Cristina Torrão's Blog, page 35
March 19, 2018
Conversões Forçadas na Coreia do Sul
Há uma realidade, na Coreia do Sul, desconhecida pela
comunidade internacional, e para a qual a ONG HAC (Human Rights Association for Coercive
Conversion) tenta chamar a atenção.
Trinta por cento da população coreana é
cristã, mas são várias as confissões do cristianismo professadas, entre o catolicismo e o protestantismo. Segundo a HAC,
existe uma verdadeira «guerra entre igrejas» (com dinheiro à mistura, claro) e há pessoas, normalmente, jovens, a serem convertidas
sob enorme pressão e maus-tratos.
Baseada no caso de uma coreana de 25 anos, que acabou
por morrer vítima da pressão e dos maus-tratos exercidos pelos próprios pais,
instigados por um dos pastores especializados nas conversões forçadas, a HAC tem vindo a organizar manifestações
em vários países. A 17 de Fevereiro passado, houve uma manifestação em Berlim,
na qual participou Alfredo Estevão, lá residente, e que me fez chegar
este vídeo, com pedido de divulgação. E eu achei por bem divulgar. Pelos
Direitos Humanos!
Published on March 19, 2018 03:21
March 17, 2018
Voar Sem Asas
© Horst Neumann
Faço parte de um grupo de pessoas que, de vez em
quando, se organiza no projeto Acrescenta Um Ponto Ao Conto .
Cada um de nós escreve um capítulo de uma história. Quem escreve o primeiro, dá
o título e a ideia, que vai sendo desenvolvida pelos outros.
Não é fácil escrever uma história a várias mãos, pegar
num capítulo que não foi escrito por nós, sem saber das intenções do seu autor,
e dar-lhe continuação. Também nem sempre o enredo segue uma linha, digamos,
pacífica, ou contínua, mas é um interessante exercício de imaginação, sempre
útil a quem escreve.
Voar
Sem Asas é o título da nova história (a terceira em que
participo) e calhou-me em sorte o Capítulo V. Foi publicado ontem e podem lê-lo,
clicando no nome do projeto, lá em cima. O link
leva-vos ao blogue, onde as histórias são publicadas.
Published on March 17, 2018 09:55
March 13, 2018
O Crime de Serrazes
«A vida escreve as melhores histórias» - a frase
poderia servir de mote a este livro que nos conta um crime ocorrido a 26 de
Julho de 1917, na Casa das Quintãs, mais conhecida por Solar dos Malafaias, em
Serrazes, concelho de S. Pedro do Sul. Seria difícil engendrar crime mais
obsoleto e insólito, um crime que destruiu uma família, não só pela perda de um
dos seus membros, mas também pela campanha de difamação que se lhe seguiu,
crime perpetrado por ganância e, podíamos dizer, também por mero capricho, motivado
por uma psique doente e manipuladora. É um bom exemplo da obscuridade da mente
humana.
O livro tem uma parte ficcional e outra factual, o que
o torna aliciante, tanto como romance, como objeto de estudo. Até à ocorrência
do crime, António Breda Carvalho apresenta-nos a família dos Malafaias e
narra-nos acontecimentos ao estilo de romance de época, no seu modo assertivo e
literário, ao mesmo tempo (ver também O
Fotógrafo da Madeira e Os
Azares de Valdemar Sorte Grande ).
Também a descrição do crime tem
alguns elementos ficcionais, embora menos do que na parte anterior. O livro é, enfim,
completado com a transcrição de alguns depoimentos dos criminosos, de atas de
audiências e dos dois julgamentos, de notícias da imprensa e de cartas escritas
por um dos criminosos. Verifica-se uma campanha de difamação da família dos
Malafaias que conseguiu manipular a opinião pública, pondo-a do lado dos
assassinos!
Trata-se de uma história fascinante, que podia servir
de base para um filme, ou uma série. O livro encontra-se à venda na Amazon, em
papel e em formato ebook:
https://www.amazon.es/Crime-Serrazes-crime-abalou-pa%C3%ADs/dp/1977077404/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1520940109&sr=8-1&keywords=O+Crime+de+Serrazes
Published on March 13, 2018 04:48
March 8, 2018
A Nossa Primeira Grande Mulher
D. Teresa, miniatura medieval de manuscrito gótico do mosteiro de Toxosoutos
A desacreditação de Dona Teresa, iniciada durante a sua vida, perdurou
muito para além da sua morte, num contexto de tradição oral e de criação
de mitos e lendas que se introduziram no imaginário coletivo e que
chegaram a prejudicar a própria investigação histórica moderna.
