C.N. Gil's Blog, page 3

November 13, 2016

November 11, 2016

Há pouco...

-Mas... Não gostas de mim? - Perguntou ela, com um ar meio admirado, meio espantado, meio a fazer quase um beicinho (se calhar um terço de cada, vá) que poderia eventualmente fazer derreter uma estátua de pedra, mas que não causou qualquer efeito!
-Pá, é assim, eu gosto de salmão, gosto de carne de porco, de vaca, de batatas, de couves e bróculos, gosto mesmo de bué cenas,... - respondi eu - ...mas de ti não sei até porque nunca provei e como não tenciono vir a provar, vamos ficar ambos os dois na dúvida...

Há mulheres que pensam que por ter um bom rabo o mundo tem de lhes cair aos pés...
...e eu até aprecio o rabo, mas o que me faz gostar de alguém não se consegue ver...
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Published on November 11, 2016 08:00

A história mais estúpida de "Treta de Cabos"...

…e eis que chegamos à história que oblitera por completo todas as outras!
Esta história é tão implausível que muitos dos que testemunharam os acontecimentos ainda têm alguma dificuldade em perceber se o que aconteceu foi verdade ou não.
Como todas as histórias, esta começou de maneira insuspeita, num dia absolutamente vulgar, com tudo a passar-se dentro dos parâmetros da normalidade possível.
Ninguém tinha combinado encontrar-se com o Peles no café do costume à hora do costume. Depois de um dia de trabalho sem qualquer acontecimento, viagens e comutações em transportes públicos onde não aconteceu nada fora do normal, ei-lo que chega ao café.
Assim que entrou, olhou para o canto do balcão onde estava a máquina de joguinhos da treta onde o Peles costumava estar sempre no vício mas,…
…o Peles não estava lá!
-Pá, o Peles? – Perguntou de imediato ao proprietário do estabelecimento.
-Ainda não o vi hoje!
Aquilo era estranho! Ainda assim, e uma vez que tinham combinado estar ali àquela hora, sentou-se e pediu uma “mine”!
Ninguém estava ligeiramente preocupado, mas mais ninguém parecia estar.
Estava a meio da “mine” enquanto observava desinteressado um jogo qualquer de futebol entre duas equipas das quais nem dos países ouvira falar, quanto mais das ditas, quando se ouve uma ligeira comoção à porta do café, no patamar das escadas que davam para a porta do rés-do-chão alto. Ninguém desviou a sua atenção do jogo, ao qual já não estava a prestar atenção nenhuma, e olhou para a porta, confirmando a chegada do Peles.
E eis que este entra pelo café adentro, com umas calças de fato de treino invulgarmente largas, a andar de perna aberta como se fosse um cowboy acabado de fazer trezentos quilómetros a galope. Sentou-se, a custo, ao lado de Ninguém e disparou de imediato:
-Bolas pá, nunca fui tão mal tratado aqui. Estou aqui há quase dois minutos e ainda ninguém me serviu uma “Mine”!
-Calma pá! Não tenho quatro braços… - respondeu o proprietário. O Peles vira-se finalmente para Ninguém e diz:
-Já viste isto? N’á respeito… Já táje aqui há muito tempo?
Ninguém olhou para ele e limitou-se a dizer:
-Boa tarde para ti tamãe! Há meia “mine”, mais coisa menos coisa…
E nisto chegou a “mine” do Peles, que deu de imediato um gole.
-Já me sinto melhor! – Disse este depois de molhar a garganta.
-Por falar em sentir melhor, que é que te aconteceu pá?
-Olha, nem quero falar nisso.
-Mas convém! Entras aqui com um andar novo… A malta ainda fica desconfiada! Andaste a dar o c…
-Pxoi! Atão?! Tás parvo ou quê? Nada disso, moço.
-Atão é melhor desbroncares-te…
O Peles fez um ar resignado e, ao mesmo tempo, o resto do pessoal que estava no café, razoavelmente cheio, começou a insistir com ele para contar.
-Prontos, tá bem, eu conto. – Acabou por conceder o Peles. Ao fazê-lo até o pessoal que estava à porta a fumar veio para dentro do café, na esperança de saber a razão daquele estranho andar.
-Atão é assim,… - continuou ele para Ninguém - …sabes que a minha velhota foi operado a um pulso…
-Yá.
-Pois… Bem, lá o people do Hospital deu-me umas compres-sas, éter, e ensinou-me a mudar-lhe o penso, para não ter de ir para um centro de saúde todos os dias.
-Olha, fixe! E então?
-Bem, ontem à tarde, cheguei a casa, fui para lhe mudar o penso e usei umas compressas com éter para limpar a ferida. Depois mandei aquilo para a sanita e não me chateie mais. Entretanto, daí a um bocado, deu-me vontade de arrear o calhau e lá fui…
Por esta altura até o volume da televisão tinha sido cortado e o Peles tinha uns vinte e muitos pares de olhos ansiosos a olhar para ele como Ninguém. Continuou.
-Bem, lá tava eu, e sabes como é que é, uma gajo tá ali sem fazer nada… Lembrei-me que me tinham trazido uns produtos medicinais e entrei naquela de ir adiantando a cena. Parti um cigarro ao meio para misturar e, enquanto fazia a mistura acendi a outra metade e fui fumando. Quando o cigarro acabou, dei a ultima passa e mandei-o para a sanita…
O ar do Peles ficou estranho, como que se lembrando de uma recordação dolorosa, e deu mais um golo na “mine” como que para ganhar coragem para continuar.
-E depois? – Alguém perguntou.
-Olha, depois, assim que o cigarro chegou lá abaixo a sanita explodiu e eu tive direito a uma depilação instantânea!
-Atão mas tu não tinhas descarregado as compressas? – Ninguém perguntou.
-Não men, mandei-as para lá e nem me lembrei mais disso.
-Atão foi o éter que explodiu!
-Yá! Até a gaita tenho queimada, pá… Nos últimos tempos nem tenho tido grandes oportunidades de dar uso a isto, mas agora, mesmo que apareça…
O ar triste do Peles dizia tudo. Num acto de rara solidariedade o café manteve-se em silêncio com ele…
…durante uns trinta segundos, antes de ter explodido numa gargalhada!

