Cristina Torrão's Blog, page 27
April 10, 2019
1147 - A Conquista de Lisboa
Excelente livro, escrito com muita lucidez e
honestidade, à luz dos mais recentes conhecimentos históricos. Além da Conquista
de Lisboa, propriamente dita, faz-nos um retrato da situação europeia da época,
sob a sina das Cruzadas. Para mim, foi bom cimentar, recordar e esclarecer
certos pontos.
O Cerco de Lisboa está descrito ao pormenor, com excelentes
descrições dos vários grupos de cruzados, seu armamento e dos engenhos construídos
e utilizados. Também nos explica o que se passava dentro das muralhas e quais
os recursos bélicos dos muçulmanos.
Para quem se interesse por este tema, o livro é indispensável.
Não sei se é utilizado no ensino oficial. Se não, devia!
Parabéns ao autor, Miguel Gomes Martins! Trata-se de
autêntico serviço público.
Considero que o ensino da História de Portugal tem de passar
por este autor.
P.S. Depois deste, peguei em De Ourique a Aljubarrota - a guerra na Idade Média, igualmente de
Miguel Gomes Martins, que aliás faz parte do Plano Nacional de Leitura
(com todo o mérito). Aproveito para falar dele aqui, pois, para já, li apenas os
capítulos que mais me interessavam: A
Batalha de Ourique, A Tomada de
Santarém, A Conquista de Lisboa e A Campanha de D. Dinis em Castela. De resto, tem outros temas incontornáveis,
como A Guerra Civil Entre D. Sancho II e
o Conde de Bologne, A Conquista de
Faro, A Batalha Do Salado, etc.,
sem esquecer a própria Batalha de
Aljubarrota.
Este livro será até talvez mais indicado para o ensino
da História de Portugal, pois os acontecimentos surgem mais resumidos. O outro
será mais para quem quer aprofundar o tema, neste caso, do Cerco de Lisboa.
Published on April 10, 2019 03:12
April 6, 2019
Bertolt Brecht
Foto Der Tagesspiegel
No passado dia 22 de março, o canal franco-alemão ARTE
mostrou um docudrama
sobre a vida do famoso dramaturgo, poeta e compositor Bertolt Brecht. O realizador,
Heinrich Breloer ,
é especialista neste tipo de filme, onde a ficção é apoiada por imagens reais e
entrevistas a pessoas que conheceram a personagem em questão. Com esta técnica,
Heinrich Breloer realizara já dois docudramas que fizeram história na TV alemã:
um sobre o movimento terrorista alemão RAF e outro sobre a família de Thomas
Mann.
Heinrich Breloer pesquisou sobre a vida de Brecht e trabalhou
no filme durante dez anos. A sua intenção era mostrar a pessoa por trás do
artista, pois, como ele diz, estas personalidades, que gozam da espécie de proteção
que se costuma dedicar a monumentos, foram pessoas como todos nós, com os seus
defeitos e virtudes.
Bertolt Brecht intitulava-se a si próprio, desde muito
jovem, de génio. Temos de admitir que tinha razão. O génio, porém, convivia
lado a lado com um manipulador de mulheres. Apesar de casado (e apesar de não ter figura de galã, bem pelo contrário), Brecht teve relações
íntimas com quase todas as atrizes das suas peças e outras colaboradoras da sua
companhia de teatro, vendo-se obrigado a mentir compulsivamente, a fim de manter
a complicada teia de casos amorosos. Também não se pode dizer que tenha sido um
bom pai, pois pouco participava na vida dos filhos que teve dentro e fora do
casamento. Tudo isto a sua mulher, a atriz Helene Weigel, aguentava. E mais! Ela
era o verdadeiro pilar do “Berliner Ensemble”, a companhia de teatro do marido.
Bertolt Brecht foge do nazismo, primeiro, para Praga,
depois, para Viena, Zurique, Paris e, em 1941, acaba por se exilar nos Estados
Unidos. Vê-se, porém, obrigado a distanciar-se da perseguição aos comunistas,
instituída por McCarthy, e regressa à Alemanha, estabelecendo-se em Berlim Leste.
