perdi a “mente livre” de leitor?
Talvez o facto de também ser escritora o pode explicar em parte... estar constantemente a analisar... a investigar... a esmiuçar o texto, a despir a história até lhe encontrar o esqueleto... a estudar o trabalho dos outros... ou... ou será que existe uma quota máxima? Será possível que existe um número máximo de livros e histórias que o cérebro é capaz de apreciar? De se deixar encantar? E quando chegamos a esse limite a capacidade de nos maravilharmos desaparece?
Não sei.
O certo é que o problema continua comigo, seja lá qual for a resposta.
E até que ao dia em que tudo volte ao normal, decidi ir explorando as biografias.
E vocês? Alguma coisa do género?
O que acham da minha teoria? Recomendações? Mézinhas? Cházinhos? Canjas de galinha?
Há um número? Quantos livros são demasiados livros?
Ou é tudo apenas a soma de más escolhas e falta de sorte?
Liliana

Published on May 22, 2012 11:39
May 17, 2012
Diz-me como escreves, dir-te-ei o escritor que és

Há alguns dias cruzei-me com um artigo que especulava sobre a influência dos instrumentos utilizados pelos escritores no seu tipo de escrita e na qualidade do que escrevem.Um exemplo mencionado foi o de Nietsche… que supostamente quando passou a utilizar a máquina de escrever perdeu stamina.
Achei o tópico curioso e que valia a pena roubá-lo aqui para o Blog.
Como sempre, não resisto a opiniar e pûs-me a olhar para a minha secretária à procura do que lá estava... as minhas ferramentas de escrita.
Tenho a minha teoria!
E porque o resultado é curioso aqui estou a escrever este post.(Preciso de mais opiniões.)
Por ridículo que possa parecer à minuscula parte racional do meu cérebro, as escolhas de ferramentas parece ter mesmo influência no que escrevemos... Ou pelo menos no meu caso tem.
Sempre que escrevo um post para o Blog faço-o a caneta e papel, à boa maneira antiga, num qualquer caderno velho ou folha que esteja à mão, com uma caligrafia que faria a minha professora da primária orgulhosa porque são tal e qual os gatafunhos de há mais de 20 anos atrás.
Quando escrevo notas e memos para o livro em que estou a trabalhar, uso sempre lápis e faço-o num Moleskine (para quem não conhece, é o bloco de notas mais overpriced que existe).
E quando estou realmente a escrever o livro, uso o computador porque aquele murmurinho das teclas me alimenta o entusiasmo e parece ele mesmo capaz de dar o ritmo perfeito a cada cena.A fonte da letra, nunca igual à usada para posts.
Não digo que escrevo melhor ou pior pelo que utilizo para o fazer, ou que não consigo escrever um post a lápis ou notas num guardanapo porque existiram momentos em que fiz ambos, mas definitivamente faço-os de forma mais natural quando uso as ferramentas certas e tudo parece ganhar uma voz mais verdadeira. Adaptar.
Agora digam-me lá vocês, isto é tudo mais uma mania da minha imaginação, ou também vocês prcisam de diferentes rotinas e métodos ao escrever diferentes estilos?
Liliana

