Cristina Torrão's Blog, page 30
November 1, 2018
Calendário da UZ (12)
«O sorriso da Nadine é indeciso, como se ela, tão jovem ainda, não soubesse que, em Novembro, ganham força as sementes que hão-de florir na Primavera».
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Published on November 01, 2018 04:30
October 26, 2018
Contos do Portugal Profundo - e uma história brasileira (2)
Nesta coletânea, cada um dos nove autores interpreta o
tema à sua maneira.
António Breda Carvalho conta-nos amores infelizes, com
a sua ironia habitual, em Este Caso Não O
Contarei Ao Custódio.
António Luiz Pacheco introduz-nos em certos costumes
da nossa província, em O Padre Bento.
Cláudia da Silva Tomazi dá conta d’O Barrete, uma eleição que servia de
base à formação de uma Vila, no Brasil colonial.
Cristina Torrão mostra-nos a tragédia por trás do
idílio rural, em Os Presuntos.
João J. A. Madeira foca a solidão e o desencanto
citadinos, em O Canto do Cisne.
José Cipriano Catarino retrata psicopatias integradas
no nosso quotidiano, em A Abafadora.
Luís Alves Milheiro coloca um citadino em confronto
com o mundo aldeão, em Despedidas À
Francesa Num Outro Portugal.
Maria do Rosário Pedreira ilustra como o tango é um “jogo”
de equilíbrios universal, em O Estranho
de Buenos Aires.
Pedro A. Sande leva-nos numa viagem alegórica em busca
da alma de um nosso desencantado poeta em, O
Meu Amigo Alma.
Como
já referi, estes autores têm em comum serem comentadores do blogue Horas Extraordinárias ,
de Maria do Rosário Pedreira, que teve a gentileza de aceitar o nosso convite.
O livro está disponível na Amazon:
https://www.amazon.es/gp/offer-listing/1727085205/ref=sr_1_1_olp?s=books&ie=UTF8&qid=1540375574&sr=8-1&keywords=Contos+do+Portugal+Profundo
Published on October 26, 2018 03:28
October 24, 2018
O Complexo de Portnoy
Embora só agora escreva sobre ele, acabei de ler este
livro há mais de dois meses. Além disso, não o tenho comigo, deixei-o em
Portugal (em conjunto com outros já lidos), a fim de arranjar espaço para novas
aquisições. Não me é possível, por isso, fazer uma análise pormenorizada. Por
outro lado, falar de um livro à distância tem as suas vantagens. Não nos
perdemos em pormenores, limitando-nos à impressão que fica através dos tempos.
Adorei, embora reconheça que não será um livro para
toda a gente. Já constatei que é do tipo de obra que, ou se adora, ou se odeia.
Penso que o motivo será a maneira altamente crítica com que o narrador descreve
a sua própria família. Além de entrar em pormenores íntimos, mostra o ridículo
em muitos comportamentos dos pais, algo que nem todos encaixam facilmente, tão
habituados estamos a ver os progenitores como criaturas sem defeitos e a considerá-los
algo sagrado, no qual não se toca.
Philip Roth mostra-nos, sem filtro (como agora se
costuma dizer), o absurdo na vida familiar, comportamentos que podem levar os
filhos a desenvolverem certas peculiaridades comportamentais. No caso de
Portnoy, o narrador, trata-se do vício do sexo depravado. Bem, dirão alguns,
cada um vive como quer, desde que não prejudique ninguém. É verdade. Mas
Portnoy mostra-nos igualmente como este “vício” condiciona a sua vida, a ponto de
o levar a fazer coisas que gostaria de evitar, criando-lhe angústias. Como
qualquer vício, é um peso nos ombros, do qual ele, por mais que tente, não se
consegue livrar.
Já tenho lido que este livro retrata a vida de uma
família judia americana. De facto, Portnoy nasce num lar judeu, mas penso que
esta caracterização limita muito o alcance da obra. A maior parte daquilo que o
narrador nos conta pode passar-se em qualquer família, independentemente da sua
religião, ou país. São certos pormenores quotidianos: fraquezas, manias,
injustiças, manipulações, que passam de pais para filhos e aos quais costumamos
ser cegos.
Enfim, um livro imprescindível.
Published on October 24, 2018 03:15
October 22, 2018
Contos do Portugal Profundo - e uma história brasileira
É com muita satisfação que anuncio a publicação desta
coletânea de contos, reunindo nove autores que se conheceram no blogue Horas Extraordinárias de
Maria do Rosário Pedreira, poetisa, editora do grupo LeYa e que igualmente nos
deu a honra de participar com um conto de sua autoria.
Os autores são (por ordem alfabética):
António Breda Carvalho
António Luiz Pacheco
Cláudia da Silva Tomazi
Cristina Torrão
João J. A. Madeira
José Cipriano Catarino
Luís Alves Milheiro
Maria do Rosário Pedreira
Pedro A. Sande
Agradeço a todos os participantes por haverem aceitado
o meu desafio e por termos conseguido levar o projeto até ao fim.
Esta coletânea variada, com lugar para a ironia, a
diversão, a tristeza, o desencanto e até a filosofia, está à venda na Amazon:
https://www.amazon.co.uk/dp/1727085205
https://www.amazon.es/gp/offer-listing/1727085205/ref=tmm_pap_new_olp_sr?ie=UTF8&condition=new&qid=&sr=
É só encomendar e receber o livro em casa!