A sua conivência com o regime ditatorial da RDA é
outro ponto negativo da sua personalidade. Brecht mantinha uma conta na Suíça, possuía
passaporte austríaco (o que lhe permitiria, ao contrário do que acontecia com
os seus compatriotas, deixar o país se o desejasse) e silenciou sobre as
torturas e a perseguição a cidadãos críticos do regime comunista, já que foi
este que lhe realizou o sonho de possuir o seu próprio teatro.
A obra, porém, vale por si, independentemente do
carácter do seu criador, algo que vamos aprendendo a aceitar. Ficam cada vez
mais longe os tempos em que se consideravam os génios seres humanos exemplares,
destituídos de qualquer mácula.
Published on April 06, 2019 09:41
April 1, 2019
Perfeita
Hoje não me apetece ser perfeita.
Não me apetece secar o cabelo e arreliar-me por o brushing não ficar no ponto. Não me
apetece pintar os olhos, desenhar as sobrancelhas perfeitas, arranjar e pintar
as unhas e arreliar-me por borratar aquele canto de sempre.
Hoje não me apetece ser perfeita.
Não me apetece vestir roupa que me prenda a barriga, o
peito, os braços e as pernas, que engelhe facilmente, que não me deixe sentar nem
andar à vontade. Não me apetece calçar sapatos de salto alto e caminhar com
eles como se o fizesse descalça sobre tapetes macios.
Hoje não me apetece ser perfeita.
Não me apetece rir e sorrir para toda a gente, não me
apetece ser encantadora, esforçar-me por ser a mais bonita, apetitosa e
inteligente, achar piada a conversas estúpidas, dizer que está tudo delicioso,
quando não está, ou quando está e eu não posso comer tudo o que me apetece para
continuar a caber no vestido.
Hoje não me apetece ser perfeita.
Ninguém pode ser feliz a tentar ser perfeita o tempo todo.
Hoje apetece-me ser apenas eu.
Published on April 01, 2019 03:13
March 30, 2019
A Tentação de D. Fernando
Este é um interessante romance sobre o reinado de D.
Fernando, um rei que, apesar de ter ficado conhecido pela importante Lei das
Sesmarias, teve um reinado bastante caótico, talvez se possa mesmo dizer
improdutivo. Conduziu Portugal a guerras desnecessárias, fez um casamento
problemático e, à sua morte, o reino caiu numa grave crise de sucessão, só
resolvida com a vitória do Mestre de Avis na Batalha de Aljubarrota.
A caracterização que Jorge Sousa Correia faz de D.
Fernando é acompanhada de grande ironia, o que até se justifica e cria momentos
de facto hilariantes. No entanto, é uma caracterização muito distante, ou seja,
o romancista vê a sua personagem de longe e limita-se a comentar, sem tentar
explicar as suas motivações. É uma opção. Porém, agrada-me mais uma maior
aproximação à personagem, dando a conhecer os seus motivos, conflitos e
sentimentos.
Jorge Sousa Correia é licenciado em História e foi
professor dessa disciplina. Tem naturalmente um bom conhecimento da época. Por
outro lado, usa e abusa de anacronismos. Por exemplo: um patrão de uma taberna dizer a uma das
prostitutas que lá trabalham que não pode estar «mais do que cinco minutos com
um cliente», num tempo em que ninguém usava relógio, pois todos se guiavam pelo
sol, é inconcebível. As pessoas daquele tempo nem sequer sabiam o que eram
minutos e segundos.
Também não apreciei a forma de caracterizar os
ingleses que se instalaram em Portugal, a fim de ajudarem D. Fernando na sua
guerra contra Castela. Provocaram muitos desacatos em Lisboa, mas mais por incompetência
do rei em impor a ordem, do que por qualquer outro motivo. Ora, Jorge Sousa
Correia descreve-os como modernos hooligans: homens
violentos, que só sabem beber e andar à pancada e, não tendo portugueses em
quem bater, «vá de andar ao murro uns com os outros». Enfim… Além disso, apelida-os,
muitas vezes, de bretões, tendo eu sérias dúvidas se estará correta esta
designação.