Published on May 17, 2012 07:04
May 8, 2012
Vinda do Além

Não, eu não morri nem voltei miraculosamente à vida… embora, pelo tempo que já lá vai desde o meu ultimo post, acredito que deve haver gente por aí a fazer umas apostas.
A verdade é que passar por estas últimas semanas me parece que estou acabada de chegar do Além… perdi em grande e ganhei em grande…
Lições aprendidas. Agora há que viver com isso.
E “só para variar” as lições vêm dar à escrita.
Há alguns dias que tinha o bloco de notas aberto para escrever este post e até há minutos atrás que a folha continuava imaculada e sem palavra ou rabisco que lhe valesse.
Quando escrevo um novo post, as palavras do título são as primeira que escrevo e nunca são alteradas. Nunca.
Ele é como uma “promessa”. Algo que me apercebo que quero escrever e ao longo do post me mantém a escrita na linha com a disciplina para discursos que tendem ao caótico.
Toda a gente sabe o susto que é a cabeça de um escritor e toda a gente sabe que na minha há muita coisa assustadora… mas o writer's block nunca é uma delas.
A razão para a demora no post era simples: coisas aconteceram e eu mudei.
Sim… é como se tivesse vindo do além.
Olho em volta e não é igual.
Há alguém que já não está lá. Há coisas que estavam e as perdi. Há coisas que desejei e que agora tenho e que… não sei que fazer com elas. E depois, há o que continua comigo, como sempre.
Existe um tempo para tudo, onde não importa o que lhe pertence, mas apenas que o façamos bem.
Acreditem, não há erro em questionar.
Por fim, as palavras do título.
Comecei de novo a escrever.
E depois… tudo vai correr bem…
(desde que consiga que os próximos posts façam algum sentido, porque este… pufff! está mais para montanha russa)
Liliana

Published on May 08, 2012 12:17
April 17, 2012
Um “Verdadeiro” escritor? Não percebo.

O que é um “verdadeiro” escritor?
Aqui está uma questão que enche a caneta vermelha o post-it mais antigo (que é como quem diz com maior mau aspecto) que anda pelo meu Moleskine.
É fácil lembrar-me de quando o colei no interior da capa; foi o dia em que terminei o meu primeiro livro, e só quem já passou pelo momento em que se escreve a palavra FIM consegue ter uma ideia do quão estupidamente orgulhosa eu estava de todas aquelas páginas.
Então veio a pergunta: “Agora sou uma escritora... a sério?”
A pergunta veio rápido e fácil, mas a resposta é claro que não!
Com mais uma pequena obsessão na cabeça, andei a magicar no assunto nos tempos que se seguiram.
Eu sempre tive uma “queda” para as letras.
Quando no secundário os meus colegas juntavam dinheiro para as festas, gomas, gelados e alcool eu aplicava o meu em livros... tudo bem, também umas gomas de vez em quando, e o alcool é um segredo a nunca revelar.
Saramago foi uma má escolha, digo-vos que não fiquei feliz com esse investimento.
Quando as minhas amigas compravam a “Ragazza” e depois a “Cosmopolitan”, eu comprava o falecido “Independente” e mais tarde o “Público”... sim, eu era uma alma assim tão velha e tão pouco interessante na altura, e durou ainda mais uns anos, até que comprei o meu primeiro baton aos 25 (sim, 25 anos, não é gralha) e houve uma revelação!
Mas muito antes disso, nos primeiros anos de faculdade, escrever um livro nunca me tinha passado pela cabeça.
O “eu quero ser uma escritora” muito menos!
De um momento para o outro, lá estava eu, com um livro no PC que na primeira página tinha o meu nome em letras grandes e em todas as outras em letras mais pequenas, cabeçalho e rodapé.
Era um livro TODO meu!
“Eu sou uma escritora?”
Estava um 31 armado!
Resolvi ir por partes.
Para saber se era uma escritora tinha de definir um escritor.
O dicionário dizia:
escritor |ô| s. m. Autor de obras literárias ou científicas (com relação ao estilo, à forma que emprega).
Naaaa.... nada disso!
Era demasiado simples para responder a uma questão existêncial.
Eu precisava de uma lista! (as listas são sempre bons organizadores de ideias)
Já não tenho a lista “original” mas lembro-me que o resultado foi algo assim: (não riam!)
O que os escritores fazem:
- pensam
- escrevem o que pensam
- sentam-se em cadeiras e escrevem
- sentam-se em sofás/poltronas e lêem
- terminam o que escrevem
- têm livros nas prateleiras das livrarias
- correspondem com editores e leitores
- distribuem autógrafos
O que os escritores são:
- inteligentes
- apaixonados
- obsessivos
- imaginativos
- observadores
- livres
- escêntricos
- originais
A julgar pela minha lista, eu era “quase” uma escritora. O hegocêntrismo de filha única preenchia quase todos os requesitos mas os meus livros não estavam nas prateleiras das livrarias e a única correspondência que tinha trocado com editores resumia-se a dois emails de rejeição.
E isso fazia de mim o quê? (para além de parvinha é claro)
Foi neste ponto que desisti.
Finalmente chegou um dia em que vi a questão pelo que realmente era: tudo tretas que não valem uma urtiga! Mas para chegar ao ponto C, passar pelo A e pelo B é a linha da aprendizagem.
Não se riam de mim. Na altura era o que tinha, a minha confiança de avestruz fez-me agarrar a esta lista por tempo demais e corar que nem um semáforo vermelho só de pensar em algum dia dizer em voz alta “sou uma escritora”.
Tenho a certeza de que não estava sozinha e que até hoje existem muitos outros Escritores Exploradores presos atrás da linha que supostamente destingue “verdadeiros” escritores do resto do mundo. Muitas palavras passaram pelos meus olhos desde essa altura, escritas por outros escritores com as mesmas questões e outras escritas por mim, e com elas veio o que realmente me faltava há cinco anos atrás: confiança.
Hoje os artigos urtigosos que me tentam convencer de que preciso cumprir os padrões que alguém define como “verdadeiro” escritor para se ser escritor, são todos urtigas para mim e devem-no ser para ti também se te estão a impedir de fazer, dizer ou escrever alguma coisa.
Porque no final, o dicionário estava certo e a resposta era simples.
Há sempre dias em que nos questionamos, em que voltamos a duvidar, e esses dias vão continuar a existir porque faz parte de ser escritor, de ser humano, e quando esses dias vêm eu puxo-me as orelhas, páro, faço-me olhar para tudo o que já fiz e depois escrevo posts como este.
O escritor é um livre artista da palavra. É a definição que escolho. E mesmo nos dias em que não me sinto artista, não faz com que o deixe de ser.
Manda para as urtigas esses urtigosos que tentam dizer-te o que és, como és, o que deves ser, como deves ser... porque se escreves, se fazes um bom trabalho, então és um escritor! E o escritor que és ou queres vir a ser só tu podes defini-lo.
Conta aqui que escritor és e mostra o que andas a escrever (são permitidos links para blogs, posts, sites e tudo o mais que consigas carregar nos comentários)
Vamos lá escrever? ...(o resto toda a gente já sabe!)
Liliana