Na verdade, mais do que Dom Henrique, Dona Teresa preparou o caminho que seu filho Afonso haveria de traçar.
Há um ano, a página Lisbon's Heritage do Facebook, publicou um texto com o título: Terá sido Portugal fundado por uma mulher? E referia que entre documentos régios e particulares, com destaques para as cartas de doação ou de escambo existem várias provas de que D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, surge já com o título de rainha num período compreendido entre 1105 e 1126.
Publico algumas das imagens anexas a esse post:
Carta de delimitação de Penacova e Lorvão datada
de 1105.
É visível a diferenciação de tratamento entre D.
Henrique de Borgonha (que ostenta o título de conde) e D. Teresa que surge já
como rainha.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo: Documentos
provenientes do Mosteiro de Lorvão (Coimbra).
Referência ao "reinado da infanta D. Teresa de
Portucale e Coimbra" numa contenda entre D. Gonçalo Pais, bispo de Coimbra
(1109-1127) e Mendo Nunes.
Documento datado de 26 de Março de 1117.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Documentos
do Cabido da Sé de Coimbra.
Bula "Fratrum Nostrum" emitida pelo papa Pascoal
II em 18 de Junho de 1116.
É visível a referência a D. Teresa como rainha ("T.
Regina") e aos bispos portugueses ("portugalensis eps").
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Documentos
do Cabido da Sé de Coimbra.
Carta de doação de Vila Cadima datada de 5 de Maio de 1119.
Vê-se o selo real de D. Teresa
(Tarasia) no fim do documento.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Documentos
do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Carta de doação de Souto Seco e Pombeiro datada de Janeiro
de 1126.
No fim do documento observa-se o selo real com os
dizeres "Tarasia Regina" (Teresa Rainha).
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Gavetas.
Informação confidencial: Diz que as memórias de Dona Teresa serão publicadas este ano...
Published on March 08, 2018 03:19
March 1, 2018
Calendário 2018 da UZ (4)
«O sorriso da Miranda é sedutor e ela é uma flor entre as que começam a despontar em Março».
https://www.facebook.com/uniaozoofila/
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Published on March 01, 2018 02:55
February 26, 2018
A Morte de Ivan Ilitch
Neste pequeno (grande) livro, o mestre Lev Tolstoi
conta-nos a história de um funcionário público, que leva uma vida convencional,
tanto a nível familiar, como a nível profissional, muito diligente, o que lhe
permite chegar a juiz. Esta vida rotineira, sem grandes novidades, à qual Ivan Ilitch
se adapta perfeitamente pelo conforto que lhe proporciona, é arrasada por uma
doença, em princípio, inofensiva, mas que o leva à morte com apenas quarenta e
cinco anos.
Através da agonia insuportável de Ivan Ilitich, Lev
Tolstoi mostra-nos a falta de sentido da vida e o absurdo nas nossas relações
com os outros, mesmo com aqueles de quem nos julgamos íntimos: a própria
família. Muito se podia filosofar sobre estes temas, mas vou centrar-me nas
duas questões que mais me tocaram:
- Levamos a vida que escolhemos, ou a que os outros
esperam de nós? Ivan pergunta-se porque lhe é infligido tamanho castigo, se
sempre cumpriu o que se esperava dele, como se isso fosse o garante para não se
ser atacado pela doença e pelo sofrimento. É o pôr em causa das premissas
fundamentais na nossa educação cristã ocidental: porta-te bem e serás
recompensado; porta-te mal e serás castigado. A partir destas premissas,
passamos a vida a tentar agradar aos outros e a fazer apenas aquilo que
julgamos ser de nós esperado. Sacrificamo-nos na esperança de obter uma
recompensa que, afinal, ninguém sabe onde está, que talvez nem exista...