Uma última palavra para a taberna de Mariamem e do
Falcão, local lisboeta de diversão noturna, onde se vão comentando as
novidades. Em si, é uma boa ideia apresentar muito do que aconteceu no reinado
de D. Fernando sob uma perspetiva popular. Por outro lado, o autor trata, na
minha opinião, a vida das prostitutas que lá trabalham com leveza exagerada. Na
Idade Média, as prostitutas encontravam-se no patamar mais baixo da sociedade, a
sua vida era marcada por violência, desprezo total e graves problemas de saúde. Ora, as “meninas de
Mariamem” são criaturas muito bem-dispostas, que aceitam todas essas vicissitudes
de ânimo leve. A taberna de Mariamem é um paraíso para homens. E a leitura
deste romance também se adequa mais ao setor masculino, diria eu.
Published on March 30, 2019 09:43
March 25, 2019
Memórias de Dona Teresa (7)
São Gonçalves é uma poetisa portuguesa residente no Luxemburgo. Entre outras coisas, faz um trabalho notável na divulgação da literatura portuguesa naquele país, muitas vezes, em parceria com a Librairie Pessoa .
Tive muito prazer em que ela lesse as "Memórias de Dona Teresa" e apreciei a gentileza de ter publicado a sua opinião:
«É num tom confessional que Cristina Torrão vai dar voz a Dona Teresa.
Despojada de tudo, contudo, mantendo uma lucidez de espírito muito
aguda, Dona Teresa revisita a sua vida, desde a infância, até estes
dias. O dia em que a levaram da casa de sua mãe, o casamento com o conde
Dom Henrique, o nascimento e morte de alguns filhos, a alegria da
maternidade das filhas e do filho que viria a ser o fundador de
Portugal. A viuvez e a consequente tomada de poder na condução do reino.
Cristina
Torrão quis com este romance dar voz a uma mulher, que vivendo na idade
média, num sistema completamente patriarcal e dominado pelo poder
masculino, soube assumir o seu papel na condução do reino, tomar
mediadas e posições, enfrentar a família e adversários, pagando muitas
vezes um preço demasiado alto. O preço da desacreditação, da solidão e
sobretudo o preço da maldade dos outros».
Ler aqui a opinião completa .
Published on March 25, 2019 04:44
March 20, 2019
Quem entende de cães, também entende de pessoas. E vice-versa.
Martin Rütter é um conhecido treinador de cães alemão.
Tem um programa na televisão há cerca de dez anos (com interrupções, ou seja,
trata-se de uma série com várias temporadas) e já publicou vários livros, incluindo um engraçado dicionário “Cão - Alemão / Alemão - Cão”.
Nunca tinha visto o seu programa e resolvi fazê-lo no
fim-de-semana passado. Simplesmente adorei! Martin Rütter não é apenas um bom
psicólogo canino; é, acima de tudo, um bom psicólogo de humanos. Faz muito bem
a ligação dos problemas dos animais com os problemas das pessoas que deles
tomam conta. E tem uma paciência infinita, tanto para uns, como para outros.
O método dele baseia-se na paciência e na calma. Não
há lugar para castigos e gestos violentos. Um dos casos com que lidou neste
programa, foi o de um pequeno teckel que,
em casa, se portava muito bem, mas que não parava de ladrar, sempre que saía
com os donos, um casal idoso. Era profundamente enervante, tanto para o casal,
como para os seus vizinhos, como para as pessoas que passavam por eles na rua.