Published on April 17, 2012 06:09
April 11, 2012
As paixões

Existem pessoas que sabem qual é a sua paixão desde o dia em que nascem, outras passam a vida a tentar encontrá-la, e outros simplesmente tropeçam nela num dia que poderia ter sido como qualquer outro.
Infelizmente eu não pertenço ao primeiro grupo, mas tive o privilégio de estar no último.
A escrita foi o meu tropeção.
E que surpresa!
Na minha família ninguém tem qualquer ligação ao mundo da escrita, nunca sequer fui incentivada a fazê-lo, e pela altura em que li o 1° livro tinha uns 15 anos e foi por acidente... o meu tropeção.
O 1° livro que me "caiu nas mãos" aconteceu numa noite em que fui (mais uma vez) arrastada pelos meu pais para uma festa entre amigos e quando (mais uma vez) me pus a explorar a uma casa em busca de silêncio. Encontrei-o numa sala revestida a livros.
Tinha no título "Os Filhos da Droga", era uma edição do Circulo de Leitores, e a escolha não foi resultado de curiosidade nem interesse pelo tema, foi apenas a escolha fútil de uma adolescente, porque na capa estava uma rapariga que achei demasiado parecida comigo para a ignorar e porque no rosto tinha uma expressão tão melancólica quanto eu me sentia.
Naquela noite abri pela primeira vez um livro da minha escolha (por mais acidentais as circunstâncias ou vazios os motivos) e foi o início de uma longa amizade.
Passar de amizade com a leitura para uma paixão com a escrita foi como caminhar e começar a correr. Uma questão de tempo.
Comecei a escrever na faculdade, notas soltas, guardanapos, blocos de notas, ficheiros word esmagados em pastas electrónicas... tudo o que permitisse escrever.
Como em todas as paixões, existiram momentos de felicidade criativa, dúvidas existenciais, ansiedade, desespero, tendências destrutivas, o desejo de encontrar coragem para apagar todos aqueles ficheiros no computador, calar a imaginação e pendurar as botas...
Entre este ciclo vicioso, e a vida que vai passando pelo meio em mais de 10 anos desde aquela noite com o 1° livro, hoje sou eu quem tem paredes forradas a livros onde 4 deles têem a minha assinatura.
Liliana
Nota: Este texto é retirado do original em entrevista para o Blog "O tempo entre os meus livros"