***

Cerca de um mês depois o Peles tinha ganho a mania de ir sozinho para o estúdio, aproveitando as suas férias, para ir gravando algumas ideias que tinha. Numa dessas sessões tinha contado com a participação do seu irmão e tinha escrito uma obra que é hoje um clássico, mas apenas dentro daquele estúdio, chamada “Stresstraumático” e que é um testemunho desta sua vivência.
Mais tarde, em conversa entre todos, acharam que, caso lançassem um segundo CD esta obra faria parte como faixa mesmo ultra bué escondida…
…ou então não!

(Nota: O Peles insiste que seja aqui afirmado que, apesar das lesões, está plenamente recuperado o uso de todas as funções do seu aparelho reprodutivo. E esta nota está aqui mesmo só por insistência dele, porque mais ninguém tem vontade de comprovar ou mesmo de saber se funciona ou não…)

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Published on November 11, 2016 06:41

Por aqui...

...continua o escândalo!

Depois de ontem ter escandalizado toda a gente por estar a ouvir Megadeth...
...Hoje todos olham de lado para mim por estar a ouvir música estranha (ou seja, não é Kizomba nem Kuduro nem Forró) com quebras esquisitas e coisas sem aparente nexo...

...até me perguntaram se era jazz (com aquela cara de quem chupa um limão, que isso do jazz é só para malta que tem a mania que é intelectual e eu sou só um gajo reles que parece metaleiro sempre vestido de preto e com um blusão de cabedal já coçado da idade e não tenho uma aura muito intelectual), mas o choque foi ainda maior quando disse que estava a ouvir metal progressivo, o que para a maior parte do pessoal é tão inteligível como os hieróglifos Egípcios!

A curtir a discografia completa de Dream Theatre! Tipo maratona!

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Published on November 11, 2016 04:43

Nunca fui fã da voz de Cohen...

...mas a sua música falava por si e as suas palavras também!
O Hallelujah, na versão de Jeff Buckely, é uma das minhas musicas de referência...

Este ano está a ser uma bosta a todos os níveis! Acho que vai ser muito complicado explicar o anos de 2016 às gerações futuras! Está a ser um ano que empobrece o mundo de uma maneira vertiginosa...


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Published on November 11, 2016 01:55