Martin Rütter propôs uma técnica: não ligar ao cão,
quando ele ladrasse, e recompensá-lo com um biscoito sempre que ele desse
alguns passos caladinho. Passado quinze dias, foi ver como o caso tinha
evoluído. Não tinha evoluído nada! Porquê? Porque o dono do cão não seguia as
recomendações. Sempre que o bicho ladrava, ele berrava-lhe, como sempre: “cala-te”;
“porta-te bem”; “não comeces”, etc. Ora, o normal seria o treinador censurar o
homem por não seguir aquilo que lhe fora dito. Martin Rütter não fez nada
disso. Solidarizou-se, dizendo que realmente não era nada fácil, que era muito desgastante.
Mas insistiu, com muitos bons modos, que era essencial que o homem só ligasse
ao cão, quando este se portasse como desejado. Porque os cães são como as
pessoas, neste caso, crianças: quando querem chamar a atenção, não se importam
que essa atenção venha na forma de ralhete. Por isso, enervam. Era essa a
estratégia do teckel.
O idoso não tinha paciência para tal, o caso parecia malparado.
Por outro lado, ele gostava do seu teckel
e, com a insistência do treinador e a ajuda da esposa (as mulheres, como sempre,
mais sensatas), ele lá foi aceitando o método e tentando controlar-se. Deu
certo! Passado três meses, já conseguiam passear o cão sem que ele alvoroçasse
a vizinhança.
O trabalho de Martin Rütter mostra que com calma,
paciência e pedagogia positiva (em vez de castigos e berros) se cumprem
objetivos. Além disso, o seu programa pode ajudar a evitar que muitas pessoas
abandonem os seus animais por comportamentos indesejados. E também prova que o
primeiro passo para educar um cão consiste em educar as pessoas por ele
responsáveis.
Raramente desliguei a televisão tão bem-disposta.
Adenda: Aqui o link para os seus livros. São todos em alemão, mas deleitem-se com as capas:
https://shop.martinruetter.com/buecher-dvds-spiele/buecher.html
Published on March 20, 2019 04:13
March 18, 2019
«Nunca uma boa causa deve servir para santificar métodos moralmente dúbios ou mesmo inaceitáveis»*
Lembrei-me desta frase do Professor alemão de Ética Teológica
Andreas
Lob-Hüdepohl , ao ler sobre a campanha da Sociedade de Medicina de Reprodução
que alerta
para a importância e a urgência da doação de óvulos e espermatozoides para
responder à crescente procura de tratamentos de infertilidade .
”Infelizmente
temos uma taxa de doação muito baixa, uma grande escassez de dadores, e imensos
casais em lista de espera em Portugal para fazer tratamentos sem possibilidade
de recorrer a clínicas privadas”, disse hoje à agência Lusa o presidente da
Sociedade de Medicina de Reprodução (SPMR), Pedro Xavier .
Servindo-se do drama da baixa natalidade em Portugal e
citando o objetivo nobre de casais inférteis de desejarem um filho, o Dr. Pedro
Xavier apela aos jovens que doem mais espermatozoides e óvulos.
Tudo isto seria muito bonito, se, associado à Medicina
de Reprodução, não encontrássemos o problema dos embriões congelados e, muitas
vezes, deitados fora. Já aqui alertei para o problema: na
fertilização in vitro, são fecundados
[em laboratório] mais
óvulos do que aqueles que podem ser implantados e ninguém sabe bem qual o
destino a dar a esses embriões. Deixemo-nos então de paninhos quentes: milhões
de bebés aguardam congelados que se lhes dê um destino e este é, normalmente, o
caixote do lixo!
Numa sociedade em que se condena o aborto, é estranho
aceitarem-se práticas tão dúbias em nome da intenção nobre que subsiste na
fertilização in vitro. Ou será antes
o interesse no progresso da Medicina de Reprodução que move o Dr. Pedro Xavier?
Penso, por isso, que este artigo é uma perfeita
manipulação, quando apela a: ir
enraizando nas pessoas a ideia de que doar sangue salva vidas, doar gâmetas dá
vida ; ou quando refere: nós
lidamos com os casais que vivem em amargura total porque não conseguem ter um
filho e nós sabemos que há uma solução para isso .