Published on April 11, 2012 11:45
April 5, 2012
Ler, Escrever, Ler, Escrever, Ler…

Deve ser das poucas coisas em que todos estão de acordo.
Se queres ser um bom escritor, tens primeiro de ser um excelente leitor.
Mais um pré-requisito a juntar à lista.
Dizem que ler melhora a escrita.
"Mas se eu mal tenho tempo para escrever duas palavras como é que ainda tenho de enfiar horas de leitura num dia!?" Perguntam vocês e eu aceno em concordância.
Resposta: Desenrasca-te! (É uma palavrinha tão Portuguesa e tão fantástica)
Quando somos apaixonados pela escrita (ou qualquer outra coisa) arranjamos sempre uma forma. Podemos ter de sacrificar outras coisas (como sono), mas no final vale sempre a pena. Ou, se é de algum consolo, pensa que é inevitável, não vais conseguir passar sem escrevinhar umas palavras, nem que seja num guardanapo, portanto mais vale tentar fazê-lo da melhor forma possível.
Ao ler temos o duplo bónus de fazer algo que nos dá prazer e ao mesmo tempo é um exercício para melhorar a escrita.
Aqui vão umas dicas para tirares o melhor partido da leitura:
- Leitura crítica. Lê não só com olhos de leitor mas também de escritor. Não estou a referir-me apenas a gralhas gramaticais, mas também a linha de história, como ela conduz o leitor, as personagens, o que te faz simpatizar ou não com elas, a forma como o autor as caracterizou, as escolhas de nomes; o que te causa respostas emocionais, porquê? Diálogos, descrições, temas, simbolismos...
- As tuas escolhas devem cair (na sua maioria) em livros do género que queres escrever mas não exclusivamente. Mistura o que existe com algo diferente e o teu próprio estilo é a melhor combinação que pode acontecer.
Agora, depois de ler, é só escrever. Assim tão fácil!
Liliana