Published on October 22, 2018 03:02
October 19, 2018
O cão sénior
Costumamos pensar nos cães como seres cheios de
energia, alegria e apetite, a saltar e a correr sem nunca se cansarem e a
esvaziar as suas tigelas de ração em segundos. Contudo, hoje em dia, com
cuidados médicos e higiene, os nossos cães (pelo menos, os de companhia)
atingem idades não imagináveis até há bem pouco tempo.
É o caso da nossa, Lucy que, esperamos, completará
quinze anos no próximo dia 30. Digo “esperamos”, porque, nas últimas semanas,
temos apanhado muitos sustos, chegando a vê-la como morta por duas
vezes.
A Lucy, que está surda e quase cega, sofre de
insuficiência cardíaca e acumulação de líquido nos pulmões, o que, por sua vez,
sobrecarrega ainda mais o coração. Em cães, problemas cardíacos costumam
exprimir-se através de uma tosse seca, que, ao tornar-se profunda, pode
desembocar em colapso. Foi o que lhe aconteceu já por duas vezes.
À semelhança dos humanos, estes problemas de saúde
podem ser atenuados através de medicação, proporcionando alívio e qualidade de
vida. A Lucy toma um comprimido para baixar a tensão, outro diurético (para se
livrar do líquido acumulado nos pulmões) e outro de apoio cardíaco.
Os medicamentos, como é óbvio, custam dinheiro. Além
disso, o Horst e eu passámos a viver num certo sobressalto, pois, caso ela comece
a tossir (incluindo de noite), receamos um ataque fatal. O diurético também faz
com que ela tenha de urinar mais vezes, aumentando a atenção a ter com ela, a fim de evitar “acidentes” dentro de casa,
o que limita igualmente o tempo em que ela pode ficar sozinha.
Vida num certo sobressalto, restrições nos compromissos,
dinheiro gasto… Tudo por causa de uma cadela? dirão alguns. Não tem jeito
nenhum! Compreendo esse ponto de vista, mas vemos as coisas de maneira
diferente. Ao trazer a Lucy para nossa casa, com apenas oito semanas de vida,
no já longínquo Natal de 2003, assumimos o compromisso de cuidar de um ser vivo.
A Lucy nunca aprendeu a viver por sua conta e risco e, apesar de não ser humana,
também tem um coração, um cérebro, carências afetivas e uma necessidade enorme
de interação e de vida social (como todos os cães). Trata-se de um ser vivo que
depende totalmente de nós. Principalmente agora, que deixou de ouvir e quase de
ver, ela só se sente segura e feliz na nossa companhia.
É uma questão de moral e de ética e não vamos fugir às
nossas responsabilidades. Nem sequer acelerar a sua morte sem haver motivos que
o justifiquem. Nenhum dos veterinários consultados (tivemos de ir ao vet, durante
a nossa estadia em Portugal, e também já fomos à veterinária dela, aqui na Alemanha)
sugeriu, ou sequer abordou ao de leve, a eutanásia para o caso da Lucy. Consideram
ela ainda ter qualidade de vida. E têm razão. Embora ela coma menos do que
antigamente, ainda participa na nossa vida e adora ir dar os seus passeios.
Fico espantada, de cada vez que saio com ela e a vejo a caminhar ligeira, à
minha frente, interessadíssima em controlar o seu “território”, como sempre o
fez. Nesses momentos, penso que ela ainda viverá uns largos meses. Sei, no entanto,
que também pode morrer de um momento para o outro. É uma situação que temos de
aceitar, à qual temos de nos habituar.
A Lucy pode confiar em nós. E sabe disso. Uma relação com um animal só funciona se for baseada em confiança mútua, confiança a 100%, que não
deve ser nunca quebrada, pois é algo que eles não entendem. É uma questão de
honra, de parte a parte. E assim aprendemos nós, humanos, qual é a base do amor
incondicional, a base da felicidade.
Published on October 19, 2018 04:08
October 1, 2018
Cakendário da UZ (11)
«O da Popota é um sorriso sábio. Talvez ela saiba que, sim, o Verão acabou mas há uma revolução em curso nas entranhas da terra, para começar tudo de novo outra vez».
https://www.facebook.com/uniaozoofila/
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Published on October 01, 2018 03:27
September 21, 2018
29º Aniversário da Biblioteca Municipal Irene Lisboa
No fim-de-semana, o município de Arruda dos Vinhos festeja o 29º aniversário da Biblioteca Irene Lisboa com vários eventos. Tive o privilégio de ser convidada, a par de Raquel Serejo Martins, para uma conversa à volta do tema "Mulheres na Literatura", a ter lugar no sábado, dia 22, pelas 21h 30m, na Sala Jardim da Biblioteca.
Irene Lisboa, autora que dá o nome à nossa biblioteca, acolhe na sua
Irene Lisboa, autora que dá o nome à nossa biblioteca, acolhe na sua
Published on September 21, 2018 12:19
September 20, 2018
September 18, 2018
September 16, 2018
Memórias de Dona Teresa na Feira do Livro do Porto
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Published on September 16, 2018 04:07