É triste ser casal infértil, eu própria vivo essa
situação. Mas há outras soluções: porque não considerar a adoção de uma
criança? Muitas jovens, e outras mulheres, vendo-se grávidas em alturas
difíceis da sua vida, optam por abortar. Porque não criar um sistema de adoção
transparente e socialmente aceite ligado a esses casos?
A outra solução (aquela que nós acabámos por seguir) é
dar um lar a animais domésticos, ou dedicar-se à causa dos animais abandonados.
Ambas estas alternativas são nobres. Muito mais nobres
do que criar embriões condenados a viver num frigorífico, ou a serem deitados
ao lixo.
* Tradução minha do alemão: Niemals darf der noch so gute Zweck moralisch
bedenkliche oder sogar verwerfliche Mittel heiligen (KiZ nº 10,
2019-03-10).
Nota: a imagem pertence ao artigo citado.
Published on March 18, 2019 03:52
March 16, 2019
O Bem e o Mal
Enquanto
considerarmos o Mal como algo exterior a nós, uma espécie de personagem
invisível, que nos acompanha e nos faz cair em tentação, nada mudará para melhor. O Mal,
como o Bem, não existem independentes de nós. Eles estão dentro de nós. E,
tanto um, como o outro, são semeados durante a infância. Humilhações,
injustiças e violências fazem germinar o Mal. Amor, apoio e respeito fazem
germinar o Bem. Não nos desculpemos com forças exteriores que nos fazem cair em
tentação! Olhemos para dentro de nós e tenhamos a coragem de admitir que nem
tudo correu como deveria ter corrido. Aceitemos as nossas frustrações, os
nossos rancores, os nossos medos! Não culpemos, porém, os responsáveis, que
pensaram estar a fazer o seu melhor. Tenhamos antes a coragem de corrigir, mesmo
que, para isso, tenhamos de renegar aquilo que nos ensinaram! Enquanto
vivermos, é sempre tempo de nos modificarmos.
Published on March 16, 2019 10:27
March 11, 2019
Contos do Portugal Profundo - e uma história brasileira (8)
«E numa tarde de chuva, amodorrada, lenta, preguiçosa, com o padre no locutório a disfarçar bocejos enquanto as velhotas desfiavam rosários de pecados, pequenas maldades femininas, má-língua com as vizinhas, ofensas rancorosas à nora, ao genro, patifarias, pequenos furtos até, falhas tão numerosas como as contas dos seus terços, tão anódinos como a crença ingénua na possibilidade de mover a seu favor a vontade de Deus, não com o viver cristão, mas com a repetição infindável de pais-nossos, avés-marias, salve-rainhas em melopeias desprovidas de sentido - eis que volta a Piedade, a alegrar a tarde do pároco, que via finalmente alguma utilidade no seu trabalho».
In "A Abafadora", de José Cipriano Catarino
Published on March 11, 2019 03:50
March 6, 2019
Amar mais o neto do que a filha?
É
que às vezes acho que gosto mais do meu neto do que da minha filha, mesmo que a
ame acima de tudo na vida.
Existem
avós que sintam a mesma dúvida que eu?
Normalmente, os avós são mais descontraídos com os
netos do que o que foram com os filhos, o que é compreensível. Não sentindo a
mesma responsabilidade, conseguem aproveitar melhor os momentos com os netos,
são mais pacientes e apercebem-se melhor de certos encantos próprios das crianças.
Tudo isto não quer, porém, dizer que amam mais os
netos do que os filhos. Pelo menos, não devia ser assim. Os pais são as pessoas
mais importantes na vida nos filhos, um amor que não pode ser substituído por
nada, nem por ninguém. Não serão os filhos dignos de que os pais retribuam esse
amor?
Na minha opinião, há algo de errado, sempre houve, no
amor que sentem pelos filhos, em quem tem dúvidas destas.
Published on March 06, 2019 03:30