Published on April 05, 2012 12:09
March 28, 2012
Manter a escrita na linha

Somos escritores!
Obstinados!
Criativos!
Génios!
Geniais!
Divinais!
E graças a todas estas virtudes (e muitas outras é claro) somos descarrilados porque passamos demasiado tempo a imaginar, a discutir ideias tão semelhantes que só dentro da nossa cabeça não são a mesma e na procura da palavra perfeita mesmo que nunca vá ser escrita nem lida.
Temos carragadas de ideias, mas nenhuma delas vem com um livro de instruções em como as pôr no papel, como as partilhar.
Felizmente existe a internet e posts em Blogs.
- Encontra as tuas ferramentas de escrita, o teu espaço e o teu tempo.
Cenário não é importante só para a história... Quarto? Sala? Escritório? Cozinha? Biblioteca? Café? Seja lá onde for, quando for, de manhã, à tarde, à noite ou madrugada, leva contigo o que te liberta a imaginação... Caneta? Lápis? Papel? PC? Portátil? iPad? Gravador de voz?
- Ainda perdido e não fazes ideia do que escolher no menú anterior?
É normal, cada um tem a sua forma única de escrever. Para descobrires a tua podes começar um diário de escrita, não para te pores com objectivos, mas para registares todos os momentos que escreves, como escreves e o número de palavras/páginas. Ao longo do tempo isto vai permitir que encontres um padrão na tua escrita e percebas quando, como, e o quê serve a tua escrita melhor.
- Agarra-te às paixões.
O que é que faz o teu coração bater mais depressa? Uma história de amor? Uma aventura? Um mistério? Terror? Poesia? Fantasia? Cães? Gatos? Papagaios? Piriquitos?
- Tens um herói? Admiras alguém? Ele(a) é o teu mentor. Não o percas de olho.
- Lê. Lê. Lê. Lê. Lê... e lê mais um bocado.
- Lê o género que queres escrever. Mas não só.
Ao leres outros géneros vais poder construir a tua escrita com algo que não é usual.
- Não empanques a escrita a tentar ser original. Sê apenas tudo mesmo. É garantido que não há mais ninguém igual a ti portanto...
- Partilha o que escreves (primeiro) com alguém em quem confies. Há tempo para que te atropelem o teu pobre livro. Antes de enviares o teu trabalho janela fora certifica-te que estás forte e confiante o suficiente para aguentares com as criticas que se seguirão.
Cada génio com as suas manias. Com certeza nem todas podem servir para ti, mas se alguma conseguir ajudar-te é mais um passo em direcção à perfeição. Se tens outras, partilha-as aqui que todos bem precisamos da ajuda .
Vamos lá a escrever!

Published on March 28, 2012 11:33
Manter a escrita na linha

Somos escritores!
Obstinados!
Criativos!
Génios!
Geniais!
Divinais!
E graças a todas estas virtudes (e muitas outras é claro) somos descarrilados porque passamos demasiado tempo a imaginar, a discutir ideias tão semelhantes que só dentro da nossa cabeça não são a mesma e na procura da palavra perfeita mesmo que nunca vá ser escrita nem lida.
Temos carragadas de ideias, mas nenhuma delas vem com um livro de instruções em como as pôr no papel, como as partilhar.
Felizmente existe a internet e posts em Blogs.
- Encontra as tuas ferramentas de escrita, o teu espaço e o teu tempo.
Cenário não é importante só para a história... Quarto? Sala? Escritório? Cozinha? Biblioteca? Café? Seja lá onde for, quando for, de manhã, à tarde, à noite ou madrugada, leva contigo o que te liberta a imaginação... Caneta? Lápis? Papel? PC? Portátil? iPad? Gravador de voz?
- Ainda perdido e não fazes ideia do que escolher no menú anterior?
É normal, cada um tem a sua forma única de escrever. Para descobrires a tua podes começar um diário de escrita, não para te pores com objectivos, mas para registares todos os momentos que escreves, como escreves e o número de palavras/páginas. Ao longo do tempo isto vai permitir que encontres um padrão na tua escrita e percebas quando, como, e o quê serve a tua escrita melhor.
- Agarra-te às paixões.
O que é que faz o teu coração bater mais depressa? Uma história de amor? Uma aventura? Um mistério? Terror? Poesia? Fantasia? Cães? Gatos? Papagaios? Piriquitos?
- Tens um herói? Admiras alguém? Ele(a) é o teu mentor. Não o percas de olho.
- Lê. Lê. Lê. Lê. Lê... e lê mais um bocado.
- Lê o género que queres escrever. Mas não só.
Ao leres outros géneros vais poder construir a tua escrita com algo que não é usual.
- Não empanques a escrita a tentar ser original. Sê apenas tudo mesmo. É garantido que não há mais ninguém igual a ti portanto...
- Partilha o que escreves (primeiro) com alguém em quem confies. Há tempo para que te atropelem o teu pobre livro. Antes de enviares o teu trabalho janela fora certifica-te que estás forte e confiante o suficiente para aguentares com as criticas que se seguirão.
Cada génio com as suas manias. Com certeza nem todas podem servir para ti, mas se alguma conseguir ajudar-te é mais um passo em direcção à perfeição. Se tens outras, partilha-as aqui que todos bem precisamos da ajuda .
Vamos lá a escrever!

Published on March 28, 2012 11:33