- A família é considerada o nosso último reduto. Mas
temos realmente relações francas e abertas com aqueles com quem partilhamos o
lar, ou andamos a fingir uns com os outros? Durante a doença, o fingimento torna-se
claro a Ivan Ilitch. Chega à conclusão de que ele, a mulher e os dois filhos
vivem uma grande mentira e a doença provoca um constrangimento sem limites. No
início, todos fazem de conta de que não é grave, apesar de Ivan sentir o contrário,
o que leva ao seu isolamento, numa angústia insuportável. O paciente sente-se
incompreendido, um empecilho, principalmente, quando já ninguém pode negar a
evidência de que ele está a morrer. Ao seu sofrimento atroz, junta-se a
consciência de que está a causar sofrimento aos outros, numa altura em que ele tanto
precisaria de consolo. Ninguém está em condições de lho proporcionar. Todos
rezam pela sua morte breve, acima de tudo, para que possam, enfim, retomar a sua vida normal. Ao
sentimento de culpa de Ivan Ilitch, junta-se uma grande revolta. É a solidão
total.
Nota: li a edição distribuída
pela revista VISÃO, traduzida
por Adolfo Casais Monteiro.
Published on February 26, 2018 02:50
February 22, 2018
Look At The World
Mais um videoshow do nosso grupo Gospel Lightfire. Desta vez, com a canção Look At The World, de autoria de John Rutter:
Published on February 22, 2018 02:45
February 19, 2018
Refugiados e Terrorismo
O facto de o mundo estar perigoso não pode ser pretexto para deixarmos de ajudar quem precisa.
O risco é grande?
É. Eu vivo num país que recebeu, nos últimos dois anos, milhão e meio de refugiados.
Há criminosos no meio deles?
Há. Mas a esmagadora maioria é gente (muitas famílias com crianças pequenas) que precisa de ajuda.
Já houve atentados?
Já.
Eu tenho medo?
Não. Somos cristãos e devemos mostrar que somos diferentes, mesmo que os outros, nos países deles, nos maltratem. Foi assim que Cristo nos ensinou!
Published on February 19, 2018 02:02
February 17, 2018
Ama Os Outros Como a Ti Mesmo
Ilustração de Inês Massano
O problema não é não sabermos amar os outros. O problema é não sabermos amarmo-nos a nós próprios!
Há pessoas que dificilmente fazem um bem a si próprias. Pelos vistos, não se acham suficientemente dignas, ou valiosas. Como consequência, pode acontecer que também não gostem de ver os outros a fazerem-se algo de bom. São incapazes de os amar, porque não se amam a si próprias.
É preciso começar connosco próprios. «Ama os outros como a ti mesmo» tem de começar por nós.
Published on February 17, 2018 02:07
February 14, 2018
Closer To You
Hoje é Quarta-Feira de Cinzas, mas também Dia dos Namorados, por isso, pensei que um pouco de música vinha mesmo a calhar, principalmente, em se tratando de uma composição que se adequa às duas situações.
O meu marido e eu pertencemos, há cerca de um ano, a um grupo coral Gospel, intitulado Lightfire. No passado mês de Novembro, demos um concerto na igreja de São Cosme, em Stade. Foi feita uma gravação áudio e, a partir dela, eu criei um videoshow para a canção Closer To You, que se pode ver no YouTube.
No original, em espanhol, Acercarme a Ti foi adaptada à língua inglesa por Joakim Arenius e acho-a adequada a este dia por, apesar de ser uma canção religiosa, expressar uma grande paixão, como é comum no Gospel:
To get closer to you
Oh Jesus, you know
That is what I, that's what I want
Because life has no meaning
If I'm alone
If I am lost in this world without you.
O meu marido e eu pertencemos, há cerca de um ano, a um grupo coral Gospel, intitulado Lightfire. No passado mês de Novembro, demos um concerto na igreja de São Cosme, em Stade. Foi feita uma gravação áudio e, a partir dela, eu criei um videoshow para a canção Closer To You, que se pode ver no YouTube.
No original, em espanhol, Acercarme a Ti foi adaptada à língua inglesa por Joakim Arenius e acho-a adequada a este dia por, apesar de ser uma canção religiosa, expressar uma grande paixão, como é comum no Gospel:
To get closer to you
Oh Jesus, you know
That is what I, that's what I want
Because life has no meaning
If I'm alone
If I am lost in this world without you.
Published on February 14, 2018 02:33


